sábado, 10 de abril de 2021

Formula E: Vergne foi o melhor na primeira corrida de Roma


Jean-Eric Vergne foi o vencedor do primeiro ePrix de Roma. O piloto da DS Techeetah aproveitou bem o mau resultado da concorrência para conseguir a sua primeira vitória do campeonato. O francês termina a corrida na frente de Sam Bird, no seu Virgin, e Mitch Evans, no Jaguar. Quanto a António Félix da Costa, a má qualificação deu para subir até à zona dos pontos, mas um furo obrigou a desistir.  

Depois de uma qualificação onde Stoffel Vandoorne levou a melhor sobre a concorrência, o pelotão da Formula E estava nas ruas de Roma para uma ronda dupla, decidida há poucas semanas, num calendário sempre alterado por causa da pandemia ainda presente. Mas com gente como Oliver Rowland, Jean-Eric Vergne e Lucas di Grassi logo atrás, ele não teria tempo para respirar nesta prova.

Contudo, nesta tarde, o tempo baralhou um pouco as coisas, pois choveu entre a qualificação e a corrida, e a aderência à pista era tal que a prova começou com Safety Car. O Mini guiado por Bruno Correia esteve cinco minutos na pista, e quando saiu, Vandoorne tentou afastar-se de Lotterer e Rowland. Mas o belga foi logo desafiado por Lotterer, que o bloqueou quando o tentou ultrapassar. O choque foi inevitável, ambos se atrasaram e Rowland beneficiou com este incidente. Contudo, o piloto da Nissan sofreu uma penalização por um "drive through", dando a liderança a Di Grassi.


Nas voltas seguintes, o pelotão andava compacto nas ruas estreitas, e as ultrapassagens só aconteciam quando os pilotos iam para o Attack Mode. O brasileiro manteve a liderança até quando faltavam 19 minutos do final da prova, quando foi pela primeira vez ao Attack Mode. Isso fez perder a liderança para Jean-Eric Vergne, que era assediado por Robin Frijns, com o brasileiro em terceiro e a tentar recuperar os lugares perdidos. Em volta e meia, passou o holandês da Virgin e atacava o francês da DS.

A 16 minutos do fim, Vergne foi para o seu segundo Attack Mode, caindo para terceiro e dando a vantagem para Di Grassi, que já era assediado por Nyck De Vries, no outro Mercedes. Dois minutos depois, o brasileiro da Audi voltou ao Attack Mode, caindo para terceiro. Ele foi ao ataque, assediando e tocando em De Vries, com Vergne a aproveitar e ficar com a liderança. 

A dez minutos do fim, Di Grassi atacava Vergne para ficar com a liderança, Mas neste momento era uma luta a quatro, porque ainda havia Nyck de Vries e Sam Bird. O britanico da Jaguar passou De Vries a oito minutos do fim, para ser terceiro. A seis minutos do fim, Di Grassi era  passado por Vergne, ao mesmo tempo que Félix da Costa, que já estava nos pontos, sofreu um furo e acabou por desistir.


A quatro minutos do fim, na parte mais veloz da pista, Di Grassi começou a andar lentamente devido a problemas na transmissão, e se tornou num obstáculo para o resto do pelotão, ao ponto de Stoffel Vandoorne se despistar e bater espetacularmente, sofrendo ainda um toque de Nyck de Vries. Ambos os Mercedes desistiram, e o brasileiro acaba na escapatória. Nesta altura, o Safety Car entra na pista e praticamente era o final da corrida.   

No final, o pódio de Vergne, Bird e Evans fizeram diversas modificações na classificação. Bird é o líder, com 43 pontos, contra os 34 de Nyck de Vries e os 31 de Robin Frijns. Felix da Costa caiu para o nono posto, com os mesmos 15 pontos 

A Formula E regressa amanhã às ruas de Roma. 

Formula E: Vandoorne na pole em Roma


O belga Stoffel Vandoorne fez a pole-position a bordo da Mercedes esta manhã no traçado de Roma. Ele conseguiu ser melhor que Andreas Lotterer e Oliver Rowland na Superpole, enquanto o português António Félix da Costa teve um contratempo e partirá apenas de 18º na grelha de partida. 

