sábado, 12 de março de 2022

Youtube Formula 1 Video: Os melhores da última década, por Josh Revell

A última década foi marcada por dois domínios: primeiro, a da Red Bull, e a segunda, a da Mercedes. Não parece muito complicado a luta pelo topo para ser o melhor na década que passou, mas já sabem os gostos do neozelandês mais conhecido no Youtube. Sabe-se lá as suas escolhas...

CPR: Armindo Araújo triunfou em Fafe


O rali de Fafe pode estar a meio, porque é a primeira prova do Europeu de ralis, mas em termos de Campeonato de Portugal de Ralis, já acabou, com a vitória de Armindo Araújo. O piloto de Santo Tirso foi o melhor português, acabando a mais de quatro minutos e quatro segundos de Miguel Correia, o segundo classificado. Bruno Magalhães, o piloto oficial da Hyundai, foi o terceiro, a 4.31,7 do vencedor.

Estou muito contente. Ganhar no campeonato nacional e ser terceiro no ERC é um sonho para mim. Este troço foi a mais difícil do dia para mim. Condições realmente difíceis e um grande desafio para os pilotos”, disse o piloto do Skoda.

Com nove especiais, dois deles acabaram por ser canceladas devido ao mau tempo, o dia começou na sexta-feira à noite com a super-especial de Fafe, com Miguel Correia a levar a melhor sobre Armindo Araújo, com 0,7 segundos de diferença. Bruno Magalhães foi o terceiro, a 1,7.

O sábado começou com muita chuva nas especiais, e logo na primeira passagem por Boticas, Araujo foi logo para o ataque, e triunfou com... 27,5 segundos sobre Bruno Magalhães, e 39,9 sobre Miguel Correia. Claro, com isto, o piloto de Santo Tirso foi logo para a frente, e a partir dali, não mais olhou para trás. 

Na primeira passagem de Cabeceiras de Basto, Araújo triunfou de novo, e agora com 21,4 segundos de vantagem sobre Miguel Correia e 43,1 sobre Bruno Magalhães. Ricardo Teodósio perdia quase 1.50 minutos sobre os da frente, queixando-se de ter apenas duas rodas motrizes. 

"Eu não esperava tanta lama na especial. Cometi um erro porque coloquei a suspensão com muita força, pois a especial é veloz, mas está ficando muito má. Mesmo nas retas não é possível ir a todo vapor.", queixou-se Bruno Magalhães depois da especial. E foi por causa disso que a primeira passagem por vieira do Minho foi cancelada. 

A manhã termina com a segunda passagem por Boticas, e Araújo dominava. O piloto do Skoda tinha conseguido uma vantagem de 31,2 segundos sobre Miguel Correia e 1.23,7 sobre Bruno Magalhães. E Ricardo Teosódio atrasava-se cada vez mais, 2.24.0 segundos. 

Evidentemente, Armindo ara um piloto satisfeito nesta altura: "Estou muito feliz. Estou dirigindo em modo seguro, mas estou gostando dessas condições. É muito divertido e estou muito feliz com minha velocidade." disse, no final da especial. 

Armindo continuava a dominar na sétima especial, 19,4 segundos na frente de Miguel Correia, e 29,8 sobre Ricardo Teodósio, apesar de uma penalização de 10 segundos por falsa partida. A mesma coisa aconteceu na oitava especial, agora com 36,2 segundos de avanço sobre José Pedro Fontes e 39,5 sobre Bruno Magalhães. E na última especial, a diferença foi mais cavada: 38,2 segundos sobre Bruno Magalhães e 39,4 sobre Miguel Correia.

sexta-feira, 11 de março de 2022

Noticias: Ricciardo testa positivo para a CoVid-19


O australiano Daniel Ricciardo testou positivo para a CoVid-19 esta sexta-feira e ficará de fora do resto dos testes no Bahrein, contou a McLaren. O piloto de 32 anos ficará isolado para os próximos sete dias e provavelmente, estará disponível para a primeira corrida do ano, no Bahrein, a 20 de março.

