sábado, 9 de janeiro de 2021

A imagem do dia


A história de Pat Patrick começa cedo, no Michigan. Nascido no Indiana em 1929, foi para trabalhar numa firma no campo do petróleo como contabilista. Aprendendo o oficio, decidiu estabelecer-se por conta própria, montando a Patrick Petroleum, tentando descobrir uma jazida. Depois de 19 tentativas, ele conseguiu atingir o "Jackpot" e enriqueceu com o feito. Tudo isto antes de chegar aos 35 anos. 

Pouco depois, em 1967 Walt Michner, um dos seus conhecimentos no meio, decidiu correr no automobilismo e precisara de patrocinador. Patrick acedeu ao apelo e começou a gostar da adrenalina das boxes e do paddock. Três anos depois, em 1970, torna-se co-proprietário e arranjou força suficiente para dar o nome de Patrick Racing, ainda em colaboração com LeRoy Scott, seu parceiro de negócios. A sua maneira de administrar as coisas ajudou ao sucesso da sua equipa, da mesma forma que a sua firma se tornou uma das melhores do ramo, pois a sua sagacidade e a capacidade de contratar as pessoas certas nos lugares certos levou ao sucesso.

Entrou nas 500 Milhas de Indianápolis pela primeira e em 1970, com Mike Shaw como piloto. Ele não conseguiu se qualificar, mas aprendeu com aquela experiência. Nos anos seguintes, arranjou um chassis Eagle e contratou Johnny Rutheford para guiar o carro. E o sucesso em Inianápolis aconteceu na infame edição de 1973 - as 72 Horas de Indianápolis, com acidentes e adiamentos por causa do mau tempo - com Gordon Johncock, porque entretanto, Rutheford foi para a McLaren. 

Em 1975, Patrick decidiu construir o seu próprio chassis. Chamou-o de "Wildcat" (algo como gato selvagem) e teve sucesso quase de imediato, quando, ainda com Johncock ao volante, foi segundo classificado nas 500 Milhas e ganhou uma corrida na oval de Trenton. No ano seguinte, foi campeão da USAC, e quatro anos depois, ele, em conjunto com Roger Penske e Dan Gurney, decidiram fundar a sua própria série, a CART, Championship Auto Racing Teams. Claro, não foi pacifico: dois anos de guerras entre a USAC e a CART quase destruiu a competição.  

Em 1982, ainda com Johncock, voltou a comemorar a vitória no "Brickyard", e aquele triunfo no "photo finish" perante o Penske de Rick Mears, numa proba marcada por um bizarro incidente na partida onde Kevin Cogan conseguiu derrubar A.J. Foyt e Mário Andretti na última volta de aquecimento da corrida, em plena reta da meta. Mas acima de tudo, aquele triunfo foi uma espécie de vingança sobre os eventos do ano anterior, quando o seu carro, então guiado por Mário Andretti, cruzou a meta no primeiro lugar, mas foi contestado pelo Penske guiado por Bobby Unser, porque aparentemente, ele tinha passado diversos carros na saída das boxes debaixo de bandeira amarela. As coisas chegaram ao ponto de briga, mas no final, foi considerado que Unser tinha sido vencedor e a manobra contestada acabou por ser legal.

Em 1985, Patrick acolhe um estrangeiro com palmarés: Emerson Fittipaldi. Depois de ter fechado a loja na Formula 1, ainda por cima com o fim da aventura da Copersucar-Fittipaldi, o piloto brasileiro era um bom ativo numa competição eminentemente americana, cheia de veteranos. Tinha deixado de construir os seus próprios chassis, andava primeiro com March e no final da década, com Penskes. O brasileiro começou a triunfar a partir de 1985, e a ser um dos melhores pilotos do pelotão.

Em 1989, Patrick tinha 60 anos e queria reformar-se. Tinha vendido parte das operações a um ex-piloto, Chip Ganassi, e andava com os chassis da Penske naquela temporada em troca do contrato de Emerson, e o contrato de patrocínio com a Marlboro colocava o conjunto como um dos favoritos. A corrida foi excitante, com Al Unser Jr, num Penske, contra o brasileiro a dominar em boa parte da corrida. Tudo acabou na curva 3, na 199ª passagem pela meta, com ambos os carros a tocarem-se e Al Unser Jr. a levar a pior parte. Para Emerson, era a primeira vitória de sempre de um brasileiro e a de um estrangeiro desde Graham Hill, em 1966.

