sábado, 29 de junho de 2019

Formula E: Porsche afirma ter feito "progessos"

A Porsche afirma ter feito progressos depois de uma série de testes que fez ao seu carro na preparação para a sua temporada de estreia da Formula E. Com Neel Jani e Brendon Hartley ao volante, a equipa andou nestas últimas semanas  a desenvolver a unidade de potência no circuito de Calafat e Mallorca, ambos em Espanha, estes testes acontecendo ainda numa fase de pré-homologação.

Desde que construímos o carro da Porsche Formula E em janeiro, fizemos grandes progressos tanto no desenvolvimento quanto no teste”, começou por dizer Malte Huneke, o líder de projeto técnico do primeiro programa de corrida totalmente elétrico da Porsche.

Podemos continuar a otimizar seus componentes até a homologação para garantir que estamos perfeitamente preparados para a nossa primeira temporada de Fórmula E. O trabalho de simulação é particularmente útil para, digamos, otimizar o gerenciamento de energia. No entanto, as condições reais só prevalecem na pista de corrida. Por exemplo, não é possível simular a condução ao longo dos travões completamente com precisão no simulador ou na bancada de testes.", continuou.

A gestão dos pneus e o comportamento do sistema de travagem também são melhor pesquisados na pista. Estamos dentro do cronograma: com extensos 'test drives' nas pistas de corrida, trabalho contínuo no simulador e testes no banco de testes. Nós ganhamos dados importantes para o desenvolvimento do powertrain da Porsche com a combinação de todas essas fontes disponíveis.”, concluiu.

Apesar dos progressos, a equipa tem noção de que não saberá como andarão em relação à concorrência até outubro, altura em que acontecerá os testes coletivos, em Valencia. Altura em que também se saberá quem acompanhará Neel Jani na aventura elétrica da marca de Estugarda.

Formula 1 2019 - Ronda 9, Áustria (Qualificação)

Depois da modorra francesa, as coisas na Áustria, noutro clássico do automobilismo, parecem contrastar em termos de emoção. Osterreichring, no Spielberg austríaco, onde as montanhas se animam com o som dos motores, parece querer ser um local onde os Flechas de Prata não dominem com tanta e tamanha facilidade como aconteceu na semana passada em Paul Ricard. E quem viu na sexta-feira, parecia que, com o vento, os carros eram mais atreitos a acidentes, acrescentando um pouco mais de emoção, que tem vindo a faltar, não só por causa de terem um carro melhor que o da concorrência, como também a interferência humana nos resultados dos Grandes Prémios.

No circuito mais veloz da Formula 1 - os tempos na qualificação são feitos em cerca de 63 segundos - e debaixo de calor e sem vento, aos poucos, os pilotos marcavam os seus tempos. Max Verstappen faz 1.03,807, do qual nem Lewis Hamilton, nem os Ferrari, conseguem melhorar. É uma grande novidade, pois os pilotos andavam com pneus moles. No final, com os Toro Rosso a largarem no fundo do pelotão, os Williams de George Russell e Robert Kubica, os Racing Point de Sergio Perez e Lance Stroll ficavam pelo caminho, bem como o Toro Rosso de Daniil Kvyat, depois de ter apanhado um susto quando fazia a sua volta rápida, ao ver o Williams de Russell lento na pista, antes de entrar nas boxes.

Para a Q2, Hamilton foi dos primeiros a sair, com pneus médios, mas Verstappen começa com 1.03,835, para gáudio da torcida. Antes dos Ferrari marcarem tempo, eles que tinham pneus moles. Aliás, apenas os Mercedes e Max tinham médios, pois o resto do pelotão estava de moles. No final da sessão, Hamilton ainda teve tempo para fazer o terceiro melhor tempo, e se os Alfa Romeo entraram na fase final da qualificação, os Renault de Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg, o McLaren de Carlos Sainz Jr, o Toro Rosso de Alexander Albon e o Haas de Romain Grosjean ficaram de fora da Q3. Kevin Magnussen, mesmo com uma saída de pista, entrou na Q3 com o décimo tempo, atrás de Lando Norris.

