sábado, 26 de janeiro de 2008

A minha imagem do dia

O outro nome que poderia dar a este post seria "O homem que nasceu de novo". Hoje falo de David Purley, que se estivesse vivo, faria anos hoje. A sua carreira na Formula 1 não é grande coisa em rtermos de resultados, mas ele é conhecido por duas coisas: pelo homem que tentou inutilmente salvar Roger Williamson das chamas, no GP da Holanda de 1973 e por aquilo que mostro hoje, que fui buscar do GP Insider, do blogger e ex-piloto Mario Bauer.


Purley tornou-se, a 15 de Julho de 1977, no homem que sobreviveu à mais violenta desaceleração de sempre: batendo a 173 km/hora, parou em apenas 66 centímetros. O impacto equivaleu a uma desaceleração de 179,8 G's, ou seja, Purley supertou uma desaceleração 180 vezes superior ao seu próprio corpo. Sobreviveu com fracturas na bacia, pernas e costelas. E depois... voltou a correr!


Contudo, ele já não vive para contar a sua história: morreu num acidente aéreo a 2 de Julho de 1985 ao largo de Bognor Regis, no País de Gales. Tinha 40 anos.

WRC - Rali de Monte Carlo, Dia 3

O dia de hoje trouxe alterações na classificação do rali. O espanhol Daniel Sordo, companheiro de Sebastien Loeb na Citroen, desistiu com problemas de motor quando seguia na segunda posição. Esse contratempo faz com que o piloto francês prossiga ainda com mais tranqulidade, rumo à vitória nas classificativas monegascas.



Quanto ao segundo classificado, o finlandês Mirko Hirvonen, no seu Ford Focus WRC, só conseguiu ascender a esta posição após desistência de Sordo, já que o seu Ford oficial não se mostrou capaz de alcançar o Citroën do espanhol. Agora, com uma vantagem confortável para os restantes concorrentes, o finlandês decidiu levantar o pé, gerindo quase um minuto para o Subaru Impreza do australiano Chris Atkinson.


Quanto ao resto do pelotão: as esperanças de Jari-Mari Latvala de uma boa recuperação foram à vida quando desistiu com um braço da suspensão partida. Agora, é o belga Francois Duval que é quarto, no seu Stobart-Ford. Giggi Galli é sexto, atrás de Petter Solberg, enquanto que o francês Cuoq continua a surpreender os observadores ao ser sétimo, no seu Peugeot 307 WRC privado. A fechar os pontos está o Suzuki de Per Gunnar Andersson.

Noticias: Force India apresenta novo carro no dia 7

A Force India anunciou hoje que irá apresentar o seu novo carro do dia 7 de Fevereiro, em Bombaim, a capital económica da India.


Vijay Maliya, o proprietário da Force India, afirmou ontem ao autosport.com que apesar da apresentação, somente no dia 25 de Fevereiro que Giancarlo Fisichella e Adrian Sutil é que rodarão no novo carro. "Temos que ser realistas. Mesmo com potência e desenvolvimento aerodinâmico, vai levar algum tempo", declarou.


Maliya afirmou que apesar de este ser um ano de aprendizagem, tem objectivos ambiciosos para os dois anos seguintes: "Tenho bem claro os nossos objectivos para os próximos dois anos: no GP da India de 2010, quero ver um carro da FI no pódio".

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O piloto do dia - Johnny Cecotto

Esta semana comemorou-se o aniversário de um piloto realmente polivalente: primeiro nas motas, depois nos automóveis, primeiro na Formula 1 e depois nos turismos, este homem foi verdadeiramente o piloto dos sete oficios. A par de John Surtees e Mike Hailwood, foi um dos pilotos de motos mais bem sucedidos nos automóveis. Hoje falo do (por agora) unico venezuelano na Formula 1 e o primeiro companheiro de equipa de Ayrton Senna na Formula 1: Johnny Cecotto.


Alberto "Johnny" Cecotto nasceu a 21 de Janeiro de 1956 em Caracas. Filho de imigrantes italianos, começou muito cedo em competições. Aos 16 anos, estreou-se em competição, correndo no campeonato nacional de motociclismo, sendo bi-campeão nacional em 1973 e 1974. No ano seguinte, já com 19 anos, espanta o mundo ao participar na corrida Daytona 200 com uma moto Yamaha TZ 700 arranjada pelo importador local. Partindo da última posição (não chegou a tempo para fazer as qualificações), espanta os entendidos ao fazer uma corrida de trás para a frente, classificando-se na terceira posição final.

Pouco tempo depois, corre no Mundial de Motociclismo nas categorias de 250 e 350 cc. A bordo de uma Yamaha, espanta o "paddock" ao ganhar no seu primeiro Grande Prémio de sempre, em França... e em ambas as categorias! No final do ano, ganha mais quatro corridas e torna-se, aos 19 anos, no mais jovem campeão do mundo de sempre, batendo na categoria de 350 cc o super-consagrado piloto italiano Giacomo Agostini.

