sábado, 12 de fevereiro de 2022

Formula E: Wehrlein foi o melhor no México


Pascal Wehrlein
e Andre Lotterer conseguiram dar uma dobradinha à Porsche, a primeira nesta temporada. No e-Prix do México, no Hermanos Rodriguez , estes ficaram na frente do DS de Jean-Eric Vergne e António Félix da Costa, que acabaram em terceiro e quarto.  

Com Wehrlein a ser o melhor na qualificação, os Porsche pareciam ser ter tudo para serem os melhores na corrida, porque André Lotterer era o quarto, não muito longe do seu compatriota. A partida foi calma, sem incidentes de maior, com Wehrlein na frente de Mortara, Lotterer, Vergne e AFC. Três minutos depois, o Mahindra de Alexander Sims tornou-se na primeira desistência da corrida, parando o carro na parte do estádio.

Nas passagens seguintes, as coisas ficam normais, sem ninguém a atacar uns aos outros, até que André Lotterer conseguir ir ao Attack Mode, aos sete minutos da corrida, sem perder lugares. Mortara foi a seguir, também sem perder lugares, e Wehrlein, na passagem seguinte, também foi, mas se manteve de inicio o primeiro lugar, perdeu a seguir o comando para Mortara.

Nos 32 minutos para o final, o francês da DS passou para o Attack Mode e atacou André Lotterer, que cedeu para o francês. Mas AFC, que estava logo atrás, aproveitou também e ficou com o quarto posto, não perdendo o ritmo do francês. A seguir, Bergne passou Wehrlein e ficou em segundo, com Mortara na frente. Quando Wehrlein foi ao Attack Mode pela segunda ocasião, tocou em Félix da Costa e este caiu para sexto por causa do toque, porque o fez perder tempo. 

Na frente, Vergne tentava apanhar Mortara, com Wehrlein atrás, enquanto AFC passou Frijns e era quinto. As coisas ficaram assim de modo calmo até que o neerlandês da Enisiom ficou com o segundo Attack Mode e passou o português para ficar em quinto. Atrás, Vandoorne conseguia ficar com o lugar de di Grassi e ser sétimo. 

A 14 minutos do final, os Porsche atacaram Vergne e ficaram com o segundo e terceiro, com Frijns a reagir e também ficar com o quarto posto. Em poucos metros, o francês da DS caía três posições, porque tinha de conservar a energia. E na volta seguinte, os Porsche fizeram o mesmo ao carro de Edorado Mortara, que perdeu para terceiro, pois eram os Porsche que ficavam com os dois primeiros lugares.  

Na parte final, Nick Cassidy foi ao Attack Mode para apanhar os Mercedes, chegando ao DS de AFC, e passando-o. Mas a energia que gastou foi tal que teve de ceder o sexto posto para o piloto português. na frente, Frijns passava Mortara e era terceiro. Mas os DS encostavam-se a Mortara e passavam-mo, enquanto o neerlandês tinha dificuldades em gerir a energia. Logo, perdeu para os carros da DS, com Vergne a ser terceiro, seguido por AFC.


A parte final, o pelotão fez uma volta extra, deixando todos no limite, mas quer os Porsche, quer os DS conseguiram controlar a energia até ao fim enquanto atrás, era a confusão, com Edoardo Mortara a ser quinto.

No campeonato, Mortara lidera com 43 pontos, seguido por De Vries, com 38. A competição segue no fim de semana de 9 e 10 de abril, nas ruas de Roma.

Formula E: Wehrlein o melhor no México, AFC quinto


O alemão Pascal Wehrlein foi o melhor no seu Porsche, na qualificação desta tarde na pista da Cidade do México, conseguindo bater no "shoot-out" o carro de Edoardo Mortara, da venturi. António Félix da Costa foi quinto no "shoot-out" depois de ter sido batido... pelo seu companheiro de equipa, Jean-Eric Vergne.

Duas semanas após a jornada dupla da Arábia Saudita, a Formula E chegou à Cidade do México, a prova mais alta do campeonato, a 2245 metros, a competição elétrica voltou à carga para mais uma prova, com o pelotão a dividir-se em dois grupos, como já tinha sido definido desde o inicio da temporada. Sérgio Sette Câmara foi o primeiro a ir para a pista no Grupo A, mas o seu tempo serviu mais para marcar do que se colocar entre os melhores.  Depois de duas tentativas, no final, os quatro contemplados foram o carro de Mortara, o Mercedes de Vandoorne - apesar de um deslize na volta mais rápida - o DS Techeetah de Jean-Eric Vergne e o Porsche de André Lotterer, o melhor com 1.07,675.

Para o Grupo B, o primeiro a entrar na pista foi Nick Cassidy, seguido por Antonio Giovinazzi, mas não foi nenhum destes pilotos a chegar aos da frente. Acabou por ser Pascal Wehrlein o melhor, com 1.07,780, 21 centésimos melhor que António Félix da Costa. Frijns e de Vries foram os outros dois pilotos que conseguiram vaga na fase de duelos. 

Passada à fase dos duelos, habia dois Porsche contra Mercedes, e em ambas, Wehrlein e Lotterer levaram a melhor, deixando os Flechas de Prata para trás. No duelo fratricida entre os carros da DS Techeetah, foi o piloto francês que levou a melhor sobre o português. enquanto o neerlandês Robin Frijns, no seu Enision, levou a melhor sobre o Venturi de Edoardo Mortara.  

Na meia final, Lotterer encarava Mortara, e este levou a melhor. O piloto suíço ter começado muito bem, ficando com o melhor tempo. Mas o alemão da Porsche foi recuperando terreno, resultando na reação de Mortara, que conseguiu um lugar na final. No segundo duelo da semi-final, entre Wehrlein e Vergne, Wehrlein começou melhor, mas biu o francês recuperar terreno, antes de no final, o alemão ter conseguido um lugar no duelo decisivo.

