sábado, 5 de abril de 2008

Formula 1 - Ronda 3, Bahrein (Qualificação)

E fez-se história. Pela primeira vez, temos um polaco e um piloto da BMW na "pole-position" de um Grande Prémio. Aos que achavam que Robert Kubica tinha capacidade para ir ao pódio, mas não de ganhar ou fazer a pole-position, pois bem... hoje é o dia de dizerem "estou enganado".

Contudo, Kubica tem um carro mais leve, ao contrário de Felipe Massa, segundo e com um carro mais pesado. Aparentmente, o brasileiro aprendeu as lições da Malásia, e vai querer chegar ao fim, pois caminha "sobre brasas". E para provar isso, cometeu pequenos erros na parte final do treino, que o impediram de alcançar a "pole-position", o que foi frustrante para a Ferrari, que claramente dominou o fim de semana...

Lewis Hamilton e Kimi Raikonnen foram terceiro e quarto, respectivamente, enquanto que Heiki Kovalainen foi quinto classificado. Para ambos os McLaren, pode ser que seja o prenuncio de uma boa corrida, pois estão com carros mais pesados do que os Ferrari e o BMW de Kubica. A mesma tática deve ter Nick Heidfeld, sexto e a mais de meio segundo do seu companheiro de equipa.

Quem está a evoluir muito bem é a Toyota. Jarno Trulli foi sétimo na grelha, ao lado do Williams de Nico Rosberg, que no Bahrein recuperou um pouco a boa forma que tinha perdido na Malásia. Jenson Button conseguiu um feito este ano: conseguiu superar Rubens Barrichello e passou para a Q3, ficando com o nono lugar da grelha, superando Fernando Alonso, no seu Renault.

Rubens Barrichello foi 11º, Nelson Piquet Jr. foi 14º e David Coulthard foi 17º, o primeiro dos pilotos a ficar de fora na Q1. Sinal de decadência ou um simples azar? Amanhã, ao meio dia (hora de Lisboa), veremos se isso é verdadeiro. E veremos também se haverá história na Formula 1. Gostava, mas não creio...

A Foto do dia

Excelente, hein? Pois é, não há só Formula 1 este fim de semana. Esta é a foto de familia dos pilotos que vão participar na prova de Barcelona, a etapa inicial das Le Mans Series, onde Audi, com o seu R10, e a Peugeot, com o 908HDi se irão bater para ver quem ganhará este ano o título, e onde Pedro Lamy e Stephane Sarrazin defenderão o título alcançado em 2007. E para já, eles vão adiantados...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O piloto do dia - Richard Attwood

Para a Formula 1, a sua carreira foi mais uma nota de rodapé. Mas nos Protótipos, é uma lenda do seu tempo, a par de Brian Redman, David Piper, Vic Elford ou Hans Hermann, entre outros. A sua vitória em Le Mans, em 1970, entrou para a história, pois foi aquela filmada por Steve McQueen no filme com o mesmo nome. hoje falo de Richard "Dickie" Attwood.

Nascido a 4 de Abril de 1940, em Wolverhampton, Dickie começou a meter-se no automobilismo como aprendiz na fábrica da Jaguar, em meados dos anos 50. Em 1960, meteu-se em competições ao volante de um Triumph TR3, e no ano seguinte, juntou-se à Midland Racing Partnership (MRP), na Formula Junior, onde correu até 1963, altura em que, ao volante de um Lola, ganhou a corrida de suporte do GP do Mónaco. Aliás, vai ser nas ruas do Principado que terá algumas das suas melhores páginas da carreira.

Em 1964, Attwood muda-se para a Formula 2, correndo ainda pela MRP, onde ganha os Grandes Prémios de Pau, Albi e Eiffelrennen, os dois primeiros em França e o outro na Alemanha. Estas performances chegaram a Sir Alfred Owen, o proprietário da BRM, que queria Attwood para desenvolver o BRM P67 de quatro rodas motrizes. Nos treinos do seu Grande Prémio inicial, em Brands Hatch, Attwood levou o carro para o ultimo lugar na grelha, mas viu que a sua eficácia era pouca, e retirou-o antes da corrida.

Entretanto, Attwood trabalhava num novo projecto, mas na categoria de GT: o Ford GT40. Envolvido no desenvolvimento inicial do carro, ele e o francês Jo Schlesser levaram-no às 24 Horas de Le Mans desse ano, onde desistiram à nona hora da competição, devido a um incêndio. No final do ano, com David Piper, ganha as 9 Horas de Kyalami, a bordo de um Ferrari P2.

Em 1965, Tim Parnell contratou-o para a sua equipa privada, correndo num Lotus 25 com três anos de idade. Com um chassis já ultrapassado, e com um motor BRM, as performances de Attwood não foram muito boas, sendo o melhor dois sextos lugares em Monza e na Cidade do México. Esses dois pontos dar-lhe iam o 16º lugar na geral.

