sábado, 4 de julho de 2020

CPR: Rali de Castelo Branco (Dia 1)

Armindo Araújo
lidera o Rali de Castelo Branco, terminadas estão as primeiras três classificativas da prova. O piloto de Santo Tirso têm agora uma vantagem de 1,1 segundos sobre José Pedro Fontes. Bruno Magalhães, no seu Hyundai i20 R5, é o terceiro, a 4,2 segundos, e estes três pilotos estão muito à frente de Ricardo Teodósio, quatro a 22,9. 

Entramos muito bem logo de início e conseguimos ser os mais rápidos na primeira passagem pela especial de Vilas Ruivas. Este rali, tem sido, nos últimos anos, extremamente disputado e hoje, neste reinício de temporada, não está a ser diferente”, começou por dizer no final da especial. “Foi um dia muito positivo na nossa estreia com o Skoda em pisos de asfalto, e estamos numa luta muito acesa com os nossos adversários e vamos continuar a procurar ser os mais fortes”, continuou.

Por outro lado, José Pedro Fontes, afirmou a exigência do rali debaixo de calor tórrido. “Foi um dia muito exigente, também por causa do calor, mas correu-nos bem e o segundo lugar a pouco mais de um segundo da liderança é prova mais do que suficiente para ver quão disputada foi esta primeira etapa”.

Eu, o Bruno e o Armindo, vencemos cada um uma especial, mas as diferenças foram muito pequenas e amanhã estamos todos na luta pela vitória. O carro esteve excelente, estamos confiantes e cheios de vontade de disputar cada quilómetro de amanhã”, concluiu.

Numa tarde com muito calor - 35ºC à superfície, 60ºC no asfalto - o piloto de Santo Tirso começou ao ataque, vencendo a primeira especial, deixando José Pedro Fontes a 4,2 segundos, com Bruno Magalhães a quatro segundos e Ricardo Teosósio a 6,8.

Na segunda especial, apesar da vitória de Magalhães, Araújo ficou em segundo, a um segundo, enquanto Fontes era o terceiro, a 1,6 segundos do segundo classificado. Com isso, Araújo tinha agora uma vantagem de três segundos sobre Fontes.

Na terceira, a segunda passagem por Vilas Ruivas, foi José Pedro Fontes o melhor, com Armindo a 1,9 segundos do piloto da Citroen, e Bruno Magalhães a 3,1. Ricardo Teodósio era quarto, cedendo cada vez mais terreno aos seus rivais.

Depois dos quatro primeiros, Pedro Meireles era o quinto, no seu Volkswagen Polo R5, a 39,6, confortável na sua posição, pois João Barros, no seu Citroen C3 R5, era o sexto, a 55,5. Miguel Correia era o sétimo, a 1.04,9, no seu Skoda, seguido por outro Skoda Fabia de Manuel Castro, a 1.28,5. A fechar o "top ten" estavam dois R4, o Peugeot 208 R4 de Pedro Antunes, a 1.38,7, e o Dacia Sandero R4 de Gil Antunes, a 3.24,8.

O Rali de Castelo Branco termina amanhã, com a realização das restantes quatro especiais de classificação.

Formula 1 2020 - Ronda 1, Áustria (Qualificação)

A hibernação foi longa, mas por fim, acordou. Mas quando acontece, as coisas não estão normais. Não estão como era dantes. O cancelamento australiano esteve prestes a não acontecer porque os organizadores mantiveram as coisas até ao limite, e a ideia de aquilo poder ser um enorme foco da doença e as suas consequências morais e de saúde pública, levou a melhor. Fico a pensar no que teria acontecido se fosse Bernie Ecclestone a mandar no circo...

Mas como disse, de março a julho, foram quatro meses onde a pandemia fez das suas. Todo o calendário foi deitado fora, e do novo, apenas sabemos dos oito primeiros. Ou seja, até ao inicio de setembro, saberemos onde o pelotão andará. E vai estar na Europa, mais seguro e que regressa lentamente do confinamento a que esteve sujeito. Mesmo ali, nos verdes campos da Styria, cujas montanhas onde há meio século, Julie Andrews cantava em Hollywood "que estavam vivos com o som de musica", ninguém se pode aproximar daquela caravana. Nem o público, nem a maior parte dos jornalistas e os mecânicos e engenheiros tiveram de ser escrutinados fortemente para serem escolhidos para se deslocar ao lugar, e ficar por duas semanas, porque na semana que vêm, regressarão a correr, no mesmo lugar.

E os pilotos, como toda a gente, são testados vezes e vezes sem conta. Porque eles, as autoridades de saúde, não querem escorregar, errar, passar por tontos, porque há muitos que não queriam isto, queriam um confinamento mais estrito, quase que a vida parasse pelo tempo que fosse preciso.

Mas ao chegar por lá, mesmo com todo o aparato, as polémicas técnicas não andam longe. A Red Bull queria protestar o sistema DAS, um sistema de direção de eixo duplo, na Austrália, porque achava que fazia mover algumas partes do carro, como os amortecedores, e isso é ilegal. Como disse, queria protestá-lo em Melbourne, mas não deu. Agora, chegou à Áustria e fez o protesto. Demorou boa parte da noite a ser apreciado, mas à meia noite deste sábado, saiu o resultado e o protesto foi indeferido. Ou seja, é legal. E como nesta sexta-feira, os Flechas Negras conseguiram os dois primeiros tempos, com a concorrência a meio segundo, parece que iremos ver mais do mesmo: dominio.

Seria isso que iríamos ver neste sábado? 

O que interessava, primeiro que tudo, é que o tempo estava bom nas montanhas. Depois dos primeiros carros a circular fazerem os seus tempos, o primeiro a marcar algo relevante foi Lance Stroll, com 1.04,678, no seu Racing Point, mas depois apareceu Max Verstappen para marcar 1.04,326. LOgo a seguir, Hamilton marcou um tempo 0,1 segundos mais lento.

No fundo da grelha, os dois Williams, o Alfa Romeo Sauber do Kimi Raikkonen e os Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen com dificuldades.

Pouco dpeois, Stroll voltou a mostrar-se, fazendo 1.04,329, mas sabia-se que logo a seguir, a concorrência reagiria, com Max Verstappen a terminar a Q1 com 1.04,024. Atrás, George Russell lá melhorou o seu tempo, mas não conseguiu passar (ficou a 37 centésimos!). E ele faria companhia a Nicholas Latifi, seu companheiro de equipa, aos Alfa Romeo Sauber de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, e ao Haas de Kevin Magnussen.

Mas pelos vistos, o pelotão do meio estava mesmo bem equilibrado: 13 dos 20 carros chegaram a estar no mesmo segundo.