A McLaren Racing pode confirmar que, depois de se sentir mal a partir de quarta-feira no Bahrein, Daniel Ricciardo agora retornou um teste PCR positivo para COVID-19.", começou por dizer o comunicado da McLaren. 

"Daniel continua, portanto, a se isolar de acordo com os regulamentos locais. Sob esses regulamentos, Daniel será liberado a tempo para o GP da Gulf Air Bahrain de Fórmula 1 do próximo fim de semana. Daniel já está começando a se sentir melhor e desejamos que ele tenha uma rápida recuperação. Após isso, podemos confirmar que Lando Norris permanecerá no MCL36 para o último dia do teste oficial de pré-temporada no Bahrein amanhã.”, concluiu.

Reagindo à ocasião, Ricciardo twittou: “Melhor esta semana do que na próxima… [Estou] Infeliz por perder o teste, mas estou começando a me sentir melhor. Vou ficar isolado e me concentrar apenas no próximo fim de semana. Muito obrigado a Lando e McLaren pelo trabalho pesado, devo a vocês algumas cervejas (leite para Lando). Agradeço os votos de melhoras de todos.”, comentou.

A Formula 1 decidiu no final da temporada passada que todos os pilotos e membros da equipa fossem obrigados a vacinar contra o CoVid-19, para poderem circular no paddock sem problemas.

Youtube Automobile Vídeo: Quando as bombas ficaram sem combustível

Na altura em que estamos a passar pelo terceiro choque petrolífero em menos e 50 anos, o pessoal do Donut Media decidiu falar do primeiro choque de 1973-74 e claro, como isto fez com que as pessoas passassem a ver os carros e o consumo de gasolina de forma completamente diferente. E claro, a industria automóvel americana, com os seus motores "beberrões", tinha de se adaptar... ou morreria. 

Vende-se: Coleção de carros de Nigel Mansell


Um Ferrari 640, um Williams FW14, um Reynard de GP Masters e... um triciclo, entre outros. Estes carros pertencem a Nigel Mansell e serão vendidos em leilão a 14 de maio, no Mónaco, pela Sotheby's.

Claro, não são carros quaisquer. O Ferrari é o mesmo no qual triunfou em Jacarépaguá, em 1989, a sua primeira corrida pela Scuderia, e a primeira de um carro de caixa semi-automática na Formula 1, e o FW14 é o mesmo onde ele venceu no GP a Grã-Bretanha de 1991, e no final, ainda deu boleia a Ayrton Senna, quando o seu McLaren MP4/6 quebrou perto do final. Em suma, carros que ajudaram a fazer história na Formula 1.

A Sotheby´s estima o valor do Ferrari F640 entre 2,5 e 5 milhões de euros, enquanto que o preço do FW14 está estimado entre 1.5 e 3 milhões de euros. Ambos estão em contraste com o carro da GP Masters, que poderá ser vendido entre os cem mil e os 150 mil euros. Mas o triciclo BMW de 1990 poderá estar mais acessível, entre os cinco mil e os 15 mil euros.

quinta-feira, 10 de março de 2022

A imagem do dia






Não foi "o carro sem sidepods", mas quase. O "W13B" apareceu em Shakir com uma modificação bem radical das suas entradas de ar laterais, e claro, toda a gente ficou a ver e a comentar se isto é legal. Apesar de ser radical... não é totalmente novo. Quem for ver os carros de 1989 a 1991 dos Ferrari - do 639 ao 641 - repara que as entradas de ar tem uma dimensão semelhante. Mas o lado radical do assunto é ao serem pequenos, recuaram e fizeram com que a entrada de ar aconteça mais para a frente que boa parte da concorrência, que tem aquelas "bossas laterais" mais pronunciadas. 

Um dia não é o suficiente para saber se tal funciona, mas se a FIA achar que isto está bem, então, eles conseguiram uma vantagem de algumas corridas até a concorrência reagir. E gente como Adrian Newey, como sabem, são geniais em ler os regulamentos e arranjar algo que não fira a letra deles, mas modifica o seu espirito. Garantidamente, todos estes engenheiros estão a simular a gastar tempo em túneis de vento, para saber qual será a solução mais ideal para apanhar, senão ultrapassar, estes Mercedes. 