Três vezes triunfador, Patrick saiu de cena à sua maneira, marcando uma era no automobilismo americano. Mas regressou pouco depois, ajudando o projeto da Alfa Romeo, sem resultados, e vendendo a estrutura para Bobby Rahal. Mas em 1997, com o apoio da marca de cervejas Brahma, regressou com pilotos como Raul Boesel, Scott Pruett, Roberto Moreno e o mexicano Adrian Fernandez. No ano 2000, triunfaram em três corridas e foram terceiros no campeonato, mas depois disso, a decadência foi inevitável. Ficaram na ChampCar até 2004, e depois de se transferirem para a IRL, fechou as suas operações no final de 2006, não mais regressando à ribalta.  

Mudou-se para o Arizona, foi gozar a reforma. Morreu no passado dia 5, aos 91 anos, não sem antes, em 2018, ser nomeado para o Motorsports Hall of Fame of America. Marcou uma geração no automobilismo americano, o que não é mau para quem acertou na fortuna na 19ª tentativa. Ars lunga, vita brevis, Pat.

Rumor do Dia: Xangai adiado, Portimão no seu lugar?


Depois de se ter afirmado por aqui na passada quarta-feira que o GP da China pode ser adiado, a par da Austrália, a Autosport britânica publica na sua edição de hoje que o promotor chinês admite fortemente que a corrida será adiada e está a falar com a FOM sobre esse assunto. E no seu lugar entrará o GP de Portugal, em Portimão.

Yibin Yang, o diretor da Juss Event, o promotor da corrida chinesa, disse à média local, incluindo a Autosport britânica, neste sábado, que está em constante contacto com a Formula 1 e que correr a 11 de abril, a data marcada, é altamente incerto.

Apesar de o calendário estar a funcionar normalmente, acho que é extremamente incerto que a corrida de Formula 1 aconteça no primeiro semestre, em abril. Pretendemos trocá-lo para o segundo semestre do ano e apresentamos formalmente o pedido [para] que esperamos transferi-lo para o segundo semestre.", contou.

Caso aconteça, isso fará com que haja não um mais duas datas por preencher no mês de abril, pois a data do GP do Vietname, a 25 desse mês, está por preencher, depois das autoridades locais terem decidido abandonar a ideia após um escândalo que levou à prisão do chefe do governo da região de Hanói, a capital.

Dois locais estão na primeira linha para substituir estas probas: Imola e Portimão. A Autosport diz até que a corrida portuguesa ficará mesmo com a data inicialmente atribuída a Xangai, alargando provavelmente para 24 corridas em 2021. 

WRC: Grã-Bretanha sai, Ypres entra


O calendário do WRC para 2021 está de novo a ser modificado - e da maneira como a pandemia está a evoluir, não será a última vez - desta vez, a grande novidade será a saída do Rali da Grã-Bretanha para entrar o de Ypres na Bélgica. Será a primeira vez que aquele país irá acolher o WRC, mas não a primeira tentativa, porque no ano passado foi um dos alis substitutos, mas acabou por não acontecer devido à pandemia.

Neste momento, falta apenas definir a data, mas fla-se que se pode situar-se algures em pleno verão - talvez nas datas onde costuma acontecer o Rali da Alemanha - para evitar a ameaça de cancelamento como aconteceu em 2020, que deveria ter acontecido em dezembro, mas foi substituido pelo Rali de Monza.

O calendário de 2021 irá iniciar-se no final do mês com o Rali de Monte Carlo, mas o Rali da Suécia já foi cancelado devido ao agravamento da pandemia no país, e fala-se que poderá ser siubstituido por um Rali do Ártico que não aquele que normalmente acontece no inicio do ano na Finlândia.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Como um país quer esquecer uma ideia


O Vietname não é uma democracia, isso é um facto, mas não interessa o regime politico, a falta de transparência e a ideia de "poderemos proteger-te se não roubares muito e falares alto" parece ser algo muito tentador, bastante mesmo. E falo deste país de quase cem milhões de habitantes, cuja capital é Hanoi, por causa da história de alguém com muita ambição, que quis faer muitas coisas para mais tarde subir mais alto na hierarquia do todo-poderoso Partido Comunista.

