sábado, 7 de outubro de 2017

ERC 2017 - Rali Liepaja (Dia 1)

Independentemente de chegar até ao fim, o polaco Kajetan Kajetanowicz já pode comemorar o título de campeão europeu de ralis, Para além dos 30 pontos de vantagem que já trazia antes do Rali Liepaja, ainda viu o seu maior rival, o português Bruno Magalhães, a bater contra uma árvore na sexta especial, acabando por abandonar a prova. As coisas já estavam favoráveis ao polaco, pois estava na frente do piloto da Skoda (era quarto contra o oitavo posto de Magalhães), mas isto praticamente encerrou as contas do título.

As coisas não eram fáceis para Magalhães. Tinha 30 pontos de diferença para Kajetanowicz, e o rali letão não era fácil para o piloto português. Para além disso, na lista de inscritos está aquele que para muitos é um prodígio dos ralis, o finlandês Kalle Rovanpera, a bordo de um Ford.

E o rali começou com o russo Nicolay Gryazin a vencer, conseguindo um avanço de 0,3 segundos sobre Rovanpera, enquanto que Kajetanowicz tinha sido quinto, a 11,6 segundos e Magalhães o sétimo, a 16,3 segundos. Depois, Lukyanuk tomou conta do rali, ao vencer a segunda especial, batendo Rovanpera por 3,2 segundos e a ficar com a liderança, passando Gryazin. Kajetanowicz era o quinto na especial, e Bruno Magalhães o nono, caindo para a mesma posição na geral.

Lukyanuk repetiu o mesmo feito na especial seguinte, abrindo a vantagem para 5,2 segundos e já a deixar Kajetanowicz a 44,6 segundos e Magalhães a um minuto e oito segundos.

Nas segundas passagens pelas classificativas da manhã, Gryazin reagiu, vencendo na quarta especial, mas apenas tinha ganho 4,9 segundos, reduzindo a diferença para meros três décimos. Gryazin partiu ao ataque na quinta especial, voltando a vencer e mais: Lukyanuk tinha problemas que o fez cair para a décima posição, com Magalhães a ser oitavo com este problema do piloto russo.

A sexta especial era feita no meio da cidade de Lieplaja, e foi aí que se viu os acidentes que sofreram Magalhães e Lukyanuk, ambos vitimas de acquaplanning, ao passar por cima das poças de água e batendo nas árvores da cidade. Ambos sairam ilesos, mas os seus ralis acabaram ali.

O grande vencedor foi de novo Gryazin, que conseguiu bater Kajetanowicz por 0,2 segundos. e alargava a liderança para Rovanpera por 18,3. Na segunda passagem, o meohor foi o Peugeot de Pepe Lopez, batendo Kajetanowicz por 1,9 segundos.

No final do dia, Gryazin liderava com 18,9 segundos de vantagem sobre Rovanpera, e 59,3 sobre Kajetanowicz. Outro polaco, Lukasz Habaj, era o quarto, a um minuto e 18 segundos, seguido pelos espanhóis Pepe Lopez e Juan Suarez. Janis Vorobojs é o sétimo, a um minuto e 32 segundos, seguido pelo Skoda de Albert von Thurn und Taxis, e a fechar o "top ten" estão o letão Reinis Nitssis e o russo Serguey Remennik, no seu Mitsubishi Evo X.

Amanhã, o rali Liepaja cumprirá as últimas seis especiais do dia.  

Youtube Rally Crash (II): O toque de Dani Sordo e Andreas Mikkelsen do Rali da Catalunha


Basta uma pedra para mudar tudo. E foi o que aconteceu a Dani Sordo e Andreas Mikkelsen esta tarde em terras catalãs, quando os seus Hyundai i20 WRC passaram pela mesma vala, fazendo quebrar o eixo frontal do seu carro, obrigando-os a encostarem-se de vez.

Youtube Rally Crash: O acidente de Magalhães no Lieplaja

As aspirações de Bruno Magalhães, já pequenas, terminaram esta tarde quando o piloto português chocou contra uma árvore na sexta especial do dia do rali Lieplaja, na Letónia. O piloto do Skoda Fabia era oitavo classificado no inicio desta especial quando ele passou por cima de uma poça de água, importante para ficar com aderência, que acabou por ter as consequências previstas.

Fica o bom trabalho do piloto português nesta temporada, com a vitória nos Açores e pódios em mais três ralis. E parabéns a Kajetan Kajetanowicz, que revalidou o seu título europeu.

Formula 1 em Cartoons - Malásia (Cire Box)



Pode ser fim de semana do GP japonês, mas como Malásia foi há seis dias, só agora é que apareceu o cartoon do "Cire Box" explicando o que foi a corrida malaia...

Noticias: Palmer substituido por Sainz na Renault

A Renault anunciou esta tarde que o britânico Jolyon Palmer será substituído pelo espanhol Carlos Sainz Jr. a partir do GP dos Estados Unidos, dentro de duas semanas. Para o seu lugar na Toro Rosso regressará Daniil Kvyat, que vai correr ao lado de Pierre Gasly até ao final da temporada.