Sete semanas depois de terem corrido na Arábia Saudita, a caravana da Formula E estava em terras italianas para uma jornada dupla que não estava prevista inicialmente, mas foi acrescentada devido aos condicionalismos causados pela pandemia. A DS Techeetah ia estrear o seu novo "powertrain" no seu carro, esperando que melhorassem as suas performances. 

Mas o Grupo 1, que tinha Robin Frijns, Nyck de Vries, Sam Bird, Mitch Evans e António Félix da Costa, costuma ser sofrido para os pilotos, por serem os primeiros a pisar o asfalto e sofrerem com a falta de aderência na pista. E o pior foi o piloto português, que teve um contratempo na saída de uma curva - ele tocou no muro - e teve um tempo segundo e meio pior do que Robin Frijns, o melhor, seguido por Sam Bird, um tempo 0,3 segundos atrás. 

Para o Grupo 2, que tinha Oliver Rowland, Pascal Wehrlein, Sérgio Sette Câmara, Nico Müller, René Rast e Oliver Turvey, este último não pode participar por causa do acidente que tinha sofrido no final da primeira sessão de treinos livres. Com o carro a ser reconstruído para a corrida, não fez qualquer tempo. Outro que não fez qualquer tempo foi René Rast, mas por outras razões, pois o seu carro não colaborou nas sessões anteriores.

Rowland conseguiu ser o mais veloz não só o seu grupo, mas da tabela de tempos, com meio segundo de vantagem sobre o segundo classificado. Wehrlein foi o segundo mais veloz, pulando para o quarto posto provisório da geral. Sette Câmara ficou em sétimo e as suas chances para a Superpole tinham acabado.

No Grupo 3, que tinha André Lotterer, Stoffel Vandoorne, Lucas Di Grassi, Jean-Éric Vergne, Alexander Sims e Jake Dennis, foi aqui que eles conseguiram meter boa parte dos seus pilotos nos melhores lugares da tabela. Especialmente Vergne, que não pode participar no segundo treino livre devido ao seu acidente com Jake Dennis. Quem ficou de fora do "top ten" foram Alexander Sims e Jake Dennis. E para o Grupo 4, com  Maximilian Günther, Alex Lynn, Tom Blomqvist, Norman Nato, Edoardo Mortara e Nick Cassidy, Gunther foi o único que conseguiu um tempo suficiente para entrar na fase final da SuperPole.

Os seis escolhidos para a fase final da qualificação foram Rowland, Lotterer, Vandoorne, Di Grassi, Vergne e Günther.

O alemão da BMW Andretti foi o primeiro, mas não tinha ritmo e cedo se sabia que iria ser superado pela concorrência. Primeiro Vergne, depois Di Grassi, fizeram melhores tempos, mas ainda faltavam três pilotos e eles não estavam seguros de que ficariam na primeira linha.

E era verdade. Não no lado de Lotterer, que tocou no muro e perdeu tempo, e não conseguiu o melhor tempo - mas foi segundo - mas foi Vandoorne, que fez 1.38,484, meio segundo melhor que Di Grassi, que se tornou no "poleman". E Oliver Rowland teve um final dramático, pois ia a caminho de ficar com o melhor tempo, antes de bater no muro nos metros finais, acabando com a roda traseira direita torta, mas foi o suficiente para conseguir o terceiro melhor tempo.

Com essa grelha de partida, os Mercedes estavam mais confortáveis para a prova romana, que começará pelas 15 horas de Lisboa.

Formula 1: Monaco terá espectadores


As autoridades monegascas ainda não anunciaram, mas é bem provável que o GP do Mónaco terá espectadores. Depois do cancelamento da edição de 2020 devido à pandemia, este ano, a corrida, que acontecerá a 23 de maio, irá acontecer com 50 por cento de espectadores nas bancadas. A venda antecipada de bilhetes já começou, já se montam as bancadas para receber quer esta corrida, quer o ePrix, que será duas semanas antes, a 8 de maio.

Ainda não se sabe também a forma como todo o processo para garantir o distanciamento físico se vai desenrolar nem que restrições possam vir a estar em vigor na altura, para que as autoridades locais terem dito que receberão dezenas de milhares de pessoas no Principado, poderá ter de haver com o processo de vacinação, pois na cidade-estado, boa parte da população já levou as doses necessárias.

Curiosamente, o GP poderá ter uma tribuna especial para o seu "filho da terra", Charles Leclerc, situada na curva da Tabacaria, onde 500 dos seus fãs poderão ter a chance de ver de perto os carros em ação. Mas o preço não será barato: poderão pagar 800 euros por esse privilegio.  

