sábado, 25 de abril de 2009
WRC - Rali da Argentina (Dia 2)
Formula Renault: Felix da Costa ganha em Hockenheim
Para o Espaço! E mais além...
Formula 1 - Ronda 4, Bahrein (Qualificação)
"Não foi uma qualificação fácil para ninguém e em especial para nós, já que sofremos com alguns problemas ao longo do fim-de-semana, primeiro com a bomba de combustível e depois com os travões, que não estavam ao meu gosto, mas sabia que tinha um bom carro e que podia lutar pela 'pole'. Estou muito feliz pela equipa, que passou por momentos difíceis nestas últimas semanas", disse Trulli, que confessou o seu espanto pelo resultado, pois "não estava muito confiante para a Qualificação porque trabalhámos, sobretudo, para a corrida".
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Mais uma etapa na vida deste blog
Ayrton Senna - O documentário
Formula 1 - Ronda 4, Bahrein (Treinos Livres)
Na primeira sessão de treinos, disputada sob uma pista ainda escorregadia devido ao pouco uso, o britânico Lewis Hamilton foi o piloto mais rápido da sessão, demonstrando um bom andamento por parte dos McLaren-Mercedes. O actual campeão do mundo tirou melhor partido dos seus pneus, conseguindo uma volta em 1.33,647 segundos, tempo que lhe valeu o primeiro posto. No entanto, e só no final da sessão algumas equipas se conseguiram aproximar, como foi o caso da BMW Sauber, que tirando partido dos pneus mais macios, colocou Nick Heidfeld e Robert Kubica nas duas posições seguintes, a 0.260 segundos e 0.291 segundos, respectivamente.
Na segunda sessão de treinos livres, ocorrida mais para o meio dia, hora de Lisboa, o piloto da Williams registou o melhor tempo, com 1.33,339 segundos, 0,191 segundos mais rápido que o segundo classificado, Fernando Alonso. O piloto da Renault comprova assim as melhorias do R29, que já na China tinha demonstrado uma performance mais eficaz nos treinos.
Na terceira posição ficou o Toyota de Jarno Trulli, a 0,277 segundos, ao passo que o vencedor de Xangai, Sebastien Vettel, ficou com o quarto lugar, a 0,322 segundos de Rosberg. O piloto alemão ficou logo à frente de Mark Webber.
O actual lider do campeonato, Jenson Button, fez com a sua Brawn GP o sexto melhor tempo, a 0,355 segundos de Rosberg. Outro resultado interessante tiveram os Force India, que demonstram grandes progressos neste fim de semana, apóis terem colocado os novos difusores e fundo que foram montados nos VJM02. Adrian Sutil ficou com o sétimo melhor tempo, enquanto que Giancarlo Fisichella conseguiu o 12º melhor tempo. Rubens Barrichello foi nono, atrás de Timo Glock, mas à frente do segundo Williams de Kazuki Nakajima.
Lewis Hamilton, que foi o melhor de manhã, esta tarde não foi além do 11º tempo na tabela. Aliás, o mais interessante nesta sessão, os últimos cinco lugares foram ocupados por pilotos que de equipas que no ano passado lutavam pelas vitórias: Nelson Piquet foi o 15º, ao passo que na Ferrari a situação continua muito 'negra' com Felipe Massa a não ir além de 16º e Kimi Raikkonen de 18º. Pelo meio ficou Robert Kubica (17º) no BMW Sauber, mostrando que a equipa bávara também não estará nas melhores condições, ao que se juntou o 20º de Nick Heidfeld. Em 19º, e sem conseguir acompanhar os tempos do seu companheiro de equipa, ficou o finlandês Heikki Kovalainen.
Mas isso tem uma boa explicação: o equilíbrio registado nesta sessão foi grande, pois entre o primeiro posto e o último existiu menos de um segundo e meio de diferença. Amanhã, na qualificação, veremos se este equilibrio entre os extremos se manterá...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
PTCC 2009 - Braga (Antevisão)
Depois da Lola, as intenções da Prodrive
Há 3 mil posts atrás...
GP Memória - San Marino 1989
A vitória da Scuderia, por seu turno, tinha atraído imensa gente ao agora rebaptizado Circuito Enzo e Dino Ferrari, estando presentes mais de 120 mil espectadores no dia da corrida, e os “tiffosi” estavam esperançados em ver repetida a façanha do Brasil, com Nigel Mansell a ser o novo herói da “Rossa”.
