sábado, 11 de maio de 2013

Rumor do dia: McLaren-Honda em 2015 com motores de graça?

A cada dia que passa, os rumores sobre o regresso da associação McLaren-Honda, que já existiu entre 1988 e 1992 com excelentes resultados, poderão voltar a acontecer em 2015. Já é sabido que o contrato com a Mercedes não foi estendido para além de 2014, e mais recentemente, o presidente da marca japonesa, Takanobu Ito, já admitiu que a ideia de um regresso à Formula 1 está em cima da mesa, apenas como fornecedora de motores.

Agora, a revista alemã Auto Motor und Sport afirma que a marca de Woking poderá receber os motores... de graça! Segundo o jornalista Michael Schmidt, a marca japonesa poderia oferecer a pelo menos uma equipa os seus motores, em contraste com a Renault, que está a pedir 20 milhões de euros por ano, e a Ferrari, que pede à volta de 15 milhões de euros. Já a Mercedes pede 17 milhões.

E essa oferta poderá atrair mais uma equipa ao barulho. A revista fala que Lotus e Sauber estariam interessadas nessa oferta dentro de duas temporadas, com os novos motores Turbo. Apesar de não ser de graça, como aconteceria com a McLaren, os preços seriam bem mais baixos do que aconteceria com os três fornecedores de motores que garantidamente estarão presentes em 2014. Se a escolha acabar por ser a Lotus, será a terceira vez que terá propulsores japoneses, já que os teve em 1987 e 1988, bem como em 1994, como Mugen-Honda.

Ainda falta muito tempo, mas parece que as coisas estão a se mexer...

Formula 1: Massa e Gutierrez penalizados

Logo que acabou a qualificação, sabia-se que haveriam penalizações devido aos bloqueios de Esteban Gutierrez e de Felipe Massa a - respectivamente - Kimi Raikkonen e a Mark Webber. Assim sendo, ambos os pilotos foram penalizados em três lugares, fazendo com que Massa caísse do sexto para o nono posto, enquanto que o piloto mexicano da Sauber passava do 16º para o 19º posto.

O piloto brasileiro reclamou da penalização, afirmando que não o fizera com intenção de o prejudicar: “Nunca foi minha intenção ficar no seu caminho e para ser honesto, não me lembro de o ter prejudicado na sua volta de qualificação", começou por dizer.

"Quando o vi no meu espelho, pensava que poderia fazer a curva antes de o deixar passar, que era a unica coisa que poderia fazer num lugar tão estreito como esse. Ainda por cima, ele tinha pneus usados e não creio que estava a fazer uma volta rápida", concluiu.

Formula 1 2013 - Ronda 5, Espanha (Qualificação)

Quase nove meses depois da última vez, e três semanas depois de ter estado nas areias do Bahrein, a Formula 1 regressa a paragens europeias, mais concretamente a Barcelona, palco do GP de Espanha. Debaixo de um sol primaveril, os carros e os pilotos estavam confiantes de que estas semanas de paragem poderiam ser benéficos para os seus carros, e especialmente em equipas como a McLaren, que teve um mau começo, esperava-se que este tivesse sido tempo para melhorar a performance dos seus carros e aproximasse de Lotus, Red Bull e Ferrari.

O Q1, como sempre, é normalmente calmo, e as equipas do fundo do pelotão tentam dar o seu melhor para ver se conseguem o impossível  que é passar para a Q2. Contudo, os primeiros a sair não foram Caterham ou Marussia, mas sim o Toro Rosso de Daniel Ricciardo e o Williams de Pastor Maldonado. Com o tempo, os espectadores esperavam por Fernando Alonso, que sempre que saia para a pista, colocava-os em êxtase. E nas primeiras passagens, ele e Felipe Massa foram os mais rápidos.

Pouco depois, os Mercedes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg foram os melhores, com o Red Bull de Sebastian Vettel e meter-se pelo meio. Pelo meio, um incidente: o Sauber de Esteban Gutierrez "bloqueia" o Lotus de Kimi Raikkonen durante uma volta rápida na última chicane, causando uma situação passível de penalização. 

E no final da Q1, a acompanhar os Caterham e Marussia - o melhor foi Giedo van der Garde - ficaram os Williams de Valtteri Bottas e Pastor Maldonado. Depois do bom ano de 2012, parece que 2013 é uma temporada para esquecer para os lados de Grove.