De volta a ação, depois de alguns minutos onde se trocaram de pneus e verificaram sistemas, na Q2, e logo a Mercedes entrou a matar: 1.03,325 para Hamilton, 1.03.530 para Bottas. Parecia que tudo o que tinha acontecido antes fora um mero aquecimento... 

Depois deles, Lando Norris e Lance Stroll, e os Ferrari como "quarta força": Leclerc estava a 0,7 segundos, Vettel a um segundo exato. E parecia que não iam melhorar porque na fase final.. Vettel caiu para o 11º posto, um lugar de fora da Q3. Os beneficiados? Os McLaren, especialmente Lando Norris. E Charles Leclerc não ficou muito atrás: apenas 10º. Nuvens negras pairam sobre Maranello, agora... e eles querem três corridas no calendário. Vergonha tripla?

Ah! Vettel faz companhia aos Alpha Tauri de Pierre Gasly e Daniil Kvyat, O Renault de Esteban Ocon e o Haas de Romain Grosjean. E claro, na Q3 estão os Mercedes, Red Bull, McLaren, Racing Point, o Renault de Daniel Ricciardo e o Ferrari de Charles Leclerc.

Chegados à Q3, era o duelo entre os Mercedes e os Red Bull, com Bottas a começar a abrir as hostilidades com 1.02,929. Hamilton era segundo, seguido por Verstappen e Albon. Norris, Ricciardo e Stroll não marcavam tempo até aos cinco minutos finais.

Na parte final, Bottas sai da pista e receava-se que o primeiro posto iria para Hamilton. Mas o britânico não conseguiu e o finlandês iria ser o primeiro "poleman" de 2020. Max Verstappen era o terceiro, na frente do McLaren de Lando Norris, com Alex Albon e Sergio Perez a fecharem a terceira fila. Charles Leclerc era apenas o sétimo, na frente de Carlos Sainz Jr, Lance Stroll e Daniel Ricciardo. 

E foi assim a primeira qualificação do ano, uma temporada que promete ser estranha, muito estranha. Pelo menos no ambiente porque em termos de pista, parece tudo na mesma. E quando se fala de ambiente, bastou ver o que fizeram depois da qualificação: um pódio, no meio da pista, e cada um à sua vez, respondiam às perguntas do porta-voz. Amanhã veremos se haverá dobradinha ou não dos Flechas Negras na corrida. E outras coisas mais.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

No Nobres do Grid deste mês...

OS ESQUELETOS NO ARMÁRIO DA FORMULA 1 


Este é o último ano da segunda década do século XXI. No tempo em que vivemos, espera-se que já estejamos mais avançados em termos de costumes do que no tempo dos nossos avós. Contudo, num tempo em que grande parte dos países do mundo são democracias, onde as minorias estão protegidas por lei, onde deveria haver paz, igualdade e comunhão, ainda há quem diga que "antigamente é que era bom". Um antigamente onde uma minoria se considerava privilegiada, ancorada numa espécie de "povo escolhido" do qual não têm qualquer fundamento sem ser num totalmente preconceituoso. E num ano perfeitamente anormal, onde passamos por uma pandemia global, a pior em um século, um incidente na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, onde um policia sufocou um negro até à morte com o seu joelho em cima do seu pescoço para o imobilizar, causou revolta geral numa nação onde há muito se sente que o contrato social foi quebrado e uma minoria se sente discriminada, não na lei, mas na igualdade de acesso aos cuidados de saúde, educação, emprego, habitação, e sobretudo, proteção policial. E quando têm como presidente alguém que pretende dividir o país e não o unir, pior ainda.

Mas porque falo de George Floyd, Donald Trump, o racismo na América num sitio de automobilismo? E o que uma coisa têm a ver com outra? Imenso. Porque o automobilismo tem imensos esqueletos no armário. E é altura de falar deles. De uma modalidade onde o domínio do homem branco, do bicho homem tem sido tal que até espanta.

Eu sabia desde há muito tempo que a Formula 1 não era exemplo para ninguém. Aliás, certo dia, Bernie Ecclestone disse que a modalidade pertencia aos velhos de 70 anos com Rolexs nos pulso. Uma certa elite cujo único critério é a riqueza, e o resto é circo. Que se afirmava "apolitica" mas no passado correu na África do Sul, que foi a única modalidade que furava o boicote anti-racial contra um governo de minoria branca. E quando o resto do mundo condenou a sua atitude, encolheu os ombros e foi correr na mesma. Mas num tempo onde o melhor piloto da sua geração é um britânico filho de um negro e de uma branca, teve de ser ele a dizer à Formula 1 que havia um problema grave para ser tratado, depois de não ter visto qualquer reação a esse respeito. Hamilton descobriu que tinha de agir, ser cidadão, para que as pessoas no meio soubessem que havia uma vida lá fora.  

Mas quase ao mesmo tempo, discretamente, e no outro lado do planeta Terra, um jornal australiano descobriu que uma das poucas mulheres-piloto a andar nos V8 Supercars teve uma segunda vida mais... "caliente". Renee Gracie tem 25 anos e não teve uma grande carreira, apesar de ter corrido por duas vezes no Bathurst 1000. Largou a sua carreira no automobilismo em 2017 e agora descobriu-se que  virou modelo erótico, com uma página sua no site onlyfans,com, onde por uma subscrição mensal de 12.95 dólares, os fãs poderão ver o que quiserem dela, e mostra tudo “full frontal”.

E a coisa causou furor: em uma semana, a sua página passou de sete mil para 12 mil subscritores. E pagando cada um os 12.95 de mensalidade, ela fez com que no fim de junho, irá receber mais de 155 mil dólares. Não querendo criticar as suas escolhas de vida porque já é adulta, estes exemplos fazem-me pensar sobre todos os esqueletos no armário que o automobilismo têm. E o comportamento do típico fã das quatro rodas e um volante.
 
Esse típico fã do automobilismo congelou-se num tempo que só existe na sua cabeça. Um tempo onde o piloto encara o perigo de morte em frente e terá uma vida curta. competindo uns contra os outros, e um erro é fatal. Essa era a visão do automobilismo nos primeiros anos do século XX, e muitos sonham com um tempo que não viveram. E nesse tempo que não viveram, os motores eram barulhentos, tinham quatro, cinco e seis cilindros em V, tinham cem décibeis, eram o mais leve possíveis, os pilotos apenas estavam protegidos com panos e… a sorte. E claro, eram todos homens brancos. O cheiro a gasolina, os mecânicos besuntados a óleo e os carros a guiar a 200 à hora em reta é, para muitos, paraíso. (...)

