Depois de Brands Hatch, a formula 1 mudava-se de armas e bagagens para o circuito alemão de Nurburgring, que com os seus 22 quilómetros, era intimidante para qualquer piloto que corresse lá. E onde qualquer erro tinha potencial para ser fatal.
Naquele ano, o pelotão da Formula 1 estava cada vez mais alargado. Na prova alemã, estavam inscritos 31 carros, e alguns desses pilotos representavam regressos e ingressos. Os organizadores apenas permitiram a formação de uma grelha com 26 bólidos, logo, haveriam cinco pilotos que iriam ver a corrida da bancada.
Na Iso-Marlboro,
Frank Williams trouxe para o seu segundo carro um jovem francês de 31 anos que tinha demonstrado potencial de rapidez, ao ser o vencedor no ano anterior da corrida de Formula 3 no Mónaco. Para além disso, tinha capacidade acima da média para sobreviver neste pelotão. O seu nome?
Jacques Laffite. A Amon estava de volta aos circuitos, mas não com
Chris Amon ao volante. O piloto neozelandês estava lesionado e foi buscar um promissor piloto australiano chamado
Larry Perkins para guiar o carro. Contudo, o australiano não tinha experiência neste tipo de carros, o que aliado ao problemático carro, fez com que não conseguisse qualificar-se nesta sua primeira experiência.
Na Hill, Guy Edwards estava de volta, recuperado da mazela que o impediu de alinhar em Brands Hatch, enquanto que a novata Maki alinhava com Howden Ganley. Mas ele sofre um acidente na zona de Hatzenbach e fica ferido nos tornozelos. Este acidente encerra a sua carreira na Formula 1 e demonstra a periculosidade de Nurburgring...
A Token traz um piloto novato chamado Ian Ashley, um bom piloto inglês vindo da Formula 5000, mas dado a alguns excessos, que o fizeram baptizá-lo de "Crashley" pela imprensa especializada. contudo, conseguiu portar-se bem e qualificar o carro da Token na grelha de partida.
No final da qualificação, os Ferrari dominam a ptimeira fila da grelha de partida, com Niki Lauda a ser melhor do que Clay Regazzoni. Ambos bateram Emerson Fittipaldi, que foi o terceiro no seu McLaren, e Jody Scheckter, que partia na quarta posição com o seu Tyrrell. Na terceira fila estava o segundo Tyrrell de Patrick Depailler e o Brabham de Carlos Reutmann, enquanto que o veterano Denny Hulme e o sueco Ronnie Peterson eram sétimo e oitavo classificado, respectivamente. A fechar o "top ten" estavam o segundo Lotus de Jacky Ickx, que sempre se deu bem no Inferno Verde, e o Surtees de Jochen Mass.
Não-qualificados ficam cinco pilotos: para além de Ganley e Perkins, o BRM de Francois Migault, o Trojan de Tim Schenken e o Lola de Guy Edwards foram os contemplados.
Na partida, os Ferrari foram embora, enquanto que Fittipaldi larga mal e leva com o carro do seu companheiro, que quando tentou ultrapassá-lo, foi atrapalhado pelo Lotus de Ickx. Hulme abandona na hora, mas o brasileiro continua. Contudo, os danos na suspensão provocam um furo, que o arrastou até às boxes. Ele voltou à corrida, mas desiste na terceira volta, devido aos danos.
Na frente, os Ferrari tinham a oposição do Tyrrell de Scheckter, que pessionou Lauda até que este se despistou, a meio da primeira volta. O terceiro era agora Reutmann, que era seguido por Mass, o McLaren de Mike Hailwood e os dois Lotus. Pouco depois, na décima volta, o motor de Mass explode, e Peterson (que já tinha passado Hailwood) herdava a quarta posição. O McLaren tentou apanhá-lo, mas na volta 13, um salto mal calculado na Pflantzgarten faz perder o controlo do seu carro e a bater de frente com a valeta. Hailwood sofre ferimentos a nivel das pernas, e não volta mais a correr na Formula 1.
Assim, Ickx fica com o quinto posto e o último lugar pontuável irá pertencer ao Shadow de Tom Pryce. Na frente, os Ferrari continuam, impávidos e serenos, até à meta, onde Clay Regazzoni leva a melhor sobre Jody Scheckter e consolida a sua liderança.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1974_German_Grand_Prixhttp://www.grandprix.com/gpe/rr246.html