No duelo final tínhamos então Wehrlein contra Mortara, com o líder do campeonato a lutar contra o piloto da Porsche, equipa muito competitiva nesta pista. Wehrlein, estava fortíssimo, aproveitou e conquistou com facilidade a pole. 

A proba acontecerá pelas 22 horas de Lisboa, e dará na Eurosport 2.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Apresentações 2022 (4): O McLaren MCL36


Depois de ontem a Aston Martin ter apresentado o seu carro, o AMR22, hoje foi a altura da McLaren apresentar o seu bólido, o MCL36, na sua fábrica, em Woking. Concebido sob a liderança do diretor técnico James Key, que admitiu na apresentação ter omitido algumas partes do carro - e marca optou por revelar o carro real assim como imagens digitais, ao lado dos seus carros de IndyCar e do "off-road" elétrico. 

Comparado com o Aston Martin AMR22, apresentado ontem, os sidepods do novo McLaren é bastante diferente. A cor de papaia continua, mas tem uma tonalidade fluorescente e incorpora mais azul e preto. O MCL36 apresentou uma suspensão “pull rod”, que não é utilizada na F1 há vários anos, e suspensão “push rod” na traseira.

Quanto aos pilotos, tudo na mesma: Lando Norris e Daniel Ricciardo. O britânico entra na sua quarta temporada na Fórmula 1 com a McLaren e procura manter o ímpeto depois de uma temporada muito boa em 2021, durante a qual alcançou quatro pódios e conquistou a sua primeira pole position. Já o australiano, na sua 12ª temporada, e que deu a primeira vitória à equipa desde 2013, em Monza.


Para Zak Brown, o CEO da McLaren, este foi um dia especial. “Estou encantado por nos ver lançar hoje os três programas da McLaren Racing para os campeonatos de Fórmula 1, IndyCar e Extreme E. Esta é uma estreia para nós como equipa, no mundo do desporto automóvel, e tem sido fantástico ver como os fãs ficaram entusiasmados, juntando-se a nós na próxima parte da nossa viagem”.

Num ano em que o regulamento técnico sofreu uma revolução, Brown espera que a equipa tire o melhor partido da oportunidade. “A nossa equipa de Fórmula 1 continua a fazer grandes progressos ano após ano, com Andreas Seidl ao leme, e esta nova era de regulamentos representa uma verdadeira oportunidade para a equipa. Estou entusiasmado por ver Lando e Daniel ao volante do MCL36. Lando fez grandes progressos em 2021, assegurando quatro pódios e a vitória sensacional de Daniel em Monza lembrou à equipa o que é ganhar. À medida que avançamos para 2022, estamos a tentar aproveitar o progresso e a encurtar ainda mais a margem para as equipas da frente.”, concluiu.

Andrea Seidl, o diretor técnico da marca, tem como objetivo para a época aquele que Zak Brown também identificou anteriormente: chegar às equipas da frente. E para isso, tem vindo a fazer investimento em áreas importantes e que necessitavam de ser atualizadas para a equipa poder manter-se na discussão da metade superior da tabela classificativa.

O nosso objetivo para esta temporada é claro e consistente com o dos anos anteriores: queremos encurtar ainda mais a diferença para a frente do pelotão. Ao mesmo tempo, conhecemos e respeitamos a dura competição que vamos enfrentar e temos uma visão realista de onde estamos na nossa viagem”, começou por afirmar. "Estamos a trabalhar através de um conjunto de investimentos chave em infraestruturas, que nos fornecerá as ferramentas necessárias para competir no topo do nosso desporto quando estes estiverem a funcionar”, continuou.


Quanto aos pilotos, com Daniel Ricciardo melhor adaptado à estrutura, especialmente depois da vitória em Itália, afirma que estes novos regulamentos serão desafiadores, mas tem confiança que a experiência acumulada o poderá ajudar. “Tendo passado por várias mudanças regulamentares, sinto que sou capaz de usar essa energia para me ajudar a adaptar a novos carros, novas formas de condução e, em última análise, novas formas de corrida. Estes novos carros vão ser muito diferentes das épocas anteriores, mas tenho esperança que isso traga corridas mais próximas e mais oportunidades de chegar à frente do pelotão”. 

Ao entrar no meu segundo ano com a McLaren sinto-me ótimo e sinto que aprendemos muito como equipa em 2021, o que nos ajudará à medida que enfrentamos este novo desafio. Garantir a vitória em Monza foi um ponto alto da minha carreira, mas isso agora é passado e vou dar tudo para garantir mais momentos como este para a equipa ao longo da época de 2022”, concluiu.

O mesmo tipo de espírito tem Lando Norris em relação à nova temporada. “Potencialmente, sim [adaptar aos novos regulamentos]. Mas é assim para todos. Pode servir mais a uns do que outros e pode ser potencialmente mau para mim, mas é vida, certo? Tenho de lidar com isso. Antes da Formula 1 eu tinha de lidar com isso. Só passei um ano em qualquer série, por isso todos os anos tinha de me adaptar a algo novo e tentar tirar o máximo partido disso”, concluiu.

O MCL36 estará presente na penúltima semana de fevereiro em Barcelona. 

Youtube Formula 1 Vídeo: Chris Amon, o piloto mais azarado do mundo

O piloto mais azarado da Formula 1 é Nico Hulkenberg, certo?

Nem por isso. Talvez seja nos tempos mais recentes, mas no passado, há a história de um piloto que tinha tudo para triunfar - e ganhou as 24 Horas de Le Mans, por exemplo - mas nunca chegou lá acima. Claro, Hulkenberg sequer chegou a um pódio, mas este piloto teve uma carreira bem longa e passou por sítios como Ferrari, McLaren, March, BRM e Matra, entre 1963 e 1976. E as suas vitórias na Formula 1 foram... em corridas extra-campeonato. 

