sábado, 5 de setembro de 2020

WRC 2020 - Rali da Estónia (Dia 1)


Seis meses depois do último rali, no México, o WRC está de volta, correndo nas estradas estónias. E ali, o homem da casa manda, pois Ott Tanak lidera a prova com 11,7 segundos de vantagem sobre Craig Breen, no seu Hyundai i20 WRC, enquanto Sebastien Ogier é o terceiro, a 28,7, não longe do carro de Elfyn Evans, no Toyota Yaris WRC, a 36,8. 

Depois de um tempo de ausência, e com o calendário totalmente modificado para tentar colocar um número de ralis capaz de terminar a temporada - apenas o Rali da Turquia se manteve no calendário original, com todos os outros cancelados, irá haver à partida sete ralis para fechar a temporada de 2020. A Estónia, um lugar que queria receber o WRC, vai aproveitar a ausência da Finlândia para correr ali, e ontem à noite, quando os carros e pilotos partiram de Tartu, no sul... houve um empate, entre Esapekka Lappi e Sebastien Ogier.

Este sábado, os pilotos tinham pela frente dez classificativas, e para começar, na primeora passagem por Prangli, Kalle Rovanpera foi o melhor, batendo Craig Breen por 1,3 segundos, e Elfyn Evans por 2,1. Tanak venceu na primeira passagem por Kanepi, 5,6 segundos na frente de Breen e 6,3 sobre Evans, e depois na primeira passagem por Otepää, 0,1 segundos na frente de Breen, e 2,6 sobre Thierry Neuville, que subia a terceiro na geral. Por esta altura, os Hyundai dominavam, com os três primeiros lugares.

Depois, Ogier atacou, vencendo na primeira passagem por Mäeküla, conseguindo uma vantagem de 0,6 sobre Rovanpera, e com isso, subia para quarto na geral. Depois, Neuville acabou a manhã a vencer na sexta especial, 0,7 segundos na frente de Rovanpera e 1,7 sobre Tanak e Ogier, empatados em terceiro. 


Começa a tardem e na segunda passagem por Prangli, Ogier volta a vencer, 0,6 segundos na frente de Tanak, enquanto Neuville furou e danificou o seu carro, caindo para o nono posto, com quase um minuto e meio afastado da liderança. No final, os danos foram tais que acabaria por abandonar. “Numa esquerda muito rápida, saímos da linha, tentei recuperá-la e infelizmente havia algo do lado de fora que danificou a roda. Conseguimos chegar ao fim da especial mas sabíamos que seria o fim [da prova]."

Tanak foi de novo o melhor na oitava especial, 3,3 segundos na frente de Rovanpera, com Evans terceiro, a 3,8, enquanto Craig Breen venceu na nona especial, 0,8 segundos na frente de Tanak. Voltou a vencer na décima, a segunda passagem por Mäeküla, com 0,7 segundos na frente de Kalle Rovanpera, numa altura em que ele tinha sido penalizado em minuto pelos comissários, caindo para sétimo.


A razão da penalização foi um pouco básico: quando Jonne Halttunen, o co-piloto, tirou uma placa do radiador do Toyota Yaris WRC, um procedimento que as equipas têm de fazer, esqueceu-se de o fazer no parque fechado. Só quando estava já dentro do controlo é que se lembrou e fê-lo na frente dos comissários, o que é proíbido. Assim sendo, a penalização acabou por ser inevitável.

No final do dia, Rovanpera venceu na segunda passagem por Elva, com 1,8 segundos de vantagem sobre Tanak e 3,7 sobre Breen.  

Na geral, depois dos quatro primeiros, Takamoto Katsuta é o quinto, a 1.01,9, na frente de Kalle Rovanpera, a 1.34,9. Esapekka Lappi era o sétimo, a 1.41,7, com Teemu Suninen a não estar longe, no oitavo posto, a 1.50,9, e a fechar o "top ten" estão o francês Pierre Loubet, a 2.15,2, e o Ford de Gus Greensmith, a 3.03,1.

O rali da Estónia termina amanhã.

