No fim de semana do começo de mais uma temporada da Formula E, desta vez em Hong Kong, surgiu uma matéria sobre como estão os sistemas de propulsão dos carros eléctricos na entrada desta terceira temporada. E o que se pode ver, agora que estes sistemas estão liberalizados - apesar dos chassis serem todos iguais, pois a liberalização acontecerá apenas na próxima temporada - é que a entrada dos construtores de automóveis nesta industria fez com que se desenvolvessem vários tipos de sistemas, que os diferenciam uns dos outros, pelo menos interiormente. E ver qual dos sistemas será o mais indicado para bater a concorrência, e claro, alcançar maior autonomia, pois pelo menos até 2018, estes carros não aguentarão toda uma corrida.
Isto foi hoje tirado da Autosport portuguesa, mas o mais interessante é ver as posições dos motores, o quanto é que isso afeta o peso, a potência, a relação de caixa - todos têm entre uma e três velocidades - e qual é o sistema mais eficaz. Se quiserem saber, no final, qual vai ser o mais eficaz, depois venham aqui para ver o que vai ser o mais eficaz num futuro próximo.
Renault e.dams: A equipa campeã usa um motor elétrico colocado em posição transversal atrás de bateria. Isto permite poupar a caixa de forças externas e perdas de potência devido a fricção. Para este ano, a caixa de duas velocidades é trocada por uma única velocidade, reduzindo o peso e o centro de gravidade, e permitindo ao piloto concentrar-se exclusivamente no volante.
ABT Schaeffler Audi: Os principais adversários da Renault refinam o mesmo sistema usado o ano passado, escolhendo manter um motor elétrico em posição longitudinal e uma caixa de três velocidades em posição transversal. Com este sistema, é possível manter o motor a funcionar na rotação ideal.
DS Virgin: A equipa francesa mudou tudo, trocando os dois motores de fluxo axial por um motor elétrico transversal normal. Em vez de uma única relação de caixa, a transmissão tem agora uma caixa de duas velocidades. Basicamente, a DS Virgin está a copiar o sistema que permitiu à Renault ser campeã o ano passado.
Mahindra: A Mahindra preocupou-se bastante em reduzir o peso e tornar o sistema mais compacto. Antes, usavam um motor longitudinal e caixa de três velocidades, mas agora trocaram por um motor transversal (na verdade dois motores de fluxo axial numa única caixa) e uma transmissão de duas velocidades.
Dragon: A equipa de Jay Penske deixa de usar o motor Venturi e adota um sistema quase igual ao da Mahindra, construído com apoio da Magneti Marelli.
Venturi: Mais uma vez, a Venturi continua a evolui o que já tem, com a sua fornecedora McLaren a manter o motor longitudinal, mas adotando um novo inversor e alguns materiais novos na cablagem. A caixa de três velocidades dá lugar a uma caixa de duas velocidades.
Andretti: A equipa americana finalmente conseguiu colocar em pista o motor que não tiveram tempo de desenvolver para a época passada. Com a ajuda da Magnetti Marelli, é um sistema convencional de posição longitudinal com o inversor fora da caixa, que passa a ser de três velocidades.
Jaguar: Com a ajuda da Williams, a marca britânica estreia-se no campeonato com um sistema compacto que agrega o motor elétrico em posição longitudinal e a caixa de duas velocidades na mesma caixa. No entanto, não sobrou espaço para o inversor de potência, pelo que este fica fica montado em cima da bateria.
NextEV: A equipa chinesa teve resultados piores que o esperado o ano passado e partiu de uma folha em branco para o propulsor deste ano, mas o sistema acaba por ser semelhante, com dois motores de fluxo axial, e uma caixa com uma única relação. O sistema é mais leve, mas não o suficente para englobar o inversor, que fica montado em cima da bateria, prejudicando o centro de gravidade.
Techeetah: A ex-Aguri troca o motor original usado na abertura do campeonato pelo mesmo sistema usado pela Renault e.dams.
A primeira corrida da Formula E em Hong Kong vai acontecer na manhã deste domingo, a partir das 8:30 da manhã.