O automobilismo, como qualquer desporto, é um entretenimento para muita gente. Um escape, até. Contudo, muitos dos que atraem são pessoas cujas simpatias politicas, que são por vezes exacerbadas, não coadunam muito com a defesa dos direitos humanos. E a Formula 1, em particular, tem muitos esqueletos no armário. Mais do que a filosofia do "espectáculo tem de continuar", no passado foi contra a lógica e o bom senso, por exemplo, quando foi a única modalidade que furava o embargo desportivo ao regime do "apartheid" na África do Sul, e em 1985, não teve problemas em fazer um Grande Prémio, mesmo quando o resto do mundo apelava à sua não-realização.

A mesma coisa andou perto em 2012, com o GP do Bahrein, embora em menor grau. Mas o resto - uma competição com apenas um negro, cinco mulheres e poucos LGBT's ao longo dos seus 70 anos de história - mostra que por ali, o dinheiro sempre foi rei, e a sensibilidade humana foi relegada para segundo plano. E não saberíamos se com Bernie Ecclestone ao comando, o GP da Austrália teria sido cancelado tão em cima da hora como foi...

Noticias: Red Bull protesta sistema DAS da Mercedes

Como seria de esperar, depois das sessões de treinos livres na Áustria, onde a Mercedes dominou a seu bel-prazer sobre a concorrência, a Red Bull apresentou uma queixa junto da Formula 1 devido ao uso do sistema DAS, o "Dual Axis Steering System", do qual afirmam não estar conforme as regras. A Mercedes insiste que o sistema é legal, e quando a FIA pediu esclarecimentos, estes foram dados.

Por causa disso, a FIA chamou os responsáveis da marca alemã para esclarecimentos.

A Red Bull protestou de acordo com os artigos 3.8 e 10.2.3 dos regulamentos técnicos, afirmado que são ilegais os sistemas móveis aerodinâmicos, bem como ajustamentos às suspensões quando os carros estão em movimento. Era algo esperado, porque eles pretendiam apresentar um protesto semelhante na Austrália, mas o cancelamento da corrida em cima da hora inviabilizou a intenção. 

O esclarecimento é sempre bom, achamos que estamos do lado certo, conversamos muito e trocamos informações com a FIA, é por isso que o colocamos no carro. [Então], iremos apresentar nossos argumentos e veremos, " afirmou Toto Wolff antes dos treinos livres desta sexta-feira no Red Bull Ring.

Noticias: Alonso dissipa rumores sobre a Renault

Depois de ontem ter aparecido uma noticia na rádio Cadena SER que Fernando Alonso iria a caminho da Formula 1 através da Renault... ainda este ano, causando uma natural agitação, o piloto espanhol veio logo a público dissipar esses rumores, afirmando que o seu único compromisso é com Indianápolis.

Ao meio dia já diziam que a equipa me tinha dito não. De noite, já estaria a correr com aquela equipa em 2020. E eu digo que vou correr as 500 Milhas de Indianápolis. Quando for para anunciar algo, eu estarei aqui”, queixou-se o piloto espanhol.

Do lado da Renault, ninguém se dispos a comentar oficialmente sobre a situação, mas uma fonte da marca disse que o contrato com Daniel Ricciardo será integralmente cumprido até ao final desta temporada. 

É um completo disparate a substituição de Daniel no decorrer desta temporada. Nós temos trabalho a completar juntos.
 

CPR: Apresentadas as novas cores de Pedro Meireles

No fim de semana do regresso dos ralis às estradas de Castelo Branco, Pedro Meireles apresentou as novas cores do seu Volkswagen Polo R5. O piloto de Guimarães, acompanhado pelo seu navegador Mário Castro, espera, no seu regresso ao campeonato em 2020, poder andar mais à frente, agora que conhecem o carro e tenham menos problemas que tiveram na temporada passada.

Na apresentação, Meireles referiu sobre os desafios que tem pela frente:

É muito bom estar de regresso aos ralis depois de um período conturbado a todos os níveis devido a pandemia. Os objetivos passam por andar o mais à frente possível, sabendo de antemão que nesta prova temos o handicap em relação aos nossos adversários de não conhecermos estes troços, vamos no entanto dar o nosso melhor e tentar andar o mais a frente possível.", começou por dizer.

"Será muito importante que todos os agentes envolvidos neste rali, organização,pilotos, equipas e público cumpram com todas as normas de segurança preconizadas pela DGS , é fundamental que este rali corra bem e que tenhamos provas ate ao fim do ano”, concluiu.

O Rali de Castelo Branco acontecerá neste fim de semana e terá sete especiais de classificação, todos em asfalto. 

Vettel admite abandonar a Formula 1

Sebastian Vettel
, quatro vezes campeão do mundo, admite que 2020 poderá ser seu último ano na Formula 1. No seu último ano de contrato pela Ferrari, e depois de ter dito que na Scuderia, eles não lhe terem dado um contrato para continuar, com valores reduzidos, o piloto de 32 anos disse que ainda não andou a conversar com outras equipas do pelotão para continuar a correr em 2021, e se calhar, a motivação para continuar pode já ter ido embora.

"Tenho a convicção de que, se você fechar a porta, não a fechará na expectativa de que ela se abra novamente", começou por dizer.

"Você tem que estar ciente da decisão que está a tomar, é também por isso que não estou a apressar em nada [neste assunto]", continuou, não querendo comentar sobre a noticia sobre o interesse da Renault pelos seus serviços.

Obviamente, quero ter certeza de tomar a decisão certa para mim e para o meu futuro. Acho que tenho uma natureza muito competitiva, consegui muito neste desporto”, começou por afirmar. "Estou motivado e disposto a alcançar mais. Para fazer isso, preciso do carro certo e das pessoas certas ao meu redor, e é isso que estou procurando no momento. Se a oportunidade certa surgir, é bastante claro. Se não for esse o caso, provavelmente terei de procurar outra coisa.", concluiu.

A Formula 1 está de volta neste domingo, para a primeira de duas corridas no Red Bull Ring, na Áustria.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Rumor do Dia: Alonso a caminho da Renault?

A espanhola Cadena SER avança esta noite que Fernando Alonso estará a caminho da Renault... e para correr ainda nesta temporada. Um dos jornalistas mais importantes do país, José Antonio Ponseti, no programa 'La Ventana', disse que o acordo seria anunciado algures na próxima semana, e queriam que andasse de carro "o mais depressa possível" para poder regressar ao carro mais tarde no calendario. A acontecer, seria depois das 500 Milhas de Indianápolis, em finais de agosto.

Caso isso seja verdade, isso quer dizer que Daniel Ricciardo, que já está confirmado na McLaren em 2021, poderá ter os dias contados - mais que contados - na marca do losango, e que apenas ficaria por algumas das corridas do calendário. Provavelmente, até Monza.