Youtube Motorspot Crash: O susto da Formula E em Roma

A primeira sessão de treinos livres neste sábado da ronda de Roma da Formula E ficou marcado por um assustador acidente envolvendo Oliver Turvey, piloto da NIO, que entrou sem abrandar numa curva onde estavam parados os carros de Jake Dennis (BMW Andretti) e Jean-Eric Vergne (DS Techeetah), que esperavam treinar arranques, como costuma ser habitual após as sessões de treinos livres. Ninguém ficou ferido, mas os três carros ficaram danificados e condicionados para o resto deste final de semana.

Não havia bandeiras, nada. O Turvey estava a rodar depressa, o que é um pouco estúpido depois da bandeira axadrezada. A velocidade a que chegou, ia sempre bater em alguém. É óbvio que se esqueceu dos arranques, a equipa não lhe disse”, afirmou Dennis à Autosport britânica. 

Foi a primeira vez na minha vida que tive um acidente sem o ver chegar. A coisa boa do meu lado é que não tive tempo para me assustar”, disse Jean Eric Vergne à mesma publicação. 

O que se não entende foi a razão pelo qual Turvey andava depressa naquele lugar, quando se sabia que a sessão tinha já terminado e o procedimento normal era aquele. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

A imagem do dia


Jacques Villeneuve faz hoje 50 anos. O filho de Gilles Villeneuve, campeão do mundo em 1997, é hoje mais conhecido pelos seus comentários na televisão, muitos deles mais... emotivos do que com "cabeça, tronco e membros". E claro, sempre que fala mal de alguém, aparece nas noticias. Um pouco como foi a sua carreira a partir de determinado período da vida. 

Um claro contraste do piloto que a meio da década de 90 do século XX, era visto como o maior rival de Michael Schumacher. E no final de 1995, ele era "o" piloto a ter em conta. 

Dois anos antes, no final de 1993, Jacques entrou na CART através da Forsythe, e depois de uma temporada inicial onde venceu uma corrida em Road America, a temporada de 1995 prometia ser melhor. Agora na Team Green, e por uma coincidência incrível, o sorteio deu-lhe o numero 27, que tinha o seu pai nas duas últimas temporadas na Ferrari e o número do qual ficou imortalizado. Embora para dizer a verdade, ficou mais tempo com o número 12...

Mas as vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, ainda por cima com uma penalização que lhe custou uma volta, e depois no campeonato, deram-lhe as luzes da ribalta e cedo, ouviu o chamamento da Formula 1. Um teste com a Williams foi o suficiente para que Frank Williams lhe desse um contrato e logo, logo, assinasse um contrato. E com o anuncio, para além do regresso e um nome mítico, que ficara na memória de toda uma geração, correndo na melhor equipa do pelotão naquela altura, significava que era candidato ao título logo na sua primeira temporada. E poderia vencer a sua primeira corrida!

Assim sendo, as expectativas para a primeira corrida do ano eram elevadíssimas.

A temporada de 1996 começava na Austrália, uma pista totalmente nova, desenhada no Albert Park, em Melbourne. Ali, com os olhos do mundo a observá-lo, adaptou-se bem à pista, ao carro, e quando tee a oportunidade, fez um tempo que o colocou na pole-position, algo que Mário Andretti, no GP dos Estados Unidos de 1968, e Carlos Reutemann, no GP da Argentina de 1972, tinham feito. 

A corrida foi essencialmente um passeio da Williams. Com Michael Schumacher a fazer ali a sua estreia pela Ferrari, e sabendo que teria um longo caminho pela frente até colocar a Scuderia no caminho certo, não se esperava muito nessa prova. Villeneuve mostrou-se perante a Formula 1 que tinha estofo de vencedor, e mesmo quando perdeu momentaneamente o controlo do seu carro, numa saída de pista, e Damon Hill tentou aproveitar para ficar com o comando, ele conseguiu defender-se de forma bem musculada, certamente aplaudida e a lembrar os gestos do seu pai.