Em suma, se a ideia era de fazer todos estes carros idênticos para termos lutas mais próximas pela liderança, é provável que poderemos assistir a nova "corrida às armas". Veremos o que a "senhora dona FIA" tem para dizer. 

CPR: Armindo Araújo quer começar a temporada com o pé direito


Na véspera do Rali Serras de Fafe, Armindo Araújo quer iniciar o campeonato com o pé direito contra os Hyundais de fábrica. Pilotando um Skoda Fabia Rally2, o piloto de Santo Tirso espera que o carro continue a ser competitivo o suficiente para lutar pela vitória, e os testes que realizou recentemente elearam a sua confiança nesse sentido.   

Em declarações à Autosport portuguesa, ele referiu sobre isso: “Estamos quase a iniciar um novo campeonato e preparados para voltar a lutar pelas vitórias e pela conquista do título absoluto esta temporada. Fizemos dois testes de preparação para esta prova e estamos confiantes em começar o ano com um bom resultado”, começa por dizer.

“Este ano, à imagem do que acontece em outros ralis internacionais, apenas a primeira etapa será pontuável para o CPR. Teremos, por isso, que centrar em primeiro lugar as nossas atenções para essa luta e dividirmos em duas partes distintas esta prova. O nosso principal objetivo é conseguir o maior número de pontos possíveis para as contas nacionais e é esse o grande foco. Sabemos que os nossos adversários estarão igualmente fortes, mas esperamos terminar o dia de sábado com uma vitória”.

No ano passado terminamos no pódio do Europeu e queremos obviamente repetir um bom resultado ao nível do ERC. Depois de alcançarmos a nossa primeira meta, podemos, na segunda etapa, medir forças em termos de classificação geral sabendo, de antemão, que uma boa classificação poderá, de alguma forma, estar condicionada pela estratégia que teremos de usar no primeiro dia. Uma coisa temos a certeza. Vamos para este rali com fortes ambições e na máxima força”, conclui.

quarta-feira, 9 de março de 2022

A(s) image(ns) do dia



Nestes dias sombrios de um final de inverno que alguns teimam querer prolongá-lo por objetivos pessoais pouco obscuros, é bom saber que os pilotos tem a iniciativa e que não estão indiferentes. Nas vésperas dos testes no Bahrein, todos os pilotos - excepto Lewis Hamilton, que afirmou se ter atrasado na sua viagem ao pequeno emirado do Golfo - fizeram este apelo para que a guerra pare, e mostrarem a sua solidariedade para com a Ucrânia. 

Noticias: Magnussen regressa à Haas


A Haas escolheu Kevin Magnussen como seu piloto titular de 2022, no lugar do russo Nikita Maepin. O acordo foi anunciado esta tarde na sua página oficial, e aparentemente, foi assinado um acordo "por algumas temporadas". Ele estará presente no Bahrein, a partir de amanhã, nos testes oficias de pré-temporada, ao lado de Mick Schumacher e do brasileiro Pietro Fittipaldi.

Magnussen, de 29 anos, já tinha estado na Haas entre 2017 e 2020, conseguindo como melhor resultado dois quintos lugares nas corridas do Bahrein e da Áustria, ambas em 2018. Para além disso, conseguiu uma volta mais rápida, em Singapura, em 2019. 

Estou muito feliz em receber Kevin Magnussen de regresso à Haas F1 Team”, começou por comentar Guenther Steiner, o chefe de equipa. “Ao procurar um piloto que pudesse agregar valor à equipa, sem mencionar a riqueza de experiência na Fórmula 1, Kevin foi uma decisão direta para nós. A disponibilidade imediata de Kevin significa que podemos aproveitá-lo como um recurso para testes de pré-temporada ao lado de Mick Schumacher e Pietro Fittipaldi. Pietro será o primeiro nesta semana com meio dia de testes na quinta-feira – essa é uma grande oportunidade para ele, com Mick e Kevin fazendo o resto antes do GP do Bahrain.”, continuou.

