sábado, 3 de agosto de 2019

WRC 2019 - Rali da Finlândia (Dia 2)

Percorridas 19 especiais, oito dos quais este sábado, Ott Tanak liera o Rali da Finlândia com 16,4 segundos de avanço sobre o finlandês Esapekka Lappi, no seu Citroen, enquanto Jari-Matti Latvala é o terceiro classificado, a 28,8 segundos, com Andreas Mikkelsen não muito longe, a 50,5 segundos.

Depois de no final de sexta-feira, Latvala ter uma frágil vantagem de 1,2 segundos sobre Kris Meeke, e 2,6 sobre Ott Tanak, o... quarto classificado, o dia começou com o estónio ao ataque, vencendo em Pihlajakoski, 2,5 segundos na frente de Lappi e 3,1 sobre Latvala. Na primeira passagem por Paijala, Meeke foi mais veloz, com Latvala a 1,1 segundos, e isso foi o suficiente para ele passar de novo para a liderança, porque Tanak perdeu 1,8 segundos. Mas em Kakaristo, Tanak cilindrou a concorrência, conseguindo 8,1 segundos de vantagem sobre a concorrência, nomeadamente Lappi. Agora havia 14,1 segundos de vantagem entre Tanak e Latvala, com Lappi em terceiro.

Mas houve mais: Latvala furou e perdeu 14,1 segundos, enquanto Meeke perdeu a roda traseria esquerda, obrigando a abandonar.

Latvala reagiu, vencendo a primeira passagem por Leustu, mas apenas ganhou 0,1 segundos sobre Tanak, que foi segundo e 1,8 sobre Lappi. E eram os três primeiro no final da manhã, com 16,1 segundos entre eles.

Pela tarde, foi a vez de Lappi atacar. Venceu na segunda passagem por Pihlajakoski, com 2,1 segundos de avanço sobre Ogier, mas sobretudo, 3,7 sobre Tanak. Latvala era sétimo na especial, a 6,4. Com isso, Lappi subiu ao segundo lugar, trocando com Latvala. E na segunda passagem por Paijala, Tanak atacou, ganhando dois segundos a Lappi, e 5,9 sobre Latvala. Lappi ganhou na segunda passagem por Kakaristo, meio segundo melhor que Tanak, e a fechar o dia, apesar da vitória de Mikkelsen, Tanak foi o segundo, a 0,1 segundos, com Latvala a ser quarto, a 1,4, e Lappi o sétimo, a 2,6.

Depois dos três primeiros, e Mikkelsen no quarto, Ogier era o quinto, a 53,1 segundos, não muito longe do piloto norueguês da Hyundai. E está a ser assediado por Craig Breen, sexto, a 59,1 segundos. Thierry Neuville era sétimo, a 1.19,3 segundos, mais confortável, porque Teemu Suninen, o melhor da Ford, era oitavo, a 2.05,3. E a fechar o "top ten", estava o Ford de Gus Greensmith, a 4.09,7, e o Skoda de Kalle Rovanpera, a 6.33,5.

Amanhã, termina o Rali da Finlândia, com a realização das últimas quatro especiais. 

Formula 1 2019 - Ronda 12, Hungria (Qualificação)

Nem respiramos depois do que aconteceu em Hockenheim, mas quando soubemos que não iria haver chuva para mexer os cordelinhos do fim de semana húngaro, ficamos tristes. Porque sempre que nos contam que isso não vai acontecer, é sinal de que os Mercedes ficarão com tudo. 

Mas depois esquecemos de outras coisas, como o calor, por exemplo. E como isso poderá afetar os desempenhos dos Flechas de Prata. E depois de Paul Ricard, onde todos tiveram vontade de ir embora, o calor fez das suas - bem como a chuva - e o domínio dos Mercedes ficou abalado. E hoje... houve mais história. Como a primeira pole-position de um piloto holandês, o homem do momento: Max, o filho do "Boss", que quando entra no seu carro, este dá-lhe asas.

Mas vamos ao filme do que foi Budapste, a última qualificação antes das férias. 

Com o sol a brilhar, os espectadores tinham sido avisados no terceiro treino livre que os carros andavam perto uns dos outros, e que a Red Bull estava a ser melhor do que a Mercedes, com a Ferrari a não ficar muito atrás. Na Q1, a primeira grande surpresa foi a Williams. Motivada pelo seu primeiro ponto na temporada, George Russel queria provar que tinha mais talento que muitos pensem que têm e faz um tempo meio segundo mais veloz... que os Racing Point, especialmente o de Lance Stroll. As coisas até andavam bem para os mais pequenos até a Ferrari meter os seus dois carros em pista. Charles Leclerc tinha feito 1.16,337, na frente dos Mercedes, mas era meramente um aquecimento.

