sábado, 9 de maio de 2015

Youtube Motorsport Racing: A corrida do Mónaco na integra

Fechamos o dia com o video da corrida da sétima prova da temporada inaugural da Formula E, corrida nas ruas do Mónaco, onde Sebastien Buemi conseguiu a sua segunda pole-position da temporada e tentava ali aguentar os ataques de Lucas di Grassi e de Nelson Piquet Jr, que lutavam entre si para ver quem conseguia manter a liderança do campeonato, já que estavam separados por um ponto.

No final, Buemi tornou-se no primeiro piloto a conseguir repetir uma vitória nesta temporada, aguentando os ataques de Di Grassi e de Piquet, que completaram o pódio. E agora os três pilotos estão separados por dez pontos, quando dali a duas semanas voltarem a correr, desta vez em Berlim.

Assim vendo, eis o video da corrida na íntegra, com direito a "Big One" e tudo. 

GP Memória - Espanha 2000

Duas semanas depois de terem corrido em Silverstone, máquinas e pilotos estavam em paragens mais amenas, mais concretamente em Barcelona para o GP de Espanha. Pelo meio, o mundo da Formula 1 ficara surpreso quando no final de abril, David Coulthard apanhou o susto da sua vida do aeroporto de Lyon, quando o seu Learjet, pertencente ao seu amigo David Murray, sofreu um acidente quando ia a caminho da Côte D'Azur com a sua namorada de então, a modelo Heidi Wichlinski. Ele, a namorada e o seu personal trainer Andy Matthews sobreviveram sem ferimentos, mas os pilotos acabaram por morrer.

Apesar de algumas escoriações, Coulthard iria recuperar a tempo para participar na corrida espanhola.

No final da qualificação, Michael Schumacher levou a melhor, na frente de Mika Hakkinen por meros 78 centásimos de segundo, enquanto que na segunda fila ficaram o segundo Ferrari de Rubens Barrichello e o segundo McLaren de David Coulthard. Ralf Schumacher era o quinto, no seu Williams-BMW, seguido pelo BAR-Honda de Jacques Villeneuve, enquanto que a quarta fila era do monopólio da Jordan. com Heinz-Harald Frentzen na frente de Jarno Trulli. A fechar o "top ten" estavam o Arrows de Pedro de la Rosa e o Jaguar de Eddie Irvine.

A corrida começou com Schumacher a afastar-se da concorrência, liderada por Mika Hakkinen. O alemão até nem largou bem, mas conseguiu bloquear o piloto da McLaren o suficiente para manter a liderança na primeira curva. Ralf Schumacher era o terceiro, mas segurava Coulthard e Barrichello, enquanto que Villeneuve era o sexto, segurando também boa parte do pelotão. As coisas ficaram assim até à volta 21, quando Villeneuve desiste com problemas mecânicos.

Três voltas depois, Schumacher ir para as boxes para o seu primeiro reabastecimento que demorou demasiado para um dos seus mecânicos, causando ferimentos ligeiros. O alemão perdeu a liderança para Hakkinen, mas o finlandês foi às boxes na volta 26, com um bom reabastecimento, que permitiu a Schumacher ficar na frente por 0,6 segundos. O alemão tentou afastar-se nas voltas seguintes do finlandês, mas não conseguia mais do que um avanço de menos de um segundo.

As coisas mantiveram-se assim até à volta 41, altura em que foram juntos para o segundo reabastecimento. Hakkinen demorou sete segundos e foi-se embora, mas Schumacher demorou mais dez segundos com problemas no reabastecimento. Quando o alemão voltou à pista, as coisas ficaram resolvidas a favor da McLaren e do piloto finlandês.

Para piorar as coisas, o alemão tinha problemas em aguentar os ataques de Coulthard e Barrichello. Na volta 47, o escocês conseguiu passar, e quatro voltas depois, na volta 51, foi a vez do piloto brasileiro o passar, ficando fora do pódio.

No final, Mika Hakkinen conseguiu vencer, após três vitórias consecutivas do piloto alemão e dando à McLaren a sua primeira vitória do ano. E ainda por cima com uma dobradinha, já que Coulthard foi o segundo classificado, com um avanço de 16 segundos. Rubens Barrichello foi o terceiro, na frente de Ralf Schumacher, enquanto que a fechar os lugares pontuáveis ficaram Michael Schumacher e o Jordan de Heinz-Harald Frentzen.

Formula 1 2015 - Ronda 5, Espanha (Qualificação)

Normalmente, o circuito catalão de Montemeló é o lugar mais aborrecido do calendário da Formula 1. Diz-se isso porque as corridas são previsíveis, toda a gente testa por lá e o circuito é demasiado travado. Já foi mais veloz, em tempos idos, mas a organização do circuito - com a anuência da FIA e da Formula 1 - já colocou curvas mais lentas para que os carros demorem mais tempo para fazer uma volta. Como se alguma vez aquilo tenha sido uma Monza da vida...

O circuito de Montemeló é sempre a primeira etapa da parte europeia da Formula 1. Não se pode dizer que é "o primeiro dos clássicos" porque a primeira corrida nessa pista data de 1991... com uma corrida épica entre Nigel Mansell e Ayrton Senna, favorável ao "brutânico". Mas isso eram tempos idos, e a última vez que o mundo ficou de cabeça para baixo foi quando Pastor Maldonado venceu uma corrida. Algures em 2012, diga-se de passagem.

Mas no meio da previsibilidade, havia coisas imprevisíveis. Como a nova pintura da McLaren que, apesar dos novos tons de cinza, o tem de vermelho era mais brilhante do que se esperava, e os Lotus, que este fim de semana publicitavam o novo filme do Mad Max, trinta anos depois da última vez, viram a cobertura do Romain Grosjean a voar na reta da meta num dos treinos livres de ontem. Já sabem o que aconteceria se fosse o Pastor Maldonado...