Kevin foi um componente-chave nos nossos sucessos anteriores – principalmente quando ambos conquistamos nossos melhores resultados na Fórmula 1 em 2018. Ele continuou a mostrar no ano passado que é um piloto de corrida de elite adicionando vitórias e pódios ao seu currículo. Como uma presença veterana tanto na garagem quanto na sala de engenharia, ele fornecerá uma referência sólida para nós com o desenvolvimento contínuo do VF-22. Estamos todos ansiosos para receber Kevin de volta esta semana no Bahrein.”


Obviamente fiquei muito surpreso, mas igualmente muito empolgado por receber a ligação da Haas F1 Team”, começou por afirmar Magnussen. “Eu estava olhar numa direção diferente em relação aos meus compromissos para 2022 - estava no projeto oficial da Peugeot para a Endurance, bem como a Chip Ganassi na IMSA - mas a oportunidade de voltar a competir na Fórmula 1, e com uma equipe que conheço extremamente bem, foi simplesmente muito atraente. Eu realmente tenho que agradecer tanto a Peugeot quanto a Chip Ganassi Racing por me liberarem prontamente – ambas são ótimas organizações.", continuou.

Naturalmente, também quero agradecer a Gene Haas e Guenther Steiner pela chance de reativar a minha carreira na Fórmula 1 – sei o quão competitivos eles são e o quanto estão ansiosos para voltar a competir semana após semana. Desfrutamos de um relacionamento sólido e nossa associação positiva permaneceu mesmo quando saí no final de 2020. Fui informado o máximo possível sobre o desenvolvimento do VF-22 e o potencial do pacote. Há trabalho a fazer, mas estou animado para fazer parte disso. Mal posso esperar para voltar ao volante de um carro de Fórmula 1 no Bahrein.”, concluiu.

Mazepin quer o dinheiro de volta, mas...


Quase uma semana depois do despedimento de Nikita Mazepin da Haas, ele reagiu afirmando que irá reclamar o dinheiro de volta da equipa que o acolheu. Contudo, ele tem um problema: a sua família acaba de estar na lista dos russos sancionados pela União Europeia, logo, as suas contas e propriedades estão congeladas. 

Esta manhã, ele decidiu falar à imprensa por videoconferência e começou por se queixar que tinha recebido a ordem de despedimento 15 minutos antes do anuncio oficial.  "Soube do meu despedimento ao mesmo tempo que tinha sido divulgado à imprensa. Gostaria de pensar que sou um jovem de 23 anos, e não estava preparado para isso. Não recebi qualquer dica ou apoio a dizer: ‘Esta é a decisão que tomámos, vai ser divulgada dentro de 15 minutos’”.

Ele pensava que poderia competir debaixo de bandeira neutra, como a FIA tinha dito que iria impor aos pilotos russos e bielorussos. “Tinham-me dito que se a FIA me permitisse competir pelas suas regras, e eu concordo com elas, não haveria ações para me tirar o lugar, porque não há nenhuma obrigação legal ou razão para o fazer”, afirmou.

Contudo, mesmo com essa opção, os países começavam a tomas outras medidas para além da FIA. O Reino Unido, por exemplo, tinha proibido a presença de Mazepin, impedindo-o de correr na corrida de Silverstone, na segunda semana de julho, e outros países da Europa e Estados Unidos tinham tomado a mesma decisão. Logo, mesmo com a bandeira da FIA, a sua posição era insustentável. Mazepin também quer criar uma fundação para ajudar os pilotos russos que estão na mesma situação que ele, mas também é provável que isso não passe das palavras, por causa das razões acima, e com o rublo em queda livre, a economia local poderá estar estilhaçada e demore uma geração para recuperar para o estado onde estava antes.  

Entetanto, a Uralkali, empresa detida maioritariamente pelo seu pai, Dmitry Mazepin, comunicou que “pretende proteger os seus interesses de acordo com os procedimentos legais aplicáveis e reserva-se o direito de iniciar processos judiciais, reclamar indemnizações e pedir o reembolso dos montantes significativos pagos pela Uralkali para a temporada de Fórmula 1 de 2022″. 

