sábado, 8 de dezembro de 2012

WRC: M-Sport alinha com três carros para 2013

A M-Sport afirmou hoje que irá alinhar com três carros no Mundial de 2013, confirmando alguns dos rumores que circulavam nos últimos dias. Malcom Wilson disse que o norueguês Mads Ostberg vai fazer toda a temporada, enquanto que o qatari Nasser Al-Attiyah fará apenas sete corridas, dado que partilhará a temporada com outros eventos, como o Rally Dakar.

Contudo, em relação ao segundo piloto, as dúvidas são enormes. Confirmado o finlandês Juho Hanninen para as duas primeiras provas do ano, nas outras, há imensas dúvidas. Fala-se no estónio Ott Tanak, no belga Thierry Neuville e no russo Evgueny Novikov, mas o próprio Wilson admite que o segundo luger poerá ser alugado ao longo da temporada, como aconteceu na Prodrive ao longo de 2012. “Gostaria de ter o mesmo piloto ao lado do Mads Ostberg, mas, nesta altura, não sei será esse o caso”, referiu Wilson numa declaração algo enigmática.

Outro dos problemas que existe neste momento é a inscrição. Apesar de correr com carros Ford, a marca decidiu abandonar o WRC no final desta temporada, e esta não pode ser aceite no Mundial de Marcas para 2013. Assim sendo, a hipótese que se avizinha é concorrer no campeonato secundário, já que a M-Sport não vai alinhar com carros nesse campeonato, como fez em 2012. Contudo, Wilson já disse que ainda não tomou uma decisão a esse respeito, e que não estão previstas muitas equipas privadas a correr de Fiesta no WRC de 2013.

Tudo isso e muito mais Malcom Wilson terá de esclarecer até ao próxima sexta-feira, dia 14 de dezembro, pois é a data limite para as inscrições no WRC.

Youtube Formula 1: Mensagem de Natal, Kimi Raikkonen Style


O pessoal da Lotus, como toda e qualquer equipa, tem a sua festa de Natal, mas coincidiu com a Gala da FIA, e o Kimi Raikkonen teve de lá ir. Assim sendo, gravou uma mensagem para os funcionários, engenheiros, mecânicos e demais pessoal da marca, mas teve umas dificuldades pelo caminho... 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

The End: Oscar Niemeyer (1907-2012)

Algum dia ele tinha que ir. Nem mesmo Matusalém viveu para sempre, caso ele algum dia tenha existido. Mas aquele dia que muitos brasileiros achavam na brincadeira que não iria acontecer, aconteceu: Oscar Niemeyer, o arquitecto de Brasilia, morreu na quarta-feira à noite, aos 104 anos, após ter estado debilitado durante várias semanas.

Achei engraçado quando andei a ver alguns obituários do arquitecto brasileiro, quer no Brasil, quer fora dele. A esmagadora maioria é de elogio à sua vasta obra. Teve claro, o controverso elogio de um dos comentaristas da revista Veja, que o chamou de "meio génio, meio idiota", devido às suas convições politicas. Pode ter querido querbrar o politicamente correto, mas foi um gesto perfeitamente... idiota. Outro dos elégios fúnebres foi o do The Guardian, escrito por um jornalista que... já morreu. Em 2008, para ser mais exacto. Claro, é bom ter algo feito para ser usado depois, mas o irónico é que o autor morrer antes do sujeito em causa. Enfim, são duas historietas para serem contadas para as gerações vindouras.

Sempre admirei Niemeyer. Primeiro, em criança, porque achava os seus edificios diferentes, por serem autenticas naves espaciais. Depois, já em adulto, pelo facto de ele ter consciência. Sim, ele era comunista e ateu, mas para dizeres que não acreditas em Deus, não precisas de ser comunista. Eu sou ateu e laico, mas repugna-me as atitudes de muitos que se consideram de esquerda, porque julgam que tem o "rei na barriga". Prefiro ser independente, pensar por mim mesmo e ter uma mente aberta para coisas novas.

Mas não estou aqui para falar de politica. Falo de um arquitecto que marcou uma era e nos marcou a todos. Foi alguém que teve a oportunidade única de desenhar uma cidade, ele e a equipa onde esteve integrado, chefiada por Lucio Costa - outro que viveu muito tempo como Niemeyer, 96 anos para ser mais exato - algo que muitos gostariam de fazer, mas só muito poucos conseguiram. E esse grupo desenhou uma coisa chamada Brasilia, idealizada por Juscelino Kubisheck, que o tinha conhecido e admirado em Belo Horizonte, às suas obras como a Igreja da Pampulha. Após estar tudo desenhado, assistiu à inauguração e os primeiros 52 anos da sua existência, tempo mais do que suficiente para assistir, também, a um bom pedaço da história do Brasil.

