sábado, 28 de agosto de 2021

Noticias: Calendário reajustado


O calendário para o resto de 2021 foi reajustado, a Liberty Media anunciou este sábado, antes da qualificação belga. Houve ajustes em algumas datas, mas a novidade é que o calendário será reduzido para 22 provas e uma vaga está aberta para o fim de semana de 19 a 21 de novembro, onde calhará para o GP do Qatar, no circuito de Losail.

As grandes novidades foram a confirmação do GP da Turquia, no fim de semana de 8 a 10 de outubro, no lugar do GP do Japão, uma semana mais tarde que o agendado, e a corrida de São Paulo, que acontecerá no fim de semana de 12 a 14 de novembro, uma semana depois do GP do México, e ambas as datas acontecerão uma semana mais tarde que as inicialmente previstas.

Temos muito prazer em anunciar as atualizações do calendário 2021, na sequência de extensas discussões com os promotores e autoridades nacionais.", começou por dizer Stefano Domenicalli, CEO da Formula 1. "A pandemia continua a apresentar a época com desafios, mas provámos que nos podemos adaptar e estamos confiantes de que este ano poderemos atingir um recorde de 22 corridas, apesar de uma pandemia global. Quero agradecer aos promotores no Brasil, México e Turquia pela sua paciência e flexibilidade e em breve forneceremos os detalhes da adição final. Esta temporada está a revelar-se uma batalha incrível na pista e isto é extremamente emocionante para os nossos fãs em todo o mundo e esperamos ansiosamente que a intensidade continue nas corridas que se avizinham”, concluiu.

Apesar da redução para 22 corridas, este continua a ser o maior calendário de sempre da história da Formula 1.

W Series: Kimilainen bate Chadwick e vence em Spa


A finlandesa Emma Kimilainen venceu esta tarde a corrida belga da W Series, numa prova marcada pela chuva e pelo rescaldo da carambola de ontem. Jamie Chadwick foi segunda e manteve na liderança do campeonato, na frente de Marta Garcia e Alice Powell, numa proa onde Beitske Visser e Ayla Agren não competiram por causa dos seus ferimentos nos eventos de ontem. 

Também antes da prova, soube-se que Irina Sirodkova não iria competir, por ter testado positivo ao CoVid-19, e foi substituída pela polaca Gosia Rdest.

Debaixo de muita chuva, a corrida começou com o Safety Car, e ficou assim por quase metade da corrida, porque o Mercedes vermelho apesar recolheu nas boxes quando faltavam 16 minutos para o final da prova. Jamie Chadwick continuava na frente da corrida, enquanto Alice Powell ficava com o segundo posto. Atrás, Caitlin Wood perdia dois lugares para Emma Kimilainen e Marta Garcia.


Nos minutos seguintes, enquanto Chadwick tentava afastar-se do pelotão, Emma Kimilainen começaa a apanhar os carros que estavam na sua frente. Primeiro, Powell, que cedeu após alguma resistência, depois Chadwick, que a três minutos do fim na zona de Pouhon, foi ultrapassada pela finlandesa e viu-a a ficar com o primeiro lugar.

Com a parte final, Kimilainen afastava-se para mais de três segundos de diferença, enquanto atrás, Marta Garcia passava Alice Powell para ficar com o terceiro posto. E foi assim que chegaram à banderia de xadrez, apesar dos ataques de Powell para tentar ficar com o terceiro posto que Garcia tinha em sua posse. Mas não deu.

No campeonato, Chadwick continua a liderar, agora com 91 pontos, contra os 84 de Alice Powell. Emma Kimilainen subiu para o terceiro posto, agora com 60. A próxima proa será dentro de uma semana, em Zandvoort. 

Formula 1 2021 - Ronda 12, Bélgica (Qualificação)


E depois de um mês de férias, voltamos à ação numa das pistas mais desafiantes e clássicas do campeonato: Spa-Framcochamps. E ainda por cima, com o boletim meteorológico a prometer chuva ao longo do final de semana, a ideia de isto se tornar numa roleta russa - neste caso, uma roleta belga - é bem real. 

E foi por causa disso que vimos algo interessante na luta pelo campeonato. No fina da segunda sessão de treinos livres, Max Verstappen bateu forte de traseira na saída da curva Les Combes e danificou o eixo traseiro e desconfiando que tinha sobrado para a caixa de velocidades do piloto neerlandês. Caso acontecesse, era bem provável que ele pudesse sair prejudicado pelo menos em termos da sua luta contra Lewis Hamilton e a Mercedes. E ainda por cima, num circuito ao lado nos seus Países Baixos natais... 


Mas neste sábado, a chuva foi forte, bem forte. Tanto que, quando os ponteiros do relógio chegaram às 15 horas locais, a pluviosidade era grande e a organização decidiu adiar por algum tempo p seu inicio. Para ver se as coisas estariam em condições, o Mercedes vermelho do Safety Car saiu para a pista no sentido de saber se havia água acumulada em algum lado. Depois dessa passagem, a direção da prova disse que tudo iria começar pelas 15:15, hora local.

Quando começou, viu-se logo que, quem tivesse imtermédios, iria dar-se bem na pista. E um dos primeiros que se deu bem foi George Russell, que marcou um tempo na casa dos 2.02, e surpreendeu toda a gente ao ficar na frente da tabela de tempos. Nicholas Lattifi tentou a sua sorte, mas depois de uma saída em Staevlot, também marcou um tempo que o colocou adiante na Q2. 


E quando se viu que de intermédio, as coisas andam bem, todos fizeram isso, e claro, os tempos começaram a cair. Mas quem olhasse para cima, sabia que o céu iria carregar ainda mais, e previam-se novas cargas de chuva. E até lá, os pilotos trataram de melhorar os seus tempos e tentar passar para a Q2. Lando Norris caiu dos dois minutos ao fazer 1.58,301. 

E no final, entre os que fixaram de fora, os habituais Haas - nem na chuva, hein? - os Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e Antonio Giovimazzi e o Alpha Tauri de Yuki Tsumoda. E os Williams levaram os seus carros para a Q2, quem diria!