Mas quando ele voltou à pista para uma segunda passagem... bateu. Saiu de pista na entrada da meta e bateu por trás, danificando o seu carro. Conseguiu voltar às boxes, sem saber se teria carro para a Q2. E mais atrás, Russell voltava a surpreender, colocando o seu carro na 14ª posição, o que lhe daria o seu primeiro Q2 de 2019, algo inédito para a Williams. Voltou a melhorar, mas o resto do pelotão também, e acabou por ficar de fora, no 16º posto, mas na frente de Daniel Ricciardo, dos dois Racing Point e de Robert Kubica. Veremos se foi porque o carro melhorou ou porque Russell puxou por si, mas que é uma melhora, é.

Na Q2, as coisas começaram com os Mercedes na pista, com os vermelhos moles. Logo a seguir foram os Mercedes, também com os moles, com Vettel, e logo a seguir, Leclerc, depois de ver que o carro estava suficientemente reparado para poder continuar.

Primeiro, Hamilton fez 1.15,548, seguido por Verstappen e Bottas, depois os Ferrari, e depois, o McLaren de Lando Norris, com um tempo 0,2 segundos mais lento, a incomodar os que estavam na sua frente. E claro, batendo Gasly em toda a linha, o que lhes dava alguma esperança de evolução. Mas também, de um pelotão intermediário que estava tão junto que qualquer melhoria de tempo significava um pulo de alguns lugares e possivel passagem para a Q3, tudo seria possível...

Na parte final, todos melhoraram os seus tempos, mas não o suficiente. Se Kimi Raikkonen conseguiu, no seu Alfa Romeo, outros não tiveram essa sorte, como Nico Hulkenberg, que a ele lhe saiu a "fava" de ser 11º, o primeiro dos excluidos. E a fazer-lhe companhia ficaram o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi, os Toro Rosso de Alexander Albon e Daniil Kvyat, e o Haas de Kevin Magnussen.

E claro, para a Q3 iam os Red Bull, Mercedes, Ferrari, McLaren, o Alfa de Kimi e o Haas de Romain Grosjean.

Agora, na parte final, os Mercedes começaam as hostilidades sendo os primeiros a entrar na pista, com Bottas a fazer um bom tempo, 10 milésimos na frente de Hamilton, com Verstappen a ser melhor, fazendo 1.14,958 e ficando na frente da tabela de tempos. Os Ferrari seguiam-os, mas sem ameaçar este trio.

Depois de um tempo de pausa, os minutos finais foram preenchidos, e todos queriam saber se era hoje que Max Verstappen iria ter uma pole para ele mesmo comemorar. E a resposta foi... sim, o holandês fe 1.14,572, dezoito milésimos melhor que Valtteri Bottas, que tinha superado Lewis Hamilton, que partia da segunda fila, com Charles Leclerc a seu lado, quase meio segundo atrás do holandês.

Claro, os Países Baixos estão em delírio por mais um feito de Max Verstappen, a terceira nas últimas quatro corridas... OK, três e meio, pois ainda não se sabe o desfecho desta. Mas ele é o homem do mês no pelotão da Formula 1, com duas vitórias e agora, esta pole-position. O piloto que contesta fortemente os Mercedes num domínio que muitos pensavam ser absoluto. 

Veremos como será amanhã.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

WRC 2019 - Rali da Finlândia (Dia 1)

Jari-Matti Latvala lidera o Rali da Finlândia, findas as primeiras onze especiais. O piloto da Toyota tem uma vantagem de 1,2 segundos sobre Kris Meeke, a bordo do seu Ford Fiesta WRC. Esapekka Lappi, noutro Toyota, está no terceiro posto, a 2,4 segundos, num rali altamente disputado nas velozes classificativas nórdicas, um dos ralis mais míticos do campeonato do mundo.

Mês e meio depois do Rali da Sardenha, todos estavam ansiosos pela prova finlandesa, e logo na quinta-feira à noite, foi Thierry Neuville o primeiro líder, na curta especial de Harju. Ali, o belga da Hyundai conseguiu um avanço de 0,7 segundos sobre Ott Tanak, da Toyota.

E a manhã de hoje, quando os carros saíram para a estrada, Latvala foi o melhor na segunda especial, conseguindo 0,1 segundos sobre Esapekka Lappi e 0,8 sobre Kris Meeke e 0,9 sobre Ott Tanak. Na primeira passagem por Moksi, contudo, Meeke foi mais veloz, 0,1 sobre Tanak, e três segundos sobre Latvala. Este redimiu-se e foi o mais veloz na primeira passagem por Urria, 0,6 segundos mais veloz de Cris Breen, enquanto Tanak perdia 1,2 segundos. Por esta altura, Tanak era 1,2 segundos mais veloz que Meeke, com Latvala a 2,5 segundos.

Na quinta especial, a primeira passagem por Assamaki, Tanak conseguiu ser mais veloz, 1,1 segundos na frente de Craig Breen e 1,5 sobre Jari-Matti Latvala. Aqui, o estónio avançou mais um pouco, conseguindo uma vantagem de 4,2 segundos sobre Meeke e 5,9 sobre Latvala. No final da manhã, na primeira passagem por Aanekoski, Latvala acabou por vencer, com 0,1 segundos sobre Craig Breen e 0,5 sobre Ott Tanak.  