De uma certa forma, é a confirmação dos rumores que corriam no fim de semana da Malásia, quando houve a troca do piloto russo por Gasly, que disputa a SuperFormula japonesa pela Red Bull. Assim sendo, apesar do alinhamento para 2018 ainda não ser uma certeza, é provável que seja uma dupla Kvyat-Gasly.

"Gostaria de agradecer a Jolyon por seu compromisso com a equipe, bem como o seu profissionalismo. Desde o regresso da Renault à Fórmula 1, Jolyon tem sido altamente dedicado em um ambiente em evolução. Ele mostrou excelentes qualidades pessoais e desejamos-lhe o melhor na sua carreira futura", afirmou Cyril Abiteboul no comunicado oficial da marca.

Quanto ao filho de Jonathan Palmer, parece ser o final da linha depois de 37 Grandes Prémios com a marca francesa, alcançando nove pontos no seu total. Sempre foi um piloto contestado devido à sua falta de ritmo a sendo constantemente batido por Nico Hulkenberg.

"O Grande Prémio do Japão será a minha última corrida para a Renault. Foi uma temporada extremamente desafiadora e passei por muito nos últimos três anos, mas foi uma tremenda jornada em geral com a equipa. Eu posso olhar para trás com orgulho a performance na segunda metade da temporada passada, meu primeiro ponto na Malásia e, obviamente, o meu sexto lugar em Singapura neste ano. Desejo à equipa o melhor para o futuro. Meu foco imediato está agora em alcançar o melhor resultado possível no GP do Japão, para então poder avaliar minhas opções para o futuro", declarou.

Formula 1 2017 - Ronda 16, Japão (Qualificação)

Depois de se despedirem da Malásia, a Formula 1 estava de novo num clássico do automobilismo, que é Suzuka. Um quarto de século depois da sua estreia, eles voltavam ao circuito para mais uma etapa de um duelo entre Ferrari e Mercedes, onde se parecia que poderiam quebrar a capacidade de Sebastian Vettel de alcançar o título, depois de dois mais fins de semana, bem aproveitados por Lewis Hamilton. Contudo, o piloto britânico apenas estava a uma corrida e meia de diferença para o seu rival, agora que estavamos na quarta corrida a contar do fim.

Apesar do fim de semana nublado e da chuva de ontem, que fez antecipar o final do segundo treino livre, hoje parecia que a chuva não iria incomodar a qualificação, apesar do tempo nublado deste sábado.  

E claro, com a chegada do final da temporada e a quantidade de peças trocadas nos carros, o que começa a ser agora noticia são as penalizações. Se na sexta-feira, sabíamos que Carlos Sainz Jr. iria largar do último lugar, depois do seu acidente, agora no inicio deste sábado, soubemos que Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen trocaram de caixas de velocidades (o último depois de uma batida), sendo penalizados em cinco lugares, e Jolyon Palmer trocava também o seu MGU-H, perdendo mais alguns lugares de penalização. Para além de mais uma penalização para Fernando Alonso, com 35 lugares para trás do que alcançará. Quando é que acontecerá o dia em que teremos um poleman por "default"?

Debaixo de tempo nublado, a qualificação acontecia com Lewis Hamilton e Sebastian Vettel a marcarem logo tempos para ver se passavam para a fase seguinte, com os pneus moles (os amarelos) enquanto que Valtteri Bottas dava um susto na Degner, quase batendo no muro. Pouco depois, o finlandês fez 1.29,332, mais sete milésimos de segundos sobre o seu companheiro de equipa.

Mas depois, os Red Bull deram um ar da sua graça, com Max Verstappen a fazer 1.29,181. E depois, de uma certa forma, colocou-se a hierarquia habitual. A meio da Q1, apenas os Renault e o Toro Rosso de Carlos Sainz Jr não tinham saído das boxes. Mas depois, eles lá saíram e marcaram os seus tempos, sendo mais velozes do que os McLaren...

Contudo, a um minuto do final da Q1, Romain Grosjean bateu forte nas barreiras na Curva 3, e fazendo com as banderias vermelhas fossem mostradas. No final, para além dos Sauber e do próprio Grosjean, Lance Stroll e Pierre Gasly também ficaram pelo caminho.  

Com o carro tirado da pista, a Q2 começava e em pouco tempo, Lewis Hamilton fazia 1.27,819, fazendo o recorde da pista, 1,2 segundos mais veloz do que o tempo de Kimi Raikkonen, o segundo classificado na grelha naquele momento. Parecia que tudo estava a ser desenhado a favor do britânico, pois o seu carro estava praticamente perfeito. Todos faziam tempos com os supersofts, os vermelhos, com a excepção de Bottas e Raikkonen, porque iriam fazer com os moles (os amarelos), os pneus que iriam usar na corrida do dia seguinte.

No final da qualificação, passaram praticamente os do costume: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India, o Williams de Felipe Massa e o McLaren de Fernando Alonso, que conseguiu superar o seu companheiro de equipa, Stoffel Vandoorne. E do outro lado, ficaram os Renault, o Toro Rosso de Sainz Jr e o Haas de Kevin "Suck my Balls" Magnussen.

