sábado, 7 de março de 2009

A1GP: confirma-se a fábrica no Algarve

A administração da A1 Grand Prix e a Parkalgar já acordaram a instalação de uma fábrica dos monolugares de competição no Autódromo Internacional do Algarve, disse sexta-feira à noite o presidente da Câmara de Portimão, Manuel da Luz.


No Portimão Arena, e perante 1500 pessoas que o ouviam no comicio de recandidatura à presidência da Câmara, o autarca afirmou que o acordo tinha sido fechado no dia anterior, entre a Parkalgar, de Paulo Pinheiro, e o luso-sul-africano Tony Teixeira, que há algumas semanas não tinha escondido a intenção de comprar um terreno para lá instalar a fábrica que construirá os chassis da Ferrari para a categoria, bem como no futuro, poder construir a sua própria equipa de Formula 1.

"Foi fechado o acordo para a instalação de uma fábrica de automóveis em Portimão, nos terrenos do autódromo. Representa cerca de 350 postos de trabalho directos, ao que se acrescentam os indirectos", disse o autarca socialista, em declarações captadas pelo jornal Público, frisando os benefícios dos cerca de 30 milhões de euros de investimento.

Contactado pela Agência Lusa, Paulo Pinheiro, administrador da Parkalgar confirmou que a A1GP - Taça das Nações de automobilismo já assinou os contratos para a compra de dois lotes do Parque Tecnológico do Algarve Motor Park: "Está tudo encaminhado e neste momento em processo de licenciamento. Acreditamos, por isso, que a A1GP queira iniciar a construção ainda no primeiro semestre de 2009", disse o responsável do autódromo à agênciua noticiosa portuguesa.

A A1GP, campeonato de Nações que vai na sua quinta temporada, e cujo director é Tony Teixeira, vai passar pelo autódromo português no próximo dia 12 de Abril.

WTCC - Ronda 1, Curitiba (Qualificação)

Começa este fim de semana o Mundial de Turismos, o WTCC, cuja primeira jornada dupla acontecerá no circuito brasileiro de Curitiba, no estado do Paraná. Com as mesmas marcas presentes no campeonato (BMW, Seat, Chevrolet e Lada), e mais o Troféu de Independentes, estão incsctitos 24 carros nesta temporada.


E pelo que se viu ontem e hoje, poderá ser o fim de semana dos Seat Diesel. Os cinco primeiros lugares da grelha para a corrida de amanhã são todos da marca espanhola. Yvan Muller foi o melhor, batendo o espanhol Jordi Gené. Gabriele Tarquini foi o terceiro, enquanto que o português Tiago Monteiro partirá da quarta posição da grelha, a 0.276 segundos de Muller. Rykard Rydell foi o quinto e o alemão Jorg Muller foi o primeiro dos não-Seat, ao ser sexto classificado na grelha de partida.

O suiço Alain Menu foi o melhor dos Chevrolet, com o seu novo modelo Cruze, ao assinar o oitavo registo, atrás do piloto da casa, Augusto Farfus. Enquanto isso, Andy Priaulx não foi além do décimo tempo, tendo sido o pior dos BMW que passaram à Q2.

A primeira jornada do Mundial de Turismos terá transmissão em directo nos canais Eurosport, com o warm-up no Domingo, 8 de Março às 12h30 (Eurosport 2) e as duas corridas às 16h (Eurosport 2) e às 19h (Eurosport), hora portuguesa.

Ecclestone gostou do novo sistema de pontuação

Depois da FOTA ter proposto a sua ideia de sistema de pontuação, dando mais pontos ao vencedor, Bernie Ecclestone já saiu a terreiro afirmando o seu apoio ao sistema, deixando a ideia de que já não lhe interessa o sostema de medalhas.




Em entrevista à agência alemã SID, o líder da Formula One Management parece ter ficado agradado com esta medida da associação de Construtores: "É semelhante à minha proposta das medalhas. Tudo o que eu quero é que o piloto com mais vitórias - não aquele com imensos segundos lugares - seja o campeão do mundo", disse Ecclestone.


Recorde-se que com o sistema proposto pela FOTA, o vencedor passaria a receber 12 pontos, o segundo nove e o terceiro sete, numa ideia que terá agora de ser debatida com Max Mosley, presidente da FIA, na reunião do próximo dia 17 de Março, em Paris.

GP Memória - Austrália 1999

Depois de finalmente a McLaren ter voltado aos bons tempos e de ganhar um título mundial, algo que não acontecia desde o tricampeonato de Ayrton Senna, em 1991, a Formula 1 voltava para Melbourne para começar mais uma nova época de Formula 1, com 22 carros em pista. Havia algumas alterações na grelha, com algumas transferências, alguns estreantes e regressos, bem como a continuidade do duelo entre McLaren e Ferrari.


Se na Ferrari e McLaren, tudo se mantinha na mesma em termos de pilotos, com a Scuderia a apostar na dupla Michael Schumacher e Eddie Irvine, a McLaren tinha o finlandês Mika Hakkinen, o campeão do Mundo, e o escocês David Coulthard como segundo piloto. Contudo, no resto do pelotão, existiam algumas novidades importantes.


Na Williams, com motores Supertec, Heinz-Harald Frentzen e Jacques Villeneuve tinham saído da equipa, e para o seu lugar vieram o alemão Ralf Schumacher e o italiano Alessandro Zanardi, que vinha de três temporadas bem sucedidas na CART, dominando a série e vencendo por duas vezes o campeonato. Agora, com 32 anos, tinha que provar a sua rapidez na Formula 1. Entretanto, Frentzen ia para a Jordan, onde tinha um bom chassis e um motor Mugen-Honda que prometia, e Jacques Villeneuve ia para a nova BAR (British American Racing), que tinha comprado a Tyrrell e tinha feito um chassis com base Reynard. O companheiro de Villeneuve e era o brasileiro Ricardo Zonta.


Na Stewart, Rubens Barrichello tinha agora a companhia de Johnny Herbert, que vinha da Sauber. O carro era promissor e a dupla poderia fazer algum brilharete, pois este motor Cosworth era muito melhor do que o habitual. Na Sauber, ao lado de Jean Alesi, ficava agora outro brasileiro, Pedro Paulo Diniz.


As duas equipas do fundo do pelotão, Arrows e Minardi, tinham novos pilotos. Tora Takagi, que estava na Tyrrell, emigrou para esta equipa e ganhava uma segunda época na Formula 1, tendo a companhia de um estreante: o espanhol Pedro de la Rosa. Trazendo o apoio da petrolífera Repsol, era o primeiro do seu país desde Luís Perez-Sala, dez anos antes, mas não era o único: Marc Gene também se estreava na Formula 1, a bordo de uma Minardi fortemente apoiada pela Telefónica, tendo a seu lado outro regresso á Formula 1: o italiano Luca Badoer.


Algumas equipas mantinham as suas duplas. Para além dos já referidos McLaren e Ferrari, a Benetton tinha o italiano Giancarlo Fisichella e o austriaco Alexander Wurz nos comandos, e a Prost mantinha na equipa a dupla franco-italiana Olivier Panis e Jarno Trulli.


Nos treinos, os McLaren dominaram, com Hakkinen a ser melhor do que David Coulthard, enquanto que na segunda linha, Michael Schumacher era terceiro, tendo a seu lado o surpreendente Stewart de Rubens Barrichello. A terceira fila tinha o jordan de Heinz-Harald Frentzen e o Ferrari de Eddie Irvine. O Benetton de Giancarlo Fisichella era sétimo, e o Williams de Ralf Schumacher o oitavo. Para fechar o Top Ten”, estavam o segundo Jordan de Damon Hill e o segundo Benetton de Alexander Wurz.


Quanto aos estreantes e regressos, Zanardi foi um desapontante 15º na grelha, enquanto que Zonta partia da 19ª posição, oito lugares mais abaixo de Jacques Villeneuve, que estreava o BAR. Pedro de la Rosa estava um lugar mais acima que Zonta, 18º, mas tinha sido batido por Tora Takagi, o 17º. Marc Gene, o segundo espanhol na grelha, era 22º e último. Luca Badoer ficou imediatamente acima, na 21º posição.


