sábado, 17 de dezembro de 2016

WRC: Saiu a lista de inscritos para Monte Carlo

O Rali de Monte Carlo irá acontecer dentro de um mês e pouco, e já saiu a lista de inscritos. Há algumas novidades interessantes, como a de Anders Mikkelsen, o vice-campeão de 2016, que vai andar por lá de... Skoda Fabia R5, apesar de já ter dito que andará em 2017 num carro desse ano. O que pode indicar que a ideia do projeto de Nasser Al Attiyah poderá ter pernas para andar.

Quem vai andar num R5 vai ser Eric Camili, que vai correr num Ford Fiesta. Já Craig Breen vai andar num DS3 WRC de 2016.

Interessante é saber que Francois Delecour irá andar num Fiat 124 RGT. O veterano piloto francês, que sempre deu espectáculo nos ralis há mais de 30 anos, vai voltar ao clássico rali, ele que nos últimos anos anda em carros de GT, como o Porsche 997.

Esta semana, no The Grand Tour...



Provavelmente, deve ser o melhor episódio que fizeram até agora. Com a tenda em Roterdão, na Holanda, os Três Estarolas foram a Marrocos, onde fizeram uma comparação competitiva entre 2+2 (Mazda RX-5, Alfa Romeo 4C e o Zenos E10S), e fizeram recordar a nossa infância quando Richard Hammond e James May decidiram jogar "Batalha Naval" com... vocês adivinharam, carros.

Tambem tem coisas mais engraçadas, mas isso podem ver ao longo do episódio desta semana.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

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Aparentemente, estas são as cores da Ford em 2017, que terão Sebastien Ogier e Ott Tanak ao volante. É interessante ver o símbolo da Red Bull no flanco... não é mau de todo.

Agora é ver como se comportará na próxima temporada.

Formula 1 em Cartoons - O novo companheiro de equipa de Hamilton (Cire Box)

Com o anuncio do novo companheiro de equipa na Mercedes a tardar - a marca já disse que isso só vai acontecer em 2017 - há quem ache que deveriam pensar noutras alternativas. A RoboRace, nova competição que pretende dispensar o piloto, poderá ser uma boa alternativa para o lugar de Nico Rosberg...

"E se ele for o companheiro de equipa ideal de Lewis em 2017? Não pagamos salário, não há ordens de equipa, não há acidentes e conflitos... a tranquilidade!", diz um sombreado Niki Lauda.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

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Faz hoje dez anos que Clay Regazzoni sofreu o seu acidente mortal, numa auto-estrada italiana, na zona de Bolonha. "Regga" foi provavelmente o melhor piloto suíço na Formula 1, a par de Jo Siffert, e nos anos 70, teve passagens por Ferrari (duas vezes), BRM, Ensign (duas vezes), Shadow, Williams (o primeiro vencedor da marca) e estava na Ensign quando sofreu o acidente que deu cabo da sua carreira, tinha ele 40 anos de idade.

Regazzoni venceu logo na sua quinta corrida na Formula 1, em Monza, no fim de semana da morte de Jochen Rindt. Acabou a temporada no terceiro posto, ficando atrás de Jacky Ickx. Em 1973, foi para a BRM, ganhando cerca de um milhão de dólares, e depois conheceu e admirou-se com as habilidades de um austríaco chamado Niki Lauda. Recomendou-o a Enzo Ferrari, quando regressou, em 1974, e deu no que deu.

Mas tudo isto poderia não ter acontecido, se tivesse tido azares em duas corridas em 1968. A primeira, na Formula 3, no Mónaco, onde o carro passou por baixo do guard-rail, onde ele teve o instinto suficiente para se baixar e evitar que a sua cabeça voasse separada do seu corpo... mas poucos meses depois, em Zandvoort, durante uma corrida de Formula 2, Regazzoni envolveu-se num acidente bem mais polémico, que resultou numa morte.

"Regga" estava na frente da corrida quando apanhou o Brabham de Chris Lambert, que estava a levar uma volta dele. Aparentemente, ambos desentenderam-se e acabaram na valeta. O suíço nada sofreu, mas Lambert acabou por ter morte imediata, depois de bater numa ponte existente no circuito. O inquérito subsequente disse que ele não o fez de propósito, mas houve quem estivesse convencido que tudo isso foi uma manobra para enterrar o incidente. Quem não se conformou foi o pai de Lambert, que processou Regazzoni durante cinco anos, até que ele desistiu do processo.