A parte final poderia ser o grande momento para Lewis Hamilton. E foi, colocando 1.27,345, baixando o recorde de pista em mais algumas centésimos de segundo, e a mais de um segundo ficava Max Verstappen, digamos que... o melhor dos outros. E pelo meio, Valtteri Bottas. Parecia que estavamos a voltar aos tempos de dominio dos Flechas de Prata. Mas pouco depois, Sebastian Vettel fez o segundo melhor tempo, entre os Mercedes, a 452 centésimos de segundo.

Na parte final, Valtteri Bottas conseguiu o segundo melhor tempo, mas ficando a meros 338 centésimos do "poleman" Hamilton. Com o britânico a alargar o seu recorde para 71, os Mercedes voltaram a monopolizar a grelha de partida, algo que já não acontecia desde julho. Mas por causa da penalização, Sebastian Vettel poderia interferir-se entre eles. E na segunda fila estavam os Red Bull, com Ricciardo na frente de Max.

E é assim que vamos para a corrida de amanhã, provavelmente esperando por mais um domínio dos Mercedes na corrida. Vamos torcer para que seja uma corrida emocionante ou já estaremos a abusar da sorte?

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

WRC 2017 - Rali da Catalunha (Dia 1)

O norueguês Andreas Mikkelsen é o líder do rali da Catalunha ao fim de seis classificativas. Contudo, a diferença entre ele e o nono classificado, Stephane Lefebvre, é de um minuto e dois segundos, significando que tudo é possível neste rali disputado num dos sítios mais quentes do momento... por razões extra-automobilísticas.

O rali começou com Ott Tanak a entrar a vencer na especial de Caseres 1, batendo Thierry Neuville (Hyundai) por 2,1 segundos e Sébastien Ogier (Ford) por três segundos. Curiosamente, estes dois pilotos estão à sua frente no campeonato, e foram apenas terceiro e quinto na especial, pois Mads  Ostberg foi segundo, ficando a 1,8 segundos e Meeke cedeu 2,7 segundos para o líder, sendo quarto.

Andreas Mikkelsen foi o sexto, afirmando não ter tido problemas. “Não há uma trajectória evidente. O carro está bom”, comentou.

Na especial seguinte, na primeira passagem por Bot, Meeke foi o mais veloz, conseguindo 0,4 segundos de diferença para Tanak, enquanto que o terceiro mais rápido foi Dani Sordo, no seu Hyundai. O espanhol confessa que deu “o máximo” para não perder muito tempo em troços curtos com pneus de mistura mais dura.

Ostberg fora quarto na especial, subindo para o terceiro posto da geral, mas não estava feliz. “Estou zangado porque ainda agora comecei o rali e tenho o interior do carro cheio de pó. Deve haver um buraco muito grande. Podia ser mais rápido”, disse.

A seguir, na primeira passagem por Terra Alta (um misto de gravilha e asfalto), deu a vitória à Hyundai, através de Andreas Mikkelsen, que conseguiu ser o mais veloz nos quase 40 quilómetros (38,95) desta especial, com Mads Ostberg a ser segundo, a 2,7 segundos. 

Se o piloto da Hyundai está cada vez mais à vontade ao volante do Hyundai, afirnando: “Foi um troço limpo. Fiz algumas alterações no diferencial antes da especial e ficou melhor. Sinto-me cada vez mais em casa”, já o da Ford não estava muito feliz, por causa do pó. “É ridículo. Não vejo a estrada e o meu co-piloto tem dificuldades em falar. É difícil manter o ritmo e respirar”, afirmou.

A parte da tarde começou com as segundas passagens pelos troços da manhã, e ali foi a vez de Jari-Matti Latvala a ser o melhor, conseguindo 0,3 segundos de vantagem sobre Dani Sordo e 0,9 sobre Esapekka Lappi. Contudo, em termos de liderança, era agora Ostberg a levar a melhor, apesar das queixas sobre o pó, com 0,3 segundos de vantagem sobre o seu compatriota Mikkelsen.

Este é o caminho a seguir. Fizemos alterações no parque e percebemos que tínhamos feito algo errado durante a manhã. A tracção não era sempre boa”, afirmou um satisfeito Latvala.

Contudo, em Bot 2, Meeke volta a ganhar, com 0,8 segundos de vantagem sobre Mikkelsen e 1,3 sobre Sordo, fazerndo com que o norueguês da Hyundai ficasse com a liderança do rali, embora todos muito próximos uns dos outros. E por fim, em Terra Alta 2, Ogier aproveitou a extensão da classificativa para ser o melhor, 0,8 segundos na frente de Kris Meeke e três sobre Neuville.

Mas no final houve uma grande baixa: Latvala teve problemas mecânicos e acabou por abandonar o rali.