Entretanto, continuava a colaborar com a Ford, mas não teve resultados de relevo. Também corria com o seu amigo David Piper, em Ferrari 250, da Maranello Concessionaries, com resultados modestos. Mas davam nas vistas na mesma, pois os carros eram pintados de... verde!

Em 1966, Attwood não corre na Formula 1, mas anda muito pela Tasman Series e na Formula 2, onde ganha os Grandes Prémios de Albi e Pau, em França. No ano seguinte, concentra-se nos Sportcars, onde acaba em terceiro nos 1000 km de Spa-Francochamps e em segundo nos 500 km de Zeltweg. Nessa altura, guia uma variedade de máquinas: para além dos Ford e Ferrari, guia também o Alfa Romeo T33 e o Porsche 906. Aliás, vai ser nesse ano que começará a sua ligação mais profícua com a casa de Estugarda.

No final do ano, volta à Formula 1, como substituto de Pedro Rodriguez na Cooper, no GP do Canadá. Termina na décima posição.

Em 1968, teve que voltar à Formula 1, para substituir Mike Spence na BRM. Spence tinha ido substituir Jim Clark na Lotus para a corrida das 500 Milhas de Indianápolis, no Lotus 56 Turbina, mas sofrera um acidente fatal durante a qualificação. Attwood ficava na equipa o resto da temporada, onde arranca um soberbo segundo posto no Grande Prémio do Mónaco, poara além da volta mais rápida. Foi o seu momento mais alto de glória na categoria máxima, e esses seis pontos deram-lhe o 13º posto final.

No ano seguinte, a Porsche convida-o para guiar na sua equipa oficial, ao lado do seu compatriota Vic Elford, nos 908 oficiais. contudo, Attwood desenvolveu aquele que viria a ser um dos mais icónicos carros de sempre: o Porsche 917. Nas 24 Horas de Le Mans daquele ano, ele e Elford levaram o 917 a liderar durante uma grande parte da corrida, mas a duas horas do fim, o motor não aguentou e viram a vitória fugir para as mãos de Jacky Ickx, num "ultrapassado" Ford GT40.

Nesse ano, Attwood é de novo chamado à Formula 1, para substituir Jochen Rindt, que se tinha magoado em Montjuich. Correu no Mónaco, a bordo de um Lotus 49, e terminou num impressionante quarto posto. Ainda correu mais uma corrida, mas em Formula 2, a bordo de um Brabham inscrito por... Frank Williams. Aconteceu em Nurburgring, e terminou no sexto lugar da geral, segundo na sua classe.

A sua carreira na Formula 1: 17 Grandes Prémios, em cinco temporadas (1964-65, 1967-69), um pódio, uma volta mais rápida, 11 pontos.

Em 1970, volta a correr nas 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Porsche 917K, desta vez tendo como companheiro o alemão Hans Hermann. Desta vez, tudo correu bem, e ambos comemoraram a vitória. Voltaram a repetir o feito, mas em Nurburgring, e ao volante de um 908. No ano seguinte, fazendo parte da famosa equipa de John Wyler, e com as cores da Gulf Racing, e fazendo par de novo com Hans Hermann, foram desta vez segundos classificados, não muito longe da dupla vencedora, constituida pelo austriaco Helmut Marko e o holandês Giis Van Lennep. Ainda ganhou os 1000 km de Zeltweg, e no final da época, retirou-se do automobilismo.



Nos anos seguintes, tornou-se figura de destaque em reuniões de carros antigos, especialmente com o seu Porsche 917K que tinha participado nas filmagens de "Le Mans", protagonizado por Steve McQueen, afirmando: "Esta é a minha pensão de reforma". Quando o vendeu, em 2000, rendeu-lhe cerca de 1 milhão de Libras. Hoje em dia, é presença constante no Goodwood Fstival of Speed, sempre ao lado de um Porsche.

Fontes:

Resultados da Sondagem CC

Quem vai ganhar o GP do Bahrein?




Pois bem, boa parte de vocês acredita ou no Kimi Raikonnen, ou no Lewis Hamilton, mas o vencedor é o actual campeão do mundo, pois ele recolheu a opinião de 43 por cento dos votantes. Os que acreditam no Lewis Hamilton foram 34 por cento dos inquiridos, enquanto que os "Massistas" recolheram 17 por cento dos votos, e o Heiki Kovalainen teve a perferência de 4 por cento.


Robert Kubica, esse pobre coitado, não teve nemhum voto. Agora gostava que ele se vingasse e fosse o vencedor da corrida. Era histórico!


Próxima segunda-feira, temos nova sondagem. Até lá, votem no Mosley...LOL!

