sábado, 20 de setembro de 2025

A imagem do dia





No sábado, 20 de setembro, Juan Pablo Montoya tornou-se "cinquentão". O piloto colombiano, um dos mais velozes e mais excitantes do seu tempo, nas suas passagens pela Williams e McLaren, entre 2001 e 2006 - uma carreira notavelmente curta na Formula 1. Diz-se isso, comparado com a NASCAR e IndyCar, onde ganhou em 1999, empatado em pontos com Dario Franchitti, mas como tinha mais vitórias, ficou com o ceptro. 

Conhecido pela sua condução espetacular, encantando e ganhando muitos fãs, a sua inconsistência e a sua impaciência impediu que alcançasse o título na categoria máxima do automobilismo, especialmente em 2003, quando tinha tudo para poder bater Michael Schumacher na luta por esse título. Mas também foi nesse ano que ganhou nas ruas do Mónaco, ele que ganhou por duas ocasiões nas 500 Milhas de Indianápolis, em 2000 e 2015 - a maior diferença de anos entre vitórias.

E hoje, falo sobre as 500 Milhas do ano 2000. E como isto levou a Chip Ganassi a trocar de lado.

Quem conhece a história, sabe que desde 1996 que acontecia uma cisão entre CART e a IRL. Se grande parte das equipas estavam na primeira, na segunda, eles tinham a corrida mais importante do ano: a Indy 500. É por causa disso que as grandes equipas de então - Chip Ganassi, Penske, Newman-Haas, entre outros - estavam na CART. 

Mas a Chip Ganassi decidiu tentar a sua sorte na série mais "pequena". Afinal de contas, eles tinham a melhor corrida. Que não diminuía o seu interesse, mesmo sem os principais pilotos. Ainda por cima, eles tinham o campeão de 1999, o colombiano Montoya. 

Ele era mesmo veloz: campeão da Formula 3000 em 1998, no ano seguinte, tinha triunfado na sua primeira temporada, apesar de ter igualado com Dário Franchitti no campeonato, ganhando porque tinha mais vitórias (sete contra três do escocês). 

A entrada da Chip Ganassi na Indy 500 foi bem recebida no pelotão da IRL, apesar de ser um "one-off". Montoya e Jimmy Vasser, campeão da CART em 1996, eram considerados entre os favoritos, numa edição com duas mulheres no pelotão: as americanas Lyn St. James e Sarah Fisher. Contudo, o "poleman" foi Greg Ray, relegando Montoya para o segundo lugar, enquanto Vasser foi sétimo. 

O dia da corrida foi bem comprido. Chovera durante boa parte do dia, e a pista estava molhada na hora em que a corrida deveria começar. Montoya e Vasser tinham estado, 24 horas antes, em Nazareth. para correrem pela CART, numa corrida que tinha sido adiada - deveria ter corrido em abril, mas foi adiada devido à queda de neve naquele final de semana. 

Quando Mari Hulman George deu a famosa ordem "Drivers, Start Your Engines!", eram duas da tarde, e pouco depois, a corrida começou. Ray liderou nas 27 primeiras voltas, com Montoya logo atrás, até ao momento em que ambos chegaram perto de um grupo de pilotos atrasados. Ray hesitou, mas Montoya não, e passou para a frente. Seis voltas depois, ele e Ray pararam nas boxes e a Chip Ganassi conseguiu fazer uma paragem mais rápida, mantendo o colombiano na liderança.

Sem bandeiras amarelas, a liderança aumentou para 21 segundos sobre o segundo, mostrando ter controlo da situação. Apenas na volta 66, quando Ray tocou o carro no muro da curva 2, por causa de um golpe de vento, é que houve as primeiras bandeiras amarelas da corrida.

O recomeço durou pouco tempo: nos primeiros metros, Lyn St. James bateu no muro da curva 1 e leva com ela a outra mulher-piloto, Sarah Fisher. Mas na frente, Montoya mantinha tudo sob controle, ao ponto de, por alturas do meio da corrida, ter cinco segundos de vantagem sobre Vasser. 

Duas bandeiras amarelas, nas voltas 143 e 158, este último por causa do acidente de Sam Hornish Jr., não intimidaram Montoya que, apesar de uma tentativa por parte de Buddy Lazier, manteve o comando da corrida. Apenas perdeu na volta 174, quando foi às boxes para o reabastecimento final, mas regressou cinco voltas depois, para ir até à meta como vencedor, numa das demonstrações de condução mais dominadoras da história da competição. Apesar de ter ganho com sete segundos de diferença sobre Lazier, ninguém teve dúvidas quem tinha sido o piloto daquela tarde no "Brickyard". 

Para além disso, aquele domínio da Chip Ganassi naquela tarde demonstrou o inicio de uma migração das principais equipas da CART para a IRL. Em 2001, ano em que Montoya se estreava na Formula 1 com algum estrondo, Penske e Green estavam presentes, e em 2004, com a falência da entidade que geria a CART, todos os que podiam, foram para a IRL para poderem correr na maior corrida de automobilismo da América, a par da Datyona 500.

Montoya iria regressar 14 anos depois ao Brickyard... para ganhar em 2015. 

Feliz Aniversário, Juan Pablo Montoya!

