sábado, 13 de setembro de 2008

Mulher de ex-piloto sofre!

Lembram-se do teste feito no inicio da semana pelo Riccardo Patrese, num Honda? É que, graças ao Fernando Ringel, do blog Velocidade Máxima, ainda há mais um "acontecimento lateral" nisto tudo. Depois do teste no Formula 1, Patrese levou a sua "bella donna" a dar uma volta a Jerez, num Honda Civic Type-R. Só que ele decidiu por o pé no acelerador como nos bons velhos tempos e o resultado foi este...

O video foi colocado ontem no Youtube, e já tem quase 50 mil visitas. Isto será causa de divórcio?

PTCC - Braga (Qualificação)

Este fim de semana, o campeonato nacional de velocidade, mais conhecido pela sua sigla internacional PTCC, vai ao Circuito Vasco Sameiro, em Braga, numa altura em que este entra na sua fase decisiva, pois depois desta jornada, faltarão dois fins de semana duplos em disputa, e a diferença de pontos entre César Campaniço (BMW) e João Figueiredo (Peugeot) é de apenas dez pontos (62 contra 52).

A qualificação desta tarde, no Circuito Vasco Sameiro, foi a mais emocionante da temporada, com Patrick Cunha a assegurar a primeira "pole position" da época, com seis milésimos de segundo de vantagem para César Campaniço, o actual líder do PTCC. Uma diferença no cronómetro que, de acordo com dados de telemetria, se traduz em apenas 20 centímetros de pista...

"Era um resultado que ambicionava há muito, fruto de uma volta feita verdadeiramente no limite", afirmou um Patrick Cunha satisfeito. Relegado para o segundo lugar, César Campaniço (BMW 320si) não era o espelho da desilusão no final da qualificação: "É pena que tenha perdido a ´pole´ por seis milésimos de segundo, mas o carro está competitivo e tenho esperança que também esteja mais consistente que os dos meus adversários, daí que encare as duas corridas com confiança".

Com problemas de subviragem no Peugeot 407 S2000, João Figueiredo efectuou o terceiro melhor tempo da sessão, estabelecendo "como prioridade encontrar uma afinação que torne o carro consistente em corrida". Com a quarta melhor marca, Francisco Carvalho lamentou "ter ficado sem direcção assistida logo na primeira volta lançada", ao passo que Jorge Areal (a estrear um SEAT Leon Supercopa), António João Silva, José Monroy e Luís Barros se classificaram nos lugares imediatos.

Uma jornada dupla em perspectiva para amanhã, com as corridas a terem "honras" de transmissão televisiva integral na RTP2 às 15.30h e 16.30h.

Le Mans Series: 1000 km de Silverstone (Qualificação)

A Le Mans Series tem hoje o seu fim de semana de encerramento, com os 1000 km de Silverstone, onde Peugeot e Audi degladiam-se entre si para saber quem tem a máquina mais rápida do pelotão. E até agora, a marca do leão tem levado a melhor, e hoje não é excepção. Stephane Sarrazin e Pedro Lamy conseguiram a pole-position para esta prova, batendo os seus companheiros Nicolas Minassian e Marc Gené, e o Audi R10 de Alan McNish e Rinaldo Capello.


Alexandre Premat e Mike Rockenfeller foram os quartos com o segundo Audi, ficando pouco à frente do Charouz Racing Lola Aston Martin, de Jan Charouz e Stefan Mucke, e do Courage-Judd de Olivier Panis e Nicolas Lapierre. João Barbosa, o outro português na categoria LMP1, colocou o seu Pescarolo-Judd (cuja condução é partilhada pela belga Vannina Ickx e pelo inglês Mike Holgins) no 13º posto.


Na categoria LMP2, o Porsche da Van Mercksjin, pilotada por Jos Verstappen, fez a pole-position na sua categoria, enquanto que o Lola-AER da Quifel ASM Team, pilotada por Miguel Pais do Amaral e Olivier Pla, foi o quarto na sua classe. A corrida começa na manhã de Domingo, pelas 11 da manhã locais.

GP2 - Itália (Corrida 1)

Depois da Formula 1, foi a vez da GP2 correr debaixo de um dilúvio no Autódromo de Monza. Com o título em jogo, muito poderia acontecer... o esquema era simples: Giorgio Pantano seria campeão se o seu mais directo rival, Bruno Senna, não vencesse a corrida. Caso acontecesse, mesmo que Pantano não acabasse a corrida, o italiano seria o novo campeão da GP2 em 2008. Como o brasileiro era 12º na grelha, e Pantano partia da "pole-position" o italiano já tinha nove dedos e meio na taça do campeão...