Contudo, este acidente danificou um pouco a sua reputação de piloto veloz, mas com tendência para bater. Apenas com o tempo é que ele acalmou, conseguindo 139 corridas. E nesse ano de 1968, ele acabou por ser campeão da Formula 2 europeia, com o seu Tecno.

Um dia, este carro estará em Le Mans...

... mas não em 2017. O Welter Racing, carro que seria propulsionado a biometano, deveria estar pronto a tempo das próximas 24 Horas de Le Mans, mas não vai estar porque não existem fundos suficientes. Gerard Welter queria ter o carro pronto em setembro, mas neste momento, apenas o monocoque e o eixo dianteiro estão prontos.

Thibaut Dejardin, engenheiro da WR, explicou que “queremos ir a Le Mans, só não sabemos se o vamos fazer em 2018, 2019 ou 2020”.

Outros componentes, como  eixo traseiro e a célula de segurança estão a ser fabricadas, tal como a direção. O motor Gibson V8 ainda tem que ser modificado para poder funcionar a biometano.

A WR é uma veterana com quase 40 anos de experiência. Apareceram pela primeira vez em 1979 como WM (Welter-Meunier, de Gerárd Welter e Michel Meunier) e em 1988 estiveram nas bocas do mundo quando o seu carro com motor Peugeot foi o primeiro a passar os 400 km/hora na reta de Mulsanne. Esse feito foi o catalisador da colocação das duas chicanes para travar a velocidade de ponta desses carros.

Depois, a WM virou WR (a sociedade ficou em família, repartida entre Gerard e Rachel Welter) e andaram pelo pódio, para além de uma pole-position na edição de 1995. Depois foram para a classe LMP2, onde surgiram pela última vez em 2010.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

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Dezembro no hemisfério norte vai ter sempre isto: neve na pista. Foi o que aconteceu esta terça-feira em Indianápolis.

Perdeu-se o desejo de conduzir


Quando tinha 18 anos, o meu desejo era de tirar a carta de condução o mais depressa possível. E fiz isso: juntei dinheiro, trabalhei nas horas vagas... e até tive aulas extra, quer com o meu pai, no carro que ele tinha na altura, quer depois quando paguei aulas extra na escola de condução. Ao fim de alguns meses, tinha a licença de condução na minha mão. Consegui-o dois dias depois de fazer o meu 19º aniversário e estava radiante. Tudo isto foi em 1995, já lá vão 21 anos e meio.

Poucos anos depois, vivi o que posso considerar como "o meu auge". O meu pai tinha comprado um carro novo e oferecera-me o antigo, eu tinha um emprego numa rádio na minha cidade - não ganhava muito, mas o suficiente para ter no bolso no final do mês - e tinha liberdade para andar. Pensava que não havia limites, mas não sabia que estava a alcançar uma espécie de oásis para o deserto que se aproximava.

Porque conto este episódio da minha vida? Por causa de uma coisa que ouvi por estes dias no "The Grand Tour". Eles falaram que os exames de condução na Grã-Bretanha alcançaram em 2016 um mínimo histórico. Comparado com 1995, os exames que são feitos hoje em dia são menos de 40 por cento. É muito. As pessoas não querem mais aprender a conduzir. As razões são imensas, e creio que vão piorar com o tempo.

Primeiro que tudo, existe mais oferta: transportes públicos, meios alternativos como a bicicleta - embora isso seja limitado. Outra razão é a "demonização" do automóvel. É um brinquedo caro para se manter, é poluidor e nos últimos tempos, tem sido o "mau da fita" por causa dos escândalos como por exemplo, o "Dieselgate". E hoje em dia - embora isso deva ser algo do qual as pessoas por aqui deveriam pesquisar - os jovens não querem tirar a carta, ou isso não está nas suas prioridades. 

As escolas de condução definham, quando não encerram. Volto aos meus tempos de juventude: na minha cidade, havia pelo menos quatro escolas de condução. Dois já fecharam - embora num deles, o dono pegou no dinheiro e fugiu para o Brasil... - e um luta para sobreviver. No meu tempo, eu aprendia a dirigir num mero Opel Corsa ou num Renault Clio. Hoje em dia, os garotos (e garotas) aprendem a guiar num Mini, num BMW Série 1 ou até... num Porsche Cayenne. Não estou a brincar! Claro, os carros não são deles, eles fazem um acordo com os concessionários locais, e eles fornecem os carros numa espécie de "empréstimo" por algum tempo. É como os carros de aluguer.