No ano seguinte, já apoiado pela equipa oficial, ganha a Daytona 200 e trava uma longa batalha pela renovação do título de 350 cc contra o italiano Walter Villa (1943-2002), que perde a favor de Villa, que corria... numa Harley-Davidson. Em 1977, parte para a categoria de 500 cc, sempre com a Yamaha, mas nunca se adaptou propriamente com a máquina. Para piorar as coisas, sofreu acidentes que o afastavam da luta pelo título durante algum tempo. O mais grave deles ocorreu na rápida (e perigosa) pista de Saltzburgring, na Austria, onde se envolveu num multiplo acidente, que causou a morte do suiço Hans Stadelmann.

Em 1978 e 79 esteve concentrado nas 500 cc, mas apesar de ganhar corridas, nunca teve capacidade para discutir títulos com outros pilotos como o americano Kenny Roberts, o inglês Barry Sheene (1950-2003), o sul-africano Kork Ballington, o alemão Anton Mang, entre outros. No final de 1980, depois de mais uma época frustrante, decide abandonar as motos e vira-se para os automóveis.


Vai correr na Formula 2 europeia, onde começa a correr na... Minardi. Os seus primeiros passos são seguros, mas em 1982 envolve-se numa luta com Corrado Fabi (irmão mais novo de Teo Fabi) pelo título europeu de Formula 2. O italiano leva a melhor, por um ponto. Nessa temporada, o piloto venezuelano ganhou três corridas: Thruxton, em Inglaterra, Mantorp Park, na Suécia e no circuito citadino de Pau, em França.



No ano seguinte estreia-se na Formula 1, a bordo de um Theodore, uma equipa do fundo do pelotão. Tem como companheiro de equipa o colombiano Roberto Guerrero, e as suas performances até não são más: na sua segunda corrida, em Long Beach, acaba em sexto lugar, conseguindo o seu unico ponto do ano. Isso dar-lhe-à no final da temporada o 19º lugar final. As suas performances permitiram-lhe conseguir uma segunda temporada na Formula 1, desta vez a bordo de um Toleman. O seu companheiro de equipa é um jovem prodígio brasileiro de 24 anos, vencedor do Campeonato Britânico de Formula 3 no ano anterior: Ayrton Senna.


Cedo Cecotto foi ultrapassado pela rapidez do brasileiro. Mas tentava o seu melhor para não ficar mal. O seu melhor foi um nono lugar no Canadá. Contudo, nos treinos de sexta-feira do GP de Inglaterra, em Brands Hatch, Cecotto sofre um impacto no muro de protecção a mais de 240 km/hora, que lhe causou graves ferimentos nas pernas. Foi o final da sua carreira na Formula 1.


A sua carreira: 23 corridas, em duas temporadas (1983-84), um ponto.


Depois de recuperar das suas feridas, Cecotto vira-se para as competições de Turismo. Primeiro, no Europeu da categoria, ao volante de um Volvo 240. Ganha a corrida da Guia, que faz parte do GP de Macau, em 1986. No ano seguinte, corre a famosa Bathurst 1000, e dois anos depois, torna-se campeão italiano de Turismos. a bordo de um BMW M3.


No ano seguinte muda-se para a Alemanha, onde durante quatro anos vai ser uma das personagens mais importantes do DTM. Sempre a correr pela BMW, o melhor que conseguiu foi ser vice-campeão em 1990. Quando a BMW se retirou da competição, foi para a Supertouring alemã, onde foi campeão em 1994 e 1998. Após isso, deu uma perninha na BTCC inglesa e em 2001 e 2002 foi bi-campeão so Campeonato alemão V8 Star, a bordo de um Opel Omega. Quando a série acabou, decidiu retirar-se da competição activa.

Hoje em dia, dedica-se a gerir a carreira do seu filho, Johnny Cecotto Jr., de 18 anos, que competiu em 2007 na Formula Master Series, tendo sido rival do piloto macaense Rodolfo Ávila.

Fontes:

WRC - Rali de Monte Carlo, Dia 2

No primeiro dia a sério... só dá Sebastien Löeb. Ao final do dia, o piloto francês tem uma vantagem de 56, 6 segundos sobre o seu companheiro, Daniel Sordo. A perseguir os dois Citroën, está o Ford de Mirko Hirvonnen, mas já está a 1 minuto e 22 segundos do piloto francês. Uma distância aparentemente impossivel de recuperar...



Entretanto, a emoção do rali transferiu-se para a luta pelo quarto posto, entre os Subaru de Chris Atkinson e Petter Solberg, e o Stobart-Ford do belga Francois Duval. no final do dia, a situação ficou um pouco mais clarificada, com o australiano a levar a melhor, mas Duval não anda longe: 14 segundos. A fechar os pontos estão o italiano Giggi Galli e o francês Jean-Marie Cuoq, que num Peugeot 307 com quatro anos, consegue estar dentro dos pontos...

Quanto aos restantes pilotos: os Suzuki oficiais estão na 11ª e 12ª posição, com Toni Gardmeister a sofrer problemas no seu carro. Entretanto, Jari-Mari Latvala conseguiu resolver os problemas da véspera e subiu até ao nono posto.