No final do dia. Mikkelsen tem uma vantagem de 1,4 segundos sobre Sebastien Ogier, no seu Ford, e de três segundos sobre o Citroen de Kris Meeke. Ott Tanak era quarto, a 6,3 segundos, no seu Ford, na frente de Mads Ostberg, a 7,1 segundos. Dani Sordo é o sexto, a 10,8 segundos, seguido do seu companheiro de equipa, Thierery Neuville. Juho Hanninen era o oitavo, a 33 segundos, e a fechar o "top ten" estão o Citroen de Stephane Lefebvre e o Toyota de Esapekka Lappi.

O rali da Catalunha prossegue amanhã, com a realização de mais sete especiais de classificação.

Youtube Motorsport Demonstration: Project Sandman

Vêm aí um fim de semana cheio de automobilismo, e a madrugada de domingo vai ser ainda mais rica. Por volta da meia noite, começará mais uma edição da Bathurst 1000, a clássica do automobilismo australiano disputada no Mount Panorama, que poderão seguir até que comece o GP do Japão. E por lá vai aparecer este inusitado carro, intergrado em algo chamado "Project Sandman".

Basicamente, esse carro é um Holdan VF Commodore, uma Ute (uma pickup australiana) com cobertura, quase ficando a parecer uma station wagon. A ideia é demonstrar a potência do novo motor V6 Twin Turbo, que vai ser estreado em 2018, em substituição dos V8 que eram usados até 2016, e que estão em 2017 numa fase de transição.

Eis a voltinha, com Greg Murphy, quatro vezes vencedor, ao volante.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Youtube Formula 1 Classic: Andrea de Cesaris, Suzuka, 1992

Todos falam hoje em dia da fabulosa ultrapassagem de Kimi Raikkonen a Giancarlo Fisichella, na última volta do GP do Japão de 2005, que deu ao finlandês uma vitória épica, depois de ter partido da última posição da grelha. Para já não se lembra, é uma ultrapassagem feita na parte de fora da trajetória, na descida para a primeira curva, de maneira quase "impossivel".

Contudo, treze anos antes, outro piloto tinha feito a mesma coisa. Não foi para vencer, mas para ganhar uma posição, e por acaso aconteceu também perto do final da corrida. Neste caso, foi o Tyrrell de Andrea de Cesaris que conseguiu passar o Ligier de Eric Comas, num duelo pela quarta posição. No final, o piloto italiano conseguiu o seu melhor resultado do ano com a Tyrrell, fazendo valer a sua veterania.

No dia em que passam três anos sobre a morte do piloto italiano, é uma maneira de recordarmos que ele pode ter sido um piloto de muitos acidentes, mas também foi um piloto capaz de excelentes manobras e levar o carro até ao fim, especialmente na parte final da sua carreira.

A nova prisão de Vijay Mallya

A semana que está quase a acabar ficou marcada pela nova prisão de Vijay Mallya, o patrão da Force India. Na terça-feira, ele foi de novo detido com acusações de lavagem de dinheiro e fraude relativos à falência fraudulenta da Kingfisher Airlines, em 2015. Desde há ano e meio que Mallya está na Grã-Bretanha, tentando evitar a extradição para a India, natal, pedida pela CBI, a Central Bureau of Investigation.

Um porta-voz do Procurador da Coroa Britânica que confirmou a detenção, afirmou que “mais acusações foram adicionadas ao processo”.

Mallya foi detido uma vez em abril, onde foi liberto sob fiança. Ele continua a insistir na sua inocência, negando veementemente as acusações que lhe são dirigidas no seu país, depois de uma audição num tribunal de Londres em junho. A 4 de dezembro, ele vai ter nova audiência para ver se existem provas suficientes para que a justiça britânica aceda aos pedidos de extradição.

Tudo isto acontece numa altura em que o seu outro sócio da Force India, Subrata Roy, continua em sarilhos com as autoridades fiscais indianas. Preso desde maio de 2014 por não pagar cerca de 3,1 nil milhões de dólares de impostos em atraso, o governo decidiu vender o seu património para pagar o valor em dívida. Uma das suas propriedades, a Aamby Valley, poderá valer 1,5 mil milhões de dólares num leilão que o governo indiano pretende fazer dentro em breve.

Entretanto, o Joe Saward afirmou no seu blog que a Force India está à venda desde há uns meses, apesar de ser algo mais oficioso do que oficial. Não se sabe o preço, mas o que sabe é que é demasiado elevado para que apareçam compradores interessados. E para piorar as coisas, o tempo parece não ser muito alargado, pois caso contrário, a equipa poderá ser envolvida nos problemas legais dos seus proprietários.

Criada em 2008 depois da compra da Spyker, a Force India conseguiu até agora uma pole-position, cinco voltas mais rápidas e cinco pódios. Nesta temporada, com o mexicano Sergio Perez e o francês Esteban Ocon, conseguiu até agora 133 pontos e é o quarto classificado no Mundial de Construtores.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

ERC: Magalhães persegue título na Letónia

Neste fim de semana, em paragens letãs, Bruno Magalhães e Kajetan Kajetenowicz vão lutar pelo títlo europeu de ralis, Com trinta pontos entre eles, o piloto português da Skoda vai tentar a sua sorte para alcançar um bom resultado.  E seja qual for o desfecho, está pronto para o enfrentar. 