Mas o carro desenvolveu uma fuga de óleo e a equipa ordenou-lhe para que baixasse o ritmo e abdicasse da vitória a favor de Hill. Queria ter tido tudo, mas não deu. Mesmo assim, foi aplaudido. Tinha sido o melhor cartão de visita que poderia ter tido e todos lhe diziam que tinha herdado o nome e a garra do pai. Três corridas depois, subia ao lugar mais alto do pódio e acabava aquele ano a ser vice-campeão e com quatro vitórias, a melhor temporada de estreia até então, batido onze anos depois por Lewis Hamilton

Mas no dia do seu cinquentenário, recordo o seu cartão de visita na Formula 1, aquela tarde australiana onde todos viam um futuro campeão.

Os salários dos pilotos em 2021


A pandemia causou uma enorme perturbação mundo afora, e claro, o automobilismo não é excepção. Todos viram o calendário da Formula 1 virado de cabeça para baixo e a temporada de 2020 a ter de tirar um coelho da cartola com um "plano B" que nos deu Portimão, e 2021 até poderá ter uma espécie de "regresso à normalidade", mas francamente, é esperar para ver, porque rumores sobre alguns cancelamentos persistem por estes dias.

Mas o que a pandemia também afetou na Formula 1 foi nos salários. A Racefans.com publicou hoje os salários dos pilotos desta temporada, e disse que mesmo os pilotos mais bem pagos sofreram cortes neste anos de pandemia. Os melhores exemplos foram Lewis Hamilton, que perdeu dez milhões de dólares, caindo para um salário anual de 30 milhões em 2021. Outro piloto que sofreu um corte, mas este maior, foi Sebastian Vettel, que foi para a Aston Martin ganhar metade do que recebia na Ferrari. Agora, o piloto alemão recebe 15 milhões de dólares nesta temporada, cinco milhões mais que o seu companheiro de equipa, Lance Stroll.

No regresso à Formula 1, Fernando Alonso foi bem pago na Alpine, o novo nome da Renault na Formula 1, e irá receber em 2021 o equivalente a 20 milhões de dólares, quatro vezes mais que Esteban Ocon, seu companheiro de equipa. Com este dinheiro, ele está no pódio dos mais bem pagos, apenas batido por Hamilton e Max Verstappen, que leva 20 milhões para casa. Charles Leclerc, curiosamente, não é muito bem pago: apenas tem um salário anual de 12 milhões.

Contudo, com as equipas a concordarem com um teto orçamental, é provável que também acordem num teto salarial de até 30 milhões de dólares, e poderá ser no seu conjunto, nem tanto o máximo que um piloto possa receber por temporada.

Em contraste, o "rookie" Yuki Tsunoda, da Alpha Tauri, tem um salário anual de 500 mil dólares.

Eis o quadro completo, com os valores em dólares:

Lewis Hamilton (Mercedes) 30 milhões
Max Verstappen (Red Bull) 25 milhões
Fernando Alonso (Alpine-Renault) 20 milhões
Daniel Ricciardo (McLaren) 15 milhões
Sebastian Vettel (Aston Martin) 15 milhões
Charles Leclerc (Ferrari) 12 milhões
Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) 10 milhões
Carlos Sainz Jr. (Ferrari) 10 milhões
Valtteti Bottas (Mercedes) 10 milhões
Lance Stroll (Aston Martin) 10 milhões
Sergio Perez (Red Bull) 8 milhões
Lando Norris (McLaren) 5 milhões
Esteban Ocon (Alpine-Renault) 5 milhões
Pierre Gasly (Alpha Tauri) 5 milhões
Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) 1 milhão
Nikita Mazepin (Haas) 1 milhão
Mick Schumacher (Haas) 1 milhão
George Russell (Williams) 1 milhão
Micholas Latifi (Williams) 1 milhão
Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) 500 mil

WRC: Croatas acreditam que terão público


Com duas semanas até à realização da prova, que estreia este ano no Campeonato do Mundo de Ralis, a organização do Rali da Croácia esperam ter público na prova. Quem o afirma é Daniel Saskin, o presidente da comissão organizadora do rali, que deu o exemplo do Rali da Estónia, organizado no passado mês de agosto.

Na Estónia, no ano passado, as autoridades permitiram que a prova tivesse público em zonas especialmente designadas para o efeito. Acredito que podemos ter público na Croácia. Temos 150 quilómetros de troços, que potencialmente oferecem visibilidade do lado esquerdo e direito da estrada.", começou por comentar.