Assim sendo, o Josh fez um vídeo sobre Chris Amon (1943-2016) alguém que Mário Andretti disse certo dia: "se ele fosse coveiro, as pessoas parariam de morrer". 

Noticias: Novos atores no "biopic" sobre Ferrari


O "biopic" que Michael Mann anda a tentar filmar desde 2015 teve novos desenvolvimentos nesta semana. Segundo conta o site Collider, agora será Adam Driver, que fez o papel de Kylo Ren na mais recente trilogia de Star Wars, que fará o papel do "Commendatore", enquanto a espanhola Penelope Cruz fará o papel de Laura, a sua mulher, e a atriz Shailene Woodley fará o papel de Lina Lardi, a sua amante e a mãe de Piero Lardi Ferrari, que acabou por reconhecer como sendo o seu filho após a morte da sua mulher, em 1978.

Com todos estes atores novos, é sinal de que Hugh Jackman, que estava inicialmente incluido no projeto, já não se encontra mais. Este, por sua bex, tinha substituído Christian Bale, que saltou fora do projeto, mas mais tarde fez o papel de Ken Miles no filme "Ford vs Ferari

A história é baseada no livro sobre Ferrari escrito por Brock Yates, e aparentemente passa-se em 1957, quando ele chora a perda do seu filho Dino, devido a uma doença degenerativa, as tensões com Laura, e a chance de triunfar nas Mille Miglia de 1957 como forma de manter a funcionar a sua fábrica e os seus projetos desportivos quer na Endurance, quer na Formula 1.

Ser capaz de ter esses artistas maravilhosamente talentosos, como Adam Driver, Penelope Cruz e Shailene Woodley, dando vida a esses personagens únicos em locações em Modena e Emilia-Romagna é uma visão cumprida”, afirmou Mann, na conferência de imprensa de (re)apresentação do projeto.

As filmagens começarão em maio deste ano.

Youtube Motorsport Vídeo: O Aston Martin AMR22 nasceu torto?

 Eu li o rumor no final da tarde de ontem no Twitter. O jornalista mexicano Yhabec Lopez tinha dito que o Giorgio Piola, respeitadíssimo desenhador e projetista italiano, tinha dito na Motorsport Itália que provavelmente o Aston Martin AMR22 poderia ter sido um projeto que nascera torto. Tão torto ao ponto de já estarem a projetar um carro totalmente diferente para ser estreado a meio do ano.

E não não estaria sozinho: o Williams FW44 também seria um carro mal desenhado e que estariam a corrigir os erros às pressas.

Fui rápido. Peguei no vídeo e pus-me a ouvir, tentando descortinar o que falou, graças aos meus conhecimentos - razoáveis - de italiano. Deixei o vídeo em cima, para poderem ver, mas do que entendei, foi o seguinte:

- Que o carro é verdadeiro, em contraste com o Red Bull (toda a gente já sabia) 

- Que houve uma verdadeira pesquisa aerodinâmica no AMR22, especialmente na parte da frente, na asa dianteira. 

- A traseira é mais "anafada" em comparação com o Haas, que tem uma traseira mais delgada (mas um tem motor Ferrari, o outro Mercedes) 

- A Aston Martin contratou gente como Luca Furbato e Ron Fellows (ex-Red Bull) e isso tudo indica que eles estão a redesenhar o carro para 2023, a ordens de Lawrence Stroll (4:11 do vídeo). Mas na realidade, já estariam a fazer um AMR22B por causa dos defeitos aerodinâmicos.

Até que ponto é tudo verdade? Não sabemos. É pura especulação, mas se eles falam nestas duas equipas, é sinal que não há fumo sem fogo. Se calhar somente nos testes coletivos e na qualificação para a corrida barenita. 

Já agora, se quiserem ver uma apresentação detalhada do AMR22, podem ver este vídeo do canal Kyle Engeneers que explica o mais que pode sobre o que é este carro.    

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Noticias: Vettel surpreso com o final da cerimónia antes das corridas


Sebastian Vettel
ficou surpreso com o anuncio final da cerimónia antes das corridas, feita ontem pela Formula 1, onde decidiram que iriam substituir por um filme que irá passar antes de qualquer uma das corridas desta temporada. O piloto alemão da Aston Martin disse que não foi consultado em relação a este assunto e que os problemas de racismo, sexismo, descriminação de pessoas do mesmo sexo ou até a desigualdade, não foram resolvidos nestes dois anos e aquilo que a Formula 1 andou a fazer foi pouco mais do que um descargo de consciência para ser politicamente correto, o que não é.   

"Não, eles apenas mudaram [de atitude]. Fiquei um pouco surpreso. Acho que os problemas que estamos a enfrentar não irão desaparecer em dois anos.", começou por afirmar. “Espero que, como pilotos, encontremos uma maneira de nos reunir e achar um espaço para ainda expressar tópicos que são importantes para nós. Provavelmente nem todos os pilotos se importam, mas acho que alguns realmente se importam. E será ótimo estarmos juntos.", concluiu.


De facto, é verdade: Vettel era dos poucos pilotos que daba importância a este tipo de tópicos, e ao longo de 2020, teve atitudes desse género, como quando vestiu t-shirts arco-íris na Hungria, cujo governo era hostil à causa LGBT, ou quando convidou uma serie de jovens mulheres para uma corrida de karts na Arábia Saudita, um país que até há pouco tempo proibia que as mulheres conduzissem automóveis nas suas estradas. 