O dia 7 de Março de 1999 no circuito de Melbourne foi soalheiro, e tudo estava a postos para a partida… quando os problemas começaram. Nos momentos anteriores á partida, os Stewart vêm os seus motores explodir devido ao sobreaquecimento, que lhes rompe os tubos de combustível, obrigando a nova largada. Barrichello, quarto na grelha, vai partir das boxes com o carro de reserva, deixando apeado o seu companheiro Herbert.


Quando os carros partem para nova volta de aquecimento, desta vez é Michael Schumacher que fica parado na grelha, sendo obrigado a partir do último lugar… pela segunda vez consecutiva, pois tinha acontecido o mesmo no GP do Japão do ano anterior. Com a segunda linha totalmente vaga, era o dia de sorte para Eddie Irvine: bastava ser melhor do que Frentzen e ir atrás dos McLaren.


Com a segunda largada, isso acontece. Hakkinen e Coulthard disparam na frente, e Irvine ganha o terceiro lugar ao alemão da Jordan. Mais atrás, Jean Alesi fica parado devido à caixa de velocidades quebrada, enquanto que algumas centenas de motros mais adiante, a corrida de Damon Hill termina na curva 3, vitima de um toque com o Prost de Jarno Trulli.


Até à 13ª volta, nada de especial: os McLaren disparam na frente, Irvine é terceiro, Schumacher e Barrichello sobem posições. Até que Jacques Villeneuve perde a asa traseira a mais de 270 km/hora e bate forte, fazendo entrar o Safety-Car (SC) em pista. E na mesma volta, o primeiro golpe de teatro: David Coulthrad tem problemas hidráulicos no seu carro e vai às boxes, para não mais sair de lá.


O SC fica em pista por três voltas, até que recolhe às boxes. Quando os carros aceleram para a corrida, o segundo golpe de teatro: Mika Hakkinen tem problemas no acelerador, e vai demasiado devagar. Irvine não o pode ultrapassar até à passagem pela meta, e muitos são apanhados desprevenidos, como Barrichello, que ultrapassa e é penalizado. Na volta 18, Eddie Irvine era o líder, e Mika Hakkinen recolhia às boxes para abandonar. A equipa de Ron Dennis, tão dominadora nos treinos, voltava a casa sem qualquer ponto.


Irvine sai na frente, com Frentzen atrás e Trulli em terceiro, enquanto que Schumacher tentava chegar-se aos lugares cimeiros. Na volta 21, Zanardi bate e o SC entra em pista pela segunda vez. Trulli reabastece, e fica atrás do último, Marc Gene. Três voltas depois, quando tenta ultrapassá-lo, ambos tocam-se e abandonam. Nessa altura, o SC tinha já saído de pista, e a corrida tinha recomeçado.


Nesta altura, os seis primeiros eram: Irvine, Frentzen, os manos Schumacher (Ralf à frente de Michael), o Sauber de Diniz em quinto e o Benetton de Wurz em sexto. Duas voltas depois, o brasileiro abandona com a transmissão quebrada, e na volta seguinte… mais problemas para Michael Schumacher. O bico da frente quebra e atinge um dos pneus. O tempo que perde a fazer as mudanças significa que pouco ou nada pode fazer para chegar á frente.


Entretanto, Irvine e Frentzen disputam a liderança, algo que vai continuar assim até ao final da corrida, aguentando os ataques do alemão nas voltas finais, com ambos a terminar com 0.195 segundos de diferença. Era a primeira vitória de Irvine na sua carreira, e um excelente resultado para Frentzen e a Jordan, na estreia do novo carro. Ralf Schumacher também começava bem a sua aventura na Williams, fechando o pódio, e Giancarlo Fisichella terminava no quarto lugar uma corrida sem problemas. Rubens Barrichello passa os Arrows e fica com o quinto posto final, dizendo depois que “estou certo que sem estes problemas, teria ganho”. Eventualmente, teria alguma razão, pois largava à frente de Irvine…


Para finalizar, o último lugar pontuável era para o espanhol Pedro de la Rosa, que entrava no estrito circulo de pilotos que pontuavam na sua corrida de estreia, e dava à Espanha o seu primeiro ponto desde 1989. Numa era pré-Alonso, era um feito que dava motivos para festejar…


Fontes:

Santos, Francisco – Formula 1 99/00, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, Lisboa, 1999

http://www.grandprix.com/gpe/rr631.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1999_Australian_Grand_Prix

Speeder Questiona... Maria Quiroga (F1 by Mai)

Pela terceira vez nesta série de entrevistas, falo com alguém vindo de Espanha para trocar impressões sobre a Formula 1 actual, e sobre o seu blog. A minha entrevistada em questão é a dona do F1 by Mai. Maria Quiroga, uma jovem rapariga de 22 anos, que actualmente estuda Engenharia Informática na Universidade de Leon. Adepta de “muitos desportos”, como ela diz, fixou-se na Formula 1 para escrever a esse respeito, usando a sua visão sobre o automobilismo. O seu blog começou em Fevereiro de 2008 (logo, tem cerca de um ano), e pouco mais diz do que isso. Hoje, é dia de ser entrevistada neste “Speeder Questiona”.


1 - ¡Hola Mai! Encantado de tenerte aqui, en este humilde blog, para contestar a mis preguntas. ¿Puedes explicar, en pocas líneas, como surgió la idea del blog?

Pues la verdad es que la idea surgió el año pasado como una manera de expresar mis opiniones sobre todo lo que ocurría en la fórmula 1.


2 - ¿La idea del nombre que tiene fue planeado o salió, naturalmente, de tu mente?

La verdad es que uso Mai como diminutivo de maría y lo de f1 by mai es porque doy mi propia visión de lo que ocurre en este deporte.


3 - ¿Antes de empezar el blog, ya participabas en otros blogs o webs?

La verdad es que no participaba en ningún blog. Como mucho comentaba en alguna noticia que leía en alguna web.


4 - ¿En que día empezaste y cuantas visitas ya tuviste?

Empecé en febrero del año pasado y llevo 6813 visitas en este momento.


5 - ¿De todas las entradas que ya publicaste, te acuerdas de alguna que te enorgullesca...o no?

La verdad es que la que más me enorgullece no la escribí yo. Se trata de un resumen de la temporada del año pasado realizado con títulos de películas. Era un comentario escrito en otro blog y comenté que me encantaba. Me mandó un email para decirme que podía publicarlo en el mío. Me hizo mucha ilusión.


6 - ¿Como consigues ser diferente de otros blogs, em se tratando de Formula 1?

Al expresar mi propia visión de las noticias, carreras y acontecimientos que suceden en la F1 lo consigo sin proponérmelo.


7 - De todos los blogues de automovilismo que conoces, ¿cual de ellos nunca dejas de visitar diariamente?


Mis preferidos son sin ninguna duda todos los que tengo enlazados (y son bastantes ya). Todos tienen algo que los hace especiales. Aunque me encanta especialmente el de Orroe http://elinfiernoverde.blogspot.com/ porque siempre aprendo cosas nuevas y tiene un estilo muy particular.


8 - Hablemos ahora de Formula 1. ¿Aún te acuerdas de la primera carrera que viste?

La verdad no estoy segura. Fue en la temporada 2003 y me puse a ver una carrera un domingo cualquiera porque me aburría. Empezó a gustarme mucho sobre todo porque me encantaba ver correr a Alonso. Poco a poco me enganché. Aunque ya llevaba bastantes carreras vistas cuando ganó Alonso su primer gran premio.


9 - ¿Y cual fue la que más te marcó?

Sin duda alguna fue su primera victoria, Hungría 2003. La sensación de verle ganar fue increíble. Escuchar el himno español por primera vez en la F1 me emocionó mucho. Aunque recuerdo haberme pasado toda la carrera rezando para que no le fallara el motor.