"Não haverá falta de espaço para manter a distância física, e para isso preparámos protocolos específicos da Covid. Todos os participantes, comissário, marshalls e espectadores (se forem autorizados) terão dos respeitar. Para aqueles que não poderão estar ao pé da estrada, há emissões na Rádio e Televisão croata que acredito que terão uma grande audiência”, concluiu.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Noticias: Montoya aprova as corridas "sprint"


O colombiano Juan Pablo Montoya aproveitou estes dias para falar sobre a situação atual da Formula 1. Atualmente com 45 anos e mais interessado na Endurance, apesar de este ano ir correr as 500 Milhas de Indianápolis num carro da McLaren, façou sobre a situação atual da Formula 1 e como ela se modificou com a chegada dos americanos da Liberty Media. E disse que para além das mudanças em termos de redes sociais e como ela deve ser mostrada para as novas gerações, ele aprova a ideia das corridas "sprint", que poderão ser experimentadas este ano em alguns circuitos, como Silverstone, Monza e Interlagos.   

A Fórmula 1 tem estado muito interessante desde que a Liberty chegou. Tem havido muitas mudanças. Se entrarmos no paddock, é chocante como agora é muito mais agradável em comparação com o que sucedia antes. É tudo mais sociável, as pessoas são muito mais amigáveis” começou por dizer o colombiano. 

O também vencedor das 500 Milhas de Indianápolis por duas ocasiões falou também dos aspectos competitivos da formula 1 e das diferenças entre a velha e a noa gerência: “Com a chegada da Liberty Media tem sido feito trabalho para equilibrar o plantel, por exemplo as mudanças aerodinâmicas e o teto orçamental. Tudo isto é positivo mas só se mantiverem tudo sob controlo.", começou por afirmar. "Já estive do lado de dentro e por isso tenho a certeza de que as pessoas estão à procura de lacunas. Sempre foi assim, mas acredito que com o tempo vai melhorar. As equipas fazem tudo o que é preciso fazer para vencer.”, continuou.  

Contudo, Montoya tocou ainda num ponto interessante: as corridas de sprint. “Há uma coisa muito importante que está a mudar com as novas gerações, quer nós gostemos ou não. Os tempos de atenção das pessoas estão a ficar cada vez mais curtos. Por isso, não se pode esperar ter pessoas a ver uma corrida na televisão durante duas horas. Pessoas como nós, que amamos o desporto, continuarão a fazê-lo, mas as gerações mais jovens vão ter dificuldades com isso. As corridas de Sprint são o futuro na Formula 1“, concluiu.

Youtube Motorsport Video: Valeria a pena o regresso da Formula 1 ao Nordschleife?

Neste seu mais recente video, o Josh Revell faz a seguinte pergunta: valeria a pena o regresso da Formula 1 ao Nurburgring Nordschleife? O circuito de 23 quilómetros ao longo da floresta de Eifel, que não é usado desde 1976, quando Niki Lauda quase morreu ali, tornou-se numa meca para os apreciadores do automobilismo, especialmente para provas como as 24 Horas de Nurburgring e a ronda do WTCR.

Mas a ideia, embora sendo académica, seria contraproducente. As regras da FIA não permitem isso, e mesmo que permitisse, isso faria com que fosse fortemente modificado, e não só para colocar novo asfalto e escapatórias. Falamos de por exemplo, curvas novas e chicanes, e em suma, o circuito seria totalmente descaracterizado.

E creio que ninguém gostaria de ver o "Nordschleife", o "Inferno Verde", num "Nordscheiße", pois não?

Formula E: Félix da Costa otimista para a jornada dupla de Roma


No fim de semana do regresso da Formula E, com a jornada dupla de Roma, com uma nova configuração do traçado que acontece no centro da cidade Eterna, que não deixa de ser tão técnico como nas edições anteriores, com muitas ondulações, mudanças de elevação e um asfalto bastante irregular. Com o novo carro, o DS E-Tense FE21, em mãos, António Félix da Costa tem grandes expectativas sobre ele, depois do terceiro lugar na segunda corrida de Ad Diriyah.

Trabalhámos muito no desenvolvimento do nosso novo carro. Na DS Techeetah estamos otimistas e motivados, mas sabemos que todas as equipas deram um passo em frente e acreditamos que também o faremos com o nosso novo carro, em termos de performance numa volta, mas sobretudo na otimização da gestão de energia.", começou por dizer. 

