sábado, 24 de janeiro de 2009
Mais umas descobertas na Blogosfera
GP2 Asia - Ronda 3, Bahrein (Corrida 2)
Um novo testemunho pessoal de Portimão
Em tempo de crise, FIA aumenta Superlicenças
A1GP - Ronda 4, Taupo (Qualificação)
Apesar destas posições na grelha de partida, e do relativo desconhecimento do traçado neozelandês, o piloto português estava satisfeito com o resultado e acredita que "apesar da Irlanda ter dominado ambas as sessões de qualificações eles podem ser batidos. Eu fui rápido e consistente, mas o Adam também. O primeiro a cometer um erro vai perder a corrida amanhã", referiu.
Speeder Questiona... Sávio Machado (SAVIOMACHADO)
Recentemente, terminou o contrato com a Elf, depois de sete anos de dedicação. Mas como ele diz, no final da sua apresentação pessoal: "O mundo não é dos espertos, mas sim dos dedicados". Concordo plenamente.
E já agora, respondendo a uma pergunta tua: sim, tenho o teu mail guardado. Está lá bem no fundo, mas está lá!
1 – Olá, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia do teu blogue?
Bom Speeder, em primeiro lugar quero elogiar o teu trabalho que vem tomando espaço cada dia que passa. És um exemplo de perseverança, para nós que adoramos colocar nossas idéias na rede. Meus parabéns.
A idéia de ter uma página na internet, já vem de longas datas. Eu trabalhava em uma empresa distribuidora de lubrificantes e me admirava de ver que em pleno século 21 essa empresa não tinha página na internet. E eu pensava que tinha que fazer uma pra mim. Entao criei um domínio: http://www.saviomachado.com/. Criado o domínio, deparei-me com os preços de ter uma página. Era muito caro, quase o meu salário do mês.
Mas estava sempre de olho, visitando páginas e blogs. Mas nunca tinha visto nada que me agradace. Lá pelas tantas visitas me deparei com um tal “Continental Circus”. Logo me encantei. Tinha toda a característica do que eu queria fazer. Até mandei um email para o editor. Será que você não tem ele guardado por aí?
2 – O nome que ele tem, foi planejado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?
Como eu disse, precisava criar algo com urgência. Então pensei logo no meu nome. Afinal a idéia era fazer com que meus clientes também acessassem o blog.
3 – Antes de começares este blog, já tinhas tido alguma participação em outros blogues ou sites?
Na verdade não. Nunca havia feito nem mesmo um comentário em outros blogs. No início a configuração do SM não havia nem espaço para comentários, pois eu não sabia mexer. Eu aprendi com o tempo. Olhando outros blogs.
4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?
Comecei dia 16 de junho de 2007. O número de visitas é aproximadamente 13.000.
5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?
Para mim que não sou jornalista, tenho orgulho de olhar o blog a cada post que eu faço. Tento deixar tudo bem legal, desde o título que crio as vezes muito diferente do normal, até as fontes de minha pesquisa que deixo claro de onde vem. Mas se fosse falar de um post, especificamente, talvez sobre a Norma API (American Petroleum Institute) e suas classificações. Talvez esse tenha sido o mais trabalhoso e justamente sobre um assunto que tenho total domínio. Gostei muito de publicá-lo.
6 – Em que é que tu, escrevendo sobre Formula 1, consegues ser diferente dos outros blogs?
Pergunta difícil. Não gosto de ser igual a ninguém. Geralmente quando tenho que postar alguma coisa que sei que todo mundo vai postar igual, com fotos iguais, eu nem publico nada. Posso citar um exemplo: Quando saiu a nova Ferrari F60, eu li apenas um blog dos meus preferidos para saber sobre a escuderia italiana. O resto estava quase tudo igual. É claro que estou exagerando. Sei que é dificil de deixar de escrever sobre o assunto, até porque a Fórmula 1 é que move a maioria dos blogs que estão na minha lista.
7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?
Visito muitos blogs e sites de automobilismo. Acabo sempre dando uma atenção especial para aqueles que temos um vínculo maior. É o caso do Blog-F1, JC Speedway, Blog do Ribeiro, BlogdoGroo, Guardrail, o próprio Continental Circus, Racing Passion, Chaparallblog e outros mais.