Niemeyer projetou dezenas, centenas de edificios no Brasil. E como já disse, uma cidade, com a ajuda de Lucio Costa. Deixou a sua marca: Pampulha, Copan, Alvorada, Esplanada dos Ministérios, Catedral de Brasilia, Edificio Mondatori, Memorial da América Latina, Museu de Arte Contemporânea de Niteroi... Aqui em Portugal, desenhou um casino no Funchal. Mas houve outras coisas que ele não conseguiu construir. Uma delas foi o Maracanã, que apresentou o seu projeto a concurso, mas perdeu. Anos depois, confessou o alivio por ter perdido o concurso, pois o seu projeto contemplava uma grande área VIP.

Espalhou a sua marca no Brasil e no resto do mundo. Essa parte aconteceu em 1965, depois de se ter exilado para Paris, escapando da ditadura militar que se tinha instalado no seu país, apenas quatro anos depois de ter construído Brasilia. Construiu a sede do PC francês, o jornal L'Humanité, a Universidade de Constantine, na Argélia, entre outros. Antes disso, tinha projetado, em conjunto com Le Corbusier, a sede das Nações Unidas. Só regressou em 1985, quando a democracia foi reinstaurada no seu país.

Sobre a razão porque ele se distanciou das retas de Le Corbusier e passou para o seu oposto, disse um dia: "Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein."

Viveu como viveu: feliz com a profissão que escolheu e com as obras que projetou. Estas ficarão durante centenas, senão milhares de anos. Provavelmente, por pensar que nada existe para alem desta vida, dedicou-a a fazer coisas para que as gerações futuras possam admirar. Se calhar, deveria ser esse o seu objetivo. Se o foi, conseguiu. Ars lunga, vita brevis.

Noticias: Lotus abandona a IndyCar

A noticia já era mais do que esperada: a Lotus vai deixar de fornecer motores para as equipas da IndyCar Series em 2013. A decisão foi comunicada esta manhã pela organização e pela marca, na voz de Aslam Farikullah, chefe de operações da Lotus.

Não foi uma decisão fácil e a Lotus não descarta voltar ao campeonato no futuro. Por enquanto, vamos focar em atividades de negócio do núcleo como um dos principais fabricantes de carros esportivos e consultoria mundo de engenharia”, disse.

Do lado da IndyCar, Brian Barnhart, presidente de operações e de estratégia da IndyCar, afirmou que entende a decisão da empresa. “A Lotus tomou uma decisão de negócio em não voltar em 2013 e pediu para ser liberada. Desejamos tudo de bom para eles e vamos recebê-los bem uma nova participação deles no futuro”, declarou.

A história da participação da Lotus na Indy foi curta e atribulada: anunciada no final de 2011, preparada pela Judd, a sua falta de potência cedo afugentou a maior parte das equipas interessadas, fazendo com que apenas a Dragon Racing e a HVM tenham ficado com esses motores, após inicialmente ter ficado com a Bryan Herta Automotive e com a Dreyer & Reinbold. Com esses dois, a participação da D&R acabou ainda antes das 500 Milhas de Indianápolis, com Sebastien Bourdais a conseguir a melhor posição, de sempre, um nono posto, na pista de Barber.

Assim ficu apenas com a HVM, de Simona de Silvestro ao volante, mas 500 Milhas de Indianápolis, alinhou com um carro para Jean Alesi. Contudo, ambos os carros foram obrigados a parar nas primeiras voltas por serem... demasiado lentos. Após isso, apenas com Silvestro a guiar esse motor, conseguiu em 13º posto em Detroit.

Assim sendo, em 2013, apenas Chevrolet e Honda irão fornecer motores à IndyCar.

WRC: Prodrive procura "piloto de topo"

Com a Citroen a apresentar ontem os seus pilotos em Abu Dhabi e a Volkswagen a apresentar amanhã o seu carro e as suas cores para 2013, resta a M-Sport, com carros Ford e a Prodrive. Se no primeiro caso, Nasser Al-Attiyah providenciou um patrocínio salvador do governo do seu país, a Prodrive é uma incógnita, já que à falta de pilotos de ponta pode impedir de desenvolver convenientemente o Mini JCW WRC para a próxima temporada.

A Autosport britânica fala hoje que eles desejam "um piloto de topo", para a sua equipa, agora que o espanhol Dani Sordo regressou à Citroen. Contudo, apesar de haver bons pilotos no mercado, como o estónio Ott Tanak, o russo Evgueny Novikov, o sueco Per-Gunnar Andersson, o britânico Kris Meeke ou o irlandês Craig Breen, parece que nenhum deles ainda foi contratado pela preparadora britânica.