O rali prossegue amanhã, com a terceira etapa.

Extra-Campeonato: 21:25 da noite, 25 de Janeiro de 2004

O tempo voa, e quando damos por ela, já passaram quatro anos. Naquele Domingo à noite, não assisti ao jogo, por ser transmitido num canal codificado. Ouvi o relato na rádio, mas desliguei-o antes do golo do Benfica. Nem me recordava que aos 60 minutos, o treinador Jose Antonio Camacho metia Miklos Fehér no campo, em substituição de João Pereira, hoje a jogar no Sp. Braga. E que perto do fim, ajudou Fernando Aguiar marcou o golo da vitória.


Não vi nada disso. Estava no meu quarto, a ver um documentário do Discovery Channel sobre Nova Iorque. Fiu acordado para a realidade quando começo a ser bombardeado com SMS a dizer: "O que é que se passa com o Fehér?". Quando recebei a terceira ou quarta mensagem a perguntar a mesma coisa, foi quando saí do torpor.



Voltei a ligar o rádio, e a ouvir o desespero que tu entendias entre linhas, dos comentadores de serviço, que viram-no a cair. Eles e os 17 mil que lá estavam no estádio, desafiando a chuva e o frio, naquele 25 de Janeiro de 2004, no Estádio D. Afono Henriques, em Guimarães. Depois, as TV's que decidiram colocar, repetidamente até quase à nausea, os momentos entre a amostragem do cartão amarelo e ele a cair no chão, inanimado e provavelmente já morto.


Conseguiram revivê-lo momentaneamente, e levaram-no para o hospital da cidade, ali quase ao lado. À medida que os minutos passavam, era um país em espanto que ficava em suspenso: vive ou morre? Por volta das 10 e meia da noite, sentia que as coisas tinham levado a pior. Mandei um SMS com esses receios, e os que responderam alinhavam pelo mesmo. A confirmação da sua morte só aconteceu à meia-noite.


E de repente, o país desportivo esqueceu-se das suas quase estupidas rivalidades para se unir na dor de um jovem jogador, ainda por cima estrangeiro, como se fosse um deles. Isso espantou os próprios hungaros, que testemunhei numa conversa que tive com um deles, cerca de dois anos depois: ele me dizia que se ele jogasse num clube alemão, não teria visto nem um décimo do que nós fizemos... talvez por isso que haja agora muitos adeptos do Benfica na Hungria.


Eu vi um país em pranto. Vi filas de gente no Estádio da Luz, e coroas de flores a tapar o chão, onde estava o caixão. Vi jogadores unidos em pranto. Vi TV's a acompanharem o carro funerário que o levava de Guimarães para Lisboa. E os jogadores a chorar em unissono à volta do caixão. José Mourinho e Reinaldo Teles no Estádio da Luz a depositar uma coroa de flores. Uma loucura, no ano em que iriamos receber as selecções europeias...


Cheguei a ouvir portistas(!) a criticar Pinto da Costa pelo facto de não ter aberto a boca a lamentar a morte dele, pois ele foi um ex-jogador do F.C. Porto, que saiu de lá por divergências com o empresário que o representava. Mas também, desportivamente jogando, nunca "pegou de estaca" nem no Porto, nem no Benfica. E nesses dias, estava a ser negociado o seu empréstimo ao Marítimo...


E também cheguei a ouvir esta "estória": o realizador que estava a filmar esse jogo tinha gravado a queda de Fehér de frante (nós o vimos a cair de costas) e que tinha recebido ofertas milionárias (para cima de 50 mil euros) de TV's e jornais sensacionalistas para comprar a fita, para poderem ganhar "prime time" nos Telejornais e primeiras páginas nos seus pasquins. Ele simplesmente recusou o dinheiro e destruiu a fita. Ainda bem, poupou-nos a mais sofrimento.


Hoje passam-se quatro anos. Até aquele dia, o 25 de Janeiro era a data de aniversário de Eusébio da Silva Ferreira, o maior futebolista português de todos os tempos. Agora... o Benfica retirou para sempre a camisola 29, continuamos a falar de Fehér, mas não é Miklos, é Orsi, uma modelo famosa. Por uma incrível coincidência, amanhã joga-se um Guimarães-Benfica. O homem que queria Fehér no Marítimo, Manuel Cajuda, treina o Guimarães. O treinador do Benfica, que disse ao jornal Marca que aquele tinha sido um dos momentos mais tristes e impotentes da sua vida, está de volta: José António Camacho. Outra coincidência: O F.C. Porto prepara-se, tal como há quatro anos, para ganhar o título com grande avanço.


Coincidências a mais, não é? Espero que fiquem por aqui. Mas tenho de confessar isto: por muitos anos que viva, não vou conseguir esquecer aquele 25 de Janeiro, às nove e meia da noite...