10 – Vamos hablar del automovilismo español. ¿Crees que la "Alonsomanía" beneficia el automovilismo de tu pais?

Desde luego no le perjudica. Ha conseguido que mucha gente le preste atención a las carreras y que haya un montón de nuevos seguidores del automovilismo en España.


11 - ¿Crees que España sigue a la F1 o sigue a Fernando Alonso? Explícalo.

Creo que se sigue más a Alonso que a la F1. Sobre todo en los medios de comunicación. La Fórmula 1 comenzó a ser muy seguida (casi tanto como el fútbol) gracias a él. Si dejara de competir seguramente bajaría el interés por este deporte.


12 - Haciendo una comparación entre los pilotos del passado, ¿Alonso se parece más a quién y porque?

La verdad es que no sabría con quien compararlo. Creo que es distinto a todos los demás.


13 - ¿Crees que el título de 2008 fue entregue a quién se lo merecia?

No. Para mi un piloto tan irregular como Hamilton no merecía ser campeón. Cometió demasiados errores graves. Ganar el título en la última curva del último gran premio no es para estar muy orgulloso. Sobre todo después de desperdiciar toda su ventaja de puntos por segundo año consecutivo. Yo espero más de un campeón.


14 - Quitando Alonso y De la Rosa, ¿cual piloto, para ti, se sobresale en la historia de la Fórmula 1 y porque?

Michael Shumacher porque posee un montón de records y mundiales y Senna porque dejó unas carreras memorables, sobre todo cuando llovía.


15 - ¿Crees que el automovilismo español sobrevivirá a la "Era Alonso"? Porque? Si sí, dame nuevos nombres...

Creo que si sobrevivirá a la “Era Alonso”, aunque ahora mismo no veo a ningún otro piloto español que pueda llegar a su nivel, al menos de momento.


16 - ¿Además de la Formula 1, que otras categorias del automovilismo más te gustan?

La verdad es que no sigo ninguna más. A veces he visto la GP2 pero ninguna me llama tanto como la F1.


17 - ¿Y crees que merece la pena hablar de ellas en tu blog?


Si me gustaran del modo en que me gusta la F1 si pero como no es el caso prefiero leer e informarme sobre otras competiciones en otros blogs .


18 - Cambiando a la actualidad: De repente, Honda anuncia su retirada de la Fórmula 1. ¿Como lo viste?

La verdad es que me sorprendió mucho. Sobre todo porque el coche para este año prometía mucho. Creo que lo de la crisis fue una excusa para salirse de la F1. Espero que llegue algún comprador aunque cada vez veo menos posibilidades.


19 - Si Nick Fry y Ross Brawn encuentran un comprador para los próximos días, crees que Jenson Button, y Rubens Barrichello tienen sus puestos asegurados? [esta pergunta, tal como a entrevista, foi feita antes da decisão de ontem]

Creo que no. Todo dependerá de la nacionalidad y de los intereses de ese comprador. Creo que el que peor lo tendría para mantener el puesto es Barrichelo.


20 - Max Mosley anunció un acuerdo con Cosworth para proveer motores a los equipos, por 10 millones al año. La FOTA aceptó la reducción de costes.¿ Crees que es este el camino?¿Una Fórmula 1 con costes controlados?

A mi no me gusta nada los cambios que están proponiendo. Creo que la F1 debería basarse en la innovación, investigación y el desarrollo de los coches. No en restringir las revoluciones de los motores y el diseño de los monoplazas. Es ir hacia atrás.


21 - Que piensas del medallero, el nuevo sistema que Bernie Ecclestone quier en la Formula 1?

Peor sistema no se les podía haber ocurrido. Si estas son sus medidas para mejorar la F1 me dan ganas de echarme a temblar.


22 - Que piensas de los nuevos coches para 2009?

En principio no me gusta nada su apariencia. Aunque poco a poco me voy acostumbrando. Todas las nuevas normas de reducción de la aerodinámica y de los entrenamientos me parecen perjudiciales para este deporte. Limitar la innovación y el desarrollo de los coches no me parece el camino a seguir.


23- Que piensas del nuevo proyecto de Ken Anderson e Peter Windsor, la USF1?

Me encantaría ver más equipos de diferentes países en la F1, por lo que me parece una buenísima idea. Si con esto además se consigue que se vuelvan a disputar carreras en norteamérica todavía mejor. Me encantaría volver a ver carreras en Canadá, por ejemplo.


24 - Que piensas de lo nuevo Autódromo de Portimao? Es una buena alternativa para la Formula 1?

La verdad es que no me parece mala idea, aunque hasta que no se dispute una carrera en él no podré decir si me gusta o no. Desde luego como lugar donde realizar entrenamientos ya le está ganando terreno a otros circuitos.


25 - “Correr es importante para las personas que lo hacen bien, porque...es vida. Todo que haces antes y después, no pasa de una larga espera”. Esta frase fue dicha por el actor americano Steve McQueen, en la película “ Le Mans”. ¿Estás de acuerdo con su significado? Sientes eso en la piel, cuando ves una carrera, como espectador?

La verdad es que los sentimientos de emoción e incertidumbre que experimentas cuando ves una carrera no tienen comparación. Sin ninguna duda estoy de acuerdo con su significado.


26 - ¿Tienes alguna experiencia automovilistica, como Karting? Si sí, compriendes mejor la razón por la cual ellos se suben a un coche y salen a competír?

No he probado nunca un kart, aunque lo estoy deseando.


27 - ¿Tienes algun período de la Fórmula 1 que te gustaria haber vivido?

Sí. Cuando oigo hablar de los duelos entre Prost y Senna, las maniobras sucias de Schumacher, los circuitos en los que ya no se compite... me gustaría haber visto todas esas cosas.


28 - ¿Alguna vez viste la pelea entre René Arnoux y Gilles Villeneuve, en el GP de Francia de 1979? ¿Que significan para ti aquellas vueltas finales?

La verdad es que no. A eso me refiero cuando digo que me he perdido tantos momentos interesantes.


29 - Jeremy Clarkson, el mítico presentador del programa de la tele británica “Top Gear”, dijo que Gilles Villeneuve fue “el mejor piloto que algún día sentó el culo en un coche de Fórmula 1”. ¿Estás de acuerdo?

La verdad es que siempre he oído hablar muy bien de ese piloto, pero no creo que haya un piloto mejor de todos los tiempos. Más bien de un determinado período de tiempo.


30 - ¿Tienes la costumbre de jugar en algún simulador de carreras, como el “Gran Turismo”, o el “Fórmula1”, o juegos “online”, como el BATRacer o el “Grand Prix Legends”?

La verdad es que he jugado alguna vez a ese tipo de juegos, pero no suelo hacerlo habitualmente.


31 - Se que comenzastes hace tiempo, pero... que conseguistes, con relación a prémios, invitaciones, referencias, desde que empezaste tu camino en la Blogosfera?

He conseguido un premio y me han enlazado en varios blogs. Aunque lo que más me gusta es leer los comentarios que todos los blogueros y visitantes dejan en el mío. Ahora tengo muchos blogs que visitar y mucha gente con la que debatir de F1.


32 - Y si fueras Max Mosley, que preferirías tener en la F1: ¿Una parrilla sólo de montadoras o de “garajistas”?

Ni lo uno ni lo otro. Creo que si encontraran un equilibrio entre ambas la F1 saldría beneficiada.


33 - Tienes algún plan para el blog, próximamente?¿Nuevas secciones, atreverse con un podcast o videocast?

La verdad es que de momento no tengo previsto nada nuevo, aunque la verdad es que poco a poco vas añadiendo cosas casi sin darte ni cuenta.