Mas todas estas lateralidades não desviam do essencial: a Mercedes continuava a dominar os treinos livres e tudo indicava que a mesma coisa aconteceria hoje, na qualificação. Mas a qualificação sem história teve um final inesperado: a pessoa que esperavam ver no primeiro lugar... não esteve por lá.

A Q1 começou com a primeira demonstração da hierarquia atual da Formula 1, com os Manor a serem os mais lentos, e sobre eles o que se queria saber quem os acompanharia. De uma certa maneira, a grande surpresa foi ver os Force India de Nico Hulkenberg e de Sergio Perez por ali, para além do Sauber de Marcus Ericsson. Os McLaren passaram para a Q2, não sem as suas dificuldades, mas passaram os dois, Jenson Button e Fernando Alonso, pela primeira vez nesta temporada.

Na Q2, a Red Bull teve grandes dificuldades para conseguir passar para a Q3, mas o que se começava a ver era que, ao mesmo tempo que os Mercedes estavam na frente da tabela dos tempos, os Toro Rosso conseguiam colocar os seus carros na frente dos bólidos... da casa-mãe. E os McLaren tentavam o impossível, que seria de colocar os seus carros no "top ten". Fernando Alonso e Jenson Button ficaram quase por lá, mas desta vez não deu. A acompanhá-los ficaram os Lotus de Romain Grosjean e Pastor Maldonado, e o Sauber de Felipe Nasr. E no top ten, estavam os mais fortes, com a grande surpresa eram os Toro Rosso.

E mais surpresas aconteciam na Q3, a parte final da qualificação: primeiro, com Nico Rosberg a conseguir superar Lewis Hamilton e a conseguir impedir o seu companheiro de equipa de conseguir a quinta pole-position consecutiva e em consequência, a conseguir a primera pole-position do ano, enquanto que na segunda linha ficaram os mais velozes: o Ferrari de Sebastian Vettel e o Williams de Valtteri Bottas. Apesar de nenhum deles terem conseguido quebrar o monopolio dos Mercedes, eles demonstraram que estão sempre`a espreita de um mau dia deles.

A grande surpresa eram os Toro Rosso. Carlos Sainz Jr. foi o quinto na grelha, a melhor posição de sempre do filho de Carlos Sainz e a querer mostrar que em todas as corridas, a equipa de Faenza tem não só a mais jovem dupla do campeonato, como também a mais prometedora. E mais: o melhor nem sempre é o que todos esperavam ver. Em contraste, Kimi Raikkonen teve dificuldades e foi apenas oitavo, atrás ainda de Felipe Massa, que também teve o pior resultado da qualificação até agora.

Amanhã é dia de corrida. Alguns já apostam quando é que Lewis Hamilton irá passar nico Rosberg: se será antes da primeira curva ou na travagem para a primeira curva.  

Formula E: Buemi foi o melhor no Mónaco

Sebastien Buemi tornou-se no primeiro piloto da Formula E a repetir a vitória no campeonato. Depois de ter vencido em Punta del Leste, em dezembro, o piloto suíço da e.dams repetiu a vitória nas ruas do Mónaco, após ter aguentado os ataques de Lucas di Grassi, liderando de ponta a ponta. Nelson Piquet Jr., o vencedor em Long Beach, foi o terceiro classificado, na frente de Sam Bird e Jerôme D'Ambrosio. António Félix da Costa conseguiu aproveitar a confusão na primeira curva para chegar ao décimo posto, o último lugar pontuável.

Poucas horas depois de Sebastien Buemi ter feito a pole-position, e de Nelson Piquet ter acusado Lucas di Grassi de o ter bloqueado durante uma volta rápida em La Rascasse, máquinas e pilotos preparavam-se para a sétima corrida da temporada inaugural da Formula E, corrida numa versão do mítico circuito de Monte Carlo, mais pequena, pois não tinha curvas como Massenet, Casino, Murabeau, Portier, o gancho do Hotel Loews e naturalmente, o túnel. Com uma grelha equilibrada e tempos na casa dos 55 segundos, esperava-se que a corrida seria emocionante.

Antes disso, havia a noticia de quatro penalizações: os carros de Loic Duval, Karun Chandhok e Jaime Alguersuari iriam ser penalizados em dez lugares porque mudaram o seu sistema de baterias. Mas antes da corrida, soube-se de uma quarta penalização, a de nick Heidfeld. Para António Félix da Costa, que tinha batido em Tabac e largaria da última posição, isso implicaria a subida em uma posição, pois iria aproveitar a penalização do indiano da Mahindra. 

A partida começou com um "Big One" na curva de Ste. Devote, quando Daniel Abt abrandou após um toque e na apertada descida para a Chicane do Porto, Bruno Senna subiu pel carro da Abt, danificando e causando mais estragos noutros carros, como os de Vitantonio Liuzzi, Salvador Duran, Jaime Alguersuari e Jean-Eric Vergne. O facto de os carros terem ficado no meio da pista, quase a bloquearem fez com que a organização lançasse logo o Safety Car, dando tempo para que os comissários de pista pudessem tirar os carros o mais depressa possivel.

A corrida recomeçou na volta 4, com Piquet Jr. tentava passar D'Ambrosio, que conseguiu duas voltas depois, na travagem para a chicane do Porto. Após isso, foi atrás de Di Grassi, que perseguia Buemi para a liderança. Mas as coisas ficaram assim até à troca de carros, na volta 24. O primeiro foi Lucas di Grassi, seguido de Sarrazin, Prost, Heidfeld e Félix da Costa. Buemi foi às boxes duas voltas depois, ao mesmo tempo em que Piquet Jr. Buemi manteve a liderança, mas aguentou um ataque do brasileiro da Abt à liderança. Atrás, Sam Bird era agora quarto, enquanto que Félix da Costa estava na oitava posição, depois de passar Nick Heidfeld nas boxes.