Formula 1 2020 - Ronda 8, Monza (Qualificação)


A Formula 1, depois de muito tempo parada, corre rapidamente para reclamar o tempo perdido. Ainda não será a corrida que abrirá as portas, e por causa disso, não veremos a habitual invasão da pista no final de amanhã, o que vai ser um pouco triste, mas de uma certa forma, evita que os tiffosi fiquem em casa e resmunguem à frente dos seus aparelhos de televisão o fracasso da Scuderia em 2020. 

Para disfarçar, mais mais para agradecer pelo bom tempo que passou e do qual não guarda ressentimentos, Sebastian Vettel decidiu comprar lugares numa bancada do Autódromo, encheu-a dos seus colaboradores em Maranello de deu o resto para uma instituição de solidariedade. Não lhe dará mais 30 km/hora nas retas nem disfarçará o facto de, num dos treinos livres de ontem, ter ficado atrás... de Roy Nissainy, piloto israelita de Formula 2 que pegou na Williams, que também anda pelas ruas da amargura há uns tempos. Era um sinal para o que aconteceu neste sábado.

Mas dito isto, a qualificação recebeu-os com um sol magnifico e um dia no calendário onde, meio século antes, Jochen Rindt saíra da vida com estrondo e começou a fazer parte da história. E nesse autódromo vazio, e neste sol de final de verão, lá iam todos para a pista, com um aviso: quem passasse dos limites na Parabólica, teria o seu tempo anulado. E claro, já não havia "party mode" para usar, mas isso não interessava, porque com ou sem ela, a Mercedes era sempre a melhor.

Foi assim nos primeiros minutos da qualificação, onde até Charles Leclerc não escapou da punição. Com o tempo, já que todos andavam de moles, a hierarquia estava estabelecida, mas o mais espantoso foi o que aconteceu no final da Q1, quando todos saíram em rebanho para fazer uma volta rápida... e foi uma confusão. Esteban Ocon chegou a bloquear Kimi Raikkonen na Curva Grande, e Sebastian Vettel, que deveria ter ficado atrás de Charles Leclerc para ter velocidade em reta, atrasou-se e tinha os Alfa Romeo atrás de si, logo... não tebe chances e acabou com 18º tempo, eliminado da Q1 e tendo como companhia Romain Grosjean, os Williams e o Alfa de Antonio Giovinazzi.

No final, lixado da vida, Vettel estava nitidamente frustrado com os eventos. Já não era bom antes, agora com o carro e aquela confusão, as coisas só pioraram.


A Q2 começa com Hamilton a fazer 1.19.092, praticamente cilindrando a concorrência, com ou sem "party mode", 325 centésimos mais veloz que Valtteri Bottas, 626 centésimos que Sergio Perez, o terceiro, então. 

No final, ficaram de fora Daniil Kyvat, Esteban Ocon, Charles Leclerc, Kimi Raikkonen e Kevin Magnussen. Não havia Ferraris na Q3, e é a pior qualificação desde 1984. A sorte deles é que não estava ninguém em Monza! Em contraste, desde 2014 que a McLaren não colocava os seus carros na Q3. 

A Q3 começou com os seus pilotos a sairem para a pista em moles, e os Mercedes mostraram-se, com Hamilton a fazer 1.19,068, contra 1.19,121 de Valtteri Bottas. Sergio Perez é terceiro, com 1.19,720, enquanto Alex Albon saia na Parabólica e via os seus tempos anulados. Na parte final, Bottas marcou primeiro, com 1,18,956, antes de Hamilton fazer 1.18,887 e tirar a pole do piloto finlandês. Carlos Sainz acabou em terceiro, conseguindo superar Sergio Perez, relegando Max Verstappen para quinto.


E como cereja no topo do bolo, Hamilton conseguiu a sua volta a uma média de 264,362 km/hora, a mais rápida de sempre na história da Formula 1. Definitivamente, ele quer todos os recordes da competição... e depois da FIA terem banido o "party mode". Quem diria!