Já agora, se quiserem ver as entrevistas anteriores, carreguem nos respectivos links:


19 de Novembro 2008 - Priscilla Bar (Blog Guard Rail)
22 de Novembro 2008 - Marcos Antônio Filho (GP Series)
26 de Novembro 2008 - Vick, Ludy, Tati e Lu (Octeto Racing Team)
29 de Novembro 2008 - Hugo Becker (Motor Home)
3 de Dezembro 2008 - Fabio Andrade (De Olho na Formula 1)
6 de Dezembro 2008 - Rianov Albinov (F1 Nostalgia)
10 de Dezembro 2008 - Jorge Pezzolo (jpezzolo.com)
13 de Dezembro 2008 - Ron Groo (Blog do Groo)
17 de Dezembro 2008 - João Carlos Viana (jcspeedway)
20 de Dezembro 2008 - Felipão (Blogspot Brasil)
3 de Janeiro de 2009 - José António (4 Rodinhas)
7 de Janeiro de 2009 - Germano Caldeira (Blog 4x4)
10 de Janeiro de 2009 - Felipe Maciel (Blog F-1)
14 de Janeiro de 2009 - Daniel Médici (Cadernos do Automobilismo)
17 de Janeiro de 2009 - Thiago Raposo (Café com Formula 1)
21 de Janeiro de 2009 - Orroe (N U R B U R G R I N G)
24 de Janeiro de 2009 - Sávio Machado (SAVIOMACHADO)
28 de Janeiro de 2009 - Javi G. (Zone F1)
31 de Janeiro de 2009 - Gabriel Lima (Speed N'Thrash)
4 de Fevereiro de 2009 - Bruno Mantovani (Mantovani.zip.net)
7 de Fevereiro de 2009 - Marcel Marchesi (Marchesi Design)
4 de Março de 2009 - Kimi Cris (Galáxia F-1)

sexta-feira, 6 de março de 2009

A última palavra de Rubens Barrichello

Quatro meses depois do final da temporada, e depois do Inverno infernal que passou devido à retirada da Honda, e de que todos no seu pais lhe terem "feito a cama", e colocado Bruno Senna no seu lugar, Rubens Barrichello disse de sua justiça no seu site oficial. Não "acusou" ninguém, mas mostrou mais uma vez a sua convicção de que tudo iria acabar bem para os seus lados. Acho que já sabia como as coisas iriam parar, pelo menos desde o inicio do ano, não é?

Eis a declaração, que está no seu site oficial, e que tirei no F1 Around, do Becken Lima:

Meu amigo[a],

Que bom voltar a escrever novamente para você, especialmente agora como piloto oficial da Brawn GP.

Esses últimos 4 meses preferi o silencio.

Teve gente falando que eu estava acabado que ninguém me queria e teve ate um que escreveu que o Bruno Senna já havia assinado por 3 anos com a equipe, um absurdo de matéria aonde o desesperado tentou um furo de reportagem sem ter qualquer embasamento ou fonte.

O importante é que durante esse tempo de vacas magras eu mantive minha fé, trabalhei duro meu físico e fiquei quieto falando somente com o pessoal da equipe.

Falar que eu tinha certeza quando declarei no GP do Brasil que não seria minha ultima corrida seria demais, mas alguma coisa me dizia que não era.

Confesso que tive que ouvir muita coisa mas isso só me deixou mais forte e aproveito para agradecer aqui meus amigos e familiares que me deram sempre muita força e também a você leitor[a] com suas mensagens de força.

Começo o ano com a faca nos dentes, isso porque teremos poucos testes antes da primeira corrida, mas com um carro que será rápido e com um baita motorzão Mercedes por trás, não vejo a hora.

Um abraço


De facto, pode ter ouvido tudo, mas no final é ele o que ri mais alto e melhor. E ganhou mais dezassete corridas para contabilizar na sua carreira. Agora, que prove essa confiança em pista, mas depois faça um favor a todos nós: despeça-se com dignidade da Formula 1!

Shakedown... e um patrocinio campeão!

O Ico fala hoje no seu post sobre os patrocinadores que a Brawn GP vai partir neste momento, a um mês de Melbourne. São modestos, mas ele destaca um: Laverstoke Park, uma quinta agro-pecuária inglesa, que só cuida de alimentos biológicos, e de agricultura orgânica. E porquê esta? Ora, o senhor que está á frente disto, é de origem sul-africana e um apaixonado pelas corridas. Aliás... é um ex-campeão do mundo!


Sim, Jody Scheckter vai ser um dos patrocinadores da Brawn Racing. Para começo, não está nada mau!


Entretanto, já sairam as imagens do "shakedown" desta manhã, em Silverstone. O carro é branco, com faixa mostarda e preta. Jenson Button esteve ao voltante (e Rubens Barrichello a observar), para ver se tudo estave OK para os testes da semana que vem em Barcelona. Veremos como isto vai dar...

Por fim, o anuncio oficial!

Agora sim, a novela chega oficialmente ao fim da sua história: Ross Brawn anunciou oficialmente esta noite que tomou conta da equipa Honda, com sede em Brackley, e que agora correrá na temporada de 2009 sob o nome de "Brawn Grand Prix", num esquema de "management buyout". Jenson Button e Rubens Barrichello serão os pilotos oficiais para a esta temporada, e que nos próximos dias, irão participar nos testes colectivos da equipa no circuito de Barcelona, depois de um "shakedown" à porta fechada amanhã, em Silverstone.


Eis excertos do comunicado de Brawn à imprensa:


"Estes últimos meses foram muito desafiantes para a equipa, mas o anuncio desta noite é uma excelente conclusão aos tremendos esforços feitos para assegurar o futuro desta organização. Primeiro que tudo, é com pena que a nossa parceria com Honda Motor Company não possa mais continuar. Queria agradecer à Honda pela cooperação e apoio ao longo de todo este processo, principalmente por todos os membros da Administração que estiveram envolvidos nas negociações que resultaram neste acordo, e pela confiança depositada nesta equipa."


"Queria tembém aproveitar esta oportunidade para agradecer ao nosso staff em Brackley, pelo alto profissionalismo e motivação por estes dias. Por aquilo que testemunhei, merecem a mais alta consideração."


"Seria impossivel macionar todos os que ajudaram a fazer este anuncio possivel, conudo, posso agradecer às entidades que nos ajudaram e apoiaram nesta, como a Mercedes-Benz Motorsport, a FIA (Fédération Internationale de L'Automobile), a FOM (Formula One Management), a FOTA (Formula One Teams Association), a BERR (o Departamento de apoio á industria britânica), à Bridgestone, aos nossos parceiros e aos imensos fãs um pouco por todo o mundo."


Em relação à dupla Barrichello/Button, que se torna agora na mais experiente da Formula 1 actual, o comunicado diz o seguinte: "A vasta experiencia e conhecimento que ambos os pilotos trazem à nossa equipa vão ser muito uteis, pois temos pouco tempo para perder, já que temos de estar prontos para correr no próximo dia 29 de Março em Melbourne, na primeira corrida da época. Na sua quarta temporada em que estarão juntos, a sua experiência com os nossos engenheiros e os nossos sistemas serão um valioso trunfo", concluiu o comunicado.


O que se pode dizer disto? Apetece-me gritar bem alto "Aleluia!", mas no final, respiro fundo por saber que as coisas por fim, chegaram ao seu final. Sei que muitos queriam ver Bruno Senna aqui, mas se é para ver mais um nome queimado na Formula 1, já basta o Nelsinho... Acho que terá mais uma chance em 2010, quem sabe, por uma porta bastante melhor do a que tinha agora. Mas se algumas perguntas já têm resposta, outras surgem: será que aguentarão toda a temporada? Pelo que disse o Nick Fry hoje em Genebra, parece que sim, mas...

Concordo plenamente!

Esta está no blog "A Mil por Hora" do Rodrigo Mattar, enviada por sua vez, por um monstro sagrado do comentarismo brasileiro, Reginaldo Leme.
O que acho da frase? Concordo a mil por cento com ela. E ainda por cima, faz prezar uma das partes do corpo que gosto muito: as "bolas"!

quinta-feira, 5 de março de 2009

EXtra-Campeonato: "Only Happy When it Rains"




Este post é uma resposta bem humorada (e um pouco sarcástica, confesso) ao post de ontem do Ico, onde ele meteu o "Here Comes The Sun" dos Beatles (e curiosamente, uma das minhas favoritas do grupo) e o que significava. O tempo que fez hoje aqui em Portugal foi exactamente o contrário daquilo que viveu: chuva, frio, vento forte (rajadas de 100 km/hora em certos locais), neve nos locais mais altos, e barras encerradas devido às vagas de quatro a seis metros na entrada dos portos.