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

CPR (II): Meeke quer fechar o título em Chaves


A Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal parte para esta penúltima jornada com a ambição clara de celebrar já em Chaves-Verín a conquista do título nacional, coroando uma época de domínio no automobilismo português, com Kris Meeke ao volante e Stuart Loudon a navegar. A dupla britânica chega a esta jornada transfronteiriça após conquistar quatro triunfos na presente época, incluindo a recente vitória na Madeira, e o seu estado de espírito é de cautela, mas também de otimismo.

Temos tido uma época excepcional, o carro tem estado incrível e a performance foi sempre muito forte em todas as provas”, sublinhou Meeke. “A minha abordagem será a mesma de sempre – disputar este rali como qualquer outro. Vamos encarar Chaves com otimismo.”, continuou.

O líder do campeonato identifica os principais adversários para esta jornada: “Estou à espera de uma batalha intensa, sobretudo com Dani Sordo e também com o Armindo Araújo, que costuma ser muito forte nesta zona. O tempo parece que vai estar bastante quente e seco, o que simplifica um pouco as coisas, mas também torna a luta ainda mais equilibrada porque todos conseguem ser rápidos nessas condições. A estratégia será manter um bom ritmo e, quando me sentir confortável no carro, atacar”. afirmou.


O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín realiza-se entre os dias 19 e 20 de setembro, dividindo-se por 2 Etapas com 10 Provas Especiais, num total de 115,07 km cronometrados. O percurso desenha-se nos emblemáticos troços em redor de Chaves, atravessando a fronteira para a região espanhola de Verín, num exigente percurso em asfalto que vai colocar à prova os participantes desta importante jornada para as contas do título.

Youtube Automotive Video: Tentar chegar aos 320 km/hora

Parece que chegar aos 320 km/hora (ou 200 milhas por hora, em termos americanos), não parece ser grande coisa, porque hoje em dia, temos hipercarros que alcançam isso. Mas falemos de Bonneville, e o seu lago salgado, e carros modificados numa categoria, e Nolan Sykes, um dos membros do Donut Media. É algo do qual ele deseja entrar, para poder participar numa categoria que tem recordes mais... acessíveis, digamos assim.

E no espírito de Bonneville, na semana do ano em que todos aparecem ali para tentar alcançar os seus objetivos, que se trata deste video. 

CPR: Sordo ainda acredita no título


Dani Sordo chega a Chaves com a ambição em alta para somar mais uma vitória nesta temporada, no Rali da Água Transibérico Eurocidades Chaves-Verin, nos dias 19 e 20 de setembro. O piloto espanhol, que guia neste temporada num Hyundai i20 N Rally2 chega à penúltima prova determinado em conquistar um bom resultado, de modo a concluir a época em destaque.

Este vai ser um rali bastante diferente do anterior e embora seja a minha primeira vez nesta região e com algumas classificativas a decorrerem no meu país, acredito que poderei ser suficientemente rápido para surgir na luta pelos primeiros lugares. Espero ter oportunidade de evidenciar o potencial do Hyundai i20 N Rally2, pois o meu objetivo e da equipa é terminar o campeonato em alta.”, referiu. 

O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín realiza-se entre os dias 19 e 20 de setembro, dividindo-se por 2 Etapas com 10 Provas Especiais, num total de 115,07 km cronometrados. O percurso desenha-se nos emblemáticos troços em redor de Chaves, atravessando a fronteira para a região espanhola de Verín, num exigente percurso em asfalto que vai colocar à prova os participantes desta importante jornada para as contas do título.

Os planos da Lancia no WRC2


A Lancia está bem avançada no projeto do seu Ypsilon HF Integrale para o Rally2, e em breve, conta ter o seu carro homologado pela FIA. Segundo conta a Autosprint italiana, os testes, que começaram em julho, irão entrar em "velocidade de cruzeiro" em Outubro e Novembro, por causa da nova temporada. Este carro é um novo chassis da plataforma CMP do grupo Stellantis para os carros do segmento compacto, e que começou a ser utilizada em 2019. Apesar do seu motor e caixa de velocidades virem da mesma plataforma que o Citroen C3, estes são mais evoluídos.

Eugénio Franzetti, responsável da Lancia Corse, revela o planeamento que está feito.

"O foco é sobretudo no desenvolvimento. Queremos um carro competitivo desde o início, rápido em qualquer condição e que seja a nova referência da categoria. Não queremos apressar os prazos, se conseguirmos homologar em Janeiro, a tempo do Monte Carlo, ótimo. Caso contrário será em Março, como aconteceu com o Rally4, e não será dramático. O que importa é ter um carro veloz.", referiu.

Segundo a mesma publicação italiana, a Lancia olha para o exemplo da Skoda, que desenvolveu um projeto para construir estes carros para vender chassis às dezenas, sem ter os problemas que as preparadoras tem. E também a mesma publicação afirma que o carro, depois de imensos testes ao longo deste verão, alguns deles orientados por Miki Biasion, ex-piloto da Lancia, campeão do mundo em 1988 e 1989, onde o carro já é mais veloz que os Citroen C3 Rally2, os exemplos que pretendem seguir, em pisos de terra. 

E o carro já tem outra característica interessante: um carro fácil de ser afinado por qualquer piloto mais ou menos experiente, como é o Skoda Fabia RS Rally2.