Assim sendo, no final da manhã, Tanak tinha uma vantagem de 5,4 segundos sobre Latvala, que tinha passado Meeke, agora terceiro, a 5,8 segundos. Lappi era quarto, a 6,9.

A parte da tarde, com as segundas passagens sobre algumas das classificativas da manhã, começava com Latvala ao ataque, vencendo com 0,1 segundos de vantagem sobre Lappi, enquanto Tanak perdia 5,8 segundos e a liderança, devido a dificuldades em manter o carro na estrada. Na oitava especial, Andreas Mikkelsen venceu, com uma vantagem de 0,3 sobre os Toyotas de Esapekka Lappi e 1,3 sobre o carro de Latvala. Este respondeu na nona especial, a segunda passagem por Assamaki, vencendo e obtendo uma vantagem de 0,5 segundos sobre Lappi. Tanak era quarto, a 1,5 segundos, caindo para a mesma posição na geral.

Meeke e Latvala amparam na décima especial, e Thierry Neuville acaba o dia a vencer na 11ª, meio segundo na frente de Sebastien Ogier e Kris Meeke.

Depois dos três primeiros, Tanak é quarto, a 2,6 segundos, na frente de Craig Breen, a 14,2, 0,4 segundos na frente de Andreas Mikkelsen, noutro Hyundai. Ogier está a 15,3, enquanto Neuville está a 30,9. E a fechar o "top ten" estão o carro de Teemu Suninen, a 52,6, e o outro ford de Gus Greensmith, a 1.38,3 segundos, na frente do melhor WRC2, o de Kalle Rovanpera.  

Amanhã, prossegue o Rali da Finlândia, com a realização de mais oito especiais. 

No Nobres do Grid deste mês...

Há meio século, as pessoas estavam com os olhos postos na maior aventura da Humanidade, com a missão do Apolo 11, levando os astronautas Neil Armstrong, Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins. Iam para a Lua, a bordo da mais poderosa máquina jamais lançada ao espaço, o Saturno V e essa aventura, que acontecia 65 anos depois dos irmãos Wright terem lançado o seu aeroplano nas dunas da praia de Kitty Hawk, na Carolina do Norte, era um feito incrível que colocava todos a olhar para as estrelas e o nosso satélite natural.

Contudo, durante esse período, no circuito de Silverstone, tínhamos assistido a um dos melhores duelos na história do automobilismo, com duas das melhores máquinas de então e dois dos melhores pilotos do seu tempo. Hoje em dia, poucos se lembram disso, e no tempo em que recordamos a chegada dos humanos à Lua, falo sobre Jackie Stewart e Jochen Rindt, as suas máquinas e uma tecnologia que se andava a experimentar e resultou num falhanço: as quatro rodas motrizes.

(...)

Na qualificação, Rindt foi o poleman, com Stewart em segundo e o McLaren de Dennis Hulme em terceiro. Jacky Ickx, que naquela temporada estava na Brabham, era o quarto, seguido pelo Ferrari de Chris Amon. Apenas 17 pilotos estavam inscritos, e os carros de quatro rodas motrizes estavam no fundo da grelha: os quatro últimos postos eram deles.

A corrida iria ter 84 voltas, quase 400 quilómetros de extensão, percorridos em cerca de duas horas.

Na partida, Stewart e Rindt começaram o seu duelo à parte. Tanto que no final da primeira volta, já tinham um avanço de três segundos sobre Hulme. Na volta três, o recorde da pista tinha sido batido, e na sétima passagem pela meta, o escocês estava na frente. Mas Rindt não iria render-se facilmente. Na volta 16, quando ambos apanharam o carro de Beltoise para dar uma volta, Rindt aproveitou a ocasião para voltar à frente da prova.

Rindt tentava distanciar-se do Matra, mas não conseguia. Ambos andavam na casa do 1.22 minutos, e Stewart não perdia um chance de o apanhar, com ultrapassagens constantes, por vezes mais do que uma por volta. E claro, a multidão adorava ver aqueles pilotos a passaram velozmente diante deles.

(...)

Há 50 anos, enquanto o mundo estava atento à maior aventura da história da Humanidade - pelo menos até agora - em Silverstone, Jackie Stewart e Jochen Rindt batalhavam pela liderança no GP da Grã-Bretanha, um duelo que capturou a atenção de toda a gente que foi ao circuito ver o duelo, mais os que conseguiram ver a corrida na televisão, a preto e branco - a cor só apareceu no ano seguinte.

No final, Stewart venceu, dando uma volta à concorrência, mas isso não foi reflexo do que aconteceu verdadeiramente naquela tarde. O duelo com Rindt aconteceu até meio da corrida, quando o austríaco teve problemas com um elemento do chassis, que roçava um dos pneus, arriscando explodir. O piloto da Lotus acabou no quarto lugar, fora do pódio, num campeonato onde Stewart dominou e conquistou o seu primeiro campeonato. Rindt conseguiu uma vitória, em Watkins Glen, antes de aparecer o modelo 72 e ter a sua temporada de sonho, terminada tragicamente em Monza.