"Vai ser um fim-de-semana intenso, com duas corridas, previsão de possível chuva, pelo que é importante estarmos focados, não cometer erros e procurar a perfeição na qualificação, uma vez que estou no grupo 1 e a pista encontra-se normalmente mais lenta. Vamos lutar para trazer bons pontos para casa!", concluiu.

Em Portugal, as corridas podem ser acompanhadas em direto, tanto no Eurosport, como na Eleven Sports. No sábado, a corrida 1 vai ser pelas 14:30 horas, enquanto a corrida 2, no domingo, a transmissão começa pelas 11:30 horas.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Formula E: DS estreia novo propulsor em Roma


Depois de um fim de semana interessante em Ad Diriyah, onde conseguiram um pódio com o atual campeão, António Félix da Costa, a DS chega a Roma, palco de uma jornada dupla neste final de semana, com o seu novo propulsor, esperando que com ele, possa manter a liderança no campeonato e os títulos que alcançou nas últimas três temporadas. 

O novo DS E-Tense FE21 tem um desempenho bastante superior ao monolugar que vem substituir, contou com a colaboração dos engenheiros da Total, que trabalharam em estreita colaboração com os engenheiros da DS Performance no desenvolvimento dos melhores lubrificantes e líquidos de arrefecimento, concebidos à medida e ultra-inovadores, segundo diz o comunicado oficial da marca.

Xavier Mestelan Pinon, Diretor da DS Performance, explica o que ai ser esta corrida e as expectativas que tem para a nova evolução do bólido: 

"Para além de se tratar de uma jornada icónica do Campeonato de Fórmula E, Roma será, igualmente, um marco importante para a DS Automobiles. Será neste evento que iremos desvendar o nosso novo grupo motopropulsor que será usado, de acordo com o regulamento, até o final da próxima temporada. Redesenhado no seu todo, representará ganhos significativos em termos de performance. Claro que tudo ainda está por verificar em corrida, mas a equipa está confiante. O DS E-Tense FE21 deverá ser um trunfo definitivo para os nossos pilotos e para a nossa equipa na busca por um novo duplo título!”, concluiu.

Youtube Motoring Video: Um tributo a Sabine Schmitz

O Top Gear colocou esta terça-feira um tributo a Sabine Schmitz, uma das suas apresentadoras, que morreu no mês passado, aos 51 anos, vitima de um cancro. A piloto alemã, que era conhecia por ser "a rainha do Nurburgring", e uma excelente piloto de automóveis - venceu por três vezes as 24 Horas de Nurburgring, quase todas a bordo de Porsches - era uma entusiasta de automóveis.

Neste tributo, aparecem os atuais... e os antigos apresentadores do Top Gear, que de uma certa maneira, fazem um "regresso" ao programa, depois dos eventos de 2014. E todos eles são unânimes: ela adorava o que gostava e sabia guiar. São quase 25 minutos a homenagear, talvez, uma das melhores pilotos de automóveis da sua geração.  

terça-feira, 6 de abril de 2021

Noticias: Corridas sprint poderão ser anunciados em breve


A história das corridas "sprint" está a avançar, e já se fala que o esquema definitivo será anunciado no fim de semana do GP de Imola, a 18 de abril. Stefano Domenicalli, o CEO da Formula 1, disse que as equipas estão na fase final das discussões acerca da ideia, e um teste acontecerá em breve.

Estamos a finalizar os detalhes finais e o objetivo é que seja anunciado em Imola”, disse o italiano, falando à Rádio Rai 1. “O que gostaríamos de tentar é ter um fim-de-semana mais intenso onde tenhamos uma hora de treino e qualificação na sexta-feira, que decidisse a grelha para a corrida de sprint, que depois decidirá a grelha para a corrida no domingo. Isto gerará mais interesse, algo que foi pedido pelos organizadores e detentores de direitos televisivos.

Quanto ás provas que servirão de ensaio, as escolhidas poderão ser Silverstone, Monza e Interlagos, embora poderá começar antes, em Montreal. Isto, se a corrida canadiana for adiante. 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Noticias: Russell elogia Portimão


O GP de Portugal é daqui a quatro semanas, mas o Autódromo de Portimão continua a ser alo de elogios por parte do atual pelotão da Formula 1. Hoje cabe a vez de George Russell, atual piloto da Williams, que elogiou o traçado português, afirmando que caso se queiram inspirar no futuro, o circuito deveria ser usado como referência.   