A corrida começou debaixo de chuva intensa, com um acidente logo na primeira chicane, envolvendo Andreas Zuber, Vitaly Petrov e Kamui Koboyashi. Entretanto, Pantano continuava na frente sem problemas, enquanto que Lucas di Grassi tentava alcançá-lo, e Bruno Senna tentava lá chegar, subindo posições. Outro que começava de muito atrás era Alvaro Parente, que de 21º à partida, a meio da corrida era já o 12º. Contudo, quando foi a sua vez de meter pneus, para o seco, os mecânicos tiveram problemas, partindo um dos encaixes da roda, e o português desistiu.


Quando a pista começou a secar, Senna foi para as boxes e trocou de pneus rapidamente, e esperou para que a água evaporasse mais depressa, para acelerar e recuperar posições. A oito voltas do fim, Pantano parou na boxe, enquanto que na travagem para a primeira chicane, o novo láder, Maldonado, era ultrapassado por Di Grassi.

As voltas finais estavam cada vez mais emocionantes. Pantano, na pressa de aguentar a liderança, pisou a linha das boxes, e levou um "drive through" de penalização. Isso deixava Di Grassi e Maldonado a lutar implacavelmente pela liderança, mas no final, o brasileiro aguentou os ataques e ganhou a corrida. O suiço Sebastien Buemi foi terceiro. Bruno Senna foi somente quinto, e Pantano foi apenas décimo, mas o objectivo estava alcançado: Giorgio Pantano era o novo campeão da GP2, e logo em casa!

Formula 1 - Ronda 14, Monza (Qualificação)

Depois de Silverstone, Monza é a segunda corrida do ano cuja qualificação foi disputada debaixo de chuva. E na chuva, pudemos assistir a algumas surpresas na grelha de partida. Algumas agradáveis, outras nem tanto...


Se na primeira parte, os pilotos tiveram alguns problemas em conseguir tempos decentes, com uma pista molhada, mas com uma trajectória ainda visível, na segunda parte o tempo piorou bastante, e controlar o carro dentro de pista, em certos sítios, era um feito, e alguns dos "grandes" pagaram por isso, ficando pelo caminho: Robert Kubica apenas conseguiu o 11º tempo, Kimi Raikonnen acabava em 14º e Lewis Hamilton era o pior, conseguindo apenas a 15ª posição da grelha, incapazes de melhorarem os seus tempos, em condições metereológicas que caminhavam para o extremo... em contraste, nesta altura, o melhor tempo era o de Sebastian Vettel, num Toro Rosso!

E chegamos à terceira parte, onde com condições daquelas, tudo era possivel. E foi. O alemão Vettel manteve o melhor lugar à partida, mas com um tempo inferior ao alcançado na Q2. O tempo de 1.37,555 vai ficar na história da pequena Toro Rosso, ex-Minardi e na de Vettel, que aos 21 anos, é o mais jovem "poleman" da história. Logo a seguir, ficou Heiki Kovalainen, no seu McLaren-Mercedes, e de Mark Webber, no seu Red Bull. Sebastien Bourdais foi quarto, colocando os Toro Rosso nas duas primeiras filas da grelha de partida!

Nico Rosberg foi outra boa surpresa ao ser quinto, na corrida numero 500 da história da Williams, enquanto que Felipe Massa partirá da sexta posição da grelha de partida. Fernando Alonso será oitavo, à frente de outros dois alemães: Timo Glock (Toyota) e Nick Heidfeld (BMW Sauber).

Amanhã é dia de corrida, e o diluvio promete continuar, o que nos dará algo inédito, pelo menos para muitos de nós: o mítico Autódromo de Monza à chuva, no dia do GP de Itália de Formula 1! Essa visão não pode ser perdida de jeito nenhum...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

GP2 - Itália (Qualificação)

O Autódromo de Monza é palco da última jornada dulpa a GP2, onde a disputa pelo título ainda continua matematicamente acesa, mesmo que Giorgio Pantano tenha uma mão e meia no ceptro de campeão...

E aparentemente, já se encontra a caminho, pois ele fez esta tarde a "pole-position" para a corrida de amanhã, batendo o brasileiro Lucas di Grassi e o venezuelano Pastor Maldonado. A qualificação foi má para Bruno Senna, que vai partir do 11º lugar para a primeira corrida do fim de semana, e pior para Alvaro Parente, que será o 21º da grelha.


Para o piloto português, que chegou a estar em 8º no início da sessão de 30 minutos, acabou por não conseguir melhorar o seu tempo por volta, caindo diversas posições ao longo da qualificação, situando-se, no final com o 21º tempo, a 1,354 segundos mais lento do autor da pole-position. Uma corrida difícil para o piloto português, a não ser que chova amanhã, na hora da corrida...