Tudo isto e mais pode ler este mês no Nobres do Grid. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

A imagem do dia

Há 39 anos, a Formula 1 via desaparecer repentinamente, e de forma chocante, o francês Patrick Depailler. Veloz, mas um pouco azarado, com passagens pela Tyrrell e Ligier, um ano antes da sua morte, estava  numa cama de hospital, a recuperar dos ferimentos de um acidente de asa delta, ocorrido mês e meio antes, numa temporada onde as coisas estavam a correr-lhe bem.

Depailler era alguém que apreciava o ar livre. Seis anos antes, em 1973, teve uma chance de correr no terceiro Tyrrell nas corridas americanas. Mas poucos dias antes, o piloto foi fazer motocross nas montanhas à volta da sua Clermond-Ferrand natal, caiu e lesionou-se na sua perna direita. Parecia que a sua chance de estar na Formula 1 tinha ido embora, mas a morte de Francois Cevért, em Watkins Glen, deu-lhe uma chance de voltar a uma Formula 1, que aproveitou.

Mas houve condições: não poderia fazer atividades "extra-curriculares ditas perigosas". Deapiller aceitou, contrariado.

Em 1979, vai para a Ligier, e parece estar bem mais feliz: vencia em Espanha e acompanhava Jacques Lafitte na dominação da marca francesa na primeira parte daquele campeonato. E sem as restrições que Tyrrell lhe empunha, divertia-se. Especialmente a asa delta, o seu novo desporto.

Contudo, um dia de junho, de novo nos montes de Clermont-Ferrand, Depailler faz um voo que acabou mal. Ambos os tornozelos quebrados, algumas cirurgias, e Guy Ligier não o perdoou: despediu-o. Sem carro para quando recuperasse, Depailler colocou tudo em dúvida. E ele já tinha 35 anos, uma idade que já não o dava como um jovem para tentar a sua sorte numa nova equipa. Contudo, a Alfa Romeo procurava um piloto veterano e experiente para desenvolver o seu carro novo, o 179. E Depailler, que tinha ajudado a desenvolver os carros da Tyrrell, incluindo o mítico P34, era o piloto ideal.

Quando em dezembro, ainda de canadianas, o francês entrava no carro, em Paul Ricard, muitos ficaram surpresos. Mas outros sabiam da fibra que Deapailler era feito: dos duros, que não desistiam, E com trabalho, o carro se desenvolveria. Só que não teve tempo. 

Youtube Motorsport Drivetribe: Scheckter responde a Clarkson


Jeremy Clarkson e as suas ideias sobre a Formula 1, lembram-se? As suas diatribes sem filtros no Drivetribe, especialmente depois do GP britânico, recordam-se? Claro, muita gente ouviu o seu... falatório. E um deles foi Jody Scheckter, antigo piloto de Formula 1, campeão do mundo em 1979, pela Ferrari, e antes disso, com passagens por McLaren, Tyrrell e Wolf. 

E claro, ele decidiu responder a aquilo que o "orangotango" disse... 

Youtube Motorsport Interview: Daniel Ricciardo num taxi fora do normal


Confesso que fora do filme "Taxi" (uma série de filmes franceses, o primeiro deles foi há mais de vinte anos), nunca tinha visto um Renault Clio V6 a servir de taxi. Nas são coisas do Top Gear e serviu para levar um passageiro ilustre: Daniel Ricciardo, agora piloto da Renault. E ao longo desta "corrida", o condutor fez algumas perguntas interessantes.

WRC: Ogier confirma retirada em 2020

Não é nada que se soubesse desde há algum tempo a esta parte. Já tinha dito em junho, por alturas do Rali de Portugal, e agora, nas vésperas do Rali da Finlândia, Sebastien Ogier voltou a dizer isso mesmo: a temporada de 2020 será a última da carreira do piloto francês de 35 anos, campeão do mundo desde 2014. E claro, não tem ideias para superar os nove títulos de Sebastien Loeb.

"Claramente não. A minha carreira termina no final de 2020 com a Citroen," respondeu Ogier, numa entrevista feita à Yahoo Sports francesa.

Sobre os seus planos pós-retirada, Ogier fala que pretende ficar mais tempo em família. "Estar mais em casa, ser o melhor pai possível e estar mais presente junto do meu filho. E mais alguns projectos, retomar os estudos de economia, ecologia também me toca mesmo que tenha feito ralis durante anos. Sou sensível no que respeita ao destino do planeta.

Curiosamente, o golfe interessa-lhe. "Comecei há pouco tempo e é viciante.", afirmou. 

Mas o desporto automóvel não está totalmente afastado. Sabe-se que ele será conselheiro da Extreme E, a competição elétrica de todo o terreno, que arrancará em 2021, e provavelmente poderá ter mais intervenção junto da FIA, como conselheiro ou comissário para os ralis.

Neste momento, Ogier é o segundo classificado do Mundial, cinco pontos atrás do seu lóder, o estónio Ott Tanak. O rali da Finlândia acontece este fim de semana.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Youtube Motorsport Video: A primeira corrida autónoma de automobilismo

A RoboRace está a causar um misto de curiosidade e medo. E discretamente estão a acontecer as primeiras experiências em circuitos, como o de Monteblanco, no sul de Espanha. E por estes dias, dois carros decidiram fazer uma corrida entre si... sem condutor. Eis o video dessa prova.