Numa entrevista à publicação francesa Auto Hebdo, o piloto elogiou a pista portuguesa:

Adoro esta pista, porque as curvas fluem suavemente e a pista tem grandes mudanças de elevação. O perfil das curvas permite fazer trajetórias muito diferentes, porque as entradas das curvas são bastante largas.", começou por dizer. "Não temos ‘carris’ específicos de trajetória. Isto ajuda realmente muito a ação em pista, uma vez que se pode mudar de posição para evitar ficar na esteira de um concorrente. Algumas das curvas são cegas, mas isso apenas contribui para a diversão de andar nesta pista. As futuras pistas deviam inspirar-se neste traçado”, concluiu.

O GP de Portugal será a 2 de maio, e será a terceira prova do campeonato. 

Youtube Feature Film: A aventura de um canadiano doido

Nos anos 60 e 70, um dos que estavam nas bocas do mundo era Evel Knievel. O acrobata americano dava nas vistas com os seus saltos de mota, saltando contra carros e autocarros em arenas e parques de estacionamento de casinos. Claro, nem todos os saltos corriam bem, e Knievel colecionou a sua quota parte de ossos quebrados e operações, bem como placas de metal que colocavam no seu corpos porque essas partes se tinham tornado muito fracas. Knievel parou de saltar em 1975, mas os seus feitos, que passavam regularmente na televisão, colocaram o seu nome nas bocas do mundo. Bonecos com a sua cara foram vendidos aos milhares nas lojas de brinquedos, e tenho a certeza que, se os jogos de computador existissem nessa altura, certamente fariam jogos com a sua cara.

A maior façanha de Knievel foi em 1974, quando quis saltar o rio Snake, no Idaho, a bordo de um foguete que ele próprio desenhou. A façanha foi filmada em direto na TV e foi um fracasso. Espetacular, mas um fracasso. E felizmente, ele sobreviveu para contar a história.

O que poucos e lembram é que isso fez alargar os horizontes de um obscuro acrobata canadiano. Até ao inicio dos anos 70, Ken Carter não passava de um saltimbanco que pegava em velhos carros e saltava um velhas pistas de terra batida, com algumas mazelas pelo caminho. Até que viu Evel Knievel e o seu salto sobre o rio Snake e teve a mesma ideia, mas mais ambiciosa: saltar o rio São Lourenço, um salto transfronteiriço, já que de um lado era o Canadá, e do outro, os Estados Unidos. O local do salto era em Morrisburg, e ia saltar para uma ilha no estado de Nova Iorque, e a ideia era fazê-lo num carro a jato.

O plano foi traçado em 1975, com a ideia do salto acontecer no ano seguinte. Mas o que viria a ser um mero salto acrobático acabou por virar uma saga onde aconteceu e tudo um pouco, e o final aconteceu a 5 de outubro de 1979, quatro anos depois dos planos iniciais, e sem o acrobata a bordo. Foi outro no seu lugar, e ele ficou com... um pulso partido, três costelas fraturadas e oito vértebras magoadas. E o salto foi um fracasso espectacular, porque o paraquedas abriu antes de tempo. Como no salto do Evel Knivel.

Depois de ver este artigo do Road & Track americana, descobri o documentário sobre ele feito em 1981, que documenta a preparação para o salto, e as várias peripécias que passou, quer na construção do carro, na preparação do local e no financiamento desta empreitada, que tem muito de... louco. Mas ele autointitulava-se de "O Canadiano Louco"...

Já agora: Ken Carter nascera Ken Poljack em Montreal, em 1938, e morreu a 5 de setembro de 1983 em Peterborough, no Ontário, quando fazia um salto sobre uma lagoa num Pontiac Trans-Am movido a jato. 

domingo, 4 de abril de 2021

Youtube Motorsport Video: SuperFormula, Ronda 1, Fuji

A SuperFormula é a competição mais importante de monolugares do Japão. Já foi a Formula 2, a Formula 3000 e agora é a competição onde os pilotos mais importantes do país, mais alguns estrangeiros, estão lá para mostrar as suas cores. Com chassis único, e motores Toyota e Honda, já nem é tanto a competição de acesso à Formula 1, já que há pilotos com mais de 50 anos a participar.

A ronda desta manhã aconteceu no circuito de Fuji e a transmissão foi feita através do canal do Youtube da Red Bull.