Então, a história é o seguinte: como sabem, estiemos bem perto de assistir ao Grande Prémio do Vietname. Uma pista foi desenhada ao torno do bairro de My Dinh, perto do Estádio Nacional, com boxes construidas e tudo. Chegou a ter datas marcadas, mas aparentemente, a pandemia estragou os planos. Mas existia algo mais do que isso. Entra em cena Nguyen Duc Chung. Chefe da região de Hanoi, e com acesso a milhares de milhões de dólares, assinou contratos com grupos como o VinGroup, a entidade que iria gerir o Grande Prémio, e do qual ajudou nas facilidades para construir o circuito. Mas ele, quer neste, quer noutros contratos, iria receber algum para o seu bolso, para ganho pessoal. E claro, alguém meteu a boca no trombone e ele caiu em desgraça.

Resultado: escândalo mostrado para fora - curiosamente, neste campo, estes regimes são muito transparentes... - o senhor Duc Chung foi detido, confessou que roubou documentos de estado e falsificou outros para ganhos pessoais, e no mês passado foi condenado a cinco anos de prisão. Até foi ligeiro, porque poderia ter acabado contra a parede e passado pelas armas, se fosse um regime mais duro... mas os que lideram o país decidiram que todos os contratos que ele assinou iriam ser anulados. E isso significa o quê? Bom, podem esquecer o Grande Prémio do Vietname para os próximos tempos.

E que desde então, a comunicação social local reduziu a secção da Fórmula 1, procurando falar o mínimo sobre o desporto, um sinal de que o governo pode não querer que a população se lembre de que houve uma possibilidade de Grande Prémio. E os edificios, quer o da bancada principal, quer o das boxes, parece que ficarão para as corridas locais, isto... se quiserem.

Moral da história? Sem transparência, estas coisas acontecem. E podemos pensar o mesmo para a Rússia, China, Baku e sabe-se lá mais...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Youtube Movie Video: Josh Revell fala do "Cars 2" e...

... ele afirma detestar. Ele tibha prometido que faria as criticas à triologia do "Cars", e se ele gostou do primeiro filme - e creio que boa parte das pessoas também gostaram - sobre o segundo, não tem muita coisa boa para dizer.

Não irei dizer muita coisa, prefiro que vejam o video e tirem as vossas conclusões.

No Nobres do Grid deste mês...



O automobilismo não são só os pilotos, os carros e os lugares. É muito mais do que isso. A paisagem automobilistica tem muitas outras pessoas que contribuiem para a completar, desde os engenheiros e mecânicos, do qual sem eles os carros pouco ou nada funcionarão, passando pelos jornalistas e fotógrafos, que dão cor e vida às provas, e mostrarão a alguém que esteja longe quem são as pessoas e os carros que batem recordes de velocidade e vencem provas épicas. Não é raro lembrar de profissionais da comunicação que marcaram uma era do automobilismo, especialmente na Europa, que vão desde fotógrafos como Bernard e Paul-Hanri Cahier, franceses pai e filho, fotógrafos de renome, ou Harald Schlegelmilch, alemão, e também fotógrafo, bem como jornalistas escritos, como o suíço Gerald Crombac, e televisivos, como o britânico Murray Walker, o austriaco Heinz Pruller, o italiano Mário Poltronieri e claro, no Brasil, Galvão Bueno e Reginaldo Leme.

Mas houve em tempos algo distantes, pelo menos para a nossa geração, alguem que definiu muito do que é o profissional da comunicação e ótimo divulgador do automobilismo. Mas o que poucos sabem é que era um apaixonado, e a uma certa altura na vida, ajudou a inventar a profissão de navegador em corridas automobilisticas de longa distância. E neste mês, comemora-se o seu centenário. Eu hoje falo de Denis Jenkinson.

(...)


Nos quarenta anos seguintes, "Jenks" ou "DSJ" passava os seus verões viajando pela Europa e seus invernos em uma sucessão de "casotas" no "countryside" britânico, acabando por se estabelecer perto de Crondall, em Hampshire, numa casinha decadente, sem eletricidade ou água, em grande parte cheia de seus arquivos e peças de veículos que ele estava "mexendo". Ele era lendário pela falta de amenidades domésticas básicas na sua casa. Para ele, nada importava a não ser correr. E a sua proximidade com as equipas e pilotos, bem como seu estilo de escrita coloquial e sua paixão óbvia e duradoura pelo automobilismo é que o fez consolidar a sua eputação e respeito entre todos.