O Q3 começou com os Alfas a entrarem na pista, sendo os primeiros, com moles. A seguir foi o resto do pelotão, excepto Vettel, que tinha os mecânicos à volta do seu carro. Não sabíamos, mas um problema na pressão de ar para o motor impedia o piloto de sair para a pista. Os carros fazem as suas voltas, primeiro Hamilton, depois Bottas, e por fim Leclerc, fazendo 1.03,2, melhor que Verstappen, que fez o terceiro melhor tempo. E no meio disto tudo, o alemão sai do carro, pois o seu problema não seria solucionado a tempo.

E na parte final, Charles Leclerc faz a sua segunda pole-position da temporada, com um 1.03,003, conseguindo melhor que o carro de Hamilton e o de Max Verstappen, terceiro, também numa boa qualificação. Kevin Magnussen foi quinto na grelha - apesar de ter uma penalização para cumprir. E ele ficou na frente dos Alfas de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi.

Pelo menos, esta qualificação foi bem diferente da anterior e bem diferente do que tem sido boa parte da temporada. Espera-se que amanhã quebre a invencibilidade dos Flechas de Prata, mas com toda a sorte para eles... não fiando.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Endurance: Lamborghini estuda regulamento para os hipercarros

Se há duas marcas confirmadas até agora, a industria automóvel está sem dúvida a estudar o novo regulamento sobre os hipercarros. E uma delas é a Lamborghini. Segundo conta a Auto Hebdo, a marca de Sant'Agata Bolognese pensa na ideia dos hipercarros, depois de descartarem a chance de participar na classe GTE.

"Este regulamento é bem baseado nos hipercarros, um segmento cada vez mais forte para as marcas, especialmente para marcas de viaturas desportivas como a Lamborghini", começou por dizer Giorgio Sanna, o director da divisão desportiva da marca italiana do Grupo VAG. 

"Nós vamos explorar [esta regulamentação] em mais detalhe, tendo em consideração que as viaturas híbridas e as viaturas mais tradicionais podem evoluir juntas. Tens que ver igualmente como vai ser o Balanço de Performance dos dois conceitos, e que construtores eventualmente interessados vão participar. Mas estamos em contacto com a FIA.", continuou.

Contudo, Sanna disse que o futuro é híbrido: "[O] futuro da Lamborghini passa pela hibridação, [mas] o mais importante é o budget necessário. Os montantes avançados são encorajadores em relação aos budgets actuais dos LMP1. É um bom passo em frente.", concluiu.

Youtube Motorsport Regulation: Os regulamentos da endurance para 2020

Como sabem, há cerca de duas semanas, por alturas das 24 Horas de Le Mans, a FIA revelou o que vai ser o regulamento da nova classe dos hipercarros, que vai substituir a classe LMP1. E desde então sabemos que três construtores já confirmaram a sua presença: Toyota, Aston Martin e a Glickenhaus, e mais surgirão nos próximos tempos.

Assim sendo, para quem ainda não viu o que vai ser esta nova classe na Endurance - e que muitos afirmam ser o regresso da classe GT1, que dominou o automobilismo no final do século passado - eis um video que explica o que ela vai ser, com uma espécie de "Balance of Performance", a obrigatoriedade de um número mínimo de exemplares para homologação, e a colocação de híbridos e mais "puros".

Formula 1: Hamilton quer que Silverstone fique

Lewis Hamilton pediu à Liberty Media para que o circuito de Silverstone fique no calendário da Formula 1. O britânico fez esse apelo depois de saber que a pista está em risco de sair do calendário por questões financeiras.

“[Silvrstone] é um belo lugar e [tem] uma grande base de adeptos lá, mas a corrida não vai ser assim tão boa. Há outros circuitos bem mais espectaculares e Silverstone é um deles. O Reino Unido é o berço deste desporto, e se começarmos a tirar as corridas mais icónicas, e tivermos apenas novas, perdemos toda a história e cultura da Formula 1”, afirmou.

O piloto da Mercedes terminou dizendo que seria uma grande “desilusão” se a empresa não conseguisse resolver este problema.

As dúvidas existem desde há algum tempo, e com o anuncio do regresso de Zandvoort ao calendário e o ingresso de uma corrida no Vietname, elas acentuaram-se. Palco do primeiro Grande Prémio da história da Formula 1, em 1950, tem alternado com outros circuitos britânicos até 1987, quando ficou de vez no calendário, a receber o GP da Grã-Bretanha. Este ano, a prova acontece a 14 de julho.

WRC: Takamoto vai de Yaris WRC na Alemanha

O japonês Takamoto Katsuka vai andar a bordo de um Toyota Yaris WRC no Rali da Alemanha, anunciou hoje a marca. Apesar de ser uma estreia, o piloto de desenvolvimento da marca terá também nova chance de andar no carro em Espanha, enquanto nos restantes ralis irá de Ford Fiesta R5, porque a marca não tem desenvolvido um Yaris R5.

Para Tommi Makinen, o chefe do departamento de ralis da marca, o piloto japonês tem evoluído bastante e a sua prioridade é o seu desenvolvimento:

O Takamoto deu grandes passos este ano. No programa do WRC2, ele mostrou um progresso muito bom na sua condução e na sua consistência. Nas suas saídas com o Yaris WRC no campeonato da Finlândia ele também saiu-se bem, por isso, temos a certeza de que está pronto para dar o próximo passo”, começou por dizer.

Sabemos que estes ralis [Alemanha e Espanha] serão muito desafiantes. Ele não tem experiência na Alemanha. Na Espanha vai ser duro porque é um evento de superfície mista. Por isso, não estamos a definir quaisquer objectivos em termos de resultados.”, concluiu.

Aos 26 anos de idade - nasceu a 17 de março de 1993 - o japonês tem andado no WRC2, onde é atualmente o quarto classificado da competição, com 47 pontos.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Youtube Sport Video: Como a inteligência artificial modifica o desporto

Costumo seguir muito o Joe Scott, um americano que fala imenso sobre todo o tipo de tecnologia. E esta semana, nos seus "random thursdays" (quintas ao acaso, numa tradução aproximada), fala sobre a influência da IA (Inteligência Artificial) no desporto. 

E o que têm a ver com este canal dedicado ao automobilismo? Tudo. Quase metade do video é dedicado à RoboRace, a série que a Formula E está a fazer onde os carros serão totalmente autónomos, sem condutor, e neste ano estão na "temporada Alpha", como eles chamam. Vale a pena ver.

Youtube Formula 1 Video: Os 40 anos da primeira vitória de um Turbo

Segunda-feira comemorar-se-á a primeira vitória de um motor Turbo, o da Renault. O triunfo de Jean-Pierre Jabouille, a bordo do modelo RE20, depois de fazer a pole-position, foi sem dúvida o triunfo de uma tecnologia que, quando foi estreada dois anos antes ne Grã-Bretanha, foi ridicularizada por alguma imprensa especializada, por causa da sua fragilidade. 

Contudo, o duelo entre René Arnoux e Gilles Villeneuve pela segunda posição ofuscou o triunfo de um carro cem por cento francês - não foi só o motor e o turbo: a gasolina, pneus, chassis e piloto também eram franceses - mas mesmo assim, não se deixou de comemorar tal feito, porque acima de tudo, era o triunfo de uma ideia que a principio menosprezada, iria dar lugar a uma era dedicada a esta tecnologia.

Eis o video feito na altura e do qual a Renault recuperou para a ocasião.

Youtube Drivetribe Video: Como a Koenigssegg quase usou um motor de Formula 1

Há trinta anos, Carlo Chiti desenhou um flat-12 na sua Motori Moderni com o objectivo de cumprir uma encomenda para a japonesa Subaru, que queria colocar um motor para a sua aventura na Formula 1. A aventura foi um fracasso total - apenas seis Grandes Prémios, nenhuma qualificação - e parecia que o flat-12 ficaria esquecido nos arquivos da história.