A segunda parte da corrida manteve o duelo Buemi-Di Grassi, com Piquet Jr logo a seguir, pressionado por Bird. O piloto brasileiro da Abt decidiu salvar um pouco a energia e deixou escapar o suiço da e.dams, enquanto que D'Ambrosio conseguiu colar-se à traseira de Bird. Isso fez com que Piquet encostasse a Di Grassi na volta 41 e passar ao ataque. Os ataques foram fortes, e os toques foram leves, mas não houve mudanças no comando.

Na parte final, Félix da Costa perdeu duas posições para Scott Speed e Charles Pic, mas conseguiu segurar os ataques de Nick Heidfeld para ficar com a última posição pontuável, a décima.

No campeonato, Di Grassi abriu mais uns pontos no comando sobre Piquet Jr, com o brasileiro da Abt a ter 93 pontos, contra os 89 de Piquet, enquanto que Buemi subiu ao terceiro posto, tendo agora 83 pontos. Nicolas Prost é o quarto, com 77, enquanto que Félix da Costa desce um lugar na geral, sendo sétimo, em troca com Jerôme D'Ambrosio.

A próxima prova da Formula E será a 23 de maio, em Berlim.

Formula E: Buemi foi o mais veloz na qualificação

Sebastien Buemi fez a pole-position na qualificação do GP do Mónaco, a terceira na sua carreira da Formula E, onde António Félix da Costa teve azar e bateu na Tabac, e largará do último lugar. Lucas di Grassi vai ser o segundo, duas posições à frente de Nelson Piquet Jr., numa altura em que Jaime Alguersuari, Loic Duval e Karun Chandhok serão penalizados em dez lugares pela organização.

A qualificação foi bem renhida, na versão elétrica de um clássico circuito do automobilismo, com tempos a rondarem os 54 segundos de média. Aliás, a diferença entre Buemi e Chandhok, o penúltimo, foi de "apenas" 1,3 segundos, o que indica o nível de igualdade destes carros e a pouca diferença entre eles. O tempo de Buemi foi feito na terceira bateria de pilotos, mais para o final do treino, depois de no final da primeira bateria, Nelson Piquet Jr. e Lucas di Grassi terem trocado farpas, com o filho de Nelson Piquet a acusar o atual lider do campeonato de o bloquear na La Rascasse, quando este fazia a sua volta rápida. Naturalmente, Di Grassi refutou as acusações.

Bruno Senna, outro dos brasileiros presentes, conseguiu fazer o nono melhor tempo, mas subirá duas posições graças ás penalizações de Duval e Alguersuari. A fechar o "top ten" ficarão os Venturi de Nick Heidfeld e de Stephane Sarrazin, e o Aguri Amlin de Salvador Duran.

A corrida acontecerá às 15 horas de Lisboa.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

A foto do dia (III)

"Vou sentir a falta de Gilles por duas razões. A primeira, é que foi o piloto mais veloz da história do automobilismo. A segunda, é que era a pessoa mais genuína que jamais conheci. Mas ele não desapareceu. A memória do que fez, do que alcançou, irá permanecer para sempre".

Este foi o elogio fúnebre que Jody Scheckter fez no funeral de Gilles Villeneuve, seu companheiro de equipa na Ferrari em 1979 e 1980. Esta imagem vai fazer 33 anos dentro de alguns dias, em St.Jean de Richilieu, no Quebec natal. 

Ele sabia o que dizia sobre ele porque o viveu. Ele sempre viveu no limite porque era a única maneira que sabia viver. É certo que as suas técnicas anormais de condução foram adquiridas nos seus tempos de motos de neve, mas eles serviram perfeitamente para o seu tempo no automobilismo, especialmente na Formula 1. Tinha carisma e sabia dar espectáculo, no sentido de nunca baixar os braços, mesmo quando o carro já não dava mais. É isso que as pessoas querem ver num autódromo.

Eu sou dos que pensam que no final, quando tudo acabar, queremos ser amados. A maior parte das pessoas conseguem isso da sua família e dos seus amigos mais próximos, mas são muito poucos os que são amados por toda uma multidão, e esse amor não morre com a passagem das gerações. Gilles Villeneuve faz parte dessa elite. 

E aquele cartaz na foto continuará atual mesmo daqui a cem anos. Salut, Gilles!

GP Memória - Espanha 2005

Duas semanas após a corrida de Imola, máquinas e pilotos estavam em Barcelona para a quinta prova da temporada de 2005 da Formula 1. E por lá, havia regressos e exclusões.

Na McLaren, depois de duas corridas de ausência, o colombiano Juan Pablo Montoya regressava à equipa, estando em forma depois do acidente que o tinha deixado parado durante esse tempo. Mas a grelha de partida contava com menos dois carros, depois da FIA ter decidido que iria penalizar a equipa após ter descoberto, em Imola, que os seus carros estavam abaixo do peso. Para evitar uma exclusão definitiva, algo que Max Mosley queria, decidiu-se que a equipa anglo-japonesa iria ficar de fora por duas provas, em Barcelona e no Mónaco. E claro, os seus pilotos, Jenson Button e Takuma Sato, iriam ver as corridas das bancadas.   

No final das duas sessões de qualificação, o melhor foi o McLaren de Kimi Raikkonen, que ficou na frente do Williams de Mark Webber. Fernando Alonso foi o terceiro, na frente do Toyota de Ralf Schumacher, enquanto que Jarno Trulli era o quinto, no segundo Toyota, na frente do segundo Renault de Giancarlo Fisichella. O regressado Juan Pablo Montoya era o sétimo, na frente de Michael Schumacher, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o Red Bull de David Coulthard e o Sauber de Felipe Massa.