Formula 1 - Ronda 14, Monza (Treinos)

As duas sessões de treinos de hoje, no Autodromo de Monza, foram completamente diferentes entre si. De manhã, a chuva forte impediu que a maior parte dos carros entrasse e pista e conseguisse fazer uma volta lançada. Quem o fez mais cedo, numa altura em que a chuva não era tanta, conseguiu os melhores tempos. E aí, o melhor foi... Adrian Sutil, da Force India!

Essa chuva forte, de manhã, foi tanta que até as boxes ficaram inundadas com tanta água, já que as sarjetas não conseguiram aguentar a quantidade de água que caiu na zona de Monza, aliada ao entupimento dos esgotos...

Contudo, na parte da tarde, a chuva amainou, e com ela veio o sol, que secou paulatinamente o asfalto, e com ela, a Ferrari de Kimi Raikonnen macou o melhor tempo dasessão, à frente dos BMW Sauber de Robert Kubica e de Nick Heidfeld. Lewis Hamilton, da McLaren, foi o quarto, ficando a pouco mais de um décimo do melhor tempo. Aliás, o equilíbrio voltou a ficar bem patente nesta segunda sessão, já que os dez primeiros cabem no espaço de um segundo.

Felipe Massa foi apenas sexto, ultrapassado nos tempos pelo Williams de Nico Rosberg. Decepcionante foi Fernando Alonso, que ocupou o 18º posto, numa sessão que não correu de feição às cores da marca francesa: Nelson Piquet fez um pião na primeira chicane, deixando o motor morrer e terminando a sua performance ainda a 25 minutos do fim dos treinos. Mas claro, como estes são os tempos livres, os tempos de hoje são apenas um ensaio para o que aí vêm amanhã, na qualficação.

E se chover, as cartas ficarão definitivamente baralhadas...

Noticias: Ferrari renova contrato com Kimi

"A Ferrari anunciou esta manhã a extensão do contrato de Kimi Raikkonen até ao final da época de 2010. Portanto, o alinhamento da Scuderia Ferrari Marlboro manter-se-á inalterado nas próximas duas épocas." afirma a marca num curto comunicado para a imprensa.

A extensão do seu contrato pôs fim às especualções que indicavam uma provavel retirada do piloto finlandês no final deste ano ou do próximo, e também às especulações de que o espanhol Fernando Alonso se juntaria nos tempos mais próximos.

Extra-Campeonato: A minha cara em BD

Depois de ver a carinha laroca da Cristina em BD, fiquei curioso em saber como é que seria a minha, com o mesmo processo.



Experimentei a coisa no meu outro blog e até gostei, embora, confesse, esta cara lembra-me mais o meu irmão. Ainda me vão perguntar se sou parente afastado do Barack Obama... Enfim, gostei do resultado.


Querem experimentar? Se quiserem, podem vir a este sitio. Desafio-vos a fazer isso vos vossos tempos mortos...

GP Memória - Itália 1993

Após o GP da Belgica, e de uma segunda vitória para Damon Hill, a Formula 1 rumava para Monza, palco do GP italiano, onde havia uma certa ansiedade por saber se era aqui que Alain Prost iria alcançar o seu quarto título mundial, e caso alcançasse, se diria que abandonaria ou não a competição de vez.

Para além disso, no paddock da Formula 1 corriam desde há algumas semanas vários rumores acerca da sorte de pilotos e equipas. Mas nesse fim de semana italiano, algumas iriam confirmar-se. A Lotus tinha arranjado motores Mugen-Honda para a temporada de 1994, enquanto que a Dallara e a Minardi iriam fundir-se, escolhendo cada um o seu piloto. A Dallara fornecia Michele Alboreto, enquanto que a Minardi ficava-se com Pierluigi Martini.

Na mesma Lotus, sem Zanardi, tinham de arranjar um substituto. E isso veio na figura de uma jovem estrela da Formula 3000, vindo de um país sem grande tradição automobilística: Portugal. Pedro Lamy iria alinhar ao lado de Johnny Herbert na lendaria equipa de Colin Chapman, no sentido de aprender a gatinhar na alta competição.

Enquanto isso, na McLaren, Ron Dennis decidira dispensar Michael Andretti e colocar a correr o seu piloto de testes, um tal de Mika Hakkinen. Mas também decidira fazer isso depois do fim de semana italiano. Para finalizar, a Jordan, agora sem Thierry Boutsen, que abandonara a competição, contratou para esta corrida o local Marco Apicella, que costumava correr na Formula 3000 europeia, sem grandes resultados.