A minha imagem do dia

A imagem diz tudo, é certo. Mas para Luca Badoer, que faz hoje 37 anos, e extremamente injusto ver este homem, campeão da Formula 3000 em 1992, e que foi depois companheiro de Pedro Lamy na Minardi, ter uma carreira na formula 1 mal sucedida. Mas isto, talvez, demonstra um pouco o que foi a Formula 1 nos anos 90.


Hoje em dia é piloto de testes da Ferrari, e provavelmente vai ser a última vez que correrá num Formula 1, o que é, mais uma vez, uma espécie de injustiça. Ele está no Guiness por ser o piloto com mais corridas sem pontuar, 48. E isso poderia ser quebrado em 1999, caso a sorte o tivesse favorecido em Nurburgring, quando seguia em quarto lugar naquele caótico GP da Europa...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

WRC - Rali de Monte Carlo, Dia 1

Aconteceu o que se esperava: Sebastian Löeb domina os troços monegascos. O piloto francês, após os dois primeiros troços, tem uma vantagem de 12 segundos sobre o seu companheiro de equipa Daniel Sordo, o segundo classificado.


Quanto à concorrência: Jari-Mari Latvala cometeu um erro e atrasou-se, deixando o seu companheiro Mirko Hirvonnen na terceira posição, mas a 44 segundos de Löeb. Logo a seguir vem o Subaru de Chris Atkinson, os Focus de Francois Duval, Henning Solberg, Giggi Galli, e o Suzuki de Toni Gardmeister. Num Monte Carlo sem neve na estrada (mas provavelmente com algum gelo), caso nada aconteça, isto arrisca-se a ser um passeio para Löeb... amanhã é o segundo dia.

GP Memória - Canadá 1973

Ontem de madrugada, quando meti a foto do "safety-car" no GP do Canadá de 1973, sabia que aquilo tinha sido uma das coriddas mais confusas de sempre. Só não sabia como. Mas sabia que o Gustavo Coelho estava a fazer mais uma das suas listas dos 10 Mais, e poucas horas mais tarde, disse-me que eu, sem crer, tinha lhe "estragado o negócio", porque aquela tinha sido uma das duas corridas mais confusas de sempre. Hoje soube que era a número dois da lista.

Como acho que essa corrida merece ser contada, vou aproveitar a boleia.


O Mundial de Formula 1 em 1973 foi uma batalha titânica entre a Tyrrell e a Lotus, pois ambos tinham os melhores carros do momento: o Lotus 72 e o Tyrrell 006. O escocês Jackie Stewart aproveitou bem as rivalidades internas entre Emerson Fittipaldi e o sueco Ronnie Peterson para garantir o título mundial no GP de Itália, em Monza, quando terminou em quarto e Colin Chapman não deixou Fittipaldi ganhar a corrida, que foi para o seu companheiro. Portanto, em Mosport, o pelotão da Formula 1 estava muito mais descontraído, pois tudo estava decidido.

Essa descontracção fazia com que alguns emergentes aparecessem. Um bom exemplo era o novo McLaren M23. Tinha ganho em Inglaterra, através de Peter Revson (mais uma corrida confusa, com uma monumental carambola na primeira volta), e tentava repetir a gracinha com três carros, para Revson, o neozelandês Dennis Hulme e um jovem sul-africano, cuja rapidez e perigosidade tinham-lhe dado a alcunha de "Baby Bear": Jody Scheckter.

Nos treinos, Ronnie Peterson fez o melhor tempo, seguido de Peter Revson e Jody Scheckter, nos seus McLarens. Carlos Reutmann foi quarto, seguido por Emerson Fittipaldi, o Tyrrell de Francois Cevért, o McLaren de Denny Hulme e então, o Tyrrell de Jackie Stewart.

A 23 de Setembro de 1973, dia da corrida, o tempo estava mau. Tão mau que a partida foi adiada uma hora, para que o tempo pudesse melhorar. Quando o tempo melhorou um pouco, a partida foi dada. E logo no começo, Ronnie Peterson comete um erro crasso: coloca pneus slicks, pensando que a pista iria secar rapidamente. O resto do pelotão ultrapassou-o facilmente...

Quem aproveita isto tudo é um jovem austríaco, piloto da BRM: Niki Lauda. Em pouco menos de cinco voltas, chega à liderança, e alarga a diferença para mais de 23 segundos na volta 15. Era a primeira manifestação de categoria de Lauda na Formula 1... contudo, a pista começa a secar, e Lauda vai para as boxes. Só que os mecânicos da BRM demoram muito tempo para colocar pneus slicks e ele perde a liderança a favor do Shadow de Jackie Oliver.

Numa altura em que a cronometragem era manual, ver dezenas de pilotos a entrar ao mesmo tempo causou confusão entre os organizadores, pois ninguém sabia quem era o líder! Quando a poeira assentou, era o Lotus de Emerson Fittipaldi que liderava a corrida. Mas na volta 32, as coisas pioraram, e bastante...