Mas com as sanções que a União Europeia impôs a ele e à sua empresa, é provável que tudo isto caia em saco roto. Entretanto, a Formula 1 começa amanhã a sua segunda bateria de testes e Pietro Fittipaldi será o piloto que se sentará no carro, pelo menos durante estes dias, como piloto de reserva que é, enquanto outros nomes se falam, como o dinamarquês Kevin Magnussen, o italiano Antonio Giovinazzi, o alemão Nico Hulkenberg e o australiano Oscar Piastri

terça-feira, 8 de março de 2022

A imagem do dia


Hoje é o Dia Internacional da Mulher, e como este lugar é para falar de carros, este ano calha perfeitamente bem, pois assim falo de algo que aconteceu, fez ontem 40 anos: a única vitória de uma mulher no Rali de Portugal. Mas a vitória de Michele Mouton - a segunda da sua carreira - ao volante do seu Audi Quattro numa prova que na altura tinha 40 (!) especiais de classificação, que dava uma volta ao pais, é digna de registo.

Os Grupo B estavam prestes a aparecer - aliás, fala-se que o Quatro foi o primeiro desses carros - mas em 1982, ainda tinha modelos como o Opel Manta 400, o Talbot Sunbeam Lotus, o Ford Escort 1800, entre alguns outros, todos com duas rodas motrizes. O Quattro era revolucionário - e curiosamente, estreou-se como carro zero num Rali do Algarve, em 1980...

Mas a maior revolução aconteceu quando eles contrataram Mouton, em 1981. Tinha mostrado todo o seu talento em carros como na Alpine e na Fiat, mas aquilo era a sua primeira experiência como piloto de fábrica. Assistida pela italiana Fabrizia Pons, aproveitou bem, primeiro ao triunfar em Sanremo, em outubro do ano anterior, surpreendendo muita gente, apesar de saberem que o Quattro era um excelente carro, mas em 1982, não tinha começado bem a temporada, pois batera em Monte Carlo. Um quinto lugar na Suécia compensou um pouco, mas não muito. 

Chegados a Portugal, a Audi alinhava com Mouton, o finlandês Hannu Mikkola e o austríaco Franz Wittmann. E antes da partida, avisava: “Quando corro é mesmo para ganhar! Dou-me bem com a terra de Arganil, do Buçaco, de Fafe, da Cabreira. E será aí, não o escondo, que irei atacar forte…”, disse, numa reportagem do Diário de Noticias.

E os que viam nas bermas da estrada não deixavam de a admirar, desabafando, quando passava: “Aí vem ela. Tem mais tomates que eu.

Das 40 especiais, ela triunfou em 17 e aproveitou bem a desistência do líder do campeonato, Walter Rohrl, para ficar com a liderança e não a largar até ao final, que aconteceria nas classificativas em redor da Serra de Sintra, perante dezenas de milhares de espectadores, para além das passagens no Autódromo do Estoril. Mouton acabou na frente do Toyota do sueco Per Eklund, do outro Audi de Wittmann e do Ford Escort de Carlos Torres, o melhor português e melhor privado. 

O segundo triunfo de Mouton já não era uma surpresa. Os pilotos já tinham reagido ao choque e agora a observavam como um dos seus. O que ainda não sabiam era que ia atrás de Rohrl e se iria candidatar ao título. 

Isto pode acontecer?



Amanhã, se acontecer, poderemos estar a assistir à maior revolução na Formula 1 desde 1990, provavelmente. Segundo conta o Craig Scarborough (@ScarbsF1 no Twitter), a Mercedes poderá aparecer no Bahrein com um W13... sem entradas de ar laterais para arrefecer os motores. Por agora é um desenho, mas isto surgiu depois de outra pessoa, o jornalista Will Buxton (@wbuxtonofficial no Twitter) ter dito que uma ideia semelhante da Alpine - que não foi para a frente - poderia ser aplicada nos carros de Lewis Hamilton e George Russell.