"Estamos conversando com vários pilotos, mas acreditamos firmemente que temos um carro capaz de vencer em Monte depois de terminar o segundo no ano passado.", disse David Richards, patrão da Prodrive, à publicação britânica.

Entretanto, a preparadora confirmou que vai vender à melhor oferta três máquinas Mini JCW WRC 01B, desenvolvidas e construídas no ano passado. Resta saber com quantos carros a marca irá alinhar na temporada que aí vêm.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Formula 2 acabou

Mais uma das ideias de Max Mosley, como presidente da FIA, acabou hoje. A Formula 2, projeto da FIA e da Motorsport Vision (MSV), de Jonathan Palmer, foi terminada após mútuo acordo entre as duas partes. Apesar de ser barata - da ordem dos 250 mil euros por temporada - o facto de ter atraído poucos pilotos e o facto de ter pouca saída - pouco mais do que um teste na Williams e nenhum dos pilotos que foi campeão ter chegado à Formula 1 - ditaram o seu fim.

"Apesar de termos lançado a FIA Formula 2 Championship em 2009, logo no inicio de uma grande recessão, a competição teve sempre grelhas cheias e corridas competitivas nestas últimas quatro temporadas", começou por dizer Palmer. "Como a FIA pretendia, a Formula 2 providencidou sempre igualdade e valor para os seis competidores. Contudo, à medida que o tempo avançava, demonstrou.se claramente que o modelo de uma equipa unica, que controlasse todos os carros da competição, fez com que reduzisse o seu apelo para os pilotos que desejavam entrar nela."

"Nós e a FIA chegamos à conclusão que que qualquer futura competição de Formula 2 deveria ser operado de forma convencional, com várias equipas. Outras competições ao nivel da Formula 2 tornaram-se crescentemente apelativos através de aumentos de performance, e isso foi óbvio após termos visto que na nossa última temporada, as nossas grelhas terem diminuído significativamente." concluiu.

A Formula 2, depois de um hiato de 25 anos, com o seu último campeonato em 1984, regressou em 2009 com uma grelha bem composta e transmissões televisivas em direto, pela Eurosport. O espanhol Andy Soucek foi o grande vencedor, numa temporada marcada pelo acidente mortal de Henry Surtees, filho de John Surtees, na corrida de Brands Hatch. Dean Stoneman foi o campeão de 2010, seguido pelo italiano Mirko Bortolotti e este ano, o vencedor foi outro britânico, Luciano Bachetta.

Quanto à MSV, irá em 2013 tomar conta de uma competição de promoção, a Formula 4.

Youtube North Korea Mandness: Kimi Raikkonen, o Querido Piloto


Descobri isto esta tarde, e este video já tem uns meses: alguém aproveitou um noticiário da Coreia do Norte para fazer um elogio a Kimi Raikkonen, neste caso em particular, quando o finlandês regressou aos pódios, no Bahrein. 

O video foi feito pela cadeia de rádio X3FM, da Finlândia, e tem os tipicas "pérolas" norte coreanas, como "Todos os 'tiffosi' estavam deleitados com o sucesso do jovem Raikkonen na cidade de 'Espoonyang', apesar do porco imperialista Vettel ter sido declarado o vencedor. 'Kim Il Raikkonen' foi declarado com o vencedor moral da corrida, como foi comprovado pelas estatisticas feitas pelos nossos peritos coreanos. Assim sendo, será dedicado um mural ao nosso vencedor."

Ainda há tempo para "uma corrida local, com carros militares antigos, onde Kim Jong-un foi o mais do que óbvio vencedor, enquanto que, como de costume, Mikko Hirvonen ficou com o segundo lugar".

Enfim, só visto.

Noticias: Löeb fará quatro ralis em 2013

Sebastien Löeb já disse o que vai fazer em 2013, a sua temporada de transição do WRC para as pistas: quatro ralis e o campeonato GT de Endurance, a bordo de um McLaren de GT3, antes de em 2014 se transferir de armas e bagagens para o WTCC, ao serviço da Citroen.

Segundo ele, participará pela marca do "double chevron" nas etapas de Monte Carlo, Suécia, Argentina e França, enquanto que pelo meio estará nas pistas com um MP4 12-C da sua equipa, a Sebastien Löeb Racing Team, no campeonato do mundo de GT. Tudo isto foi dito esta manhã na apresentação da marca, em Abu Dhabi.

"Vou fazer o Campeonato do mundo de GT. Gosto do formato das corridas desse campeonato, que são duas corridas de uma hora por fim de semana. Existem dois pilotos e uma mudança de pneus pelo meio."