Numa entrevista à francesa "L'Equipe", Cyril Abiteboul não confirmou os rumores, mas disse que a Renault precisa de um piloto com as características do veterano piloto espanhol. "A equipa precisa de um piloto experiente, capaz de executar o projeto. Queremos que alguém se comprometa connosco", afirmou.

Mas mais adiante, disse que a primeira prioridade seria Sebastian Vettel. “Não quero entrar em aspectos financeiros, ainda que nossa prioridade seja investir na infraestrutura da equipa. O Vettel será um agente livre para 2021 e, caso ele esteja motivado para seguir na Fórmula 1, também pode ser do nosso interesse”, disse Abiteboul.

A acontecer, seria o regresso do piloto de 38 anos - fará 39 no final do mês - a uma competição onde esteve entre 2001 e 2018, com uma interrupção em 2002, onde passou por Minardi, Renault, McLaren e Ferrari. Ao todo, correu em 314 Grandes Prémios, com 32 vitórias, 22 pole-positions e 23 voltas mais rápidas e dois títulos mundiais, em 2005 e 2006.

Noticias: Carey irá anunciar calendário "nas próximas semanas"

Não será amanhã ou neste fim de semana, mas será certamente nos próximos dias. Chase Carey, o CEO da Formula 1, disse que o calendário completo será apresentado ainda este mês, dependendo sempre de factores como os contratos assinados, disponibilidade de datas e a situação sanitária em alguns dos lugares onde eles querem correr.

Numa temporada que provavelmente terá boa parte das corridas na Europa, e apenas oito corridas estão confirmadas - duas na Áustria e Grã-Bretanha e um calendário que acontecerá até Monza, a 6 de setembro, Carey disse que o objectivo de 15 a 18 corridas ainda está em pé.   

"Acho que nas próximas semanas procuraremos pousar, certamente pelo menos outro pedaço do calendário, idealmente gostaríamos de pousar a segunda metade do calendário", começou por dizer Carey no site oficial da Formula 1.

"Há uma série de corridas que já sabemos que estarão no calendário. Não quero entrar em uma discussão fragmentada, gostaria de abordar de forma holística. Mas, para fixar as datas, precisamos realmente descobrir o que outras corridas estarão incluídas.

"Dissemos 15-18 corridas e ainda nos sentimos confortáveis com esse objectivo. No momento, temos várias corridas com as quais basicamente concordamos, mas ainda não confirmamos a data. E vários lugares em que estamos avançando, tentando marcar uma data. Temos alguns que estão muito mais indefinidas com base nas circunstâncias [sanitárias] naquele país.

Entre as provas que poderão estar nesse calendário definitivo, poderão estar as estreias absolutas de Mugello, em Itália, e de Portimão, em Portugal, bem como duas provas no Bahrein, o GP do Canadá, em outubro, e a última corrida na segunda semana de Dezembro, em Abu Dhabi.

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Aí vêm eles. O inverno foi muito, muito longo, e as corridas acontecerão umas atrás das outras, para compensar o muito tempo que foram forçados a parar. Lá fora, o mundo ficou ao contrário, e não foi apenas por causa de uma pandemia que os obrigou a ficar em casa, depois de uma interrupção quase em cima da hora, nas longínquas paragens australianas.

Os Mercedes agora são "Flechas Negras", com Lewis Hamilton a descobrir a sua própria voz, no meio das injustiças porque há quem ache, na terceira década deste século XXI, que há umas vidas que valem menos que as outras. E isso, no meio machista, conservador, elitista da Formula 1, causa mais um motivo de revolta do qual, agora que se sabe que certas expressões terão resposta, não querem colocar os críticos no lado dos maus da fita. E ele afirma que, por causa disso, ele vai exprimir a sua negritude, num estilo que faz lembrar Muhammad Ali. Mais do que um sinal de maturidade, é um sinal de consciência social e até politica.

Mas há mais coisas neste regresso. Em Spielberg, vai ser um mundo diferente. Há separações que é preciso respeitar. Vai haver muito menos pessoas a circular, em nome da saúde pública, e o calendario, do qual só conhecemos as oito primeiras corridas, poderá ser o mais eurocêntrico em 45 anos, caso se confirme que só iremos à China, Vietname, o Médio Oriente e o Canadá, excluindo boa parte das Américas. Vai ser o calendário possível em tempos excepcionais. 

Mas não é só os Mercedes negros. A Ferrari têm um escolho chamado Sebastian Vettel, que amanhã faz 33 anos, e como "prenda de aniversário", contou esta tarde na conferência de imprensa de antevisão do GP da Áustria que a Scuderia nem sequer lhe apresentou uma proposta para renovar, mesmo que fosse baixa o suficiente para ele poder recusar e ter tomado a decisão que tomou, de que 2020 seria a sua última temporada na equipa de Maranello, e se calhar, da Formula 1.

Resta Max Verstappen. A Red Bull teve a sorte de correr em casa e esta ser a proa de abertura, algo do qual nunca poderia imaginar. E anda a avisar que poderá estar melhor que a Ferrari e atacar o domínio da Mercedes. Quanto disso será "bluff" e quanto disso terá um fundo de verdade, especialmente quando se sabe que a Honda está a investir muito no seu motor para ser campeão?

E voltando ao primeiro parágrafo... Lewis Hamilton já disse que no dia da corrida, irá colocar um joelho no chão antes do Grande Prémio. Quantos irão acompanhar neste gesto simbólico, mas significativo?

WRC: Apresentado novo calendário

O WRC divulgou esta quinta-feira o calendário para o resto da temporada, a a novidade é a entrada do rali da Estónia, em setembro, e que vai ser a prova do recomeço do campeonato. Ele irá decorrer no fim de semana de 5 e 6 de setembro, e acontecerá quase seis meses depois do último rali, o do México.

Para além disso, há mais cinco provas, e entre eles poderá haver nova estreia: a da Bélgica, nomeadamente o Rally Ypres, que acontecerá entre os dias 2 a 4 de outubro, mas isso ainda não está confirmado. Caso se confirme, acontecerá entre as provas da Turquia e da Alemanha.

A estreia do país do Báltico, vizinho da Finlândia e terra natal do atual campeão do mundo, Ott Tanak, faz subir para 33 as nações que já receberam pelo menos um rali do Mundial desde 1973.