Portanto, para um tempo como hoje, lembrei-me de uma banda que ouvia nos meus "early twenties": Garbage, de Butch Vig e Shirley Manson. "Only Happy When It Rains" era uma das musicas que os lançou na ribalta, ao lado de "Stupid Girl". Confesso o meu desagrado pela chuva e frio, mas para hoje, era mesmo a musica do dia!

O que a FOTA decidiu

Como prometido, a FOTA (Formula One Teams Association) divulgou esta manhã em Genebra, as conclusões da sua reunião que teve ontem, e que contou com a participação de todas as equipas, incluindo a nova Brawn Racing (e sim... é o Nick Fry que está na foto, entre o Briatore e o Martin Whtimarsh)


Com Luca de Montezemolo como porta-voz da associação, as medidas que a FOTA tomou são de elevado alcance, e algumas delas eles querem ver implementadas de forma imediata, a saber:

- a divulgação do combustível com que os pilotos partem nos seus monolugares, para cada corrida;
- a alteração imediata do sistema de pontos, de forma a valorizar a vitória.


O sistema proposto garante mais pontos para os que vão ao pódio (12 ao primeiro, nove ao segundo e sete ao terceiro), ficando inalterados os restantes lugares pontuáveis, até ao oitavo lugar. Sem dúvida, é uma forma de combater o sistema de medalhas proposto pelo Bernie Ecclestone, mas um dos objectos do "F1 supremo" está lá: valorizar as vitórias.


Para que se perceba o alcance desta medida, o Campeão de 2008 não teria sido Lewis Hamilton, mas sim Felipe Massa. Ambos teriam terminado a época com 113 pontos, mas Massa seria campeão devido, precisamente, à vitória no Brasil, a sexta da época, desempatando com Hamilton, que venceu por cinco vezes. Martin Whitmarsh, o novo chefe da McLaren, diz que esta medida vem de encontro, às exigências do público: "O público quer um reconhecimento maior para os vencedores, e a nossa proposta é oferecer isso a quem chegar em primeiro", disse, em declarações captadas pelo site brasileiro Grande Prêmio.


Outras alterações foram aprovadas, mas que só entrarão em vigor mais tarde, como a alteração da distância dos Grandes Prémios, que passaria de 300 para 240 quilómetros, e a duração da corrida cairia de duas horas para uma hora e quarenta minutos. Também se falou na ideia de dar pontos extra à equipa que fizer o pit-stop mais rápido, mas o mais importante são as medidas que tomaram em relação aos custos dos carros. A ideia é de reduzi-los em 50 por cento já em 2010, e daí, 37,5 por cento tem a ver com a construção e o custo dos motores. Em relação à evolução dos carros, a FOTA decidiu o seguinte:

- a utilização dos túneis de vento seja restringida este ano, para modelos com uma dimensão máxima de 60% da real, a uma velocidade máxima de 50m/s.;
- em 2010, a aerodinâmica vai ser diminuída para metade do nível actual;

Vai haver também restrições em termos de evolução das várias peças, a saber:

- uma evolução para suspensões;
- duas para capot motor, protecções laterais, difusores, fundo plano e entradas de ar;
- cinco para aerofólios;
- os travões não terão evoluções durante a época;
- as caixas de velocidades não serão alteradas durante três temporadas. Cada piloto terá direito a quatro por época, e estas não podem custar mais do que 1.5 milhões de euros;
- um KERS "standard" a partir de 2010, bem como sistemas de telemetria e de rádio.


Na conferência de imprensa desta manhã, Luca di Montezemolo afirmou estas medidas são "um esforço fantástico que permitirá a chegada de novas equipas à Formula 1". Estas medidas serão submetidas à FIA, que no próximo dia 17 de Março se reunirá em Paris para duscutir estas e outras medidas que tenha em mente.


Agora, Max Mosley já ficou sem um argumento que costumava usar quando decidia implementar os seus regulamentos a bel-prazer: que as equipas nunca chegavam a um consenso. Esse argumento iria cair por terra, mais cedo ou mais tarde, quando a FOTA foi anunciada, em Setembro. Hoje, podemos dizer que falaram como um bloco, e Max Mosley, se quer manter a paz na Formula 1, e o seu lugar, deveria ser magnâmio, aceitar estas recomendações e passar a lei. Se tal não acontecer, temo a guerra. E não se esqueçam disto: o novo Acordo da Concórdia, previsto para 2012, está pronto, mas ainda não foi formalmente assinado. E em caso de conflito, as equipas podem jogar esse trunfo...

O regresso do humor Capelliano

O Ivan Capelli (o blogueiro, não o piloto) já não se metia desde o ano passado na secção das "charges", mas esta semana, deu um ar da sua graça. Não sei se é um regresso em força, mas digo já que é um regresso bem vindo. Ainda por cima, aproveita uma foto do Flavio Briatore, com o Nelson Piquet Sr., onde os coloca a falar sobre o Renault R29 "Ornintorrinco"...




Que seja o primeiro de muitos, Ivan!

Bólides Memoráveis - Onyx ORE-1 (1989-90)

A história deste carro confunde-se com a história da própria equipa. E nela envolve pessoas competentes e um milionário excêntrico, de origem belga, que se proclamava “anarquista”, mas no final foi preso por fraude, apesar de ter evitado isso… fundando o seu próprio partido, para assim obter imunidade parlamentar!


Mas a história deste chassis confunde-se com a da própria Onyx, um projecto de Mike Earle (na foto) que tem raízes no final da década de 70. No final de 1978, Earle e Greg Field fundaram a Onyx, com o objectivo de correr na Formula 2, com os seus próprios chassis, mas foi um fracasso. Três anos depois, em 1981, Earle era bem sucedido na categoria, com o italiano Riccardo Paletti e o venezuelano Johnny Ceccoto, e começam a planear o salto para a Formula 1. Em 1982, inscrevem um March para o espanhol Emílio de Villiota, e Earle queria projectar um chassis próprio para 1983, com Paletti ao volante.


Mas a morte do italiano, na partida do GP do Canadá, fez adiar os planos. Continuam na Formula 2 que a partir de 1985 se transforma em Formula 3000, e em 1987, alcançam sucesso com o piloto italiano Stefano Modena. As coisas em 1988 não foram boas, mas Mike Earle já tem a ambição de passar para o nível seguinte: a Formula 1.


Com o financiamento inicial de Paul Shakespeare, Earle contrata Alan Jenkins, ex-projectista na McLaren e Penske, para desenhar aquilo que veio a ser o Onyx ORE-1, que teria motores Cosworth V8 e calçaria pneus Goodyear. Entretanto, outro financiador apareceria em cena, através de um dos pilotos que contratam, o belga Bertrand Gachot: Jean-Pierre Van Rossem, o milionário fundador da Moneytron, também de origem belga, um economista de aparência excêntrica, que se auto-proclamava como “anarquista”. Anarquista ou não, tinha na altura uma fortuna pessoal avaliada em 800 milhões de dólares!


Segundo me conta o Germano Caldeira, do Blog 4x4, Van Rossem "comprou" a maioria das acções da equipa da seguinte forma: pegou nos dois milhões de dólares da equipa, multiplicou-os por quatro vezes e meia, através do esquema Moneytron, até alcançar os 9 milhões de dólares. Entretanto, Earle contratava um misto de experiência e juventude. Para além de Gachot, contratavam o sueco Stefan Johansson. Tudo tratado, agora a equipa tinha na frente uma tarefa colossal: tentar levar o seu carro para uma grelha de 26 carros, num ano onde se tinham inscrito um “record” de 39 carros!