Löeb, que vai fazer 39 anos em fevereiro, venceu por nove vezes seguidas o título mundial de ralis ao serviço da Citroen.

Na minha 5ª Coluna desta semana...

(...) Se alguém falar que Vettel, apenas com 101 Grande Prémios no seu currículo, anda a caminho de bater todos os recordes e de ser um dos melhores pilotos de todos os tempos, a par de Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Ayrton Senna e Michael Schumacher, muitos contestarão essa afirmação. Alguns porque dizem que é muito cedo para se dizer isso, outros dirão que querem ver o piloto noutra equipa, e outros também dirão que querem ver como Vettel se comportará com um carro inferior. Sobre esse último capítulo, posso dar uma simples resposta: ele é superior à média. E como posso dizer isso? Simples: recorro às estatísticas. Mais concretamente, à sua passagem pela Toro Rosso, em 2007 e 2008. (...)

Sei que existem pessoas que ainda não querem acreditar que Sebastian Vettel é um piloto superior à média. Ainda acham que a melhor prova é ele andar a saltar de equipa para equipa, como faz Fernando Alonso ou agora, Lewis Hamilton, e que eles têm tirar o melhor que os carros têm. É certo que o piloto espanhol fez uma grande temporada, semelhante a que Ayrton Senna fez em 1993 com o seu McLaren-Cosworth, por exemplo. Mas ao contrário de Alain Prost, Sebastian Vettel não fez uma temporada burocrática, bem pelo contrário: veio de trás e teve uma excelente parte final, vencendo quatro corridas seguidas e recuperou a desvantagem de quase duas corridas - e aproveitando o acidente de Fernando Alonso no Japão - para ser campeão do mundo pela terceira vez consecutiva.

Mas esta semana, na minha 5ª Coluna, decidi recorrer às estatísticas e lembrar ao resto do mundo que a sua passagem pela Toro Rosso foi algo inigualável, quer antes, quer depois dele. Não foi só aquela vitória em Monza que o colocou nos píncaros: contra um piloto mais experimentado, esmagou a concorrência interna e colocou números que até agora, nenhum dos pilotos que já passou conseguiu sequer aproximar. E não falo do pódio ou da vitória, falo de coisas mais pequenas, por exemplo.

Enfim, cliquem no link e vão lá ler do que estou a falar.

O anime do Senna é um projeto de final de curso

Ontem, quando vi o video do anime sobre Ayrton Senna e coloquei por aqui, houve quem me tivesse dito que parecia um projeto de final de curso do que algo de um estúdio japonês. Vinte e quatro horas depois, essa ideia confirmou-se: é o projeto de final de curso de Rafael Garutti, de 25 anos, finalista da Escola Superior de Propaganda e Marketing. A sua página do Facebook está por aqui.

Em conversa no blog Voando Baixo, de Rafael Lopes, Garutti confessa a sua paixão pelo anime japonês e a ideia de mostrar Senna a uma geração mais nova: "A ideia principal é trazer de volta a imagem e os feitos do Ayrton para os jovens de hoje, que estao acostumados com o anime e o mangá" disse.

Espero que o projeto vá para a frente.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O calendário para 2013 e respectivas especulações

O Conselho Mundial da FIA está esta semana em Istambul para várias reuniões, antes da cerimónia de entrega de prémios aos campeões nas várias categorias, que vai acontecer esta sexta-feira na cidade mais importante da Turquia.

Esta decidiu esta tarde que iria fazer várias alterações no calendário e nos regulamentos da Formula 1. Sobre os regulamentos, fala-se depois, pois agora tem a ver com o calendário. As grandes alterações tem a ver com a mudança de algumas datas do calendário de 2013, com o GP da Alemanha a ser recolocado no dia 7 de julho, dando duas semanas de espaço para uma eventual corrida na data de 21 de julho.

A FIA decidiu que no lugar de New Jersey, que não consegue ter o seu circuito pronto a tempo da edição de 2013, irá arranjar um lugar entre as corridas de Alemanha e da Hungria, que deverá ser preenchido por um circuito europeu. E a hipótese mais plausível é o regresso da Turquia, mais concretamente Istambul Park. O circuito tem novo dono, e ele está disposto a pagar cerca de nove milhões de euros para voltar a ter a Formula 1 no seu pais, com a garantia de que trará "80 mil espectadores".  

Contudo, pode existir uma alternativa a Istambul Park: Zeltweg. Agora chamada de Red Bull Ring, é uma hipótese levantada pelo jornalista britânico Joe Saward, que afirma que, por estar perto de Budapeste, poder ser uma melhor alternativa a Istambul. O circuito foi renovado pela Red Bull, e acolhe alguns eventos importantes, como o DTM, mas a Formula 1 não corre lá desde 2003. 