Quer seja o título de campeão ou vice-campeão. Quando fiz a primeira prova da época, nos Açores, estava longe de imaginar este maravilhoso percurso que temos vindo a fazer. Ter a oportunidade de fazer a época completa e de ter conseguido deixar para o último rali a decisão do título é, simplesmente, espectacular”, começou por dizer o piloto da ARC Sport.

Mesmo que termine em segundo lugar do campeonato, Magalhães já se dá por satisfeito pelo resultado desta temporada. “O título de vice-campeão já tem sabor a vitória e já é um enorme orgulho dadas as condições em que fizemos toda a época. Por isso, a pressão não está do nosso lado, vamos fazer o nosso trabalho e esperar para ver”.

Quanto ao rali em si, Magalhães espera uma prova de grau de dificuldade elevado, sobretudo tendo em conta as previsões de chuva.

"Desportivamente a prova avizinha-se exigente. Troços muito rápidos e com condições atmosféricas adversas. Espera-se chuva. Para além disso, os pilotos locais são sempre os favoritos neste rali. Mas, tudo pode acontecer. Se não estivéssemos aqui nunca saberíamos o que poderia acontecer. Por isso, é seguir em frente e no final juntarmo-nos à grande festa de encerramento do campeonato”, concluiu.

O rali Lieplaja vai decorrer em treze etapas entre sábado e domingo, nas estradas de terra letãs.

Youtube Formula 1 Classic: Os duelos de Suzuka


Quem diria, a Formula 1 fez isto e colocou no seu canal oficial do Youtube! Na semana do GP do Japão, em Suzuka, colocou um video com os cinco duelos mais marcantes da corrida japonesa, todos eles decisores de títulos. E claro, os duelos de entre 1988 e 1990 entre Ayrton Senna e Alain Prost não foram esquecidos, bem como o títulos de Mika Hakkinen e Michael Schumacher, decididos entre eles uma década mais tarde.


terça-feira, 3 de outubro de 2017

No Nobres do Grid deste mês...

(...) É claro que muitos de vocês poderão dizer agora que ainda faltam seis corridas para o final do campeonato, e que Hamilton poderá escorregar numa corrida mais à frente, mas para mim, sabendo como são os motores e a sua resistência, estou cético. Não creio que haja quebras até lá. E colocando um pouco esse pessimismo em ação, eu digo que no passado domingo, dia 17 de setembro, nos primeiros metros do GP de Singapura de 2017, as ambições da Ferrari de bater Lewis Hamilton e ser campeã do mundo no final da temporada esfumaram-se. Por culpa própria, diga-se.

O tal nervosismo? Talvez, mas numa altura em que todos querem ganhar, poucos são os que têm nervos de aço. E mesmo os que tem essa fama podem falhar. Olhem para o que fez Kimi Raikkonen, por exemplo.

Quanto à manobra da partida, digamos que não é nada que não tenha visto nos mais de 30 anos que vejo de Formula 1. Senna fez isso vezes sem conta, Prost e Mansell também, Schumacher fazia isso. Aliás, Vettel faz isso desde os seus tempos de kart, só que raras são as vezes que acabam em carambolas. É muito chato assistir às declarações nas redes sociais de pessoas que congelaram nas suas mentes uma Formula 1 romantizada que só existe nas suas cabeças, quase como se fosse um mito. E em muitos aspectos, é um mito. Daí achar que pedir ao alemão uma penalização que nunca existiu na história do automobilismo... não direi que roça a estupidez, mas fico com ideia de que ele deve ser penalizado não só pelos seus erros, mas também pelos erros de gerações anteriores. Já teve o que merecia, não é preciso uma manobra de secretaria.

Vou reforçar aquilo que digo, afirmando diretamente: Vettel perdeu 25 pontos e o título. Tirá-lo por uma corrida seria bater no ceguinho, sentenciar o campeonato a favor de Hamilton, sem garantias de que ele ou a Ferrari iriam aprender com isso. A FIA é politica, a Formula 1 é politica, e a Ferrari ainda pesa, mesmo depois de Bernie Ecclestone ter saído do edifício. A ideia da "Formula 1 pura" que muitos gostariam de “voltar a ver” só existe nas suas imaginações e é um pouco como os gambuzinos: não existe, e quem anda à procura deles só faz figura de barata tonta. (...)

Já passou mais uma corrida desde Singapura, e o resultado só veio reforçar aquilo que disse na altura: é um campeonato praticamente decidido. Agora com 34 pontos de diferença, apesar da recuperação de Sebastian Vettel do último lugar até à quarta posição, não se vislumbram acidentes ou retiradas para Lewis Hamilton, praticamente o único piloto que ainda não sofreu acidentes ou problemas mecânicos. Nesta altura, a cinco corridas do fim, Hamilton poderá ser campeão do mundo em Interlagos. E torcer para que Vettel tenha outro azar para que tudo aconteça mais cedo.