A corrida começou com Raikkonen na frente, com Webber a perder o segundo lugar para Alonso e Ralf Schumacher. Na frente, o piloto da McLaren não se sentiu incomodado pelo espanhol, apesar das tentativas para o apanhar. Não houve grandes mudanças nas primeiras voltas, e só quando é que foram os primeiros reabastecimentos é que houve problemas para Webber, que perdeu mais três lugares, caindo para o sexto posto.

Assim sendo, o grande beneficiado foi Jarno Trulli, que conseguiu passar nas boxes o piloto australiano da Williams, que também beneficiou do atraso do seu companheiro de equipa. Ralf Schumacher, na primeira ronda de reabastecimentos. Atrás, Juan Pablo Montoya e Giancarlo Fisichella lutavam um com o outro pelo sexto posto, ao mesmo tempo que Michael Schumacher tentava recuperar algumas posições. Mas isso acabou na volta 47, quando um dos seus pneus rebentou e viu-se obrigado a desistir.

No final de uma prova relativamente aborrecida, Kimi Raikkonen levou a melhor sobre Fernando Alonso, com um avanço de 27 segundos. Jarno Trulli completou o pódio, o terceiro do ano com a Toyota, na frente de Ralf Schumacher e de Giancarlo Fisichella, no segundo Renault. Mark Webber acabou a corrida no sexto posto, enquanto que Juan Pablo Montoya vinha a seguir, no seu McLaren, enquanto que a fechar os pontos ficou o Red Bull de David Coulthard.

O que se passará com a Nissan?

O desenvolvimento do projeto da Nissan GT-R de LMP1 está a deixar mais perguntas do que respostas. Desde que foi apresentado ao mundo, a 1 de fevereiro, o design radical do seu carro é alvo da curiosidade de toda a gente, e os especialistas andam a questionar as sua construção, nomeadamente o facto de colocar o motor à frente, deslocando o centro de gravidade. Inicialmente, o carro deveria ter estreado em Silverstone, a etapa inicial do Mundial de Endurance, mas poucos dias antes de começar, a marca nipónica decidiu retirar os carros, afirmando que queria fazer mais ensaios com o carro. E logo nesse dia, houve quem afirmasse que o verdadeiro motivo foi que o carro... era lento como o caracol.

A razão pelo qual se disse isso era por causa de uns testes em Sebring, onde eles perdiam imenso tempo para o Audi R18 que estava por lá em testes com os novos componentes. E se o carro pode não ser tao dominante como nos últimos anos - como os Porsche estão a provar nos treinos - o facto é que eles estavam a dar "calendários" de distância aos carros preparados pela NISMO que levantaram alertas ao ponto de tomarem a decisão de adiar a sua estreia para La Sarthe.

E agora, esta semana, surgiram novos alertas. Enquanto eles faziam uma bateria de testes nos Estados Unidos com resultados que eles consideraram como "satisfatórios", rumores davam conta de que a Nissan poderia ter sérios problemas com os seus sistemas híbridos de tal forma que consideravam ir a Le Mans sem eles. Ora, caso acontecesse, isso faria com que estivessem excluídos da categoria LMP1 logo de imediato, e andariam como extra-campeonato ou com participantes da "Garagem 56", destinado aos carros experimentais, como o DeltaWing foi em tempos. Apesar de não haver confirmação, também não vieram logo a público desmentir os rumores.

Aliás, hoje provavelmente poderão ter aumentado. Digo isto porque o espanhol Marc Gené não vai participar mais em Le Mans ao serviço da marca nipónica. O experiente piloto de 41 anos, que já ganhou em La Sarthe pela Peugeot em 2009, não tinha andado a participar nos testes em Kentucky e outros rumores afirmavam que ele tinha se recusado a andar no carro por o considerar "perigoso demais". No seu lugar foi chamado um piloto da GT Academy, o russo Mark Shulzhitskiy.

Aliás, agora as triplas foram realinhadas: o carro numero 23 terá agora o francês Olivier Pla ao lado dos britânicos Jann Mardenborough e Max Chilton, enquanto que no 21 estarão a tripla Lucas Ordoñez, Tsugio Matsuda e Mark Shulzhitskiy. No carro 22 estarão os pilotos Michael Krumm, Alex Buscombe e Harry Thicknell.

Em suma, à medida que se contam as semanas até à clásssica de La Sarte, há mais dúvidas do que certezas na Nissan. Será que a realidade é pior do que se pansa, ou não passa tudo de receios sem fundamento? 

A foto do dia (II)

A nova pintura da McLaren, hoje, em Barcelona. Sabia-se dos "tons de cinza", mas não esperava que, no sol catalão, eles tivessem um vermelho tão brilhante que quase ofusca. E se não podemos discutir gostos, eu direi que esse vermelho quase laranja é... demasiado vistoso.

Mas agora vamos a ver como é que Fernando Alonso e Jenson Button se comportarão neste fim de semana catalão, pois o carro terá novas evoluções. 

O gif do dia

Eu não vos disse que a publicidade do "Mad Max" nos flancos dos Lotus ainda iria causar mais confusão do que o habitual? Pois bem, eis o que aconteceu à cobertura do carro do Romain Grosjean em plena reta da meta, nos treinos livres desta sexta-feira.

Ainda acho que foi uma troca, pois na realidade, deveria ter acontecido no carro do Pastor Maldonado...

A foto do dia

Não o esquecemos. Ninguém o esquecerá. E na Ferrari, faz-se de tudo para o recordar sempre. E mesmo eu, que reluto em apoiar a Scuderia, não posso ficar indiferente com um senhor como o Maurizio Arrivabene, hoje, em Barcelona.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Formula E: Di Grassi fica na Abt na próxima temporada

A dois dias da ronda monegasca da Formula E, A Abt anunciou que estendeu o seu contrato com Lucas di Grassi por mais uma temporada pelo menos. Hans-Jurgen Abt gabou-se até de que o acordo com o piloto brasileiro, vencedor da prova inaugural da competição, foi feito "em meia hora".