The End: Jean-Luc Therier (1945-2019)

O ex-piloto de ralis Jean-Luc Therirer, cuja carreira se estendeu entre as décadas de 60 e 80 do século passado, morreu hoje aos 73 anos de idade, em Neufchatel-en-Bray. A sua carreira passou essencialmente pela Alpine, mas também correu com outras marcas, nomeadamente a Toyota e a Porsche. 

Nascido a 7 de outubro de 1945 em Hodeng-au-Bosc, na Normandia, começa a correr aos 15 anos de idade, no karting, sendo campeão normando aos 18, em 1963. Em 1966, já com 21 anos, passa para a estrada, vencendo o seu primeiro rali ao volante de um Citroen 11 BL, antes de ser terceiro na final da Copa Renault Gordini, em Le Mans. É a partir desse ano que começa a sua ligação com a Renault e a Alpine, que prosseguirá nos nove anos seguintes.

No ano a seguir, mete-se num Alpine e torna-se campeão francês de ralis na classe Grupo 4, num modelo A210 Prototipo, e tem a sua primeira participação nas 24 horas de Le Mans, num Alpine M64 inscrito pela North American Racing Team, com o seu compatriota Francois Chevalier. Acabaria por abandonar a prova.

Em 1968, vence o campeonato nacional de ralis, Grupo 1, num Renault 8 Gordini, ao mesmo tempo que volta a Le Mans, num Alpine A210, terminando no décimo posto. 

Em 1970, a FIA decide criar um campeonato de ralis que serviria como prólogo ao Mundial de Ralis. Therier é contratado pela Alpine e vence os ralis de Sanremo e da Acrópole, ajudando a Alpine a terminar no segundo lugar do campeonato de Construtores, a 26 pontos da Porsche. Nesses tempos, apenas as marcas contam, e não havia um campeonato de pilotos. 

Três anos depois, em 1973, a FIA avança para um campeonato do mundo de ralis, mas apenas as marcas é que pontuam. A Alpine, que já pertencia à Renault, decidiu montar uma equipa de peso, com Therier, Jean-Claude Andruet, Jean-Pierre Nicolas e Bernard Darniche. Quinto em Monte Carlo, a prova de abertura, vence em Portugal, Acrópole e San Remo, é terceiro na Suécia e na Volta à Corsega, tendo conseguido o maior número de pontos para o campeonato, ganho ao volante do modelo A110. Nesse mesmo ano, vence o campeonato de França de ralis.

No ano seguinte, é terceiro na Córsega e vence o Press on Regardeless, um rali americano, que nesse ano fez parte do Mundial. Em 1975, sai da Alpine e vai para a Toyota, onde a bordo de um modelo Celica, vence os campeonatos francês de terra em 1979 e 80. Nesse mesmo ano, vence a Volta à Corsega ao volante de um Porsche 911 C. Em 1982, regressa à Renault e é com um modelo 5 Turbo que Therier vence o campeonato francês de asfalto. O seu último rali será o de Monte Carlo, em 1984, a bordo de um Renualt 5 Turbo, onde termina na quarta posição.

No ano seguinte, decide participar no Rali Paris-Dakar, a bordo de um Citroen Visa 1000 Pistes, onde sofre um acidente na terceira etapa da prova, com graves lesões no seu braço esquerdo. Com isso, decide terminar a sua carreira, aos 40 anos de idade, recheada de sucessos a de reconhecimento na sua França natal.  

Noticias: Schumacher faz "bons progressos" na sua reabilitação


Jean Todt deu esta semana informações importantes sobre o estado de saúde de Michael Schumacher. O francês, atual presidente da FIA e amigo pessoal do ex-piloto alemão, afirma que ele está a melhorar e já vê corridas pela televisão. Numa entrevista à Radio Montecarlo, o antigo diretor desportivo da Ferrari disse que Schumacher está a fazer "bons progressos".

"Sempre sou cuidadoso com este tipo de declaração, mas é verdade. Vejo as corridas com Michael Schumacher na sua casa, na Suíça", começou por revelar o presidente da FIA sobre suas visitas à residência da família em Gland, uma cidade junto ao Lago Leman, situada entre Lausanne e Genebra. "Michael está nas melhores mãos e bem cuidado em sua casa. Não se rende, continua a lutar", continuou.


Sua família está lutando muito e, obviamente, nossa amizade não pode ser o que era antes, simplesmente porque não há a mesma comunicação de antes. Mas ele continua lutando, e sua família também", concluiu.