E os seus carros favoritos tanto poderiam ser um Jaguar E-Type como um Citroen 2CV.

Mas nos anos 50, ainda não queria largar tão facilmente o automobilismo. Amigo pessoal de Stirling Moss, participa em três edições das Mille Miglia, a corrida de mil milhas entre Brescia e Roma, ida e volta pelas dificeis estradas do centro de Itália. E a edição de 1955 entra na lenda porque Jenkinson é o navegador de Moss no seu Mercedes numero 722, que contrasta com Juan Manuel Fangio, que guia sozinho o outro carro da marca. "Jenks" tem uma pequena caixa no qual dita o percurso, através de um rolo que ia se mostrando à medida que se seguiam na estrada, para evitar perder tempo nos cruzamentos. A maneira como ambos venceram, e depois o livro que ele escreveu, "The Racing Driver", detalhando a maneira como foi aquela corrida, entrou na lenda do automobilismo, em todos os aspectos. (...)


Dennis Jenkinson era uma personagem colorida, mais uma das que polvilhavam o pelotão da Formula 1 na segunda metade do século XX. Antigo piloto de motos, campeão do mundo de sidecar em 1949, acabou por se tornar correspondente da revista Motorsport por mais de duas décadas, cobrindo as corridas europeias. Seu estilo era algo seco, mas vivia de modo excêntrico, com os seus carros, num lugar onde tinha comodidades bem frugais. Amigo de diversos pilotos, tinha amizades mais especiais com Stirling Moss, onde partilhou a condução nas Mille Miglia de 1955, acabando como vitorioso, e nos tempos finais, com o brasileiro Ayrton Senna, do qual ele ouvia de forma reverente.

Nascido a 20 de dezembro de 1920, Jenkinson morreu em novembro de 1996, aos 75 anos de idade. É sobre ele que falo este mês no Nobres do Grid.

Vende-se: Alfa Romeo Spider de 1986


Tem cerca de 53 mil milhas (84 mil quilómetros), é de 1986, a cor é Rosso Mettalico, e não é um Alfa Romeo Spider qualquer: pertenceu a Lady Gaga e agora está nas mãos de... Eddie Irvine. O carro está neste momento à venda no concessionário "The Barn", em Miami, especializado em carros exóticos, e a história é contada em pormenor no site americano Road and Track.

Lady Gaga - nascida a 28 de março de 1986 como Stefani Joanne Angelina Germanotta - tem muito bom gosto em termos de automóveis. A sua coleção pessoal tem veículos como o Audi R8 e o Lamborghini Huracan, como um Chevy El Camino e um Ford Mustang, e um Rolls Royce Phantom e um Corniche Convertível. E este carro, vermelho, italiano e de 1986 até calha mesmo bem a ela. E aparentemente, foi uma prenda de um ex-namorado seu, Rob Fusari. Quando acabaram, decidiu vender o veículo.

"Não faço ideia por que ela queria, mas tenho a sensação de que sei por que ela não queria mais", diz Gaston Rossato, co-proprietário do concessionário. "Ela e seu namorado [Rob Fusari] terminaram. Na verdade, algumas das fotos dela com o carro dos paparazzi mostram ele no carro com ela." Fusari, que também foi letrista e produtor do álbum de estreia de Gaga, mais tarde processou-a por 30 milhões de dólares, alegando que ela não havia pago a ele uma parte contratualmente merecida de seus enormes royalties. Gaga fez um acordo fora do tribunal por US $ 12 milhões. “Então eu acho que foi uma situação de se livrar-de-coisas-que-te-lembram-de-um-ex-namorado”, diz Rossato.

No caso de Irvine - o carro tem um autógrafo do ex-piloto da Jordan, Ferrari e Jaguar no porta-luvas - tem a ver com um veículo onde pudesse deslocar quando estava nas suas propriedades na Florida. “Começamos a conversar e ele me disse que estava interessado em vender esse Alfa que ele tinha. Eu disse a ele que estava interessado, principalmente porque era dele. Mas então ele disse que comprou o carro porque tinha pertencido a Lady Gaga."