Quando os carros para para a Q2, toda a gente foi para a pista com o seu jogo de intermédios, porque se previa precipitação nos cinco minutos seguintes. Logo, marcar um tempo o mais depressa possível era a ordem e a pressa dos pilotos em entrarem na pista. Contudo, logo na volta de aquecimento, os Mercedes foram para as boxes colocar intermédios novos, para tentar um bom tempo enquanto as condições permitiam. Restava saber se teriam tempo... e ainda por cima, na sua primeira volta rápida, abrandou devido ao tráfego e conseguiu o 14º tempo, um lugar na frente de Bottas. 

Entretanto, Norris fazia 1.57,041 e ia para o topo da tabela de tempos. A Mercedes lá conseguiu fazer tempos que os colocavam no "top ten", ou seja, houve tempo para tudo, apesar de todas as indicações para o seu contrário. Depois, Max Verstappen faz 1.56,559 e ia para a frente. Max sendo "Super Max", e a Mercedes reagiu com intermédios novos, a cinco minutos do final da Q2. Afinal de contas, lutavam para entrar na parte final da qualificação. E essa era a surpresa.

No final, "not that shocking", os Mercedes conseguiram entrar na Q3, com Hamilton no segundo posto, e Bottas no terceiro. Parecia que iriamos ver os dois Williams por lá, mas apesar de a certo momento, Nicholas Lattifi ter sido sétimo, acabou por ficar de fora, fazendo companhia ao Alpine de Fernando Alonso, o Aston Martin de Lance Stroll e os dois Ferrari.  

E foi bem a tempo, porque começou a chover no pitlane.


Com o Q3, os pilotos meteram os azuis e foram para a pista, sabendo que as condições estavam ainda mais degradadas que anteriormente. Tanto que Sebastian Vettel chegou a pedir para que a direção de corrida mostrasse a bandeira vermelha. De facto, as coisas estavam a indicar isso, tanto que, menos de um minuto depois, Lando Norris batia no Eau Rouge-Radillon, arrancando a traseira do carro. Evidentemente, a bandeira vermelha foi mostrada. Vettel parou o seu carro ao lado do Lando Norris para saber se estava bem, e quando viu que não havia problemas, seguiu adiante.

Passou tempo para ver se a chuva abrandava - ou parava de cair, e quando aconteceu, lá foram eles arriscar os seus carros naquela pista. Contudo, ainda andavam com os azuis para tentar marcar um tempo com o que tinham, e se pudessem, poderiam arriscar mais alguma coisa.

Mas cedo se viu que com os intermédios, conseguiriam marcar os seus tempos. E foi na parte final que houve emoção, com os tempos a cairem paulatinamente. Primeiro Hamilton, que conseguiu 2.01,552, mas quem deu um ar da sua graça foi George Russell., que apanhou todos de surpresa quando fez 2.00,086... e ficou com a pole provisória! Parecia que todos estavam de olhos esbugalhados e poderiam comemorar algo que não acontecia desde o GP da Áustria de 2014. Mas Max Verstappen apareceu e tirou mais tempo, fazendo 1.59,765 e era o "poleman" em Spa.

E foi assim a dura qualificação belga. Amanhã havrá tanta chuva como hoje, veremos como isto acabará. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

WRC: Suninen sai da M-Sport


O finlandês Teemu Suninen não é mais piloto da M-Sport, que corre com os Ford Fiesta WRC nesta temporada. O final do acordo entre ambas as partes foi anunciado hoje "e com efeito imediato". 

Teemu Suninen terminou a sua cooperação com a M-Sport World Rally Team. Esta decisão foi comunicada à M-Sport e acordada com eles. A decisão terá efeitos imediatos. Assim, o último rali de Suninen com a M-Sport foi o Rally Ypres (Bélgica). Agradecemos à M-Sport pelos últimos cinco anos e desejamos-lhes tudo de bom”, lê-se no comunicado oficial.

O piloto de 27 anos esta na 11ª posição do campeonato, com 27 pontos, e teve como melhor resultado um sexto posto no Rali da Estónia. Na temporada anterior, tinha conseguido um terceiro lugar no Rali do México. Desde 2017 no M-Sport, conseguiu como melhor resultado um segundo lugar na Sardenha, em 2019. Para além disso, venceu em 14 classificativas.

A M-Sport em 2022 terá o novo modelo Puma Rally1, e como pilotos terá pelo menos as presenças de Gus Greensmith - aparentemente, porque irá pagar o seu lugar - e do francês Adrien Formaux. Quanto ao terceiro caro, tudo indica que pertencerá ao irlandês Craig Breen.



A imagem do dia


Spa-Francochamps é um circuito desafiante. Ainda por cima, aquele local é húmido e chove constantemente, indecentemente da época do ano - excepto no inverno, quando neva - todos esses perigos são redobrados, com os pilotos a estarem duplamente atentos porque uma distração significa estarem fora da pista. Mesmo assim, as pessoas adoram o circuito precisamente pelo desafio que mostra a todos. Contudo, por vezes temos de questionar se esse desafio ainda vale a pena quando as coisas começam a ir longe demais. 

Nesta sexta-feira à tarde, as pilotos Sarah Moore e Abbie Eaton (Grã-Bretanha), Belen García (Espanha), Fabianne Wohlwend (Lichtenstein), Ayla Agren (Noruega) e Beitske Visser (Países Baixos) foram protagonistas de uma carambola bem feia na qualificação para a etapa da W Series. As seis pilotos bateram fortemente depois de, aparentemente, terem passado por uma mancha de óleo no cimo da Eau Rouge. Elas bateram no mesmo sítio onde há dois anos, Anthoine Hubert perdeu a vida num acidente durante a prova de Formula 2. Das seis, duas delas, Agren e Visser, foram ao centro médico porque se queixavam de dores devido ao impacto.

Não é a primeira vez este ano que o automobilismo encarou o Radillon e se saiu mal. Cerca de mês e meio antes, nas 24 Horas de Spa, o Lamborghini de Jack Aitken bateu forte no mesmo local e ele acabou por ir para o hospital com fraturas nas costelas, devido ao impacto. Outro piloto, o britânico Callum Ilott, pediu por mudanças no desenho daquela parte da pista depois do que aconteceu neste ano.