Nos treinos, o melhor foi Alain Prost, com Damon Hill a seu lado. Na segunda fila ficaram o Ferrari de Jean Alesi e o McLaren de Ayrton Senna, enquanto que na terceira fila ficavam o Benetton-Ford de Michael Schumacher, seguido pelo segundo Ferrari de Gerhard Berger. A quarta fila tinha um surpreendente Johnny Herbert, no seu Lotus, e no oitavo lugar da grelha era ocupado pelo Footwork - Mugen Honda de Aguri Suzuki. Michael Andretti era nono, ao lado de Riccardo Patrese, no segundo Benetton. Quanto aos estreantes, Apicella era 23º, e Lamy era 26º e último da grelha.

Na partida, Prost sai na frente, seguido de Alesi, enquanto que Hill e Senna eram protagonistas de um incidente na primeira chicane, sem consequências para ambos, mas atrasam-se bastante, bem como Berger, que também bate em Hill. Contudo, mais atrás no pelotão, seis carros são eliminados ali: o Sauber de J.J. Letho, os Jordan de Apicella e Rubens Barrichello, e os Footwork de Suzuki e Derek Warwick.

Senna, Hill e Berger tentam recuperar o tempo perdido, mas com sortes diferentes. Na oitava volta, Senna tenta passar o Ligier-Renault de Martin Brundle, na segunda chicane, mas falha a travagem e ambos ficam de fora da corrida.

Aparte estes incidentes, Alain Prost estava tranquilo na frente, seguido por Alesi e Schumacher, enquanto que lá mais atrás, Hill fazia uma corrida de recuperação, e aos poucos, apanhava os da frente. Na volta 21, depois da desistência de Michael Schumacher, com um motor partido, era segundo.

Tudo indicava que seria uma dupla Williams, mas na volta 48, um golpe de teatro abala a corrida: o motor de Prost falha e tem que abandonar. Hill herda assim a sua terceira vitória consecutiva, com um avanço de quase 40 segundos sobre Jean Alesi e um surpreendente Michael Andretti, que faz aqui a sua melhor corrida do ano. A sua melhor... e última da sua curta carreira na Formula 1, pois Ron Dennis dispensa-o e coloca no activo o seu piloto de testes, Mika Hakkinen.


Os últimos metros ainda foram palco de um incidente tão inusitado como espectacular: o Minardi de Christian Fittipaldi toca no carro do seu companheiro Pierluigi Martini em plena recta da meta, dando um loop completo no ar, caindo bem no chão. Mesmo assim, Fittipaldi cortou a meta na oitava posição. Talvez um dos acidentes mais espectaculares da Formula 1...

Noticias: A1GP desmente estar em crise

Afinal, o pessoal da A1GP não anda tão mau como se julga. Apesar dos testes em Silverstone terem sido cancelados, houve testes em Donington Park, debaixo de chuva, com alguns dos novos carros, entregues a equipas como a Holanda, a Africa do Sul, Austrália, Itália e Malásia, entre outros.



Os carros fizerem vátrios voltas durante estes dois dias, para que os pilotos pudessem ambientar-se ao novo bólide, propulsionado pela Ferrari. Entre eles está Michael Bleekmolen, pela Holanda, ou Fairuz Fauzy, pela Malásia. Entre as novidades está Chris Van der Drift, da Nova Zelândia, e John Martin, da Australia.


No final da semana, os proprietários e a organização vão reunir-se em Londres, mas Tony Teixeira, o homem-forte da A1GP, já veio a público desmentir que haja uma crise na categoria. Num comunicado à imprensa, a organização "refuta a notícia que o futuro do A1GP esteja em dúvida. Não há qualquer dúvida que a época irá mesmo iniciar-se em Zandvoort."

Quanto à eventual concorrência das novas categorias como a Superleague Formula ou a GP2 Asia, "A competição tem um conceito único. Na última época, tanto a A1GP como a GP2 Asia coexistiram, enquanto que a nova Super League é um conceito completamente diferente, que não terá impacto na A1GP." Esperemos que sim, mas depois de lido avanços e recuos, só acredito quando vir os carros em pista, no próximo dia 5, em Zandvoort...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

No melhor pano, cai a nódoa

Hoje, fiquei agradavelmente supreendido por ver, nas páginas centrais do jornal "A Bola", uma extensa reportagem dedicada a ele, bem como aos outros pilotos que morreram em competição. Contudo, no melhor pano cai a nódoa.

E porquê? Duas coisas, uma menor e outra maior: uma das fotos que lá está, mostra um piloto preso aos destroços do seu carro em chamas. É verdade, mas a foto é de 1982, quando Riccardo Paletti ficou fatalmente ferido na partida do GP do Canadá...