Nessa volta, o McLaren de Jody Scheckter não consegue evitar bater no Tyrrell de Francois Cevért. Por causa disso, e pelo facto de haver detritos na pista, o organizador decide fazer algo inédito: colocar o pace-car na pista! A intenção era boa, mas a sua aplicação prática foi um desastre.

Primeiro: quando o Porsche 914 guiado por Eppie Witzes saiu para a pista, estava esperitando por Jackie Stewart. Ora, entrou no preciso momento em que o escocês... entrava na box! Confuso, o outro passageiro do carro, Peter Mcintosh, pergunta à torre de controlo quem era o lider. Respondem que era o carro numero 25. Era o Iso-Marlboro (liderado na altura por... Frank Willliams!) do neozelandês Howden Ganley.

Lá ele se colocou à frente do carro, a "regular o trânsito". Só que no momento em que fez isso, tinha cometido um erro crasso: Ganley não era o primeiro, mas sim o quarto classificado! Momentos antes, quando o Porsche esperava pela confirmação, tinha deixado passar os três primeiros: o Shadow do inglês Jackie Oliver, o BRM do francês Jean-Pierre Beltoise e o McLaren do americano Peter Revson. Para melhorar as coisas, ele ficaram no fundo do pelotão... com uma volta de avanço!

O "safety car" lá ficou por seis voltas. Quando a corrida voltou ao normal, os três primeiros lá fazem a sua corrida, tentando ver qual deles é que iria ser o lider. Entretanto, Ganley foi ultrapassado pelo Lotus de Fittipaldi, que guiou que nem um louco, tentando apanhar os outros três pilotos. Nesta altura, a liderança pertencia a Jackie Oliver, mas quando teve problemas de acelerador, passou-a para Beltoise. Mas no final, o melhor foi Peter Revson.

Quanto a Fittipaldi, conseguiu apanhar alguns dos membros do grupo, como Oliver e Beltoise. Cortou a meta convencido que era o vencedor (Colin Chapman até atirou o chapéu, o seu sinal de vitória), mas isso era só o inicio dos problemas... durante quatro longas horas, os organizadores calcularam todos os tempos feitos pelos pilotos e chegaram à conclusão: o americano Revson era o vencedor, Fittipaldi era o segundo, e Jackie Oliver tinha dado à Shadow o seu primeiro pódio de sempre da equipa. Beltoise, Jackie Stewart e o Iso de Hownden Ganley fecharam os seis primeiros.

Para Revson, foi o seu último triunfo da sua carreira (morreria seis meses depois, na Africa do Sul) e para os organizadores, foi uma tarde para não esquecer. O "safety-car" só voltou a ser usado 20 anos depois, numa outra corrida conturbada: o GP do Brasil de 1993. E assim acabava um dos mais extraordinárias e confusas corridas de sempre, algo que os anos iriam demostrar ser tipico dos GP's canadianos...


Fontes:




I still remember...

Hoje dei por mim a fazer este exercício de reflexão. O Heath Ledger puxou-me para isto, mas quando estava a ver a sério o site do Robert Murphy e as suas reflexões sobre o automobilismo, decidi fazer algo semelhante.

Primeiro que tudo: para aqueles que começaram a ver Formula 1 a partir de 1995, vocês estão safos: não tem que fazer este tipo de lista. Mas como eu tenho 31 anos de idade e 26 de Formula 1, já tenho a minha lista de nomes para lembrar. Ao todo são nove, mas acrescento mais dois, que não tem a ver com a Formula 1, mas que estão também imprimidos na minha memória.

Começo com Gilles Villeneuve. A minha imagem mais distante da Formula 1 é ver o grande Gilles a ir pelo ar, depois de tocar no March de Jochen Mass, em Zolder. E de abrir Telejornais com as imagens do acidente, e da minha familia a falar sobre outros pilotos do passado, especialmente a minha mãe a falar sobre um "Pato"... na inocência dos meus cinco anos, e não ligando a caras, pensava que o Villeneuve era o Piquet! E o "Pato" era o José Carlos Pace.



Semanas depois, estava a ver Ricardo Palleti preso no seu carro, fatalmente ferido, e de repente, o carro pegou fogo. Mais uma vez, a minha familia a reviver tudo de novo. Mas eu não ligava nenhuma. Afinal, tinha 5 anos...



Quando tudo voltou a acontecer, passaram-se três anos. Estamos em 1985, e já era um apaixonado pela Formula 1, mas nem sabia que os pilotos podiam correr por outras provas. E quando soube que num espaço de três semanas, dois talentosos pilotos alemães, Manfred Winkelhock e Stefan Bellof, tinham morrido em provas de Sport-Protótipos, fiquei confuso, mas sabia quem era Stefan Bellof: muito talentoso e muito rápido. Achava que ele seria um bom rival de Ayrton Senna. E fiquei chocado com a noticia da sua morte, quando tentava uma ultrapassagem impossivel ao Jacky Ickx na zona do Eau Rouge.