Formula E: Haryanto fez a sua experiência

Rio Haryanto tem andado calmo desde que saiu da Manor no verão do ano passado. Pois bem, ele voltou a um monolugar, neste caso um Formula E. O piloto indonésio esteve hoje em Valencia, a convite de Alejandro Agag, ele que esteve na equipa Arden em 2013, ao serviço da GP2. Haryanto deu 30 voltas ao Circuito Ricardo Tormo numa versão melhorada do Spark SRT 01F, o monoposto que a competição de monolugares elétricos utilizou na sua primeira época, com 200 kW de potência, que tinha um motor McLaren e uma caixa de cinco velocidades Hewland. 

Depois deste teste, deixou as suas impressões sobre a condução neste tipo de monolugar.

Com este carro é difícil fazer funcionar os travões. Subitamente chega-se a um ponto onde a traseira parece começar a aquecer após três ou quatro voltas. É interessante ver como o equilíbrio se altera de volta para volta. É mesmo um desafio. Não é um carro de corrida, mas pelo menos percebi como funciona. Foi agradável rodar hoje. Foram dois turnos suaves, sem erros, e pude fazer as voltas que consegui”, comentou.

Apesar de tudo, não se sabe se ele terá planos para guiar estes monopostos no futuro, pois desde que saiu da Manor, em agosto de 2016, tem estado inativo, apesar dos treinos constantes com kartings no seu país natal.


WRC: Bloqueios de estrada perturbam reconhecimentos na Catalunha

A situação na Catalunha precipita-se, a cada momento que passa. Depois do referendo independentista, e dos confrontos nas ruas de Barcelona, hoje é dia de greve geral, e isso afeta as coisas naquela região de Espanha. Uma declaração unilateral de independência é esperada a qualquer momento desta semana, e dezenas de estradas foram bloqueadas na região por camiões e outros veículos. 

E isso está também a afetar o Rali da Catalunha, prova a contar para o WRC. Esta terça-feira deveriam acontecer os reconhecimentos, mas há concorrentes que estão a ver estradas bloqueadas, como sinal de que estão a aderir à greve. A foto que ilustra este post foi tirada do Twitter do mexicano Benito Guerra. Para além disso, por causa da greve geral de hoje, alguns jornalistas presentes na Catalunha afirmam que a Secretaria do rali não está a trabalhar, não podendo os jornalistas obter nem acreditações, nem receber outras informações.

Apesar dos receios sobre manifestações que possam perturbar o rali, que começa na quinta-feira, Amám Barfull, diretor desportivo do RACC, garantiu que o rali não sofreria nada com isto. O certo é que neste momento, os eventos politicos começam a perturbar a manifestação desportiva, quer queiram, quer não... 


Noticias: Kubica vai fazer um teste com a Williams

Robert Kubica vai fazer um teste com um Williams de 2014 para saber qual deles é que estará mais capaz de tentar a sua sorte na categoria máxima do automobilismo. O teste irá acontecer a 11 de outubro, em Silverstone, e vai ser o quarto teste que o piloto polaco de 32 anos irá fazer este ano com um Formula 1, depois de ter efetuado três testes com o Renault. Dois com o chassis de 2012, em Valencia e Paul Ricard, e um com o carro de 2017, no Hungaroring, no dia a seguir ao GP húngaro.

Este ensaio vai acontecer um dia depois de Paul di Resta fazer o mesmo com o carro de 2014. Será uma espécie de "shoot out", mas desse ensaio de ambos os pilotos poderá fazer com que a equipa chegue a uma conclusão para saber se ambos poderão ser capazes de fazer novo ensaio com um carro mais atual, neste caso, com um carro de 2017.

Contudo, tudo isto poderá ser uma inutilidade. Felipe Massa está a fazer "lobby" para que fique por mais uma temporada, tentando colocar os engenheiros da equipa a seu favor, usando um pouco o seu estatuto de veterano. E ainda temos o factor Pascal Wehrlein, que Toto Wolff deseja o colocar por ali, por causa dos motores Mercedes. Contudo, isso entra em colisão com o patrocinador, que quer um piloto mais velho (acima dos 25 anos) na equipa, porque o outro piloto, Lance Stroll, tem apenas 18...

Em suma, numa temporada em que tudo poderá ficar calmo, o segundo lugar da Williams tornou-se num assento muito quente.




segunda-feira, 2 de outubro de 2017

As movimentações da Formula E

A Formula E começa nova temporada em dezembro, nas ruas de Hong Kong, e esta segunda-feira começou no circuito Ricardo Tormo, em Valência, os testes de pré-temporada da competição. Os carros vão ser os mesmos por mais uma temporada, pois em 2018-19, existirão grandes novidades em relação aos chassis e às corridas. Primeiro, para além de um chassis diferente, feito pela Spark, os carros agora terão de ter baterias que durem toda uma corrida, em vez de as trocar a meio da prova, como tem vindo a acontecer até aqui.

Há novidades. Algumas já foram ditas por aqui, como a Audi, campeã do mundo com Lucas di Grassi, agora assumir a tempo inteiro os destinos da equipa Abt, ao lado de Daniel Abt. Outras também já foram ditas, como a troca de Nelson Piquet Jr. da Nextev (agora chamada de NIO) para a Jaguar. Para o seu lugar vai o italiano Luca Fillipi, que vai correr ao lado de Oliver Turvey.