Quase. É que neste momento, os direitos estão nas mãos da construtora sueca Koeingssegg, e eles estiveram bem perto de pegar nesse flat-12 e colocar nos seus carros de estrada. E porque não deu? Bom, assistam a este video vindo da Drivetribe para saber a razão. Entre outras coisas...

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Youtube Formula 1 Video: Cinco momentos chocantes na Áustria

O canal oficial da Formula 1 no Youtube decidiu meter um video sobre cinco momentos chocantes do GP da Áustria, no Red Bull Ring. E entre eles estão batidas de companheiros de equipa e aquela famosa chegada do "hoje não, hoje sim"...

WEC: Todt defende novas regras da Endurance

Jean Todt, o presidente da FIA, afirmou que os regulamentos para a nova classe do WEC podem significar uma mudança fundamental para atrair mais construtores para a modalidade. Segundo ele, o facto dos construtores poderem construir carros que têm como base modelos de estrada, poderá ser um bom incentivo para participar no Mundial de Endurance.

Eu acho que o que o que foi anunciado e adotado pelo World Motor Sport Council (Conselho Mundial de Automobilismo) pode ser uma mudança para o campeonato de Endurance” começou por dizer Todt. “Vou-vos deixar adivinhar o que a Ferrari já está construir, o que a McLaren já está a construir, o que a Porsche já está a construir, o que a Lamborghini, potencialmente, poderá construir, o que a Mercedes está a preparar”, continuou, esperançado em que os construtores acorram em massa à competição, quase da mesma forma que estão a fazer na Formula E.

Já o presidente do Automobile Club de L’Ouest, Pierre Fillon, disse que seria importante ter mais que três equipas comprometidas com o projeto, mostrando-se cauteloso. Até agora, apenas Toyota e Aston Martin confirmaram programas para a temporada 2020-21 do WEC.

WRC: Toyota confirma Kalle Rovanpera

O finlandês Kalle Rovanpera será piloto da Toyota na próxima temporada. O anuncio foi feito hoje pelo seu manager, Timo Jouki, à Autosport inglesa, afirmando que a marca fino-nipónica accionou uma cláusula do contrato que o filho de Harri Rovanpera tem na equipa oficial da Skoda, onde ele corre na classe WRC2 Pro. 

A Skoda tem sido uma excelente equipa para ele evoluir, mas agora chegou a altura. Queríamos ver como é que ele está a progredir com as notas, a trabalhar com a equipa, como está a sua forma física, como trabalha com a imprensa, e ele está a progredir em todas as áreas. É provável que tenha mesmo, progredido mais do que pensávamos. O objetivo era que ele adquirisse experiência em todas as provas, e no final desta temporada, ele já terá competido em todos os ralis”, disse. 

Isso significa que em 2020, o jovem piloto de 18 anos - nasceu a 1 de outubro do ano 2000 - terá a sua primeira experiência num carro de WRC e alinhará ao lado de Ott Tanak e ou Kris Meeke, ou Jari-Matti Latvala, pois é altamente improvável que a marca liderada por Tommi Makinen alinhe com quatro Yaris WRC.

Nesta temporada, Rovanpera já conseguiu 14 pontos na classificação, com um melhor resultado de um sexto posto no Rali de Portugal. Para além disso, lidera a classe WRC2 Pro.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Youtube Electric Motoring: Lightyear One, o carro eletro-solar

O conceito de um carro solar, onde o carro seria sempre carregado graças a um painel no teto do carro, é algo do qual anda-se a ser desenolido desde há muito tempo. À partida, é viável, mas o problema é o alcance, muito menor que os carros carregados pela tomada. 

Contudo, na Holanda, a "startup" Solar Team Eindhoven, depois de uma experiência num veículo eletro-solar na Austrália, onde percorreram três mil quilómetros e venceram a corrida, decidiram avançar para este Lightyear One, um carro solar, apostando na eficiência energética. 

E já têm cem encomendas. Vamos a ver se dará certo. O video é do Robert Llewyn, do Fully Charged.