As suas atitudes contrastavam com a indiferença ou até a hostilidade de outros como Daniil Kyvat

Formula E: Felix da Costa quer recuperar no México


Depois de uma jornada dupla desastrosa para António Félix da Costa, o piloto português espera que as coisas melhorem na jornada deste final de semana na Cidade do México... que curiosamente, é das poucas que será disputada em jornada única. Correndo pela DS Techeetah, o piloto de Cascais regressa a uma pista no qual teve boas memórias, pois subiu ao pódio na edição de 2019. 

"[Estou] motivado para o fim-de-semana que aí vem. México é sempre uma corrida especial. A paixão dos fãs é incrível e sentimos um calor humano diferente do normal. No campo de performance trabalhámos muitas horas no simulador e na fábrica da DS e penso que vamos melhorar algumas das áreas que estivemos menos bem em Riade. Também na parte operacional temos de garantir que não cometemos erros enquanto equipa, para traduzir o nosso andamento em resultados. Toda a equipa está motivada e empenhada em dar a melhor resposta aqui no México.", comentou.

Na versão eletrificada do Autódromo Hermanos Rodriguez, com 2606 metros de comprimento, onde passam pelo Foro Sol e fazem a Peraltada em pleno, ao contrário da Formula 1, o fim de semana começará com as sessões de treinos libres e a qualificação, que começará por aqui pelas 17:40 horas, antes da corrida de 45 minutos, que acontecerá pelas 22 horas, e em Portugal terá transmissão televisiva pela Eleven Sports e pela Eurosport 2.

Apresentações 2022 (3): o Aston Martin AMR22


Afinal de contas, parece que nem todos os carros que veremos nestas apresentações serão "mockups". Pelo menos, daquilo que a Aston Martin mostrou nesta quinta-feira, quando apresentou o AMR22, é um chassis que irá além do padrão mostrado pela Formula 1. Contudo, eles mesmos admitem que, apesar de ser algo desenhado por eles, é "uma primeira versão". Ou seja, talvez no Bahrein, haja modificações neste bólido.

Com a chegada da Aramco, a petrolífera saudita, e a saída da BWT, aquilo que se observa de imediato são as entradas de ar ao longo do flanco do carro e um pequeno apêndice na asa da frente, e estas são as diferentes mais óbvias. Amanhã, o carro rolará em Silverstone para o "shakedown" e as filmagens com Lance Stroll e Sebastian Vettel ao volante.


Andrew Green
, o diretor técnico da marca, falou que o grande desafio destes carros será o de correrem juntos com o regresso do efeito-solo, 40 anos depois da última ocasião em que estiveram presentes.

Existem alguns desafios com o carro do ponto de vista aerodinâmico”, começou por afirmar Green no lançamento do novo ARM22. “O fato de ser um carro de efeito solo significa que sua proximidade com o solo é crucial. Quanto mais baixo você puder colocá-lo no chão, mais desempenho obterá, que será implementado como uma configuração que fornecerá o melhor desempenho. Você acaba com um carro relativamente rígido. Então, para manter essa atitude, essa proximidade com o solo, os pilotos estarão pilotando algo parecido com um go-kart.”, continuou.

Green afirmou que, apesar dos regulamentos de 2022 implicarem uma redução no downforce, ele afirma que essa perda será compensada mais adiante no campeonato graças aos ganhos de performance que estes carros irão ter.

Esses carros agora estão dando alguns passos para trás [em relação a 2021], no que diz respeito ao desenvolvimento, com a maioria das equipas a trabalharem neles há menos de um ano. A geração de carros que acabamos de competir teve vários anos de desenvolvimento com seu conceito [aero] específico.", começou por afirmar.

É de se esperar que demos um passo para trás, mas acho que [com o nível de] desenvolvimento em que estamos, e todas as equipes estarão, significa que não demorará muito para que eles superem os níveis de downforce que nós tínhamos em 2021.”, concluiu.


Falando após a revelação, Sebastian Vettel não deixou de estar entusiasmado com o bólido que via à sua frente: “Olhem para este carro, quem não se sentiria entusiasmado com a perspetiva de correr nele?", começou por dizer.

Depois, o tetracampeão do mundo prosseguiu: 

"Em relação às esperanças para a época, não creio que alguém saiba realmente o que esperar. Apontar onde estaremos é impossível nesta altura, mas estamos numa subida e queremos estar melhor que o ano passado. No ano passado tivemos as nossas dificuldades e nesta época creio que deveremos ser melhores. Com tantas mudanças, esperamos que o pelotão esteja mais compacto e que nos dê mais oportunidades de lutarmos, de preferência mais na frente do que no ano passado."

Há novas regras e, claro, todas as equipas esperam ter acertado. Tem sido um projeto incrível que vimos começar do zero e agora estar aqui ao lado do carro feito, mal posso esperar para o pilotar e sentir as sensações. Todos querem ganhar, eu incluído, e ninguém estaria na Fórmula 1 se o seu sonho não fosse ganhar. Eu não sou diferente. O principal é continuar a crescer e avançar. Este é apenas o segundo de um plano de cinco anos, por isso ainda estamos muito no início. Mas esta equipa tem grandes ambições e grandes planos, e eu estou extremamente entusiasmado por fazer parte disso. A equipa está a criar condições para evoluir ao longo da época e vejo o nosso potencial a aumentar cada vez mais.“, continuou.

A preparação foi boa, foi bom ter alguns dias de férias, mas agora estou fresco para começar de novo, começar a testar. Dentro de pouco mais de um mês estaremos na primeira corrida e sinto esse entusiasmo cada vez a crescer mais.“, concluiu.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

A(s) image(ns) do dia



Se alguém ainda tinha ilusões sobre estas apresentações, crio que muitos de nós perderam-nas hoje, com a apresentação do Red Bull RB18: o carro que foi ali apresentado é um "mock up", nem tanto porque o carro real está a ser terminado em Milton Keynes e montado a tempo e ser embarcado para Barcelona, onde andará num teste "secreto", e nem é porque na realidade, a concorrência está a observá-los para saber o que é que a concorrência está e preparar, como observei na conta Twitter da Mercedes, nesta tarde.