Outra coisa interessante, que foi hoje contada pela Julianne Carasoli: Lewis Hamilton afirmou que aquela parte da pista ganhou uma "ondulação enorme" devido a um deslizamento de terras ocorrido neste último inverno, do qual ainda não se fez a devida correção. Ou seja, os pilotos estão a atacar da mesma maneira um lugar onde as condições mudaram, e estão a arriscar ainda mais a eles e aos seus carros, não tanto por desconhecimento... mas porque acham que ainda está tudo dentro das suas regras de segurança. Não está.      

Ainda por cima, neste final de semana está prevista chuva constante neste final de semana em Spa. Isso quererá dizer uma qualificação e corrida onde os pilotos andarão com atenção redobrada, e onde qualquer erro pode ser literalmente "a norte do artista". Meter chicanes provisórias, a esta altura do campeonato, não é uma solução ideal, porque se calhar "será pior a emenda que o soneto", e pedir aos pilotos para que levantem o pé naquele local é contraproducente, porque a primeira coisa que vão fazer é andar de pedal a fundo.

Que fazer? Se calhar é altura aquela pate do circuito ser remodelada, e se calhar também é altura de mostrar que certos desafios tem de ser domados, se queremos faer so automobilismo uma competição mais segura. E a mentalidade do "circo pegar fogo" deve ser afastada.       

Só espero que este acidente não tenha sido um aviso.

Youtube Formula 1 Video: Sobre Nikita Mazepin

Nikita Mazepin parece ser o piloto que boa parte das pessoas aprendeu a detestar, que corre na pior equipa do pelotão até aqui, que é a Haas. Desde fazer coisas altamente reprováveis a se tornar numa chicane móvel, tudo parece não correr muito bem ao piloto russo, cujo pai comprou o seu lugar... e parece querer a equipa.

Enfim, o Josh Revell fez este video sobre como está a ser a temporada de estreia do piloto russo na Formula 1... e observem por vocês mesmos. 

Noticias: Sergio Perez correrá na Red Bull em 2022


A Red Bull anunciou esta sexta-feira em Spa-Francochamps que Sergio Perez será o seu piloto na próxima temporada. Isto acontece, apesar dos seus resultados algo inconstantes na primeira metade da temporada, compensados com a sua vitória em Baku.

No comunicado oficial, a Red Bull afirmou-se “satisfeita em anunciar a extensão de contrato com Sergio ‘Checo’ Pérez, que mantém o vencedor de corridas com a equipe na temporada 2022 da Fórmula 1. ‘Checo’ se uniu à Red Bull para a temporada 2021 e impressionou imediatamente depois de se qualificar na primeira fila logo na sua segunda corrida com a equipa no GP da Emília-Romagna [em Imola]”.

Depois de conseguir quatro top-5 nas cinco primeiras corridas, ‘Checo’ foi rápido em demonstrar sua experiência e consistência ao pontuar com regularidade antes de conquistar sua primeira vitória com a equipa na sua sexta corrida, no GP do Azerbaijão. ‘Checo’ desempenhou e segue a desempenhar um papel fundamental na luta pelo título dos Construtores de 2021”, concluiu.

 Já o piloto mexicano comemorou este anuncio:

Estou muito feliz por seguir com uma grande equipa como a Red Bull na nova era da Fórmula 1 e é uma grande chance para mim. Todos começarão do zero no ano que vem com o novo regulamento, então meu único objetivo é chegar ao topo com a Red Bull. Sempre leva um tempo para se encontrar quando se entra numa nova equipa, mas as coisas funcionaram bem nesta temporada e gosto de fazer parte da família Red Bull”.

Estamos trabalhando muito para entregar resultados, então é ótimo ver que a equipa confia em mim para o futuro. Temos muito mais a conquistar juntos e ainda temos um grande desafio em nossas mãos nesta temporada, então realmente espero que possamos terminar o ano em alta e levar esse impulso até 2022. Quero agradecer a todos os meus torcedores ao redor do mundo e, especialmente, os que estão no México. Dos meus patrocinadores aos meus fãs, eles estão muito empolgados desde que entrei para a Red Bull, então espero que possamos recompensá-los chegando ao topo e vencendo o título”, concluiu.

O anuncio era, de uma certa maneira, esperado, apesar de durante as férias se tenha falado na chance do regresso de Pierre Gasly à equipa em 2022. Contudo, com este anuncio, tal ideia poderá ter ficado adiada por mais um ano. 

Youtube Formula 1 Video: Spa-Francochamps, agosto de 1991

Há 30 anos, a Formula 1 estava a ver um momento que iria ficar na história, com a chegada de Michael Schumacher à Jordan. Em Spa-Francochmps, contudo, o assunto era a prisão de Bertrand Gachot, e a injustiça do sucedido. Claro, foi por isso que Eddie Jordan tinha chamado o piloto alemão, que andara muito bem na equipa de Sport-Protótipos... da Mercedes.

Assim sendo, dei de caras com este video sobre o que foi esse final de semana do GP belga, com as passagens de Ayrton Senna e do alemão, bem como boa parte do paddock, espreitando nas boxes de algumas equipas, como a Ligier, Ferrari, March e outros. E até um acidente com o Minardi de Gianni Morbidelli!

Enfim, aproveitem bem este video. 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

A imagem do dia


Estamos em fim de semana de Spa-Francochamps, em dos circuitos clássicos do automobilismo, que existe há quase cem anos, com as suas curvas icónicas como a La Source e a Eau Rouge, entre outros. Recebe a Formula 1, a Endurance, o WTCR, e este ano já recebeu o WRX e duas classificativas do WRC, no rali de Ypres. 

Até há duas semanas, a direção do rali estava nas mãos da dinâmica Nathalie Maillet, uma belga de 51 anos que, sendo formada em arquitetura, tinha no automobilismo a sua paixão. Contudo, no passado dia 15 de agosto, foi morta na sua casa do Luxemburgo nas mãos do seu marido, que depois acabou por virar a arma contra si mesmo. O crime - inexplicável e chocante em todos os sentidos para quem viu isto de fora - à partida parecia ser uma situação de violência doméstica, um ataque de ciúmes, ou até uma situação de "apanhada com a boca na botija", mas passados alguns dias, com a poeira assentada, assumiu contornos de motivos fúteis. E explica-se assim.

