sexta-feira, 6 de outubro de 2017

WRC 2017 - Rali da Catalunha (Dia 1)

O norueguês Andreas Mikkelsen é o líder do rali da Catalunha ao fim de seis classificativas. Contudo, a diferença entre ele e o nono classificado, Stephane Lefebvre, é de um minuto e dois segundos, significando que tudo é possível neste rali disputado num dos sítios mais quentes do momento... por razões extra-automobilísticas.

O rali começou com Ott Tanak a entrar a vencer na especial de Caseres 1, batendo Thierry Neuville (Hyundai) por 2,1 segundos e Sébastien Ogier (Ford) por três segundos. Curiosamente, estes dois pilotos estão à sua frente no campeonato, e foram apenas terceiro e quinto na especial, pois Mads  Ostberg foi segundo, ficando a 1,8 segundos e Meeke cedeu 2,7 segundos para o líder, sendo quarto.

Andreas Mikkelsen foi o sexto, afirmando não ter tido problemas. “Não há uma trajectória evidente. O carro está bom”, comentou.

Na especial seguinte, na primeira passagem por Bot, Meeke foi o mais veloz, conseguindo 0,4 segundos de diferença para Tanak, enquanto que o terceiro mais rápido foi Dani Sordo, no seu Hyundai. O espanhol confessa que deu “o máximo” para não perder muito tempo em troços curtos com pneus de mistura mais dura.

Ostberg fora quarto na especial, subindo para o terceiro posto da geral, mas não estava feliz. “Estou zangado porque ainda agora comecei o rali e tenho o interior do carro cheio de pó. Deve haver um buraco muito grande. Podia ser mais rápido”, disse.

A seguir, na primeira passagem por Terra Alta (um misto de gravilha e asfalto), deu a vitória à Hyundai, através de Andreas Mikkelsen, que conseguiu ser o mais veloz nos quase 40 quilómetros (38,95) desta especial, com Mads Ostberg a ser segundo, a 2,7 segundos. 

Se o piloto da Hyundai está cada vez mais à vontade ao volante do Hyundai, afirnando: “Foi um troço limpo. Fiz algumas alterações no diferencial antes da especial e ficou melhor. Sinto-me cada vez mais em casa”, já o da Ford não estava muito feliz, por causa do pó. “É ridículo. Não vejo a estrada e o meu co-piloto tem dificuldades em falar. É difícil manter o ritmo e respirar”, afirmou.

A parte da tarde começou com as segundas passagens pelos troços da manhã, e ali foi a vez de Jari-Matti Latvala a ser o melhor, conseguindo 0,3 segundos de vantagem sobre Dani Sordo e 0,9 sobre Esapekka Lappi. Contudo, em termos de liderança, era agora Ostberg a levar a melhor, apesar das queixas sobre o pó, com 0,3 segundos de vantagem sobre o seu compatriota Mikkelsen.

Este é o caminho a seguir. Fizemos alterações no parque e percebemos que tínhamos feito algo errado durante a manhã. A tracção não era sempre boa”, afirmou um satisfeito Latvala.

Contudo, em Bot 2, Meeke volta a ganhar, com 0,8 segundos de vantagem sobre Mikkelsen e 1,3 sobre Sordo, fazerndo com que o norueguês da Hyundai ficasse com a liderança do rali, embora todos muito próximos uns dos outros. E por fim, em Terra Alta 2, Ogier aproveitou a extensão da classificativa para ser o melhor, 0,8 segundos na frente de Kris Meeke e três sobre Neuville.

Mas no final houve uma grande baixa: Latvala teve problemas mecânicos e acabou por abandonar o rali.

No final do dia. Mikkelsen tem uma vantagem de 1,4 segundos sobre Sebastien Ogier, no seu Ford, e de três segundos sobre o Citroen de Kris Meeke. Ott Tanak era quarto, a 6,3 segundos, no seu Ford, na frente de Mads Ostberg, a 7,1 segundos. Dani Sordo é o sexto, a 10,8 segundos, seguido do seu companheiro de equipa, Thierery Neuville. Juho Hanninen era o oitavo, a 33 segundos, e a fechar o "top ten" estão o Citroen de Stephane Lefebvre e o Toyota de Esapekka Lappi.

O rali da Catalunha prossegue amanhã, com a realização de mais sete especiais de classificação.

Sem comentários: