sábado, 6 de abril de 2019

WTCR 2019 - Ronda 1, Marrocos (Corrida 1)

O argentino Esteban Guerrieri foi o vencedor da primeira corrida do WTCR, na pista de Marrakesh, em Marrocos. O piloto da Honda superou-se a Thed Bjork, da Lynk e de outro argentino, Nestor Girolami. Tiago Monteiro foi sexto no seu Honda, no regresso a tempo inteiro no WTCR.

Na pista urbana de uma das principais cidades do reino do Norte de África, o Mundial de Turismos regressava com um novo construtor, a Lynk, que era uma das marcas de chinesa Geeley, que tinha comprado a Volvo, e com ela, a preparadora Polestar. A Honda e a Hyundai também estavam presentes, com vontade de reforçar as suas equipas e atacar o título, bem como a Alfa Romeo, a Audi e a Cupra.

Na partida, Esteban Guerrieri aguentou o ataque dos Lynks de Thed Bjork e Andy Prilaux e manteve a liderança. Monteiro mantinha o sétimo posto no final da primeira volta, colado a Gabriele Tarquini, enquanto Mehdi Bennani e Tom Coronel iam às boxes, devido a uma colisão entre ambos, acabando por ser as primeiras desistências do ano.  

Nas voltas seguintes, as posições mantinham-se na frente, com Tarquini a subir para quinto, passando Prilaux. Os toques no meio do pelotão faziam danos nos carros, por causa da estreiteza da pista, mas o argentino estava relativamente confortável. Atrás, a direção de corrida decidira penalizar Jean-Karl Vernay em cinco segundos por causar uma colisão. O francês, que era terceiro, caiu para sétimo no final da prova.

No final, Guerrieri conseguiu aguentar os ataques do segundo classificado e ser o vencedor da primeira corrida do ano. As próximas duas provas do fim de semana marroquino acontecerão amanhã.

Youtube Rally Testing: Os testes de Esapekka Lappi em Portugal

Como aconteceu nos outros dois videos que coloquei sobre os testes para os próximos três ralis do campeonato, desta vez coloco Esapekka Lappi a andar na zona de Arganil, com o seu Citroen C3 WRC. E como das outras vezes, ele está a testar para os próximos três ralis do calendário: os dois sul-americanos (Argentina e Chile) e o Rali de Portugal

Aqui vai um video dele, com alguns momentos de câmara lenta.

Youtube Formula 1 Podcasting: Gunther Steiner, Para Além da Grelha


Gunther Steiner é o diretor desportivo da Haas desde a sua fundação, em 2016. Durante este tempo todo, a equipa estabeleceu-se no meio do pelotão, com corridas consistentes, quando tudo corre bem, e abandonos mediáticos, quando tudo corre mal. Especialmente quando no GP da Austrália de 2018, os seus abandonos escusáveis viraram matéria na série da Netflix sobre essa temporada da Formula 1.

A gravação aconteceu esta semana, e ao longo de quase 50 minutos, podemos ouvir as impressões de Steiner sobe a sua equipa e a Formula 1 em geral. 

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Youtube Rally Testing: Os testes da Citroen em Portugal


Não é só Sebastien Loeb e Dani Sordo a testarem por estes dias na zona Centro para os ralis da Argentina e Chile. A Citroen também aproveitou a semana para testar em Portugal, com Sebastien Ogier ao volante, para os três próximos ralis do calendário... se preferirem.

Este teste aconteceu ontem, com o C3 WRC de Ogier.

Formula E: Paris continua até 2022

A Formula E vai correr até 2022 em Paris. O anuncio foi feito esta quarta-feira durante a apresentação da prova deste ano da competição. Inicialmente, o contrato acabaria em 2020, mas o sucesso das provas à volta do monumento dos Les Invalides fez com que as duas partes tenham decidido estender a competição por mais três edições.

"Tomamos uma decisão na nossa última reunião para estender a Fórmula E por mais três anos", começou por dizer o presidente da Fórmula E, Alejandro Agag. "A partir deste ano, temos quatro anos garantidos de Fórmula E em Paris. É uma ótima notícia. Gostaria de agradecer à prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a toda a equipe da cidade de Paris e a todos os departamentos do estado francês, que nos ajudam muito”, concluiu.

A corrida deste ano, que acontecerá no próximo dia 27, duas semanas depois do ePrix de Roma, está sob observação devido às manifestações dos "coletes amarelos", mas estas têm vindo a diminuir nas últimas semanas devido às restrições ordenadas pelo governo para impedir as manifestações de acontecerem perto de sítios mais mediáticos como os Campos Elísios.

No Nobres do Grid deste mês...

No domingo do GP da Austrália, em Melbourne, os Williams acabaram nas duas últimas posições da corrida, com o britânico George Russell a ficar na frente de Robert Kubica, que quebrou a sua asa dianteira e perdeu quase uma volta para a substituir. O facto que Russell ter terminado com duas voltas de atraso, uma na frente do regressado piloto polaco, até poderá parecer uma humilhação para quem já têm sete títulos de Construtores, com tempos mais lentos daqueles que fizeram em 2017, mas de uma certa forma, foi o culminar de um inferno que o FW42 passou e irá passar até que os problemas sejam resolvidos.

(...)

Em 2018, a Williams conseguiu apenas sete pontos. Se acham que foi um mau ano, sim, é verdade, mas piores foram as temporadas de 2011 e 2013, onde conseguiu cinco pontos em cada uma desses anos. Claro, pelo meio teve dois ótimos anos, 2014 e 2015, onde foi terceiro classificado nos campeonatos de Construtores, com Felipe Massa e Valtteri Bottas. Não venceu, mas conseguiu com o FW36 e o FW37, um conjunto de treze pódios, uma pole-position e duas voltas mais rápidas. Contudo, desde 2016 até aos dias de hoje, conseguiram apenas dois terceiros lugares, um com Bottas ao volante, outro com Lance Stroll, no GP do Azerbeijão de 2017. Esse foi o seu último pódio.

(...)

Tudo começou quando a 17 de fevereiro, véspera dos primeiros testes coletivos da Formula 1, em Barcelona, surgiu o rumor de que o FW42, previsto para ser mostrado no dia seguinte, só iria surgir dois dias depois, na quarta-feira. Aparentemente, havia problemas graves de estrutura, de alinhamento. Tinha de ser redesenhado por causa da instalação do sistema de arrefecimento dos travões, problema detectado na semana anterior, quando montavam o carro.

Um site, o "The Judge13", citava uma fonte interna da equipa, que dizia o seguinte: "[O carro] foi mal desenhado. Não foi uma questão de construção. As partes não estão a alinhar direito e não se consegue construir um sistema de travagem [no carro] porque simplesmente, não cabe".

No dia em que o carro finalmente rodou na pista catalã, outro artigo, no jornal britânico The Telegraph, arrasava totalmente a reputação dos seus dirigentes - Paddy Lowe e Claire Williams - e chegou a usar a palavra "motim", algo do qual nunca pensei ouvir de uma equipa sete vezes campeã do mundo de Construtores. (...)

Cinco anos depois de terem sido terceiros classificados no Mundial de Construtores, a sua melhor classificação desde 2004, a Williams arrastou-se até ao fundo do pelotão. Maus chassis, apesar do motor Mercedes, fizeram com que as coisas se agitassem em Grove, ao ponto de Paddy Lowe se ter distanciado da equipa, a liderança de Claire Williams ser fortemente contestada e Patrick Head, que estava reformado desde 2011, ser de novo chamado à equipa para ajudar a erguê-la dos escombros e salvar o que pode do chassis atual - talvez construir um chassis B e fazer um melhor para 2020 - para que as temporadas de Robert Kubica e George Russell não sejam desperdiçadas.

Toda esta história atribulada e muito mais conto este mês no Nobres do Grid.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Youtube Rally Testing: Os testes de Loeb para a América do Sul

Segundo dos regulamentos, os carros do WRC não podem testar fora da Europa. Assim sendo, para os ralis sul-americanos - que este ano vão ser seguidos, Argentina e Chile - as equipas de fábrica estão presentes em Portugal para preparar ambos os ralis. Hoje, coloco um video de Sebastien Loeb a andar a fundo nas nossas bandas. 

E claro, também deverá estar a preparar o Rali de Portugal, que acontecerá logo a seguir a estes dois ralis. Três em um, hein?

WRC: Poucos inscritos para a Argentina

O Rali da Argentina está a cerca de quatro semanas de distância e como no México, são poucos os que estarão presentes: 26 ao todo. Apesar de ser um rali popular - ao contrário do México, que é disputado em sítios muito isolados da população - os poucos inscritos são um sinal de que a distância também conta, apesar de a partir deste ano conta com a companhia do Rali do Chile. 

Dos 26 inscritos, dez são World Rally Cars, três são da categoria WRC Pro, para Henning Solberg (Citroen), Gus Greensmith (Ford) e o boliviano Marco Bulcacia (Skoda), que foi sétimo no Rali do México. E um privado, na figura do polaco Kajetan Kajetanowicz, tricampeão europeu de ralis.

O rali da Argentina, quinta prova do campeonato, acontece entre os dias 25 e 28 de abril.

Youtube Formula 1 Podcast: Para Além de Grelha


"Para Além da Grelha" é o título em português do "Beyond The Grid", o podcast oficial da Formula 1, onde eles entrevistam pessoal que vale a pena. Até agora, existem seis "podcasts" onde outras tantas personagens já falaram para aqui, onde durante cerca de uma hora aboraram a sua ida, as suas funções e umas historietas que valem a pena serem contadas.

Hoje, deixo-vos para ouvirem o Rob Smedley, engenheiro que foi da Ferrari e da Williams. Demora cerca de uma hora e 20 minutos, e caso ainda não tenham ouvido, aproveitem e espero que gostem.

Youtube Electric: O eletrico Pininfarina Battista


Supercarros elétricos? Sim, preparem-se. Caso ainda não saibam, estão no século XXI e as coisas que julgavam ter visto no anterior irão acabar dentro em breve. O Pininfarina Battista é algo que já iram num Ferrari, mas têm motores elétricos suficientemente poderosos para que o bólido alcance - e ultrapasse os 400 km/hora. E ao contrário de muitos outros carros, não é um conceito, nem é um projeto que ai ser usado para outras marcas. É algo real que eles irão construir, pois a Mahindra adquiriu recentemente a firma de design italiana.

As baterias - duas, de 120 kw cada - vieram da croata Rimac, e os quatro motores instalados em cada uma das rodas elevam a potência para os 1200 kW, cerca de 1900 cavalos e 2300 Nm (newton-metros) de torque. Em português, um bicho que será dificil de domar, como costumam ser os hipercarros com motor a combustão. O chassis é de fibra de carbono, e segundo o que eles contam, terá uma aceleração de 0 a 300 de 12 segundos. E as baterias têm um alcance de 450 quilómetros.

Neste video do Fully Charged, o Johnny Smith foi a Genebra, ao Salão Automóvel, para explicar o que é este bicho impressionante.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Youtube Motosport: Quando a familia assusta


Estes dois videos têm dez anos de diferença. Mas o objetivo é o mesmo: assustar o elemento feminino. Em setembro de 2008, Ricciardo Patrese aceita o convite da Honda de dar umas voltas no seu carro de Formula e em Jerez de La Fronteira, e ele, aos 54 anos, mostrou que estava em muito boa forma ao volante de um carro. E entre testes, convidou a sua mulher para dar uma volta num Honda Civic Type-R na pista espanhola... sem ela saber que estava a ser filmada. 

O video foi épico, como toda a gente se lembra.

Mais de dez anos depois, Lorenzo Patrese, seu filho, está a andar no karting e é possivel que em breve, andará em monolugares, como muitos filhos de pilotos fizeram. E na passada segunda feira, em Adria, decidiu levar a sua mãe para dar umas voltas ao circuito. O resultado é... enfim, vejam as imagens. Embora a diferença é que ambos estão de capacete.

Formula E: Mercedes testou em Varano

A Mercedes-Benz está a testar com vista à sua entrada oficial na Formula E na próxima temporada. Nos últimos três dias, esteve presente em Itália, no Circuito Ricciardo Paletti, em Varano, com o EQ Silver Arrow 01, e rodou cerca de 500 quilómetros nas mãos do belga Stoffel Vandoorne e do italo-suíço Edoardo Mortara, com a finalidade de fazer verificações de funcionamento e desempenho dos seus inúmeros sistemas.

Comentado sobre o teste, Toto Wolff afirmou:

"Quando um carro de corrida ganha vida pela primeira vez e sai para a pista, é sempre um momento muito especial”, começou por dizer o chefe da Mercedes-Benz Motorsport. “Não apenas alcançamos um marco importante para a nossa equipe, mas também estabelecemos uma base sólida para o desenvolvimento. Mas ainda há muito trabalho a ser feito antes da nossa estreia, quando a próxima temporada começar no final deste ano“, concluiu.

Nesta altura, a Mercedes está envolvida indirectamente através da HWA, que tem como pilotos Vandoorne e o britânico Gary Paffett. Até agora, tiveram uma pole-position nas mãos do belga em Hong Kong. 

The End: Jim Russell (1920-2019)

Morreu Jim Russell, um dos nomes lendários do automobilismo britânico e Mundial. O antigo piloto de automóveis, que depois criou a primeira escola de pilotos, e do qual passaram gerações de automobilistas, morreu no passado dia 30 de março, aos 98 anos de idade, depois de uma operação à anca, mas a familia apenas anunciou o seu falecimento esta quarta-feira. 

Nascido a 28 de maio de 1920, Russell começou a ajudar os seus pais na loja de "fish and chips" que tinham em Norfolk inglês. Servindo na RAF na II Guerra Mundial como mecânico, virou-se para os automóveis na década de 50, quando tinha 32 anos, e depois de montar uma oficina mecânica. Pilotou nos Cooper com motor JAP, para depois passar para a Formula 3, onde foi campeão entre 1955 e 57. Depois correu na Formula 2, vencendo por onze vezes, também passando pelos Sport Cars. Contudo, um acidente durante as 24 Horas de Le Mans de 1959, onde guiava em Cooper Monaco, causou graves ferimentos - chocou contra o Aston Martin de Brian Naylor e quebrou ambas as pernas nos destroços - e a sua reabilitação demorou meses, fez terminar com a sua carreira.

Curiosamente, foi durante a sua reabilitação que conheceu a sua mulher, Jennifer.

Por essa altura, a sua garagem tinha mais de cem elementos e achou por bem fazer uma escola de pilotagem em Snetterton. A escola foi um sucesso e atraiu dezenas de pilotos ao longo da sua bem sucedida carreira, desde Emerson Fittipaldi a Jacques Villeneuve, passando por Derek Bell e Danny Sullivan, o que quer dizer que os seus alunos venceram campeonatos do mundo de Formula 1, as 24 Horas de Le Mans e as 500 Milhas de Indianápolis, entre outros. 

Mas não foi só pilotos que ajudou: um dos seus mecânicos começou a aprender o seu oficio antes de decidir ser proprietário e construtor de chassis. Seu nome era Ralph Firman e em meados dos anos 70, decidiu construir a Van Diemen. Firman acabou depois por ser seu cunhado, porque casou com a irmã de Russell, e ele comprou muitos dos seus chassis, que serviu para as suas séries internas, criadas para faer praticar os seus alunos em situações de corrida.

Para complementar essas lições, criou uma equipa de Formula 3, onde no final dos anos 60 corriam os seus melhores alunos, como prémio. Foi aí que em 1969, Fittipaldi venceu o campeonato, atraindo a atenção de Colin Chapman, que o levou para a Lotus no ano seguinte. 

Mas também os seus serviços foram usados para outros feitos. Em 1966, John Frankenheimer precisou dos serviços de Russell para as cenas de acção do filme "Grand Prix", e alguns dos atores tiveram algumas luzes sobre como pilotar os carros. E melhor aluno foi James Garner, que como Pete Aron, era o protagonista, mas o bicho do automobilismo ficou tão pegado que decidiu seguir uma carreira paralela, não tão vistosa como o seu amigo Steve McQueen

O sucesso da sua escola expandiu-se de tal forma que abriu filiais em Silverstone e Donington Park, bem como "franchises" no Canadá e Estados Unidos.

Formula E: Pilotos querem criar uma associação

A Formula E é um sucesso e está a atrair um excelente grupo de pilotos. Tanto que alguns deles pensam seriamente na ideia de algo parecido que existe na Formula 1: uma associação de pilotos semelhante à GPDA. E entre eles há experiência. A ideia é de tudo estar pronto a tempo da temporada 2019-20.

A razão pela decisão de uma associação de pilotos têm a ver com uma série de decisões recentes por parte dos organizadores do qual os pilotos manifestaram-se contra, do qual julgam que não estão a ser ouvidos.