"Ambos sabíamos o que queríamos e chegámos a um acordo imediatamente. O Lucas é um dos melhores pilotos da Fórmula E e é muito requisitado dentro e fora da pista. Queríamos fechar este assunto o mais depressa possível", afirmou o proprietário da equipa, apoiada pela Audi.

Di Grassi, vencedor da prova inaugural da Formula E, em Pequim, acrescentou que "fiquei a conhecer bem a equipa da ABT nestes últimos meses. Não hesitei em estender o contrato. Temos todos alvos ambiciosos na Fórmula E e estou convencido que os vamos atingir juntos", concluiu.

Atualmente o líder do campeonato, com um ponto de avanço sobre o seu compatriota Nelson Piquet Jr, Di Grassi, para além da vitória em Pequim, conseguiu mais três pódios, o último dos quais um terceiro lugar em Long Beach.

A foto do dia

No fim de semana de Barcelona, os flancos da Lotus vão anunciar o novo Mad Max. A parte interessante é que este anuncio está na equipa mais desmiolada da Formula 1, não é Pastor e Romain?...

Noticias: João Barbosa vai a Le Mans com a Krohn Racing

Quatro anos depois da sua última experiência em La Sarthe, João Barbosa regressa a Le Mans. O piloto portuense de 40 anos, e atual campeão do campeonato United SportsCar Championship, com Christian Fittipaldi, vai andar no Ligier-Judd da Krohn Racing, ao lado de Tracy Krohn e do sueco Nic Jonsson. Barbosa foi escolhido em detrimento do brasileiro Osvaldo (Ozz) Negri.

"Queremos receber o João Barbosa dentro da nossa equipa para as 24 Horas de Le Mans desde ano", disse Tracy Krohn, proprietário e piloto de marca. "Como vocês podem imaginar, tivemos um grande interesse dos pilotos para se juntarn a nós este ano em Le Mans, no novo Ligier-Judd. É um carro competitivo e um passo em frente para a nossa equipa. Nós já mostramos ser muito competitivos num curto espaço de tempo e espero que possamos fazer o mesmo em Le Mans", continuou. 

"João é um ótimo complemento, porque, embora ele ainda não tenha dirigido o Ligier, ele tem experiência de Le Mans e é um competidor feroz e habilidoso, do qual vai se dar bem na nossa equipa. Ele não será capaz de se juntar a nós nos testes devido ao seu compromisso com a IMSA na corrida em Detroit, mas nós sentimos que ele vai ser capaz de se adaptar bastante depressa ao Ligier, na semana da corrida", concluiu.

"Fiquei muito animado quando recebi o convite para participar em Le Mans com Krohn Racing," disse Barbosa, Rookie do Ano de 2004 em La Sarthe. "Eu não só estou animado por voltar a Le Mans, mas também para se juntar a uma equipa de topo com uma grande operação. Esta oportunidade surgiu quando eu estava a conversar com um dos engenheiros de corrida da Krohn, afirmando como gostaria de voltar a Le Mans. Ele mencionou que poderia haver uma possibilidade e para que mantivesse contato, então apenas esperei", contou. 

"Fiquei emocionado quando recebi o telefonema para se juntar a eles. Embora tenhamos competido nos mesmos circuitos na América ao longo dos anos, eu estou realmente ansioso para passar mais tempo com Nic e Tracy para conhecê-los melhor. Um dos desafios excitantes será de conduzir o Ligier pela primeira vez. Eu estive correndo contra eles no IMSA TUDOR Championship, por isso vou ser capaz de ter uma chance de ver como esse carro é realmente bom. Pelo que tenho visto é um grande carro, muito competitivo, e acho que vai funcionar muito bem em Le Mans", concluiu.

Esta vai ser a oitava participação de Barbosa em Le Mans, vencedor por duas vezes das 24 Horas de Daytona e este ano já ganhou as 12 Horas de Sebring. Em relação à clássica francesa, a sua participação começou em 2004 com a Rollcentre Racing, até 2008, onde teve a sua melhor posição de sempre, um quarto lugar na edição de 2007, ao lado de Stuart Hall e Martin Short. Em 2009, correu na Pescarolo, onde acabou em oitavo, e em 2011, regressou a bordo do Lola-HPD da Level 5 Motorsports, onde foi décimo da geral e terceiro na classe LMP2, ao lado de Scott tucker e Christophe Bochut. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O possível regresso de Martin Donnelly

Toda a gente conhece a história de Martin Donnelly, que em outubro de 1990 - há quase 25 anos - sofreu um forte acidente em Jerez de la Frontera quando o seu Lotus se desfez após um acidente a alta velocidade. Já recuperado das suas feridas, voltou a competir, e chegou a ter uma equipa na Formula 3 britânica, e parecia que ele já teria pendurado o capacete de vez. Pois bem, parece que não. É que Donnelly esteve nos últimos dias envolvido numa tentativa de correr numa equipa do British Touring Car Championship (BTCC) a bordo de um Infiniti Q50 na prova de Thruxton, neste fim de semana, mas os planos foram abortados... por agora.

Donnelly, atualmente com 51 anos, era para participar na equipa Support our Paras, que tinha sido feito para apoiar os paraquedistas britânicos que ficaram feridos ou inválidos no Afeganistão e Iraque, que este ano decidiu participar no BTCC, mas que teve um começo difícil, com Derek Palmer Jr. a não conseguir mais do que um 18º posto, antes de eles pensarem num piloto mais experiente, e que também tivesse passado por um momento complicado. Donnelly foi escolhido, e apesar de não se saber se ele iria competir para o resto da temporada, os planos foram abortados sem qualquer explicação oficial.