Hoje em dia, os jovens mais rapidamente juntam dinheiro para fazer uma tatuagem ou meter um brinco no umbigo do que investir na condução. Acham que os transportes públicos irão satisfazer as suas necessidades, ou então a bicicleta pode ser uma actividade saudável. Acredito, sei que as prioridades estão trocadas, mas então porquê?

Bom, em muitos aspectos, é simples: ter um carro implica enorme investimento. Meter gasolina, pagar seguros, ir à inspecção uma vez por ano... e se a gasolina ficar cara, os vinte euros, que há meses dava para meio depósito, hoje, nem daria para fazer cem quilómetros. No final do mês, começas a ver que não compensa. E se tirar o passe poderá custar o mesmo do que manter um carro, e tens viagens ilimitadas, começas a pensar duas vezes sobre se vale a pena ter um carro. 

E provavelmente, a tendência vai ser pior. Mais do que investir em automóveis elétricos, por exemplo, é o investimento em carros automáticos. Algumas empresas falam disso e aos poucos e poucos, os carros mostram-nos sistemas de parqueamento automático. Em 1995, as nossas aulas de condução - e os nossos exames - tinham como ponto crucial a nossa habilidade em estacionar. Hoje em dia, com os carros a dar isso nos seus equipamentos, para quê aprender? E a mesma coisa acontecerá quando aparecer um carro autónomo: para quê gastar dinheiro a aprender a guiar, quando terei um Tesla (por exemplo) a levar-me da casa para o trabalho a fazer todo o serviço? E nem falo dos taxistas, provavelmente uma futura profissão em extinção com toda esta tecnologia...

Em suma, a ideia do automóvel como "libertador" está na gaveta. A ideia de passear estrada fora, sem destino, como fazia no final do século passado quando chegava o fim de semana, está acabada. Poderá ser que volte no futuro, mas hoje em dia, tornou-se num brinquedo caro. E cada vez mais, as pessoas perdem o interesse ao automóvel. É um fardo, e um fardo cada vez mais caro para o alimentar. E deve ser por isso que os jovens já não querem mais juntar dinheiro ou trabalhar nas horas vagas para tirar a carta. Há outras prioridades.

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Eu confesso que isto foi inesperado. A história conta-se rapidamente: fui a pedido de um amigo meu ao concessionário da Volkswagen, que fica ao lado, porque ele ia levar o carro para revisão - e é um Skoda, diga-se de passagem - e ele vinha acompanhado pelas filhas dele. Alguém sugeriu que fossem ao concessionário da Skoda, e lá fomos todos nós, e de facto havia surpresas para todos nós, sem excepção. Para elas, uns balões. Para mim, dois R5 que andaram no Campeonato Nacional de Ralis, guiados por Miguel Barbosa e Pedro Meireles, ambos preparados pela Sports & You, o mesmo que preparou o Citroen DS3 R5 do José Pedro Fontes, que acabou por vencer o campeonato.

É óbvio que ver estes carros "ao vivo e a cores" é outra coisa. Estão parados, mostrando-se perante tudo e todos, depois de uma temporada onde andaram por estradas de terra e asfalto, dando o melhor, a cada segundo, fazendo as curvas da melhor maneira que sabiam fazer, para ganhar tempo aos adversários. Aliás, Meireles venceu um rali neste ano, na Mortágua (creio eu).

Não faço ideia até quando aqueles carros ficarão ali naquele concessionário. Mas já me fez não só o dia como o Natal, pois foi bem inesperado.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Apresentações 2017: O Toyota Yaris WRC

A Toyota revelou esta manhã a sua máquina que levará para a estrada em 2017, que vai assinalar o seu regresso aos ralis. Nesta sua primeira temporada, a equipa Gazoo Racing vai apostar só em finlandeses: Juho Hanninen e Jari-Matti Latvala, com Esapekka Lappi a ficar com o terceiro carro, que vai aparecer em algumas etapas do Mundial.

Desenvolvido por uma equipa de engenheiros experiente, liderada por Tom Fowler, Simon Carrier e Mikko Ruoho, eles tentaram interpretar o mais liberalmente possível todas as possibilidades de desenvolvimento que os novos regulamentos técnicos permitem. Assim sendo, o carro tem 380 cavalos de potência, com tração integral permanente com três diferenciais, dois mecânicos e um ativo. A caixa é de seis velocidades, com comandos hidráulicos, e a suspensão é um McPherson em ambos os eixos. O peso do carro, com pilotos, fica-se pelos 1190 quilos.