Claro que alguns dirão que este agora é um circuito da Red Bull, mas quase ninguém se lembra da razão pelo qual tivemos um GP de San Marino, em Imola. O circuito com o nome de Enzo e Dino Ferrari e que era o que ficava mais perto de Maranello...

Outro possivel regresso era o da França, mais concretamente ou Paul Ricard, ou Magny Cours. Mas apesar dos esforços feitos por algumas pessoas, nomeadamente Alain Prost, parece que a ideia do regresso do GP de França, que não acontece desde 2008, já caiu por terra.

Noticias: Rolex será o cronometrista oficial em 2013

A Formula 1 anunciou esta manhã que assinou um acordo de cronometragem com a Rolex, que se validará a partir de 2013. A marca de relógios de prestigio irá estampar os seus logótipos nos autódromos do calendário mundial, bem como nas placas publicitárias. A Rolex substituirá a Hublot nesse campo.

"Esse é um passo importante para nós. O acordo entre a Rolex e a Formula 1 é apenas um ajuste natural e, como todas as grandes parcerias, precisa de pouca explicação", começou por dizer Gian Riccardo Marini, o diretor-executivo da marca. "Nas nossas respectivas áreas, tanto a empresa quanto a Formula 1 são feitas do mesmo espírito de aventura, engenharia refinada e o desejo de ultrapassar os limites da tecnologia. E acredito que esse tipo de aspiração é enormemente atraente para as gerações mais jovens", completou.

Do outro lado, Bernie Ecclestone saudou o novo acordo: "Sem dúvida, a Rolex é uma escolha de classe internacional, assim como a Formula 1. O prestígio, a excelência de seus relógios, bem como o compromisso de longa data com o automobilismo só dão credibilidade à marca. Esta parceria é algo que muitas pessoas interessadas na Formula 1 estavam à espera há muito tempo", afirmou.

Ambas as partes não afirmaram o valor do contrato nem a sua duração.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Noticias: Anunciado o Rali de Portugal de 2013

A organização do Rali de Portugal anunciou hoje o que vai ser a sua edição de 2013. Depois de este ano, o rali de ter dividido em quatro dias, para o próximo ano, vai voltar aos três dias de competição e vai haver novidades: uma partida em Vilamoura, uma Super-Especial em Lisboa no final do primeiro dia e troços maiores, especialmente no último dia. Um dos troços, o de Almodôvar, vai ter 52 quiulómetros e será o "Power Stage" do rali.

O jornal Autosport resumiu aqui o que vai ser este Rali de Portugal, que vai decorrer entre os dias 12 a 14 de abril de 2013. 

Partida de Vilamoura 

Com os reconhecimentos a terem lugar nos dias 9 e 10 de Abril, a Qualifying Stage (11 de Abril) mantém o cenário de Vale do Judeu para a decisão da ordem de partida, que será escolhida pelos mais rápidos numa cerimónia a realizar no parque de assistência pelas 13.00h. Nesse mesmo dia e pela primeira vez desde que regressou ao campeonato do mundo, o Vodafone Rally de Portugal terá uma partida simbólica no magnífico cenário da Marina de Vilamoura, reeditando assim a excelente experiência das edições de 2005 e 2006, então na fase de candidatura ao WRC. 

1º dia: Do Algarve até Lisboa 

A abertura competitiva do evento, a 12 de Abril, inclui as duas primeiras secções da prova, com cinco provas especiais de classificação: Mú (20,32km), trata-se de uma variante da classificativa de Felizes, com um final diferente. Já Ourique (18,32km) utiliza estradas que anteriormente estiveram integradas noutros troços, nomeadamente na classificativa de Santa Clara, sendo ambas percorridas numa dupla passagem antes da ligação até Lisboa. 

A Super Especial de Lisboa, que se realizará uma vez mais na Praça do Império, tendo como pano de fundo o Mosteiro dos Jerónimos e o Centro Cultural de Belém, beneficiará de um novo horário destinado a permitir uma presença ainda mais ampla dos espectadores da zona da capital. A partida dos primeiros concorrentes (em ordem inversa) terá lugar às 18H15, sendo antecedida pelo reconhecimento do traçado por parte dos pilotos, feito nos próprios carros de competição, e por uma prova destinada a clássicos desportivos. Pelas 18h00 está agendada uma sessão de autógrafos com os principais pilotos presentes na prova.  

2º dia: Loulé em sentido contrário 

O segundo dia competitivo (sábado, 13 de Abril) é também o mais longo em termos de quilometragem de classificativas, com nada menos do que 158,54km, e inclui uma nova combinação de troços cronometrados. Assim, o dia começa com os 31,12km de Santana da Serra, sem qualquer modificação em relação à última edição, situação que se prolonga na prova de Vascão, com os seus irrepreensíveis 25,37km. Já Loulé, agora com 22,78km, é disputado em sentido contrário ao das últimas edições, com partida na EN2, em Cavalos, e final nas proximidades da povoação de Califórnia, todos eles com dupla passagem. 