8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?
Não. Realmente não lembro. Acho que foi lá por 1975. Eu brincava com um Autorama que tinha um carrinho de Fórmula 1 da Copersucar do Fittipaldi.
9 – E qual foi aquela que mais te marcou?
A corrida que mais me marcou foi quando Ayrton Senna conseguiu vencer no autódromo de Interlagos com duas marchas funcionando [GP Brasil 1991]. Fiquei emocionado de vê-lo gritando dentro do capacete.
10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?
Senna. Sua capacidade de querer superar suas marcas foi o que mais marcou para mim.
11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?
Acredito que sim. Felipe teve azar esse ano. Demonstrou no período de 2008 uma maturidade impressinante. Teve sangue frio, fez o que pode para vencer. Se não fosse as atrapalhadas da Ferrari, com certeza ele seria campeão. Eu espero que ele chegue lá, mas sinceramente não gostaria que fosse num cockpit de uma Ferrari.
12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?
Dificil comparação. Eu acho todos eles diferentes.
13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?
Acho. Hamilton fez por merecer.
14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e por quê?
Schumacher. Não preciso dizer porque né? O cara ainda é o melhor de todos.
15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?
Gosto muito do WRC, do Dakar e Le Mans.
16 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?
Acho sim. Quisera eu ter o domínio e tempo para falar sobre eles.
17 – E miniaturas de carrinhos, tens algum?
Tenho. Todo apaixonado por automobilismo que se preza tem que ter alguma miniatura né?
18 – Passando para a actualidade: de repente, a Honda anuncia a sua retirada da Formula 1. Como sentiste isso?
Veja bem: Meu trabalho é voltado para carros. Estou literalmente ligados a eles pois vendo a parte líquida dos carros com exceção de combustível. Tive um impacto tão forte em Novembro de 2008 que me fez pedir demissão da empresa a qual eu trabalhava durante 8 anos. Agora você imagina o que deve ter acontecido com a Honda e com todas as montadoras do mundo. Até hoje tem empresa pedindo para ser comprada.
Essa crise veio forte. Mas acredito que logo teremos novidades para o mundo em que vivemos. E elas serão boas.
19 – Se Nick Fry e Ross Brawn encontrarem comprador nos próximos tempos, achas que Jenson Button, e especialmente Rubens Barrichello, conseguem manter os seus lugares?
Button talvez. Mas Barrichello é bem provável que ficará fora esse ano. Pode ser que me engane.
20 - Max Mosley anunciou agora que fez um acordo com a Cosworth para fornecer motores ás equipas, a dez milhões de euros por ano. A FOTA (Formula One Teams Association) concordou em reduzir os custos. Achas que é este o caminho, uma Formula 1 com custos controlados?
Creio que assim a Fórmula 1 pode ser uma competiçào ao alcance de outras equipes que queiram participar e que estão em categorias inferiores. É louvável.
21 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma longa espera.” Esta frase é dita pelo actor americano Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida, como espectador?
Depende do ponto de vista. Acredito que esta é uma visão do piloto e não do espectador. Mas há quem se enquadre nisso ao assistir uma corrida.
22 – Já agora, tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?
Sim. Já andei em kart. Mas nada oficial. O que move um piloto a correr é a sua paixão pela velocidade. Ser o mais rápido é um desafio que deve ser superado.
23 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?
Talvez a vitória de Ayrton em Interlagos.
24 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?
Bons tempos. Apenas bons tempos. Ficaram na história.
25 – Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico “Top Gear”, disse que Gilles Villeneuve foi “o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1”. Concordas ou nem por isso?
Esse cara não deve ter visto Michael Schumacher.
26 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?
O tempo é muito curto durante o dia. Infelizmente não jogo em simuladores a uns 5 anos.
27 – Eu sei que começaste há algum tempo, mas… que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências, desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?
Olha Speeder. A bem da verdade se alguém me indicou eu não vi. Mas acho que não. Não tenho nenhum prêmio. Eu também nunca me inscrevi em nada para ganhar alguma coisa. Até porque faço isso porque gosto. Se tivesse que ganhar algum prêmio nem sei se o deixaria exposto no SM. É bem provável que não.
28 – E se fosses o Max Mosley, o que preferias ter na Formula 1? Uma grelha só de montadoras ou de “garagistas”?
Boa pergunta. Talvez uma grelha de montadoras. Gostaria muito de ver a Volkswagen ou a Porsche na Fórmula 1.
29 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?
Hamilton foi uma surpresa em 2007 não é mesmo? Essa gurizada nova é boa. Se tiverem carros competitivos com certeza estarão no alto do podium logo logo. Eu espero que Senna consiga entrar logo. Acho que ele poderá ser campeão primeiro.
30 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo? Novas secções, meteres-te num podcast ou videocast?
Sinceramente não tenho. As vezes fico dias sem postar. Não há como viajar, atender os clientes em visitas, dar atenção a família e estar sempre ligado na internet lendo e publicando. Quem sabe quando eu me aposentar. Até lá acho que tudo terá mudado.
Obrigado pela entrevista. Um grande abraço a você e a todos os leitores do Continental Circus.
19 de Novembro 2008 - Priscilla Bar (Blog Guard Rail)
22 de Novembro 2008 - Marcos Antônio Filho (GP Series)
26 de Novembro 2008 - Vick, Ludy, Tati e Lu (Octeto Racing Team)
29 de Novembro 2008 - Hugo Becker (Motor Home)
3 de Dezembro 2008 - Fabio Andrade (De Olho na Formula 1)
10 de Dezembro 2008 - Jorge Pezzolo (jpezzolo.com)
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Para sintonizar, amanhã
Alguns avisos à navegação
A1GP - Ronda 4, Taupo (Treinos)
O piloto de Coimbra, e actual segundo classificado do campeonato deste ano, mostrava-se satisfeito com a sua evolução ao longo do dia, apesar de se sentir desconfortável dentro do seu carro: "Foi um bom treino, apesar do resultado final não espelhar o nosso andamento. Para além de ter que aprender a pista, tive que rodar toda a sessão com um banco novo, que não estava bem à minha medida, tornando a condução bastante desconfortável do ponto de vista físico. Apesar dos tempos serem todos muito próximos, penso que amanhã estaremos ainda mais competitivos e vamos entrar na discussão pelos primeiros lugares na qualificação", declarou.
Félix da Costa, depois das suas voltas à pista, mostrava-se satisfeito com a sua prestação: "Penso que fiz um bom trabalho, pois além de desconhecer o circuito, nunca tinha conduzido um monolugar com 600 cv de potência. A pista é muito estreita e estava bastante suja, o que dificultou o meu andamento nas voltas iniciais, mas fui evoluindo progressivamente acabando nos cinco primeiros lugares. Quero deixar uma mensagem de agradecimento ao A1 Team Portugal e à FPAK e prometo fazer melhor quando voltar a ser convocado", referiu.
GP2 Asia - Ronda 3, Bahrein (Corrida 1)
Nico Hulkenberg, o autor da "pole-position", teve um problema numa das rodas na troca de pneus obrigatória, e terminou a corrida na quarta posição, apesar de no final da corrida, ter lutado para roubar o terceiro lugar ao italiano Edoardo Mortara, da Arden.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
A letter to Mike
Há exactamente cinquenta anos atrás, resolveste fazer aquilo que hoje em dia se chama, pelo menos no meu país, de "picanço", com um Mercedes 300 SL, só porque tu odiavas ver um carro alemãso melhor do que o teu Jaguar. Aquilo que tu conseguiste evitar em pista, ocorreu numa banal auto-estrada inglesa, perto de Guilford. E logo quando recebias os louros de ser o primeiro campeão britânico de Formula 1! Que irónico, hein?
Caro Mike, outro dia escrevi para um amigo seu que decerto já o deve ter conhecido lá em cima, o Gilles Villeneuve. Disse que esperava que vocês se competissem entre si no mais puro estado de amizade, e que todos vocês no final se juntassem num agradável convivio, explicando uns aos outros como era correr no vosso tempo. Acho que tu, como o Alberto, ou o Juan Manuel, o homem que tu mais respeitavas (tu até não lhe deste uma volta de avanço em Reims, no teu ano de campeão, por puro cavalheirismo!), não irias compreender quye hoje em dia, muita daquela ética que tinham em pista já desapareceu.
Se os que vieram ter aí onde estás depois de ti ainda não te contaram, eu digo-te. Quando o teu "Mon Ami, Mate", Peter Collins, morreu, tu decidiste ir embora, mas não sem a coroa de louros. E tiraste-a a Stirling Moss. Ele tentou mais vezes, mas nunca conseguiu. Mas hoje em dia, recebe mais adulação, porque é o unico do vosso tempo que ainda vive. Quem diria? Deve ter sido uma troca.
Depois de ti, veio o Graham Hill, num BRM que no teu tempo ninguém acreditava muito no sucesso da empreitada. Pois bem, conseguiu. Depois apareceu um génio: Jim Clark, que graças às máquinas concebidas por outro génio, Colin Chapman, ganhou dois títulos mundiais, e deu aos britânicos o equivalente a Enzo Ferrari: a Lotus. Acho que adorarias ter conduzido um desses carros, se tivesses vivido o suficiente. Mas já te aviso: eram frágeis...
Depois veio outro escocês, Jackie Stewart. Não sei se o irias aceitar aquilo que ele defendia, mas tens que lhe dar o crédito de ter parado com a hemorragia de jovens e talentosos pilotos que desapareciam de nós demasiado cedo da nossa vista e dos nossos corações. Depois veio Hunt, Mansell e Damon Hill, filho do Graham. Se calhar, ele já te contou coisas acerca dele lá em cima, não? E agora, têm Lewis Hamilton, um mestiço. Já viste, 50 anos depois de ti, a Velha Albion a ser pioneira noutro marco?
Se descesses à terra, ias ver como o nosso mundo mudou. Os carros são mais seguros e mais económicos. Passamos por três choques petroliferos, que nos consciencializaram que o petróleo não é um recurso infinito. Continuam as guerras e as desigualdades sociais, e no entanto, nunca tantos viveram tão bem como agora, num planeta cada vez mais apertado, e que sofre cada vez mais nas nossas mãos. A América tem um presidente mestiço. Temos coisas que só estavam escritos em livros de ficção cientifica. Os carros de Formula têm hoje em dia tantos "gadgets" num espaço tão curto, que ficarias confuso. E infelizmente, muitos dos teus conterrâneos andariam em carros alemães, aqueles que tu tanto detestavas. Sim, meu amigo Mike, há pouca industria britânica de automóveis, e a tua amada Jaguar, que sei que eras proprietário de um concessionário, pertence a um indiano. O colonizado compara o colonizador. Quem diria?
Enfim Mike, diverte-te com os que lá andam por aí. Espero que tenhas recebido bem as duas mais recentes chegadas, o Bernard e o Phil, que eram do teu tempo, lembras-te? Já não falta muito para que o teu circulo fique completo. Seja paciente, e aqui, Mike, o Leão Britânico continua a dominar as pistas do Mundo, embora este leão seja cada vez mais multicultural, cada vez mais multinacional. Dá um abraço meu a "Mon Ami, Mate" e a todos os que lá estão, sinto falta de todos eles.
Farewell, Mike!
É tudo coincidência, meus amigos!
GP2 Asia - Ronda 3, Bahrein (Qualificação)
Os cinco de quê? Os que tiveram sorte em vencer... por uma vez.
5 – Jean Alesi
É um pouco injusto, já que na sua longa carreira de 201 participações, só conquistou apenas uma vitória. E “sem a merecer” e ainda mais injusto, pois falamos de um dos mais simpáticos e combativos pilotos de então, nos anos 90, e um daqueles que mais encarnou o “espírito Villeneuve”, acarinhado pelos “tiffosi”. E houve certa vez, em 1994, que estava a liderar, quando partiu a embraeagem à saída das boxes. Desconsolado, chorou que nem uma madalena… Este sua vitória, no Canadá, foi largamente comemorada, mas as condições foram mais do acaso do que seu mérito próprio.