O segundo exemplo é mais grave. Diz que Peterson foi amputado do pé esquerdo na operação que se seguiu ao acidente. Ora, quem consultar o site oficial dele, onde tem um capitulo inteiro dedicado às suas horas finais, nada fala sobre amputações. A acontecer, seria na perna direita, a mais afectada, pois só aí tinha oito fracturas. Se calhar confundiu com o Tendão de Aquiles esquerdo, que literalmente tinha explodido...


De resto, foi bom que um jornal do meu burgo se tenha lembrado disso. É sinal de que a sua memória está viva, bem como dos outros que pereceram, fazendo aquilo que mais gostam: correr.

Noticias: Ferrari tem problemas com o KERS?

Toda a gente sabe que a grande novidade do ano que vêm na Formula 1 é o sistema de recuperação de energia, mais conhecido pelo KERS, a sua sigla em inglês. As equipas já os desenvolvem, no sentido de os ter prontos no inicio da próxima temporada, mas algumas equipas demonstram ter dificuldades em desencvolvê-lo. E uma delas é a Ferrari.



"O KERS é um assunto complexo que nos obriga a lidar com muitas áreas complicadas, enquanto asseguramos que devotamos a atenção necessária ao desenvolvimento habitual do nosso carro actual”, afirmou Gilles Simon, o director técnico do departamento de motores da Ferrari. O engenheiro da marca coloca algumas dúvidas na forma como a ECU comum poderá gerir os novos componentes estreados na próxima temporada. ”Será desafiante usar este sistema no próximo ano. Aprendemos todos os dias, mas sentimos dificuldades e julgo que todas as equipas terão dificuldades em usar este sistema desde o início da temporada de 2009 com fiabilidade.", afirma.





Gilles Simon diz também diz que quem conseguir desenvolver o sistema de modo correcto, terá uma grande vantagem no inicio da próxima temporada, pois acha que um sistema tão complexo como este, não é de fácil resolução. ”Conseguir recargar [as baterias] durante as travagens não deve ser considerada como um dado adquirido, assim como a sua fiabilidade. O mesmo se passa com os oitenta cavalos que se poderão usar na corrida, esse valor permanecerá inalterado ao longo de toda a corrida?" Sem dúvida, um problema comlicado de se resolver...

GP Memória - Itália 1988

A temporada já estava decidia há muito, quando máquinas e pilotos chegaram a Monza, palco do GP de Itália. Contudo, a Formula 1 estava um pouco curiosa em saber como reagiria o público ao primeiro GP italiano sem a presença de Enzo Ferrari, falecido cerca de um mês antes. Os "tiffosi" gostariam que os carros da Scuderia pudessem contrariar o dominio dos McLaren, como forma de prestar tributo a "Il Commendatore", mas isso era mais no dominio dos desejos e sonhos do que a realidade...

No pelotão, Nigel Mansell ainda estava a recuperar da varicela que tinha contraido umas semanas antes. Contudo, Martin Brundle não podia ajudar a equipa, devido aos seus compromissos com a Jaguar, no Mundial de Sport-Protótipos. Sendo assim, Frank Williams vai buscar o seu piloto de testes, o francês Jean-Louis Schlesser, então com 36 anos, e sobrinho de Jo Schlesser, morto 20 anos antes na pista francesa de Rouen.

Nos treinos, os McLaren dominaram a primeira fila, com Ayrton Senna a ser melhor que Alain Prost. Na segunda fila ficavam os Ferrari, com Gerhard Berger melhor do que Michele Alboreto. A terceira fila tinha surpeendentemente os Arrows-Megatron de Eddie Cheever e Derek Warwick, enquanto que Nelson Piquet, o no seu Lotus, era sétimo, à frente de Thierry Boutsen, no seu Benetton, o primeiro dos não-Turbo.
O novato Schlesser partia do 22º lugar, bem distante de Riccardo Patrese (10º), enquanto que Johnathan Palmer, no Tyrrell, Stefan Johansson, no Ligier, Gabriele Tarquini, no Coloni, e Stefano Modena, no Eurobrun, não conseguiram a qualificação. Oscar Larrauri, no outro Eurobrun, nem conseguiu pré-qualificar-se para os treinos...

A corrida começou com os McLaren na frente, com Berger a tentar acompnhar os McLaren, mas cedo ficou para trás, pois a superioridade dos motores Honda era grande. Mais para trás, Nelson Piquet deixa o seu Lotus na caixa de brita, à entrada da primeira chicane, devido a um problema de embraeagem, que causou o seu despiste.