Mosleygate - Raikonnen expressa o seu apoio

Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque. Parece este ser o espírito de Kimi Raikonnen, quando comentou o escândalo de Max Mosley e as suas p**** nazis. Quando o jornal "Daily Mirror" perguntou sobre o "Mosleygate", o actual campeão do Mundo respondeu assim: "Isto é um assunto seu. Ninguém tem nada com isso e ninguém deverá meter o nariz onde não é chamado!"

Não é nada surpreendente. O próprio Raikkonen já foi, em diversas ocasiões, "apanhado" em situações mais ou menos comprometedoras, envolvendo mulheres e consumo de bebidas alcoólicas, mas também a Ferrari é fiel apoiante da Mosley na cadeira da FIA. Aliás, o eventual sucessor do inglês seria o ex-director desportivo Jean Todt.


Portanto, dali, só se pode expressar solidariedade. Nos bons e maus momentos...

Formula 1 - Ronda 3, Bahrein (Treinos)

Já decorreram os treinos livres para o Grande Prémio do Bahrein, e como seria de esperar, os Ferrari dominaram. Para melhorar as coisas, Felipe Massa quer mostrar serviço e liderou a tabela dos tempos em ambas as sessões de treinos. logo seguido de Kimi Raikonnen.


Logo a seguir, os McLaren de Heiki Kovalainen e de Lewis Hamilton apareceram na tabela de tempos, com o piloto inglês a protagonizar um forte despiste, na curva sete do circuito, destruindo o seu carro. Contudo, ele não teve lesões.

Após as duplas McLaren e Ferrari, foi a vez do BMW de Robert Kubica a aparecer na tabela de tempos, com Nico Rosberg logo a seguir. A completar o "top ten", estão o Red Bull de David Couthard, o Williams de Kazuki Nakajima, o Toro rosso de Sebastien Bourdais e o Renault de Nalson Piquet Jr., que superou Fernando Alonso, que foi apenas 12º.

Amanhã há mais.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

GP Memória - Brasil 1988

O inicio da temporada de 1988 era de expectativa: a formula 1 estava a atravessar mudanças significativas, uma das quais era que os motores Turbo iriam ser abolidos no final desse ano, para dar lugar aos motores atmosféricos de 2,5 litros, basicamente a Formula que existia antes de 1983, antes do dominio dos motores turbocomprimidos.


Nesse ano, somente a Honda e a Ferrari tinham motores Turbo, para além dos Megatron, que não eram mais do que motores BMW disfarçados pelo preparador de motores com o mesmo nome. Os atmosféricos começavam a dominar o pelotão, principalmente dois preparadores: A Cosworth e a Judd. A primeira fornecia motores à Benetton, Tyrrell, Minardi, entre outras, e a Judd fornecia a Williams, Ligier e March. Ambos os preparadores iriam fornecer muitas equipas durante os três/quatro anos seguintes.


Entretanto, os novos regulamentos atraíam novos projectos para a Formula 1: os italianos da Dallara, através da Scuderia Itália, faziam um chassis para se estrearem na categoria máxima, e com o seu compatriota Alex Caffi ao voltante, a alemã Rial, liderada pelo volátil Gunther Schmidt (que voltava à carga quatro anos depois de ter terminado a aventura da ATS), e que tinha arranjado um lugar para outro italiano: Andrea de Cesaris. Uma outra equipa que entrava em acção nesta altura era a Eurobrun, uma parceria suiça com Walter Brun ao leme.


Mas todos os olhos estavam virados para a McLaren, pois Ron Dennis tinha conseguido uma combinação de sonho: arranjara o brasileiro Ayrton Senna, para se juntar ao francês Alain Prost, e levava consigo os motores Honda Turbo, e todos sabiam que eram a equipa a abater no pelotão. O chassis MP4/4, desenhado por gordon Murray, tinha aparecido muito tarde, mas mostrava que tinha nascido muito bem. Muito bem mesmo.


Mas também havia expectativas na Ferrari, que tinha tido um belo final de época no ano passado, com Gerhard Berger, e esperavam dar o presente supremo ao "Commendatore", que tinha feito 90 anos pouco tempo antes. E tinham que apressar, pois ele já estava a ficar doente...


Entretanto, a Lotus era outra equipa com altas expectativas: tinham mantido o motor Honda e contrataram o campeão do mundo, Nelson Piquet. Pela primeira vez desde 1979, eles tinham o numero 1, também a primeira, e unica vez, desde o desaparecimento de Colin Chapman. Havia uma alta expectativa, no Brasil, de que aquele seria o ano onde o duelo pelo título seria entre Senna e Piquet. A hostilidade entre ambos era visível, e um mês antes, Senna dava uma entrevista no Jornal do Brasil a justificar o facto de só agora é que aparecia em público: "Eu tinha que dar a outros uma chance de aparecer um pouco. Afinal, não tem sentido um cara ser tricampeão e eu continuar sendo assunto. Já que ninguém gosta muito dele, o único jeito era eu sumir para que ele pudesse aparecer um pouco".