Após alguns minutos, passou-se para a Q2, onde as coisas iriam ser mais competitivas, o que aconteceu.  Pelo meio, mais outro incidente, quando Mark Webber é bloqueado por Felipe Massa nas curvas antes da chicane final. Webber protestou com um gesto, antes do brasileiro o deixar passar.

No final, Lewis Hamilton fez uma volta canhão, conseguindo o melhor tempo, na frente do surpreendente McLaren de um surpreendente Sergio Perez, que aproveitou bem os pneus moles para .  E praticamente falhando por pouco na Q3, estiveram os Toro Rosso de Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne, enquanto que o McLaren de Jenson Button acabou num pálido 14º posto, muito atrás de Sergio Perez.

A Q3 começa com Raikkonen e Alonso sendo os primeiros na pista, com o finlandês a marcar um tempo, mas depois o Mercedes de Rosberg e o Ferrari de Alonso melhoram. Massa faz o terceiro melhor registo, antes de toda a gente ir para as boxes. 

Mas os últimos três minutos iriam ser os mais interessantes desta hora. E o resultado foi bem interessante  Nico Rosberg foi melhor do que Lewis Hamilton, dando a marca das três pontas o monopólio da primeira fila, seguido por Sebastian Vettel, que conseguiu ficar na frente de Kimi Raikkonen. Fernando Alonso foi o quinto, na frente de Felipe Massa que ficou com o sexto tempo, na frente de Romain Grosjean, Mark Webber, Sergio Perez e Paul di Resta.

E com uma grelha provisória - graças aos incidentes que aconteceram - parece que a corrida de amanhã vai ser bem interessante de seguir, especialmente quando se confirma que a Mercedes está cada vez mais na mó de cima, com Lotus e Red Bull mantendo-se na frente e a McLaren a passar por uma situação cada vez mais aflitiva.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Noticias: Equipas de Formula 1 terão testes em janeiro de 2014

As equipas de Formula 1 estão a aproveitar o fim de semana espanhol para aprovar várias medidas relacionadas com o seu futuro. Depois de ontem se ter sabido de que irá haver um novo sistema de penalizações para os pilotos a partir de 2014, soube-se hoje que foi aprovado no ano que vêm, um novo esquema de testes fora da Europa será implementado em janeiro do ano que vêm.

A razão da existência desses testes (provavelmente a serem realizados no Golfo Persico, como o Qatar, Abu Dhabi ou o Bahrein) tem a ver com dois motivos: a existência de um novo tipo de motor e de chassis, e também a necessidade da existência de testes com temperaturas mais quentes, evitando o que sucedeu no início desta época, quando estas não conseguiam colocar a funcionar os pneus Pirelli em temperaturas muito baixas.

Isso irá significar que as apresentações dos novos chassis irão ocorrer mais cedo do que o habitual, e claro, o "periodo do defeso", onde as equipas terão dias onde podem trabalhar nos carros, será muito curta.

Mark Webber e o desespero de certas noticias

Uma boa parte da imprensa atual têm um grande problema: arranjar noticias para "encher buracos". Sejam eles em termos políticos, sociais e desportivos. Daí a popularidade do mexerico: muita tinta escrita para nada. É oco, vazio.

Digo isto na sequência das noticias vindas na Grã-Bretanha sobre Mark Webber. Um jornal decidiu fazer manchete no final de semana passado  com a noticia de que ele já tinha dito a amigos dele que iria abandonar a Formula 1 no final da temporada para aceitar o contrato com a Porsche para correr na sua equipa de Endurance e tentar vencer as 24 horas de Le Mans e o campeonato do mundo WEC. Nada de especial nisso, a não ser que a fonte é... um jornal tabloide, o Daily Star.

O problema é separar o "trigo do joio". Porque no jornalismo é tudo feito com pressa e com o objetivo de "preencher espaços", qualquer porcaria que se cospe no ar é aproveitável, e assim, vê-se mais especulação do que factos. E isso é uma chatice, porque como sabem, o que não falta são "carneiros" que metem esse tipo de noticias que é para atrair pessoal para os seus sítios.

É certo que o episódio da Malásia colocou tudo em causa, e sabe-se também o que aconteceria se o segundo lugar na Red Bull ficasse de repente em aberto. As especulações que se fariam com esse lugar, as noticias que seriam feitas para - mais uma vez - encher lugares e atrair pessoas, até que o anuncio seja feito. Só que esses dois anúncios - o da retirada e de quem irá preencher o lugar - vão demorar tempo para serem feitos, mas parece que há pessoal que quer que isso se resolva rápido.