Na Dragon Racing - que voltou depois da retirada da Faraday Future - Jerôme D'Ambrosio vai ter agora a companhia do suíço Neel Jani, ele que é piloto da Porsche na Endurance. Já na Virgin, Alex Lynn vai fazer companhia a Sam Bird, já que José Maria Lopez vai à sua vida, noutra categoria. E a Techeetah vai ter a companhia de outro alemão, André Lotterer, ao lado de Jean-Eric Vergne, numa equipa que teve bons resultados na temporada passada. Na Andretti, que tem uma parceria com a BMW, tudo na mesma: o português António Félix da Costa terá a companhia do holandês Robin Frijns.

Ainda falta saber qual será a dupla da Venturi, mas na Mahindra, mantêm-se tudo na mesma, com o sueco Felix Rosenqvist a fazer companhia a Nick Heidfeld, e esperando-se que melhorem as performances da temporada passada, onde foram a terceira melhor equipa do campeonato, depois da e.dams e da Abt-Audi.

Uma confusão catalã à vista

Este domingo houve um referendo na Catalunha que, não tendo nada a ver com o desporto, tem mais consequências do que poderemos imaginar. Todos viram que nas últimas semanas, houve um conflito entre o governo central de Madrid, que tenta a todo o custo manter a unidade nacional, e o governo autonómico da Catalunha, que se rebelou, fazendo um referendo do qual segundo os últimos resultados, foi aprovado por 90 por cento dos votos, apesar das tentativas da policia de impedir a votação, com a policia nas ruas a espancar manifestantes. No final, 850 pessoas ficaram feridas.

O desfecho é incerto. De uma certa forma, o que aconteceu este domingo é o final de um capitulo, não o final deste problema. É que tudo está incerto. Uma das hipóteses é uma Declaração Unilateral de Independência (DUI), que poderá acontecer nos próximos dias, a começar na terça-feira. De uma certa forma, isso poderá acitar ainda mais os ânimos, levando a coisas como a presença do exército nas ruas, uma consequência da aplicação do artigo 155, que é o da suspensão da autonomia catalã.

E isso é um problema, daí entrar o aspecto desportivo (e automobilístico da coisa). É verdade que o FC Barcelona, um dos clubes mais poderosos da Europa, poderá desintegrar o campeonato espanhol, caso decida sair, acompanhado por Español e Girona, outros clubes catalães na I Liga. Mas no automobilismo, a Catalunha é um elemento importante, por várias razões.

Primeiro que tudo, o Rali da Catalunha, que se vai disputar no fim de semana de entre 6 e 8 de outubro, dentro de uma semana. É verdade que a corrida está concentrada noutra cidade, em Salou, não muito longe da capital, mas os muitos milhares de espectadores que acompanharão o rali poderão fazer algo do qual possam dar nas vistas aos olhos do mundo, ou então, que a DUI aconteça na véspera ou nos dias desse rali, logo o risco de interrupções poderá ser real.

Depois disso, passamos para os desportos de pista. Montmeló situa-se nos arredores de Barcelona e é palco do GP de Espanha de Formula 1 e da Catalunha de MotoGP. É uma pista importante, do qual os testes de pré-época costumam a ser feitos por lá. Um arrastamento da situação poderá perturbar a corrida no calendário e o futuro da pista, para além de saber se quererá acolher um GP de Espanha num país, à partida... estrangeiro. Sendo assim, se por algum motivo, não se pode acolher corridas em Montmeló, tem de haver alternativas. E o único circuito espanhol que está neste momento com Grau 1 da FIA é o de Jerez, no sul do país, embora também possa acolher os testes de pré-temporada.

Contudo, nesse campo, poderão existir outras alternativas, como o regressado Paul Ricard... e Portimão, que já acolheu testes da Formula 1 em 2009. 

Em suma, o problema catalão demonstrou até que ponto o automobilismo e o motociclismo está concentrado na Catalunha. O melhor circuito está em território catalão, o rali que lhes dá cabeça de cartaz está em território catalão, é deve-se começar a pensar em alternativas, caso as coisas por lá comecem a perder o controlo. É que por estes dias, não se sabe bem como é que isto vai acabar, se algum dos lados cede ou o pior pode acontecer. É que muitos ainda se lembram da desintegração da Jugoslávia, há 16 anos...

domingo, 1 de outubro de 2017

Formula 1 2017 - Ronda 15, Malásia (Corrida)

Chegou o dia em que veremos esta corrida pela última vez. Como se sabe, há princípios, meios e fins, e ver uma pista - que até é boa, para "tilkódromo" - despedir-se do calendário da Formula 1, até ficas com um pouco de pena. Mas as circunstâncias mudam, os gostos mudam e o dinheiro, cada vez mais custoso, para manter uma corrida no calendário, falou mais alto. É verdade que no ano que vem, teremos mais corridas na Europa (bem-vindo, Paul Ricard!), mas Sepang nem era dos piores tilkódromos. Só que os piores já está fora do calendário, falidos por causa da veia caçadora de dinheiro de Bernie Ecclestone, que só lhe interessava os dólares, com os resultados que sabemos.