Eis o calendário, não definitivo:

4 a 6 de setembro: Rali da Estónia
24 a 27 de setembro: Rali da Turquia
2 a 4 de outubro: Rali da Bélgica/Ypres (não confirmado)
15 a 18 de outubro: Rali da Alemanha
29 outubro a 1 novembro: Rali de Itália/Sardenha
19 a 22 novembro: Rali do Japão


quarta-feira, 1 de julho de 2020

CPR: José Pedro Fontes quer triunfar em Castelo Branco

José Pedro Fontes
já triunfou no Rali Castelo Branco e deseja regressar ao lugar mais alto do pódio, de preferência neste final de semana. Contente por entrar de novo no seu Citroen C3 R5, depois da pandemia, e navegado por Inês Fonte, ele pretende superar a concorrência e mostrar as suas credenciais de candidato ao título.

Este é um rali de que gosto bastante e todos estamos a par dos resultados que aqui temos conseguido alcançar, nomeadamente com o nosso anterior carro. Quero voltar a vencer e Castelo Branco parece-me um palco ótimo, num campeonato muito diferente daquele que inicialmente preparámos.", disse Fontes à Autosport portuguesa, ele que já triunfou por três ocasiões em terras albicastrenses.

Fontes espera que este rali seja o exemplo a seguir pelo resto da competição, para ter um final sem problemas.

“[Estou] muito contente por voltar a competir e espero, paralelamente, que o Rali de Castelo Branco seja um bom exemplo de que o regresso do campeonato faz sentido, que são levadas a cabo todas as regras sanitárias e que é seguro para todos os envolvidos no rali. Daqui poderão sair padrões importantes para as restantes provas e, portanto, espero que tudo corra da melhor maneira.

O rali, organizado pela Escuderia Castelo Branco, terá sete especiais de classificação, todas em asfalto, e acontecerá no fim de semana de 4 e 5 de julho.

Formula E: Abt correrá na NIO em Berlim

Daniel Abt
não ficou muito tempo desempregado. Depois de ter sido despedido da Audi por causa da bizarra história de ter colocado alguém no seu lugar num ePrix virtual, ele regressa ao volante ao serviço da NIO, depois de Ma Qinghua ter saído da equipa para ir correr pela Lynk & Co no WTCR.
 
"Berlim é um lugar especial para mim e tenho ótimas lembranças por lá e, é claro, ter uma corrida em casa é sempre algo especial", começou por dizer o piloto alemão, que não guarda ressentimentos pelo facto de ter sido despedido da Audi.

"Para mim, não se trata de vingança, pois não tenho ressentimento em relação a ninguém. Só quero fazer o melhor que posso pela equipa e ajudá-la a ter um bom final de temporada. Competi em todas as corridas da história da Fórmula E e trabalhamos com um fabricante líder nos últimos 3 anos. Portanto, tenho muita experiência e contribuição para a equipe, e farei o possível para juntos obtermos bons resultados", prosseguiu.

Abt, que sempre correu pela Audi Abt ao longo da sua carreira na competição elétrica, conseguiu até agora duas vitórias - uma delas nas ruas de Berlim em 2018 - dez pódios, duas pole-positions e duas oltas mais rápidas. Nesta temporada, tinha conseguido apenas um modesto sexto posto na segunda ronda da corrida saudita, em Ad Diriyah.

Youtube Testing Video: O Opel Corsa-e

Aos poucos, comprar um carro elétrico está a ser algo acessível. Depois da Peugeot, agora a Opel - neste caso inglês, a Vauxhall - mostrou ao mundo o seu Corsa-e, que de uma certa maneira é uma versão do Peugeot e-208, que foi apresentado no ano passado na Europa, com bastante procura, tal como o Corsa-e.

Assim sendo, durante o confinamento, o Robert Llelwin decidiu experimentar o carro numa voltinha e neste video, dá as suas impressões.

terça-feira, 30 de junho de 2020

Bólides Memoráveis: ATS D5 (1981-82)

A história da ATS tem um pouco de potencial com a personalidade vulcânica do seu chefe. Alemã de origem, durante oito temporadas, entre 1977 e 1984, teve alguns dos melhores pilotos do segundo pelotão e engenheiros que conseguiam fazer mais com menos. Contudo, com alguém como Gunther Schmid a ser o maior obstáculo para melhores resultados, a sua passagem pela Formula 1 foi mais folclórica do que outra coisa. Mas mesmo depois do fecho da equipa, Schmid voltou à carga quatro anos depois com a Rial, e tudo pelos mesmo motivos: o sucesso no negócio das jantes.

Mas no meio do folclore e dos resultados modestos, um chassis conseguiu destacar-se pelo meio: o ATS D5 conseguiu ser o mais bem sucedido da sua curta história e também o último que usou os Ford V8 da Cosworth, passando por alguns pilotos... interessantes. E é sobre a história deste modesto chassis que ou falar.

Primeiro que tudo, um pouco de história: a ATS de 1977 nada tem a ver com a de 1963, porque apareceram em países diferentes. O primeiro, Automobili Turismo e Sport, surgiu devido a uma cisão na Ferrari, com os engenheiros a fazerem um carro, o ATS 100, que durou apenas uma temporada e fechou logo depois as portas. A ATS seguinte é alemã, e chama-se Auto Technisches Spezialzubehör, especializada em jantes de liga leve. Schmid fundou-a em 1969 e forneceu-as à Porsche, Mercedes, Volkswagen e BMW, tendo feito uma fortuna, especialmente com o modelo Penta, de cinco raios, que a forneceu à AMG.

Em 1977, depois de alguns anos a patrocinar equipas e eventos desportivos, decidiu ir para a Formula 1. Comprou um chassis Penske e contratou Jean-Pierre Jarier para correr, e logo na sua primeira corrida, em Long Beach, foi sexto classificado. Foi o suficiente para construir os seus próprios chassis nos anos seguintes.

Chegados a 1981, a Schmid já era conhecido pela sua personalidade explosiva, tendo já desenhado quatro chassis e despedido pilotos, gerentes e engenheiros mais velozmente que uma volta no Nurburgring Nordschleife. Apenas tinha conseguido dois pontos com Hans-Joachim Stuck em 1979, e em 1980, com Marc Surer e Jan Lammers ao volante, tinha conseguido alguns bons resultados nos treinos, mas não conseguiu pontuar.

O chassis D5 foi desenhado por Hervé Guillepin e Tim Wardop, e deveria ser uma evolução do D4. Construido como se fosse um monocoque de alumínio, era um caro relativamente convencional, desenhado para ser eficiente em termos aerodinâmicos. A caixa de velocidades era um Hewland de cinco velocidades, essencialmente, um bólido construido sem grandes inovações aerodinâmicas.

O chassis estreou-se no GP da Bélgica, em Zolder, como o HGS1, as iniciais de Hervé Guilpin, mais o último nome de Gunther Schmid, com o sueco Slim Borgudd ao volante. Este piloto tinha a particularidade de, antes da sua carreira automobilistica, ter sido musico de jazz profissional e baterista de sessão, sendo amigos de Bjorn Ulaevus, um dos integrantes dos ABBA. E com ele, Borgudd colocou o nome da banda nos flancos do carro, causando muita curiosidade... mas não muito dinheiro.