Havia uma novidade de maior na lista de inscritos: a AGS estreava oficialmente o italiano Gabriele Tarquini na equipa, para substituir Phillipe Streiff, irremediavelmente lesionado no seu acidente em Jacarépaguá. A Tyrrell estreava o seu carro novo, o modelo 018, mas somente para Michele Alboreto, já que Jonathan Palmer ficava ainda com o modelo antigo. Mas o modelo apresentou muitos problemas no fim-de-semana competitivo, e não conseguiu qualificar-se para a corrida. Seria a primeira de muitas não-qualificações sensacionais que iriam fertilizar esta temporada…
A pré-qualificação de sexta-feira de manhã tinha seleccionado os dois Brabham, de Martin Brundle e Stefano Modena, que passaram facilmente, o Dallara de Alex Caffi e o Osella de Nicola Larini. Nos treinos de qualificação, no Sábado à tarde, a Mclaren levou a melhor, monopolizando a primeira fila da grelha, com Ayrton Senna à frente de Alain Prost, e na segunda fila, o Ferrari de Nigel Mansell foi mais rápido que o Williams-Renault de Riccardo Patrese. Na terceira fila, o segundo Ferrari de Gerhard Berger superava o segundo Williams de Thierry Boutsen, e na quarta fila, Alessandro Nannini era sétimo, à frente de Nelson Piquet, no seu Lótus-Judd. A fechar o “top ten” estavam o Dallara de Alex Caffi e o Ligier de Olivier Grouillard.
Em 30 participantes na qualificação, em 26 vagas, houve quatro que ficaram de fora. O já referido Tyrrell de Michele Alboreto, o Ligier de René Arnoux, que batera na qualificação, o Rial do alemão Christian Danner e o Coloni de Roberto Moreno.
Sob um dia ameno de Primavera, máquinas e pilotos estavam prontos para correr naquele Domingo, 23 de Abril de 1989, na veloz pista de Imola. Na partida, Senna mantêm o primeiro lugar á partida e até à primeira curva, superando Prost, e vai-se embora, com Mansell e Patrese logo a seguir, e Berger era quinto, à frente de Thierry Boutsen. As coisas mantêm assim até ao inicio da quarta volta, quando Berger segue em frente na rápida Curva Tamburello a mais de 200 km/hora, e bate violentamente no muro da pista, arrastando-se até parar. Imediatamente, o Ferrari cheio de gasolina pega fogo.
“À medida que os segundos iam passando assustadoramente, os meus olhos ficavam embaçados. Era a inesquecível memória dos dramáticos momentos de Roger Williamson, em Zandvoort, em 1973, morrendo carbonizado dentro da sua March. Gerhard Berger permanecia envolto em chamas, dentro da sua Ferrari. Naquele braseiro alimentado pelos quase 200 litros de gasolina ainda existentes à quarta volta, a temperatura e os fumos podem ser fatais.
Recordações, também, do terrível acidente de Niki Lauda, em Nurburgring, em 1976.
A Ferrari de Berger seguia na quarta volta atrás de Patrese, na quinta posição. Na tomada da Curva Tamburello, onde Piquet embatera a mais de 250 km/hora nos treinos com a Williams, em 1987, o carro segue em frente, directo para se chocar violentamente contra o muro, sem que seja esboçado qualquer movimento de direcção para evitar ou corrigir o rumo fatal do carro. Boutsen, que seguia atrás de Berger, conta que viu o spoiler dianteiro da Ferrari a soltar-se. Depois de embater no muro a mais de 200 km/hora, de rodopiar e voltar a bater de flanco, o carro incendeia-se, transformando-se numa bola de fogo, com Berger lá dentro.
Mas felizmente os tempos são outros. A segurança é muito maior. Dos habitáculos. Da pista.
Em 15,2 segundos, os competentes comissários de pista italianos accionaram o primeiro extintor em cima da Ferrari, conseguem por fim ao fogo em cinco segundos e retirar Berger do cockpit. Transportado ao Centro Médico do circuito, constata-se outro milagre: Berger nada tem, além de queimaduras nas mãos!” Este é o relato emocionado de Francisco Santos, ao descrever no seu anuário os segundos posteriores ao acidente de Berger.