Claro, há questões a serem colocadas, e uma delas é a segurança. Os carros de Formula 1 passam por "crash tests" para serem aprovados, mas aquele que o W13 passou tinha as entradas laterais colocadas, e agora sem elas, não se sabe se é considerado um novo chassis, logo, sujeito a novos testes de colisão... do qual não se sujeitaram.

Mas como este ano é o primeiro onde o efeito-solo está de volta, pela primeira vez em 40 anos, parece que os engenheiros poderão estar a dar a volta graças às experimentações que andam a fazer no túnel de vento. E como todos eles foram ensinados a dar a volta ao livro de regras da Formula 1, isto poderá ser algo do qual poderão conseguir alguma vantagem na grelha de partida no próximo dia 20 no Bahrein. 

Claro, temos de ver se isto é aprovado pela FIA, porque... já se sabe, se funciona, as equipas irão protestar, porque a última coisa que querem é um "unfair advantage" entre eles. E também, ver se eles irão fazer isso amanhã... ou não. 

segunda-feira, 7 de março de 2022

Noticias: Imola fica no calendário até 2025


O circuito de Imola receberá a Formula 1 pelo menos até 2025. O anuncio foi feito hoje pela Liberty Media, detentores dos direitos comerciais do campeonato do mundo. O acordo alcançado entre eles e o Automobile Club d’Italia terá a contribuição do Ministério da Economia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a região de Emilia Romagna, permite um investimento superior a 100 milhões de euros no Autódromo Enzo e Dino Ferrari. 

Imola, que estava de fora do calendário desde 2006, regressou em 2020, por causa da pandemia e do calendário altamente revisto desse ano, mas manteve-se no calendário em 2021 e desta temporada. Agora, começa a ser mais definitivo. 

Estou muito satisfeito por continuarmos a nossa excelente parceria com Imola para o Grande Prémio Emilia-Romagna até 2025”, disse o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali no anúncio oficial do acordo. “O circuito é icónico e tem feito parte da história do nosso desporto e fizeram um trabalho incrível ao acolher duas corridas durante a pandemia. É um momento de orgulho para os nossos fãs italianos receberem duas corridas e para todos os nossos fãs em todo o mundo verem este fantástico circuito no calendário no futuro. Quero agradecer a todos os envolvidos na realização deste evento e ao trabalho da região de Emilia-Romagna, em particular ao Presidente do Automobile Club d’Italia, Angelo Sticchi Damiani, Presidente da região de Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, ao Ministério da Economia e Finanças, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e à Cidade de Imola. Estamos todos ansiosos por estar de volta a Imola em abril para entusiasmar os nossos fãs”, concluiu.

O Grande Prémio de Emilia-Romagna acontecerá no fim de semana de 22 a 24 de abril.

CPR: Teodósio adapta-se ao novo Hyundai antes de Fafe


Depois de muitos anos a competir com a sua própria equipa, Ricardo Teodósio será piloto da Hyundai Portugal, ao lado de Bruno Magalhães. Na apresentação do Team Hyundai Portugal, há duas semanas, o piloto algarvio falou mostrou a sua óbvia satisfação por este novo capítulo da sua carreira, e afirmou que está disposto a lutar de novo pelo título, ele que foi o campeão em 2021.  

Estou muito contente. Estamos numa equipa nova e estamos com muita vontade de começar a época. Gostei imenso do Hyundai e nos poucos quilómetros que fiz senti-me à vontade com o carro. Já temos trabalho de afinação feito, que está já implementado no novo carro e vamos voltar a testar na quarta feira. Por isso, estamos cheios de vontade de voltar a andar no i20 e de ir para Fafe para tentar um bom resultado, fazermos o que sabemos fazer e divertirmo-nos acima de tudo.”, começou a falar, numa entrevista à Autosport portuguesa.