3º dia: Regresso dos troços longos 

O último dia de prova - domingo, 14 de Abril - promete emoções fortes: depois dos inalterados 21,52km de Silves, surge talvez a maior novidade da prova, o novo troço de Almodôvar, o qual, com os seus 52,30 km passa a constituir uma das classificativas de terra mais longas das provas europeias pontuáveis para o Mundial de Ralis. 

Reunindo o essencial dos troços de Ourique e de Almodôvar, com início no Rio Torto (Ourique), e final nas Fontes Ferrenhas (Almodôvar), esta classificativa encerrará o Rally de Portugal 2013, revestindo ainda o aliciante de ser o Power Stage da prova, onde os três melhor classificados recolherão pontos extra para o campeonato. A especial aproveita partes já bem conhecidas do troço de Ourique, passa novamente por cima da A2, utiliza uma parte do troço de Santa Clara e mais tarde vai entroncar no de Almodôvar, terminando no mesmo final deste último. 

No total, 52,3 Km e um final em beleza para o Rali de Portugal. No total, o percurso contempla 1630,92km, com 15 provas de classificação, somando 386,73km, o que representa 23,71% da distância absoluta."

A capa do Autosport desta semana

A capa da Autosport portuguesa desta semana - que sairá amanhã nas bancas - traz como grande destaque as 24 Horas de Fronteira, uma das corridas mais importantes de todo o terreno do mundo. "'Marquês' de Fronteira" é o título escolhido pelo jornal, um trocadilho pelo facto do vencedor ter sido Paulo Marques., ex-motard com participações no Dakar, e que se virou para as quatro rodas.

Para além disso, há uma entrevista ao piloto de Ralis, Ricardo Teodósio, uma referência aos GT's portugueses e às novidades que o Rali de Portugal terá na edição de 2013.

Youtube Rallying Test: Os ensaios da VW para Monte Carlo


A Volkswagen quer entrar o mais bem preparada possivel para o primeiro rali do ano, em Monte Carlo, que vai acontecer dentro de mês e meio, e também para ser o maior desafiador da Citroen nas classificativas um pouco por todo o mundo em 2013. Daí ter tido Jari-Matti Latvala no México na semana passada e agora, o francês Sebastien Ogier nas classificativas geladas dos Alpes Franceses, preparando-se para o Rali de Monte Carlo.

Veremos se todos estes ensaios irão compensar. Eu creio que sim.

Noticias: Petter Solberg não correrá em 2013 no WRC

Aos 38 anos, o norueguês Petter Solberg decidiu fazer uma pausa na sua carreira no WRC. Depois de ter corrido esta temporada pela Ford, ele acabou por ser preterido a favor do seu compatriota Mads Ostberg, e apesar de ter dito que correria de graça, afirmou que não queria mais repetir a mesma coisa que fez entre 2009 e 2011, quando decidiu montar a sua própria equipa.

“Estou muito satisfeito com tudo o que experimentei e vivi durante estes 15 anos no WRC. É triste não poder continuar, mas não existia para mim um programa no WRC no próximo ano. Eu tinha chegado a dizer que guiaria gratuitamente, mas, nesta altura, não estou na disposição de pagar para guiar. Isto não quer dizer que não possa voltar a ser visto no WRC, mas, por agora, foi a melhor opção”, começou por afirmar. 

Mostrando não estar magoado com a M-Sport, Solberg reconheceu que “sei que tenho valor para continuar a lutar pelas primeiras posições durante muitos anos ainda, mas percebo sinceramente a situação financeira complicada por parte da M-Sport em 2013 e só desejo o melhor para a equipa no próximo ano”, concluiu.

Nascido a 18 de novembro de 1974 e campeão do mundo em 2003, pela Subaru, Solberg, também conhecido por "Hollywood" pela sua personalidade algo exuberante, venceu treze ralis entre 2002 e 2005, todos pela Subaru, mas também teve passagens pela Ford e Citroen, quando usou modelos Xsara e C4 WRC na sua aventura com a sua própria equipa, a Petter solber World Rally Team, entre 2009 e 2011.

Youtube Motorsport Trailer - Ayrton Senna em anime


O Paulo Abreu, do blog Volta Rápida, contou-me esta: vai aparecer no Japão um "anime" sobre a vida e carreira de Ayrton Senna. Não se sabe quando é será estreado, mas apareceu um trailer no Youtube, do qual coloco aqui.