Há algum tempo - provavelmente no último ano - madame Maillet decidiu sair do armário e assumir uma relação com outra mulher, Ann Lawurence Durviaux. Assim sendo, aproveitou para pedir o divórcio com Franz Dubois, seu marido, algo do qual não aceitou muito bem. Relutantemente, as coisas foram adiante, mas as tensões ficaram cada vez mais altas em relação à partilha dos bens que tinham em comum. As discussões eram frequentes, mas aparentemente, quando convidou ambas para um jantar num restaurante na cidade do Luxemburgo, naquele sábado, era para resolver essa divisão de bens, e mais tarde foram para casa, onde o duplo homicídio + suicídio acabou por acontecer. Se as coias descambaram para aquela situação ou se foi uma armadilha para atrair ambas e causar o desfecho que é conhecido, cabe ao inquérito policial discernir qual das hipóteses é a mais verdadeira. 

O que se pode dizer em relação a ela é que, como administradora do circuito de Spa-Francochamps, todos a consideravam como excelente e capaz de fazer as reformas e remodelações que aquele circuito precisava para acolher as competições principais do automobilismo mundial. E todos ficaram chocados e tristes com o seu precoce e brutal desaparecimento. E como o ser humano pode ter não só compaixão e empatia, como também ciúme, inveja e psicopatia. 

E nesse último campo, todos saímos a perder.  

Noticias: Alonso fica na Alpine em 2022


A Alpine anunciou esta quinta-feira que ficará com Fernando Alonso para 2022. Ambas as partes chegaram a acordo e ele correrá com os novos regulamentos da Formula 1. Na realidade, este acordo não é mais que a extensão do contato anterior, assinado quando ele regressou este ano à categoria máxima do automobilismo. E com isto, a marca francesa fecha a sua dupla para a próxima temporada.

Estamos muito satisfeitos por confirmar Fernando para a próxima época, fazendo dupla com Esteban”, afirmou Laurent Rossi, CEO da Alpine. “Para nós é um alinhamento perfeito de pilotos, entre os mais fortes da grelha. Funciona de uma forma extremamente complementar, oferecendo tanto talento bruto como velocidade, mas com um espírito de equipa impecável que nos proporcionou a nossa primeira vitória na Hungria.". continuou. 

"Fernando impressionou-nos a todos desde que regressou ao desporto, no início deste ano. A sua dedicação, trabalho de equipa e concentração para extrair o máximo da equipa, é incrível de fazer parte desta e certamente especial de testemunhar. O seu desempenho na Hungria foi outro exemplo do seu pedigree de corrida e lembrou a todos o quão competente piloto é. Estou convencido de que podemos beneficiar fortemente da visão e experiência de Fernando ao entrarmos na fase final de desenvolvimento e otimização do chassis e da unidade motriz de 2022. Está tão faminto de sucesso como nós e está a envidar todos os esforços para o traduzir em desempenho." declarou . 

"Por agora, no entanto, precisamos de nos concentrar num forte segundo semestre do ano, extrair o máximo em cada corrida e garantir que terminamos o mais alto possível na classificação de construtores. Isto irá colocar-nos numa posição de ouro para o próximo ano e a oportunidade significativa que isso nos traz”, concluiu.

O piloto espanhol que recentemente chegou aos 40 anos, lembrou a época complicada que tem sido até agora, mas que tem havido progressos, especialmente com o quinto posto na Hungria. 

Tenho muito prazer em confirmar a prorrogação do contrato com a equipa Alpine F1 até 2022. Senti-me em casa no momento em que regressei a esta equipa e fui recebido de braços abertos. É um prazer voltar a trabalhar com algumas das mentes mais brilhantes do nosso desporto em Enstone e Viry-Châtillon. Tem sido uma época complicada para todos, mas temos mostrado progresso como equipa e o resultado na Hungria serve como um bom exemplo desse progresso.", começou por afirmar. 

"Estamos a visar memórias mais positivas para o resto desta época, mas também de forma crucial a partir do próximo ano, com as novas alterações regulamentares a entrar na Fórmula 1. Tenho sido um grande apoiante da necessidade de igualdade de condições e mudança no desporto e a época de 2022 será uma grande oportunidade para isso. Estou ansioso pelo resto deste ano e correr ao lado do Esteban em 2022″, concluiu.

O GP da Belgica decorre nesta final de semana em spa-Francochamps.

Youtube Motorsport Video: Os soundbytes de Robin Miller

Robin Miller, morto esta quarta-feira aos 71 anos, sempre foi um excelente jornalista e uma personalidade desbocada, principalmente depois de ter ido para a ESPN e para a Speed Channel no inicio deste século, após ter sido despedido do jornal Indianápolis Star. As suas declarações, sempre bem informado, mas sempre a dizer o que pensava sem travões, o fizeram uma personalidade amada entre os fãs, especialmente pela defesa da IndyCar. 

O nascarman decidiu fazer um pequeno video com as melhores frases dele. Nem sabia que tinha chamado a Milka Duno de "Milkin Donuts"...

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Noticias: Fim de semana molhado em Spa-Francochamps


O Grande Prémio da Bélgica, em Spa-Francochamps, costuma ser por vezes uma prova debaixo de chuva e este ano, vai ser assim: de sexta à tarde até domingo, à hora da corrida, haverá pista molhada.

De acordo com o boletim meteorológico, na sexta-feira, a temperatura média é de 15 graus, aumentando para os 16 no sábado e domingo, enquanto as hipóteses de precipitação andam na casa dos 75 a 80 por cento, incluindo no dia da corrida.

Apesar do tempo ser diferente do habitual, e de muitos acharem excitante correr com a pista molhada, é provável que o Safety Car esteja na pista por muito tempo, evitado a autodestruição de metade do pelotão...

Youtube Formula 1 Video: Uma entrevista com Patrick Head

Frank Williams não teria metade do sucesso que tee depois de 1977 se não fosse Patrick Head. Se um era o team manager com uma vontade indomável de perseverar e triunfar, já o outro era a cabeça pensadora, o engenheiro que fazia as coisas mais inovativas de forma simples. Juntos, conseguiram todas as vitórias, poles e títulos da equipa entre o GP da Grã-Bretanha de 1979 e o GP de Espanha de 2012, o que é muito.

