Quando máquinas e pilotos chegam a Monza, todos sabem mais ou menos que Jackie Stewart está com um nove dedos e meio agarrados ao troféu de campeão do Mundo, depois de uma temporada sofrida, e com um grande rival à altura, o brasileiro Emerson Fittipaldi, no seu Lotus 72. Os 24 pontos que estavam em jogo, só o brasileiro seria campeão se ganhasse tudo, e Stewart não conseguisse qualquer ponto. Contudo, na Lotus, havia quem acreditasse nisso, e que iriam lutar com essa possibilidade com unhas e dentes.
Na lista de inscritos, a Ferrari voltava a ter dois carros inscritos, com Jacky Ickx na equipa, depois de ele ter guiado o terceiro Ferrari na Alemanha, ao lado de Arturo Merzario. Quem estava tambem de volta, mas depois de um certo tempo em convalescença, devido a um pulso fracturado, era Niki Lauda, que voltaria a guiar o seu BRM. Entretanto, Chris Amon voltava a tentar a sua sorte no Tecno, mas viu que o carro continuava a ser mau demais para conduzir, e retirou-se.
Os treinos foram dominados pelo Lotus de Ronnie Peterson, que fez a pole-position, tendo a seu lado o McLaren do americano Peter Revson. Na segunda fila ficou o outro McLaren de Dennis Hulme, com Emerson Fittipaldi a seu lado. Na terceira fila estava o surpreendente (ou nem tanto...) piloto brasileiro José Carlos Pace, no seu Sutrees-Cosworth, com o virtual campeão Jackie Stewart a seu lado. Merzario, no Ferrari, era o sétimo, tendo a seu lado o outro Surtees de Mike Hailwood.
No "warm up", James Hunt danificou o seu March-Hesketh num acidente, e os estragos não poderiam ser reparados a tempo da corrida. Assim, o inglês viu a corrida da bancada, como os outros. Na partida, Peterson salta para a frente, com Fittipaldi logo a seguir. Hulme era terceiro e Stewart o quarto, depois de ambos terem ultrapassado o McLaren de Revson. Na segunda volta, as esperanças da Ferrari de obter um bom resultado desapareceram quando Merzário desistiu, vítima de uma suspensão partida. Algumas voltas mais tarde, Stewart tem um furo a vai para as boxes, para trocar de pneus, e depois é a vez de Hulme se atrasar, devido a um despiste.
Assim, os Lotus estavam sozinhos na frente, com Revson num distante terceiro posto. Fittipaldi tinha combinado com Colin Chapman que caso as coisas ficassem assim, que daria ordens para que Peterson deixasse passar Fittipaldi para a vitória, logo, que continuasse a lutar pelo título por mais uma corrida. Contudo, à medida que se aproximava do fim, Chapman não deu sinal algum, e os carros cortaram a meta da mesma maneira: Peterson primeiro, Fittipaldi segundo. Revson fora o terceiro, e Stewart recuperara até ao quarto lugar. Os dois últimos a pontuar foram o Tyrrell de Francois Cevért e o Brabham de Carlos Reutmann.
Com isto o virtual torara-se real: Jackie Stewart era tri-campeão do Mundo, aos 34 anos de idade. Ken Tyrrell e companhia podiam comemorar à votade este título e começar a fazer planos para o futuro. Mas Stewart já pensava em terminar como Fangio: retirar-se em alta e sem ficar ferido... Entretanto, Jacky Ickx chegava ao fim na oitava posição. No final dessa corrida, agradeceu a Enzo Ferrari a oportunidade que o deu para guiar pela Scuderia durante cinco épocas, e saiu de cena. A era de Ickx na Ferrari terminara.
http://en.wikipedia.org/wiki/1973_Italian_Grand_Prix
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