De seu nome "Senna - Thunder Prince", aparentemente não falará só sobre a sua vida e carreira, mas também sobre os seus métodos de trabalho meticulosos, para além de ter vencido os seus títulos mundiais com a ajuda de motores Honda.

Parece que depois do documentário, teremos o anime.

Noticias: Alonso considera-se como um dos melhores

Aos 31 anos, e depois de onze temporadas e de ter sido vice-campeão do mundo pela segunda vez na sua carreira, Fernando Alonso começa a pensar que se considera a si mesmo como um dos melhores pilotos de sempre. Em entrevista ao jornal desportivo italiano "Gazzetta dello Sport", o piloto da Ferrari afirmou. “Não tenho tantos títulos quanto [Juan Manuel] Fangio e [Michael] Schumacher, mas sou um dos melhores”, declarou o asturiano.

Noutra entrevista, mas desta vez ao jornal desportivo espanhol "AS", relativizou os títulos conquistados, até agora, comparando-se a pilotos mais carismáticos, mas sem títulos: “Há quem nunca conquistou títulos e seja amado por toda a vida, como Gilles Villeneuve. Espero que, quando me aposente, também seja considerado um dos melhores, não pelo número de títulos, por um ‘x’ número de títulos, e sim por ter feito bem o meu trabalho”, avaliou. 

Em relação à avaliação por parte dos seus críticos e das pessoas que seguem atentamente o desporto, o piloto espanhol afirma que nota uma evolução em relação aos tempos na Renault, quando ganhou os seus títulos mundiais, e os dias de hoje. “Antes, as pessoas tinham uma opinião mais ou menos sobre mim, mas agora observo um nível de respeito totalmente diferente, o qual não tinha quando ganhei em 2005 e 2006. E, para ser um dos grandes na Formula 1, não basta vencer títulos. Você precisa enfrentar as temporadas como a que acabou de terminar.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Youtube Formula 1: Como Sebastian Vettel venceu o campeonato de 2012


Um dia, os elogios a Sebastian Vettel serão, provavelmente, unânimes. E mesmo os detractores irão mudar de opinião e o elogiar. No meu caso, em vez de dizer que eles estão errados, direi que vi o seu talento bastante mais cedo do que eles. 

Este video feito pela BBC mostra a razão pelo qual ele foi o campeão do mundo em 2012. Mas se forem ver bem, houve muitos mais pilotos no passado que também usaram essa combinação para se tornarem campeões. E alguns deles, hoje em dia, são reverenciados como lendas do automobilismo.

Portanto, como disse certo dia Fidel Castro: "A História me Absolverá". No caso de Vettel, a História há muito lhe está a escrever páginas douradas.

Noticias: Bruno Senna confiante para 2013

Bruno Senna mostra-se confiante de que em 2013 continuará na Formula 1. Depois de se saber que não iria ficar na Williams em 2013, o piloto de 29 anos fez no final da semana passada um teste discreto no Autódromo do Estoril, ao volante de um Mercedes de DTM. E esta segunda-feira, em declarações à Autosport britânica, afirmou que continua a procurar um lugar para continuar na categoria máxima do automobilismo:

Você nunca se sente relaxado até assinar um contrato, mas estamos trabalhando duro. Chris [Goodwin, empresário de Bruno] anda bem ocupado. Ele tem feito seu trabalho muito bem”, afirmou. "Espero ter a minha situação definida antes do final do ano", concluiu. Bruno Senna e o favorito à vaga na Force India, mas a Caterham e ate um regresso à Lotus são outras boas hipóteses.

Fazendo um balanço da temporada, Bruno Senna reconheceu que foi dura, com a agravante de ter de ceder o seu carro na maior parte dos treinos de sexta-feira para o finlandês Valtteri Bottas, que acabou por ser o seu substituto na equipa: "Foi um campeonato duro, provavelmente um dos campeonatos mais duros dos últimos anos. Acho que a minha primeira temporada completa na Formula 1 foi um verdadeiro desafio.", começou por afirmar. 

"Falhar cerca de 30 por cento de sessões de treinos livres por temporada é muita experiência que acabas por não ter. Isso coloca-te numa posição algo desvantajosa e vai-te prejudicar nas sessões de qualificação, algumas vezes por apenas algumas décimas. E isso complicou ainda mais a minha temporada." continuou. 

"Em suma, foi uma temporada difícil e ainda tenho muito que aprender. Mas aprendi muito e sinto que evolui muito", concluiu.

WRC: Hanninen vai de Ford em 2013

O finlandês Juho Hanninen foi escolhido pela M-Sport para guiar nos dois primeiros ralis do campeonato de 2013, em Monte Carlo e na Suécia. O anuncio foi feito este fim de semana, o que significa que ainda não preencheram o terceiro lugar na equipa oficial, que será apoiada pelo governo do Qatar.