Não. Na verdade, estas apresentações ao mundo em 2022 servem para duas coisas: novas pinturas e novos acordos. E se forem ver os vídeos das diversas equipas, é isso mesmo. Querem saber o que é que andaram a falar hoje? No acordo com a Oracle, a multinacional da informática. O acordo irá fazer entrar nos cofres da máquina energética... cem milhões de dólares por ano até 2027. Sim, leram bem: 500 milhões, numa altura em que os gastos estão a ser limitados, a Red Bull navega em dinheiro. A partir de agora, a Formula 1, é uma máquina lucrativa. 

Claro, a Red Bull não precisará de gastar muito do seu próprio bolso para fazer render a sua equipa, poderá canalizar parte do dinheiro no desenvolvimento dos motores que a Honda deixou para eles, agora que abandonaram - oficialmente - a categoria máxima do automobilismo. E digo "oficialmente porque... viram a sigla HRC no chassis, antes do eixo traseiro? É o emblema das organizações da Honda na competição, quer a automobilística, quer a motociclística. Ou seja, mesmo estando fora, os engenheiros e mecânicos da marca japonesa não ficarão desempregados.

Amanhã será a Aston Martin que apresentará o seu carro. Provavelmente, não será o chassis real. Mas pelo meio, ou se quiserem, na semana passada, anunciaram um acordo de patrocínio com a Aramco, a petrolífera nacional saudita. Aposto aquilo que quiserem que não custará meia dúzia de tostões. Será bem maior, provavelmente, o acordo que o papá Stroll sempre quis e nunca tinha alcançado até agora. E podem esquecer os chassis, só iremos ber, não em Barcelona, e se calhar no Bahrein... mas é na sexta-feira dos treinos livres do Grande Prémio. Os contratos estão tão bem apertadinhos entre a Liberty Media e alguns países do Médio Oriente que... não fiquem admirados se algum dia acordarem e lerem a noticia de que a sede da FIA saia de Paris e se transfira para o Dubai.   

Noticias: Bahrein permitirá público nas bancadas nos testes de pré-temporada


Com a noticia - que já se sabia desde há muito - que a sessão de testes de Barcelona que se realizará entre os dias 23 e 25 de fevereiro será secreta, ou seja, sem a presença de público e imprensa, surgiu a noticia de que a sessão de testes no Bahrein, que acontecerá entre os dias 10 e 12 de março, terá não só transmissão em direto em "streaming", como também deixará entrar espectadores no circuito de Shakir nos dias 11 e 12 de março.

Isto mostra que a nação barenita investiu ainda mais no automobilismo, querendo ter o exclusivo doas lançamentos e dos testes coletivos a partir da nova era da Formula 1. Contudo, como a Liberty Media não poderia anular os contratos anteriormente realizados com o circuito espanhol sem ter de pagar indemnizações, decidiu fazer dos primeiros testes "secretos", deixando para si o local da apresentação dos novos bólidos.  

Apresentações 2022 (2): o Red Bull RB18


O Red Bull RB18 (não) foi apresentado esta tarde na sede da empresa, em Milton Keynes, com as cores oficiais e com o numero um no seu dorsal, algo do qual não tinham desde 2014. Com Max Verstappen e Sergio Perez como pilotos - mantêm-se a dupla de 2021 - e com a Honda de saída de cena - apesar dos motores continuarem a ser deles e o logotipo HRC no fundo do chassis, antes do eixo traseiro - o carro é essencialmente o bólido-padrão da temporada que está a aparecer. Porque o verdadeiro só estará presente daqui a alguns dias, em Barcelona.

A grande novidade também nesta apresentação foi a elevação da Oracle a patrocinadora principal, com um acordo de cinco temporadas, valendo anualmente 100 milhões de dólares, o que é imensa coisa. A equipa passa-se a chamar a partir de agora Oracle Red Bull Racing.


Em relação ao chassis, dias antes da apresentação, Helmut Marko baixou as expectativas quando disse que o carro novo, como sempre, desenhado por Adrian Newey, seria apresentado neste dia. Ele estará nos lances finais e rodará nos testes de Barcelona, dentro de duas semanas. “O novo carro só estará pronto pouco antes do início dos testes em Barcelona, a 23 de Fevereiro. A partir daí será mais desenvolvido e receberá outra atualização para a primeira corrida da época, a 20 de março no Bahrein”.

Christian Horner alinha no mesmo diapasão, afirmando que este chassis será constantemente modificado à medida que a temporada avançar.

"Será uma temporada épica, este é o carro mais rápido que construímos debaixo dos novos regulamentos, e conforme o ano avançar, iremos progredir e melhorar na evolução do nosso chassis", afirmou.


Quanto aos pilotos, as expectativas estão altas, especialmente da marte do neerlandês, que parte como campeão, apesar deste menosprezar um pouco. "Não é diferente chegar aqui como campeão, tenho a mesma vontade de entrar no carro e que comece rapidamente a temporada", comentou. Já Sergio Perez espera que haja duelos tão competitivos, mesmo com as novas regras: "Espero que haja boa competição este ano, pelos novos regulamentos esperamos melhores duelos, é o que mais desejo nesta temporada", comentou.

Max e Sergio estarão em Barcelona a partir do dia 23 para darem as primeiras voltas no novo chassis, acompanhados pelo resto do pelotão.

Noticias: BBC noticia mais mensagens entre Masi e Red Bull em Abu Dhabi


A BBC noticiou hoje que uma nova série de mensagens colocam uma sombra sobre a decisão do mundial de Formula 1 de 2021, e que a FIA está ao corrente do assunto, noticiando que essas conversas estão incluídas no inquérito que está a efetuar em relação ao comportamento de Michael Masi no GP de Abu Dhabi.