Franzetti diz também que estão à espera de saber o que serão os regulamentos para 2027 para decidir se participam ou não. Segundo ele, "o regulamento é ótimo e será perfeito se permitir que Rally1 e Rally2 coexistam e lutem pela geral”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

CPR (III): Armindo Araújo quer conseguir uma boa classificação


Com o Rali da Água/Transibérico Eurocidade Chaves-Verin, a penúltima prova do calendário de 2025, a ser disputada neste final de semana, Armindo Araújo e o seu navegador, Luís Ramalho, procuram na prova organizada pelo CAMI uma maneira de continuar na senda dos bons resultados. Afinal de contas, eles são a única dupla que pontuou em todos os ralis do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) nesta temporada.

Antes do rali, o piloto de Santo Tirso foi claro no seu objetivo nesta prova, a penultima do CPR: “Lutar pelos primeiros lugares e conseguir somar o maior número de pontos possíveis para o CPR, que entra agora na sua reta final. Somamos pontos e bons resultados em todos os ralis e queremos manter esse registo nesta prova. Estamos, como sempre, focados e motivados para continuar a dar o máximo”, afirmou o piloto, que corre no Skoda Fabia RS Rally2.

O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín realiza-se entre os dias 19 e 20 de setembro, dividindo-se por 2 Etapas com 10 Provas Especiais, num total de 115,07 km cronometrados. O percurso desenha-se nos emblemáticos troços em redor de Chaves, atravessando a fronteira para a região espanhola de Verín, num exigente percurso em asfalto que vai colocar à prova os participantes desta importante jornada para as contas do título.

Youtube Automotive Video: O carro que mudou a América está a morrer

Confesso que nestes últimos tempos não tenho ido ao Donut Media - o algoritmo não ajuda muito, também... - mas esta passada semana largaram este video bem interessante sobre o Ford Modelo T, um dos carros mais marcantes da história do automóvel, com quase 120 anos de idade - entrou em produção em 1908 - e que deu fama à Ford, por ter dado esta invenção às massas. 

Contudo, não era um carro fácil de conduzir. Uma das coisas que não dos deu foi a maneira como guiamos hoje em dia - o acelerador, o travão, a relação da caixa de velocidades, etc... - e com o tempo, desaparece a geração que guiou este carro. Hoje em dia, apenas os mais "hardcore" mantêm vivo o fascínio por este carro. 

E é isso que se vê neste episódio.  

CPR (II): Teodósio quer fazer um bom rali em Chaves


Com o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) a entrar na reta final, a dupla tricampeã nacional composta por Ricardo Teodósio e José Teixeira está pronta para enfrentar um dos momentos decisivos da temporada: o Rali da Água/Transibérico Chaves-Verin. A prova, em asfalto, promete ser exigente, tanto pelas características rápidas e técnicas dos troços como pela imprevisibilidade do clima, mas o piloto algarvio mostra-se determinado em tirar o máximo partido do seu Toyota GR Yaris Rally2.

Chegamos ao Rali da Água com grande motivação. É uma prova muito particular, com especiais rápidas, mas também traiçoeiras, sobretudo se houver chuva, como indicam as previsões para o dia de sábado. Trabalhámos bastante para encontrar a melhor afinação possível e acredito que temos argumentos para lutar pelos lugares da frente. Nesta fase da época somar pontos é importante, mas o nosso grande objetivo passar por dar uma grande alegria aos nossos fãs e lutar pela vitória numa das duas provas que faltam disputar. Vamos dar tudo em cada quilómetro.”, sublinhou Ricardo Teodósio.

Já o seu navegador, José Teixeira, destaca o espírito positivo da equipa e a importância desta penúltima ronda:

Sentimos que a evolução ao longo do ano tem sido consistente e isso dá-nos confiança para encarar este desafio. O Rali da Água é sempre imprevisível, mas também muito entusiasmante. A equipa está muito motivada, temos o apoio de todos os que estão connosco, e o objetivo é sair daqui com um resultado que anime todos aqueles que nunca deixaram de acreditar em nós”, declarou.

O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín realiza-se entre os dias 19 e 20 de setembro, dividindo-se por 2 Etapas com 10 Provas Especiais, num total de 115,07 km cronometrados. O percurso desenha-se nos emblemáticos troços em redor de Chaves, atravessando a fronteira para a região espanhola de Verín, num exigente percurso em asfalto que vai colocar à prova os participantes desta importante jornada para as contas do título.

CPR: Ruben Rodrigues confiante para Chaves


Nas vésperas do Rali da Água/Transibérico Chaves-Verin, Rúben Rodrigues, acompanhado pelo seu navegador, Rui Raimundo, preparam-se para este rali sendo cada vez mais eficazes aos comandos do Toyota GR Yaris Rally2. O piloto açoriano sublinha a evolução da equipa e a crescente confiança no desempenho, esperando interferir cada vez mais entre os primeiros nesta prova, a contar para o CPR, Campeonato de Portugal de Ralis.

Vamos melhorando prova a prova e, na verdade, estamos cada vez mais confiantes e competitivos”, começou por afirmar. “Queremos alcançar um resultado melhor do que o que alcançámos na Madeira.", continuou. “Cada vez mais temos melhores afinações no carro, o que me deixa bastante contente e confiante”, acrescentou. 

Rodrigues fez questão de agradecer o apoio fundamental dos patrocinadores na realização desta temporada. “Quero deixar um agradecimento especial a todos os nossos patrocinadores e à nossa equipa, que nos dão a motivação necessária para alcançar os nossos objetivos”, concluiu.