Em suma, os leitores são vitimas de um dia mais lento na redação. Antes, a "silly season" acontecia em agosto, quando tida a gente ia de férias, mas agora, parece que está espalhado um pouco por todo o ano.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Noticias: Equipas aprovam sistema de punição por pontos

A partir de 2014, poderão haver... pontos negativos. Isto se os pilotos em questão não tiverem pontos até então. A medida foi ontem aprovada pelas equipas de Formula 1 em Barcelona e será apresentada brevemente ao Conselho Mundial da FIA, em Paris, para ser aplicado ao novo Pacto de Concórdia.

Segundo a edição britânica da Autosport, a medida foi aprovada com os votos contra de Lotus (por causa de Romain Grosjean...), Williams (por causa de Pastor Maldonado...), Toro Rosso e Red Bull, e referem que caso os pilotos em questão tenham um excesso de doze pontos de penalização, poderão ser suspensos por uma corrida.

A medida, caso seja aprovada, será aplicada pelos comissários de pista que a FIA costuma nomear para os Grandes Prémios, normalmente ex-pilotos.

Formula 1 em Cartoons - Onde está o Kimi? (Pilotoons)

Onde está Kimi Raikkonen? Eis um desafio ao bom estilo "Onde está o Wally?", só que adaptado à Formula 1. 

Mais uma sacada genial do Bruno Mantovani e os seus Pilotoons.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Os salários dos pilotos de 2013

Acabo de saber hoje que o Business Book de 2013 publicou, de forma mais antecipada do que o habitual, os salários dos pilotos de Formula 1 desta temporada. E em comparação com 2012, existem algumas curiosidades que tinham de ser respondidas, dadas as transferências que ocorreram durante este mais recente defeso na categoria máxima do automobilismo.

Assim sendo, é interessante saber quanto é que Lewis Hamilton irá ganhar esta temporada na Mercedes: 20 milhões de euros, os mesmos que Fernando Alonso na Ferrari. E ambos são os mais bem pagos, com Jenson Button no terceiro posto, a conseguir amealhar 16 milhões de euros nesta temporada. Sebastian Vettel, o tricampeão do mundo, vai receber 12 milhões de euros - um milhão por mês - na Red Bull, um pouco mais do que Mark Webber, que tem 10 milhões para receber nesta temporada. Mas entre eles está o alemão Nico Rosberg, que terá 11 milhões de euros a cair na sua conta em 2013 vindo da folha salarial da Mercedes.

Felipe Massa recebe relativamente pouco em 2013: seis milhões de euros, o dobro que Kimi Raikkonen recebe na Genii-Lotus. Mas o finlandês têm uma clausula que lhe permite ganhar cerca de 50 mil dólares por cada ponto conquistado, o que lhe permite levar para casa um valor bem maior no final do ano...

Interessante saber que alguns pilotos pagante levam para casa algum dinheiro. Pastor Maldonado, o venezuelano que tem um forte apoio da petrolifera estatal PDVSA, leva um milhão de euros para casa vindos da Williams, o mesmo que Nico Hulkenberg, piloto da Sauber.

Eis a tabela completa:

1- Lewis Hamilton (Mercedes) : 20 milhões de euros
2 – Fernando Alonso (Ferrari) : 20 milhões de euros
3 – Jenson Button (McLaren) : 16 milhões de euros
4 – Sebastian Vettel (Red Bull) : 12 milhões de euros
5 – Nico Rosberg (Mercedes) : 11 milhões de euros
6 – Mark Webber (Red Bull) : 10 milhões de euros
7 – Felipe Massa (Ferrari) : 6 milhões de euros
8 – Kimi Raikkonen (Lotus) : 3 milhões de euros
9 – Sérgio Perez (Mclaren) : 1,5 milhões de euros
10 – Romain Grosjean (Lotus) : 1 milhão de euros
11 – Pastor Maldonado (Williams) : 1 milhão de euros
12 – Nico Hulkenberg (Sauber) : 1 milhão de euros
13 – Valteri Bottas (Williams) : 600.000 euros
14 – Jules Bianchi (Marussia) : 500.000 euros
15 – Adrian Sutil (Force India) : 500.000 euros
16 – Paul di Resta (Force India) : 400.000 euros
17 – Jean Eric Vergne (Toro Rosso) : 400.000 euros
18 – Daniel Ricciardo (Toro Rosso) : 400.000 euros
19 – Esteban Guitirez (Sauber) : 200.000 euros
20 – Charles Pic (Caterham) : 150.000 euros
21 – Giedo van der Garde (Caterham) : 150.000 euros
22 – Max Chilton (Marussia) : 150.000 euros