Há muitos anos que estou na competição. Já são 32 anos feitos recentemente mas é bom ser finalmente piloto oficial de uma marca, neste caso a Hyundai. É pena não ter sido antes, e há uns anos estive perto de ser piloto oficial de outra marca, mas infelizmente no final as coisas não se concretizaram. Mas depois de muitos anos de muito empenho da nossa parte, da nossa família, parceiros, patrocinadores, amigos e dos fãs que nos acompanham, que puxam por nós na estrada e que nos dão motivação para continuarmos, finalmente aconteceu. E claro, temos esta paixão enorme pelos ralis, que me acompanha desde jovem e mesmo no tempo dos karts já havia esse amor pelos ralis. Ia sempre ver o rali do Algarve com os meus pais. Estamos convencidos que vamos fazer um excelente ano. Para a primeira prova, vamos ainda com poucos quilómetros no carro mas o que interessa é a motivação e nós estamos muito motivados, tal como a Hyundai. Não podia haver uma melhor simbiose. Toda a equipa quer vencer. Estamos prontos.”, continuou.


Quanto à adaptação ao i20 Rally2, a nova máquina do piloto algarvio, apesar das suas primeiras sensações terem sido boas, os desafios são aliciantes  A equipa é nova, e isso obriga Teodósio a adaptar-se a novos métodos. Mas o balanço, até agora, tem sido positivo.

Este carro é diferente em relação ao Skoda. Tem pormenores diferentes, a nível de condução. Para mim este carro é mais um carro de piloto. Este precisa de um kit de unhas. O Hyundai está muito bem conseguido, há trabalho para fazer, claro, eu mais ainda que o Bruno que já conhece o carro do ano passado. Mas vamos com certeza fazer um bom trabalho com a equipa e vamos mostrar o que podemos fazer, dar o máximo de retorno aos nossos parceiros e acreditar que no fim do ano vamos ser campeões nacionais. Queremos ser campeões com a Hyundai. Queremos também provar que o carro é competitivo, algo que o Bruno já fez quando venceu no ano passado o Rali de Mortágua. Eu gostei muito do carro. O pedal do travão a comparar com o outro, este é um pedal mais duro e para mim é um pedal de carro de corridas e estou à vontade com ele.“, comentou.

O primeiro contacto que tive com a equipa foi muito bom. Gostei de trabalhar com a equipa, que é muito experiente, com muita vontade de trabalhar, tal como nós. Tem de ser assim, senão não avançamos. Não vejo problemas na adaptação. Sim é uma equipa nova para nós, mas só estamos focados em nos sentarmos no carro e fazermos o que gostamos de fazer. Não significa que isso seja suficiente pois não se consegue ganhar sempre e tenho a plena consciência que os nossos adversários são fortes. Vai ser um campeonato à imagem dos últimos anos.”, concluiu.

O rali Serras de Fafe acontecerá no próximo fim de semana, e não só contará para o Nacional de ralis, como será uma ronda do Europeu de Ralis. 

Mais sarilhos para a Haas


Os dias na Haas não tem sido tranquilos, pelo menos desde o dia 25 de fevereiro. Cancelado o patrocínio russo, despedido Nikita Mazepin, a Haas procura resolver os seus problemas o mais rapidamente possível. Gunther Steiner confirmou que Pietro Fittipaldi será o piloto nos testes do Bahrein, mas disse também que procuram um piloto mais experiente para guiar o segundo lugar na equipa. Isso não implica que Pietro não guie em Shakir, mas também não garante que ele seja o piloto para o resto da temporada. 

Contudo, enquanto procura alguém, outros problemas surgiram para a equipa. Segundo conta o site alemão Auto Motor und Sport, o avião que deveria transportar os seus carros avariou-se em Istambul, e não se sabe se chegará a tempo para os testes que começarão no dia 10. Tudo continua à espera no aeroporto de Doncaster, no centro do Reino Unido.  

"Podemos ser capazes de cancelar o primeiro dia de testes. Todas as outras equipes têm uma vantagem de dois dias na preparação", disse Steiner.

Quanto ao outro piloto, apesar de haver muitos nomes em cima da mesa, Gene Haas descartou, numa entrevista à agência AP, no domingo, que iria recorrer a Romain Gorsjean ou a Kevin Magnussen, seus ex-pilotos, que agora correm nos Estados Unidos - o francês na IndyCar, pela Andretti, e o dinamarquês na IMSA.