Neste podcast, Head fala sobre Frank Williams, a jornada que ambos fizeram e os momentos decisivos, como o seu acidente em 1986, que o deixou paralisado do pescoço para baixo, alguns dos pilotos que passaram por lá e moldaram a equipa para ser aquilo que todos conhecemos, entre outras coisas.

Assim sendo, se tierem hora e meia para ouvirem, agora é a altura.  

Noticias: Wolff e Stroll não serão investigados por "inside trading"


Dois dias depois de um jornal canadiano ter afirmando que Lawrence Stroll e Toto Wolff estavam a ser investigados por "inside trading" na compra de 0,95 por cento da capital da Aston Martin por parte de Toto Wolff, o Financial Times noticiou hoje que não foram encontradas provas necessárias para prosseguir a investigação.

O jornal britânico reportou que o BaFin, autoridade alemã que supervisiona o mercado financeiro, decidiu não prosseguir com a investigação por falta de provas e, enquanto oficialmente o FCA [a autoridade britânica que investiga possíveis crimes financeiros] não comenta o caso, uma fonte próxima do processo informou o jornal que o mesmo acontecerá ao processo aberto no Reino Unido.

O jornal "Le Journal de Monteal" tinha dito na segunda-feira que Wolff tinha comprado 0,95 por cento da Aston Martin com informações dadas por Lawrence Stroll que a Mercedes iria aumentar a sua participação para os 20 por cento e iria contratar o seu atual diretor, Tobias Moers, antes do anuncio oficial, e com isso, as ações tinham-se valorizado em quase 60 milhões de dólares desde a sua aquisição. 

Seis meses após esta transação, foi anunciado que a Mercedes pretendia ter uma participação adicional de até 20% na Aston Martin. Além disso, a fabricante britânica anunciou em maio de 2020, a nomeação como CEO de Tobias Moers, que até então era chefe da subsidiária AMG da Mercedes.”m conta o periódico canadiano. 

The End: Robin Miller (1949-2021)


Robin Miller, jornalista e antigo piloto de automóveis, com uma extensa carreira a cobrir a CART e as 500 Milhas de Indianápolis, morreu esta quarta-feira aos 71 anos de idade, vítima de leucemia. A noticia foi anunciada pela sua irmã Diane na sua página do Facebook.

"É com o coração pesado que partilho [a noticia] de que o meu irmão, o único Robin Miller, acabou de fazer a sua "última volta". Foi o melhor amigo, irmão, tio, confidente e jornalista! Tinha um coração grande, sua generosidade era incomensurável, sua personalidade era sem paralelo. As suas histórias são das melhores que já ouviram, algumas não podem ser repetidas, mas podemos imaginar todas elas. Se você o conheceu, experienciou tudo isso... muitos risos e grandes momentos que foram partilhados!"

Nascido a 27 de outubro de 1949 em Anderson, no Indiana, começou e percorrer as garagens de Indianápolis em 1968 como mecânico na equipa de Jim Hurtubise, de anos depois de ter lá estado como espectador. Nesse mesmo ano, começou a escrever sobre automobilismo no Indianápolis Star, colaborando até 2001. Entre as suas primeiras amizades no mundo do automobilismo contam-se o piloto Art Pollard, e Bill Finley, o seu chefe de mecânicos, que o levou a trabalhar em algumas equipas ao longo dos anos 70. Ao mesmo tempo, tentou uma carreira automobilística, nos USAC Midgets e na Formula Ford, correndo até 1983, sem enormes resultados de relevo.

Personalidade colorida e controversa, chegou a acusar A.J. Foyt de batota, num artigo de 1981, e este respondeu com um soco na cara, e o jornal a publicar um pedido de desculpas pela sua linguagem viperina. Também cobriu jogos de basket, nomeadamente a equipa de Indiana, os Pacers. Outro alvo das suas criticas foi Tony George, o homem por trás do Indianápolis Motor Speedway e que incentivou a separação entre a CART e a IRL. As coisas chegaram ao ponto de, em janeiro de 2001, Miller ter sido despedido do Indianápolis Star, depois de 33 anos de colaboração.

Se do lado da IRL, ele era visto como a encarnação do Diabo, no lado da CART, ganhou um vasto culto entre os seus seguidores. Contudo, independentemente do lado, houve um grupo que defendeu sempre: os pilotos e os respetivos diretores de equipa.

Depois do "Indy Star", foi trabalhar para a ESPN, entre 2001 e 2004, e a seguir, para o canal Speed, ambas as vezes como "insider", dando muitas noticias em primeira mão, incluindo a fusão entre a CART e a IRL, em 2008. Em 2011, foi para a NBC Sports como analista ca IndyCar, incluindo as 500 Milhas. 

Miller adorava divertir-se. Nunca se casou, adorava jogar e chegou a ter uma dívida de jogo de 250 mil dólares. Afirmou que o seu pior momento na ida foi quando viu morrer o seu amigo Art Pollard nas 500 milhas de 1973, uma das piores da história da competição. Contudo, apesar de tudo, da sua língua viperina, ninguém poderá dizer que era uma personagem aborrecida ou cinzenta. E que como nós, sempre amou este desporto de quatro rodas e um volante. Ars longa, vita brevis, Robin

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Youtube Motoring Video: As diferenças entre a IndyCar e a Formula 1

Formula 1 e IndyCar são duas competições bem interessantes, cada um no seu lado do Atlântico, e a ter o seu estilo. Se a Formula 1 gasta imenso dinheiro para fazer chassis e motores diferenciados, e gasta também muito em pesquisa e desenvolvimento, só recentemente é que decidiram colocar um "cost cap", ou seja, um teto orçamental. Bem diferente de uma IndyCar que tem o mesmo chassis e dois motores diferentes.

E é sobre essas diferenças que os nossos amigos da Donut Media andam a tentar explicar neste mais seu recente video. 