Aparentemente, o ponto de não retorno aconteceu quando Gaga foi a Miami e ficou... numa das casas que Irvine tem na cidade. E ele teve a bela ideia de o trazer para que assinasse um autógrafo. 

"Eddie estava com o carro e pensou: vou tirar vantagem da situação. Vou levar o carro para casa e vou pedir que ela assine para mim. Então ele trouxe o carro para ela. Mas quando ela descobriu que estava lá, tudo o que disse foi: 'Tire essa m***a daqui, agora!'"

WRC: M-Sport com três carros


A M-Sport, que prepara os Ford Fiesta de WRC, revelou que terá três carros na temporada de 2021. O britânico Gus Greensmith, o finlandês Teemu Suninen e o francês Andrien Fourmaux. Greensmith fará a temporada inteira, enquanto o segundo carro será partilhado entre o finlandês e o jovem piloto francês, que fará parte da temporada com um R5. 

O que se sabe é que dois dos pilotos irão traer dinheiro para pagar a sua temporada, algo diferente de Suuninen, que ajudará a preparar esta e a de 2022, sem o seu navegador habitual, Jarmo Lehtinen, que será o responsável de eventos da Toyota Gazoo Racing.

À imprensa finlandesa, Suninen disse que “Um piloto deste nível deve ser pago para correr. Em nenhum momento eu duvidei que haveria algum lugar. Claro, percebi que os tempos são difíceis. No entanto, posso acrescentar que é preciso haver um piloto na equipa para desenvolver o carro [para 2022]”.

Malcolm precisava de um piloto de testes, e nenhum outro piloto experiente estava disponível. Mas seria bom para cada equipa ter mais pilotos de testes. Não importa o quão bom alguém seja em testar um carro novo, pois é bom haver mais perspetivas diferentes”, continuou. “É importante guiar um R5 em 2021 porque será mais semelhante em termos técnicos [diferenciais] aos carros de 2022, em termos de maneabilidade e estilo de direção”.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Rumor do Dia: Valencia poderá acolher uma prova de Formula E?


Com o calendário da Formula 1 a ser modificado a todo e qualquer momento, as outras competições também estão em isco devido à situação que todos atravessamos. Uma delas é a Formula E, que viu as provas de Santiago do Chile serem adiadas devido a problemas logisticos acumulados com a pandemia de CoVid-19. Com agora o inicio da temporada marcada para fevereiro na Arábia Saudita, fala-se agora que o circito Ricardo Tormo, em Valencia, poderia ser palco de prova - ou provas - da competição elétrica.

Numa entrevista ao site The Race, Alberto Longo, o viceCEO da Formula E, confirmou que Valência poderia substituir algum os atuais circuitos do calendário. “Valência sempre foi um plano para nós, obviamente como um plano B. Ainda estamos muito focados em correr no coração das cidades, mas como plano B e levando em consideração a situação em que estamos no momento, Valência sempre foi um lugar incrível para nós.”. comentou.

As chances que stão a ser refereidas têm a ver com as datas de Roma (10 e 11 de abril) e Paris (24 e 25 de abril), mas qualquer confirmação só será feita no final de janeiro.

Alguns dos pilotos já se manifestaram sobre essa chance. Lucas di Grassi, por exemplo, acrdita nas alterações de lugares e datas. “A situação esse ano será novamente complicada para os eventos em geral e terão muitas restrições e dificuldades para sediar eventos, pelo menos até julho.", comentou no site The Race.

Sergio Sette Câmara, piloto da Dragon, olha positivamente para a realização da corrida em terras espanholas e ressalta o cuidado necessário por conta da pandemia: “São tempos diferentes, e claro, é muito mais fácil instalar protocolos de segurança e assim por diante em um ambiente fechado, como Berlim ou Valência. Claro, eu preferia correr nas pistas originais da Fórmula E, mas é muito melhor correr em um circuito de corrida normal do que não correr.”, concluiu.

A situação do calendário de 2021


A FOM quer um calendário de 23 corridas para 2021, mas para cumprir esse designio, está a ser muito complicado. Apesar de agora haver pelo menos duas vacinas conra o CoVid-19 e os planos de vacinação em massa na Europa e nos Estados Unidos estão a começar a acontecer, ainda vai demorar até ter a grande maioria das pessoas imunizadas. E isso poderá ser tarde para salvar boa parte do calendário, pelo menos na sua forma inicial.