Amanhã, mesmo sabendo quem será o vencedor, vale a pena ver a corrida, nem que seja pela briga no meio do pelotão.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A imagem do dia


Imagem de Jochen Rindt nos elétricos que circulam em Graz, na Áustria, no verão de 2020, numa exposição comemorativa da sua carreira. Rindt, o único campeão póstumo, ainda vive, e 50 anos depois, nunca foi esquecido, mesmo que aqueles que o vieram correr ao vivo são cada vez mais velhos, e cada vez mais escassos. Mas toda esta admiração, que encontro paralelo no Brasil com o Ayrton Senna, só pode explicar com a ideia de que, no seu tempo, foi um dos mais populares desportistas no seu país, e até apresentava o seu próprio programa de televisão.

Também, quem via bem as coisas que faziam ao seu redor, reparava que o seu "manager" sabia vender bem o seu "peixe", dizendo melhor, o seu piloto. E esse manager, Bernie Ecclestone, mostrava que ele era digno de ser um sucessor de Jim Clark, e naquele verão de 1970, quando vencia corrida após corrida, fez sonhar todo um país. Os eventos de Monza foram um choque, apesar de ter havido o receio de um fim tão abrupto, dada a perigosidade de uma competição como a Formula 1. Se dois anos antes, Jim Clark tinha sido vitima de um defeito no carro, porque não ele?

Contudo, o final da história que todos nós conhecemos também ajudou ao mito. Ele tivera um verão de sonho, e esse sonho não poderia acabar em pesadelo. Não poderia ser o campeão moral, tinha de ganhar, mostrar ao mundo que para vencer, teve de morrer. Um pouco dramático, mas para o mito, era perfeito. 

Enquanto o lembrarem, ele continuará vivo.

Noticias: Pirelli vai testar pneus de 2021 em Portugal


A Fórmula 1 anunciou esta sexta-feira que a Pirelli vai realizar um teste de desenvolvimento de 30 minutos dos seus pneus para a temporada 2021 durante o fim de semana Grande Prémio de Portugal, entre os dias 23 e 25 de outubro. A Pirelli está a procurar melhorar as suas borrachas, para melhor se adequar aos níveis de apoio aerodinâmico dos Formula 1.

Mario Isola, o responsável máximo da Pirelli, explicou o que vai acontecer neste teste.

Obviamente, recolhemos muita informação de Silverstone e Spa e decidimos adiar os testes que foram planeados para a segunda corrida em Silverstone e em Barcelona, para redesenhar alguns protótipos." começou por afirmar. "A ideia passa por rever ligeiramente a construção para o próximo ano. Como disse, são apenas 30 minutos. Forneceremos diferentes compostos a diferentes equipas, a fim de tentar recolher o máximo de informação possível para definir o pneu para o próximo ano. Portanto, este é o plano para Portimão. Obviamente, é uma nova pista", continuou. 

"Não temos muitos dados de Portimão mas a partir de agora temos muitas pistas novas, pelo que tivemos de decidir em que pista queríamos testar, e Portimão é um circuito de alta severidade onde provavelmente encontraremos algum bom tempo, e foi por isso que decidimos nomear Portimão para o nosso teste.", concluiu.

Rumor do Dia: Félix da Costa pode participar no GP de Portugal


Depois do título na Formula E e da condecoração por parte do governo português, a Autosport portuguesa avança nesta sexta-feira que António Félix da Costa anda a conversar com suas equipas para poder correr num dos treinos livres do GP de Portugal, que acontece no próximo dia 25 de outubro. A ideia está a ser desenvolvida com o seu "manager", Tiago Monteiro, e apesar de não haver obstáculos da parte da DS Techeetah, e o dono do Autódromo Internacional do Algare, Paulo Pinheiro, estar muito interessado na ideia, resta saber se a chance é viável.

Também há a chance de ele participar no Grande Prémio, mas essa chance é mais remota, pois não há lugares que possam abrir para esse campo, a não ser que seja em alguma oportunidade inesperada, como aconteceu com Nico Hulkenberg, durante as corridas em Silerstone, devido à doença de Sergio Perez, que apanhou o coronavirus e mão pode participar com o Racing Point.