A imagem do dia


E de repente, no circuito de Spa-Francochamps, o resto do mundo descobre que há um piloto alemão muito bom. Sim, porque quem lesse os jornais desportivos da altura, conhecia o nome de Michael Schumacher dos seus feitos nos Sport-Protótipos, a bordo dos Sauber-Mercedes, ao lado de gente como Karl Wendlinger e Heinz-Harald Frentzen.

E claro, também tivemos os custos da oportunidade, quando Bertrand Gachot é atirado para uma cela britânica e Eddie Jordan tinha de arranjar alguém rapidamente para o carro 32. Willi Weber, o manager do alemão, falou com a Mercedes e pediu ajuda para o colocar na equipa deles. Jordan tinha-lhe dado um teste cerca de um mês antes em Silverstone e descobriu que era muito bom. A marca alemã pagou-lhe meio milhão de dólares para poder correr em Spa-Francochamps e com o tempo de adaptação, bateu Andrea de Cesaris e conseguiu um decente oitavo posto. E ainda mais: Schumacher nunca tinha andado no circuito num carro! Claro, esconderam o facto, afirmando ter corrido na Formula 3 alemã.

Com o resto do pelotão a vestir t-shirts em solidariedade ao pobre piloto belga, Schumacher deslumbrava o resto do mundo e estes pensavam no que poderia fazer na corrida. Contudo, foi uma frustração: a embraiagem cedeu na reta Kemmel e ficou a ver a corrida das boxes, enquanto via De Cesaris quase a apanhar Ayrton Senna para o que poderia ser uma inédita vitória - este lutava contra um problema na caixa de velocidades - antes do motor ceder, e poucas voltas do fim.

No final do dia, Jordan parecia ter um bom piloto para o resto da temporada, mas havia outros planos. Pelas costas, Flávio Briatore, da Benetton, ofereceu-lhe melhores vantagens e em Monza, ele iria correr para eles, despedindo Roberto Moreno por "distúrbios mentais" ou algo assim. Pois...  mas a partir daquele fim de semana, o resto seria história. E agora, é Mick Schumacher que está ali a fazer a sua estreia no circuito mais próximo da casa do seu pai e do seu tio. E certamente, todos lhe perguntarão sobre os sentimentos sobre esse final de semana.

Endurance: Cadillac junta-se à classe LMDh


A Cadillac tornou-se na mais recente marca a entrar na Endurance na classe LMDh, com a construção do seu modelo, já batizado de Cadillac LMDh-V.R. A sua estreia acontecerá nas 24 Horas de Daytona de 2023 e competirá nos dois lados do Atlântico, quer na IMSA, quer no WEC. É um salto da classe GTE-Pro, onde está agora e se juntará à Audi, Porsche, BMW e Acura na nova categoria.

Por quase 20 anos, as Cadillac V-Series trouxeram tecnologias vencedoras da pista para os nossos carros de desempenho na estrada”, disse Rory Harvey, vice-presidente da Cadillac. “Estamos ansiosos para continuar essa herança competindo neste novo capítulo emocionante no mais alto nível do automobilismo internacional.”, continuou.

Como o automobilismo, Cadillac está fazendo a transição para um futuro impulsionado por propulsão alternativa. A natureza híbrida das regras LMDh nos ajudará a fazer a ponte entre nossa transferência de tecnologia e nosso futuro totalmente elétrico. Estamos entusiasmados em levar adiante nosso sucesso e continuar a transferir nossos conhecimentos e tecnologia da pista para nossos veículos de produção. Tivemos grande sucesso com o Cadillac DPi-V.R vencedor do campeonato e esperamos construir esse recorde para o futuro com a próxima geração do Cadillac LMDh.”, concluiu.

O futuro carro é uma parceria entre a GM Design e o fabricante italiano Dallara, à semelhança do carro que atualmente compete categoria DPi. Os seus parceiros serão a Chip Ganassi Racing e Action Express Racing, que ganharam corridas com a Cadillac na atual campanha da IMSA.

Formula E: Wolff afirma que saída de construtores é uma oportunidade


Toto Wolff acha que a retirada de três construtores da Formula E é uma boa oportunidade para repensar a competição no sentido de acolher equipas privadas, mais comprometidas com a competição do que as montadoras, que só quererão vir aqui por alguns anos e depois irem embora. 

Numa entrevista à Bild alemã, Wolff afirmou que o rápido crescimento da competição, que atraiu seis construtores, fez com que todos participassem com medo de ficarem de fora, mas agora, com a saída da BMW, Audi e Mercedes, este último no final de 2021-22, ainda antes da Gen3, algo mudou dentro da competição e a esta precisa de repensar para manter a sua atração.

As revoluções oferecem sempre oportunidades de mudança. À primeira vista, é claro, é lamentável que três fabricantes premium estejam a sair ao mesmo tempo, mas talvez a Fórmula E precise de algum tipo de reinício agora mesmo, para dar o próximo passo. Outras equipas, possivelmente mais privadas, irão crescer porque passam a estar mais nos holofotes”, afirmou.

Wolff fala por experiência própria: a sua mulher, Susie Wolff, é a diretora e co-proprietária da Venturi, equipa que está na competição desde o seu inicio e que têm unidades de potência da Mercedes. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A situação do calendário da Formula 1


Na semana em que a Formula 1 regressa ao ativo, depois de um mês de férias, na pista de Spa-Francochamps, o calendário tem algumas vagas por preencher e é provável que isso venha a ser resolvido esta semana com algumas novidades. A primeira é a inclusão do GP do Qatar em Losail, e a segunda é a hipótese da Formula 1 ter uma segunda corrida na América, mais concretamente em Indianápolis. 

A primeira hipótese é discutida desde meados de julho, com avanços e recuos neste sentido. Contudo, esta segunda-feira, a Autosport britânica avança que o Qatar está "quase" confirmado, e acontecerá em novembro, com substituto do GP da Austrália, que foi cancelado em meados de julho devido à pandemia.

Como é sabido, o circuito de Losail tem uma licença de Grau 1 e apesar de receber apenas a MotoGP, apesar de também já ter recebido o WTCC, nunca recebeu a Formula 1 por causa de um acordo implícito entre Bernie Ecclestone e a família real barenita, que decidiu, onde um recebe a competição, o outro não teria. Contudo, era um acordo verbal e não escrito, e com a saída de cena de Ecclestone e a entrada da Liberty Media, as negociações avançam nesse sentido. E com eles a quererem 23 corridas nesta temporada, dê por onde der, é provável que isso vá para a frente, e eventualmente com espectadores. 