Foi uma vitória por acaso, a do GP do Canadá de 1995. Até a onze voltas do fim, Schumacher liderava com vantagem sobre o segundo classificado, o piloto da Ferrari. Só que nessa altura, a caixa de velocidades do Benetton começava a dar problemas, com o piloto a não conseguir sair da terceira marcha, devido a problemas eléctricos. Chegado às boxes, mudaram o volante, fizeram “reset” ao sistema informático, e quando voltou, o alemão tinha caído para a quinta posição. O beneficiado foi Alesi, que ficou tão feliz que deixou cair o motor abaixo, sendo levado para a box às cavalitas de… Schumacher! Para terminar, foi a última vez que um carro com o numero 27 venceu na Formula 1.
4 - Ludovico Scarfiotti
Em 1966, a Ferrari vivia em agitação. John Surtees tinha saído a meio da época, deixando o comando da equipa a Lorenzo Bandini. Para o substituir, chamou o inglês Mike Parkes, que até deu nas vistas, sendo segundo no GP de França, em Reims. Mas em Monza, Ferrari inscreveu um terceiro carro para outro italiano, Ludovico Scarfiotti, que corria na equipa de Sport, e sobrinho de Gianni Agnelli, o patrão da FIAT. O italiano era participante ocasional na equipa, e até então tinha corrido apenas em cinco corridas, das quais só tinha conseguido um ponto. Mas tinha palmarés, pois tinha ganho as 24 Horas de Le Mans em 1963, fazendo equipa com Bandini.
Contudo, foi o seu unico momento de glória. No inicio de 1967, Bandini morre e Mike Parkes fica gravemente ferido em acidentes com os carros da Ferrari. Inseguro, decide sair da equipa e não corre durante boa parte do ano. Em 1968, volta à Formula 1 como piloto da Cooper, enquanto corrida de Porsche no Europeu de montanha, modalidade onde tinha sido bi-campeão europeu. A 8 de Junho de 1968, Scarfiotti fazia uma subida de teste na rampa de Rossfeld, quando o seu carro saiu de estrada, sofrendo aos 33 anos um acidente fatal. E já agora, a sua vitória de 1966 é a última ganha, até aos dias de hoje, por um italiano ao volante da Ferrari.
3 – Giancarlo Baghetti
Baghetti entrou para a história como tendo a melhor estreia de sempre: ganhar na sua corrida de estreia, no GP de França de 1961, batendo milimetricamente o Porsche do americano Dan Gurney. Nesse ano, o carro da moda era o Ferrari Tipo 156 "nariz de Tubarão", mas a sua inscrição era... privada, e ele nem sequer era o piloto escolhido inicialmente. No inicio desse ano, uma sociedade de empresários tinha comprado um carro para Baghetti correr em algumas corridas extra-campeonato, em Itália, mas quando ganha as corridas de Siracusa e Napoles, a sociedade aluga um Tipo 156 para ele correr o GP de França.
2 – Peter Gethin
Toda a gente conhece a história do GP de Monza de 1971, onde cinco pilotos acabaram separados por menos de meio segundo. Mas eventualmente não sabem que o vencedor foi aquele que teve a pior carreira na Formula 1, quer antes… quer depois. Gethin, nascido em 1940, chegou à Formula 1 no ano anterior, como substituto de Bruce McLaren, que entretanto falecera. No final do ano, só tinha conseguido um sexto lugar no Canadá, mas aquela tinha sido uma época difícil. Para além disso, ajudou a equipa na Can-Am, onde ganhou uma corrida nesse ano.
1 – Oliver Panis
Olivier Panis teve uma boa carreira como piloto em várias equipas, como a Ligier, Prost, BAR e Toyota. Conseguiu alguns pódios, e foi um dos contendores do título na primeira metade de 1997, até que um acidente no Canadá o ter fracturado ambas as pernas e o colocar fora de prova durante boa parte da temporada. Mas a sua coroa de glória foi o GP do Mónaco de 1996, numa prova onde só acabaram… quatro carros.
Aqui, a sorte de Panis foi o de ter aguentado o seu Ligier-Mugen Honda numa pista molhada, enquanto que os outros desistiam, ora por problemas mecânicos, ora porque as armadilhas do circuito citadino lá funcionaram. Só para terem uma ideia, no final dessa primeira volta, já seis pilotos, incluindo... Michael Schumacher, tinha sido colocados fora de pista. E os Minardi de Pedro Lamy e Giancarlo Fisichella se tinham eliminado um ao outro nos primeiros metros da corrida...