Piquet, no seu jeito catacterístico, respondeu: "Senna desapareceu esses meses não foi para deixar eu aparecer. Foi para não ter que explicar à imprensa brasileira porque não gosta de mulher". A polémica estava estalada, e tudo indicava que a coisa iria acabar nos tribunais quando os advogados de ambos os pilotos decidiram chegar a um acordo extra-judicial, antes do fim de semana do Grande Prémio.


Quanto máquinas e pilotos desfilaram no fim de semana de 2 e 3 de Abril de 1988, sabiam-se que se caminhava para o fim de uma era. E que todos esperavam que este seria o "ano do Senna". Mas neste inicio de época, as coisas não se passariam assim...


Nos treinos, Senna teve a oposição de Prost, mas foi de pouca dura. Na qualificação de Sábado, o brasileiro conseguiu a sua 17ª pole-position da sua carreira, para gaudio dos torcedores. ao seu lado tinha o Williams-Judd de Nigel Mansell, enquanto que Alain Prost era terceiro, com Gerhard Berger no quarto posto. Piquet era quinto, com o belga Thierry Boutsen a seu lado.


Nesta corrida havia mais um brasileiro a estrear-se: Mauricio Gugelmin. A bordo do March-Judd, o companheiro de Ivan Capelli era 13º na grelha, que deixava de fora os Zakspeed de Bernd Schneider e Piercarlo Ghinzani, o Dallara de Alex Caffi, o Osella de Nicola Larini e o Tyrrell de Julian Bailey.


O dia amanhecera nublado, com ameaça de chuva. Em Jacarépaguá, cheio que nem um ovo, todos queriam uma vitória brasileira. Mas isso esfumou-se no momento da partida, quando a caixa de velocidades de Senna engripou. Era o fim, antes de começar, mas não sabia disso. Largou o carro, foi a correr para a box no intuito de largar com o carro de reserva, no final do pitlane, e voltar a correr. Mas isso era uma manobra ilegal, passivel de desclassificação, e ninguém o tinha avisado.

Na segunda partida, com o buraco causado pela vaga de Senna, Alain Prost aproveitou para superar Mansell e passou para a frente, sem ser mais incomodado. Mansell tenta agarrar o segundo posto dos ataques de Berger, enquanto que Gugelmin termina a sua corrida mesmo no final da recta, quando a sua caixa de velocidades quebra. Entretanto, Senna sai da boxe e enceta uma espectacular (mas inutil) corrida de recuperação.

Em três voltas, passa do 24º para o 18º lugar, e na volta 13 era setimo, ultrapassando logo a seguir Boutsen e Alboreto. Era não só uma bela tentativa de recuperação, mas também uma forma de mostrar a superioridade daquele carro em relação aos demais. Pouco tempo depois, Senna tinha Piquet na mira, e batalhavam pelo quarto lugar. Contudo, Piquet facilitou e Senna passou, herdando pouco depois o terceiro posto, com a desistência de Mansell.


Contudo, os comissários já tinham notado a ilegalidade, apesar das tentativas de Ron Dennis em afirmar o contrário. Na volta 31, quando Senna atacava o segundo posto de Berger, é colocada uma bandeira preta para Senna, e este encosta às boxes. Assim sendo, restavam Prost, Berger e Piquet nas posições do pódio. Contudo, quanto o carioca para nas boxes, cai para quinto, atrás de Boutsen e do Arrows de Derek Warwick. Aproxima-se dos dois, e no final da recta da meta, faz uma manobra de génio de ultrapassa-os... ao mesmo tempo!


No final da corrida, Prost ganhava no Brasil pela quinta vez, establecendo um recorde que foi alargado mais uma vez, tendo a seu lado no pódio o Ferrari de Berger e o Lotus de Piquet. Nos outros lugares dos pontos ficaram o Arrows de Warwick, o Benetton de Boutsen e o Lotus de Satoru Nakajima.


Os entendidos suspentavam, mas não sabiam que tinha começado um dos campeonatos mais dominadores jamais vistos por uma equipa. Nem antes, nem depois...


Fontes:


http://en.wikipedia.org/wiki/1988_Brazilian_Grand_Prix
http://jcspeedway.blogspot.com/2008/04/histria-20-anos-do-grande-prmio-do.html
http://gpinsider.wordpress.com/2008/04/03/ha-20-anos-comeca-a-saga-senna-prost/#comments

Mosleygate - Os mais recentes desenvolvimentos

Hà uns tempos atrás, o "tio" Max disse que "os escândalos só fortalecem a Formula 1". Só concordo com a frase se isso implicar o corte de algumas cabeças. E parece que, a conta-gotas, equipas e personalidades já pedem, por via indirecta, a cabeça de Max Mosley, que está em jogo desde Domingo, altura em que o tabloide inglês "News of The World" colocou um video de cinco horas(!) em que ele aparece em práticas BDSM com cinco p****, duas delas com uniforme nazi.