Segundo conta a cadeia de televisão britânica, durante a neutralização da corrida atrás do Safety Car, ouvem-se conversas da parte de Jonathan Wheatley, o diretor esportivo da Red Bull, a aconselhar Michael Masi, o chefe dos comissários desportivos, sobre como lidar com carros dobrados que estão na pista entre os líderes - neste caso, Lewis Hamilton e Max Verstappen, enquanto ele tenta organizar o reenicio da corrida antes da bandeira de xadrez.

Na comunicação, Wheatley afirma: "Esses carros dobrados; você não precisa deixá-los ir e alcançar a parte de trás do pelotão. Você só precisa deixá-los ir, e então temos uma corrida nas nossas mãos."

Masi responde: "Entendido".

Na altura, Verstappen tinha ido às boxes colocar pneus frescos enquanto Hamilton mantinha-se na pista com pneus usados. Quando regressou a corrida para uma última volta, este foi passado pelo neerlandês da Red Bull, que acabou por triunfar e conquistar o título mundial, diante dos protestos da Mercedes e de Toto Wolff.

Estas mensagens não tinham aparecido na transcrição que a Formula 1 tinha fornecido no dia 16 de dezembro, e aparentemente está a causar ainda mais pólvora entre aqueles que apoiam Hamilton e a Mercedes, afirmando que corrida para o título tinha sido manipulada a favor da Red Bull. A FIA disse que tudo isso está incluído na matéria que está a ser investigada, e cujas conclusões serão divulgadas na próxima segunda-feira. E é verdade: eles tem acesso a todas as comunicações dessa corrida, as públicas e as privadas, entre as boxes e a torre de controlo.

No final da corrida, a Mercedes colocou um protesto junto a FIA, mas no final desse dia, esta o rejeitou, confirmando o título mundial à Red Bull e a Verstappen. Parte-se do principio que as conclusões desse inquérito não afetarão os campeonatos, mas provavelmente afastarão Michael Masi do lugar de diretor da corrida, sendo substituído por alguém vindo de outra categoria da FIA.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

A imagem do dia


Que vivemos numa sociedade desigual, isso sabemos. Desigualdades sociais, sexuais, de raça ou de religião são algumas das questões no qual somos bombardeados todos os dias, de tal forma que alguns limitam-se a virar de canal sempre que vê refugiados a caminho da Europa, porque já não querem saber. E estes são os indiferentes, porque há os hostis, bem piores. E claro, há a maré de gente que tenta, com gestos e ações, minorar todos estes problemas. Passar dias ao frio e relento com eles, distribuindo comida e aquecimento, combater as burocracias que colocam obstáculos, um a um, para impedir, por exemplo, juntar famílias na Europa, porque um dos familiares está a num determinado país, com os papéis em dia, até com a nacionalidade dessa nação, e pagando impostos como um cidadão qualquer.

Este século XXI, com as redes sociais, não resolveu os problemas, exacerbou-os. O racismo, a xenofobia, a discriminação sexual, mesmo que a lei os proteja, mesmo que, aos poucos, um pouco por todo o mundo, por exemplo, as pessoas com o mesmo sexo possam casar e qualquer discriminação é punido pela lei. E a cada dia que passa, um pouco por todo o mundo, acontecem crimes de ódio racial, violência doméstica contra mulheres e homossexuais, que muitas das vezes acabam em morte. A lei existe, a punição também, mas ela é aplicada quando o facto é consumado e sentença é aplicada. Infelizmente, não salva a vítima.

Porque falo disto tudo? Porque são exemplos, e nestes tempos que correm queremos exemplos, não símbolos. E no automobilismo, desporto onde muitas das vezes parece o último refúgio do homem branco, gosta mais de símbolos do que ações práticas. E ao longo destes mais de 70 anos de história da Formula 1, por exemplo, só tivemos três negros, cinco mulheres, três LGBT's (que se tem conhecimento) e dúzia e meia de asiáticos, três deles no atual pelotão. E o facto do piloto mais famoso e mais vitorioso do atual pelotão ser negro é provavelmente algo que veremos uma vez na vida, se não aparecer outro. 

Mas também falo disto tudo porque a Formula 1 anunciou esta terça-feira que irá acabar o "We Race As One", ou seja o gesto de ajoelhamento que os pilotos faziam antes das corridas. Era simbólico, afirmando que eram contra o racismo e os gestos anti-racistas, de que as vidas negras importavam, como todas as outras. A ideia era boa, o gesto significativo, mas como se costuma dizer, o caminho para o inferno está pavimentado de boas intenções. E sempre que os via ajoelhar em todos os Grandes Prémios, ouvia na minha mente a musica dos AC/DC cantada pelo Bon Scott, no final dos anos 70. Sempre pareceu um gesto de "sportwashing", para aplacar os mais políticos.

Olhem o que a Formula 1 faz neste momento: corre em quatro nações da Península Arábica, está "afogada" em dinheiro árabe, e esses países - e o causo saudita é o mais flagrante - cujo registo histórico de direitos humanos é baixo - para não falar nulo - e a Formula 1 age como se fosse uma prostituta de luxo, que se vende por uma oferta muito alta. E do atual pelotão, quem está mais aplicado em tudo isto, da diversidade: somente Hamilton e Sebastian Vettel. Há outros que, sequer, se ajoelhavam antes das corridas, uns porque sabiam que o gesto era pouco mais que simbólico. Outros, porque nunca gostavam das causas que a Formula 1 defendia e eram a favor de remar contra a corrente. 

