Apesar de ele ter ganho com folga, o piloto britânico reconheceu que, por causa das condições meteorológicas, o rali tornou-se complicado para ele. “Estas especiais são das mais bonitas do mundo, mas este fim de semana foram das mais traiçoeiras”, começou poa afirmar Meeke no final do troço da Lameirinha, que serviu como Power Stage.
“Sinceramente, há muitos, muitos anos que não gostava tanto de conduzir num rali. Sinceramente. No ano passado. Não gostei muito do carro na terra. Quando comecei, fiz a Aboboreira e o WRC Rally de Portugal, que foi bastante curto. Depois veio o alcatrão, mas não gostei muito devido a alguns problemas com os diferenciais e não me sentia confortável.
"É um prazer conduzir aqui, especialmente com todos os espectadores e tudo o mais. Por isso, para mim, um grande obrigado à Hyundai Portugal por me dar a oportunidade de continuar a deixar-me fazer ralis. É o que eu adoro fazer, para mim é especial conduzir nestas condições, sinto-me muito confortável na lama. Sim, honestamente, senti-me muito bem. Por vezes, parecia o rali da Grã-Bretanha. Até apanhamos neve. Esta manhã foi muito difícil. Foi como um Monte Carlo, e depois à tarde os troços estavam cheios de lama. Acho que a Michelin tem um pneu muito, muito bom nestas condições. É um pneu muito mais aberto para a lama.", continuou.
De qualquer forma, fiquei satisfeito com os meus pneus este fim de semana e vamos continuar a fazer um bom trabalho.", concluiu.
Este sábado teve chuva, neve e muita lama, e as maiores dificuldades aconteceram na primeira passagem por Luílhas e Cabeceiras de Basto, onde as equipas revelaram ter sido um verdadeiro desafio. As restantes classificativas do dia não foram fáceis, mas menos difíceis que os dois primeiros troços.
Ali, Meeke foi o mais veloz, 11,6 segundos melhor que Armindo Araújo, com Bulacia a ser o terceiro, a 12,9. O boliviano acabou por ser o mais rápido na primeira passagem por Cabeeias de Basto, 6,4 segundos na frente de Meeke e 7,7 na frente do espanhol Alejandro Villanueva. Armindo foi quarto, a 13 segundos. Na primeira passagem por Luílhas, Meeke woltou a ganhar, 10,2 segundos mais rápido de Armindo Araújo e 12,5 sobre Marco Bulacia. No final da manhã, na segunda passagem por Cabeceiras de Basto, Armindo acabou por ser o vencedor, 7,9 segundos sobre o campeão açoriano, Ruben Rodrigues, e 10,4 sobre Villanueva.
A parte da tarde tem passagens duplas por Seixoso e Lameirinha, com Meeke a ganhar em todas elas. Primeiro, foi o melhor com 9,5 segundos na frente de Armindo, 14,7 sobre Ruben Rodrigues, voltando a triunfar na primeira passagem por Lameirinha, com 6,2 segundos sobre Armindo e 9,6 sobre Bulacia, e na segunda passagem por Seixoso, o britânico acabou com uma vantagem de 5,7 sobre o piloto de Santo Tirso e 10,1 sobre Ruben Rodrigues.
Por fim, na Power Stage, acabou com 8,9 segundos sobre Bulacia e 11,6 sobre Araújo, numa especial onde Sebastian Franco acabou por desistir.
Sobe a concorrência, o piloto de Santo Tirso afirmou que tinha de "impôr um ritmo forte. Estávamos a lutar com pilotos muito fortes, pilotos do mundial, por exemplo o Marco Bulacia é piloto oficial da Citroen e nós conseguimos aqui ter um ritmo mais forte do que ele demonstrando que estamos com um bom ritmo. E obviamente temos de dar os parabéns ao Kris Meeke pela vitória dele que conseguiu aquilo que era expectável."
Depois dos quatro primeiros, quinto foi José Pedro Fontes, no seu Citroen C3 Rally2, a 3.03,3, na frente do Hyundai de Pedro Meireles, a 4.58,7. Sétimo acabou por ser Ricardo Teodósio, a 5.01,5, na frente do carro de Paulo Neto, a 7.10,3. Sergi Pérez Jr. e Lucas Simões (Ford Fiesta Rally2) fecham o "top ten".