"Eu vejo isso como uma maneira útil de reunirmos e colaborarmos na formação de opiniões, para depois trabalhar com a FIA, a Fórmula E e a associação dos fabricantes", disse o piloto da BMW Andretti, Alexander Sims, ao e-racing365.com. "Isso daria aos pilotos uma voz coletiva, mas eu nunca veria isso como algo que entraria em conflito com qualquer um, acho que seria apenas para trabalharmos em conjunto", continuou.

Outro piloto que gostaria de ver uma associação representativa de pilotos é Lucas di Grassi. O piloto da Audi Sport ABT Schaeffler tem sido frequentemente e publicamente opinativo numa variedade de assuntos no campo desportivo e político durante esta temporada da competição com os novos Gen 2.

"Eu diria que sempre fui a favor de ter uma associação de pilotos, desde que tenhamos poder executivo", começou por dizer o piloto brasileiro ao e-racing365. “Porque senão gastamos muito tempo e esforço por nada. Talvez pudéssemos ter como a associação das equipes, onde eles têm poder de assinatura, talvez não todo o poder, mas você pode realmente definir algumas coisas" continuou.

Sam Bird, um dos pilotos que está na formula E desde o seu inicio, está de acordo com a criação da associação, pois considera que as opiniões dos pilotos têm sido ultimamente ignoradas.

"Acho que seria interessante, seguimos esse caminho na primeira temporada, mas não sentimos que estejamos a ser ouvidos e isso ainda se aplica em muitos casos", disse Bird ao e-racing365. "Talvez agora o campeonato seja muito maior, diferente e os pilotos queiram e precisem de uma voz. No final do dia, os pilotos são os que fazem o espectáculo e temos idéias para torná-lo melhor às vezes, alguns dos quais são bons, outros não tão bons, mas há idéias que deveriam pelo menos ser consideradas.", concluiu o britânico, piloto da Virgin.

A Formula E volta à ação a 13 de abril, em Roma, primeira prova em solo europeu.

WTCR: Tiago Monteiro recuperado e pronto para a competição

Tiago Monteiro está de volta à competição. Depois de ano e meio em convalescença devido ao acidente sofrido durante uma sessão de testes em Barcelona, o piloto português está totalmente recuperado, e a bordo do Honda Civic TCR da KCMG, ao lado do húngaro Atila Tassi, vai querer competir pela vitória e respectivo campeonato. 

Depois dos últimos meses de ajudar na preparação e evolução do bólido para o arranque da temporada, em Marrocos, o piloto do carro numero 18 considera que não poderia estar em melhores condições para o que aí vêm: 

Foi um Inverno muito intenso e produtivo a todos os níveis. Apesar de não sabermos como estamos face à concorrência, acreditamos que o trabalho realizado vai dar os seus frutos. O carro está certamente melhor que o ano passado. Vamos ter uma das épocas mais competitivas e difíceis de sempre deste campeonato. Mais de 20 pilotos em condições de vencer, vai ser uma luta constante, mas é óptimo regressar nestas condições. Estar no top 10 vai ser um desafio para todos e o mínimo erro vai fazer qualquer um cair do topo para a cauda do pelotão. Será um ano atípico mas certamente dos mais interessantes para pilotos e para o público também”, começou por referir.

Em termos de objectivos pessoais, o piloto de 42 anos pensa em termos de Campeonato e não tanto no resultado desta primeira prova. 

Quero lutar pelo campeonato, esse é o meu foco principal. Foi duro o que aconteceu em 2017 e espero estar em condições de conseguir a desforra este ano. Para esta corrida especificamente é difícil fazer previsões. Não sabemos mesmo como estão os nossos adversários e em Marrocos também não será a melhor pista para avaliar, já que se trata de um citadino, mas vamos conseguir ter as primeiras indicações. E se estivermos a rodar no grupo da frente, tanto melhor. Estou muito ansioso e curioso por dar início a esta primeira prova. Acho que é um sentimento generalizado”, concluiu.

O campeonato têm dez rondas triplas. Começa em Marrakesh, nos dias 6 e 7 de abril e termina em Sepang, a 15 de dezembro.

Formula E: Lynn "pronto" para a Jaguar

Alex Lynn, o britânico que substitui Nelson Piquet Jr na Jaguar, afirma estar pronto para o desafio. A duas semanas no ePrémio de Roma, afirma estar pronto para o desafio e com fome de provar algo na Formula E. Ele já esteve na sede da marca, em Grove, a fazer o seu banco e irá andar no simulador até à sua estreia em competição, no dia 13 de abril, em Roma.

De um ponto de vista pessoal, o programa Jaguar Formula E sempre teve um fascínio especial por causa das várias ligações que tenho”, disse Lynn ao e-racing365.

Eu estava na Williams como piloto de testes na Formula 1 quando começou a se formar e depois testei para eles no início do programa também, então você pode dizer que eu tenho um fraquinho pela marca como um jovem piloto britânico.”, continuou.

Para além das sete corridas que faltam até terminar a temporada, Lynn deseja continuar na marca para a temporada 2019-20. 

"É claro para mim que a equipa está com muita fome, o que me convém muito bem, porque sinto o mesmo", disse ele.

Passei as últimas corridas realmente estudando como elas foram melhoradas e mergulhando nos vários rádios da equipe para ter uma perspectiva sobre as corridas da segunda geração e como elas são conduzidas. Estou fortemente motivado para fazer um trabalho e ajudá-los a melhorar seus pontos na segunda metade da temporada.", concluiu.

terça-feira, 2 de abril de 2019

A imagem do dia

Mick Schumacher passando na reta da meta do circuito de Shakir, com a sua mãe, Corinna, a observar das boxes. Uma foto simbolicamente significativa. 