Recorde-se que Schumacher, agora com 50 anos de idade, sofreu um grave acidente de ski em dezembro de 2013 quando estava em Meribel, nos Alpres franceses. Depois de seis meses em coma, despertou e foi para a sua casa em Gland, onde ficou rodeado pela sua familia. Agora, o seu filho Mick tenta a sua sorte na Formula 2, no sentido de chegar à Formula 1.

terça-feira, 30 de julho de 2019

Formula E: Gutierrez vai testar com a Mercedes

O mexicano Esteban Gutierrez irá testar com um Mercedes de Formula E dentro em breve. O ex-piloto da Sauber irá entrar dentro do carro num teste no circuito Riccardo Paletti, em Varano, no norte de Itália, ao lado de Steffen Vandorne, Gary Paffett e Edoardo Mortara. O piloto mexicano faz parte da equipa de Formula 1 como piloto de simulador e de desenvolvimento e foi convidado para participar antes dos testes coletivos de Valência, em outubro.

"Ainda estamos avaliando diferentes opções em relação à nossa linha de pilotos para a próxima temporada e Esteban está dentro da família Mercedes como um piloto de desenvolvimento e de simulador”, disse Ian James, diretor da Mercedes-Benz Formula E ao site e-racing365.

Gutierrez já esteve na Formula E na temporada 2016-17, ao serviço da Techeetah, onde conseguiu cinco pontos e como melhor resultado um oitavo lugar na corrida caseira, no México.

Noticias: Prost elevado a alto cargo na Renault

Alain Prost, quatro vezes campeão do mundo, foi elevado a um cargo de dirigente não-executivo na Renault. O anuncio foi feito esta segunda-feira pela marca francesa. O cargo do ex-piloto francês é semelhante a aquele que Niki Lauda tinha na Mercedes até à sua morte no passado mês de maio.

Ao lado dele nos cargos de direção da Renualt Sport Group estão o diretor executivo, Cyril Abiteboul, o diretor financeiro, Jeremy Collet e o presidente da Genii, Gerard Lopez.

Um porta-voz da Renault descreveu o papel da diretoria da equipe como "estabelecer a visão, missão e valores, definir estratégia e estrutura, delegar à administração, exercer responsabilidade com os acionistas e ser responsável perante as partes interessadas".

"O conselho também toma decisões-chave para a empresa, como aprovação das contas anuais e demonstrações financeiras e aprovação de contratos-chave com patrocinadores, parceiros e motoristas", acrescentou o porta-voz de marca.

Youtube Formula 1 Video: Os onboards de Hockenheim

O fim de semana deste invulgar GP da Alemanha não fica completo sem mostrar todos estes onboards de todas as sessões que aconteceram em Hockenheim. E de como a chuva baralha a ordem de um Grande Prémio.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

A imagem do dia


A Renault teve um fim de semana para esquecer em Hockenheim, com os seus dois carros a não chegarem ao fim na corrida. E esta segunda-feira, parece que... ou a corrida ainda não terminou, ou já começou o fim de semana húngaro e não vai correr bem. 


Youtube Formula 1 Video: Os melhores momentos do GP alemão

Neste fim de semana do GP da Alemanha, encontrar os melhores momentos parece ter sido uma vã busca, porque todos os momentos foram memoráveis. É o que dá chover na pista e os pilotos exagerarem em certas curvas...


WRC: Hayden Paddon não corre na Finlândia

O neozelandês Hayden Paddon não correrá no Rali da Finlândia depois de um acidente na manhã desta segunda-feira a bordo do seu Ford Fiesta WRC. O acidente ocorreu na zona de Jyvaskyla, e apesar do piloto e seu navegador não terem tido ferimentos, o carro ficou muito danificado.

“[Houve] uma pedra puxada para fora numa passagem, ele virou o carro, subiu pelo mesmo trecho da estrada apenas para encontrar aquela pedra no meio de uma direita cega, em plena sexta marcha", começou por dizer Rich Millener, o diretor da M-Sport, que cuidava do carro do neozelandês, ao wrc.com.

A pedra atingiu o fundo do carro e levantou-o no ar. Eles eram apenas passageiros, nada que pudessem fazer sobre isso. Você não pode entrar em todas as curvas para o caso de ter arrancado uma rocha. É a natureza do teste, você sempre será a primeira pessoa a encontrar qualquer coisa que você tenha tirado na passagem anterior.”, concluiu.

A equipa afirmou que, apesar dos esforços, concluíram que seria muito dificil ter um carro pronto a tempo para Paddon. E isso acontece depois da marca da oval ver outro dos seus pilotos, Elfyn Evans, de fora desta prova depois de um acidente no Rali da Estónia, onde sofreu lesões nas costas. Gus Greensmith substituirá o piloto galês neste rali, que acontecerá no final desta semana.

domingo, 28 de julho de 2019

Formula 1: Alfa Romeo penalizados

Os Alfa Romeos de Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen foram penalizados em trinta segundos devido a irregularidades no ajuste da embraiagem para a largada do GP da Alemanha. E por causa disso, não só Lewis Hamilton sobe para o nono posto na classificação geral, como também a Williams conseguiu o seu primeiro ponto nesta temporada, graças ao regressado Robert Kubica

O meio minuto de penalização foi porque a FIA deu a esta irregularidade o equivalente a uma falsa partida. 