Contudo, em Silverstone, no GP da Grã-Bretanha, Borgudd teve o seu dia. Qualificou-se na 21ª posição da grelha e conseguiu chegar ao fim da corrida num sexto posto, conseguindo o primeiro ponto para a equipa em ano e meio. Contudo, no resto do ano, Borgudd lutou contra a falta de fiabilidade do carro e a qualificação para as corridas - falhou por cinco vezes, e apenas acabou a corrida por uma vez, na Holanda, quando foi décimo, a quatro voltas do vencedor. Mas as suas prestações foram suficientes para correr no ano seguinte pela Tyrrell. 

Em 1982, o D5 foi modificado por Don Holliday, e a equipa alargou-se para dois carros, com uma dupla nova: o alemão Manfred Winkelhock, estreante na competição, e o chileno Eliseo Salazar, que tinha vindo da Ensign. A temporada começou bem para a equipa, com um quinto posto para Winkelhock e outro quinto lugar em Imola, com Salazar, na famosa corrida onde apenas 14 carros arrancaram para a prova, e onde a ATS não aderiu ao boicote da FOCA. Winkelhock acabou na sexta posição, mas foi desclassificado porque era abaixo do peso mínimo.

No final, os quatro pontos alcançados tornaram-se na melhor temporada de sempre da equipa na Formula 1.

Noutras provas, os carros ficavam nos lugares finais da grelha de partida, com a notável excepção da corrida de Detroit, onde Winkelhock partiu de quinto na grelha, a segunda melhor classificação de sempre, depois do quarto posto de Jan Lammers em Long Breach, em 1980. Mas no final foram problemas de fiabilidade que os evitaram ter mais resultados de relevo, e em Hockenheim, teve um lado caricatural, quando Nelson Piquet colidiu com Salazar, quando o dobrava, acabando por andar à pancada, frustrado por ter perdido a liderança por um erro crasso.

Em 1983, Schmid conseguiu um acordo com a BMW para lhe fornecer motores turbo, reduziu a sua equipa a Winkelhock e decidiu contratar o austríaco Gustav Brunner, para desenhar o D6, o primeiro em fibra de carbono.     


Ficha Técnica:

Chassis: ATS D5
Projetistas: Hervé Guilpin, Tim Wadrop e Don Halliday
Motor: Cosworth DFV V8 de 3 litros
Pneus: Michelin (1981) e Avon (1982)
Pilotos: Slim Borgudd, Eliseo Salazar e Manfred Winkelhock
Corridas: 20
Vitórias: 0
Pole-Postions: 0
Voltas mais Rápidas: 0
Pontos: 5 (Winkelhock e Salazar 2, Borgudd 1)

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A Arrow McLaren SP revelou nesta terça-feira o visual do Dallara-Chevrolet  numero 66 que será comandado pelo piloto asturiano em agosto, nas 500 Milhas de Indianápolis. Não será o laranja típico dos McLaren, por causa do patrocinador, mas como será diferente dos carros de Pato O'Ward e Oliver Askew, poderá ajudar com os spotters para a corrida do qual espera entrar, depois do fracasso de 2019, onde não conseguiu se qualificar.

Fernando Alonso tem esta obsessão desde há algum tempo. Não é má de todo, mostra que tem horizontes, acha que o automobilismo é mais do que a Formula 1, e ter uma carreira mais completa poderá, se calhar, complementar o facto de provavelmente não vencer mais o Mundial de Formula 1 porque não tem mais acesso a um carro vencedor. Já ganhou por duas vezes as 24 Horas de Le Mans, as apenas com o melhor carro do pelotão, a Toyota, numa categoria onde praticamente corriam "sozinhas". Se em 2017, teve a ajuda da Andretti e andou bem, antes do motor Honda rebentar perto do fim, em 2019, as más escolhas da equipa, ao confiar na Carlin, deram errado desde o inicio, acabando num inimaginável "Bump Day" e a perder o último lugar disponível para o piloto da Juncos, que basicamente contava os tostões para correr, mas sabia do que fazia. Foi o escândalo que se viu.

Agora, em 2020, com Alonso a ir ao Dakar e a mostrar ser bom, apesar dos erros de estreante, quererá mostrar em Indianápolis que não está acabado. Aliás, durante a pandemia, e a correr nos eSports, mostrou, entre as lendas, que levou a competição a sério e venceu cinco provas seguidas, mostrando-se como um dos melhores, a par de Jenson Button, seu antigo companheiro na McLaren e que em 2017, saiu da reforma para correr uma última vez no carro da McLaren no Mónaco.

O que fará nas 500 Milhas? Se a Arrow McLaren mostrar ser veloz, as chances de Alonso aumentam, numa prova onde tudo é possível. Ele está apenas interessado em vencer no "Brickyard", sem sequer pensar em competir a tempo inteiro nas Américas. Mas se calhar, se tivesse essa ideia na cabeça, provavelmente poderia ser um sério candidato à vitória, porque talento não lhe falta, sabe guiar e gosta de pilotar. E seria engraçado entrar noutro clube restrito, do qual apenas Emerson Fittipaldi, Mário Andretti e Nigel Mansell lá estão, a dos pilotos que foram campeões na Formula 1 e na IndyCar. 

Noticias: Le Mans irá ter um número limitado de espectadores

As 24 Horas de Le Mans, que foram adiadas para setembro devido à pandemia do coronavirus, irão ter espectadores, anunciou hoje a organização. Contudo, esse número de espectadores será limitado pelas autoridades locais de saúde, e o critério para assistir à prova do Campeonato Mundial de Resistência será apenas os titulares de bilhetes comprados antes de 29 de junho e os membros da ACO terão permissão da FIA para assistir à prova que decorrerá no fim de semana de 19 e 20 de setembro.

No comunicado oficial da ACO, o seu presidente, Pierre Fillon, disse: "Nas 24 horas de Le Mans deste ano, solidariedade e responsabilidade serão mais do que meras palavras. A responsabilidade é um dos nossos princípios fundamentais. Portanto, temos certeza de que nossos fiéis espectadores entenderão nossa posição e apoiarão nossa decisão."

"Não bateremos recordes de participação este ano [normalmente, recebem 250 mil espectadores], mas toda a magia da corrida permanecerá intacta e a experiência do espectador - na pista ou à distância - permanecerá de classe mundial", declarou.