Hoje, responsáveis da Toyota, Mercedes e BMW (curiosamente, todas sediadas na Alemanha) reagiram em conjunto, reprovando o comportamento do presidente da FIA: "O sucedido é uma desgraça e como empresa distanciamo-nos totalmente dessa situação. Este incidente diz respeito a Max Mosley, pessoalmente, mas também não se pode dissociar o seu cargo de Presidente da FIA. As suas consequências vão muito além da indústria do desporto automóvel, pelo que aguardamos uma resposta oriunda da esfera da FIA", disseram em conjunto BMW e Mercedes.


Já a Toyota alinha no mesmo diapasão: "A FIA tem de ponderar se a atitude do seu Presidente se coaduna com as obrigações morais inerentes ao seu cargo. A Toyota não aprova o seu comportamento, que pode danificar a imagem da F1, especialmente no que ao racismo e anti-semitismo diz respeito.", referiu no seu comunicado à Imprensa.


Entretanto, a apenas um dia do inicio do fim de semana automobilistico no Bahrein, o "tio Max" decidiu convocar esta tarde uma reunião extraordinária da FIA, na sua sede, em Paris, para ouvir a opinião dos mais de duas centenas de membros do Senado sobre "uma aparente e ilegal intrusão na vida privada do Presidente da FIA". Gostaria de saber o quê, pois já admitiu que o tipo a ser chicoteado e a dar ordens em alemão era ele... não será para no mínimo, anunciar a sua demissão?


A procissão vai no adro, meus amigos...

Mais humor mosleyano...

E isto veio de um lugar insuspeito: o Blig do Gomes. Digam lá, pode nem ser verdade, mas gostariam que fosse, não?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Extra-Campeonato: A Mudança está a acontecer




Desde o passado Sábado que um país está suspenso do resultado de umas eleições gerais: o Zimbabwe. Um país africano, que já foi governado pela minoria branca (tal como na Africa do Sul), e que desde 1980 é liderado pela mesma pessoa: Robert Mugabe.



A principio um respeitado líder africano, que podia apresentar o país como um caso de sucesso, próspero, e onde todos se respeitavam, a partir de 2000, as coisas perderam o controlo, com a confiscação à força das terras pertencentes a fazendeiros brancos, e entregues à "clique" de Mugabe, cada vez mais com um comportamento ditatorial. Resultado: economia paralisada, inflação galopante, mais de três milhões de emigrantes (actualmente, 80 por cento da minoria branca exilou-se no estrangeiro), e a oposição brutalmente espancada.



Quando se votou no Sábado, temia-se que tudo ficaria na mesma, e que Mugabe só sairia do poder "num pijama de madeira". Tem 84 anos, e muitos tiques de chefe tribal, para além de se falar que ele está demente. A União Europeia impôs sanções aos dirigentes do país, mas o respeito que ele têm dentro da Africa Austral, como sendo um dos homens que se envolveu nas lutas pela libertação colonial foi o suficiente para impôr a sua presença em Lisboa, para a Cimeira Europa-Africa, no passado mês de Dezembro.



Bom, mas desde Sábado, tudo mudou. Primeiro, pensava-se que iria ser uma vitória mais ou menos arranjada de Mugabe e do seu partido, o ZANU-PF. Mas o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, antigo sindicalista e líder do MDC, Movimento para a Mudança Democrática, parecia ter uma palavra a dizer. E a entrada de outro elemento na corrida, o ex-ministro das Finanças Simba Makoni, um dissidente da ZANU, mostrava que poderia haver um sinal de mudança no ar.


Os resultados têm saído a conta-gotas, mas quando saiam, eram no mínimo surpreendentes: a ZANU-PF pderia deputados atrás de deputados, o MDC conseguia competir taco a taco (podendo até alcançar a maioria), e falava-se que na corrida presidencial, Tsvangirai era o líder, mas iria haver uma segunda volta com Mugabe. E que "o Velho" poderia ir embora do poder, e exilar-se na Malásia, e estaria a haver conversações para uma transição de poder pacífica, evitando uma agitação "à queniana" por parte dos partidários da ZANU-PF.


Contudo, todos apelam à calma, pois nada está decidido. Os resultados oficiais ainda não foram divulgados, mas se forem pelo mesmo caminho do das legislativas, uma coisa é certa: o fim de uma era de ditadura e desastre pode estar a chegar a um fim. Nesse lado, tenho esperança. Mas como vai ser o dia a seguir à partida de Mugabe? Tamos a falar de um país com quase um terço da população exilada, um quarto dela a viver com o virus do HIV/SIDA e uma esperança mádia de vida de 36 anos, ao nível de uma Serra Leoa... e a inflação de 100 mil por cento.