Caso aconteça, será a primeira vez em 14 anos que um piloto português participa numa sessão de um Grande Prémio de Formula 1. A última ocasião foi em 2006, com o próprio Tiago Monteiro no seu Midland-Spyker, no GP do Brasil.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A imagem do dia


Depois da consagração na pista, a consagração pelas instituições. É sempre bom ver o presidente da Republica dar uma condecoração - Comendador da Ordem de Mérito, que mereceu - dada pelo Presidente, Marcelo Ribeiro de Sousa. Por fim, aquilo que fez nas pistas não foi colocado de lado, nem desprezado porque é algo que "não conta". Um português que dá nas vistas numa competição automobilística digna do género, e triunfa, claro, merece as honras que este país conceda.

Só começo a pensar numa coisa: se ele voltar a ganhar o título, regressará para nova condecoração? Eu tenho aquela sensação que ele não vai ficar por ali... 

Noticias: Mudanças na esturtura da Williams


Poucas semanas depois de ter sido comprada pelo fundo de investimento Dorilton, a Williams anunciou esta quinta-feira que Claire, a filha de Frank Williams, sairá de cena após o GP de Itália, em Monza. Desde 2013 no comando da equipa, apesar dos primeiros tempos favoráveis, com o terceiro lugar no Mundial de Construtores em 2014 e 2015, desde então é sempre a descer, tendo no ano passado conseguido apenas um ponto no campeonato e quase sempre ocupando os lugares da cauda do pelotão.

É com um coração pesado que me afasto do meu papel na equipa. Tinha a esperança de continuar o meu mandato no futuro e de preservar o legado da família Williams para a próxima geração. No entanto, a nossa necessidade de encontrar investimento no início deste ano devido a uma série de fatores, muitos dos quais estavam fora do nosso controlo, resultou na venda da equipa à Dorilton Capital.", começou por dizer, no comunicado oficial.

"A minha família sempre colocou a nossa equipa e os nossos funcionários em primeiro lugar e esta foi a decisão absolutamente correta. Sei que neles encontrámos as pessoas certas para levar Williams de volta para a frente da grelha, preservando ao mesmo tempo o legado Williams.", continuou.

"Tomei a decisão de me afastar da equipa a fim de permitir à Dorilton um novo começo como novos proprietários. Não foi uma decisão fácil, mas creio que é uma decisão correta para todos os envolvidos. Tenho sido enormemente privilegiada por ter crescido nesta equipa e no maravilhoso mundo que é a Fórmula 1. Tenho adorado cada minuto e ficarei eternamente grata pelas oportunidades que me foram dadas. Mas é também um desporto incrivelmente desafiante e agora quero ver o que mais o mundo me reserva. Mais importante ainda, quero passar tempo com a minha família."

Gostaria de agradecer à Dorilton o seu apoio e por compreender a minha decisão. Gostaria também de agradecer aos nossos fãs que nos apoiaram nos bons e maus momentos. Na Williams sempre fomos uma família, todos sem exceção em Grove mantiveram-me motivada durante os tempos difíceis e são eles que mais vou sentir falta. É minha esperança genuína que o processo por que passámos lhes traga o sucesso que merecem. E finalmente, gostaria de agradecer ao meu pai por tudo o que ele deu à equipa, ao desporto e à nossa família”, concluiu.

Ainda não se sabem muito bem quem ficará no comando da equipa, mas também nem se sabem muito bem quem é o investidor que está por trás disto. Apesar de usarem a sigla BCE, que também são as iniciais de Bernard Charles Ecclestone, o quase nonagenário não tem nada a ver com o assunto, apesar de estar a ajudar numa outra proposta de compra vinda da familia Mazepin, que também estava interessada na equipa. Fala-se que a BCE, que poderá estar localizada nas Ilhas Virgens Britânicas, poderá ter por trás James Mathews, antigo piloto e agora marido de Pippa Middelton, cuja irmã está casa com o herdeiro da coroa britânica, como referiu há uns dias o Joe Saward

Outra coisa interessante que o Joe conta é que, falando com alguém que está por dentro das intrigas financeiras, é que a venda não é no sentido daquela que aconteceu com a Sauber, onde se tentou "limpar" e estar pronta para ser vendida a um qualquer interessado, falando até que houe quem tiesse ficado preplexo com o valor da venda, que, não tendo sido revelado, foi considerado como "demasiado elevado". 