Poucos meses mais tarde, em 1986, senti melhor esse impacto: as mortes do Dakar (Thierry Sabine), a tragédia da Pena, no Rali de Portugal, e depois... Hari Toivonnen e Elio de Angelis. Em pouco mais de 15 dias, via dois talentosos pilotos a morrerem em circunstâncias difrentes. Então o De Angelis... tinha visto o acidente, mas sabia do seu desfecho. Dias depois, quando entrevistaram o Senna, que estava de passagem por Portugal, e comentou a morte de De Angelis, soube do que tinha acontecido.


Quanto ao Toivonnen: eu já começava a gostar de Ralies, mais pelo espectáculo do que a torcer por A ou B. Dele, lembro-me de duas coisas: de como ficou reduzido o seu carro, depois do despiste na volta à Corsega, e lembro do histerismo da imprensa depois, a saber o porque é que tudo isto estava a acontecer. Era a minha primeira experiência de como os meios de comunicação social disseminam o problema, mas não apresentam a solução...



Mas para mim, ficou-me como o meu primeiro "maldito Maio".



Os anos passam, e as coisas melhoram. Vês acidentes espectaculares, em que o piloto saia do carro a sacudir o pó e nada mais. continuavam a desafiar a morte, é certo, mas safavam-se sempre. Mesmo quando o Martin Donnely teve aquele acidente grave em Jerez, em que acabou a sua carreira competitiva, achei que as mortes na pista tinham ido de vez.



Julgava isso tudo, até ao dia 30 de Abril de 1994. Estava a ver os treinos na Eurosport, na casa de um vizinho meu. Não vi o momento do acidente do Roland Ratzenberger, mas vi as repetições, e pensei que era grave, mas que iria sobreviver. Como estava a demorar, tive que sair de casa para resolver umas coisas, e quando voltei, estavam a anunciar a morte dele. Sofri um baque. Não pensei que voltaria a ver isso de novo. E fiquei com a memória de um piloto esforçado, que guiava um carro patrocinado pela MTV, e que teve um incrível azar. Fiquei deprimido.


No dia a seguir, fui visitar os meus avós, e sabia que pela viagem, iria perder o inicio da corrida. Quando lá cheguei, a minha avó disse-me que tinha havido um acidente. Quando vi os destroços, pensei: "é o Damon Hill". Tu pensas sempre que o teu ídolo nunca morre, não é? Mas morreu. E lembro-me de tudo o que fiz nesse dia. Tudo...




A morte do Senna trouxe-me um paradoxo: passei a ver a Formula 1 de uma maneira desapaixonada. Não torcia por ninguém, excepto por algumas vezes, com Villeneuve Jr., Montoya, e agora Hamilton. Mas essas paixões passavam, pois o primeiro era o unico. E vi o meu segundo "maldito Maio": Wendlinger, Lamy, Montermini, o histerismo da imprensa, a FIA a fazer medidas à pressa...




A minha última história ocorreu na Noite das Bruxas de 1999. Estava a ver no Eurosport a última prova do campeonato CART, em directo, no ultra-veloz oval de Fontana. Enquanto Dario Franchitti e Juan Pablo Montoya disputavam o título, via Greg Moore perder o controlo do seu carro e bater forte no muro. Quando o carro parou, sabia que ele estava morto. Sentia-o. Nem era preciso saber se mexia ou não. Eu já sabia, muito antes do médico confirmar.



E o resto daquela noite foi surreal: fui sair, ter com a minha namorada de então, e contei o que se tinha passado. E ela lá tentou animar-me no resto da noite, mas não: sentia uma "profunda, apagada e vil tristeza" (Camões)



Vocês, os mais novos, que nunca viram mortes em directo, desejo que continuem assim. Mas quando me recordo do impacto dos acidentes do Alex Zanardi, em 2001, no Lauritzring, e do Robert Kubica, o ano passado, em Montreal, pergunto-me: como é que o público em geral reagiria de novo a uma morte na Formula 1? Lembro-me como foi em 1986 e 1994...



E ainda me lembro de uma coisa: estava eu a estagiar na RTP, em 2006, quando chega a noticia da morte de Henri Magne, ex-navegador do Carlos Sousa, no Rali de Marrocos. Mesmo jornalistas tarimbados ficaram espantado com tão trágico destino. E falamos de um navegador...



Em suma: sou novo, mas já tenho as minhas cicatrizes, e algumas delas foram profundas. Hoje em dia, a unica coisa que posso fazer é homenageá-los e contar a história das suas vidas curtas e intensas. E torcer para que mortes destas em pista nunca mais voltem a acontecer.



Já agora, para acabar: tentem ler isto com uma banda sonora como fundo. Eu escrevi isto a ouvir esta canção. Mas também poderia ter escrito a ouvir esta canção ou esta. A escolha é vossa, claro. Mas fiz isto como exercício de recordação, espero que façam o vosso.

A minha imagem do dia

Ainda estou a pesquisar aquele site, procurando por boas fotografias para colocar aqui e falar sobre elas. Hoje vi esta bela fotografia de Niki Lauda, sentado no seu Ferrari 312B3, nas boxes de Watkins Glen, na edição de 1974, com os mecânicos a trabalharem no seu carro.