Depois de socorrer o piloto austríaco, a prova esteve parada durante uma hora até à segunda partida, com menos uma volta da prevista. Quanto aos resultados, iriam ser juntados nas duas partidas e iria ser feito uma média. Nessa segunda partida… a polémica. Prost partiu melhor, mas na travagem da curva Tosa, Senna ultrapassa-o para a liderança. Prost afirma que o brasileiro tinha violado um acordo de cavalheiros que tinham feito antes, e as relações, que já eram tensas desde um incidente similar seis meses antes no Estoril, ficaram definitivamente quebradas. “Só me passou porque pensou que tinha palavra. Mas continua o mesmo do ano passado”, afirmou Prost no final da corrida.
Depois disso, o resto da corrida foi mais calmo. As McLaren dominaram-na, dando quase uma volta ao terceiro classificado, o Benetton de Alessandro Nannini, que herdara a posição a Nigel Mansell, que tinha desistido na volta 23, devido à caixa de velocidades. A seguir a Nannini, vinha Nelson Piquet, que não durou muito mais, pois na volta 29, o motor explodiu. Assim, o quarto posto caiu nas mãos de Thierry Boutsen, que o conservou até ao final. Mas os comissários de pista desclassificaram-no, porque descobriu-se que tinham trocado de pneus entre as duas partidas, a ele e a Alex Caffi, o sétimo classificado. Mas meses depois, descobriu-se que os comissários italianos tinham autorizado a troca, e devolvidos os lugares que tinham sido retirados. Assim, com o pódio Senna-Prost-Nannini, Thierry Boutsen foi quarto, o Arrows de Derek Warwick foi quinto e o Tyrrell de Jonathan Palmer fechou os pontos.
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1989/90, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1989.
http://en.wikipedia.org/wiki/1989_San_Marino_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr470.html
5ª Coluna: Há sempre uma primeira vez para tudo!
Ron Dennis has left the building!
Um dia teria de acontecer: Ron Dennis abandonou definitivamente a McLaren, após 28 anos de bons serviços à marca, e mais de 40 anos de Formula 1, onde chegou no já distante ano de 1968, como simples mecânico da Cooper. A despedida era anunciada desde há algum tempo, mas o “Liargate” provavelmente precipitou as coisas. Os cínicos afirmam que a coincidência da saída e a data da audição da equipa na FIA faz parte de um rebuscado esquema para impedir a exclusão da equipa da Formula 1. Até prova em contrário, não passa de uma bela teoria da conspiração…
"Admito que nem sempre fui fácil de lidar. Admito que sempre dei tudo pela McLaren na Fórmula 1. Duvido que o Max Mosley ou o Bernie Ecclestone fiquem descontentes com a minha decisão. Mas ninguém me pediu para o fazer. Foi uma decisão minha. Igualmente, fui o arquitecto da reestruturação do Grupo McLaren. Uma vez mais, ninguém me pediu para o fazer. Foi uma decisão minha", acrescentou. Apesar de achar que a coincidência é fortuita, toda a gente sabe que as divergências de Dennis com os actuais manda-chuvas da FIA, Bernie Ecclestone e Max Mosley são mais do que públicas. Aliás, nunca foi devidamente desmentido o rumor de que Dennis teria sido a "fonte" do famoso video do "Whimpmaser Max", divulgado no ano passado...
Bom, a McLaren vai ser ouvida pela FIA a 27 de Abril, dois dias depois do Baherin. As cartas estão todas em cima da mesa. E a teoria da conspiração a pairar: se o “Liargate” der, para além de uma multa pesada, zero sanções desportivas, como arranjar outra lógica sem ser aquela da troca de favores? Mas sanção desportiva à equipa, como retirada dos pontos ou exclusão da equipa por algumas corridas, acho na minha modesta opinião, uma sanção demasiado pesada.
GP China: Red Bull ganhou… barbatanas!
O GP da China foi mais um que aconteceu… debaixo de chuva. Depois da tempestade da Malásia, parecia que a China iria poupar-nos de carga de água semelhante. Engano. Mas aqui, as coisas foram mais constantes (e sem mudança de horário), logo, o que assistimos foi algo de inédito.