Nenhum carro pode ser equipado com um sistema ou dispositivo que seja capaz de impedir que as rodas acionadas girem sob a energia ou de compensar a demanda excessiva de torque pelo motorista. Qualquer dispositivo ou sistema que notifique o condutor do início da rotação da roda não é permitido”, começa por dizer o comunicado da FIA em relação a este assunto.

No seu veredicto, os comissários sentenciaram: “A embraiagem é controlada eletronicamente por meio de um ECU comum. No entanto, as equipas têm a opção de ajustar alguns dos parâmetros de controle. Para evitar que as equipes usem esse ajuste para afetar a maneira como a embreagem se engaja no início da corrida de uma maneira que poderia imitar o controle de tração ou outros esquemas vantajosos, a FIA exige que o torque na embraiagem corresponda [dentro dos limites especificados] a demanda de torque como o motorista libera a embraiagem, que deve ocorrer dentro de 70 milissegundos."

No caso de ambos os carros da Alfa Romeo Racing, o tempo que levou para o torque se alinhar com a demanda de torque foi próximo a 200 milissegundos [para Raikkonen] e 300 milissegundos [para Giovinazzi], respectivamente. Isso proporcionou uma aplicação mais gradual do torque, que, dadas as condições de umidade, era uma vantagem em potencial. Independentemente de haver ou não uma vantagem real, os Comissários determinaram que isso era uma clara violação das orientações dadas às equipes sobre como isso seria julgado."

Os Comissários realizaram uma audiência e revisaram os dados, com três membros da equipe presentes, incluindo os engenheiros envolvidos, juntamente com o Delegado Técnico da FIA e seus assistentes responsáveis ​​por essas verificações. A equipe aceitou que eles não estavam dentro dos limites exigidos", concluiu a FIA, no seu comunicado. 

Frederic Vasseur, o seu diretor desportivo, já confirmou ao site Motorsport.com que a equipa já apresentou uma notificação com a intenção de apelar desta penalização, tendo agora 96 horas para decidir se vai ou não dar seguimento ao recurso.

Formula 1 2019 - Ronda 11, Alemanha (Corrida)

No papel, esta deveria ter sido uma corrida onde os Mercedes não iriam ter a vida facilitada, mas quem viu os eventos de sábado, parecia que iria ser um passeio para Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e os Flechas de Prata no geral, e os outros iriam vê-los só no pódio, com os melhores lugares. E iria ser uma corrida no seco. Contudo, um dia bastou para alterar tudo: a chuva, que poderia acontecer, mas em quantidade menor, decidiu trocar as voltas - pois era para acontecer no sábado - decidiu fazer a sua aparição no domingo. Primeiro, a chover copiosamente durante a noite e a manhã, e depois, na hora da corrida, e pista estava de tal forma molhada que na hora da partida, duas coisas tiveram de acontecer: todos trocaram por pneus de chuva, e a corrida iria acontecer por trás do Safety Car. Um mal necessário, de uma certa forma.

A volta de formação durou... três voltas, para ver se a pista secava, ou se a chuva parava. Esta iria aparecer de forma intermitente na hora seguinte, mas iria influenciar a corrida. Provavelmente muitos iriam perguntar em que volta Sebastian Vettel se iria despistar, se os Ferrari ficariam pelo caminho, para poder xingar em Mattia Binotto e já o despedir, como se fosse treinador de futebol do Brasileirão, e com quantos segundos os Mercedes iriam vencer sobre a concorrência. Em suma, com quantos paus a Mercedes iria ensinar a fazer uma canoa.

A realidade foi absolutamente diferente. Hamilton largou muito bem, com Max Verstappen a ser engolido por boa parte do pelotão, caindo para sétimo, mas depois recuperou e estabilizou, tentando recuperar o tempo perdido. Atrás, Vettel passou oito carros e já se aproximava dos dez primeiros quando Sergio Perez perdeu a traseira do seu Racing Point e bateu no muro, fazendo com que o Safety Car entrasse em pista pela segunda vez. Uma excelente oportunidade para que boa parte do pelotão trocasse de pneus, para os intermédios, o jogo verde que iria ser o padrão, enquanto a pista estivesse molhada. 

Quando recomeçou a corrida, na volta seis, Magnussen, que era segundo por causa dos outros terem trocado de pneus, acabou por ser engolido por Bottas e Verstappen, enquanto Vettel já estava nos pontos, atrás de Raikkonen. Leclerc já era quarto, depois de passar o dinamarquês da Haas. Mas pouco depois, era assediado por Hulkenberg, no seu Renault. Já Vettel aproximavam-se de Magnussen e pouco depois, passaram-o.

Na frente, os Mercedes estavam a afastar-se de Verstappen, e pareciam dominar ainda mais que o normal, na pista seca. Pela volta 10, havia já um trilho, mas já se previa mais chuva para dali a dez minutos, logo, o dilema de ficar com os pneus intermédios até voltar a pista a ficar molhada. 

Na volta 15, algo raro: um motor a explodir. O infeliz foi Daniel Ricciardo, que viu o seu motor ir ter com o seu Criador, e por causa disso iria ser o segundo piloto a ver o resto desta corrida nas bancadas. Leclerc foi às boxes voltando a ter intermédios, mas não houve grandes alterações. Mas com o passar das voltas - e as ameaças de chuva - na volta 22, Kevin Magnussen decidiu colocar... pneus para seco. Ousado! porque ainda chovia. Pouco, mas com chuva.