O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín realiza-se entre os dias 19 e 20 de setembro, dividindo-se por 2 Etapas com 10 Provas Especiais, num total de 115,07 km cronometrados. O percurso desenha-se nos emblemáticos troços em redor de Chaves, atravessando a fronteira para a região espanhola de Verín, num exigente percurso em asfalto que vai colocar à prova os participantes desta importante jornada para as contas do título. Serão dois dias intensos onde não serão admitidos erros. 

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A imagem do dia





Muitos afirmam que Damon Hill, que faz hoje 65 anos, e filho de Graham Hill, não merecia sequer estar na Formula 1, e que tudo o que alcançou foi porque estava no lugar certo, a nacionalidade certa, na hora certa. O problema é quem, não sendo sensacional, não era um zero à esquerda em termos de competição. Ele apenas chegou à Formula 1 aos 31 anos, para fazer algumas corridas na Brabham, no seu estertor final, em 1992, antes de terem dado a chance de correr na Williams em 1993, ao lado de Alain Prost, e depois do francês ter vetado a contratação de Ayrton Senna

Mas creio que isso é injusto, porque apesar do carro que tinha, a sua temporada de estreia na Williams foi das melhores de um piloto de Formula 1, igualado, talvez, por Jacques Villeneuve e apenas superado por Lewis Hamilton, em 2007, que - recorde-se - também tinha uma máquina vencedora. E quem assistiu a essa temporada, lembra-se como ele mostrou que era mais que uma peça de decoração, especialmente a meio do ano.

Muitos afirmam - com alguma razão - que o quarto título mundial de Alain Prost foi "burocrático". Quem conhece a história da Formula 1, comparo-o com o segundo título de Niki Lauda, na Ferrari, em 1977,  em que conseguiu o título mais rapidamente possível para na primeira oportunidade, assinar pela Brabham e ir embora. Com Ayrton Senna a lutar contra um bom carro, mas com um motor-cliente, da Ford, e um Michael Schumacher ainda a dar os seus primeiros passos, Hill mostrou que não era só um ator secundário, filho de Graham e que tinha chegado muito tarde à Formula 1 para mostrar alguma coisa. 

E a melhor maneira de mostrar algo foi depois do GP do Canadá, onde acabou em terceiro. Em Magny-Cours, conseguiu interferir-se entre os primeiros e alcançou a sua primeira pole-position da sua carreira, para depois acabar no segundo lugar, o seu quinto pódio até então. 

Em Silverstone, no fim de semana do GP da Grã-Bretanha, Hill disputou verdadeiramente pela primeira posição até ao último instante com Prost e acabou por perder no último momento para o francês, com um tempo 128 centésimos mais rápido que o dele. Na partida, ele conseguiu ser mais hábil que Prost e ficou com o comando, beneficiando também da excelente arrancada de Senna, que ficou com o segundo lugar, e distanciar-se do resto do pelotão. Hill parecia ir a caminho de uma vitória quando o seu motor explodiu na volta 41, ficando todos no circuito desiludidos. Afinal de contas, o pai nunca ganhou o GP britânico... 

Em Hockenheim, pal co do GP da Alemanha, Hill foi mais uma vez batido por Prost, mas mais uma vez, largou melhor e ficou com o comando até à volta sete, quando foi passado por Prost. Mas acabou por beneficiar de uma penalização de dez segundos que Prost teve de cumprir porque passara direito por uma chicane, para evitar bater no Ligier de Martin Brundle. A partir dali, Hill ficou na frente, enquanto o francês tentava recuperar o tempo perdido, mesmo com um Senna que dificultou a sua vida antes de ele conseguir passar. 

A duas voltas do final, Hill tinha oito segundos de vantagem para Prost, e tudo indicava que ele iria, por fim, ser o primeiro filho de piloto campeão a ganhar uma corrida, mas sem ele saber, um dos pneus, o traseiro esquerdo, começou a delaminar e furar. Ele tentou levar o carro até as boxes, para trocar o pneu danificado, mas na entrada, o carro despistou-se e ficou parado, para enorme frustração de todos que o queriam ver vencer. 

Em contraste, viram Alain Prost a conseguir aquilo que iria ser a sua 51ª vitória na Formula 1, onde na corrida anterior, tinham visto ele a ser o primeiro piloto a passar dos 50 triunfos na sua carreira - em 2025, Prost é o quinto piloto mais vencedor. 

Contudo, depois destas frustrações, Hill acabaria por conseguir o seu primeiro triunfo na Hungria, com Prost a ter problemas com a sua asa traseira, acabando na 12ª posição. Um triunfo bem celebrado por muitos e, o primeiro de três vitórias nessa temporada, acabando na terceira posição. Nada mau para um estreante, mas como alguém costuma afirmar: só fez a sua obrigação. 

Mesmo assim, feliz aniversário, Damon! E que faça muitos mais.

Youtube Automotive Video: As origens dos logotipos das marcas de automóveis

Algumas vez quiseste saber a origem dos logotipos das marcas de automóvel que mais conheces e gostas? Pois bem, este video dá-te esta chance! Com James Pumpfrey a apresentar, aqui pode-se ver as origens não só das marcas que mais conheces, como também tem as mais exóticas e mais desconhecidas. E todas divididas em categorias e tudo! 