Não era fácil, nessa altura, tentar passar as manhãs pré-qualificativas. E nas primeiras três corridas do ano, não o conseguiram. Até que na corrida do México, a sorte muda e Stefan Johansson consegue o primeiro feito da equipa, ao se qualificar na 21ª posição da grelha, acabando a corrida na volta 16 com um problema de transmissão. O sueco repete a proeza em Phoenix e no Canadá, embora nessa corrida, tenha acabado desclassificado, devido a uma infracção nas boxes.


Por esta altura, o “paddock” da Formula 1 conhecia Van Rossem e as suas excentricidades. Comprava um avião Gulfstream para ele, e atraía as atenções pelas suas declarações. Mas por agora, as coisas estavam bem. E melhor ficariam no GP de França, onde Johansson e Gachot finalmente punham os seus carros na qualificação, e conseguiram passar para a grelha definitiva, num surpreendente 11º (Johansson) e 13º lugares (Gachot). E no final dessa corrida, o sueco chegava na quinta posição, conseguindo os primeiros pontos para a equipa. Esses dois pontos dariam, em teoria, o passaporte para saírem do inferno das sextas-feiras de manhã, mas em Silverstone, os piloros da Minardi, Pierluigi Martini e Luís Perez-Sala, conseguiram três pontos e assim, a Onyx teria de passar de novo pelo inferno da pré-qualificação.


Contudo, esta segunda fase foi mais calma do que a primeira, embora tenha sido Johansson a levar mais vezes o carro para a grelha do que Gachot. Entretanto, Van Rossem fazia das suas: por fora, dizia que queria contratar pilotos de topo para a equipa, e que iria gastar 40 milhões de dólares para, alegadamente, desenvolver o motor Porsche V12 durante três anos. Mas em privado, estava a ver que a aventura da Formula 1 estava a sair-lhe cara demais e começava a pensar se valeria a pena pagar as contas da equipa…


Então, Van Rossem começou a dizer que a sua aventura iria acabar se não conseguisse os motores Porsche V12 que tanto desejaria. A ideia era de conseguir, por meios estranhos ao comum dos mortais, que atraísse um construtor de topo para financiar a sua equipa. Não conseguindo, teria um pretexto para sair da equipa que não pela falta de dinheiro, ou pelas contas que começava a deixar de pagar, ou então pela fuga ao fisco que as autoridades fiscais belgas começavam a descobrir…


Enfim, enquanto que isso acontecia, na equipa, Bertrand Gachot começava a queixar-se de não lhe darem tantas oportunidades de testar quanto o sueco. A conversa foi parar ao domínio público, sem o conhecimento de ninguém (nem do próprio Gachot), mas foi despedido, e substituído no Estoril pelo finlandês Jyrki Jarvi (J.J) Letho. Ele não se qualificou, mas o seu companheiro Johansson fez a corrida da sua vida, ao decidir correr com um só jogo de pneus, e levou o carro ao terceiro lugar final, levando a Onyx ao pódio pela primeira (e única vez) na sua história. Para Johansson, era o seu último resultado de relevo na sua carreira.


Com seis pontos no campeonato, e o décimo lugar no Mundial de Construtores, parecia que as coisas correriam melhor em 1990. Puro engano: Van Rossem retira-se no final da temporada, e vende as suas acções. Mike Earle e Greg Field saem, e Alan Jenkins fica a cuidar da equipa. Quem fica agora com ela são dois suíços com dinheiro: o ex-piloto, construtor e coleccionador Peter Monteverdi (na foto) e Karl Foitek, pai de Gregor Foitek, que claro, vai para a equipa após o GP do Brasil, depois de Stefan Johansson ter sido despedido, pelo facto de ter começado a pedir... aquilo que a equipa devia. J.J. Letho fica na equipa, onde vão conseguindo qualificar-se para as corridas, e onde Gregor Foitek fica à porta dos pontos no Mónaco, numa corrida onde acabam… oito carros.


Por essa altura, já o chassis tinha sido melhorado, virando o ORE-1B, mas isso não fazia com que melhorasse a situação da equipa, que estava agora num verdadeiro caos. Earle e Chamberlain tinham voltado, mas zangas com Jenkins fizeram com que este saísse da equipa, e mais tarde foi o próprio Earle a sair. Para piorar as coisas, Monteverdi (que tinha convencido a equipa a mudar o nome), não fazia qualquer ideia de como dirigir uma equipa de Formula 1, e as coisas cedo caíram num caos absoluto. Após o GP da Hungria, Foitek sénior saiu de cena, as dívidas acumularam, e a Onyx pura e simplesmente saiu de cena.


Quanto a Van Rossem e Monteverdi: o primeiro fundou um partido em 1991, numa tentativa para fugir ao processo em tribunal por fuga aos impostos. Conseguiu ser eleito deputado, mas pouco tempo depois, o próprio parlamento belga levantou-lhe a imunidade parlamentar, para poder cumprir a pena de cinco anos de prisão por evasão fiscal. Não sem antes ter gritado “Viva a República!” na cerimónia de juramento do novo rei Alberto II, em Agosto de 1993. Peter Monteverdi continuou a cuidar do seu museu até á sua morte, em 1998.


Chassis: Onyx ORE 1
Projectista: Alan Jenkins
Motor: Ford Cosworth HB V8 de 3,5 Litros
Pilotos: Stefan Johansson, J.J Letho, Bertrand Gachot e Gregor Foitek
Corridas: 26
Vitórias: 0
Pole-Positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 6 (Johansson 6)


Fontes:


http://en.wikipedia.org/wiki/Onyx_(racing_team)
http://www.f1rejects.com/teams/onyx/index.html
http://grandprix.com/gpe/con-onyx.html

quarta-feira, 4 de março de 2009

Os novos planos da FOTA

Enquanto que a maior parte de nós se dedica a ver os testes de Jerez de la Frontera, ou a seguir a "novela Honda-Brawn-Barrichello-Senna", esquecemo-nos que amanhã de manhã, pelas 11.30 da manhã, em Genebra, a FOTA vai dar uma conferência de imprensa onde irá falar sobre as suas propostas para a Formula 1, na reunião que tiveram hoje na cidade suiça.

O site autosport.com revela hoje que a entidade liderada pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, vai propor alterações, uma imediatas e outras a prazo, como:

- a informação aos adeptos acerca da quantidade de combustível e o tipo de pneumáticos a utilizar antes das corridas;
- as transmissões de rádio durante as corridas;
- alteração do sistema de pontuação.

A FOTA quer também poder pronunciar-se sobre a escolha dos futuros circuitos, de modo a potenciar as ultrapassagens, bem como implementar cortes de custos para 2010, onde se inclui um KERS standardizado e limitações no tipo de materiais utilizados. Mais detalhes deverão ser falados amanha, onde estarão presentes todos os chefes de equipa, sem excepção. Até Ross Brawn lá estará!

Esta reunião da FOTA não é inocente. Acontecerá a quase duas semanas da reunião da FIA, que decorrerá no dia 17 de Março em Paris, e estes e outros assuntos estarão em cima da mesa. Parecendo que não, a ideia de uma potencial rivalidade FOTA-FIA começa a ser possivel. E veremos como é que ambas as entidades se irão dar neste meio. Ter outra guerra, 30 anos depois da primeira, não seria boa para a imagem da Formula 1...

A nova secção do Galáxia

O meu mais recente entrevistado, o Kimi_cris, também decidiu fazer de entrevistador. E ao contrário do meu caso, não foi à procura de outros blogueiros para saber as suas impressões sobre o automobilismo em geral. Com a idade que tem, foi à procura do "real deal"!


Pois é: Pedro Grancha, piloto do Campeonato Português de todo o Terreno (CPTT), e campeão nacional em 2006, foi o seu primeiro entrevistado. Essencialmente, fala-se da carreira do piloto, e mais algumas considerações sobre o Dakar e sobre José Megre, o "pai" do TT português, falecido há cerca de quinze dias. A entrevista pode ser lida neste link. E sim: dei-lhe uma ajudinha...