Contudo, o carro de Prost estava com problemas, e tinha dificuldades em ir embora de Berger. Para piorar as coisas, no inicio da volta 35, o motor falha, algo de raro, muito raro! Esta falha deixaria o francês numa posição de inferioridade na luta pelo título, já que Senna estava imperial na frente, sem nada que o incomodasse. A vitória estava próxima...

No inicio da última volta, Senna aproxima-se de Schlesser, prestes a levar duas voltas de atraso. Mas a sua condução impulsiva, na zona da primeira chicane, fez com que batesse no Williams do piloto francês, e fosse para fora de pista, e ficasse por ali. A multidão entra em delírio, pois ia ver algo que só poderiam sonhar, naquele ano: uma dobradinha Ferrari, em Monza! Certamente era a melhor forma de homenagem ao Commendatore...

Berger vence, Alboreto é segundo, Cheever dá à Arrows o seu primeiro pódio desde 1985, e nos restantes lugares ficam o outro Arrows de Warwick, o March de Ivan Capelli e o Benetton de Thierry Boutsen. O título já não podia escapar à McLaren, mas a invencibilidade da equipa de Woking tinha sido quebrada...

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/1988_Italian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr464.html

Ronnie Peterson, 30 Anos Depois - A biografia (4ª e última parte)

(continuação do capitulo anterior)

Em Monza, os organizadores decidem estrear o sistema de partida electrónico, onde os pilotos largarão num sistema de semáforo, accionado pelo director de corrida local, Gianni Restelli. No sistema, espera-se que eles partirão depois de todos os carros estiverem parados na grelha de partida. Contudo, nesse dia, a inexperiência de todos ditaria a tragédia que viria a seguir…

Depois da volta de aquecimento, os pilotos da frente, nomeadamente o Lotus de Mário Andretti e o Ferrari de Gilles Villeneuve, param nos seus lugares, prontos para a partida. Mas inadvertidamente, o director acciona o sinal verde no momento em que apenas os oito primeiros estavam parados na grelha. Com 26 carros qualificados, e os carros mais atrasados mais rápidos do que os da frente, seria de esperar que quando estes chegassem à primeira chicane, estariam uns ao lado dos outros, logo, o desastre era inevitável. Peterson, partira mal e perdia lugares devido ao seu carro pesado, e de repente, leva um toque do McLaren de James Hunt, que por sua vez, tinha sido tocado pelo Arrows de Riccardo Patrese. Guinando para a direita, bate de frente contra os “rails” de protecção, explodindo numa bola de fogo.

Tentei puxar o Ronnie, mas estava preso entre o volante e o que restava do chassis. Fumo e labaredas envolveram de novo o carro, mas os bombeiros apagaram-nas. Com a ajuda do Clay (Regazzoni), conseguimos arrancar o volante e eu agarrei o Ronnie por debaixo dos braços e tirei-o do carro. Vi logo que as suas pernas estavam em muito mau estado porque nada restava da frente do carro.”, contou James Hunt, no dia a seguir ao acidente.

O acidente destrói completamente a frente do seu carro, esmagando-lhe as pernas.. Preso no carro, consegue ser retirado por Hunt, o suíço Clay Regazzoni e mais alguns. Ele está consciente, e apesar dos seus ferimentos nas pernas serem graves, aparentemente não são fatais. Todos se preocupavam nessa altura por Vittorio Brambilla, que tinha levado com uma roda na cabeça e tinha caído para um estado de coma…

Peterson esperou alguns minutos para que chegasse uma ambulância que o levasse para o centro médico de Monza, onde lhe administraram os primeiros socorros, feitos pelo Prof. Dr. Syd Watkins, o médico oficial da Formula 1. Cerca de uma hora mais tarde, Peterson foi levado de helicóptero para o Ospedale Maggiore di Niguarda, em Milão. Quando os médicos na Urgência lhe fazem o diagnostico inicial, para além das queimaduras no braço e na mão esquerda, descobriram três fracturas na perna esquerda, mas é a perna direita que está em pior condição: seis fracturas ao todo, desde o fémur ao tornozelo.