Mosley responde: "Não me vou demitir"

Três dias depois da revelação do escândalo no tabloide inglês "News of The World", Max Mosley comentou o assunto do momento, afirmando que não tem intenção de se demitir. "[Recebi] mensagens de apoio, por parte da FIA e do desporto automóvel, onde sugerem que a minha vida privada não tem nada a ver com o meu trabalho e que devo continuar", afirmou o presidente da FIA.


Contudo, o escândalo já teve algumas consequências. Bernie Ecclestone, o "manda-chuva" da formula 1, aconselhou Mosley a não aparecer no Bahrein, onde a Formula 1 vai correr este fim de semana, devido ao facto de isso poder desviar as atenções do Grande Prémio. "A família real do Bahrain considera que a presença de Mosley roubaria as atenções do GP, dando azo a que todos falassem mais deste episódio do que da prova." afirmou. "Sei que em princípio ele queria viajar, mas agora... Mas também entendo que deve fazer o que o coração lhe ordenar", reforçou o "tio" Bernie.

No final de contas, Mosley disse, por portas travessas que aquele senhor era ele, e que não se importa de fazer umas coisinhas muito BDSM. O que ele faz, não interessa. Agora, o problema é que a sua fantasia ofendeu muita gente, e muitos lhe querem a sua cabeça. E não falo do Stirling Moss ou do Jody Scheckter, ou as organizações judaicas um pouco por todo o mundo. Reparem, sem querer, Mosley não só cavou a sua própria sepultura, mas se calhar este deve ser o primeiro capítulo de um enorme processo de sucessão na Formula 1.

Não esqueçam, Bernie Ecclestone vai fazer 78 anos...

GP Memória - Long Beach 1978

A temporada de 1978 ia para a sua quarta corrida da temporada, mas o Grande Circo ainda estava a viajar pelos continentes, antes de fazer a sua "aterragem" na Europa, onde se desencadearia o grosso da temporada. A quarta etapa do campeonato iria ser a primeira de duas paragens nos Estados Unidos, e desta vez seria nas ruas de Long Beach, numa prova que se tinha estreado três anos antes, mas já era um grande sucesso comercial, tanto mais que ainda decorre nos dias de hoje.


Estavamos a assistir a um campeonato bem disputado, com três vencedores diferentes, em três Grandes Prémios, e um grande equilibrio entre as equipas com capacidade para ganhar, como a Lotus, Ferrari, Tyrrell ou Brabham, com a McLaren a desiludir um pouco, e a novata Arrows a surpreender.


Nas ruas de Long Beach, contudo, o grande dominador dos treinos seria... a Ferrari. Numa luta com Niki Lauda, o argentino Carlos Reutmann conseguiu superá-lo, tendo a seu lado uma pequena surpresa: o seu companheiro, o canadiano Gilles Villeneuve. Na segunda fila, Niki Lauda tinha a seu lado, e atrás de si, o americano Mario Andretti, enquanto que na terceira fila, John Watson e Ronnie Peterson ficavam com o quinto e sexto posto, respectivamente.


Após eles, James Hunt era sétimo, o novato Riccardo Patrese era nono, batido pelo Williams de Alan Jones, que começava a dar nas vistas. Quanto a Emerson Fittipaldi, era apenas 15º na grelha. Os organizadores de Long Beach tiveram que fazer um sistema de pré-qualificação, visto que estavam inscritos 31 carros. E havia um estreante: o irlandês Derek Daly, que tinha ficado com o lugar na Hesketh depois de ter dado nas vistas no International Trophy, em Silverstone. Infelizmente, ele não se ia qualificar, tal como aconteceu a Keke Rosberg, os americanos Brett Lunger e Danny Ongais, o mexicano Hector Rebaque e o italiano Lamberto Leoni.


Didier Pironi também estava no rol dos não-qualificados, mas dois dos pilotos que estavam à sua frente, o inglês Rupert Keegan e o alemão Hans-Joachim Stuck, tiveram acidentes durante o "warm-up", com os carros sem qualquer hipóteses de correr, então Pironi ficou com o último lugar disponível.


No dia da corrida, 75 mil espectadores e um céu limpo aguardavam os pilotos para a partida do GP dos Estados Unidos Oeste. No momento da largada, Reutmann é surpreendido por uma manobra de John Watson, que o obriga a alargar a trajectória e a perder o primeiro lugar para o seu comapanheiro, Gilles Villeneuve. Nessa manobra, Niki Lauda aproveita e salta para o terceiro posto, atrás de Watson, e o argentino cai para o quarto lugar.