Youtube Documentary Trailer: Long Way Up

Ewan McGregor é um conhecido ator de Hollywood, como sabem. Mas a parte menos conhecida é que é um aventureiro que gosta de fazer longas viagens, ligando continentes, a bordo de motos com o seu grande amigo Charlie Boorman. A primeira grande viagem foi em 2014, e em 2020 fizeram uma viagem pela América do Sul através de... motos elétricas. 

E a aventura será transmitida em setembro através da Apple TV, e no passado dia 1 de setembro foi mostrado o trailer.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Youtube Motorsport Video: O que aconteceu a Scott Speed?

O Josh Revell faz uns videos fixes sobre pilotos que passaram pela Formula 1, especialmente aqueles que foram memoráveis... pelas mais excentricas razões. Scott Speed foi o americano que a certa altura se procurou porque julgavam que alguém daquela parte do mundo poderia trazer imensos fãs de lá para a categoria máxima do automobilismo.

E hoje, veremos um video sobre "o que aconteceu a ele".

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A imagem do dia


Porquê ao fim de tanto tempo, ainda reverenciamos alguém como ele, da mesma maneira que reverenciamos outros que se foram prematuramente? Acho que essa pergunta tem uma resposta dentro daqueles que perguntam. Por marcarem a diferença em situações difíceis, por terem carisma e serem capazes de fazer o melhor em carros modestos. Foi o que fez Ayrton Senna, Gilles Villeneuve ou Ronnie Peterson, e também porque alguns deles, como o próprio Stefan Bellof, deveriam ter sido campeões do mundo e não foram.

Aliás, Bellof, o alemão que viveu apenas 27 anos, teve também uma grande carreira na Endurance, e nunca teve a chance de alcançar um grande resultado nas 24 horas de Le Mans. Só correu em 1983, ao lado de Jochen Mass e desistiu depois de completarem 281 voltas. Não competiu nem em 1984 e 85, já ele corria pela Tyrrell na Formula 1. Contudo, apesar disso, ele aplicou-se nessa corridas, ajudando à lenda do Porsche 956, sendo campeão do mundo em 1984. E não correu pela equipa oficial em 85, ficando-se pela Brun e aplicando-se na Formula 1, onde fez algumas boas performances. Uma delas foi no Estoril, onde mesmo com meio bico, chegou ao fim na sexta posição, conseguindo o seu primeiro ponto da carreira.

Ao todo, Bellof venceu nove provas no Mundial de Endurance. E tudo o que tinha feito naquele pouco tempo, numa equipa oficial, era a demonstração do que poderia fazer na Formula 1, se lhe dessem uma máquina competitiva. E o mais impressionante é que apenas no GP da Alemanha de 1985 teve a sua primeira oportunidade de andar num carro com motor Turbo, quando estrearam o modelo 014 com motor Renault. E só teve mais duas corridas com esse motor, sem grandes chances para mostrar.

No final, todas essas perguntas tem uma justificativa. Ele tinha mostrado o que era capaz e é esse sabor amargo que fica. E desde há 35 anos que andamos a fazer essa pergunta que nunca terá uma resposta definitiva. Apenas convicções. 

Youtube Formula 1 Video: As comunicações de Spa-Francochamps

Como acontece em todos os Grandes Prémios, o canal oficial do Youtube da Formula 1 colocou o video dos melhores momentos do fim de semana belga, através das suas comunicações de rádio. Se não conseguem ver aqui, podem tentar através do próprio Youtube.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

The End: Fritz D'Orey (1938-2020)


O antigo piloto brasileiro Fritz D'Orey, que correu de modo privado na temporada de 1959, morreu esta segunda-feira aos 82 anos em Cascais, onde morava há muitos anos. Ele lutava há alguns anos contra um cancro, rodeado pela sua familia.

Nascido a 25 de março de 1938 em São Paulo, e filho de portugueses que se dedicaram ao comércio automóvel, estudou no tradicional Colégio São Luis, em São Paulo, e fez os seus estudo universitários no Wharton College, em Pennsilvânia, nos Estados Unidos. Fritz D'Orey teve uma breve carreira automobilística no final dos anos 50 e começou ainda em Interlagos, correndo contra pilotos como Camilo Cristofaro e Chico Landi. Pouco depois, no inicio de 1959, numa corrida em Buenos Aires, esteve com Juan Manuel Fangio, que recomendou correr na Europa. O que fez, ao lado de Christian "Bino" Heins.