Havia muita expectativa sobre a corrida, especialmente sobre a possibilidade de chuva para a hora da corrida. De facto, choveu antes, e a pista ainda estava molhada na hora da partida, mas nada influiu no resultado, tanto que todos alinharam com os "supersofts", os pneus vermelhos.  

A coisa começou muito mal para a Ferrari. Minutos antes, Kimi Raikkonen tinha problemas com o Turbo e retirou-se o carro para as boxes. A volta de formação começava sem o finlandês e para a Ferrari, o pesadelo continuava. Quando começou, Lewis Hamilton manteve-se no comando, com Max Verstappen a aguentar-se dos ataques de Valtteri Bottas. Atrás, Sebastian Vettel subia para a 12ª posição e estava atrás de Fernando Alonso.

Na terceira volta, Hamilton tinha problemas na reta - tinha menos 160 cavalos por causa de um problema com as baterias - o D rating - e Verstappen passou o inglês no final da reta para ficar com a liderança. Ao mesmo tempo, Ricciardo passava Bottas e ficou com o terceiro posto, mas pouco depois, trocaram de lugar. Na volta 9, o australiano passou para o terceiro posto. Atrás, Vettel ficou congelado atrás de Alonso na porta dos pontos, e parecia que iria ficar assim por muito tempo. Mas no final da volta 9, passou Alonso e depois, Magnussen para ser nono, já na zona de pontos.

A partir da volta 12, os pilotos começaram a parar nas boxes, como Felipe Massa, e depois, Lance Stroll, todos mantendo os mesmos pneus vermelhos supermoles para correr. Depois veio o estreante Pierre Gasly, e na volta 14, Stoffel Vandoorne e Jolyon Palmer. Por esta altura, Vettel era sexto na pista, e iria tentar ficar na pista o mais tempo possível.

Enquanto tudo isto acontecia, os céus a volta de Sepang estavam a ficar ameaçadores. Mas nada iira acontecer.

A partir aqui, alguns pilotos decidiram ficar na pista por um pouco mais de tempo, como Vettel, os Mercedes, os Red Bull e Alonso. A diferença entre Hamilton e Vettel, para o campeonato, era de cerca de 23 segundos, e o alemão estava atrás do Force India de Sergio Perez, outro que não tinha parado. O alemão passou Perez na volta 23, para ser quinto, e foi atrás de Bottas. Por esta altura, alguns pilotos já se queixavam da degradação dos pneus.

Na volta 25, Ocon fez um pião e perdeu tempo depois de ter tocado no Toro Rosso de Carlos Sainz Jr quando o tentava passar. Contudo, ele continuou correr. Duas voltas depois, Hamilton foi às boxes para trocar de pneus, mudando para os "soft", e atrás, a mesma coisa acontecia a Alonso. Na volta seguinte, Verstappen e Vettel também foram às boxes trocar de pneus, e todos mantiveram os mesmos pneus vermelhos. Bottas trocou na volta 29, e ficou com o mesmo tipo de pneus que Hamilton, voltando para a pista atrás de Vettel, na sexta posição e mantendo os supersoft. Ricciardo também parou na volta 30, trocando também para os amarelos. Perez foi o último a parar, na volta 31.

Na mesma volta, Carlos Sainz tornava-se na segunda desistência da corrida, quando ficou sem motor no seu Toro Rosso. Na pista, Vettel era agora o quarto classificado, duas posições atrás de Hamilton, minimizando as perdas. A partir daqui, as coisas andaram calmas, exceptuando um ou outro incidente de corrida, como quando Alonso tentou passar Kevin Magnussen de forma musculada, dando depois razão a Nico Hulkenberg sobre a dificuldade do dinamarquês para passar (o famoso suck my balls).

Na parte final da corrida, Vettel conseguiu apanhar Ricciardo para ver se conseguia ficar com o lugar mais baixo do pódio. O alemão tentou por algumas vezes passar o australiano, mas sem efeito. Depois teve de ficar para trás para tentar arrefecer os pneus e o motor... e ficou-se por ali.

Na frente, Max Verstappen comemorava o seu aniversário (comemorado na véspera) com a sua segunda vitória na sua carreira, com Hamilton e Ricciardo a acompanhá-lo no pódio. Vettel era quarto, mais para guardar os seus pneus, mas não manchou a sua corrida de recuperação vinda do fundo do pelotão... e nos metros a seguir à corrida, o alemão toca em Lance Stroll, acabando com a suspensão quebrada! Um momento Vittorio Brambilla, digamos assim...

Contudo, apesar da recuperação de Vettel, Hamilton conseguiu ficar na frente do alemão e ganhou mais alguns pontos no campeonato. Agora, iria sair de Sepang com 34 pontos, o que continua a ser cada vez mais com a chance de ser campeão em Interlagos, e a aproveitar todas as chances onde a Ferrari não consegue aproveitar por azar ou azelhice. O tetra é cada vez mais um assunto de Hamilton. Mas na semana que vêm, temos outro clássico à vista, no Japão.