Sebastien Vettel tornou-se pela primeira vez em muito tempo no piloto que inaugurou o rol de vitórias em duas equipas, a Red Bull e a Toro Rosso. E das duas vezes, as circunstâncias foram as mesmas: debaixo de chuva, depois de fazer na véspera a “pole-position”. O que demonstra duas coisas: que não só é um digno sucessor de Michael Schumacher, como também que o título de “Regenmeister” (rei da Chuva) lhe assenta que nem uma luva. Agora, Sebastien… uma vitória em seco, se faz favor, para podermos todos escrever nos nossos jornais e blogs a seguinte expressão: “Red Bull dá-lhe asas!”
Mas a corrida não foi só chuva e Vettel. Houve mais coisas dignas de registo, a começar pela Brawn GP. O facto de terem ficado com as posições seguintes não significa necessariamente que isto seja o começo do fim. Afinal, Button foi terceiro e manteve a liderança, e Rubens Barrichello foi quarto e fez a volta mais rápida da corrida, portanto, até se pode dizer que foi um resultado normal…
E a McLaren esteve bem, quem diria! Apesar das muitas rodadas de Lewis Hamilton, que fizeram com que Heiki Kovalainen ficasse à frente dele, o facto da equipa ter conseguido sete pontos é um feito, e deve ser comemorado, pois em relação ao desmoronamento da “antiga ordem”, é a que apresenta menores prejuízos…
E já agora, uma questão aos leitores: depois do que fez na China, e da reacção de Flávio Briatore à sua performance, acham que o Nelsinho Piquet tem realmente os dias contados?
Parece que o Commendatore está a dar voltas na tumba!
Quando Enzo Ferrari morreu, em 1988, a Ferrari estava há nove anos sem ganhar títulos mundiais de pilotos, e cinco de construtores. Esperou mais onze para voltar a ganhar títulos de pilotos, com Michael Schumacher, que deu mais quarto seguidas, até 2004. Com isso, toda a gente julgou que marca do Cavalino Rampante iria dominar a Formula 1 para sempre. Este ano, essa afirmação prova ser errada, e os comediantes italianos “scherzam” com “La Rossa”, dizendo que passaram de cavalo para burro. Não necessariamente, mas está-se a provar que este é um carro mal nascido e não consegue apanhar a nova ordem. Este F60 está a candidatar-se a ficar ao lado de modelos como o 312T5 de 1980, ou então o F92-A, de 1992, como um dos piores carros jamais feitos para os lados de Maranello. O que é pena, para dois pilotos de estirpe como Felipe Massa e Kimi Raikonnen. Os alarmes estão há muito acesos, mas demoram a reagir ás adversidades, e duvido que o Bahrein seja o lugar ideal para isso, a não ser que tenham a Dama Sorte a seu lado…
Mas enquanto torcem e trabalham para que isso aconteça, eis um facto conhecido de todos: a Ferrari está na sua pior temporada desde 1981, quando não pontuou nas três primeiras corridas do campeonato. Os seus pilotos? Gilles Villeneuve e Didier Pironi. O carro tinha um chassis nitidamente mau, mas o canadiano fez milagres ao volante, especialmente em Espanha, quando segurou quatro carros até à meta, em Espanha. Provavelmente pediria a Massa e Raikonnen que lutem para melhorar o seu carro, mas não creio que tenham o espírito de Gilles…
E para terminar, vamos este fim-de-semana ao Bahrein, uma minúscula ilha no Golfo Pérsico, correr no circuito de Shakir. Um lugar onde quando chove, temos a certeza que é feriado nacional. Contudo, as tempestades de areia são comuns. Será que por fim teremos uma corrida dita normal, pelo menos no que respeita ao boletim meteorológico?
Veremos. Até lá!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Formula 1 em Cartoons - Marchesi Design (China)
A cada dia que passa...
Noticias: Lola pode voltar em 2010?