Com uma vitória em Siracusa, com um carro de Formula Júnior, fez um acordo com a Scuderia Centro Sud, onde andou num Maserati 250F a partir do GP de França, onde fez a sua estreia na Formula 1. Acabou a prova no décimo posto, e correu na prova da Grã-Bretanha, onde não terminou. Só voltou a competir em Sebring, na última prova do ano, não chegando ao fim.

As suas prestações foram os suficientes para ser contratado pela Ferrari para a sua equipa de Endurance, onde correu nas 12 horas de Sebring. Mas quando participava nas 24 horas de Le Mans, um acidente a 270 km/hora deixou-o com diversos ferimentos e uma recuperação que durou vários meses. No final, acabou por se retirar do automobilismo de modo precoce, regressando ao Brasil e dedicando-se à construção civil até se reformar e morar em Portugal.

Youtube Motoring Record: O trator mais veloz de Nurburgring

O Nurburgring Nordschleife é o melhor lugar para testar todo o tipo de veículos. Motos, carros e hipercarros, todos querendo marcar um tempo para mostrar ao mundo da sua capacidade. As marcas usam-o tanto como "benchmanrk" que alguém como James May já veio a público mostrar o seu desagrado perante esta obsessão das marcas em andarem no enorme circuito alemão.

Contudo, um trator a andar por ali é... uma novidade. Mas aconteceu. A alemã Auto Motor und Sport decidiu levar para a pista o Claas Xerio 5000 Trac VC, um dos mais velozes do seu segmento, com um motor seis cilindros 12.8 litros que é capaz de atingir 500 cavalos e 2600 Nm de binário. Contudo, o trator pesa 17 mil quilos, e isso não o faz voar na Flugplatz ou no Karrusell.

Contudo, ele foi para a pista e marcou uma volta para a história, fazendo um tempo de 24 minutos, 50 segundos e 47 décimos. E eis o video do feito.

domingo, 30 de agosto de 2020

CPR: Bruno Magalhães vence do Alto Tâmega


Bruno Magalhães
conseguiu superar a concorrência e triunfou no Rali Alto Tâmega, prova a contar para o campeonato nacional de ralis. O piloto da Hyundai levou a melhor sobre Armindo Araújo, com 11,2 segundos de diferença entre ambos. Ricardo Teodósio ficou no lugar mais baixo do pódio, a 34 segundos, noutro Skoda Fabia R5 Evo2. Com este resultado, Magalhães é também o novo líder do campeonato, quando faltam três provas para o final da temporada.

Contudo, quando a prova tinha terminado ontem, após a realização das duas primeiras especiais de classificação, era Armindo Araújo o melhor, com meros 2,3 segundos de vantagem sobre o piloto de Lisboa, a bordo do seu Hyundai. E foi com isso em mente que o piloto da Hyundai partiu ao ataque, na terceira especial, vencendo-a com um avanço de 1,5 segundos sobre Ricardo Teodósio e 2,5 sobre José Pedro Fontes. Armindo Araújo perdia 3,4 segundos e era quarto, fazendo com que perdesse a liderança para Magalhães, então com uma diferença de 1,1 segundos entre eles.

Ele voltou a ganhar na quarta especial, a primeira passagem por Boticas, com 1,7 segundos de vantagem sobre Armindo, com o espanhol Daniel Berdomás a ser terceiro, a 1,8 segundos, alargando a diferença para 2,9.

Na parte da tarde, na segunda passagem por Chaves-Boticas, Bruno Magalhães voltou ao ataque com nova vitória, e uma vantagem de 3,2 sobre Ricardo Teodósio, 4,2 sobre Daniel Berdomás e 8,8 sobre Armindo Araújo, que foi apenas quinto. José Pedro Fontes perdia 28,4 segundos e o terceiro posto para Ricardo Teodósio na geral.