Entretanto, Ronnie Peterson perde dois lugares para Alan Jones e James Hunt. Contudo, na terceira volta, o britânico bate no muro e perde uma roda, abandonando na hora, e três voltas mais tarde, é a vez de John Watson abandonar com mais um motor Alfa Romeo partido.


Com isto tudo, o grande beneficiário é... Alan Jones. Estando em quarto lugar, o australiano estava a apanhar rapidamente o Lotus de Andretti, que tinha feito uma má escolha de pneus. Depois de o ultrapassar na volta 19, partiu em busca do trio da frente.


Entretanto, Gilles Villeneuve impressionava na frente, aguentando os ataques de Lauda, que por sua vez era pressionado por Reutmann. Contudo, na volta 28, no final da recta da meta, o Brabham do austríaco sofre uma falha nos travões e segue em frente na escapatória. E fica por lá. A partir daqui, os Ferrari dominavam, e Villeneuve era o líder.


Tudo continua assim até à volta 39, mais ou menos a metade da corrida. Então, Villeneuve apanha dois retardatários, o suiço Clay Regazzoni, num Shadow, e o Renault de Jean-Pierre Jabouille. Em vez de esperar para os ultrapassar, Villeneuve decide arriscar numa zona onde dificilmente caberiam dois carros. Resultado: a desistência do canadiano.


Sendo assim, o argentino agora tinha que se preocupar com Alan Jones. O piloto da Williams tinha cravado na volta 29 a sua melhor volta da corrida (a sua primeira e a da Williams) e andava a assediar o argentino, na tentativa de apossar a liderança. Contudo, na volta 47, as asas da frente de Jones quebram, devido a um defeito de fabrico, e ele fica lentamente para trás, caindo para o sétimo lugar final.


Com Reutmann a cortar a meta em primeiro lugar, é também a segunda vitória do argentino, que passa a ser líder, igualado por Mario Andretti, que ao chegar em segundo lugar, ficavam ambos com 18 pontos. Patrick Depailler acabava a corrida no terceiro posto, ficando também no terceiro posto na tabela classificativa, com 14 pontos. Peterson ficava em quarto, Jacques Laffite era quinto e Riccardo Patrese dava à Arrows o seu primeiro ponto da sua história.



Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/1978_United_States_Grand_Prix_West

terça-feira, 1 de abril de 2008

Red Bull vendido por 215 mil euros

A Formula 1, em geral, não é só competitividade e tecnologia, e na Red Bull não há só trabalho e irreverência. Há também solidariedade. A prova disso é que a Red Bull decidiu leiloar o RB3 que David Coulthard correu no GP de Inglaterra de 2007, recheado de fotografias de pessoas que, mediante o donativo de 20 Euros, tiveram direito aos seus "15 minutos de fama".


A iniciativa, feita pela organização "Wings for Life", fundada pelo ex-motard austriaco Heinz Kinigardner, rendeu 215 mil euros e vai servir para pesquisas relacionadas com tratamentos para lesões na coluna vertebral. Mas este não era o unico obejcto a ir a leilão: um dos capacetes que Juan Pablo Montoya utilixou na sua primeira temporada na Nascar, um capacete de Dani Pedrosa, piloto espanhol de Moto GP, fatos de competição de David Coulthard e Mark Webber, e ainda a possibilidade de organizar uma equipa de amigos para disputar um jogo amigável contra o Red Bull Salzburgo eram outros objectos em leilão. Ao menos é para uma boa causa.

segunda-feira, 31 de março de 2008

A capa do Autosport desta semana


Esta semana, o pessoal do Autosport decidiu mais uma vez falar de Formula 1, em particular, fazendo uma entrevista a Nico Rosberg, que está a ser cada vez menos "o filho do Keke" para ser um jovem piloto com muito futuro. E diz algo interessante na capa: "Não invejo o Hamilton". Agora entende-se aquele gesto de amizade antes da cerimónia do pódio...


O mais interessante da semana está no canto inferior direito: o Rali da Argentina, em que Sebastien Loeb ganhou mais uma vez, alargando a sua liderança no campeonato. Eu sei que as coisas andam chatas por essas bandas, mas menorizar a favor de um filho de campeão, por muito bom que seja?


Ah... e ainda temos o Moto GP, em Jerez de la Frontera. As duas rodas também são gente!

A malícia do Nuvolari...

O meu amigo Nuvolari fez esta montagem no dia em que foi conhecida a morte do Jean-Marie Balestre. Acho que ele deve ter uma pontaria digna de campeão olimpico, pois isto foi coilocado dois dias antes do execrável NOTW (recuso-me a escrever o nome do jornal) meter a "sick nazi orgy" do tio Max...


Um pedaço notável de humor negro, sem dúvida...