Tommi Makkinen, o diretor da equipa, reconhece que “o carro já é rápido e fiável, mas ainda não explorámos todas as possibilidades que o regulamento oferece para evoluirmos ainda mais”. Já Akio Toyoda, presidente da Toyota Gazoo Racing, afirmou que “a Toyota detesta perder e queremos ver essa atitude no WRC. Já tive oportunidade de andar no carro ao lado do Tommi Mäkinen e fiquei confiante só de ver a cara dele enquanto o conduzia”.

Com quase todos os carros apresentados - só falta a Citroen - resta ver o que irá acontecer na temporada de 2017 em termos de ralis, com este novo tipo de carro.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

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Emerson Fittipaldi faz hoje 70 anos de idade. O piloto brasileiro, um dos melhores da sua geração, e a pessoa que mostrou a Formula 1 e o automobilismo ao Brasil, teve uma carreira longa e variada, nos dois lados do Atlântico.

As imagens que trago hoje não são raras, mas não são vistas frequentemente. Falo das imagens da apresentação do carro em 1980, numa altura em que tinham comprado a equipa Wolf e tinham virado uma equipa com dois carros, a bordo do F7, que não era mais do que o Wolf WR7 de cor amarela...

A apresentação, feita no circuito de Paul Ricard, mostra os engenheiros e mecânicos, Wilsinho Fittipaldi e sentado ao seu lado, o finlandês Keke Rosberg, que era o piloto da Wolf na segunda metade de 1979, depois da saída de James Hunt. Havia renovadas esperanças nesse anos de 1980, depois da péssima temporada anterior. O F6 foi um desastre e a Copersucar, a patrocinadora inicial, tinha ido embora.

Assim, a cervejeira Skol foi a grande substituta, e os irmãos Fittipaldi pagaram 750 mil dólares para adquirir a Wolf, que Walter Wolf queria vender, depois de três temporadas na Formula 1. E valeu a pena, pois tinham excelentes ativos como o projetista Harvey Postlethwaithe e o diretor de corrida Peter Warr. Pouco tempo depois, o F7 deu-lhes dois terceiros lugares, uma na Argentina para Keke Rosberg, e outra em Long Beach para Emerson Fittipaldi. O primeiro pódio desde o GP do Brasil de 1978, e o segundo que tinha conseguido na sua equipa. Emerson conseguiria ainda um sexto lugar no Mónaco.

A meio do ano, o F8 apareceu e conseguiram mais dois pontos no GP de Itália, através de Rosberg, mas por essa altura, no Brasil, a Skol tinha sido adquirida pela Antártica e decidiram retirar o patrocínio à equipa. Isso indicava que tinham de andar de novo à procura de novos patrocinadores a partir de 1981. No final do ano, Emerson também ia embora da Formula 1, depois de dez temporadas de bons serviços.

A Emerson, comemoremos mais esta volta pela Terra, e aos que trabalharam nesta aventura, tiremos o chapéu por tudo o que fizeram nesta aventura.

WRC: Ogier vai para a Ford em 2017

Ele decidiu, está decidido: o francês Sebastien Ogier, tetracampeão do mundo, vai pilotar ao serviço da Ford na temporada de 2017, para andar no Fiesta WRC modificada de acordo com os regulamentos da FIA. Ogier vai correr ao lado do estónio Ott Tanak nesta próxima temporada.

Vão haver muitas coisas novas esta temporada, mas mal posso esperar para encará-las. Temos uma nova geração de carros de ralis e uma nova equipa — é certamente uma era entusiasmante”, referiu Ogier.

Não falta muito tempo para o início do Rali de Monte-Carlo e ainda não tivemos muito tempo ao volante do Ford Fiesta WRC, mas iremos dar o nosso melhor para estarmos preparados. Temos plena consciência dos desafios, e consigo ver o quão ‘famintos’ estão Malcolm Wilson e a sua equipa pelo sucesso. É curioso pensar que há apenas alguns meses estava sentado num fórum do desporto motorizado no Rali da Grã-Bretanha revelando como seria bom trabalhar com ele algum dia. Não tinha qualquer ideia nesse momento que esse dia ia chegar tão cedo, mas aqui estamos!”, disse o tetracampeão do mundo.