CPR: José Pedro Fontes quer ser feliz em Chaves


José Pedro Fontes e a sua navegadora, Inês Fonte, chegam a Chaves com a moral em alta. Depois de um pódio na Madeira, o piloto do Citroen C3 Rally2 parte para o ali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín com esperanças de repetir o resultado, para assim poder lutar pelos primeiros lugares do campeonato - ele agora é quinto na geral, a dois ralis do final do campeonato. 

Chegamos a Chaves e Verín com motivação extra. O pódio na Madeira deu-nos confiança e mostrou que temos ritmo para lutar pelos primeiros lugares. Foi um prémio para toda a equipa, que tem trabalhado arduamente para chegar ao topo. Tínhamos a certeza que seria apenas uma questão de tempo até regressarmos aos pódios. Agora, teremos pela frente uma prova muito exigente, mas queremos estar novamente na discussão pela vitória. O público transfronteiriço é sempre fantástico e queremos dar-lhes um grande espetáculo.”, afirmou.

O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín realiza-se entre os dias 19 e 20 de setembro, dividindo-se por 2 Etapas com 10 Provas Especiais, num total de 115,07 km cronometrados. O percurso desenha-se nos emblemáticos troços em redor de Chaves, atravessando a fronteira para a região espanhola de Verín, num exigente percurso em asfalto que vai colocar à prova os participantes desta importante jornada para as contas do título.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

CPR: Cinquenta inscritos para o Rali da Água


O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín, que se realizará nos dias 19 e 20 de setembro, terá cinquenta carros inscritos para uma prova que contará não só para o Campeonato Portugal de Ralis – CPR, como também para o Campeonato Portugal de Ralis 2RM, Taça Portugal Clássicos de Ralis, Taça Portugal Clássicos de Ralis 2RM, Taça Portugal GT Ralis, Campeonato Portugal Junior de Ralis, FPAK Júnior Team de Ralis, Campeonato Promo de Ralis, Campeonato Portugal de Masters de Ralis, Challenge R5 - S2000, Clio Trophy Portugal e Peugeot Rally Cup Portugal.

Confirmados neste rali estão os principais candidatos ao título, como Kris Meeke, Dani Sordo, Armindo Araújo, Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes, como também outros pilotos: Ruben Rodrigues, Ernesto Cunha, Pedro Meireles e Hugo Lopes, entre outros, espalhados pelos diferentes troféus. 

O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín terá dez especiais, todos em asfalto, que serão percorridos entre sexta e sábado, num total de 11,3 quilómetros cronometrados, é organizado pelo CAMI Motorsport e conta com o importante apoio dos municípios de Chaves e Verín (Galiza, Espanha), bem como da Escuderia de Ourense e da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) e, como Media Partner, da CNN Portugal.

Youtube Automotive Video: Como as marcas conseguiram o seu nome?

Já alguma vez pensaram como surgiu o nome da tua marca favorita? É que nem todos vieram do último nome do seu fundador, como Ford, Ferrari, Dodge, Renault e outros. Algumas marcas surgiram porque foi inventado, ou porque decidiram juntar números e letras, e homenagearam cidades. 

Então, se estás curioso como surgiram, perde aqui alguns minutos com o James Pumpfrey, que te dá uma boa aula de história do automóvel. Acho que vais gostar.  

WEC: McLaren confirmará os seus pilotos em breve


A McLaren confirmará em breve os seus pilotos para a sua aventura no Mundial de Endurance, e não excluirá os seus pilotos de Formula 1 de participarem nas 24 Horas de Le Mans. Zak Brown esteve neste final de semana nas 4 Horas de Silverstone e afirmou, em declarações à ELMS TV, que a equipa já assinou com dois pilotos e espera ter um carro vencedor para os títulos e as corridas que interessam no Mundial.

Queremos experiência, com certeza, mas [uma mistura de] juventude e experiência”, começou por dizer Brown. “Temos alguns pilotos contratados que ainda não anunciámos, e estamos próximos dos outros. Penso que vamos adotar uma fórmula de dois pilotos em cada carro e um terceiro para Le Mans, Qatar e talvez o suplente." continuou.

Observando e falando com os pilotos sobre a maioria das corridas, que são mais curtas, sentimos que uma dupla de pilotos é o caminho a seguir. Obviamente, não é o caso em Le Mans, o Qatar tem 10 horas, mas nas outras corridas pode ver-nos com uma dupla de pilotos”.

Brown deu a entender que os pilotos de Fórmula 1 da McLaren, Oscar Piastri e Lando Norris, poderiam correr num Hypercar, nas 24 horas de Le Mans, num futuro próximo. "Falei com o Lando e o Oscar sobre isso, e eles disseram que adorariam correr em Le Mans. Fixe, não é? Acho que toda esta convergência no desporto automóvel é ótima", disse.

No domingo, voltou a falar sobre o desejo de correr com a McLaren em Hypercar, especificamente num terceiro carro em La Sarthe, afirmando que, "no futuro, será definitivamente uma opção".