Já agora, se quiserem fazer uma comparação com os anos anteriores, o José Inácio faz isso muito bem no seu blog, colocando os valores de 2012, 2011, 2010 e 2009. Tudo isso e muito mais podem seguir este link, que vale a pena.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Youtube Formula 1 Tech: Anatomia de uma paragem nas boxes

Hoje em dia, as melhores paragens nas boxes duram dois segundos, um "flash" ou um piscar de olhos. Assim sendo, como há pessoas que gostariam de apreciar tal operação, a Sauber decidiu colocar hoje no seu canal do Youtube uma operação da troca de pneus em "Super-slow motion". 

E o resultado é este. Rápido e - na maior parte das vezes - eficaz.

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana - que amanhã sairá nas bancas - tem na capa um Sebastien Löeb a corrigir o carro depois de um salto em paragens argentinas, demonstrando as dificuldades que teve para bater o outro Sebastien, Ogier de apelido. E o título reflete isso: "Loeb vence braço de ferro com Ogier".

Em cima, surge a velha questão das mulheres na Formula 1. Sobre a questão colocada por cima ("Mulheres na Formula 1 para breve?") responde Susie Wolff (ex-Stoddart) a dizer que "pressiona Williams para lhe dar-lhe oportunidade".

Em baixo, temos uma montagem dos vários portugueses que correram lá fora neste fim de semana que passou, com sortes diferentes. Se Tiago Monteiro, em Budapeste ("Tiago recupera após acidente") Miguel Oliveira, em Jerez ("Oliveira sofre queda") e Filipe Albuquerque, em Hockenheim ("Albuquerque penalizado"), as coisas correram mal para eles, já Rui Aguas, em Spa-Francochamps ("Aguas vence classe"), as coisas correram-lhe bem.

Youtube Hollywood Ad: Audi e os Spocks

Para quem gosta do Star Trek, e numa altura em que o segundo filme da saga está a sair nas salas de cinema, a Audi decidiu chamar os dois Spock: o velho (Leonard Nimoy) e o novo (Zachary Quinto) para fazerem um filme sobre o novo modelo Audi S7. O engraçado é que a coisa é feita de modo bem subtil: a vantagem sobre a concorrência e no final, mais um produto novo, que é o "drivless car" (carro sem condutor), do qual a marca alemã quer ser o primeiro a comercializar.

Se não percebem porque é que o Leonard Nimoy está a cantar, podem ver aqui.

Acabo com uma pequena declaração de interesses: sim, já tive um Audi. E foi o único carro onde tive de trocar de motor, porque o primeiro... explodiu.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Long Beach, o regresso de uma velha paixão

Bernie Ecclestone sempre quis que a Formula 1 desse certo nos Estados Unidos. Sempre achou que era "o" mercado ideal para atrair os fãs de automobilismo, para assim poder fazer os seus preços. Nos tempos da Brabham, sempre teve latino-americanos nas suas equipas (Wilson Fittipaldi, José Carlos Pace, Carlos Reutemann, Nelson Piquet, Ricardo Zunino, Hector Rebaque...) e como promotor, desde meados dos anos 70 que fez tudo para ter mais do que uma corrida de Formula 1 em solo americano. Foi por isso que surgiu Long Beach, depois Detroit, e pelo meio, outras coisas como Phoenix e Dallas, circuitos urbanos do qual não atraiu mais do que os "hardcorers".

Pois bem, depois de alguns anos onde largou pura e simplesmente o continente americano - não houve GP dos Estados Unidos de 1991 a 2000, quando este foi para Indianápolis - a paixoneta de Ecclestone voltou em força. Depois de ter conseguido construir um autódromo de raiz em Austin, agora quer uma corrida na Costa Leste, em New Jersey. Mas não conseguiu que as obras ficassem prontas a tempo em 2013 e falou-se agora que ele poderá estar interessado numa velha conhecida: Long Beach.

Antes de avançar, um pouco de história: construida em 1975 para ser "o Mónaco do Pacifico", recebeu a Formula 1 até 1983, altura em que Chris Pook, o seu mentor, achou melhor que fosse para as mãos da CART, que cobrava bem mais barato do que Bernie Ecclestone. Desde 1984 na CART, tornou-se num dos "ex-libris" da competição, bem como da cidade, que o transformou num dos clássicos do automobilismo. E bem merece. Contudo, agora fala-se que a pista está à venda e Bernie Ecclestone poderá ser um dos interessados.

Falou-se muito disso por estes dias, uns afirmando que a ideia de Long Beach serve como pressão para os organizadores de New Jersey dêem as garantias para que a corrida se realize em 2014, já que eles têm tido dificuldades para angariar dinheiro suficiente e os problemas burocráticos têm também feito alguma mossa. Mas outros afirmam que Ecclestone quer realmente Long Beach para ter uma terceira corrida em paragens americanas, complementado com mais uma corrida no Canadá e outra no México, para fazer um forte pacote americano, de seis/sete corridas (mais o Brasil), e assim igualaria com o pacote asiático e reduziria o pacote europeu ao mínimo, com corridas na Grã-Bretanha, Alemanha, Mónaco, Hungria, Itália, Espanha e Belgica.

Sobre esse assunto, o jornalista Joe Saward fala hoje no seu blog de uma boa razão pela qual a hipótese Long Beach não pode ser descartada: daria um grande impulso às receitas da cidade. Com a IndyCar e outras atividades, é uma corrida bem importante, mas neste momento, já não atrai tanta gente como dantes. E a organização têm de dar bilhetes de graça e fazer espectáculos de "drifting" para atrair espectadores, para não falar da audiência televisiva, que é minima. E com o contrato com a IndyCar a terminar em 2014, parece que os organizadores estão a querer o regresso da Formula 1 para atrair os mais endinheirados e arranjar mais receitas. 

O problema é que Bernie Ecclestone não cobra barato... e nos States, não vai haver apoio - ou subsidio estatal - para que se levante tal coisa para ficar nos padrões "tilkianos" que a Formula 1 tem agora. A resposta terá de vir de investidores privados que estejam no negócio imobiliário ou da hotelaria que queiram fazer de Long Beach uma "Miami da Costa Oeste", agora que o pior da crise nos Estados Unidos já passou.

Enfim, o que interessa dizer é que qualquer coisa que se decida nesse aspecto só acontecerá em 2016. Resta saber se com Bernie "fresco" e "viçoso" no alto dos seus 85 anos, ou com outras pessoas quaisquer. É que existe tantas variáveis neste assunto...

IndyCar: Hintchcliffe bate Sato em São Paulo

Foi por uma curva que Takuma Sato não vencia pela segunda vez consecutiva na IndyCar. O canadiano James Hintchcliffe foi o melhor, mas lutou para isso, conseguindo ser mais feliz na curva final, superando o japonês da Foyt e ser o primeiro piloto repetente nesta temporada da IndyCar, que decorreu esta tarde nas ruas de São Paulo.

A quarta prova do campeonato começou com 25 carros à partida, e quando as luzes se acenderam, não houve quaisquer incidentes na partida, o que é anormal para o que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Ryan Hunter-Reay era o primeiro lider, com Ernesto Viso no segundo lugar, Dario Franchitti e Tony Kanaan logo a seguir. Contudo, o escocês passou o venezuelano, que por sua vez sofreu nova ultrapassagem do brasileiro no inicio da segunda volta.

Contudo, a primeira amostragem de bandeiras amarelas surgiu cedo, na quinta volta, quando Bia Figueiredo parou no meio da pista, vitima de problemas mecânicos. As bandeiras ficaram a ser mostradas por algumas voltas até que, na relargada, Kanaan fez uma movimentação a Franchitti e ficou com o segundo posto, atrás de Hunter-Reay. E ainda do final dessa volta, conseguiu passar o americano na última curva para ficar com a  liderança, para gáudio dos fãs que lotavam o recinto.

As coisas mantinham assim até à 17ª volta quando Will Power, que vinha a fazer uma corrida de recuperação com o seu Penske, viu o seu motor explodir na reta da meta, fazendo com que as bandeiras amarelas fossem de novo mostradas. Isso foi aproveitado para que se fizesse a primeira troca de pneus. Feitas as contas, o lider era agora Sebastien Bourdais, mas na relargada, James Jakes toca nos pneus no S de Samba, e leva consigo Ed Carpenter e Graham Rahal, que ficam atravessados no meio da pista, bloqueando-a a causando a terceira situação de bandeiras amarelas da corrida.

A relargada durou pouco tempo, mais concretamente... uma curva. Hélio Castro Neves tentava fazê~la de maneira a evitar acidentes, mas foi tocado por Simon Pagenaud e caiu para o úlyimo lugar, vítima de um pião. Esta foi altura de uma nova passagem pelas boxes, e aí, Sato assume pela primeira vez a liderança.