Michael Schumacher, parecendo que não, saiu da Formula 1 no final de 2012, depois de uma passagem modesta pela Mercedes. Um ano depois, o seu acidente nos Alpes franceses, em Méribel, o condenou a uma privacidade perpétua, dado que não vai ser mais o mesmo.

Depois disso, Corinna dedicou-se a cuidar do seu marido, mas quase ao mesmo tempo, via o seu filho Michael Jr. a percorrer as categorias de acesso à Formula 1. Agora está na Formula 2, mas já é piloto de testes da Alfa Romeo, com a possibilidade para fazer o que fez hoje. E o simboilismo da imagem, de Corrina a er um Schumacher no carro vermelho, faz despertar imensa gente, especialmente os que acham o alemão um deus, o melhor de todos os tempos. Uma discussão tão relevante quando o sexo doa anjos. 

Os tempos de Mick também fizeram despertar a ideia de que tem estofo de campeão. Mas ele não é o primeiro, nem será o último filho de campeão num Formula 1. Aliás, qualquer dia veremos a Formula 1 uma coutada onde as familias colocarão os seus filhos, netos e bisnetos nestes carros para perpetuarem os apelidos famosos. Para terem uma ideia, já vão a caminho dois netos do Emerson Fittipaldi.

Mas muitas das vezes, os filhos não são os pais. Mick não teve uma entrada brilhante, e apenas no ano passado é que mostrou alguma coisa, quando se tornou campeão da Formula 3 e não venceu em Macau, por exemplo. E a entrada na Formula 2, na semana que passou, no Bahrein, foi modesta.

Em suma, está a ser interessante. Mas até vermos se ele têm o estofo de campeão... só conheci dois exemplos de pilotos onde os filhos foram melhor que os pais: Jacques Villeneuve e Max Verstappen. E Nico Rosberg foi igual a Keke Rosberg. Todo o resto foi inferior.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

A imagem do dia

Louis Chiron, a dar a bandeira de xadrez no GP do Mónaco de 1967, provavelmente a Dennis Hulme, numa prova marcada pelo acidente mortal de Lorenzo Bandini. Nessa altura, Chiron era o diretor de corrida do GP do Mónaco, a sua terra natal, e já tinha pendurado o seu capacete há muito. Mas a sua vida de piloto tinha sido muito longa, começando no final da I Guera Mundial e terminando mais de 35 anos depois, com outra guerra pelo meio.

Apaixonou-se pelo automobilismo em tenra idade, mas a I Guerra Mundial meteu-se pelo meio. Esteve num regimento de artilharia, mas os seus dotes mecânicos e ao volante eram tão bons que se tornou motorista de generais e marechais, no final da I Guerra. Era ele que, de vez em quando, transportava o Marechal Foch, o chefe supremo dos Aliados, ou o Marechal Pétain, um dos mais importantes de França. Mas o automobilismo já era um desporto caro, e para sustentar, recorreu a muitos atributos. Era bonito, charmoso e um excelente dançarino. E o ambiente de Nice e Mónaco, cheio de milionários - e milionárias... - assentava bem às suas ambições. Arranjou um financiador em Albert Hoffman, um dos barões da industria farmacêutica, que lhe providenciou um Bugatti, e os seus primeiros resultados foram suficientes para ser piloto oficial. Mas ao mesmo tempo que vencia nas grandes corridas europeias, ele era o amante da mulher de Hoffman...

O "affaire" foi descoberto em 1932, e ele acabou por sair da Bugatti. Mas tinha feito amigos, vencido corridas e influenciado o mundo das corridas, suficiente para ir correndo pela Alfa Romeo, ao lado de Tazio Nuvolari. E por causa de Rudolf Caracciola, seu amigo, foi também ser piloto de um dos Flechas de Prata, em 1935, mas a sua passagem foi um fracasso. E para piorar as coisas, um acidente o fez pendurar o capacete por uns tempos.

Não se sabe muito bem o que andou a fazer na II Guerra Mundial. Talvez a sua nacionalidade contribuiu para escapar entre os pingos de chuva, mas depois dela, não teve pejo em acusar - sem provas - a piloto Elle Nice de ser traidora, de ter servido os alemães. Todos acreditaram na palavra de Chiron e ela, que queria voltar a correr, não conseguiu arranjar carro e acabou por cair na obscuridade, morrendo em 1984.

Chiron correu até bem tarde na vida, e em certos lugares, a sua palavra significava "velocidade". Na então Checoslováquia, "correr como Chiron" significava isso, dado que venceu por ali por três vezes consecutivas. Hoje em dia, o mais recente supercarro da Bugatti têm o seu nome, e ao andar a 400 km/hora, faz jus ao seu nome. 

O piloto do dia - Louis Chiron

O pódio de Charles Leclerc no GP do Bahrein de 2019 bateu um recorde: o de maior distância entre pilotos de uma mesma nacionalidade no lugar de honra: quase 69. É que a última vez aconteceu a 21 de maio de 1950, no mesmo GP do Mónaco, com Louis Chiron ao volante.

E se o principado teve pilotos como André Testut e Olivier Beretta na categoria principal, e outros como Clivio Piccione ou Stefano Colleti na GP2 ou na IndyCar, nenhum teve o talento e o palmarés de Leclerc. Mas o seu distante antecessor foi um dos pilotos mais talentosos do seu tempo, que andou de Bugatti, Alfa Romeo e Auto Union, e correu quer antes, quer depois da II Guerra Mundial, e teve uma carreira longa e frutuosa. Hoje é dia de falar do senhor Chiron.