A McLaren competirá no Mundial de Endurance a partir de 2026, em associação com a United Autosports, equipa fundada e co-dirigida por Brown. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A imagem do dia







Sabem quando foi a última vez que tivemos um piloto campeão do mundo de ralis onde não participou em todas as provas? Em 1993, com Juha Kankkuen, a bordo do seu Toyota Celica Turbo 4WD. Como existia um limite de participações nos regulamentos, o finlandês participou em 10 dos 13 ralis que aconteceram nesse campeonato. E ainda deitou fora um resultado, um quinto lugar no rali de Monte Carlo. Ou seja, só contavam os nove melhores resultados, e quem conseguia as melhores classificações, seria campeão. 

Contudo, 32 anos depois, os regulamentos permitem que todos pontuem em todos os ralis do campeonato, mas o atual líder, Sebastien Ogier, apenas pontuou em... oito dos 11 feitos nesta temporada. A três ralis do final do campeonato, ele tem 224 pontos, mais dois que Elfyn Evans, seu companheiro de equipa. E o mais sensacional, no caso de Ogier, são algumas coisas: todos os resultados da temporada são pódios, incluindo cinco vitórias, ele tem 41 anos e nem tinha qualquer intenção de atacar o que poderá ser o seu nono campeonato, igualando Sebastien Loeb na lista de pilotos com mais campeonatos.

Ainda por cima, ele compete a tempo parcial desde 2022, quando tentou a sua sorte na Endurance, incluindo as 24 Horas de Le Mans, onde conseguiu um resultado relativamente modesto.

Mas, mais que ver um líder a tempo inteiro, é ver que este é um campeonato bem competitivo, um dos mais competitivos dos últimos anos. E não é um duelo entre um e outro piloto, não. É que temos quatro pilotos que, tecnicamente, podem alcançar o título: Ogier, Evans, o finlandês Kalle Rovanpera (203 pontos), o estónio Ott Tanak (181 pontos), e mais distante, mas matematicamente possível, o belga Thierry Neuville (166 pontos). São três pilotos da Toyota, dois da Hyundai.

E provavelmente, muitos podem nem saber que isto está a acontecer. 

Bem sei que o Mundial de Ralis é diferente da Formula 1, IndyCar Series, ou até a Formula E, mas neste momento, em que o calendário está a ser alargado - poderá ser adicionado com ralis nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Indonésia, e eles não esquecem da China - a competição vive uma era de crise e mudança. A FIA tomou as rédeas da promoção do espetáculo, que era da Red Bull Media, e procura outro promotor, irá haver uma nova mudança de regulamentos a partir de 2027, e o que se fala é na contenção de custos, com os carros de ralis a não custarem mais que 450 mil euros.

Para terem uma ideia: ter um Rally1 vale 1,1 milhões de euros, um Rally2 são cerca de 200 mil, conforme a marca. 

Há mais marcas a correr no Rally2 - Skoda e Citroen tem os seus carros - que no Rally1, com duas marcas, e mais uma preparadora, a M-Sport, que adapta os Ford Puma Rally1, e está sub-financada. Numa era onde todos os grandes grupos de automóveis estão a escolher as suas marcas para cada categoria, com a Formula 1, a classe Hypercar do Mundial de Endurance e a Formula E cheia de marcas, ver o WRC só com três marcas, em contraste com os anos 80 e 90, onde era normal ter quatro, cinco ou até seis marcas a competirem, entende-se a escassez e onde está realmente a competividade. Os Rally1 são rápidos, mas caros e complexos.

É mais fácil ter e manter carros de Rally2, por vezes, por mais de um ano - os vários campeonatos nacionais estão cheios de carros dessa categoria - pode-se imaginar que o futuro passará por aí. Já foi anunciado que a Lancia, marca do Grupo Stellantis, regressará a um local onde foi muito feliz nos últimos 50 anos, desde o Stratos até ao Delta, onde foi campeão por oito vezes, mas o seu último título foi conquistado em 1992. E há noticias de que alguns preparadores poderão estar interessados em construir alguns carros nessa nova categoria, representando marcas novas, mas estão à espera de saber como serão esses novos regulamentos.

No final do dia, se formos pensar bem, o WRC está numa encruzilhada. Teve muito prestigio no passado e é muito competitivo, com interessados em receber a competição, dos quatro cantos do mundo, mas tem um grande problema: como irei mostrar este produto e cativar os potenciais fãs, da mesma maneira como a Formula 1 cativa novos fãs? Onde andará o nosso "Drive to Survive"? Quem fará um filme, ou documentário, sobre o WRC? 

E tudo isto acontece quando as estrelas se convergiram e estão a dar o mais competitivo final em décadas.   

Rumor do Dia: Drugovich poderá rumar para a Formula E


O brasileiro Felipe Drugovich poderá ser anunciado como piloto da Andretti na Formula E. Segundo conta o site The Race, espera-se que o piloto brasileiro, agora piloto de reserva da Aston Martin, se junte à Andretti para a temporada 2025-2026, com o anúncio oficial a ser feito esta semana.

Apesar de ter feito participações em treinos livres e testes, Drugovich nunca teve uma chance de correr um Grande Prémio. A sua oportunidade mais próxima de se estrear em corrida foi no início da temporada de 2023 e no Grande Prémio do Canadá deste ano, quando houve dúvidas sobre a condição física de Lance Stroll, que acabou por recuperar.