Agora, os médicos tinham um dilema: operam-no já ou esperam mais um bocado, por um especialista? O dilema era justificável, pois corriam-se riscos: se operassem já, havia complicações resultantes em embolias gordas, ou seja, a entrada de partes da medula na corrente sanguínea. Caso não operassem, ou arriscassem uma transferência para a Suiça, onde estaria a cargo de especialistas ortopédicos, poderiam instalar-se necroses na perna direita, e aí a amputação era inevitável. Não havia tempo a perder, e depois de consultar o próprio Peterson, ele autoriza a operação. Ainda tem forças para dizer ao seu amigo Reine Wissel: “Se conseguiram arranjar o Graham Hill, esta gente consegue arranjar-me as pernas. Voltarei a correr na próxima temporada…” A operação demora cerca de duas horas e meia, mas aparentemente, tudo tinha corrido bem, pois temia-se de início que teriam mesmo de amputar a sua perna direita…

Contudo, poucas horas mais tarde, o seu estado piora subitamente. Descobre-se que um pedaço da sua medula óssea tinha entrado na corrente sanguínea, e provocara uma embolia gorda, que tinha feito colapsar os seus pulmões, rins e causar uma hemorragia cerebral cérebro, Esta acaba por ser uma condição fatal para ele. Às 9:11 da manhã de 11 de Setembro, Bengt Ronnie Peterson estava morto. Tinha 34 anos.

A sua carreira na Formula 1: 123 Grandes Prémios, em nove temporadas (1970-78), dez vitórias, 14 pole-positions, nove melhores voltas, 26 pódios, no total de 206 pontos. Foi vice-campeão do Mundo em 1971 e 1978 (a título póstumo)

Quatro dias mais tarde, a 15 de Setembro, o seu funeral fez parar a cidade de Orebro. Foi seguido por dezenas de milhares de pessoas. Quase todos os pilotos vieram prestar o seu tributo, bem como um abalado Colin Chapman (o caixão tinha chegado à Suécia no avião privado dele) e cinco deles vieram a levar o seu caixão: James Hunt, Niki Lauda, Jody Scheckter, Emerson Fittipaldi e John Watson. Atrás deles está um moribundo Gunnar Nilsson, que tinha estado na Lotus na época anterior, e que na altura lutava contra um cancro mortal nos testículos. Seria a sua última aparição pública, já que morreria de cancro mês e meio depois, no Hospital Charing Cross, em Londres.

Quanto à viúva, Barbro Edwardsson, nunca se recompôs da perda. Apesar de algum tempo depois ter começado uma relação de cinco anos com o irlandês John Watson, a depressão nunca a largou. Quando acabou com a relação, tornou-se cada vez mais reclusa e solitária. Poucos dias antes do Natal de 1987, a 19 de Dezembro, foi encontrada morta na sua casa, devido a uma combinação de álcool e barbitúricos.

No final, o legado continua vivo. Hoje em dia, a cidade de Örebro tem uma estátua de tamanho real do seu famoso filho da terra, bom como um museu em sua honra, o Ronnie Peterson Museum, mantido por muitos dos seus fãs. Desde o seu desaparecimento, muitos confessaram a sua admiração pelo seu estilo de pilotagem e a forma como encarava as corridas. Todos o consideram como um dos “campeões sem coroa”, a par de Stirling Moss ou Gilles Villeneuve. Pouco depois de morrer, o Beatle George Harrison, grande fã de automobilismo, dedicou-lhe a musica “Faster”, que retratava na letra, a vida e o impacto que de um piloto de Formula 1 causava nos espectadores que o viam…

Fontes:

Santos, Francisco: "Grand Prix, A História da Formula 1". Ed. Público, Lisboa, 2003


Net:

http://www.grandprix.com/gpe/drv-petron.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Ronnie_Peterson
http://www.ronniepeterson.se/eng_index.html
http://www.ddavid.com/formula1/pete_bio.htm
http://www.ronniepetersonmuseum.com/index_eng.html

Chuva para Monza? É real, bem real!

Nunca pensei ler isto nos meus quase 30 anos que levo de ver Formula 1: chuva em Monza no dia da corrida!


Mas é verdade. Segundo o boletim meteorológico, está prevista chuva e temperaturas baixas durante todo o fim de semana, especialmente durante o dia da corrida. Que eu saiba, a última vez que choveu foi em 1976, e não foi na hora da largada...


Este ano está a lembrar muito o de 1968, onde choveu em quase todas as provas importantes. Este ano tivemos chuva no Mónaco, em Silverstone e em Spa-Francochamps. Agora é Monza, e aparentemente, a prova nocturna de Singapura vai pelo mesmo caminho...

GP Memória - Itália 1983

O Mundial de Formula 1 estava cada bvez mais perto do fim, e a batalha pelo título era uma luta a três, vindos de equipas diferentes. Quando o pelotão da Formula 1 chega a Monza, Nelson Piquet, René Arnoux e Alain Prost querem todos a mesma coisa: ser campeão do Mundo.