Segundo conta hoje o racefans.net, a China está em risco de não poder receber a Formula 1 este ano, juntando-se ao Vietname. O governo local disse há uns meses que não poderia acolher grandes eventos até aos Jogos de Inverno de 2022, e a Formula 1 poderia estar na lista desses eventos do qual não poderão acolher, pelo menos até eles vacinarem a sua população. E isso se junta às noticias so adiamento do GP da Austrália, previsto para 21 de março, devido às dificuldades logisticas e os surtos de CoVid-19. Em principio, a corrida acontecerá a 21 de novembro, entre o GP do Brasil, em Interlagos, e o GP da Arábia Saudita, em Jeddah. E ambos com duas semanas de intervalo, para se poderem precaver com as dificfuldades burocráticas e logisticas que isto poderá acarretar.

E nos lugares por preencher, poderão aparecer duas provas: Imola e Portimão. As datas que se poderão encaixar serão a 18 de abril, no caso italiano, e 2 de maio, no caso português, porque há a chance de eles receberem o MotoGP na semana anterior. O começo da temporada poderá ser no Bahrein, a 28 de março.

E mesmo que este calendário seja confirmado, há outros aspectos a ter em conta. Apesar das vacinas e dos planos de vacinação, as coisas ainda estão no auge. Hoje, só em Portugal, houve mais de dez mil casos confirmados, o dia com maior número de infectados. Apesar de estarmos em pleno inverno, e dali a três meses o cenario poder ser diferente, a ideia de não haver espectadores num eventual GP de Portugal de 2021 é bem real. 

O calendário reformulado será apresentado na próxima segunda-feira para o novo CEO da Formula 1, Stefano Domenicalli, e também para as equipas, no sentido de saber se aprovarão estas novas alterações. E claro, com a evolução da pandemia, espera-se que estas alterações não sejam as últimas de 2021, que alguns dizem ser já a segunda versão de 2020... 

Endurance: Glickenhaus faz parceria com Joest e Sauber


Jim Glickenhaus
está disposto a construir o seu Hypercar para o campeonato de 2021, e anunciou parcerias com a Joest Racing e com a Sauber, que antes de chegar à Formula 1, teve uma vasta experiência na Endurance. Contudo, a sua estreia com dois carros não será em Sebring, mas sim em Spa-Francochamps, em maio.

Numa entrevista ao site norte-americano Sportscar365.com, Glickenhaus confirmou que a Scuderia Cameron Glickenhaus (SCG) fez uma parceria com a Joest Racing, sendo que a prestigiada equipa alemã irá ser responsável por colocar em pista os dois chassis 007 para o Mundial WEC e as 24 horas de Le Mans. Já no caso da Sauber, a parceria será na parte aerodinâmica, pois foi no túnel de vento da equipa suíça de Fórmula 1 que a Audi Sport aperfeiçoou os seus LMP1.

O primeiro chassis estará pronto dentro em breve para ser submetido ao processo de homologação da FIA, e acreditam que a primeira rodagem em pista do protótipo deverá ainda acontecer este mês. Depois do "shakedown", SCG pretende realizar diversos testes extensivos, um deles com o fornecedor de pneus Michelin, onde incluirá uma simulação de resistência de 30 horas.

Quanto a pilotos, Glickenhaus afirma que fará um anuncio formal em março.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Rumor do Dia (II): St. Petersburg adiado para abril?


O calendário da IndyCar poderá estar a sofrer diversas alterações, e o anuncio poderá acontecer a qualquer momento. Segundo rumores vindos hoje, a corrida inicial de St. Petersburg, que estava previsto para o dia 7 de março, seria adiado po um mês, para 18 de abril, uma semana depois do circuito de Barber, que está prevista para o dia 11, e assim seria a prova de inicio.

As razões que se apontam para essa mudaça tem a ver não só por causa do CoVid, mas também tem a ver com o "buraco" de um mês entre ambas as provas que existe neste momento devido ao adiamento da corrida de Long Beach do inicio de abril para 26 de setembro, a última prova do calendário. Logo, problemas logisticos também tem um motivo por trás deste provável adiamento.

Assim sendo, caso tuso isto se confirme, mantêm-se as 17 provas previstas para esta temporada.