Mosleygate começa a ter reprecursões

Pois é... se fosse um Primeiro de Abril antecipado, a coisa já estava a cair no esquecimento. Mas as reprecursões da "orgia" onde o "tio" Max esteve envolvido já se começam a sentir na Grã-Bretanha. Primeiro, o "no comments da FIA acerca do assunto, e depois, os jornais ditos "sérios" começam a comentar que Mosley está a elaborar uma estratégia junto dos advogados para rebater as acusações, indica que a coisa é tudo, menos mentira.

Uma coisa é certa: certas personalidades já começaram a pronunciar-se sobre o assunto. Uma delas, Stirling Moss, declarou ao sério "The Times" que quer a cabeça do "tio" Max: "Eu não vejo como ele poderá continuar. Espero que ele continue, pois ele é muito bom no que faz. O que ele faz em portas fechadas é problema dele, mas quando algo assim vem à tona... é absolutamente chocante". Estas declarações foram captadas no Blog do Capelli.

Digam lá: não acham uma coincidência do caraças isto acontecer no mesmo momento em que se começa a falar de Jean Todt como futuro presidente da FIA? É como não acreditar em bruxas, mas que lá existem, existem...

domingo, 30 de março de 2008

IRL - Ronda 1, Homestead

Foi ontem à noite, a primeira prova da nova IRL, depois da fusão (foi mais falência) com a CART. Na oval do estado da Florida, à noite, uma corrida animada valeu a Scott Dixon, da Chip Ganassi, a vitória, e clatro, a liderança na competição.


Com várias mudanças na liderança, o momento decisivo aconteceu a dez voltas do fim, quando o então lider, o brasileiro Tony Kanaan, se viu envolvido no acidente causado pelo estreante venezuelano Ernesto Viso. Um dos destroços atingiu a suspensão dianteira direita, danificando-o, mas foi capaz de chegar ao fim, no oitavo lugar final. Para além do vencedor Dixon, o americano Marco Andretti foi segundo, enquanto que Dan Wheldon terminou no terceiro posto.

Dos pilotos que vieram da extinta CART, Oriol Serviá foi o melhor, terminando no 12º lugar, mostrando que eles vão ter dificuldades não só em adaptar-se à nova competição, como também, a correr nas ovais. Em relação às três mulheres em competição, Danica Patrick foi a melhor, na sexta posição, Milka Duno desistiu na volta 122, vitima de acidente. Sarah Fisher não participou.

WRC - Rali da Argentina (Final)

E o vencedor foi... pois, Sebastian Löeb. Já não há surpresas no WRC, o vencedor é o mesmo. E ainda por cima, o piloto francês beneficiou dos problemas dos outros para ter uma vantagem quase inseparável sobre o segundo classificado, o australiano Chris Atkinson, da Subaru: 2,33 minutos!


Os problemas com a concorrência, depois do atraso irremediável dos Ford de Latvala (15º na geral) e Hirvonnen (que foi quinto), atingiram também o Subaru de Petter Solberg, que ficou parado na classificativa 19, e não arrancou mais. Sendo assim, o lugar final no pódio coube ao espanhol Daniel Sordo. E a Citroen, ainda meteu um terceiro carro no quarto lugar, graças ao jovem zimbabueano Conrad Rautenbach.


Em relação a Bernardo Sousa, depois de ter desistido no final da segunda etapa, conseguiu voltar à estrada a tempoa para participar nas classificativas de hoje, acabando na 18ª posição da geral e oitavo no PWRC, conseguindo assim um ponto.

Os tabloides não tam mais nada que fazer?

A Inglaterra acordou hoje com a noticia de um tabloide, afirmando que Max Mosley, o patrão da FIA, se envolvou numa orgia sexual com 5 prostitutas. E não era uma orgia qualquer... é mais para o sado-maso.

O News of The World (suplemento dominical do tabloide The Sun) documenta que o "Tio Max" ter-se-á envolvido em práticas sado-masoquistas num denominado "dungeon" (masmorra), localizado num apartamento em Londres.



A noticia, que vem acompanhada com fotos e um video, é impressionante, pois numa passagem do vídeo, é possível assistir a uma cena protagonizada por uma prostitura vestida com um uniforme nazi e, alegadamente, com Max Mosley. Sendo filho de Oswald Mosley, o maior fascista que a Grã-Bretanha já conheceu, será que ele terá sdaudades da infância? (eu sei, estou a ser maldoso...)

Agora mais a sério: acima de tudo, ele é um ser humano, com taras e manias. O problema é que ele é uma personalidade pública, num país que tem a imprensa tabloide mais agressiva do mundo, cortesia do Sr. Murdoch e afins. Afinal, se eles "mataram" Diana de Gales, porque não pagar meia dúzia de Libras a meia dúzia de p**** para apanhar os famosos com as calças na mão? Ahhh... no dia em que apanharem o Kimi e o Lewis Hamilton...