terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ronnie Peterson, 30 Anos Depois - A biografia (2ª parte)

(continuação do capitulo anterior)


Em 1971, Peterson está na equipa oficial da March, e desta vez, as coisas correm bastante melhor. Sendo um condutor rápido, consegue os primeiros pontos no Mónaco, onde termina… no segundo lugar. Depois, consegue mais quatro pódios, em Inglaterra, Itália (onde falha a vitória por uma unha negra), Canadá e Estados Unidos. Esses resultados dão-lhe o total de 33 pontos, e torna-se vice-campeão do Mundo. Contudo, a diferença de 29 pontos sobre Jackie Stewart, e ainda hoje uma das maiores de sempre... Na Formula 2, a sua temporada também corre bem, ao ser campeão da categoria, com 54 pontos, 14 de diferença sobre o segundo classificado, o argentino Carlos Reutmann. Nessa temporada, Peterson venceu seis provas e conseguiu mais três subidas ao pódio.


No final do ano, Peterson vai à América do Sul, onde participará na Temporada Sul-Americana, e ganha a primeira prova, em Interlagos. Ainda em 71, faz umas provas em Sport-Protótipos, sendo a sua melhor classificação uma vitória nas 6 Horas de Watkins Glen, ao lado de Andrea de Adamich, num Alfa Romeo T33, e outra em Montjuich, ao lado do seu compatriota Jo Bonnier, num Lola, onde ganha na sua classe.


Em 1972, Peterson continuava na March, agora com um jovem companheiro de equipa austríaco, com talento, mas que tinha pago do seu próprio bolso para estar a correr naquela equipa. Chamava-se Niki Lauda. A March tinha um novo modelo, o 721, mas era pior carro do que o modelo anterior, e o melhor que conseguiu foi um terceiro lugar no GP da Alemanha, em Hockenheim. No final da época, conseguiu 12 pontos e o nono lugar da geral.


A sua época, nos Sport-Protótipos, ao serviço da equipa oficial da Ferrari, foi bastante melhor. No inicio do ano, venceu os 1000 km de Buenos Aires, com o australiano Tim Schencken ao seu lado, e repetiu a mesma coisa em Maio, nos 1000 km de Nurburgring, também ao lado de Schencken. Ainda conseguiu alguns segundos lugares, nomeadamente nas 6 Horas de Watkins Glen, Daytona, e nas 12 Horas de Sebring, entre outros. Mas este vai ser o último ano a correr nesta categoria.


No final de 1972, transfere-se para a Lotus, onde vai ser o parceiro de Emerson Fittipaldi na equipa. Esta tinha na altura o melhor carro do pelotão, o Lotus 72, e tinha acabado de conquistar o título mundial de pilotos, graças ao piloto brasileiro. A temporada de 1973 começa mal, com quatro desistências em cinco possíveis, e só pontua pela primeira vez no Mónaco, à quinta prova do campeonato. Por esta altura, já tinha conquistado a sua primeira pole-position da sua carreira, em Interlagos. Perde a vitória por um triz na sua Suécia natal, na inauguração do circuito de Anderstorp, mas na prova seguinte, em Paul Ricard, consegue finalmente a sua primeira vitória da carreira, a primeira de um sueco desde 1959.


A partir de então, O sueco tem melhores resultados, aproveitando as desistências do seu companheiro de equipa. Ganha a sua segunda prova em Zeltweg, mas na prova seguinte, em Monza, Chapman, que tinha combinado com Fittipaldi para que ultrapassasse Peterson para ganhar a corrida, não dá a ordem e deixa o sueco ser o vencedor. Irado, o brasileiro decide abandonar a equipa no final do ano, e assinar pela McLaren. O sueco ainda ganha na prova final, em Watkins Glen, numa prova marcada pelo acidente mortal de Francois Cevért, nos treinos de Sábado. No final desse ano, é terceiro classificado no campeonato, com 52 pontos.


Sem Fittipaldi, a época de 1974 começa com o belga Jacky Ickx a seu lado, e com o Lotus 72 em forma, mas Chapman já projecta o seu sucessor, o Lotus 76. Contudo, este carro é um desastre, e Peterson implora a Chapman para que retome às pistas a versão 72. Ele assim o faz, e o sueco vence imediatamente em Montecarlo, e repete o feito por mais duas vezes, em Paul Ricard e em Monza. Pelo meio, uma nova tentativa de guiar o 76, na Alemanha, faz com que termine a corrida na quarta posição. No final dessa temporada, Peterson tem 35 pontos e o quinto lugar na tabela classificativa, não muito longe do McLaren-Cosworth do campeão do Mundo, Emerson Fittipaldi…


Em 1975, Colin Chapman continua a trabalhar no Lotus 76, mas verifica que por muito que o altere, não consegue ser tão competitivo como queria. Sendo assim, decide melhorar o já velhinho Lotus 72, agora na versão E. A época de Peterson é aprovadoramente má, com o seu melhor resultado um quarto lugar no Mónaco, conseguindo apenas seis pontos no campeonato, e o 12º lugar da classificação geral. O sueco está frustrado com a pouca competitividade do carro, e caso as coisas não mudem depressa, irá procurar novos ares…


(continua amanhã)

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