Nascido no Mónaco a 3 de agosto de 1899, Louis Alexandre Chiron ganhou interesse no automobilismo quando era adolescente. Era o período da I Guerra Mundial, e alistara-se no exército francês, para um regimento de artilharia onde acabou por ser motorista para generais como Ferdinand Foch e Phiippe Petain. Quando a guerra acabou, Chiron envolveu-se mais no automobilismo, mas o dinheiro para adquirir um carro não era fácil. Tentou arranjar dinheiro sendo taxista, mas também dançarino. Sendo um homem elegante, foi capaz de seduzir algumas distintas senhoras, uma delas Alice "Baby" Hoffman-Trobeck, esposa de Albert Hoffman, magnata da industria farmacêutica.

Em 1926, com a ajuda financeira de Hoffman, adquiriu um Bugatti e venceu a sua primeira corrida relevante, o GP de Commingnes, perto de Toulouse, no sul de França. Dois anos depois, estava na equipa oficial da marca e foi aí que alcançou as suas primeiras grandes vitórias, em Itália e Espanha, para além de vitórias no GP de Marne, em França, e o GP de Roma, em Itália. E foi nesse ano que terá a sua primeira participação nas 24 horas de Le Mans. Iria participar mais oito vezes, sempre com o mesmo destino: desistirá.

Em 1929, Chiron continuou a vencer com o Bugatti, obtendo o primeiro lugar na Alemanha e em Espanha, para além de um participação nas 500 Milhas de Indianápolis, ao volante de um Delage. 14º na grelha, acabou num digno sétimo lugar no final. No ano a seguir, venceu o GP da Bélgica, em Spa-Francochamps, e em 1931, vence "em casa" o GP do Mónaco, para além de ter conseguido a sua primeira vitória em Brno, no Grande Prémio da Checoslováquia, e nova vitória no GP de França, em parceria com Achille Varzi. Voltaria a vencer em 1932 em Nice e na Checoslováquia.

Por essa altura, tinha estabelecido uma forte amizade com Rudolf Caracciola, e tinham feito juntos uma equipa, para poderem correr, dado que se vivia a Grande Depressão, e as equipas oficiais estavam a diminuir. Mas por esta altura, ele tinha um "affarire" com a mulher de Hoffman, o seu financiador, e em 1933, essas tensões vieram ao de cima, ao terminar a sua ligação com a Bugatti, indo correr para a Alfa Romeo, que tinha os poderosos P3.

A transferência para a marca italiana fez bem ao seu palmarés: vencedor em Espanha e na Checoslováquia e no GP de Marselha, ainda com Caracciola, a meio do ano vai para a Ferrari, que cuida dos Alfa Romeo oficiais, onde vence as corridas acima referidas. Em 1933, ao lado de Luigi Chinetti, vence as 24 horas de Spa-Francochamps, mas no ano seguinte, luta contra os Mercedes e Auto Unions que dominam as corridas de Grand Prix. Mesmo assim, vence nesse mesmo ano de 1934 o GP de França e o de Marrocos.

Em 1936, a convite de Caracciola, vai correr para a Mercedes. Faz a pole-position no "seu" GP do Mónaco, mas não chega ao fim. Vai ser o seu momento alto, já que não consegue grandes resultados ao volante dos carros alemães. Para piorar as coisas, sofre um grave acidente no GP da Alemanha, em Nurburgring, sofrendo graves ferimentos. Com isso, decide pendurar o capacete e gozar a reforma. voltando para correr provas de resistência com os Talbot, nomeadamente as 24 horas de Le Mans.

Com a II Guerra Mundial, as provas automobilísticas são interrompidas, regressando no final do verão de 1945, com o final do conflito mundial. Chiron já tem 46 anos, mas ainda tem vontade de pegar o volante... e faz isso. Pega um Talbot-Lago e em 1947 vence o GP de França pela quarta vez na sua carreira, para além do GP de Comignes, e no ano seguinte, é segundo no seu GP do Mónaco. E em 1949, vence o GP de França pela quinta vez. Tudo isto, quando já tinha 50 anos.

Em 1950, começa o Mundial de Formula 1, e está ao volante de um Maserati oficial. Aproveita a confusão no GP do Mónaco - nove pilotos saem de pista na Tabac devido à agitação no mar naquela área - e ele termina a corrida na terceira posição, conseguindo os primeiros pontos da sua carreira. Esses quatro pontos dão-lhe o décimo lugar no campeonato, e o segundo mais velho piloto a subir ao pódio - o mais velho é Luigi Fagioli, um ano mais velho que Chiron.

No ano seguinte, anda quer num Maserati, quer um Talbot-Lago da Ecurie Rosier, onde não pontua, e começa a bater recordes de longevidade. Em 1954, ao lado do suíço Ciro Bassadona, vence o Rali de Monte Carlo - um dos raros pilotos a vencer o Grande Prémio e o Rali - e no ano seguinte, alinha na sua corrida com um Lancia D50 oficial. Termina a prova no sexto posto, que na altura não fava pontos, mas fê-lo quando lhe faltavam algumas semanas para o seu 56º aniversário. Até hoje, está na história da Formula 1 por ser o piloto mais velho de sempre a terminar uma corrida.

Em 1958, poucas semanas antes do seu 59º aniversário, tenta qualificar-se no GP do Mónaco, com um Maserati 250F, mas não consegue. Nesse momento, pendura o capacete de vez.

Depois, torna-se diretor da corrida do Mónaco, e na década seguinte, faz parte da paisagem do Grande Prémio, graças ao seu boné desportivo e por ser ele a segurar a bandeira de partida e de chegada. Fica assim até à sua morte, a 22 de junho de 1979, aos 79 anos. Hoje em dia, Chiron é homenageado no Mónaco com uma estátua e uma das curvas na zona da piscina. E a Bugatti decidiu recentemente batizar um dos seus supercarros com o nome de Chiron. 