WRC: Breen no Rali da Finlândia

O irlandês Craig Breen correrá pela Hyundai no rali da Finlândia, que decorrerá no principio de agosto. Vai ser um ingresso à equipa de Alzenau, ao lado de Andreas Mikkelsen e Thierry Neuville, depois de uma passagem pela Citroen, entre 2016 e 2018.

"Estou feliz por ter essa chance", começou por dizer o piloto irlandês. "Tem sido uma longa e paciente espera, ter que assistir [enquanto] todos guiam nesta temporada. Estou honrado por ter esta oportunidade única com Paul [Paul Nagle, seu navegador] como meu co-piloto. ”, continuou.

O irlandês conquistou seu primeiro pódio no WRC na Finlândia em 2016, e tem competido lá todos os anos desde 2009, excepto na edição de 2013. Ele terá oportunidades suficientes para se preparar para o evento do WRC. Um ajuste de assento será seguido por um teste pré-rali, antes de sua participação no Rally da Estónia, entre os dias 12 a 14 de julho. Andreas Mikkelsen também se juntará a esse evento como preparação representativa para os rápidos estágios finlandeses.

"A Finlândia é o rally que mais fiz no WRC, então espero trazer algo para a equipa. Estive demasiado tempo na poltrona antes da Finlândia. Vai continuar sendo um desafio, mas estou pronto para agarrar com as duas mãos. Eu vou competir com o número 42, um número com o qual corri desde o meu primeiro ano no kart em 1998, e que sempre teve muita sorte. Vamos esperar que continue assim!", concluiu.

Vende-se: Ferrari F2002 de Michael Schumacher

Se tiver os bolsos bem fundos - ou venceu recentemente o Euromilhões - eis uma boa oportunidade de enriquecer a sua garagem: ter um chassis F2002, com motor de 10 cilindros, guiado por Michael Schumacher e que lhe deu o seu quinto campeonato mundial, em 2002. O leilão vai acontecer em novembro e será realizado pela casa RM Sotheby's. 

O chassis em causa é o numero 219, e o alemão triunfou nas corridas de San Marino, Áustria e França, local onde ele foi coroado como campeão, quando faltavam seis corridas para o final do campeonato. Depois de ter sido usado no GP da Alemanha, onde assegurou o título de Construtores, foi para funções de teste, até ser retirado para o armazém, no final dessa temporada.

Não se sabe quanto poderá valer este chassis, mas se tivermos em conta que o chassis de 2001 foi vendido por cerca de sete milhões de libras, num leilão semelhante em 2017, não se ficaria admirado que seja vendido por esse preço.


segunda-feira, 24 de junho de 2019

CPR 2019 - Rali de Castelo Branco (Final)

Foi uma disputa ao segundo, mas no final foi Armindo Araújo o melhor no Rali de Castelo Branco, depois de uma luta com Ricardo Teodósio. No final, foram 12,5 segundos a diferença entre ambos os pilotos, no primeiro rali em asfalto do Campeonato de Portugal de Ralis. Miguel Barbosa, noutro Skoda, ficou com o lugar mais baixo do pódio.

Depois de Araújo estar a liderar o rali ao final do primeiro dia, com 4,3 segundos de vantagem sobre Ricardo Teodósio, o segundo dia começou com o piloto de Santo Tirso ao ataque, vencendo com uma vantagem mínima - 0,1 segundos - sobre Ricardo Teodósio. Miguel Barbosa perdia 2,5 segundos, e José Pedro Fontes 6,9. Com isso, Araújo via a vantagem para Teodósio situada nos 2,4 segundos.

Mas foi na sexta especial que começou a afastar-se do piloto algarvio. Na primeira passagem por Dáspera - Sesmo - Salgueiral, o piloto da Hyundai venceu e abria uma vantagem de 1,8 segundos sobre Teodósio, 5,5 sobre Miguel Barbosa e 11,9 sobre José Pedro Fontes. Ainda havia luta entre Armindo e Teodósio, mas Miguel Barbosa já tinha uma desvantagem superior a meio minuto - 33,9 - e estava em luta com José Pedro Fontes, a 37,3. Bruno Magalhães era um pálido quinto, a um minuto da liderança (59,9).