Sim, sejamos honestos: a Formula 1 é uma elite. Que corre por dinheiro, e não quer saber muito sobre Direitos Humanos. E isso já vem de longe. E usa a diferença como "poster boys" para mostrar que é tolerante. E os que detestam a diferença e aplaudem a decisão tomada hoje, ainda pedirão à Formula 1 para que regressem as "grid girls", apenas vestidas de bikini, e os motores muito barulhentos, V10 ou V12, sem "traquitanas" para poderem dizer que "tudo regressou a normalidade". São esses os que vêm este desporto, como se podemos congelar algum ano da infância deles (de preferência, algures nos anos 70 ou 80) para sempre. 

Mas a grande ironia é que isto seja feito numa altura em que temos o pelotão mais diversificado de sempre. Temos um mestiço britânico, um japonês, um chinês, e um anglo-tailandês a correrem. E se quisermos ir mais além, dos dois canadianos que lá estão presentes, um é neto de judeus - Stroll é a anglicanização do original Strulovich - e o outro, Nicholas Latifi, é descendente de iranianos. E se for um pouco mais atrás, poderemos falar de Pascal Wehrlein, que correu na Sauber e Manor entre 2016 e 2018, e agora está na Formula E, é filho de alemão e de uma habitante da ilha Maurícia, situada no sul de África.

Mas sejamos honestos: hoje, a máscara caiu para aqueles lados. A Formula 1 tão cedo não largará certos vícios, e sem isso, estes gestos não terão propósito real. A Formula 1, se algum dia quiser entrar de cabeça no século XXI, tem de fazer uma volta de 180 graus. Teria de fazer uma revolução tão radical e tão irreversível que teria de ser irreconhecível para os que viveram antes. É duro e parece ser quase impossível, mas lembro-vos que já foi mais machista, mais "branca" e europeia. 

E tenho de ser honesto: já vi muitos "impossíveis" acontecerem. 

Youtube Rally Vídeo: Dois Renault 4 no Safari Clássico

O rali Safari é uma das provas mais duras de automobilismo do mundo, e fez em 2021 o seu regresso ao Mundial de Ralis, mantendo a sua reputação de rali durissimo do qual a sua mera chegada à meta já significa um triunfo.

O rali, na sua versão clássica, também é tão duro, e com os seus cinco mil quilómetros de extensão - o equivalente entre um Lisboa-Moscovo - terá uma duração de nove dias e premiará quem chegar ao fim. E de Portugal partirão dois Renault 4, perfeitamente normais, para participar. Um pouco também para comemorar os 60 anos do seu aparecimento, tornando-se num dos carros mais icónicos da Europa.

E quem irá guiá-los nesta aventura? António Pinto dos Santos e Pedro Matos Chaves. Sim, esse Matos Chaves, o que guiou um Coloni há 30 anos na sua aventura da Formula 1. Eis o vídeo, feito pela Autosport portuguesa, da reportagem da preparação dos carros para esse rali.

CPR: Apresentada a dupla da Hyundai Portugal para 2022


A Hyundai Portugal, a equipa oficial no campeonato de Portugal de Ralis, anunciou hoje a sua equipa, e ao lado de Bruno Magalhães, a marca apresentou o algarvio Ricardo Teodósio, campeão nacional de ralis em 2019, que irá trocar o seu Skoda Fabia Evo2 pelo i20 Rally2. Com esta dupla com provas dadas, têm a certeza de que terá dois carros a lutar pelos primeiros lugares nesta competição que arrancará dentro de algumas semanas, em Fafe.

Sérgio Ribeiro, CEO da Hyundai Portugal, recorda os objetivos essenciais desta equipa: “Quando em 2018 lançamos o Team Hyundai Portugal, entrámos para vencer com o lema 'Ralis pelos Ralis'. Para além de trazermos uma nova energia para esta modalidade, conseguimos excelentes resultados desportivos: fomos Campeões logo no primeiro ano e Vice-Campeões em 2019 e 2020. Em 2021 estivemos sempre na luta pelo título e, com a chegada do Novo Hyundai i20 N Rally2, terminámos o campeonato com a vitória da última prova.”, começou por dizer.

O nosso objetivo sempre foi trazer mais emoção e inovação a este desporto tão popular, com um projeto diferenciador no panorama nacional. Estamos muito entusiasmados por voltar a ter o Team Hyundai Portugal com dois carros em prova, e muito confiantes por poder contar com dois pilotos com um palmarés notável a defender as cores do Team Hyundai Portugal.", continuou.

"Quero dar as boas-vindas aos campeões Ricardo Teodósio e José Teixeira, que se juntam à nossa dupla da casa, Bruno Magalhães e Carlos Magalhães. É um orgulho contar com estes grandes pilotos com quem partilhamos os nossos valores de ambição, vontade de vencer e persistência, que nos levarão a encarar cada prova com o objetivo claro de levar os nossos Hyundai i20 N Rally2 aos primeiros lugares do pódio.”, acrescentou.

Quanto aos pilotos, para Bruno Magalhães, o projeto terá a sua continuidade, e o piloto de Lisboa dá as boas-vindas a aquilo que poderá ser concorrência interna no campeonato. “É um privilégio integrar pelo quarto ano consecutivo a equipa do Team Hyundai Portugal. Depois de ter levado o i20 N Rally 2 à primeira vitória num Campeonato Nacional, encaro 2022 com uma responsabilidade acrescida para lutar pelo título. Vai ser uma época emocionante e desafiante, agora na companhia do Ricardo Teodósio, a quem dou as boas-vindas a esta equipa tão ambiciosa.”, disse.

Já Teodósio, agora numa equipa mais profissional, e com uma máquina nova, as ambições em lutar para o título permanecem intactas, já que o i20 N Rally2 comprovou a sua competitividade e fiabilidade logo nas primeira prova em que participou.