Quero agradecer à Skoda pelas últimas quatro temporadas", começou por dizer Hanninen. "Juntos, alcançamos tudo que tinhamos proposto, mas infelizmente, o contrato que me ofereceram para as proximas duas temporadas, não me teria feito progrediar a minha carreira da maneira como queria. A minha ambição sempre foi competir na classe máxima dos ralis, o WRC, e ser bem sucedido nela. Agora, o meu desejo tornou-se realidade com o carro que a M-Sport me irá providenciar", concluiu. 

Este anuncio pode significar que o finlandês irá preencher o lugar que à partida pertenceria ao qatari Nasser Al-Attiyah, mas que devido aos seus compromissos no Rally Dakar, estará vago.

Campeão do IRC (International Rally Challenge) em 2010 e do SWRC em 2011, Hanninen, de 31 anos, guiava este ano para a equipa oficial da Skoda no IRC, num campeonato onde acabou na terceira posição, depois de ter vencido os ralis da Irlanda, Ypres e Zlin, na Republica Checa. Curiosamente, Hanninen ficou conhecido este ano por ter tido um despiste na última especial do primeiro dia do Rali de Sanremo, onde conseguiu o feito de ter colocado o seu carro... em cima do telhado de uma casa.  

domingo, 2 de dezembro de 2012

Noticias: Montezemolo ataca Ecclestone chamando-o de gagá

Dias depois de Bernie Ecclestone ter dito que o protesto da Ferrari "era totalmente uma piada", em relação às dúvidas sobre a ultrapassagem de Sebastian Vettel a Jean-Eric Vergne, o presidente da Ferrari resolveu reagir às declarações do patrão da formula 1, afirmando por outras palavras de que o responsável de 82 anos já acusa os efeitos da idade.

Ecclestone? Você tem que respeitar os mais velhos, especialmente quando eles chegam a um estágio em que não conseguem mais controlar o que eles dizem. No entanto, velhice é claramente incompatível com alguns papéis e responsabilidades”, disse o italiano, antes de voltar a explicar as razões pelo qual a Scuderia pediu explicações à FIA pelas dúvidas na ultrapassagem de Sebastian Vettel ao Toro Rosso de Jean-Eric Vergne.

Alguém disse que foi um escândalo termos pedido um esclarecimento para a FIA sobre a bandeira amarela e que fomos um pouco longe demais. As ações da Ferrari foram transparentes, já que vimos um vídeo depois da corrida que foi mostrado em sites por todo o mundo. Recebemos milhares de pedidos de nossos fãs e decidimos que pedir um esclarecimento era a coisa mais simples, correta e lógica a ser feita.”, começou por afirmar Montezemolo.

A FIA declarou que não houve infração e, então, que a questão está encerrada. Parabéns ao Vettel e à Red Bull, pois eles venceram depois de uma temporada muito difícil e mereceram o título.”, concluiu.

O dirigente da Ferrari aproveitou ainda a ocasião para "descascar" Ecclestone num outro aspecto da Formula 1, em relação à falta de relevância dos atuais modelos de pista aos carros de estrada. “Existem algumas coisas que não estão corretas na Formula 1 e o momento chegou para finalmente resolvermos elas nos lugares apropriados. Não é aceitável que a Formula 1 não transfira mais tecnologia para os nossos carros de rua. A aerodinâmica se tonou algo que não tem nada a ver com pesquisa. Isso não pode ser uma categoria em que não se testa na pista. Acabou nossa paciência. Somos fabricantes de carros, não patrocinadores. Como Ecclestone disse, ‘é uma piada’”, ironizou.

A grande esperança automobilística portuguesa

Dezembro vai ser uma altura de balanços e resumos do ano que vai acabar. E claro, algumas pessoas que conheço na blogosfera me irão pedir que escreva artigos nos seus sitios para que lhes diga o que achei deste ano e demais opiniões sobre o automobilismo em geral. E o Diego Maulana, do "No Mundo da Velocidade", foi um deles. E ele me pediu para que escrevesse um artigo sobre um assunto, ou episódio, ou até personalidade que me impressionou este ano.

Assim sendo, quando aceitei o convite para fazer isto, decidiu puxar a brasa para a minha sardinha e escrevi, de novo, sobre António Félix da Costa, pois acho que ele começa a ser a esperança de ter de novo o nome de Portugal na categoria máxima do automobilismo, a Formula 1. Afinal de contas, os seus úlyimos seis meses deste ano foram de sonho para o piloto de Cascais...

Para lerem o que escrevi, basta seguir o link.