Assim sendo, os favoritos podem ser o australiano Oscar Piastri, campeão da formula 2 em 2021 e piloto de reserva da Alpine, o italiano Antonio Giovinazzi, que está na Formula E, e o indiano Jehan Daruvala, que corre na Formula 2 pela Prema Racing.  

domingo, 6 de março de 2022

Formula 1: Schumacher acredita que as diferenças foram esbatidas


Mick Schumacher vai para o seu segundo ano na Formula 1 ao volante da Haas, e depois de ter testado o seu carro em Barcelona, quer acreditar que poderá ter mais chances do que na temporada passada. Entre ambos os testes - o próximo será a partir do dia 10 no Bahrein, onde conhecerá o seu novo companheiro de equipa da Haas - o filho de Michael Schumacher espera que o seu novo carro seja mais competitivo em 2022 e o possa colocar nos pontos. 

Não diria que as diferenças são como a noite e o dia”, comentou Schumacher aos media, quando questionado sobre o comportamento dos carros. “Ainda andamos em círculos e depressa! Penso que no geral, sem entrar demasiado em pormenores, temos de nos readaptar. Temos de analisar as coisas de forma diferente e provavelmente abordar as coisas de forma diferente. Haverá preocupações diferentes em relação ao ano passado, e trata-se apenas de ser um dos pilotos mais rápidos a analisá-las e a compreendê-las para que, no final, ter as ferramentas de que preciso para sobreviver à corrida da forma correta”, continuou.

Penso que o principal [problema] é o peso”, disse o alemão. “Obviamente que isso se sente em quase todas as curvas – na maior parte das vezes em curvas de baixa velocidade. Mas, no geral, gosto de pilotar estes carros. Penso que o sentimento inicial é positivo”, concluiu.

Noticias: Crack acredita nas virtudes de Vettel


O novo chefe de equipa da Aston Martin, Mike Crack, admite que a equipa precisa de mostrar que tem um potencial para crescer, se quer convencer Sebastian Vettel a prolongar o seu contrato com a equipa britânica. Krack trabalhou lado a lado com Vettel quando este se estreou na Fórmula 1 com a BMW em 2006 e conhece-o bem. Tudo isto numa altura em que o contrato do alemão com a equipa de Lawrence Stroll expirará no final de 2022 e o piloto alemão já vai a caminho dos 35 anos e irá começar a temporada numero 16 na Formula 1.

"Acho que está claro que um tipo como o Sebastian, quatro vezes campeão do mundo, não quer lutar por uma 15ª, 12ª ou 8ª posição. O nosso objetivo é proporcionar-lhe um carro de alto rendimento, mas também uma estrutura de nível. Acho que o ‘Seb’ é um tipo esperto e acho que ele não se vai concentrar apenas no carro deste ano, mas na forma como a equipa está a crescer e no potencial que vai poder expressar." começou por dizer o responsável da Aston Martin, que substituiu Otmar Szafnauer.

"Se lhe pudermos mostrar isto, acho que teremos a oportunidade de mantê-lo connosco por muito tempo. Com toda a sinceridade, não é um assunto que tenhamos já abordado, mas é nossa tarefa fornecer-lhe o melhor pacote. Então cabe a ‘Seb? decidir se ficar ou não”, continuou.

"Vamos pôr as coisas desta maneira, em primeiro lugar ele é um tipo muito simpático e desta forma consegue ter a equipa à sua volta. É muito respeitoso e tem uma ética que partilho. Comparando com a última vez que o conheci, agora tem quatro títulos mundiais e uma experiência muito maior. É também um tipo esperto. Consegue canalizar esta experiência da forma certa. Nunca se compara à forma como trabalhou no passado, mas sabe exatamente o que precisa para ir mais rápido", garante.

A Aston Martin regressa à pista nesta semana, para os testes do Bahrein, antes do inicio do campeonato, marcado para o dia 20, em Shakir.