A prova era para ter acontecido no fim de semana de 13 e 14 de junho, mas devido à pandemia, foi marcada para outra data. É a segunda vez que isso acontece na história, depois de em 1968 ter sido adiada devido aos acontecimentos sociais no mês anterior, que agitaram a França.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

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Na semana do regresso da Formula 1, a Mercedes decidiu pintar o carro de novo. Agora, a partir deste W11, de "Flechas de Prata", tornaram-se "Flechas Negras". Aparentemente, foi a influência de Lewis Hamilton, que se elevou como cidadão do mundo, e a sua influência dentro da Mercedes, fez com que a equipa tivesse consciência social do mundo à sua volta.

No seu comunicado oficial, a equipa disse que os protestos do movimento Black Lives Matter dos últimos cinco meses “mostraram o quanto precisamos de novas medidas e ações na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Como equipa, usamos as últimas semanas para ouvir as perspectivas dos membros de nossa equipa, aprender e refletir sobre como ela é a nossa estrutura hoje e como queremos que ela seja no futuro“.

A equipa afirmou que o novo visual faz parte de “uma promessa de melhorar a diversidade na equipa e de nosso desporto, e um sinal do compromisso em combater o racismo e a discriminação em todas as suas formas”. Para terem uma ideia, no Halo está escrita a frase "End Racism".

Mas a própria equipa disse logo que dentro deles, há apenas 3 por cento de funcionários "não brancos", e 12 por cento de mulheres, logo, havia catalisador para a mudança que há muito se pedia.

É uma boa mudança, mas para que isto tenha efeito, tem de ser prolongado no tempo, e tem de ser geracional. É um combate a longo prazo. Mas depois há um dilema: faz-se cotas ou deixa-se entrar por meritócracia? Cada um destes métodos tem os seus prós e contras, por um lado, as cotas poderão rebaixar a qualidade dos seus técnicos, engenheiros, mecânicos e programadores, e haverá pessoas de ramos... privilegiados que não terão chance de entrar porque não tem a "cor certa" ou o "sexo certo", e por outro, se formos pela meritócracia, demorará gerações até haver um vislumbre de igualdade e aparecerão novas ondas de indignação à medida que os anos passam, fazendo pensar - provavelmente de modo injusto - que nada foi feito.

Em suma, as pessoas querem ações, mais do que palavras. E tem outra coisa: o grande impulsionador foi Lewis Hamilton, que é provavelmente o melhor piloto do pelotão. Mas ele tem 35 anos e a sua carreira não terá muito mais tempo. Ele continuará a pegar o bastão depois de fechar a sua carreira como piloto? Porque esta pode ser o combate de toda uma vida, uma igualdade e justiça para todas as minorias, para que se sintam protegidas, que tenham oportunidades iguais e alcancem a felicidade. E se no caso das mulheres, já temos séries próprias de formação, para o resto... se calhar, tem de precisar de um pai multimilionário ou um bom mecenas. Porque o talento é apenas metade da coisa.

Mas de resto, é um bom gesto. Contudo, precisamos de mais. 

Noticias: Zanardi foi novamente operado

Alex Zanardi
foi esta segunda-feira submetido a nova intervenção cirúrgica. Dez dias depois do seu acidente, em Pienza, nos arredores de Siena, o ex-piloto e paraciclista foi submetido a nova intrevenção neurológica, que durou duas horas e meia, findo o qual foi transferido novamente para terapia intensiva, onde permanece sedado e intubado. 

"Suas condições permanecem estáveis ​​do ponto de vista cardiorrespiratório e metabólico, [e como são] graves do ponto de vista neurológico, o diagnóstico permanece reservado", relatou a instituição, através do Dr. Roberto Gusinu

"A intervenção realizada representa uma etapa que foi considerada pela equipa [médica]. Nossos profissionais avaliarão a evolução da situação dia a dia, segundo a família, o próximo boletim será distribuído em 24 horas", completou Gusinu.

Noticias da sua intervenção cirúrgica veio com surpresa, especialmente depois do hospital ter dito no meio da semana passada que não iria colocar mais boletins médicos sobre o seu estado de saúde, a pedido da familia.

Recorde-se que Zanardi sofreu um acidente na tarde do dia 19 de junho quando fazia uma estafeta, o Objettivo Tricolore, para chamar a atenção dos paraciclistas do seu país. Segundo conta a policia, no inquérito que se seguiu, Zanardi perdeu o controlo da sua handbike, atravessou a estrada e bateu de frente contra um camião. Ele vinha com as mãos ao volante, depois de terem surgido noticias de que estaria a tirar fotografias para as redes sociais. 

CPR: Armindo Araújo deseja que todos cumpram as normas

Vencedor do Rali Serras de Fafe, prova de abertura e a única feita até agora em 2020, Armindo Araújo está com vontade de voltar a pegar no volante e competir no Rali de Castelo Branco, para poder defender a sua liderança no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). Numa entrevista à Autosport portuguesa, o piloto de Santo Tirso diz-se ansioso para retomar à competição, depois de quatro meses de incerteza.

Este é o momento em que todos esperávamos desde que ficamos privados da atividade desportiva. Foram quatro longos meses, após o Rali Serras de Fafe e, por isso, a ansiedade é elevada e a motivação, naturalmente, alta. Estivemos bastante tempo sem competir, já realizamos dois dias de testes de preparação para o rali e vamos fazer ainda um pequeno “shakedown” privado na zona de Castelo Branco para verificar se está tudo perfeito no nosso Skoda. Vencemos este rali no ano passado e vamos lutar por repetir a vitória”.

Falando sobre a sua estreia em asfalto no seu Skoda Fabia R5, Armindo Araújo não faz ainda ideia até que ponto este caro se comporta neste tipo de superficie, e como se colocará em termos da concorrência, nomeadamente Ricardo Teodósio e Bruno Magalhães. Mas isso não o impede de estar confiante e lutar pela vitória. "Estamos confiantes que podemos ter um bom ritmo, mas só quando iniciarmos o rali conseguiremos perceber se a nossa adaptação ao Skoda é eficaz. Seria ótimo conseguirmos a segunda vitória do ano”, continuou.

Por fim, ele apelou a que todos cumpram as normas de distanciamento social para que o campeonato posse decorrer sem incidentes de maior. "Desejamos que todas as equipas, assim como o público e qualquer interveniente na prova cumpra à risca as medidas de proteção necessárias. Só assim podemos disputar este rali, bem como os restantes até ao final da temporada”, concluiu.

O Rali de Castelo Branco acontece neste fim de semana, com a realização de sete especiais de classificação. 

domingo, 28 de junho de 2020

CPR: Teodósio ansioso por regressar

Ricardo Teodósio
está ansioso por voltar a competir. A uma semana do regresso, em Castelo Branco, o atual campeão nacional esconder a motivação para voltar a pilotar em competição o Skoda Fabia R5 Evo, numa prova onde triunfou em 2018.