Testes em Portimão - Dia 4
O piloto do dia - Gonzalo Rodriguez
Filho de Rubén-Jorge 'Gallego' Rodríguez (1948-2002), campeão nacional de ralies no seu país, "Gonchi" nasceu a 22 de Janeiro de 1972 em Montevideu, a capital e maior cidade do país. Cedo, a família o chamou pelo nome que ficou conhecido, mas mais tarde, os seus amigos no automobilismo o chamavam de "Gonzo". Começou a correr aos sete anos… no motociclismo, mas passou para o karting com 13 anos. Foi campeão nacional em 1985, 86 e 89, e nessa altura competiu no Campeonato do Mundo de karting de 1988, em Valence, na França. Ai conheceu e tornou-se amigo de um concorrente brasileiro chamado Rubens Barrichello. Mas os dois também competiram contra outros futuros pilotos de Formula 1 como o italiano Giancalro Fisichella, o dinamarquês Jan Magnussen e o escocês David Couthard. Nessa prova fez a volta mais rápida da corrida, mas perdeu a oportunidade de ganhar, devido a uma avaria.
Em 1989, passa para para a Formula 4 uruguaia, equipada com motores Renault, e num campeonato ultra-competitivo, torna-se num dos melhores, vencendo o campeonato por duas vezes e sendo o segundo classificado por outras duas. Corre algumas provas na Formula 3 sul-americana, e torna-se em 1991... campeão uruguaio de Turismos, um título que em tempos tinha sido alcançado pelo seu pai.
Mas também se aprecebe que o Uruguai e a América do Sul se tornam muito pequenos para Gonchi. Em 1992 parte para Espanha, com outro compatriota seu, Marcelo Bresciani, e torna-se vice-campeão no seu ano de estreia, vencendo em duas provas. Em 1993, passa para a Formula Renault, onde fica em terceiro lugar no campeonato, com apenas uma vitória. Mas quer paragens mais altas, e vai para a Inglaterra, na mesma Formula Renault, numa jogada de "tudo ou nada", pois o seu compatriota Bresciani, sem dinheiro, decidira voltar ao Uruguai.
No campeonato de 1994, Rodriguez repete o feito de Espanha, ao ser terceiro no campeonato, e ganhando uma corrida. Mas mais importante, ele também tinha ganho as Finais Renault, que nesse ano decorreram em Brands Hatch. Era o "Rookie do Ano" na categoria. No final do ano, aventurou-se na Formula 3, no GP de Macau, onde deu nas vistas por... ter causado um grande acidente numa das mangas do fim de semana competitivo.
Em 1995, faz a temporada na Formula 3, pela Alan Docking Racing, onde os resultados foram bons, vencendo uma das corridas do ano. Mas esta era uma corrida especial: era a corrida de suporte do GP de Inglaterra, em Silverstone. Continua em 1996, mas não consegue mais do que o 12º lugar no campeonato, e corre seis provas na rebaptizada Formula 2, com antigos carros de Formula 3000, pela Edembridge Racing. Não ganhou corridas, mas chegou em segundo lugar em três dessas corridas.
Vendo que era esse o seu futuro, passa em 1997 para a Formula 3000 europeia, pela Redman e Bright, com um Reynard-Ford. Mas os resultados iniciais foram pobres, e na época de 1998, passa para a Astromega, onde estes melhoraram significativamente. Era uma época onde estavam os melhores da América do Sul: o brasileiro Max Wilson e o colombiano Juan Pablo Montoya. "Gonzo" ganhou duas corridas e esteve na briga pelo título, mas a regularidade naquele ano não foi muito forte, e acabou a época na sétima posição.
O ano de 1999 era prometedor. Continuou na Astromega, e começou o ano nos Turismos, onde ganhou uma corrida em Punta del Leste. Quando a temporada começou, consegue a vitória mais prestigiante de todas: a vitória no GP do Mónaco. Consegue mais dois segundos lugares, em Nurburgring e Spa-Francochamps, na sua corrida final nesse campeonato. No final de Agosto, era o segundo classificado das séries, brigando pelo título com o alemão Nick Heidfeld e o dinamarquês Jason Watt (que era mestiço, como Lewis Hamilton)