E uma imagem invulgar por estes dias. Não tanto pelo piloto sentado no carro, mas sim pela "nudez" que o carro mostrava. Acham que isso seria possivel hoje em dia?

Lembrando Jo Gartner

Se estivesse vivo, Jo Gartner faria hoje 54 anos. Um talentoso piloto austriaco, ficou mais conhecido por aquilo que fez em Sport-Protótipos do que na Formula 1. Vencedor das 12 Horas de Sebring em 1986, com Bob Aikin e Hans-Joachim Stuck, concorreu muitas vezes às 24 Horas de Le Mans, onde o seu melhor resultado foi um quarto lugar na edição de 1984.


Para além disso, correu em oito Grandes Prémios de Formula 1, a bordo de um Osella, tendo o seu melhor resultado um quinto lugar no circuito de monza. Contudo, esses pontos não contaram para o campeonato do Mundo porque a equipa tinha inscrito um carro no inicio da temporada. A vida pode ser injusta...


Infelizmente, Gartner é mais conhecido pelo seu acidente fatal: é a última morte conhecida das 24 Horas de Le Mans, quando na madrugada do dia 1 de Junho de 1986, o seu Kremer Porsche 962 despistou-se na Recta do Mulsanne, matando- o de imediato. Tinha 32 anos.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Mundial WRC 2008 - As equipas

Amanhã começará o Mundial de Ralies de 2008, com a realização do Rali de Monte Carlo. Este ano vai ter algo diferente, pois vai ser o primeiro ano em que não veremos Marcus Gronholm à partida das classificatrivas deste ano. O que nos leva à seguinte pergunta: Será que vai ser mais um passeio para a Citroen de Sebastian Loeb?


Este ano, alinharão à partida seis equipas oficiais. Para além das equipas oficiais da Citroen, da Ford, da Subaru e da Suzuki, também teremos a Stobart-Ford e a Munchi-Ford, ambos com Ford Focus WRC 2007. Se na Citroën, tudo se mantêm na mesma, na Ford, com a saída de Marcus Gronholm, a equipa foi buscar uma promessa finlandesa de 23 anos: Jari-Mari Latvala, o homem que foi a revelação do Mundial no ano passado, onde alcançou alguns lugares no pódio.


Na Subaru, carro novo, pilotos velhos: o norueguês Peter Solberg e o australiano Chris Atkinson vão estrear mais uma nova evolução do Subaru Impreza. Afastados da luta pelo título desde 2006, esperam que este carro seja o responsável para, pelo menos, regressarem às vitórias. Entretanto, na Stobart, sem Latvla, contrataram, provavelmente, o piloto mais espectacular do momento: o italiano Giggi Galli. Como companheiro de equipa, Galli vai ter três: o norueguês Henning Solberg (irmão de Petter), o inglês Matthew Wilson (filho do patrão, Malcom Wilson) e o belga Francois Duval.


A Suzuki parte este ano para o sua primeira época a tempo inteiro, com objectivos obvios: evoluir o Suzuki WRT e tentar uma gracinha entre os consagrados. O finlandês Toni Gardmeister e o sueco Per-Gunnar Anderson.


Quanto à Produção, a novidade tem a ver com a inscrição não só de Armindo Araujo, num Mitsubishi Lancer Evo IX, como também de Bernardo Sousa, também num Mitsubishi Lancer Evo IX, com o patrocimio da Red Bull. Amanhã começa o campeonato do mundo. Um passeio para Löeb ou algo mais?

De repente, sem avisar...

Os testes de hoje, em Valência, mostraram algo inesperado: a Honda colocou em pista o seu novo Honda RA 108. Com a apresentação oficial somente marcada para o dia 29, causou surpresa ver rodar o novo carro.

A primeira novidade (ou a que salta mais à vista) é que ele não tem a "ponte" na parte superior da asa dianteira, como agora parece ser moda entre as restantes equipas. Em suma, um desenho mais convencional. quem rodou com o novo carro nesta manhã foi Rubens Barrichello.

O que será que aparecerá neste ano? Uma coisa é certa: tem que ser muito melhor que aquele chassis desastroso do ano passado, que não deu nehum ponto ao piloto brasileiro...

The End: Heath Ledger (1979-2008)

O actor australiano Heath Ledger, conhecido pelo seu desempenho no filme "Brokeback Mountain" em que fazia dupla com Jake Gyllenhall como dois "cowboys" gays, foi encontrado morto esta noite no seu apartamento em nova Iorque. Tinha 28 anos.


No seu apartamento foram encontrados comprimidos para dormir a seu lado, na cama. As autoridades policiais não querem revelar pormenores, mas a hipótese de suicidio ou overdose acidental de comprimidos não estão excluidas. Neste momento, vivia sozinho depois de se ter separado recentemente da sua companheira Michelle Williams, que se conheceram durante a rodagem de Brokeback Mountain.