Nos bastidores, a próxima temporada aproximava-se, e a conversão aos motores Turbo fazia-se a um ritmo acelerado: a Williams já testava o novo motor Honda Turbo em Donington Park, pouco tempo depois de dar o primeiro gosto de Formula 1 a um jovem brasileiro de 23 anos chamado Ayrton Senna... na McLaren, a equipa tinha finalmente dois motores TAG-Porsche Turbo para Niki Lauda e John Watson, e a Brabham começava a usar um novo tipo de gasolina, que lhes dava mais velocidade de ponta.

Monza estava cheia de "tiffosi", torcendo pela Ferrari, e esperando que eles dessem espectáculo no dia da corrida. Mas no final dos treinos de Sábado, o italiano estava na "pole-position" não guiava na Scuderia... Riccardo Patrese era o melhor dos 26 pilotos, guiando o potente Brabham-BMW. Ao seu lado na grelha, partia o Ferrari de Patrick Tambay. Na segunda linha estavam dois dos candidatos ao título, o segundo Ferrari de René Arnoux e o segundo Brabham de Nelson Piquet. Alain Prost era o quinto, no seu Renault, que tinha a seu lado o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris.

Sendo este um circuito rápido, os motors Cosworth aspirados não tinham qualquer hipótese em relação aos Turbo. Logo, os últimos lugares da grelha eram deles. Keke Rosberg era o melhor deles, ao ser... 16º na grelha de partida! o seu companheiro, Jacques Laffite, nem conseguiu a qualificação... algo que foi partilhado pelo Ligier de Raul Boesel e pelo RAM de Kenny Acheson.

Na partida, Patrese e Piquet foram para a frente, com os Ferrari e os Renault logo atrás. Mas a liderança de Patrese foi de pouca dura, pois na segunda volta, à entrada da Curva Parabólica, o motor BMW explode, e a sua corrida acaba. Assim, Piquet herdava a liderança, defendendo-se dos Ferrari e dos Renault, com Arnoux no segundo posto, e o americano Eddie Cheever no terceiro.


Entretanto, Alain Prost estava num modesto quinto lugar, perseguido pelo Lotus-Renault de Elio de Angelis, sem conseguir apanhar o Ferrari de Tambay. E na 35ª volta, um probblema elétrico faz calar o motor, o que impulsionava, e muito as esperanças de Piquet no campeonato. Isto é, caso acabasse a corrida na primeira posição...


Mas para o brasileiro, tudo correu bem, e cortou a meta no lugar mais alto do pódio, depois de ter dominado a corrida sem problemas. Arnoux foi segundo, e Cheever o terceiro. Nos restantes lugares pontuaveis ficaram o Ferrai de Tambay, o Lotus de De Angelis, e o Toleman-Hart turbo de Derek Warwick. O campeonato está ao rubro: a diferença entre Prost, o líder, e Piquet, o terceiro, é apenas de cinco pontos, quando faltam apenas Brands Hatch e Kyalami para disputar...


Fontes:


Ronnie Peterson, 30 Anos depois - A vida em imagens

Ronnie Peterson, 30 Anos Depois - O Museu

Nos anos que se seguiram à sua morte, poucos na sua terra natal se lembraram de homenagear o filho predilecto da terra. Isto porque a Formula 1 na altura não era algo muito seguido, numa terra onde o Rali é rei. Contudo, isso modificou-se com o tempo, principalmente por causa do culto que se seguiu, por parte dos turistas estrangeiros que, quando chegavam a Örebro, perguntavam se não havia nada a lembrar a sua memória: uma rua, uma estátua, etc...

No inicio do século, um grupo de entusiastas decidiu que era altura de erguer uma estátua a ele na cidade onde nasceu. A estátua, feita por Richard Brixel (que depois fez outra em tributo a Ayrton Senna, em 2004 no Mónaco), foi erguida em Agosto de 2003, numa cerimónia que teve a presença de Nina Peterson-Kennedy, a sua filha, de Tommy Peterson, o seu irmão (e respeitado opticista), e de Clive chapman, o filho de Colin Chapman. Para além disso, foram feitas 99 esculturas de bronze, que custam à volta de 1300 Euros cada.

Nessa altura, foi feita uma exposição, feita por um grupo de entusiastas, apoiados pela Fundação Ronnie Peterson (presidida pelo irmão), onde se expuseram muitos dos carros que correu, bem como a memorabilia envolvente. O sucesso foi tal, que se decidiu transformar a coisa em algo permanente, e a 31 de Maio de 2008, num antigo cinema de Örebro, foi inaugurado o Ronnie Peterson Museum.


Para além dos carros, das fotos e dos posters, também tem o "merchandising" sobre ele, que serve para pagar a manutenção do museu. Ou seja, se comprarem uma t-shirt, estão a contrubuir para a manutenção de uma lenda, que vive nos nossos corações...