O renascimento de Rubens Barrichello, versão Mantovani

Pois é! "Morto e enterrado" por todos, afinal, deram-lhe uma segunda vida, graças do Dr. Ross "Frankenstein" Brawn, que do seu "castelo" de Brackley, achou que ele merecia mais uma oportunidade de correr mais uma temporada, pois os seus conhecimentos são essenciais. E portanto, "vindo dos mortos", Rubens Barrichello volta para correr.




Essa, acho que nem o Zé do Caixão se lembraria!

A apresentação do Rali de Portugal

Daqui a exactamente um mês, máquinas e pilotos desfilarão no Algarve para cumprir a quarta prova do Mundial WRC de Ralies, dois anos depois do seu regresso ao calendário. Mas o rali já começou ontem à noite, na sede do Automóvel Clube de Portugal, em Lisboa, com a sua apresentação á imprensa.

A lista de inscritos é, até agora, a mais bem recheada de todo o Mundial, com 74 pilotos inscritos, o dobro da média das três provas antes da portuguesa. Desses, 14 são participantes no WRC, e 18 no PWRC, dos quais, quatro portugueses: os dois habituais inscritos no Mundial - Armindo Araújo e Bernardo Sousa, mas também, dois "wild cards" para Bruno Magalhães e Ricardo Moura. A juntar a esta lista, acrescem sete pilotos no Junior WRC. A maior novidade na lista de inscritos é o regresso de Marcus Gronholm aos troços classificativos, num Subaru Impreza WRC de 2008, dois anos depois de ter anunciado a sua retirada.


Na apresentação, Carlos Barbosa, o presidente do ACP, disse que a organização tem em sua posse um caderno de encargos com muitas centenas de items, cumpridas escrupulosamente, mas há sempre um que deixa toda a gente nervosa: a segurança. "Temos consciência que montámos um rali que é dos mais seguros do mundo, e estou absolutamente convicto que se o se o público não estragar tudo, Portugal poderá receber o Mundial de Ralis durante os próximos 10 anos. Cumprimos todos os requesitos, mas como é lógico precisamos da ajuda do público", referiu.



Luiz Pinto de Freitas, o presidente da FPAK, co.organizador do Rali, corroborou as declarações de Carlos Barbosa, acresentando mal alguns factores:



"Este é um ano de eleições na FIA e se muitos julgam que a sucessão se vai fazer naturalmente, pensem que existirão alterações nas Comissões da FIA, e também nos ralis, pelo que a nossa prova terá de correr sem mácula no capítulo da segurança que é aquele para onde a FIA nos avalia com olhos de ver. É absolutamente fundamental que nada suceda com o rali em termos de segurança, pois se assim for ficam reunidas todas as condições para mantermos a prova no calendário por muito tempo. Qualquer falha no capítulo da segurança pode servir para no criar probelmas.", advertiu.

Speeder Questiona... Kimi Cris (Galáxia F-1)

Ao longo das minhas entrevistas com outros membros da blogosfera que escrevem sobre automobilismo, a maioria são pessoas na casa dos seus 20 a 35 anos, alguns mais velhos do que isso. Outros são ou não, profissionais da Comunicação Social, estudantes ou aspirantes a jornalista, ou então simples apaixonados. Mas o caso que eu apresento é excepcional, pois é um adolescente. Português, mas adolescente.


Cristiano Chamorra é alentejano de Vila Viçosa, mas vive na vila de São Romão. Nasceu três semanas antes do acidente mortal de Ayrton Senna, em Imola, mas é um apaixonado pelos automóveis, para além de ser adepto do Sport Lisboa e Benfica (é cá dos meus!). Desde meados de 2007 que construiu e desenvolve o blog Galáxia F1, sob o pseudónimo Kimi_Cris, e apesar da sua provecta idade, já começa a opinar sobre o que fala. É, até agora, o entrevistado mais novo com quem eu já falei, mas não é ingénuo na maneira como vê o mundo da Formula 1.


1 – Olá, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia do teu blogue?

A ideia do meu blog surgiu, pode-se dizer através de uma brincadeira, via todos os dias muitos blogs, fóruns e sites sobre a F1 e decidi criar o meu próprio blog, mas nem com objectivos. Foi uma espécie de criar o blog na desportiva.


2 – O nome que ele tem, foi planejado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

O nome foi a parte mais complicada não sabia que nome iria dar ao blog e de repente fez-se luz na minha cabeça e assim ficou o nome de Galáxia-F1.


3 – Antes de começares este blog, já tinhas tido alguma participação em outros blogues ou sites?

Não, ainda não tinha participado em nenhum blog, mas já tinha recebido um convite do PortalF1 Blog que na altura era da autoria de TugaF1.


4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?

O meu blog teve inicio no dia 24 de Julho de 2007 e até agora já tive 13340 visitas, um numero que nunca esperei alcançar.


5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

O post que mais gostei de escrever foi da vitória do campeonato Mundial F1 de 2007 quando Kimi Raikkonen foi campeão.


6 – Em que é que tu, escrevendo sobre Formula 1, consegues ser diferente dos outros blogs?

Acho que o que muda mais de blog para blog é a maneira como exprimimos as nossas ideias, eu por exemplo gosto especialmente de nas minhas notícias colocar entrevistas dos intervenientes quando as consigo arranjar e de dar a minha opinião sobre o evento ou piloto.


7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?

Existem alguns blogs que nunca dispensam da minha visita diaria tal como o Continental Circus, o Blog do Capelli, o BlogSport, o Blog do Marcelo F1, e o GPSeries.

8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?

A primeira corrida de F1, que me lembro de assistir foi o G.P Alemanha 2000.


9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

A corrida que mais me marcou foram as ultimas três corridas realizadas em Interlagos, G.P Brasil 2006, 2007 e 2008.


10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?

Apesar de não ter visto nenhum desses pilotos já vi vídeos destes grandes três pilotos e para mim o melhor foi Ayrton Senna um piloto sem igual, tinha uma vontade de vencer muito, mas mesmo muito grande e sabia-se defender muito bem e era um grande piloto a pilotar com o piso molhado.


11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Não acho que Massa tenha grandes possibilidades de ser campeão este ano. Teve uma boa oportunidade e não conseguiu aproveitar, e acho que vai ser difícil Massa voltar a ter um desempenho tão bom como este ano. Mas na F1 tudo pode acontecer.


12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Acho Massa mais parecido com Fitipaldi, por são pilotos que apesar de serem rápidos, não são muito agressivos na sua maneira de conduzir.


13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

Acho que o título foi mal entregue. Deveria ser de Massa, acho que foi o piloto que mais lutou e mais merecia o título. Hamilton foi um piloto com muita sorte este ano, mas a verdade é que não existe um campeão sem sorte.


14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e por quê?

Michael Schumacher foi para mim, mesmo incluindo os brasileiros, o piloto mais marcante da F1, não só por ter sido quem venceu mais Mundiais, mas por ser um piloto fora de série que não queria perder por nada deste Mundo.


15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?

Para além da F1 gosto especialmente de ver Todo-o-Terreno, WRC, A1GP e GP2. Costumo assistir a algumas provas do CPTT [Campeonato Português de todo o Terreno], tal como o Rally da Erivideira, o Rally Transiberico e a Baja Portalegre 500.


16 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?

Acho que vale a pena, especialmente do Todo-o-Terreno que costumo ver ao vivo, e o WRC que também é bastante conhecido e espero ir ver ao Algarve este ano.


17 – E miniaturas de carrinhos, tens algum?

Não.


18 – Passando para a actualidade: de repente, a Honda anuncia a sua retirada da Formula 1. Como sentiste isso?

Acho que é bastante mau. Estamos com apenas 18 carros no pelotão, e no espaço de um ano perdemos duas equipas, e o curioso é que ambas estavam ligadas à Honda.


19 – Se Nick Fry e Ross Brawn encontrarem comprador nos próximos tempos, achas que Jenson Button, e especialmente Rubens Barrichello, conseguem manter os seus lugares?