Caso aconteça, a Formula 1 terá quatro corridas no Médio Oriente, e serão o palco final do campeonato. Provavelmente, o calendario terá essa corrida a 21 de novembro, com a Arábia Saudita a 5 de dezembro e Abu Dhabi a 12. 

Contudo, o Brasil, que já disse ter tudo pronto para receber a Foirmula 1 em Interlagos, já disse que quer no fim de semana de 12 a 14 de novembro, vésperas do feriado da República, a 15, para poder aproveitar melhor o potencial turistico da cidade. Contudo, isso faria que transformasse num "double stint", desconhecendo-se ainda se haverá uma semana de intervalo entre a Cidade do México e o Brasil. Isto porque, inicialmente, México e Brasil seriam em dois fins de semana seguidos, dando uma semana de intervalo para o que seria o GP da Austrália, que foi cancelado.

Ainda antes, a 3 de outubro, há o GP da Turquia, e essa corrida, no Istambul Park, ainda está em dúvida. Marcado originalmente para junho, em substituição do GP do Canadá, foi cancelado quando o Reino Unido colocou o país na lista vermelha para os viajantes. Remarcado para agora, apesar da situação estar melhor, ainda há dúvidas sobre a sua realização, porque a Turquia continua na lista vermelha do Reino Unido, e provavelmente esta semana poderá se decidir em termos definitivos sobre a sua realização.


No caso da segunda corrida americana, as noticias sobre um regresso ao "Brickyard" depois de 14 anos de ausência surgiram no final da semana passada. Um pouco a ver não só com o cancelamento do GP japonês, mas também com as dúvidas sobre o GP turco, e também para juntar a caravana da Formula 1 em paragens americanas. Duas corridas em Austin é a hipótese mais plausível, mas a ideia de correrem no circuito convencional de Indianápolis, ainda por cima numa altura em que o Indianápolis Motor Speedway está sob administração de Roger Penske, que tem a Formula 1 em mente e voltaria a acolher de bom grado, desde que ambas as partes estejam de acordo. E como a Liberty Media adoraria ter duas ou três corridas por lá...

Uma coisa é certa: muito provavelmente, até quinta-feira, haverá o anuncio do novo calendário.   

Noticias: Lawrence Stroll e Toto Wolff sob investigação


O jornal canadiano Le Journal de Montréal informa hoje que Lawrence Stroll, dono da Saton Martin, e Toto Wolff, um dos donos da Mercedes F1, estão sob investigação dos reguladores financeiros do Reino Unido por informação privilegiada. Em causa a compra de 0,95 por cento da marca por parte de Wolff e o facto de ter sabido antecipadamente alguns dos seus planos futuros, nomeadamente “seis meses após esta transação, foi anunciado que a Mercedes pretendia ter uma participação adicional de até 20 por cento na Aston Martin. Além disso, a fabricante britânica anunciou em maio de 2020, a nomeação como CEO de Tobias Moers, que até então era chefe da subsidiária AMG da Mercedes.

Devido a isso, as ações da Aston Martin subiram até 60 por cento desde então. 

O jornal canadiano chega a perguntar se “Toto Wolff sabia, no momento de adquirir uma participação, que o chefe da AMG estava prestes a ser contratado pela Aston Martin? Wolff sabia que a Mercedes planejava um novo investimento na empresa?”. A marca de Brackley respondeu, via assessoria de imprensa, negando o uso de informações privilegiadas e também disse desconhecer a existência de alguma auditoria em andamento por parte de autoridades financeiras britânicas.

Youtube Drift Video: Um tributo a Christof Klausner (1975-2021)

Christof Klausmer era um dos pilotos que sabia usar muito bem os Audi Quattro de Grupo B, agora que eles são clássicos. Piloto de rampas na sua Áustria natal, a sua fama estendeu-se na Europa central - Suíça, Alemanha, Chéquia, etc - e ao longo dos anos era o piloto que sabia fazer "drift" com um dos bólidos que fez história nos ralis.

Infelizmente, neste domingo, Klausner sofreu um acidente de estrada que se revelou fatal. Tinha 46 anos.

Queridos fãs de Christof Klausner. Infelizmente temos que informar que o Christof partiu cedo demais, hoje na sequência de um grave acidente de trânsito. O nosso Rei do Drift deixou os grandes palcos. Mas ficará para sempre em nossos corações. Obrigado pela vossa preocupação. Descansa em paz Chrisi."

Em tributo a ele, descobri este video sobre as suas proezas nas rampas um pouco por toda a Europa central a bordo de um carro que marcou toda uma geração.

Le Mans: Portugueses tristes com os seus resultados



Apesar de três pilotos portugueses presentes nas 24 Horas de Le Mans - e um angolano a correr com licença portuguesa, Rui Andrade - a performance deles, infelizmente, não foi positiva. Classificações modestas à custa de avarias no alernador, no caso de Filipe Albuquerque um despiste, no caso de António Félix da Costa, e uma avaria final, no caso de Álvaro Parente - e do próprio Rui Andrade - foi o desfecho na edição deste ano. Corrido o pano desta edição, é agora altura de se fazer o balanço desta corrida. E claro, ninguém está satisfeito, e prometem regressar com vontade de corrigir esta situação.  

No caso de António Félix da Costa, o piloto da Jota chegou a protagonizar um bom desempenho nos primeiros quilómetros da corrida, liderando na classe LMP2 e chegando a ter a melhor volta, antes de entregar o carro ao seu companheiro e este se despistar na chicane Dunlop, atrasando bastante. No final da prova, o 13º lugar da geral, a 13 voltas do vencedor, e o sétimo lugar na classe não reflete a velocidade e a consistência da tripla. 

Contudo, no rescaldo da prova, António Félix da Costa referia que “claro que estamos tristes porque sentimos desde o início que tínhamos carro e andamento para lutar pela vitória, mas Le Mans é isto mesmo, alegrias, desilusões, suor, lágrimas, uma corrida única que todos querem ganhar e que tem um sabor especial.", começou por afirmar. 