Rumor do dia: Testes de pré-temporada podem ir para Shakir


Os testes de pré-temporada deste ano podem ter de ser transferidos de Barcelona para Shakir. Tudo tem a ver com o iminente adiamento do GP da Austrália, previsto para o dia 21 de março, devido às medidas previstas para o combate ao coronavirus, e também pelo facto de Shakir ser a segunda pista do calendário de 2021, que passaria a ser primeira em caso de adiamento, uma semana mais tarde que o previsto.

O adiamento permitiria às equipas mais tempo para desenvolver os seus carros, pois os testes estão previstos para os dias 2,3 e 4 de março para Barcelona, e se acontecesse ali no Bahrein, estas seriam adiadas para o fim de semana de 12 a 14 de Março, e as equipas aproveitariam esse tempo até ao fim-de-semana do Grande Prémio para enviar o segundo carro entre os ensaios e a prova.

Estas mudanças no calendário acontecem numa altura em que ainda não se sabe qual vai ser a corrida que substituirá o GP do Vietname, que deveria ser realizado a 25 de abril, mas depois foi devfinitivamente cancelado. Imola e Portimão são duas das favoritas para receber a prova nesse dia, pois seria a data de abertura da formula 1 em paragens europeias. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A imagem do dia


John Hogan é provavelmente das pessoas mais importantes que nunca ouviu falar na Formula 1. Australiano de nascimento, esteve durante mais de trinta anos na Marlboro, a multinacional tabaqueira que investiu fortemente na categoria máxima, de 1972 até 1997, estando na McLaren a partir de 1974. Naqueles tempos ew inicio da chegada dos patrocónios, foram as tabaqueiras que deram imenso dinheiro pela simples razão que podiam. Aliás, o primeiro contrato foi local, quando a sul-africana Gunston fez um acordo com os carros da equipa de John Love, ainda antes da Lotus ter feito um contrato com a Imperial Tobacco, em fevereiro de 1968. Um contrato de cem mil libras, um valor bem alto para a temporada.

Hogan chega à Marlboro em 1973, depois de ter trabalhado na Nestlé, na Suíça. Tinha 30 anos e já com experiência em lugares como a Coca-Cola. Ali, ajudara nas carreiras de gente como Tim Schenken e Gerry Birrell, na Formula 2. Também ajudava a Rondel Racing, de Ron Dennis e Neil Trundle, também na Formula 2 e foi ali que se cruzou com outro britânico que tentava chegar ao topo, chamado James Hunt. 

Quando chegou à Marlboro, viu que os negócios quer com a BRM, quer com a Iso, equipa dirigida por Frank Wiliams, não levavam a marca longe. Portanto, pegou no dinheiro e em 1974, foi para a McLaren, junto com Emerson Fittipaldi. A aposta resultou, com vitórias e campeonatos quer para o brasileiro, quer para a equipa. Tudo correu bem até ao final de 1975, quando Fittipaldi sai da McLaren para rumar à Copersucar, a aventura brasileira. Hogan fez "lobby" para conseguir James Hunt, contra Teddy Mayer, que queria Jacky Ickx. E Hunt já tinha mostrado que era veloz, nas corridas que fizera pela Hesketh. Com o britânico por lá, contra todas as expectativas, acabou por vencer a temporada de 1976, o segundo título de pilotos para McLaren.

Mas a partir dali, foi sempre a descer. Em 1980, com John Watson ao volante, Hogan chegou ao pé dele e disse a Teddy Mayer que iria retirar o dinheiro da equipa, a não ser que tomassem medidas. Por essa altura, havia a Project Four, equipa de Formula 2 do seu velho conhecido Ron Dennis, que queria pular para a Formula 1. Estava a preparar o projeto, mas Hogan convenceu Dennis que o melhor era juntar ambos, numa fusão. Ambos dependentes do dinheiro da Marlboro, disseram sim, com cinquenta por cento cada um. No final de 1981, com o sucesso do MP4/1, de chassis de fibra de carbono, Mayer sai de cena, entregando a sua parte a Ron Dennis. 