Na Power Stage, com João Barros a desistir devido a furos, foi Berdomás a levar a melhor, 0,2 segundos na frente de Ricardo Teodósio e 0,7 sobre Armindo Araújo. Contudo, isso não alterou a geral, já definida na especial anterior.

Depois dos três primeiros, José Pedro Fontes foi o quarto, a 48,9, na frente de Pedro Meireles, a 57,3 no seu Volkswagen Polo R5, Miguel Correia foi o sexto, no seu Skoda Fabia R5, a 1.40,0, na frente de Pedro Antunes, o melhor dos Peugeot 208 R4, a 2.55,4 ultrapassando Manuel Castro, no seu Skoda Fabia R5. A fechar o "top ten" ficaram os espanhóis Oscar Ortiz e Sergi Comellas, ambos no Peugeot 208 R4. 

Formula 1 2020: Ronda 7, Bélgica (Corrida)


Havia expectativas de que a prova belga, conhecida pela sua distancia e pelo seu tempo instável, poderia ser uma prova algo diferente do normal. Havia previsões meteorológicas nesse sentido ao longo do fim de semana, mas quando chegou sábado, e as nuvens apareceram no horizonte sem fazerem nada para molhar a pista durante a qualificação, temi que domingo seria a mesma coisa, e a corrida fosse uma procissão onde os Mercedes iriam ganhar sem oposição. 

De uma certa forma, os meus temores aconteceram, mas houve algumas coisas que tentaram compensar essa corrida aborrecida, mas não tiraram a placa do aborrecimento desta prova. 

A corrida já começava com uma baixa: o McLaren de Carlos Sainz Jr. tinha problemas irresolúveis no seu escape antes da partida e o piloto espanhol iria ficar a ver a corrida das boxes. E em termos de escolhas de pneus, os três primeiros escolheram médios, enquanto boa parte do pelotão andava com moles. A fgrande excepção era Pierre Gasly, que começava com duros.

Poucos minutos depois, na partida, o normal: Hamilton na frente de Bottas, com Ma a tentar passar o finlandês, mas depois defendeu-se... dos Renault, especialmente o de Daniel Ricciardo, enquanto tinha Esteban Ocon atrás. Mais no meio do pelotão, Charles Leclerc ganhava posições, chegando a oitavo para depois perder para Pierre Gasly e Sergio Perez, porque os carros não tinha ritmo em reta. Tanto que na volta sete, estava fora dos pontos depois de perder o lugar para o McLaren sobrevivente de Lando Norris.


Na volta onze, um acidente perto de Stavelot, entre Antonio Giovinazzi e George Russell, faz com que apareça uma visão comum naquela pista: o Safety Car. O acidente foi feito, e havia destroços na pista que tinham de ser limpos. Isso foi o suficiente para o pelotão ir trocar de pneus, quase toda a gente calçou duros e aproveitaram o tempo até voltar à corrida, na volta 15.

Quando voltou, Gasly, o quarto, tentava defender-se de Perez e Ricciardo, mas conseguiu manter a posição nos primeiros metros. O mexicano, que não tinha parado quando foi a altura, era quinto, mas depois perdeu posições para Ricciardo e Albon no final da volta 18, altura em que trocou para duros, caindo para último. Nessa altura, Vettel conseguiu passar Leclerc para... 13º. Ferrari, em tempos de mortes horríveis.

A meio da corrida, Ricciardo passou finalmente Gasly para ser quarto, e pouco depois, o francês da Alpha Tauri foi às boxes, colocando Kimi Raikkonen nos pontos. Na frente, tudo normal, e no céu, não havia nuvens suficientes para se juntarem e fazerem chuva a tempo de fazer algo nesta corrida.

Na volta 37, Perez passou Kvyat para ser nono e tentar fugir de Gasly, que era naquele momento 11º, mas estava a menos de um segundo do mexicano da Racing Point. Mas por esta altura, quando Lewis Hamilton falou uma travagem para o Bus Stop, o pessoal começou a falar sobre os pneus duros, que chegavam perto do seu limite nas voltas finais da prova. 