Automobilismo: Dome cria chassis para série elétrica de acesso à Formula E

A japonesa Dome anunciou a construção de um chassis com o objetivo de fornecer à nova ERA Championship, uma série que servirá de acesso à Formula E. A competição, que terá corridas na Bélgica, Holanda e Reino Unido, dará às equipas a possibilidade de desenvolver os seus próprios sistemas da potência e armazenamento de energia.

De acordo com os organizadores, a ERA Championship, vai ter duas classes, um motor de 130 kw e uma bateria com a capacidade de 24 kw. As corridas durarão 23 minutos, e mais pormenores sobre o chassis serão reveladas em junho, bem como o calendário, que será mostrado no final do ano. 

É o nosso objetivo com o campeonato ERA de lançar uma plataforma de corrida elétrica acessível, que cria oportunidades para pilotos promissores, ao mesmo tempo que também inspira inovação técnica em pista”, disse o diretor técnico e comercial do campeonato, Dieter Vanswijgenhoven.

"Juntamente com nossos parceiros, a Dome, [a série] é capaz de atingir nossas metas de inovação e acessibilidade, e está antecipando muito a revelação de nosso carro neste verão.", concluiu.

Do lado do construtor japonês, o seu presidente, Takuya Takahashi, acrescentou que esta é uma grande chance do seu chassis chegar ao marcado europeu:

Esta é uma ótima oportunidade, sabendo que o nosso chassi F110 chegará ao mercado europeu pela primeira vez", começou por dizer. “Além disso, também é pela primeira vez que nosso chassis é utilizado numa série de corridas elétricas com regulamentações exclusivas que permitem ao operador desenvolver seu próprio sistema de propulsão", continuou.

Estamos ansiosos pelos desenvolvimentos inovadores dos participantes no sistema de armazenamento de energia e, de fato, nas motorizações. Estamos orgulhosos de fornecer a base para o futuro das corridas, utilizando nossos anos de experiência em desenvolvimento de chassis.”, concluiu.

domingo, 31 de março de 2019

WRC 2019 - Volta à Córsega (Final)

E a Volta à Córsega acabou com um golpe de teatro, dando a vitória à Hyundai e a Thierry Neuville, a primeira do ano para o piloto belga. Quanto tudo parecia que Elfyn Evans, o galês da Ford, iria vencer nas classificativas corsas, um furo precisamente na última especial fez com que perdesse quase minuto e meio, falhando a vitória e caindo para o lugar mais baixo do pódio. Neuville acabou com uma vantagem de 40,3 segundos sobre Sebastien Ogier, que teve um rali discreto, mas acabou com 18 pontos do segundo lugar, mais um do Power Stage.

"É difícil aceitar, mas tudo bem. Aconteceu algo semelhante ao Ott [Tanak] ontem. É a natureza do automobilismo. Acho que aconteceu num pedaço de estrada no meio, um buraco de pedra ou pedra que havia levantado. Eu senti isso imediatamente. Muito inesperado. Eu tentei dirigir nele para ver se poderíamos minimizar a perda de tempo, mas ele começou a delinear seis quilômetros antes do final. Pelo menos temos o pódio, mas não é o que eu queria.", disse o piloto galês no final do rali.

"Estou muito desapontado por Elfyn, que fez um bom trabalho, mas acho que também merecemos isso. Estivemos nos esforçando o tempo todo. Não desistimos!", disse Neuville após o final da prova.

Com apenas duas classificativas até ao final do rali, os pilotos aplicaram-se nas longas classificativas corsas. Primeiro a de Eaux de Zilia, com 31.85 quilómetros de extensão, depois a Power Stage de Calvi, com 19.34 quilómetros. Na primeira, Evans aplicou-se, atacando e vencendo, deixando Ott Tanak a 8,8 e Thierry Neuville a 16 segundos, na quinta posição da especial, fazendo com que a diferença estivesse nos 11,5 segundos, e ficando com o favoritismo para a especial final.

Mas o destino foi-lhe cruel, e o furo no pior momento possivel fez perder a chance de vitória a favor de Neuville. O terceiro lugar foi uma mera consolação, pois Sebastien Ogier ficou com o segundo posto. No Power Stage, Meeke foi o melhor, com 4,5 sgundos de vantagem sobre Ott Tanak e 9,9 sobre Teemu Suninen. 

No final, depois dos três primeiros, Dani Sordo foi o quarto, a um minuto e 18 segundos, conseguindo superar o Ford de Teemu Suninen, a um minuto e 24 segundos. Ott Tanak acabou em sexto, a um minuto e 40, não muito longe do carro de Esapekka Lappi, a dois minutos e nove segundos. Sebastien Loeb foi oitavo, a três minutos e 39 segundos, muito distante e ainda a sofrer os efeitos do acidente no primeiro dia. E a fechar o "top ten", a cinco minutos e seis segundos, os Toyota de Kris Meeke e o de Jari-Matti Latvala, a seis minutos e 44 segundos.

Na geral, Neuville é agora o líder, com 82 pontos, mais dois que Sebastien Ogier, com Ott Tanak a sr terceiro, com 77.

Agora, o Mundial de Ralis volta dentro de um mês, onde entre os dias 25 e 28 de abril, estarão em paragens argentinas.

Formula 1 2019 - Ronda 2, Bahrein (Corrida)

Há lugares onde um é bom, e o outro é melhor. Na Austrália, a Mercedes foi a grande dominadora no fim de semana, e em paragens barenitas, parecia que os carros da Ferrari seriam os melhores. Mas o automobilismo é um deporto cruel, e no dia em que a marca de Maranello iria ser o maior triunfador, a cabeça de Sebastian Vettel e um os cilindros do motor de Charles Leclerc não deixaram. O monegasco deveu o seu primeiro pódio na Formula 1 graças aos azares dos outros, e a Mercedes sai de Shakir com uma dobradinha caída do céu.

