Seis meses depois do último rali, no México, o WRC está de volta, correndo nas estradas estónias. E ali, o homem da casa manda, pois Ott Tanak lidera a prova com 11,7 segundos de vantagem sobre Craig Breen, no seu Hyundai i20 WRC, enquanto Sebastien Ogier é o terceiro, a 28,7, não longe do carro de Elfyn Evans, no Toyota Yaris WRC, a 36,8.
Depois de um tempo de ausência, e com o calendário totalmente modificado para tentar colocar um número de ralis capaz de terminar a temporada - apenas o Rali da Turquia se manteve no calendário original, com todos os outros cancelados, irá haver à partida sete ralis para fechar a temporada de 2020. A Estónia, um lugar que queria receber o WRC, vai aproveitar a ausência da Finlândia para correr ali, e ontem à noite, quando os carros e pilotos partiram de Tartu, no sul... houve um empate, entre Esapekka Lappi e Sebastien Ogier.
Este sábado, os pilotos tinham pela frente dez classificativas, e para começar, na primeora passagem por Prangli, Kalle Rovanpera foi o melhor, batendo Craig Breen por 1,3 segundos, e Elfyn Evans por 2,1. Tanak venceu na primeira passagem por Kanepi, 5,6 segundos na frente de Breen e 6,3 sobre Evans, e depois na primeira passagem por Otepää, 0,1 segundos na frente de Breen, e 2,6 sobre Thierry Neuville, que subia a terceiro na geral. Por esta altura, os Hyundai dominavam, com os três primeiros lugares.
Depois, Ogier atacou, vencendo na primeira passagem por Mäeküla, conseguindo uma vantagem de 0,6 sobre Rovanpera, e com isso, subia para quarto na geral. Depois, Neuville acabou a manhã a vencer na sexta especial, 0,7 segundos na frente de Rovanpera e 1,7 sobre Tanak e Ogier, empatados em terceiro.
Começa a tardem e na segunda passagem por Prangli, Ogier volta a vencer, 0,6 segundos na frente de Tanak, enquanto Neuville furou e danificou o seu carro, caindo para o nono posto, com quase um minuto e meio afastado da liderança. No final, os danos foram tais que acabaria por abandonar. “Numa esquerda muito rápida, saímos da linha, tentei recuperá-la e infelizmente havia algo do lado de fora que danificou a roda. Conseguimos chegar ao fim da especial mas sabíamos que seria o fim [da prova]."
Tanak foi de novo o melhor na oitava especial, 3,3 segundos na frente de Rovanpera, com Evans terceiro, a 3,8, enquanto Craig Breen venceu na nona especial, 0,8 segundos na frente de Tanak. Voltou a vencer na décima, a segunda passagem por Mäeküla, com 0,7 segundos na frente de Kalle Rovanpera, numa altura em que ele tinha sido penalizado em minuto pelos comissários, caindo para sétimo.
A razão da penalização foi um pouco básico: quando Jonne Halttunen, o co-piloto, tirou uma placa do radiador do Toyota Yaris WRC, um procedimento que as equipas têm de fazer, esqueceu-se de o fazer no parque fechado. Só quando estava já dentro do controlo é que se lembrou e fê-lo na frente dos comissários, o que é proíbido. Assim sendo, a penalização acabou por ser inevitável.
No final do dia, Rovanpera venceu na segunda passagem por Elva, com 1,8 segundos de vantagem sobre Tanak e 3,7 sobre Breen.
Na geral, depois dos quatro primeiros, Takamoto Katsuta é o quinto, a 1.01,9, na frente de Kalle Rovanpera, a 1.34,9. Esapekka Lappi era o sétimo, a 1.41,7, com Teemu Suninen a não estar longe, no oitavo posto, a 1.50,9, e a fechar o "top ten" estão o francês Pierre Loubet, a 2.15,2, e o Ford de Gus Greensmith, a 3.03,1.
O rali da Estónia termina amanhã.