Duas voltas depois, a Ferrari chamava Vettel para ir às boxes e colocar secos, ainda não sabendo se compensaria ou não. Mas como ele estava a fazer uma corrida de recuperação, eles tinham de ser ousados. Na frente, Verstappen aproximava-se de Bottas para ser segundo, enquanto Leclerc aproximava-se e ambos. E na volta 26, o holandês ia para as boxes para colocar médios. E com isso, veio o resto do pelotão para trocar de pneus. Mas não estava fácil: Verstappen fez um pião na zona de Estádio. 

Na volta 29, Lando Norris tornava-se no terceiro abandono, e não sabíamos, nas era o inicio de uma cadeia de eventos que iria afetar o resto da corrida. O Safery Car Virtual entrou e por causa de mais uns pingos de chuva, alguns dos que estavam em secos iriam ficar... inúteis. Primeiro Leclerc, que ficou sem tração na última curva e bateu no muro das boxes, e depois... Hamilton, que na mesma curva, apenas deu cabo da asa dianteira, mas teve sorte, porque ele poderia continuar. Contudo, ao entrar nas boxes, ele fez fora dos regulamentos e ele, óbviamente, foi investigado. Para piorar as coisas, perdeu quase um minuto por causa da asa nova e dos pneus intermédios... que não estavam ali. E com isto tudo, o Safety Car estava na pista pela terceira vez, e Max Verstappen, que se tinha despistado (!) liderava a prova, com Huklenberg em segundo (!!), no seu Renault.

Na volta 34, a corrida regressava, com mais pista molhada e Max estava na frente, com Hulkenberg no segundo posto, e os Mercedes a pressionarem. Mas para Hamilton, teria mais dificuldades: os comissários deram cinco segundos de punição. 

Verstappen afastava-se de Hulkenberg, que aguentava Bottas para ser segundo. Quando o finlandês o passou, o holandês já tinha uma vantagem de oito segundos na liderança. Pouco depois, Hamilton fez a mesma coisa. A pista secava mais um pouco até que na volta 41, Hulkenberg era o terceiro piloto a bater na última curva, com mais uma paragem do Safety Car. Com a vantagem a acabar, Verstappen e Vettel decidiram trocar para novo jogo de intermédios para ter melhores chances.

Na volta 44, a corrida recomeçou, mas os pilotos já tinham aviso de que não iria chover mais. Logo, pouco depois, por causa da pista, os pilotos trocaram para meter secos. Verstappen estava na liderança, mas pouco depois foi Hamilton... que ainda tinha uma punição para cumprir. Nas voltas seguintes, não só foram os Red Bull a darem nas vistas, como também os Toro Rosso, graças a Alex Albon e Daniil Kvyat. Atrás, com a punição a cumprir, Hamilton estava fora dos pontos... e Lance Stroll em segundo lugar, porque trocou para secos na volta antes da saída do Safety Car.

Stroll perdeu o segundo posto a favor do Toro Rosso do russo, enquanto atrás, Vettel era sétimo e ia a caminho dos melhores lugares, tentando apanhar Alexander Albon, que ia na sua frente. E no meio disto, Hamilton, que já estava mal, ficou ainda pior. Depois de novo despiste, era... último, atrás até dos Williams! E faltavam dez voltas para o final! 

Mas pior, pior, foi Bottas, que não só não conseguia passar Lance Stroll na terceira posição, na primeira curva, ele pisa a zona húmida e a traseira escapou, acabando por bater na barreira de pneus. E claro, mais uma vez, o Safety Car na pista. 

Quando tiraram o carro do finlandês, a corrida retomou na volta 59, Vettel partiu ao ataque, primeiro, passando Sainz, e depois, atacou Stroll e Kvyat para chegar ao pódio. O segundo posto era uma verdadeira recompensa, porque na frente, Max Verstappen seguia, sem problemas e fazendo a sua corrida à parte para vencer pela segunda vez na temporada. E a sua segunda vitória em três corridas possíveis, com Sebastian Vettel a ser segundo, o melhor lugar possivel, mas a escapar de todas as armadilhas, e Daniil Kvyat, a dar à Toro Rosso o seu primeiro pódio em quase onze anos, e de novo, à chuva. E com mais uma revelação: ele tinha sido pai na véspera. E os Mercedes, pela primeira vez desde o GP de Espanha de 2016, não pontuavam, porque Hamilton era... 11º, apenas na frente dos Williams de Robert Kubica e George Russell.

E assim, pela terceira corrida consecutiva, a Formula 1 tornava-se imprevisível. E pior ainda, desta vez, eram os Mercedes a ficar com a fava, numa corrida onde eles tinham tudo para vencer: numero redondo, a pole e tudo o mais. E o monopólio era de pilotos que tinham passado pela Academia da Red Bull. Sim a Formula 1, quando quer, tem as suas ironias... mas a chuva também ajuda.