"Os paraquedistas são pessoas muito valentes, pois colocam as suas vidas em jogo por pessoas como nós", afirmou o piloto à Autosport britânica. "Eles sofreram ferimentos na sua profissão e na minha carreira de piloto profissional também sofri ferimentos graves como os deles. Se pudéssemos fazer isto juntos e sermos bem sucedidos, fariamos uma história muito boa", concluiu.

Não se sabe se a oferta continua de pé, e ficou adiada para uma próxima oportunidade. Mas que seria um grande regresso, seria.

O aviso da Lotus a Pastor Maldonado

Se achavam que o peso dos petro-dólares venezuelanos seriam mais do que suficiente para que Pastor Maldonado ter uma espécie de lugar permanente na Formula 1, parece que a maré está a mudar. A Autosport britânica noticia hoje que a Lotus já o avisou, afirmando que não pode garantir o seu lugar se não apresentar resultados dignos desse nome. É que em quatro corridas, ele não tem qualquer ponto, enquanto que o seu companheiro de equipa, Romain Grosjean, já têm doze pontos e ocupa a nona posição do campeonato. 

Pior: nas 23 corridas em que esteve ao serviço da equipa de Enstone, o piloto de 30 anos conseguiu apenas dois pontos, graças a um nono lugar em Austin.

Se os observadores e críticos são unânimes em afirmar que Maldonado não é um piloto digno desse nome, são também unânimes em afirmar que o dinheiro que o estado venezuelano está a meter na Formula 1 é demasiado grande para ser menosprezado. Este ano serão 27 milhões de dólares na Lotus, e isso ajudou a cortar nos prejuízos da empresa, que em 2014 caíram dos 64 milhões de libras para apenas... seis milhões.

Matthew Carter, o CEO da marca, afirma que apesar do peso do patrocinador, o piloto tem de merecer a confiança para continuar por ali: 

"A PDVSA é, provavelmente, um dos maiores patrocinadores dentro de Formula 1", começou por dizer à Autosport britânica. "Eles são um bom patrocinador, e como os nossos números mais recentes mostram,o seu envolvimento dentro da equipa é importante.

"Por agora, eles fazem parte daquilo que compõe o nosso orçamento, por isso não vemos nada que possa ser mudado. Contudo, nenhum piloto está numa posição onde não pode ser descartado. Eles são tão bons quanto os seus últimos desempenhos", continuou.

Apesar do aviso, Carter afirma que Maldonado está a sofrer aquilo que chama de "má publicidade": "Ele é um piloto veloz, nós sabemos o que ele faz no simulador e o que ele faz na pista". Mas apesar da "má publicidade", este ano, ele tem sido mais azarado do que desastrado nas quatro primeiras corridas do ano. E curiosamente, isto acontece no fim de semana do GP de Espanha, lugar onde três anos antes, alcançou a sua unica vitória até ao momento...

O futuro das transmissões televisivas

Bernie Ecclestone é um notório cético da Internet, e nunca perde tempo em aproveitar oportunidades para o denegrir, mas há quem pense para além disso, porque vê os exemplos de outras categorias. Hoje, soube-se que a Tata Comunications irá transmitir por streaming as corridas da GP2, GP3 e da Porsche SuperCup para serem vistas na Net. E o que isso tem a ver com a Formula 1? Tudo. São as corridas de suporte do fim de semana.

O anuncio pode ser lido no site do jornalista britânico James Allen, e isso poderá significar que poderemos estar a ver o principio da ideia de que a Formula 1 transmitirá, dentro em breve, as suas corridas em streaming, tal como fazem a grande maioria das categorias automobilisticas. Por exemplo, a Moto GP ou a WEC já transmitem as suas corridas por streaming pelos seus próprios canais. Isto vêm após gostos mais simbólicos no inicio deste ano, como a criação de um canal do Youtube e aplicações para telemóvel. 

Contudo, isto já vem de trás, mais concretamente de 2012, quando a FOM assinou um acordo com a Tata Comunications no sentido de transmitir o sinal da Formula 1 diretamente para os canais televisivos, com a possibilidade de, no futuro, criar o seu próprio canal de televisão e abraçar a Internet nesse sentido. Nessa altura, Eddie Baker, então o chefe de operações da FOM, afirmou que era "o momento mais significativo da formula 1 desde o advento dos satélites".

Depois, desenvolveu: "Isso dá-lhe [a Ecclestone] a capacidade de ser capaz de fazer o que ele quiser, pois os direitos de promoção são direitos sem limitações. Isso significa que ele pode avaliar todas as oportunidades, pode reagir a cada oportunidade, ele pode mover-se com os tempos em talvez de uma maneira do qual não fomos capazes de fazer no passado.

Claro que a distribuição direta não virá de graça: Ecclestone amealhou a sua enorme fortuna graças aos direitos televisivos, e estes, a acontecer, virá com um "paywall" do qual as pessoas pagarão um pacote por uma data de corridas. E não será barato. Mas há vantagens ao ter a Formula 1 num só canal, para além da transmissão direta e sem intermediários. E se o "paywall" for comportável em termos das bolsas do espectador médio, é algo do qual só terá vantagens, e estará de acordo com os tempos. A parte chata é que quem poderão sair a perder serão os canais de televisão especializados...

A foto do dia

A McLaren mostrou hoje as suas novas cores. Digamos que... não é uma grande novidade. São mais uns tons de cinza e vermelho. E faz-me lembrar um Renault 5 que o meu pai teve, algures da década de 80...

terça-feira, 5 de maio de 2015

Youtube Rally Testing: Os testes da Hyundai em Portugal

Faltam cerca de três semanas e meia para o Rali de Portugal, mas o pessoal já anda a preparar-se desde há muito, muito tempo. As equipas de fábrica já andam por aqui, como a Volkswagen, Citroen e Ford, mais a Hyundai, mas a marca coreana já anda por aqui desde fins de março, inicio de abril, ou seja, ainda antes do Rali da Argentina, altura em que foi feito este video.