Nascido a 4 de Abril de 1979, na cidade de Perth, na Australia, era filho de uma professora e de um antigo piloto de automóveis. Aos 16 anos, depois de completar o liceu, foi para Sydney para seguir uma carreira artistica. pouco tempo depois, foi para Hollywood, onde o seu primeiro filme foi uma comédia para adolescentes: "10 Things I Hate About You".

A partir de 2000, a sua carreira internacional começa a aparecer: foi filho de Mel Gibson em "O Patriota", o filho suicida de Billy Bob Thorthon no drama "Monster's Ball", o falso cavaleiro Ulrich Von Lichtenstein em "A Knight's Tale", e antes de Brokeback Mountain, foi um dos irmãos Grimm no drama fantástico "The Brothers Grimm".


Em 2005 entra em Brokeback Mountain, realizado pelo taiwanês Ang Lee, onde faz de Ennis del Mar, um solitário vaqueiro, que se apaixona por Jack Twist, interpretado por Jake Gyllenhal. O filme foi um sucesso de bilheteira e de crítica, e recebeu oito nomeações para os Óscares, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor Principal (Ledger), Melhor Actor Secundário (Gyllenhal), Melhor Actriz Secundária (Williams), Melhor Argumento Adaptado, Melhor Banda Sonora Original e Melhor Cinematografia. No final, ganhou três: Realizador, Argumento Adaptado e Banda Sonora.


Após BrokeBack Mountain, Ledger participou em mais alguns filmes: fez de Casanova, no filme com o seu nome, foi um dos seis actores a fazer de Bob Dylan no biopic "I'm Not There", e neste Verão, será o vilão Joker no filme "The Dark Knight", contracenando com Christian Bale, que será Batman. Por estes dias estava em Vancouver a rodar o filme de Terry Gilligham "The Imaginarium of Dr. Parnassus", que trata sobre um dono de um circo que para atraír mais público, faz um pacto com o Diabo. Já agora, o Diabo será interpretado por Tom Waits...


Está a ser um mau mês para os jovens actores: no passado dia 15, outro jovem actor, Brad Renfro, foi encontrado morto na sua casa em Los Angeles, após o que se suspeita ter sido uma noite de farra e drogas. Foi actor-mirim no filme "O Cliente", com Susan Sarandon, e depois de adulto, foi actor em filmes como "Ghost World" e "Bully", do controverso realizador Larry Clark. Tinha 25 anos.


De facto, é uma pena ver alguém mais novo do que eu a morrer primeiro... especialmente quando se fala de um actor muito talentoso. Não me admiraria nada que de futuro se crie um mito à volta dele.

A minha imagem do dia

De quando em quando, uma ida ao site Flickr compensa, principalmente quando se encontram uma autêntica mina de ouro que é fotos de corridas antigas, tiradas por pessoas que foram assistir e que anos depois, digitalizam-nas e metem para gaudio de fãs como eu.


Como esta semana o Gustavo Coelho anda a meter por estes dias as 10 Corridas Mais Confusas de Sempre, deve concerteza se lembrar do GP do Canadá de 1973, onde se viu pela primeira vez um Safety-car na Formula 1. E o carro na ocasião foi um Porsche 914. Belo carro, hoje em dia pode-se comprar um por 15 mil euros...


Voltando à vaca fria: a corrida foi uma confusão, com a entrada do safety-car. A confusão foi total, e no final da corrida, muitos pensavam que o vencedor tinha sido Emerson Fittipaldi, mas os organizadores, depois de calcularem os tempos, declararam vencedor o McLaren de Peter Revson. A completar o pódio ficou o Shadow de Jackie Oliver.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Noticias: Jacques Sr. sofre grave acidente

Quem conta isto hoje é o blog Octeto: Jacques Villeneuve Sr. o "oncle Jacques", sofreu na passada sexta-feira um acidente numa prova de snowmobile no Wisconsin, tendo ficado gravemente ferido. O piloto canadiano de 52 anos, irmão de Gilles Villeneuve e tio de Jacques Villeneuve, teve problemas com o seu "snowmobile" na partida e empurrava a sua mota quando sofreu uma colisão a mais de 225 km/hora, sofrendo fracuras na bacia e numa das pernas, bem como uma fractura não especificada na coluna vertebral.


Os médicos conseguiram estabilizar a condição do doente e afirmaram que a sua recuperação vai ser longa, entre seis a nove meses no mínimo.


Jacques Villeneuve Sr. é um dos monstros sagrados nos "snowmobiles", tendo ganho o World Championship Snowmobile Derby por três vezes (1980, 1982 e 1986). No final dos anos 70 trocou os snowmobiles pelo automobilismo, seguindo os passos do seu irmão, mas não foi muito bem sucedido, pelo menos na Formula 1, onde tentou qualificar-se por três vezes, em 1981 e 1983, e falhou sempre.


Após isso, foi para a CART e a Can-Am, onde foi campeão em 1983, e tornou-se no primeiro canadiano a ganhar uma prova na CART, em 1985. No final dos anos 80, largou as corridas em circuito e voltou aos "snowmobiles", onde continuou a ser um nome incontornável na modalidade.