Estamos todos com muita vontade de voltar a competir, foram meses de muita ansiedade e alguma frustração”, referiu o piloto algarvio a propósito da paragem motivada pela pandemia do coronavirus. “Vamos regressar ao campeonato numa prova onde normalmente somos muito competitivos, pois ganhámos o Rali de Castelo Branco em 2018 e voltámos a lutar pela vitória em 2019. Fizemos o nosso trabalho de casa na procura de um bom set-up para o Skoda Fabia R5 Evo e estou confiante. Mais do que nunca, é importante percebermos que é fundamental seguirmos todos, desde pilotos, equipas, espectadores e demais intervenientes, as recomendações da Escuderia Castelo Branco e da FPAK, para que tudo corra bem neste regresso”, continuou.

José Teixeira, o navegador de Teodósio, recordou que “o rali deste ano deverá ser parecido com o do ano passado em termos de percurso, mas agora as circunstâncias são outras e temos todos de ter uma atitude cívica e responsável. Castelo Branco é um local com um significado especial para a nossa equipa, foi lá que ganhámos o nosso primeiro rali à geral no CPR e o objetivo este ano é voltar a discutir a vitória, sobretudo porque ainda estamos na expectativa quanto ao sistema de pontuação que vai vigorar até ao final da época”.

O Rali de Castelo Branco, que e corrido em asfalto, terá 85 inscritos e acontecerá nos dias 4 e 5 de julho, em sete especiais de classificação, que totalizarão 99,69 quilómetros cronometrados.

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Falta precisamente uma semana para o começo do campeonato. Serão duas corridas seguidas no Red Bull Ring, para depois seguirem rumo a Budapeste, na Hungria, e depois para o Reino Unido, e assim adiante. Sabemos de oito provas, e parece que amanhã poderemos saber do resto da temporada. E se calhar com o regresso da Formula 1 a Portugal, no autódromo de Portimão, em principio, a 4 de outubro. Nem sabemos se serão 15 ou 18 corridas, se irão aos Estados Unidos, ou ao resto das Américas, e quantas mais provas é que terão rondas duplas, e quantas elas serão na Europa. E quantas terão público.

Como leram acima, há mais dúvidas que certezas. Em tempos de pandemia, a única certeza é a incerteza, e num tempo de verão como este, as pessoas estão fartas de ficar fechadas em casa, Querem sair e se distrair de um mundo que, de repente, ficou de pernas para baixo. Claro, em certos aspectos, a Formula 1 forçou-se para estar nesta situação, porque o espectáculo tem de continuar, e como viram em Melbourne, eles queriam correr independentemente da situação. Um resquício dos tempos de Bernie Ecclestone, do qual agora tentam se distanciar, depois da explosão social nas Américas e também das recentes declarações do anãozinho relacionadas com o racismo...

Mas voltando do que interessa, o distanciamento social promete ser cumprido, as regras sanitárias também, mas já há pessoas que dizem que as corridas acontecerão, mesmo que se detecte um ou outro caso de coronavirus no meio do pelotão. Eu creio que a Formula 1 não se pode dar a esse tipo de luxo, porque é uma competição importante e tem de entender que todos estes países que o vão receber estão a dar um voto de confiança a eles, esperando que sejam profissionais em tempos como estes. Não há espectadores - e provavelmente esta temporada poderá não ter qualquer Grande Prémio aberto ao público - e mesmo assim, fala-se que milhares de pessoas pretendem estar nas imediações para os ouvir. É de loucos, é verdade, mas as pessoas estão fartas de ficar em casa, em confinamento, no verão europeu, e querem esquecer uma pandemia que ainda não acabou. Lamento desiludir: ainda não acabou, ainda não há uma cura, e a segunda vaga é uma possibilidade bem real.

De resto, vamos a ver se as coisas correrão bem e não será outro embaraço como aconteceu em Melbourne. Se acontecer novamente, saem todos a perder. Agora, faltam sete dias para que tudo comece.

CPR: Bruno Magalhães ansioso por voltar a correr

Bruno Magalhães
está ansioso por voltar a correr. A uma semana do começo do Rali de Castelo Branco, depois de três meses de paragens devido à pandemia do coronavirus, que obrigou ao cancelamento do Rali de Portugal e o adiamento do Rali dos Açores, o piloto da Hyundai Portugal deseja regressar ao campeonato, num rali do qual tem recordações agridoces. 

Foi uma paragem longa, é muito bom estar de volta”, começou por dizer Bruno Magalhães, depois desta paragem forçada.  “No asfalto testámos algumas coisas com um filosofia um pouco diferente, e estamos otimistas. Fizemos uma excelente fase de asfalto no ano passado, nos últimos quatro ralis discutimos sempre a vitória em todos eles, ganhámos dois e os outros dois um perdemos por oito segundos e outro por 13 segundos, estivemos sempre na luta.", continuou.

"O Rali de Castelo Branco do ano passado correu mal, mas foi um ponto de viragem, pois discutimos o título até ao último troço”, prosseguiu.

Em relação ao comportamento do público, e apesar dos avisos para que haja cuidado, o piloto de Lisboa está convencido que os troços irão estar cheios.

Não há zonas espectáculo, mas as pessoas podem espalhar-se pelos troços, e cada um tem a sua responsabilidade de cumprir o distanciamento social da mesma forma que o tem que fazer noutro sítio qualquer. Deixou de haver zonas espectáculo, que eram zonas de aglomerados de público. O Rali de Castelo Branco é um evento aberto que qualquer um pode ir ver mas têm que cumprir as regras de distanciamento social. Este rali vai servir de exemplo, tem que correr bem, e nós próprios, os pilotos vamos ter que dar o exemplo. Todos têm que ter bom senso, pois é muito importante os ralis irem para a frente, e não só os ralis, todas as outras modalidades todas, claro.”, afirmou.

Quanto ao CPR 2020, Bruno Magalhães que está convicto que o campeonato vai ser novamente muito equilibrado: “Toda agente está com muita vontade, estava tudo em casa há meses a pensar quando poderia ter um rali outra vez, o campeonato está competitivo, acho que no asfalto as forças ainda se equilibram mais, portanto tem tudo para ser novamente um grande campeonato”, concluiu.

"Felizmente para todos os que gostam de ralis, as provas estão de volta e portanto neste momento é hora de quem realmente gosta de ralis, unir-se e levarmos este desporto para a frente. E portanto, todos nós temos responsabilidade social, neste aspeto, seja pilotos equipas ou público e acho que todos temos que estar mais unidos do que nunca para ter o nosso desporto de volta que isso é o mais importante”, concluiu.