Caso aconteça, não será uma estreia em absoluto: já participou num teste de “rookies” pela Maserati em 2023 e fez a sua estreia em corridas pela Mahindra em Berlim, na temporada 2024-25, terminando em 17.º na primeira corrida e em sétimo lugar na segunda, conseguindo seis pontos. Depois disso, Drugovich expressou o seu respeito pelos pilotos da categoria, destacando a complexidade das corridas. 

Caso decida ir para a competição elétrica, o contrato que tem pela sua frente inclui também uma opção de participação na era Gen4 — que começa a partir da temporada 2026/27, onde a equipa trocará a sua unidade de energia da Porsche para a Nissan.  

Formula E: DS anuncia a sua nova dupla


A DS Penske anunciou a sua nova dupla para a nova temporada, com a contratação do britânico Taylor Barnard, vindo da McLaren. O piloto de 21 anos, um prodígio no automobilismo, terá à sua disposição um carro ultracompetitivo e terá a missão de destacar a tecnologia elétrica da DS Automobiles nos circuitos de Fórmula E, em todo o mundo.

Barnard estará no lugar de Jean-Eric Vergne, que aos 35 anos e três temporadas na equipa, decidiu seguir por um caminho diferente, depois de uma vitória e oito pódios com a DS Penske. Mas para além disso, também significa o final de uma parceria que durou oito anos entre ele e a DS Automobiles, que lhe deu dois títulos mundiais de Construtores, um de pilotos, seis vitórias, 25 pódios e 11 pole positions. O piloto francês poderá estar a caminho da Citroen, mas ainda não está confirmado.

Eugenio Franzetti, Diretor da DS Performance, falou sobre os seus pilotos: 

"Estamos muito felizes por receber o jovem prodígio da Fórmula E na nossa equipa. A sua juventude, talento e motivação serão qualidades essenciais para ajudá-lo a conquistar alguns pódios e a integrar-se entre os líderes desta nova temporada que está prestes a começar. Tenho a certeza de que ele formará uma ótima equipa com o Max e será capaz de tirar o máximo proveito do nosso DS E-TENSE FE25. Ao mesmo tempo, quero agradecer ao único Bicampeão da Fórmula E, com quem foi um prazer absoluto trabalhar ao longo de oito temporadas. O conhecimento e o empenho do Jean-Éric contribuíram, enormemente, para tudo o que alcançámos como marca. Esta colaboração incrivelmente produtiva entre o JEV e a DS Automobiles terá, certamente, escrito um capítulo importante na história da Fórmula E."

Já Taylor Barnard está feliz com a nova aventura: "Estou muito feliz por me juntar à DS Penske para a Temporada 12. A equipa tem uma sólida experiência na Fórmula E, pelo que mal posso esperar para trabalhar ao lado do Max para partirmos para a conquista dos melhores resultados. A Fórmula E é uma competição única e sinto-me pronto para continuar nesta trajetória que iniciei e lutar nos lugares da frente.", afirmou.

Maximilian Günther: "Estou entusiasmado por começar a minha segunda temporada como piloto da DS Penske. Houve muitos pontos altos na nossa primeira temporada juntos, que foi caracterizada pela qualidade e por desempenhos fortes. Agono, estou muito ansioso por desenvolver essa base na nossa segunda temporada. Ter o Taylor como meu novo colega de equipa é fantástico; é um piloto brilhante e uma excelente adição à nossa equipa. Há um espírito incrível em toda a equipa e mal posso esperar para começar a nova temporada!"

Os testes oficiais da Temporada 12 realizar-se-ão em Valência, Espanha, entre os dias 27 e 31 de outubro, antecedendo a primeira corrida de uma nova época que terá início em São Paulo, no Brasil, no dia 6 de dezembro.

domingo, 14 de setembro de 2025

A(s) image(ns) do dia







Há 45 anos, o GP de Itália era, pela primeira e única vez - escrevo isto em 2025 - a acontecer em Imola. Monza existia desde 1922, e tinha sido construído especialmente para receber o GP de Itália, e por algumas vezes na sua história, isso não aconteceu. No final da II Guerra Mundial, como a pista tinha sido bombardeada pelos Aliados, as corridas de 1946 e 47 aconteceram em pistas urbanas em Milão, e agora, em 1980, aconteceu porque a pista estava em obras de remodelação - curiosamente, as obras estavam prontas, mas entretanto, o contrato tinha sido assinado e resolveram cumpri-lo.

Era algo que se esperava desde há algum tempo, tanto que no ano anterior, tinha sido feito uma corrida extra-campeonato, o Dino Ferrari Grand Prix, ganho por Niki Lauda, num Brabham - a ultima corrida do austríaco antes de se retirar, no Canadá.

Um ano depois da estreia do seu carro, o BT49, a Brabham cavalgava nas primeira posições com o mesmo chassis, mas com Nelson Piquet ao volante. E ele vinha de uma vitória na corrida anterior, em Zandvoort, e chegava a Imola dois pontos atrás do líder, Alan Jones. Logo, era um dos favoritos à vitória, apesar de, na qualificação, ter conseguido o quinto melhor tempo. 