Acho que só o Rubens deve manter o lugar devido à sua relação com Ross Brawn e o outro lugar deve ser ocupado por Bruno Senna. E o Button irá para a Toro Rosso.


20 - Max Mosley anunciou agora que fez um acordo com a Cosworth para fornecer motores ás equipas, a dez milhões de euros por ano. A FOTA (Formula One Teams Association) concordou em reduzir os custos. Achas que é este o caminho, uma Formula 1 com custos controlados?

Acho que se devem cortar os custos mas não desta maneira, com tantas regras aerodinâmicas era só já o que faltava os mesmos motores. A seguir deve ser como na GP2 Series, chassis e motor igual, acho que isso dos motores únicos não é para a F1.


21 – E o sistema de medalhas, proposto pelo Bernie Ecclestone? Achas uma boa ideia ou apenas uma má ideia de um homem já senil?

Acho uma má ideia, mas acho também que a distância do primeiro para o segundo lugar é muito curta, porque muitos pilotos contentam-se com o segundo lugar, porque perdem apenas dois pontos para o primeiro.


22 - O que achaste dos novos carros de 2009?

Dos carros de 2009, gostei especialmente do Ferrari e do McLaren - Mercedes. Do Ferrari, por ser não só a marca que apoio, mas especialmente pelo desenho do carro que é fantástico. O McLaren - Mercedes apesar de o desenho não ser como o do Ferrari, mas a conjugação das cores também está muito bonita.

O Renault parece que tem a mão do Coulthard ou a cara, porque o bico do R29 é quadrado como a cara do escocês (risos). O Williams também gostei, e espero que seja mais competitivo que nos anos anteriores e lutar pelos lugares cimeiros. O BMW é parecido com o que foi utilizado no final de 2008 nos testes, nada de especial no carro, acho que este ano a BMW vai intrometer-se na luta pelo título.

O Toyota [TF109] também ficou bonito, e se não obtiver bons resultados acho que deve de abandonar a F1 no final desta temporada, como andam as equipas japonesas no desporto motorizado. Estou bastante curioso para ver o que Adrian Newey vai fazer [na Red Bull]


23 – E que impressão é que ficas do novo projecto de Ken Anderson e Peter Windsor, a USF1? Achas que deve ser levado a sério?


Acho que o projecto poderá ter algum sucesso, se for bem encaminhado a partir daqui, senão acho que será como os outros projectos americanos como por exemplo o de Parnelli Jones ou o de Carl Haas, mas acho que fará algum sucesso. Mas acho que isso de ter só pilotos americanos não é lá muito boa ideia, porque poucos são, excepto Marco Andretti, que tem alguma experiência em competições que podem ser consideradas antecâmaras da F1.


24 – E como reages ao novo projecto de Tiago Monteiro, de ser proprietário de uma equipa de GP2, a Ocean Racing Technology?

Acho que é uma boa iniciativa, assim sempre deve ser mais fácil um piloto português chegar à antecâmara da F1, com um português na direcção de uma equipa, mas apesar de tudo não implica que esteja sempre um piloto português na ORT, e tal como esta a acontecer na GP2 Ásia não está nenhum piloto português a correr na equipa.


25 - Que impressão é que ficas do novo Autódromo de Portimão?

Acho que é um Autódromo que merece ter uma corrida, o traçado é espectacular, pelas palavras dos pilotos parece ser bastante seguro, as instalações são de topo, as melhores da Europa e entre as melhores do mundo, e vai trazer muitas provas a Portugal, e vai “acabar” com o Estoril. O AIA para o seu primeiro ano está bastante bem, tem muitas provas internacionais e os testes da F1, espero ir ver o A1GP e/ou a GP2 Series e espero ver dois portugueses a vencer.


26 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma longa espera.” Esta frase é dita pelo actor americano Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida, como espectador?

Concordo, realmente é importante correr mas para quem o sabe fazer bem, não por exemplo para o Yuji Ide quando estava na Super Aguri, felizmente esteve lá pouco tempo. Mas não sinto isso na pele como espectador.


27 – Já agora, tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

Não.


28 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Como só assisti à F1 desde 2000 não posso dizer muito, mas gostaria de ter assistido ao período de 85-94.


29 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Já vi alguns filmes sobre essas famosas voltas e posso dizer foram de mais, uma coisa inexplicável é impressionante como conseguiram trocar tantas vezes de posição.


30 – Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico “Top Gear”, disse que Gilles Villeneuve foi “o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1”. Concordas ou nem por isso?

Não concordo, apesar de Gilles ter sido um grande piloto e foi uma pena ele ter morrido ao volante de um F1, e não ter conseguido ser campeão, mas para mim os melhores pilotos que sentaram “o rabo num F1” foi o Senna e o Schumacher.


31 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

Costumo jogar F1 06.


32 – Eu sei que começaste há algum tempo, mas… que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências, desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?

Não.


33 - Tu, que és tão novo, os teus colegas de escola, os teus professores… eles sabem da existência do teu blog? Se sim, como reagem?

Os professores não sabem, mas alguns colegas sabem e alguns não ligam, mas existem outros que costumam visitar e dois dos meus colegas de escola também tem blog, que são o RallyTT e o DAutomovel.


34 – E se fosses o Max Mosley, o que preferias ter na Formula 1? Uma grelha só de montadoras ou de “garagistas”?

Acho que na F1 deve ser de montadores e “garagistas”.


35 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

Sim, Bruno Senna é um bom piloto e com o tempo pode ser que seja campeão, Lucas di Grassi também tem talento mas acho que não chegará a campeão na F1 e o Nelson Piquet Jr. É um piloto com muito pouco potencial que na minha opinião não merece estar na F1 e só está lá porque tem nome.


36 – E no nosso caso? Filipe Albuquerque, Álvaro Parente, António Félix da Costa, Armando Parente… acha que algum dia voltará a haver um piloto português na elite da Formula 1, com capacidade de inscrever o nosso país na lista dos vencedores?

Acho que o piloto que mais próximo está desse feito é o Álvaro Parente está na GP2 Series e fez uma excelente época vencendo a primeira corrida, por outro lado Filipe Albuquerque e o António Felix da Costa também tem muito talento, acho que Armando Parente destes pilotos é o que se destaca mais pela negativa.


37 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo? Novas secções, meteres-te num podcast ou videocast?

Por enquanto não, mas quero colocar uma coisa diferente no blog em breve.


Já agora, se quiserem ver as entrevistas anteriores, carreguem nos respectivos links:


19 de Novembro 2008 - Priscilla Bar (Blog Guard Rail)
22 de Novembro 2008 - Marcos Antônio Filho (GP Series)
29 de Novembro 2008 - Hugo Becker (Motor Home)
6 de Dezembro 2008 - Rianov Albinov (F1 Nostalgia)
10 de Dezembro 2008 - Jorge Pezzolo (jpezzolo.com)
13 de Dezembro 2008 - Ron Groo (Blog do Groo)
17 de Dezembro 2008 - João Carlos Viana (jcspeedway)
20 de Dezembro 2008 - Felipão (Blogspot Brasil)
3 de Janeiro de 2009 - José António (4 Rodinhas)
7 de Janeiro de 2009 - Germano Caldeira (Blog 4x4)
10 de Janeiro de 2009 - Felipe Maciel (Blog F-1)
17 de Janeiro de 2009 - Thiago Raposo (Café com Formula 1)
21 de Janeiro de 2009 - Orroe (N U R B U R G R I N G)
24 de Janeiro de 2009 - Sávio Machado (SAVIOMACHADO)
28 de Janeiro de 2009 - Javi G. (Zone F1)
31 de Janeiro de 2009 - Gabriel Lima (Speed N'Thrash)
4 de Fevereiro de 2009 - Bruno Mantovani (Mantovani.zip.net)
14 de Fevereiro de 2009 - Luiz Alberto Pandini (Pandini GP)
18 de Fevereiro de 2009 - Gonçalo Sousa Cabral (16 Valvulas)
28 de Fevereiro de 2009 - Babi Fanzin (Velocidade.org)