Depois, Ricardo Teodosio atacou. Na primeira passagem por Santo António das Tojeiras, Teodósio venceu e tirou 1,5 segundos a Armindo Araújo, com Miguel Barbosa a 6,2 e José Pedro Fontes a 6,8. Assim a diferença reduzia-se para 2,7 segundos, a três especiais do fim.

Assim sendo, Araújo reagiu partido para o ataque. Na oitava especial, ganhou 5,4 segundos a Teodósio, 9,1 a Miguel Barbosa e 9,4 a José Pedro Fontes. E mais 5,8 segundos na nona especial, uma vantagem que decisiva para a vitória no rali albicastrense. Com isso, Araújo tinha praticamente o triunfo na mão. E apesar de Teodósio ser o melhor na décima especial, a diferença para Armindo foi de apenas 1,9 segundos. No final, foram 12,5 segundos a diferença entre ambos, num rali bem disputado. Miguel Barbosa ficou bem longe, a 55,9, sendo o melhor na disputa com José Pedro Fontes, quarto a 57 segundos.

Bruno Magalhães é quinto, a um minuto e 42,4 segundos, quase um minuto do sexto, o Skoda Fábia R5 de Pedro Almeida, que ficou a dois minutos e 37 segundos exatos. 

A próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis ai ser o Rali Vinho da Madeira, e será disputado entre os dias 1 e 3 de agosto.

domingo, 23 de junho de 2019

Youtube Rally Video: Uma passagem pelo Rali Castelo Branco

No fim de semana tivemos o Rali de Castelo Branco, prova a contar para o campeonato de Portugal de ralis, prova vencida por Armindo Araújo, depois de um duelo com Ricardo Teodósio. Neste video, vê-se a passagem da caravana pela classificativa de Santo André das Tojeiras, desconhecendo se é a primeira passagem - sétima especial - ou a segunda, que foi a décima e última.

Uma coisa é certa, os que acorreram ao local parece terem gostado da passagem dos carros por lá.

CNR 2019 - Rali de Castelo Branco (Dia 1)

Armindo Araújo acabava o primeiro dia do Rali de Castelo Branco no comando, com uma vantagem 2,3 segundos sobre Ricardo Teodósio, no seu Skoda Fabia R5. de  depois de uma luta com Ricardo Teodósio. Ambos tinham ainda José Pedro Fontes à espreita, a 12,5 segundos, tudo isto depois de quatro etapas na prova albicastrense.

Chegados ao meio do campeonato, e passadas as provas em terra, chegou a segunda parte, com as provas em asfalto, onde Ricardo Teodósio iria tentar manter a liderança perante a concorrência de pilotos como os Hyundais de Armindo Araújo e Bruno Magalhães, numa prova onde Pedro Meireles iria ficar ausente por causa do seu Polo R5 ter ardido em Rali de Portugal.

Logo na tarde de sábado, o rali começava com a primeira passagem por Vilas Ruivas, com Armindo Araújo a ser o melhor... empatado com Ricardo Teodósio e ambos com uma vantagem de 4,8 segundos sobre Miguel Barbosa. José Pedro Fontes foi quarto, a 7,7 segundos.

Araújo foi o melhor na Foz do Cobrão, desempatando com Teodósio em 2,6 segundos, enquanto José Pedro Fontes era o terceiro, a 6,4. Na segunda passagem por Vilas Ruivas, Teodósio respondeu, mas apenas ganhou 0,7 segundos ao piloto de Santo Tirso, enquanto o terceiro era Miguel Barbosa, a 5,1. 

No final do dia, nas duas passagens pela Super Especial da Reconquista, Fontes e Barbosa empatavam na primeira passagem, enquanto na segunda, José Pedro Fontes foi o melhor, um segundo na frente de Armindo Araújo.