O filme da corrida começou com todos a andarem preocupados com o vento, que poderia deixar sujidade na pista e deixá-la ingovernável para os pilotos. Afinal, isso nem sequer foi assunto. Esperaram pelo final do dia, depois do sol posto, para se prepararem para o inicio de uma prova onde a pista não é grande coisa, mas as corridas são magnificas, pelo menos desde 2014. 

A partida começa com Vettel a ser melhor que Leclerc, que também era passado por Valtteri Bottas. Lelcerc era terceiro, com Hamilton a ameaçar. Logo no final da primeira volta, O alemão tinha 1,4 segundos de vantagem sobre o finlandês da Mercedes. Mas pouco depois, o monegasco passou o finlandês, que depois foi superado por Hamilton, relegando-o para o quarto posto.

No meio do pelotão, a confusão do costume. Carlos Sainz Jr foi ter com Max Verstappen, que fechou-o e acabou com um furo para o espanhol da McLaren. Romain Grosjean também foi às boxes para trocar de pneus, possivelmente por causa de um furo. Ambos cairam para o fundo do pelotão. 

Nas voltas seguintes, Leclerc aproximou-se de Vettel, e na volta 8, passou por fora para ficar com a liderança. No sexto posto estava agora Daniel Ricciardo, no seu Renault, enquanto Kimi Raikkonen era sétimo, depois de passar Kevin Magnussen.

As coisas acalmavam-se nas voltas seguintes, até que na volta 11, Bottas vai às boxes para trocar a médios. Ao mesmo tempo, Daniil Kvyat saiu de pista, ao tentar passar António Giovinazzi. A seguir, Leclerc vai às boxes, com Hamilton a parar a seguir, colocando moles, numa estratégia para ver se é mais veloz que os Ferrari. Ao sair das boxes, o inglês voou, para ver se os superava, mesmo que Vettel ainda não tivesse de ir trocar de pneus. Vettel acabou por ir na volta 13, com Ricciardo em segundo. O australiano da Renault manteve-se na pista com os pneus que partiu, e claro, todos os passaram, caindo para sexto na volta 20. 

Agora a táctica parecia ser a seguinte: se metessem médios, poderiam ficar o resto da corrida, e com moles, poderiam parar uma segunda vez. E isso só valeria a pena se aparecesse um Safety Car, obrigando o pelotão a colocar novos, caso seja necessário. Mas a meio da corrida, via-se que todos, não interessava que tipo de pneu teriam, iriam parara uma segunda vez.

Na frente, Leclerc aguentava Hamilton, com Vettel na frente de Bottas. Na volta 19, Gorsjean acabou por parar nas boxes, acabando por abandonar pela segunda vez na temporada. Na pista, Vettel aproximava-se a Hamilton, e o britânico parecia perder tempo, mesmo com os moles. O alemão já estava em cima dele, mostrando que a tática do campeão do mundo tinha sido um erro. E na volta 22, ele admitiu isso, ao afirmar que era "um alvo em movimento": Vettel passou-o, pouco depois.

Ricciardo foi às boxes, após 25 voltas, voltando a meter médios. Hamilton tentava evitar que Vettel se afastasse, mas os pneus que tinha não ajudavam muito. Bottas estava muito atrás, é verdade, mas mesmo a quem tinha pneus médios, parecia que iria haver uma segunda paragem. 

A partir da volta 35, os pilotos fizeram segunda paragem, com Hamilton a parar de novo, caindo para quarto posto, para Vettel parar na volta seguinte, mantendo o segundo posto, mas Hamilton estava mesmo atrás dele. Lelcerc parou na volta 37, continuando na frente, mas com Bottas logo atrás. E agora, todos com médios, Hamilton quis passá-lo. Houve faíscas voando, mas o alemão manteve-se. 

Mas na volta seguinte, Hamilton voltou à carga e Vettel errou. Fez pião e quebrou a asa dianteira. Arrastou-se até às boxes, onde substituiu tudo e voltou na oitava posição, atrás dos Renault e do McLaren de Lando Norris. Pouco depois, passou Norris e Ricciardo, para ser sexto, e depois passou Hulkenberg, para ser quinto. 

Na frente, parecia que Leclerc ia ter uma liderança descansada, mas na volta 47, o piloto começa a falar na rádio que tem problemas com o motor (na realidade, era o MGU-H que falhava), perdendo três segundos por volta. Hamilton aproveita para se aproximar, e o passar na volta 48. Um autêntico golpe, pois num fim de semana onde poderiam ter ter tudo, podem acabar por não ter nada, pois Leclerc era quatro segundos mais lento por volta.

Mas na volta 55... uma confusão. Três carros com motor Renault desistem na mesma volta, com o mesmo problema. Com três carros parados, a direção de corrida decide colocar o Safety Car, e foi com esse carro na frente que a corrida termina assim. Com isso, Leclerc salvou um lugar no pódio - Verstappen ficaria em cima do monegasco, mas não o passou. Vettel foi quinto, o melhor resultado possivel, na frente de Lando Norris, dando os primeiros pontos do ano para a McLaren, Kimi Raikkonen, no seu Alfa, o Red Bull de Pierre Gasly, Alexander Albon e Sergio Perez a fechar os lugares pontuáveis.

E de um lugar que tinha tudo para ser aborrecido, acabou por nos providenciar mais uma corrida excitante para quem assistiu. Agora, mais duas semanas até à prova numero mil da história da Formula 1, quase 69 anos depois da primeira. Certamente, todos comemorarão na China, e espero que a prova seja também excitante. Até lá.