Formula 1 em Cartoons - A animação do Mantovani (China)
Charge GP da China no Yahoo! Vídeo
Noticias: Lista dos inscritos da Indy 500 de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Formula 1 em Cartoons - Blog do Tuta (China)
Formula 1 em Cartoons - Laser Car Design (China)
Historieta da Formula 1 - Quando as almofadas fizeram aterrar um avião
A capa do Autosport desta semana
Mais acima, quatro antevisões para o próximo fim de semana: a pressão que o lider Jenson Button e da Brawn GP tem para o Bahrein, o excelente começo de António Felix da Costa na Formula Renault, que vai querer continuar em Hockenheim, e saber se Sebastien Löeb conseguirá na Argentina, a sua quinta vitória consecutiva no Mundial deste ano. Para além disso, o duelo que se adivinha no Moto GP, entre Valentino Rossi e Casey Stoner, no circuito japonês de Motegi. Um fim de semana escaldante em prespectiva!
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Formula 1 em Cartoons - GP Series (China)
Formula 1 em Cartoons: Os Bonecos do Bruno (China)
Feliz Aniversário, João Carlos!
As notas do GP da China
Sobre essa (a nota dois dada ao Felipe Massa), eu sei que é um bocado cruel, mas eu cingo-me aos factos: Massa partiu mal na grelha, e não terminou devido a um problema no seu carro. Poderia ter dado mais um ponto, devido à corrida que fez, mas mesmo aí ele herdou mais do que conquistou, comparado com Timo Glock, por exemplo. Se terminasse a corrida nos pontos, a história seria diferente. Mas não daria nota oito ou algo parecido. Não dou notas por simpatia ou pelos olhos bonitos!
A nota cinco ao Kovalainen... não achei que tenha feito uma grande corrida. Mas pontuou, isso é facto!
E em relação aos outros... nota cinco ao Rubens Barrichello? Quarto lugar e a melhor volta da corrida valem uma simples nota cinco? E eu é que sou o mauzão! E depois tenho que escrever à Priscilla porque é que o Nick Heidfeld merece uma nota seis em Xangai quando nem chegou perto dos pontos.
Semana que vem temos Bahrein. E mais motivos para discussão, certamente...
Formula 1 - Ronda 3, China (Revista da Blogosfera)
Se nas duas primeiras corridas a novata Brawn conseguiu duas incríveis vitórias, a Red Bull, de apenas cinco anos de idade, confirmou que a F1 está sendo dominada em 2009 pelas equipes novas, em contraste com as veteranas Ferrari, McLaren e Williams. Para coroar essa força jovem, Sebatian Vettel, de 21 anos de idade, conquistou sua segunda vitória na curta carreira e deu a Dietrich Mateschitz o prazer de ver suas duas equipes com uma vitória cada, sempre conquistada por Vettel. E nesse domingo ainda teve o gostinho da dobradinha de Mark Webber, o que coloca a equipe como uma rival direta a Brawn, que fez uma corrida para marcar pontos e veio logo em seguida.(…)
A corrida desse ano foi a que teve menos emoção, o que já significa uma mudança significativa com relação aos outros anos, pois uma corrida com chuva era sempre celebrada para que houvesse uma mudança no status quo da categoria. Hoje a chuva trouxe erros e ultrapassagens, mas isso também vimos nas duas primeiras corridas no seco e a expectativa é de um campeonato assim, cheio de alternativas e supresas. As três primeiras corridas não trouxe um panorama definitivo da temporada, mas muitos pilotos já estão sendo chamuscados pela comparação com seus companheiros de equipe ou pelas circunstâncias das provas. A única certeza até agora é que esse Vettel é simplesmente bom demais!
João Carlos Viana, jcspeedway
(…) la carrera, sin el maldito SC, ha sido de las de no olvidar, porque la lluvia cumple la misión de descubrir ante nuestros ojos a los mejores pilotos. En este orden de cosas, me quedo con el nivelazo que está adquiriendo y demostrando Vettel, veloz ayer sobre seco y hoy sobre mojado, seguro, maduro y muy agresivo siempre. Mi Felipe hasta que su Ferrari ha dicho basta (¿no decían que sobre agua se ahogaba?). Buemi peleando sobre su Toro Rosso. Glock, mojando una y otra vez la oreja de su compañero Trulli con su enorme consistencia. Y Fernando, con un ornitorrinco recién estrenado, exprimiéndolo al máximo y sin poder exigirle más (ha pagado caro los dos intentos de hacerlo).