Com metade da prova, depois dos três primeiros, Miguel Barbosa era o quarto, a 25,9 segundos, na frente de Bruno Magalhães, quinto a 34 segundos, já distantes de Pedro Almeida, sexto a 59,4. Manuel Castro é o sétimo, a 1.46,4 minutos, na frente do carro da espanhola Emma Falcon, a 1.51,3, e a fechar o "top ten" estão os carros de Daniel Nunes (Peugeot 208 VTI R2) e de Gil Antunes (Renault Clio R.S R3T)

O Rali de Castelo Branco terminava no dia seguinte com a realização das restantes seis etapas.

Formula 1 2019 - Ronda 8, França (Corrida)

O GP de França é provavelmente um lugar onde esta corrida passará à posteridade como sendo uma sem história, de um campeonato onde uma equipa domina sobre o resto e provavelmente já estaremos a especular onde é que será a festa da consagração do piloto britânico. A minha aposta será na Cidade do México...

Debaixo de um calor estival, a corrida começou com homenagens: a primeira à Renault, por causa dos 40 anos da sua primeira vitória e do motor Turbo, com Jean-Pierre Jabouille a correr no seu Renault RE20, o mesmo carro que lhe deu a vitória em Dijon-Prenois, e depois, a Formula 1 em peso a homenagear Jackie Stewart pelo seus 80 anos - e este ano faz meio século sobre o seu primeiro título - com todos a usarem o chapéu de "tartan", um pouco como tinha Niki Lauda e o seu chapéu vermelho. Felizmente, o escocês ainda esta vivo para podermos celebrar os seus feitos. 

E depois das homenagens, o cumprir de calendário. A partida disse tudo: Hamilton saltou para a frente, com Bottas a não conseguir atacá-lo. Atrás, Leclerc, Verstappen os McLaren e Vettel mantiveram as suas posições - já agora, todos partindo com médios - e a partir daqui, as coisas estavam resolvidas, de uma certa forma. Poucas voltas depois, Vettel conseguiu passar Lando Norris para ser sexto. E por esta altura, a diferença entre os dois primeiros era de 2,6 segundos. Logo, tem-se de esperar pelas trocas de pneus, que todos diziam ser uma só vez.

Quando Vettel passou Carlos Sainz Jr, por volta da décima volta, a diferença para Max Verstappen já era de oito segundos, ao mesmo tempo que os comissários penalizavam Sergio Perez por ter saído de pista na primeira volta. Algumas voltas depois, Pierre Gasly - que tinha moles - tinha nos seus espelhos Daniel Ricciardo - com médios - e este não o deixava em paz. Por esta altura, a diferença entre Hamilton e Bottas era de três segundos, e de oito para Leclerc.

Nas voltas 17 e 18, Ricciardo e Gasly trocaram de pneus para os médios... é mantiveram as posições até o australiano o passar na chicane da reta Mistral. A seguir veio Lando Norris trocar de pneus, e na volta 23, Bottas foi às boxes para trocar de médios para duros, uma volta antes de Hamilton. Vettel veio na volta 25 para ter pneus duros, regressando no quinto posto. Depois de todos terem trocado, a diferença entre os dois primeiros era de quase doze segundos. Uma eternidade.

E foi assim até quase ao final da corrida. Com Hamilton a dar "calendários" ao seu companheiro de equipa - dezoito segundos de diferença - o finlandês até teve Charles Lelcerc de novo no pódio, a assustá-lo ao ponto de se esforçar para evitar perder a dobradinha. E atrás, onde até as câmaras tinham ido embora, Daniel Ricciardo e Lando Norris lutavam pela sétima posição, com Kimi Raikkonen e Nico Hulkenberg a envolverem-se por essa posição. O australiano colocou as quatro rodas fora da pista, e o finlandês até andou a ir pela berma também para conseguir ganhar posições. 

No final, o australiano conseguiu a posição, mas os comissários andavam atentos, e decidiram chamá-los para terem uma palavra.

De resto, foi assim o GP de França: uma corrida sem história para contar, num campeonato previsível, onde todos já sabem quem vai ganhar, só restando saber onde é que ele será coroado. Semana que vem teremos, provavelmente, mais do mesmo, nas montanhas de Spielberg, na Áustria.