As coisas mantêm-se assim até à volta 34, quando Graham Rahal bateu sozinho e faz com que se mostrassem as bandeiras amarelas. Mas na relargada, esta duraria pouco tempo: Castro Neves é empurrado por Bourdais, que por sua vez tocou em Pagenaud e engavetou Charlie Kimball. Resultado: pista bloqueada e nova entrada do Pace Car.

Quando os carros se preparavam para nova relargada, o duelo era entre Hunter-Reay e Kanaan, mas pouco depois, um erro de calculo na gasolina que deveria ter no carro por parte da equipa KV faz com que o brasileiro tivesse uma pane seca. Sexta amostragem de bandeiras amarelas, e quando a corrida recomeçou, foi por pouco tempo: James Jakes e Justin Wilson tocaram-se e o último acabou na barreira de pneus.

Nessa última ocasião, Sato passou para a liderança, e quando aconteceu a relargada, ele estava na frente de  Josef Newgarden, Marco Andretti e James Hintchcliffe. O japonês tentava resistir aos três, e apesar do canadiano ser o que estava mais distante da liderança, foi o que aproximou mais, passando Andretti e depois Newgarden. E nas voltas finais, começou a pressionar Sato, que se defendia como podia. Na volta 73, a duas do fim, esteve momentaneamente na liderança, mas o japonês da Foyt conseguiu voltar ao comando.

E nos metros finais, Hintchcliffe - piloto do carro numero 27! - teve uma última tentativa, aproveitando uma travagem mais tardia de Sato. Aproveitou o gancho para trocar de direção e ultrapassá-lo, acelerando melhor nos metros finais e vencendo a corrida, com Sato e Michael Andretti a completar o pódio, todos na frente de Oriol Serviá e de Josef Newgarden. Simona de Silvestro foi oitava, enquanto que o melhor brasileiro foi Hélio Castro Neves, na 13ª posição.

Agora, máquinas e pilotos preparam-se para as 500 Milhas de Indianápolis, que serão no final deste mês.   

domingo, 5 de maio de 2013

WTCC: Muller e Huff os melhores, Honda sem sorte

Uma semana depois do Slovakiaring, máquinas e pilotos atravessaram a fronteira para ir correr no circuito de Hungaroring para mais uma jornada dupla do WTCC. Se a Honda parecia estar a caminho de mais um dominio na competição, mesmo com os 30 kg de lastro que que tinha nos seus carros, a corrida demonstrou algo bastante diferente. Se Gabriele Tarquini ainda disfarçou um pouco, com o terceiro lugar na primeira corrida, um acidente na segunda - que o deixou maltratado nas costas - colocou as coisas ainda em mai estado. E Tiago Monteiro não foi muito melhor, com um toque e um acidente a estragar todo o seu fim de semana.

A primeira corrida começou com Yvan Muller, o poleman, a largar bem e a ficar com o comando. Atrás, Monteiro sofre um toque de Tom Coronel, que o fez cair para o 12º posto, mas depois na segunda curva, quando tentava passar Marc Basseng, ambos tocam-se e o piloto da Honda atravessa toda a pista, batendo com impacto no muro de proteção.

Ao longo da primeira corrida, Muller foi perseguido pelo local Norbert Mischeliz, no intuito de o tentar passar, mas não conseguiu levar a melhor e vencer em casa, como tinha acontecido no ano passado. Gabriele Tarquini levou o seu Honda ao pódio, seguido por Rob Huff e o marroquino Mehdi Bennani.

A segunda corrida foi mais interessante. Com Huff e Bennani na primeira fila, com vantagem para o marroquino, na partida Huff foi mais veloz e conseguiu passar o piloto da BMW, não largando mais a liderança. Atrás, Tarquini envolveu-se num acidente que o deixou maltratado das costas, enquanto que o grande duelo durante a corrida foi pelo quinto posto (Alex McDowall e James Nash ficaram logo com o terceiro e quarto lugar logo nas primeiras curvas) entre Muller, Mischeliz, Coronel e o Chevrolet de Tom Chilton. 

No final, Muller levou a melhor sobre Coronel, com Chilton a ser o sétimo e Mischeliz o oitavo. Michel Nyaker foi o nono e o BMW de Darryl O'Young ficou com o lugar final. Tiago Monteiro não conseguiu recuperar mais do que o 13º posto final.

Com isto, Yvan Muller é o lider do campeonato, seguido por Gabriele Tarquini. O WTCC prossegue no fim de semana de 18 e 19 de maio, na pista austríaca de Salzburgring.