É com muito orgulho que me junto ao Team Hyundai Portugal, integrando um projeto que desde o início marcou esta modalidade. Sinto-me muito motivado por correr com as cores da equipa oficial de ralis da Hyundai Portugal e estou muito confiante na performance do Novo Hyundai i20 N Rally2. Estamos cheios de vontade de revalidar o título e ansiosos pelo arranque do CPR.”, referiu o piloto algarvio.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Youtube Motorsport Video: O sonho supersónico de Donald Campbell

Semana passada, falei-vos sobre a fascinante história de Donald Campbell e da sua obsessão de bater os recordes de velocidade, herdados do seu pai, Malcom Campbell. E de como ele a querer ser o mais rápido em terra e na água terminou abruptamente numa fria manhã em janeiro de 1967, a bordo do Bluebird K7.

O que também falei por alto é que depois de ele bater o seu recorde na água, ele queria regressar de novo a terra para conseguir um recorde a bordo de um carro a jato. O Bluebird Mach 1.1/CN8 seria um carro que bateria a velocidade do som e ele pensaria que estaria pronto para as suas primeiras tentativas em 1969 ou 1970, com tecnologia britânica, capaz de a colocar na vanguarda da técnica. 

O carro foi apresentado a 7 de julho de 1965 em Londres, e Campbell disse o seguinte na conferência de imprensa:

"... Em termos de velocidade, o meu próximo passo deve ser construir um carro Bluebird que possa atingir Mach 1,1. Os americanos já estão fazendo planos para tal veículo e seria trágico para a imagem mundial da tecnologia britânica se não competirmos neste grande concurso e vencermos. A nação cujas tecnologias são as primeiras a conquistar o recorde do 'mais rápido que o som' em terra será a nação cuja indústria será vista como [dando] um salto para os anos 70 ou 80. Podemos ter o carro na pista dentro de três anos.", afirmou.

Sobre o que seria o Bluebird Mach 1.1, eis um vídeo que encontrei no canal do Youtube "Scarf and Goggles", que trata de recordes de velocidade, e sobre um carro que poderia ter sido, mas acabou por não acontecer. E curiosamente, o Mach 1.1 só foi alcançado em 1997, quase 30 anos depois do planeado.

À procura do novo Katsuta


A Toyota, sendo uma marca japonesa, apostou acertadamente na procura de um piloto de ralis do seu país. Ainda antes de entrarem no WRC, foram buscar dos pilotos com potencial, Takamoto Katsuta e Hiroki Arai. Desses dois, só Takamoto ficou, com resultados interessantes, enquanto Arai regressou a casa, sem mais noticias de relevo. Agora, em 2022, a marca decidiu levar para a Finlândia mais três japoneses, Hikaru Kogure, Nao Otake e Yuki Yamamoto, que foram selecionados para se juntarem ao programa Toyota Gazoo Racing WRC Challenge Program e com isso submeterem-se a treino intensivo e desenvolvimento com o objectivo de um dia competir ao mais alto nível no Mundial de Ralis.

Kogure é o mais novo de todos, com 20 anos de idade, enquanto Otake é um ano mais velho e Yamamoto tem 24 anos. Todos andam a competir em ralis no Japão e foram escolhidos no total de 60 candidatos. Estiveram na Finlândia durante duas semanas, onde as suas competências foram avaliadas ao volante dos carros de estrada GR Yaris, dos crosskarts e dos carros de Rally4 com tração a duas rodas, e foram também submetidos a testes de aptidão física e neurológica.

O seu instrutor-chefe foi Mikko Hirvonen, que teve a ajuda de mais dois instrutores, Jouni Ampuja e Juho Hänninen.

Escolhidos os três para a fase seguinte do programa, a partir do verão começarão a participar em ralis nacionais em carros de Rally4 na Finlândia e na Europa. E no final de cada ano, eles serão avaliados com base nos seus desempenhos e desenvolvimento individuais. Em suma, é como se estivessem a tirar um curso universitário muito especial. 

Para Hirvonen, o que lhe impressionou foi o facto de eles quererem ir para além dos seus limites para provar que tem o que é necessário para continuar no programa e ter uma carreira no WRC. 

Ficámos realmente impressionados com a atitude de todos os candidatos durante as duas semanas. Eles tentaram realmente esforçar-se e quiseram ultrapassar os seus limites. Vinham de diferentes origens dentro do desporto motorizado e a maioria deles nunca tinham conduzido na neve e no gelo. Portanto, havia muitas coisas novas para eles lidarem, mas fizeram-no muito bem e deram grandes passos." começou por dizer.  

"Tentámos seleccionar os pilotos que considerávamos terem mais potencial para o futuro, mas não foi uma decisão fácil de tomar. Os três que escolhemos mostraram boa determinação em aprender e fazer progressos nas suas carreiras. Eles também nos impressionaram com o quanto melhoraram nas duas semanas seguintes, como absorveram a informação dos instrutores e como lidaram com diferentes situações sob pressão.", continuou.

"Acreditamos que eles podem ter um futuro realmente brilhante nos ralis. Agora começa o verdadeiro trabalho árduo para eles, mas estou certo de que estão prontos para o desafio”, concluiu.

Ainda teremos de esperar mais algum tempo para saber no que isto dará, mas o Japão tem certamente uma boa quantidade de pilotos capazes de ombrearem com os melhores do mundo.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Youtube Supercar Video: Toda esta cavalagem já não roça o exagero?

Os supercarros e os hipercarros são máquinas que fazem sonhar garotos e adultos desde sempre. E nestes tempos que passam, carro que valha a pena tem de ter, pelo menos, mil cavalos. E já alguns deles começam a ser elétricos, como por exemplo, o Rimac.

Contudo, o pessoal do Donut Media acha que toda esta cavalagem já é um exagero e fez um video sobre toda esta "corrida às armas" algo inútil.