Malcolm Wilson, o diretor da M-Sport, não disfarçou o seu contentamento com esta contratação: “Vamos para o Rali de Monte-Carlo com o número #1 na porta do Ford Fiesta WRC e a mais forte dupla de pilotos em muitos anos. Dizer que estamos entusiasmados com a próxima temporada é demasiado redutor. Acreditamos ter produzido um carro excepcional e estamos na melhor posição possível face a esta nova e excitante era do WRC. Nunca escondi o meu desejo em trabalhar com o Sebastien e o Julien, e é fantástico poder recebê-los na equipa. Trabalhámos muito para que este acordo se concretizasse, e acreditamos que o Ford Fiesta WRC é o carro em que eles podem melhor defender o seu título mundial”.

Ogier, de 32 anos, (nascido a 17 de dezembro de 1983), já foi campeão junior de ralis, em 2008, antes de passar para a Citroen, onde alcançou a sua primeira vitória em 2010, em Portugal. Terceiro classificado em 2011, passou para a Volkswagen em 2012, onde alcançou o seu primeiro título mundial em 2013, vencendo tudo até agora.

O futuro sombrio da Faraday Future

Falei há umas semanas sobre a Faraday Future, uma firma americana que pretende construir automóveis elétricos e ser a concorrente da Tesla num futuro próximo, bem como o seu financiador chinês e como a falta de "cash flow" fez com que o seu futuro ficasse em dúvida, apesar de dizerem que estão a desenvolver um modelo de estrada para ser apresentado no inicio do mês que vêm em Los Angeles.

Pois bem, há uns dias, o Jalopnik anunciou que um representante do governo do Nevada, estado onde a fábrica da Faraday Future está a ser construida, afirmou estar convencido de que o financiador deste projeto "está falido". "É claro que o senhor Jia não tem mais dinheiro", disse Dan Schwartz, secretário do Tesouro do Nevada, numa entrevista ao jornal chinês China Daily.

"Os projetos em que Jia investiu, inclusive na China, parecem muito difíceis para ele possa concretizar pessoalmente perceber", começou por dizer.

"Se você olhar para a Leshi (uma das formas do conglomerado LeEco), ele tem cerca de 6  mil milhões de dólares em receita, mas tem um lucro liquido de apenas 50 milhões. Essa margem de lucro é de menos de um por cento... as lojas de supermercados fazem entre dois a três por cento", disse Schwartz.

"Está claro que Jia não tem dinheiro, está claro que Leshi não está a ter lucro. Essa é a razão da minha preocupação", concluiu. E as obras na fábrica já estão paradas há alguns dias, depois de ter falhado um pagamento de 21 milhões de dólares.

Para piorar as coisas, os membros da equipa apostam tudo neste novo modelo: caso a recepção seja "fria", eles terão os dias contados. "Se a CES (Consumer Electronics Show) nos correr mal, está tudo acabado. Irá demorar muito tempo até termos um carro pronto para a produção", contou este insider à Jalpopnik.

Parece a Lei de Murphy: tudo o que pode correr mal, irá acontecer.

A história da Faraday Future já foi dita por aqui anteriormente: um esforço de conjunto por parte de antigos empregados da Tesla, mais o financiamento por parte do multimilionário chinês Jia Yueting, dono da LeEco, para construir uma firma que complementasse a Tesla no mercado dos automóveis elétricos. Contudo, no inicio do ano, apresentaram um protótipo futurista que de funcional... não tinha nada, causando enorme decepção e colocando duvidas sobre a sua viabilidade, apesar de seguir em frente com a construção de uma fábrica no Nevada.

Na China. Yueting é conhecido pelos seus investimentos nos carros autónomos e na construção do equivalente chinês do Netflix, com sucesso. Contudo, a sua apetência para estar no maior número de mercados possivel em tão pouco tempo (dez anos antes, ele era um mero... trabalhador dos impostos) fez com que tivesse problemas de liquidez. Um caso típico de ambição...

Veremos como vão ser as coisas nas próximas semanas, mas não estou muito optimista. 

domingo, 11 de dezembro de 2016

No The Grand Tour desta semana...



No The Grand Tour desta semana, os Três Estarolas decidiram fazer um desafio... ambiental, onde vão experimanter jipes feitos com materiais alternativos. Tudo isto enquanto vemos o teste de um Porsche 911 RS, um BMW M4 e Richard Hammond dentro de um Audi TT!

Tudo isto e muito mais na próxima hora.