La lluvia también pone de relieve las carencias de unos y otros, no lo olvido, y por ello me veo en la obligación de tirar la toalla en mi tradicional defensa de Nelson Piquet (¡la madre que lo parió!). He echado de menos que Sutil siga sin firmar después de mostrarse sencillamente soberbio con su pobre Force India, hasta que ha clavado el morro contra las protecciones presa de sus propios nervios (¿y el Safety?). Y lamento que Nico y Robert hayan parecido hoy lo que no son.
Para terminar, no me gustaría dejar de mencionar que el G.P. de China ha significado la rúbrica del buen trabajo realizado en Red Bull desde que abandonaran la filosofía de coches anuncio la temporada pasada (Webber ha sido un digno segundo en el podio, ayudando a firmar el doblete); la demostración de que los Brawn no son intocables, como se temía; y la constatación de que el tiempo perdido se está recuperando a marchas forzadas (McLaren, a pesar del excesivo nerviosismo que ha mostrado Hamilton, ha cubierto con creces un primer tramo de evolución muy prometedor).Todo está abierto de nuevo. Muy abierto.
Orroe, N U R B U R G R I N G
Uma frase de um professor meu ecoou durante as voltas de Xangai. Diz ele que uma tatuagem revela mais sobre quem a vê do que sobre quem a faz. O GP da China parece análogo: diz muito mais a respeito de quem assistiu do que a respeito de quem pilotou.Não, claro, que tenha sido mudo, muito pelo contrário. Vettel se confirmou como estrela em ascensão, candidato a ser a próxima estrela. Button se manteve na ponta do campeonato. Barrichello talvez tenha perdido a última oportunidade de mudar sua reputação. Hamilton parece não saber qual direção deve seguir – fora e dentro da pista. A Ferrari parece ter voltado aos tempos pré-Jean Todt.
Confirmação, confirmação, confirmação. Não é estranho que, em uma corrida com chuva, tantas hipóteses tenham obtido comprovação empírica? Não é mais estranho ainda que ninguém tenha julgado a corrida como particularmente chata?Na terceira prova de um campeonato que prometia mais ultrapassagens, chegou-se à terceira prova em que o pole vence a corrida. E, no entanto, os espectadores não reclamam.Não obstante, os GPs da Malásia e da China foram furiosamente atípicos. Mesmo assim, o padrão dos anos anteriores se repete: corridas vencidas no sábado. Com uma diferença. Essa máxima era abalada em corridas com chuva. Já não é mais. Que as mudanças no regulamento trouxeram mudanças ‘políticas’ na categoria, com a inversão de forças, a vitória de equipes outrora pequenas, é inegável, mas será que toda essa revolução seria apenas cosmética? A Fórmula 1 trocou de espírito ou tão somente de esmalte?
Talvez daqui a dois ou dez anos tenhamos a exata medida de o quão satisfatório é essa Fórmula 1 2009, da precisa influência do pacote aerodinâmico, do que realmente mudou, se mudou.
Você assistiu ao GP da China na frente da televisão e, quem sabe, se surpreendeu com o que viu. Mas você não se deu conta de que, ao mesmo tempo, a Fórmula 1 também assistiu a você: ela também ficou surpresa com que viu.
Daniel Medici, Cadernos do Automobilismo
Quando as imagens surgiram na tela e a pista estava molhada – para ser bonzinho – temi pelo pior. Esperava uma prova equilibrada, ainda que com leve favoritismo aos carros de Ross Brawn, e pensei que a chuva atrapalharia.
A largada, ainda sob a égide do safety car reforçou esta má impressão. Achei até que não agüentaria assistir a corrida que se avizinhava monótona. Ameaçando até neutralizar as vantagens e desvantagens da diferença de combustível nos tanques.Alonso e a Renault de Flávio Briattore resolveram mudar a estratégia e por mais gasolina, só que foram traídos pela largada em movimento. O que na prática resultou em que o asturiano largou dos boxes e na ultima posição.
Porém, quando o Mercedão prateado apagou suas luzes e se recolheu aos boxes, o que se apresentou diante de nossos olhos foi um show. Show de Sebastian Vettel, que sob temporais e pistas quase impraticáveis é um verdadeiro imperador.