Aqui, com o belga Thierry Neuville ao volante, eles andam por Fafe testando o seu carro para os próximos ralis. Veremos se serão melhor sucedidos neste rali do que nos anteriores...

Endurance em Cartoons - Spa-Francochamps (Cire Box)

Esta vi no Facebook do João Carlos Costa, jornalista e comentador da Eurosport. O cartoon do "Cire Box" sobre as Seis Horas de Spa-Francochamps, onde se mostra que, apesar dos Porsche começarem a ser mais velozes, o que conta é como chegar ao fim. E nesse campo, a Audi ainda dá as cartas...

Youtube Formula 1 Classic: GP de San Marino 1985


Há precisamente 30 anos, em Imola, a Formula 1 viu o que acontecia quando os depósitos de combustível eram demasiado pequenos para aquilo que os motores turbo consumiam. Incrédulos, os espectadores viam na televisão os seus ídolos pararem um pouco por todo o circuito, vitimas da falta de combustível e não sabiam quem iria vencer aquela corrida. Primeiro, o Lotus de Ayrton Senna, depois o Ferrari de Stefan Johansson, e no final, o McLaren de Alain Prost, que só teve combustível para alguns metros depois da meta, enquanto que atrás, o belga Thierry Boutsen tinha de empurrar o seu carro até à linha de meta para garantir o primeiro pódio da sua carreira.

E as coisas não se ficaram por ali: após o pódio, os comissários descobriram que o carro de Alain Prost estava demasiado leve - dois quilos mais leve do que os regulamentos deixavam - e assim, teve de entregar o troféu de vencedor a Elio de Angelis, que conseguia assim a sua segunda - e última vitória da sua carreira. No final, apesar de haver nove classificados, apenas cinco cruzaram a meta.

Höttinger e Bürger: a história de dois talentos perdidos em 1980

O automobilismo foi sempre perigoso e ao longo da história, teve os seus mártires, pilotos que deram a sua vida a fazerem aquilo que mais gostavam. Mas no meio de muitos desses pilotos que morreram, há um grupo de pilotos que deixaram o seu potencial nas categorias de acesso, mas a morte os impediu de ter a oportunidade que mereciam de se mostrar na Formula 1. Há alguns exemplos conhecidos, como os de Stefan Belllof ou de Roger Williamson, mas há outros menos conhecidos como os do francês Daniel Dayan, que morreu numa prova de Formula 2 em Rouen, em 1970, ou do escocês Gerry Birrell, morto no mesmo local e também numa prova de Formula 2, mas três anos depois.

Contudo, a temporada de 1980 de Formula 2 ficou na história como sendo uma das mais mortiferas devido às mortes de dois pilotos, um austríaco e outro alemão. Ambos pilotos ajudados pela BMW no inicio das suas carreiras, e sendo contemporâneos de pilotos como Marc Surer, Manfred Winkelhock e Stefan Bellof, hoje em dia andam um pouco esquecidos. Trinta e cinco anos depois das suas mortes, é tempo de recordar - ou então contar - a história destes dois pilotos: Markus Hottinger e Hans-Georg Burger.

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Por essa altura, Burger cruzou-se e fez amizade com outro piloto, este austríaco: Markus Höttinger. Nascido a 28 de maio de 1956 em Neunkirchen, começou a correr em 1977 na Renault 5 Cup local, onde foi topado por Helmut Marko, que por essa altura já tinha sido "manager" de pilotos como Helmut Koinigg. No ano seguinte, Marko tinha convidado Höttinger para a BMW, onde correu na equipa de jovens talentos da BMW, que anteriormente tinha acolhido pilotos como Marc Surer, Manfred Winkelhock e Eddie Cheever. Em 1978, Höttinger correu no campeonato alemão de Turismos, onde acabou no quarto lugar da classificação, e nas Nove Horas de Kyalami ao lado de Cheever, sem acabar a corrida.

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Em 1980, ambos os pilotos apostaram forte na Formula 2. Höttinger iria para a Maurer, uma das melhores equipas do pelotão, que tinha motores BMW na altura (seria a equipa que iria acolher Stefan Bellof dois anos mais tarde), e as expectativas para o austríaco eram altas. Já Bürger tinha um chassis Tiga, também com um motor BMW, ajudado pela fábrica, mas as suas ambições eram mais modestas.

Havia altas expectativas para Höttinger. Aos 23 anos de idade, e apoiado pela marca de licores Mampe, corriam fortes rumores de que poderia se estrear na Formula 1 no GP da Austria, que iria acontecer em agosto daquele ano, mas não se sabia em que equipa. Contudo, na primeira corrida do ano, em Thruxton, a prova de Höttinger só durou uma volta, devido a problemas de motor.

A segunda corrida da temporada era em Hockenheim, mais concretamente o Memorial Jim Clark, que se realizou a 13 de abril. Höttinger conhecia bem o circuito e aproveitou a potência do Maurer-BMW para ficar bem classificado na grelha, no sexto posto. À sua frente estavam pilotos como o italiano Andrea de Cesaris, o alemão Manfred Winkelhock, o britânico Derek Warwick e o neozelandês Mike Thackwell, todos eles tiveram depois carreiras mais ou menos vistosas na Formula 1.

A corrida começou com Winkelhock a liderar a corrida, com De Cesaris a pressioná-lo, no seu carro da Project Four, de Ron Dennis. Höttinger era quinto, atrás de Warwick e Thackwell, e as coisas começaram a complicar-se na terceira volta, quando o carro de Winkelhock começou a perder óleo, e De Cesaris tentou ultrapassá-lo. Contudo, a ultrapassagem foi mal calculada e ambos bateram no final da reta da meta, dando o comando a Warwick. (...)