Três lugares mais abaixo estava Gilles Villeneuve, no seu Ferrari, num dos poucos bons momentos da temporada. Aliás, 1980 estava a ser um inferno para a Scuderia, mas era calculado: eles decidiram apostar no motor Turbo, que iria estrear em 1981, e nesse final de semana, Gilles deu algumas voltas nele, e pensou seriamente se iria andar nesse chassis ou não. Decidiu-se pelo carro mais antigo. O canadiano lutava corrida a corrida para conseguir os melhores resultados possíveis, e os "tiffosi" louvavam a sua luta. Em contraste, Jody Scheckter, o campeão do mundo, estava a ter uma temporada tão má que aproveitou o fim de semana italiano para anunciar o abandono da competição, no final dessa temporada.

Também um pouco mais abaixo de Gilles, na 11ª posição, estava o Fittipaldi de Keke Rosberg, a usar o chassis F8. 

No inicio da quinta volta, com Piquet na frente do Renault de Jean-Pierre Jabouille e René Arnoux, antes da curva Tosa, Villeneuve, que era quarto e pressionava o francês da Renault, sofre um furo a alta velocidade e embate com força no muro, desfazendo o seu carro. Ele chega a tocar o capacete contra a parede, mas o canadiano sai ileso, apenas se queixando de uma ligeira tontura por causa do tal toque contra a parede. No meio do incidente, o Alfa Romeo de Bruno Giacomelli, que era quinto, saiu de pista na travagem para a Tosa, talvez assustado com tudo o que tinha acontecido!

No final, todos safaram-se de um incidente maior, mas o acidente de Gilles contra o muro, na primeira vez em que a Formula 1 ia a Imola, foi o grande destaque de uma corrida que iria acabar com a vitória de Nelson Piquet, que iria sair dali com o comando do campeonato, e batendo de novo os Williams de Alan Jones e Carlos Reutemann, que partir muito mal e acabara a primeira volta na última posição, antes de uma recuperação sensacional que o colocou no pódio. 

E ainda a última corrida de Vittorio Brambilla, que então com 42 anos e a substituir o falecido Patrick Depailler, que acabou na quinta volta - típico do "Gorila de Monza!" e o quinto lugar de Keke Rosberg, alcançando os primeiros pontos da Fittipaldi com o F8, mostrando que o chassis, com mais desenvolvimento, teria sido um excelente carro.

Foi assim a estreia de Imola na Formula 1. No ano seguinte, foi criado o GP de San Marino, que acolheria esse circuito por quase uma geração - até 2006 - e seria a segunda pista italiana do calendário, porque desde então até hoje, o GP de Itália voltaria a ser em Monza. E a curva onde Gilles bateu ficou com o seu nome e tem um monumento em sua honra. Confesso não recordar de outro lugar onde haja um monumento a assinalar um acidente onde o piloto tenha saído ileso...  

WRC 2025 - Rali do Chile (Final)


Sebastien Ogier acabou por ser o vencedor do rali do Chile, batendo Elfyn Evans por 11 segundos, com o Hyundai de Adrien Formaux em terceiro, a 46.5, que ficou na frente do outro Hyundai de Thieyy Neuville, a 59 segundos do vencedor. Foi a segunda vitória consecutiva do veterano piloto francês, que agora lidera o campeonato do mundo de ralis.

Com quatro especiais para acabar a prova, com passagens duplas por Laraquete e BioBio, a última dos quais em Power Stage, o dia começou com Ogier a ganhar na primeira passagem, 0,9 segundos na frente de Evans, 3,4 sobre Rovanpera e 4,8 sobre um regressado Ott Tanak, que foi para a estrada para conseguir alguns pontos extra no campeonato.

Contudo, o estónio teve problemas de sobreaquecimento no moro, e parecia que os seus planos podem estar em perigo. 

"Finalmente acordado [pela] primeira vez na semana! Precisamos de continuar a esforçar-nos, sabemos que hoje vai ser tudo renhido.", disse Ogier, no final da especial.

O duelo continuou na especial seguinte, com Evans a responder, ganhando a especial com 1,1 segundos sobre Takamoto Katsuta e 1.3 sobre Sebastien Ogier e 1,8 sobre Kalle Rovanpera. Ogier queixou-se da abrasividade da superfície, que está a castigar os pneus. "Não foi uma corrida muito limpa para mim. Foi muito abrasivo para os pneus", comentou no final da especial.

Ogier reagiu na segunda passagem por Laraquete, e pode ter sido o momento decisivo do rali, ao ganhar a especial com 4,4 segundos sobre Elfyn Evans, acabando a especial com 10,3 segundos de vantagem. Tudo isto na véspera da Power Stage. 

Assim, na última especial, Ogier levou a melhor, 0,4 segundos na frente de Thierry Neuville, 0,7 segundos de Elfyn Evans, 1,6 de Sami Pajari e 2,7 sobre Kalle Rovanpera.

No final, também, comemorou-se outro feito, que foi o campeonato de Rally2 conquistado por Oliver Solberg, no seu Toyota GR Yaris Rally2. 

Depois dos quatro primeiros, quinto acabou por ser Sami Pajari, a 1.03,4, na frente do seu compatriota Kalle Rovanpera, noutro Toyota, a 1.35,7, e no sétimo posto está Takamoto Katsuta, a 2.14,0. Gregoire Munster é o oitavo, a 2.44,1, e a fechar o "top ten" estão o Toyota GR Yaris Rally2 de Oliver Solberg, a 8.18,6 e o bulgaro-russo Nikolay Gryazin, a 8.59,0.

O WRC regressa à Europa para dentro de um mês, entre os dias 16 e 19 de outubro, correrá no Central European Rally.