Mas apesar desse perigo, de pilotos dizendo que não sentiam os pneus - especialmente os frente-direito, os mais castigados - na frente, tudo na mesma, com Hamilton a vencer e Bottas em segundo. Max foi o terceiro, mas o mais interessante foi ver a melhoria da performance dos Renault, quarto e quinto, com Ricciardo ainda a fazer a volta mais rápida. E com as nuvens a obscurecerem o céu, mas não a tempo para mudar algo, foi assim que acabava o GP da Bélgica. Semana que vem, ia para Monza, onde para os Ferrari, o pesadelo continuava... 

Já agora, mais uma retirada do Bottas e o Hamilton vence o campeonato em Portimão?

Youtube Rally Crash: O acidente de Ruhari Bell no Alto Tâmega

O primeiro dia do Rali Alto Tâmega ficou marcado pelo acidente do britânico Ruhari Bell, que a bordo do seu Ford Fiesta, perdeu o controle do seu carro devido a uma falha nos travões. O carro seguiu em frente e embateu num carro da organização e uma ambulância, que tinha algumas pessoas na sua frente, correndo o risco de ficarem gravemente feridas, tendo as suas pernas esmagadas contra os carros. 

No final, três pessoas ficaram feridas, uma inspirando mais cuidados, e essa pessoa... era um bombeiro. Apesar da aparatosidade, a prova não foi interrompida.

CPR 2020: Rali Alto Tâmega (Dia 1)


Armindo Araújo
já está na frente do Rali Alto Tâmega, completadas que estão as primeiras duas especiais de classificação. O piloto de Santo Tirso está na frente com uma vantagem de 2,3 segundos sobre Bruno Magalhães. José Pedro Fontes, que bateu forte no shakedown desta manhã, é o terceiro, a 11,8 segundos da liderança.

Um mês depois da Madeira, o Nacional de Ralis estava de volta ao continente, onde iriam correr em troços de asfalto, na semana em que o Rali dos Açores era cancelado e no seu lugar entrava o Terras D'Aboboreira, com todos os principais candidatos presentes. 

A prova começou com Bruno Magalhães, ao ataque vencendo a especial com uma vantagem de dois segundos sobre José Pedro Fontes, que conseguiu recuperar o carro a tempo, depois do acidente no shakedown. Armindo Araújo era terceiro, a 3,1 segundos, com Ricardo Teodósio quarto, a 3,7.

Na segunda especial, Armindo passou ao ataque, vencendo a especial com 5,4 segundos sobre Bruno Magalhães, e 12,9 sobre José Pedro Fontes. Pedro Meireles era quinto, a 19,6.

Falhei a travagem numa chicane e com isso perdi a hipótese de fazer o pleno nos dois troços de hoje. Estamos confiantes para as restantes classificativas de amanhã, mas nada está ganho. Contudo, é bastante positivo terminar o dia na frente”, afirmou, no final da especial.

Apesar de tudo, o objetivo a que se propôs, “lutar pela vitória da primeira à última classificativa", está bem vivo e amanhã, com a realização das restantes quatro especiais, a luta será cerrada. 

Do lado de Fontes, o piloto da Citroen afirmou que a performance do primeiro dia foi “positiva, apesar de nos ter faltado confiança nomeadamente nas zonas em que os pisos estavam mais sujos. Ainda assim, conseguimos imprimir um bom ritmo, assumiundo cautelas óbivas em algumas zonas onde o asfalto estava muito sujo. Estamos na luta pela vitória e temos quatro especiais e quase 70 quilómetros para recuperar o tempo que nos separa da liderança. Amanhã vamos atacar e lutar pela vitória,” esclareceu.

Depois dos três primeiros, o espanhol Daniel Berdomás é o quarto, no Citroen C3 R5, a 16,6, seguido por Pedro Meireles, num Volkswagen Polo R5, a 22,3. Ricardo Teodósio é sexto, a 27,4, seguido por João Barros, a 33,1, num Citroen C3 R5. Oitavo é Miguel Correia, a 36,2, e a fechar o "top ten" estiveram o espanhol Oscar Ortiz, a 1.03,6, e Pedro Antunes, a 1.05,0, ambos em Peugeot 208 R4.  

Amanhã acaba o Rali Alto Tâmega, com as restantes quatro especiais.