Markus Höttinger e Hans-Georg Bürger eram dois jovens pilotos que tinham prometido velocidade e capacidade de vencer nas pistas europeias. E no primeiro caso, Höttinger poderia ser o próximo austríaco na Formula 1, depois de Jochen Rindt, Niki Lauda, Helmut Marko e Helmut Koinigg. Contudo, em menos de três meses, as carreiras de ambos os pilotos tiveram um final trágico na Formula 2 devido a graves acidentes, um deles por manifesto azar, pois no caso de Höttinger, foi atingido pelo pneu do Toleman de Derek Warwick. Caso não tivesse acontecido, ele estaria a caminho de uma possível estreia na Formula 1 a meio desse ano, em Zeltweg.

E é sobre as curtas carreiras que é o assunto que escrevo este mês no site Nobres do Grid.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A(s) foto(s) do dia

É impressão minha ou o novo pacote aerodinâmico dos IndyCar não são mais do que uma cópia bem sucedida do Arrows A2 de 1979?

E quanto às velocidades deste domingo... 227 milhas por hora em medidas "civilizadas" são 365,3 km/hora. E as 500 Milhas de Indianápolis mal começaram! 

Dailymotion Motorsport Presentation: As 24 Horas de Le Mans de 2015



Depois das Seis Horas de Spa-Francochamps, contam-se os dias até às 24 Horas de Le Mans de 2015. E faltam apenas seis semanas até ao fim de semana de 14 e 15 de junho, altura em que, em La Sarthe, máquinas e pilotos estarão em permanente teste nas 24 horas seguintes, em busca de glória e superação. E provavelmente, é a maior e melhor prova automobilística à face da Terra.

Eis a apresentação oficial, feita pelo Automobile Club de L'Ouest.

Youtube Videogame Presentation: A Apresentação do Project CARS

Demorou eras (quatro anos, na realidade...), mas esta semana vai estar nas bancas o Project CARS, o jogo onde todos dizem que vai ser o melhor de sempre em termos de automobilismo. Por causa dos carros apresentados, das corridas da jogabilidade, das categorias - desde o karting até à Formula 1, passando pela Endurance e Turismos - existiam altas expectativas sobre este jogo, embora há quem haja o grupo que diga que prefere o Asseto Corsa...

Enfim, eis o teaser do jogo. A partir do dia 8, estará disponivel em PC, XBox e PS4.

Youtube Formula 1 Interview: Ken Tyrrell, 1971, British Pathé

Como sabem, ontem passou mais um aniversário de Ken Tyrrell. caso estivesse vivo, o "Tio Ken" teria comemorado o seu 91º aniversário. Mas dele, lembrei-me de um video feito pela British Pathé, feito em 1971, quando ele vencia campeonatos com Jackie Stewart e Francois Cevért ao volante. Vi-o há uns tempos e é raro porque foi algo gravado e do qual acabou por não ter ido para o ar nas salas de cinema britânicos, tendo ido parar ao canal deles no Youtube.

Assim sendo, coloco aqui para que o pessoal possa ver um raro vislumbre da Formula 1 nos anos 70. Vale a pena ver! 

domingo, 3 de maio de 2015

As fotos do dia


Tom Kristensen e Jacky Ickx, ontem, em Spa-Francochamps. Entre eles, 15 vitórias em La Sarthe. Duas lendas da Endurance, ainda por cima, na "casa" de um deles.

E o respeito que ambos têm um pelo outro é legendário, apesar de cada um deles ter construido as suas carreiras ao serviço de construtoras rivais. O dinamarquês, na Audi. O belga, na Porsche.

Noticias: Formula 3 troca Moscovo por Portimão

O Europeu de Formula 3 irá trocar as estepes russas pelo sol algarvio. É esta a decisão conhecida esta manhã em Hockenheim, depois de as equipas terem pressionado a FIA para que anulassem a corrida de Moscovo, que deveria ter lugar no fim de semana de 28 a 30 de agosto. A prova algarvia vai acontecer entre 4 e 6 de setembro, e estará incluída no programa da Blaincapin Sprint Series.

De acordo com o que é noticiado pela autosport portuguesa, as razões da troca são... politicas. Algumas equipas não pretendem correr na Rússia, e por causa das sanções ditadas pela União Europeia, tinham faltado à etapa russa no ano passado, alegando que era uma deslocação muito cara. Contudo, nos bastidores, houve muita pressão para evitar nova viagem para a Rússia e apresentaram uma alternativa.

Antes disso, as equipas farão um teste de adaptação ao Autódromo entre os dias 1 e 2 de setembro.

Recorde-se que e etapa russa fazia parte do fim de semana do DTM alemão. 

Youtube Video Racing: A primeira corrida da Auto GP em Hungaroring


A Auto GP é mais uma categoria que não poderemos dizer se será uma categoria-base ou uma categoria onde pilotos podem correr após a Formula 1. Digo isto porque há pilotos que já correram na Formula 1, como o brasileiro António Pizzonia. E para além disso, estes carros também já foram carros que fizeram parte da A1GP.

Esta temporada começa com apenas nove carros presentes no fim de semana da Hungria, onde fazem parte do programa do WTCC, e entre os pilotos que estão por ali, estão o filho de Johnny Ceccoto, o argentino Facundo Regalia, o angolano Luis Sá Silva, e o italiano Giuseppe Cipriani, que tem... 49 anos de idade. Em contraste, outro italiano, Leonardo Pulcini, tem idade para ser seu neto. Tem apenas 16 anos.

Enfim, eis o video da primeira corrida, que começou debaixo de chuva.