Tocada segura, firme, elegante e principalmente: rápida. Não foi nenhuma vez sequer ameaçado em seu reinado na pista chinesa. Imperou de ponta a ponta (se não contarmos as paradas de boxe) pelos carros da Brawn e por seu companheiro de equipe Mark Webber.
(…)
1B e Button ficando um pouco mais para trás.
Então o inevitável acontece. 1B aparece na classificação atrás do inglês. Era questão de tempo, e que ninguém se engane se 1B se classificar algumas vezes na frente de Jenson. Era assim também na Ferrari e a história todo mundo aqui sabe como acaba. E vão argumentar que 1B erro a freada e passou reto na ultima curva do circuito, mas, insisto. Se não fosse ali seria nos boxes, ou mesmo em uma ordem do tipo: “Deixe passar pelo campeonato.”. Tem coisas que não mudam nunca.
Ao fim a festa foi mesmo do alemãozinho das águas. Em segundo seu companheiro ornitorrinco, seguido pelo primeiro piloto da Brawn. A chuva, que parecia que novamente atrapalharia o espetáculo até ajudou. Mas para nossa sorte não vai chover no Bahrein. Porque se cair água lá no deserto ai teremos toda a certeza do mundo que a F1 mudou de vez.
Ron Groo, Blog do Groo
A Red Bull não tem KERS, não tem um difusor duplo mágico, mas tem Adrian Newey e Sebastian Vettel. O genial designer inglês projetou nos últimos três anos carros “anfibios” que foram capazes de entregar vitórias a Vettel hoje e no ano passado em Monza, mas também capazes de fazer brilhar o único estreante esse ano, o também jovem Sebastian Buemi, que caçou e ultrapassou Kimi Raikkonen no início da prova e segurou o super campeão Fernando Alonso durante várias voltas.
De um lado sortudo por ser atingido por Sebastian Buemi sob difíceis condições de visibilidade, o talentoso Sebastian dominou toda a corrida, mesmo tendo uma estratégia de corrida fragilizada pela chuva inicial. Mesmo assim, as Brawns não tiveram força para transformar essa aparente vantagem estratégica em um desafio maior às duas Red Bulls.
Dessa vez o propalado difusor da Brawn não fez a diferença, mas ainda assim Jenson Button fez uma corrida firme e mínima em erros, enquanto Rubens Barrichello, depois de saída de pista, perdeu ritmo frente ao seu companheiro de equipe, voltando a ganhar posições após a sua primeira parada nos boxes, chegando ao final em 5º, à frente de Heikki Kovalainen. O finlandês finalmente fez uma corrida limpa, marcando pontos e deixando Lewis Hamilton para trás.
(…) Cornetada a parte, a corrida de hoje deixou bem clara a quantas anda e andará esse campeonato: nada é de ninguém, ganha aquele que for mais esperto e mais competente. Não mudou muita coisa, mudou tudo da ultima temporada para essa. Equipes consideradas fortes no ultimo campeonato, amargam posições péssimas e carros medíocres.
O olho sempre maior que a barriga impediu as tais equipes de pensar no futuro, foco é bom, mas é bom um foco que se faça enxergar o todo.
Todo o grid (ou quase todo) se provou excelente, temos literalmente uma safra admirável de pilotos, o que ajuda e muito nessa salada que transformou-se a temporada corrente.
Os carros NÃO se resumem a difusores, fato. Red Bull fez história hoje sem difusor nem KERS, um carro excelente que não precisou de nada mais que muita competência e dedicação para ser concebido.
O KERS, novamente o KERS, esse gritou algumas vezes, mas não fez a diferença, utensílio que mais atrapalha do que ajuda, presente de grego da FIA as equipes que resolveram adotá-lo.
A temporada dos gigantes parece finalmente ter começado, Button está na frente, mas ainda não é inalcançável, pilotos tão sedentos quanto, vem correndo em busca de seu lugar. Ultrapassagens, ultrapassagens e mais ultrapassagens, a coisa pega fogo e a gente se segura no sofá pra tentar não perder nada, o que vem parecendo ser uma tentativa vã.
Semana que vem, no Bahrein, mais um round simplesmente indecifrável e “inapostável” para contemplar aqueles que acordam cedo ou não dormem, e vem tendo recompensas dignas dos deuses.
Até mais.
Ingryd Lamas, Athena Grand Prix