No ano seguinte, Niki Lauda regressa à Formula 1, pela McLaren, e fez o contrato através de Hogan. Contrato feito, ele voltou aos carros com imenso sucesso: campeonatos seguidos entre 1984 e 86, com Lauda e o francês Alain Prost, e depois entre 1988 e 91, quer com o brasileiro Ayrton Senna, quer com Prost. E mesmo quando havia asneiras ou problemas, era Hogan que resolvia. Um exemplo foi o contato do "milhão de dólares por corrida" que Senna recebia na temporada de 1993, do qual Ron Dennis disse que não daria, foi Hogan e a Marlboro que deu o dinheiro até ele aceitar correr na equipa no resto daquela temporada.

Ao mesmo tempo, o dinheiro da Marlboro praticamente financiava as carreiras de geande parte dos pilotos daquela geração, e também equipas na CART, como a Penske, e na MotoGP, onde esteve no fato de pilotos como Wayne Rainey, por exemplo. Mas a ambição de Hogan era fazer da Marlboro o patrocinador titular da Ferrari, algo que aconteceu apenas em 1997, quando saiu de cena na McLaren, terminando uma era. Quando saiu de cena em 2002, para gozar uma merecida reforma, entre os muitos que tinha ajudado a caminhar pelo seu próprio pé, no mundo dos negócios e das relações públicas, estava um americano chamado Zak Brown, que certamente deve ter falado da McLaren e da paixão pelo automobilismo.

Hogan morreu no sábado, aos 77 anos, mais uma vitima do CoVid-19. A sua importancia foi maior e mais importante que muitos imaginam. Espera-se que qualquer dia se faça justiça pela sua colaboração. Ars lunga, vita brevis, John.

Aston Martin já revelou quando mostrará o carro de 2021


A Aston Martin revelou que irá mostrar o novo carro no mês que vêm, faltando ainda a data e o local. Mudando mais uma vez de nome, dois anos depois de ter mudado para Racing Point, vindo da Force India, a agora equipa oficial da marca britânica faz o seu regresso, 60 anos depois de uma primeira passagem muito discreta pela categoria máxima do automobilismo.

A Fórmula 1 é uma plataforma poderosa que desempenhará um papel fundamental na estratégia global da Aston Martin enquanto procuramos levar a empresa para a frente”, disse Stroll. “É um desporto verdadeiramente global com uma audiência enorme que acreditamos poderá ajudar a reacender a marca e aumentar ainda mais o seu apelo em todo o mundo”, começou por dizer Lawrence Stroll.

Esta é uma marca que já teve enorme sucesso no desporto automóvel internacional de alto nível, como nas 24 Horas de Le Mans, e agora temos a oportunidade de escrever uma nova página nos livros de história. Esta é uma perspetiva emocionante para qualquer pessoa que seja amante da marca Aston Martin, para os fãs da Fórmula 1 e do próprio desporto”.

A equipa terá o canadiano Lance Stroll e o alemão Sebastian Vettel como pilotos. 

Noticias: Albon fará o DTM em 2021


A Red Bull já decidiu que o tailandês Alex Albon andará no DTM na temporada de 2021. Desconhece-se em que carro andará, mas fará equipa com o neozelandês Liam Lawson, e um terceiro pilotos, cuja identidade ainda não é conhecida, pois ambos os pilotos têm compromissos que irão interferir com o calendário da competição. 

"O DTM com um plantel de alto nível e carros GT3 é uma plataforma interessante e um verdadeiro desafio, tanto para os pilotos de sucesso como o Alex Albon, quanto para o nosso Red Bull Junior, Liam Lawson", disse Dr. Helmut Marko, no comunicado oficial.

Albon, prerterido por Sergio Perez na próxima temporada de Formula 1, já tem com que fazer, apesar de ser ainda piloto de testes e de reserva da equipa dos energéticos. E o DTM vive um tempo da transição, já que com a saída de cena da Mercedes e da BMW, teve de aceitar carros da classe GT3, como a Porsche, Honda e a Aston Martin, para poder continuar. Aliás, Gerhard Berger, o diretor da competição, espera reunir 20 carros de pelo menos cinco construtores.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Youtube Formula 1 Video: Quantas previsões de 2020 ele acertou?

Josh Revell parece ter-se convertido ao "strollismo" - vejam a t-shirt - mas antes disso, fez umas previsões bem... normais para a temporada que acabou há menos de um mês. Se para uns, as coisas eram absolutamente previsiveis, noutros, as coisas sairam um pouco de lado. 

É curtinho, mas vale a pena ver. Espero que faça rapidamente o video para a temporada de 2021...