"Do nosso lado fica a certeza que demos tudo, nunca deixámos de lutar, mesmo com o problema que nos fez perder sete voltas. Fui chamado pela equipa para guiar quase onze horas e apesar do cansaço, dei sempre tudo e sinto-me contente com a minha performance, penso que não ficou indiferente a ninguém. Esta é uma corrida que quero muito ganhar e sem dúvida voltarei em 2022 para lutar por este sonho."

"Agradeço à equipa Jota o excelente trabalho que fizeram, mecânicos, engenheiros e todo o staff, aos meus colegas de equipa que mantiveram um espírito de luta incrível ao longo de toda a corrida, e por fim, aos Portugueses, que me apoiaram sempre muito ao longo de todo o fim-de-semana!

No mesmo diapasão alinhou Filipe Albuquerque, que foi consistente e andava no terceiro posto da sua classe até que a meio da noite, o alternador cedeu e perderam mais de uma hora a tentar retirá-lo e colocar outro, para poderem prosseguir. Um 19º posto na classe, 43 volta de atraso e uma corrida estragada foi o resultado, e naturalmente, o piloto de Coimbra ficou desiludido com o resultado.

Não é fácil digerir estas coisas. Saímos para a corrida de uma posição complicada e com condições atmosféricas adversas. Fui muito cauteloso no início para não deitar nada a perder. Fomos gradualmente subindo posições na tabela, chegámos a liderar a prova entre os LMP2 e quando estávamos confortavelmente na terceira posição e ainda com mais de 10 horas de competição pela frente, o alternador dá problemas. Fomos forçados a meter o carro nas boxes para reparar o problema. Logo aí soubemos que a nossa corrida tinha chegado ao fim! Mas, a pensar nos pontos para as contas do campeonato do mundo, continuamos em prova em busca do melhor resultado. E a 19ª posição foi o resultado possível”, começou por explicar.

As corridas são assim mesmo. Uma vezes ganhamos e outras vezes perdemos. Foi uma pena porque o nosso carro estava a andar muito bem, mas são situações que não conseguimos controlar. Agora é olhar para a frente e pensar na próxima”, rematou.


Já Álvaro Parente, que andou num Porsche na classe GTE-Pro, apesar da pole, foi um dos que não chegou ao final devido a uma avaria, depois de 227 voltas ao circuito de La Sarthe. Mas antes disso, os pilotos sabiam que não iriam muito longe na sua classe devido ao andamento do Porsche face aos seus adversários.

Como já esperava, estávamos sem andamento para poder acompanhar os nossos adversários. Demos o máximo enquanto estivemos em prova, fiz bons ‘stints’, mas era impossível ir mais além. Face ao cenário em que estávamos, terminar teria sido um bom prémio para todos na equipa, mas acabámos por ter de abandonar”, sublinhou o piloto do Porto.

Apesar do mau desfecho, Parente sentiu-se feliz por regressar a Le Mans.

Competir em Le Mans é sempre fantástico. É uma prova de sensações fortes, daquelas em que todos os pilotos querem competir. Quando entro numa corrida, o meu objetivo é vencer, mas desta feita era muito complicado e tinha isso em mente. Dei o meu máximo e era muito complicado fazer melhor. Foi importante voltar a Le Mans, competir com um Porsche e conhecer a HubAuto Racing. Portanto, apesar do abandono, faço um balanço muito positivo da minha participação nesta prova”, concluiu. 

domingo, 22 de agosto de 2021

A imagem do dia


Seria "mais do mesmo" se não fosse um pormenor. Desta vez, são todos estreantes no lugar mais alto do pódio. Contudo, eles não correm todos juntos pela primeira vez. Juntos, já tem, por exemplo, quatro pole-positions na corrida mais longa do campeonato. 

De Kamui Kobayashi, estamos conversados. Piloto de Formula 1 pela Toyota, Sauber e Caterham, com um pódio no GP do Japão de 2012, andou na SuperFormula e agora, na Endurance, pela equipa que o levou à categoria máxima do automobilismo, andou nas 24 Horas de Le Mans, mas a ver o seu compatriota Kazuki Nakajima a ir ao primeiro lugar, em vez dele. Agora, com 35 anos, por fim inscreveu o seu nome na lida dos vencedores.

Jose Maria "Pechito" Lopez, conseguiu algo que apenas Froilan Gonzalez tinha alcançado em 1954: um argentino no primeiro lugar. Juan Manuel Fangio poderia ter conseguido no ano a seguir, se não tivesse acontecido aquele acidente do qual viu tudo em primeira mão - aconteceu tudo quase à sua frente e não ficou longe de se transformar em vitima. Bastaria ter aparecido momentos mais cedo...

Mas "Pechito" Lopez, que foi dos poucos que saíram da sua terra natal e, primeiro, tentou entrar na Formula 1, e depois, andou no WTCR e na Formula E, com sucesso variado, agora, pela Endurance, e numa equipa oficial, marcou o seu nome na lista dos vencedores. 

E para finalizar, o britânico Mike Conway. Piloto que andou na Formula E, na IndyCar, com vitórias, depois foi para a Endurance, onde cedo ficou às ordens da Toyota, e tirando a edição de 2017, onde não chegou ao final, por causa de um problema de embraiagem. Campeão da temporada 2019-20, com a tripla atual, aos 38 anos de idade, já tem a experiência do qual está numa das melhores equipas do mundo, numa competição que está prestes a entrar numa era de renascimento.

E quando à corrida, não cario que existissem muitas expectativas. Fala-se muito de 2023, há carros que começam a ser mostrados, sente-se a atmosfera de transição. A grande expectativa neste ano tem a ver com a Glickenhaus, que apesar do toque na primeira curva, por incrível que pareça, aguentou até ao fim, embora tenha ficado atrás de todos, Toyota e Alpine. 

Mas sobretudo, este é um tempo onde o público voltou às bancadas para assistir à corrida, e conviver aquele mundo, naquele fim de semana onde tudo à uma festa, e a corrida é apenas um pormenor. E no ano que vêm acontecerá no fim de semana mais longo do ano, como costuma ser. E viva Le Mans!