sábado, 22 de setembro de 2018

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A ACO e a FIA apresentaram hoje em Spa-Francochamps um carro movido a hidrogénio, que deu uma volta de "recreio" na pista belga, adiante da prova das Quatro Horas, a contar para o Europeu de Endurance. Foi apenas uma volta, porque problemas elétricos fizeram com que parasse nas boxes cedo, mas a ideia era de demonstrar perante o público.

Sei de muitos que acham que o hidrogénio é a verdadeira solução para a substituição dos combustíveis fósseis para um não poluente. Contudo, o pessoal da área tem andado a provar que - pelo menos para os carros - o hidrogénio não tem vantagens em relação ao elétrico. É certo que o hidrogénio é o elemento mais abundante na Natureza e no Universo, mas a tecnologia da captura e transformação em um gás liquefeito, que sirva para abastecer motores desse tipo, é complexo e gasta-se muita energia, mais energia do que numa tecnologia a baterias. E para piorar as coisas, a eficiência desses motores a hidrogénio é equivalente aos motores de combustão interna, cerca de 35 por cento, enquanto as baterias elétricas andam, na pior das chances, pelos 90 por cento de eficácia.

Não digo que não se façam pesquisas para o hidrogénio. Esta semana noticiou-se o inicio das atividades na Alemanha de dois comboios movidos a hidrogénio, como alternativa ao Diesel. Acho que o hidrogénio poderia ser uma alternativa em termos de barcos, comboios e aviões, mas não em carros. A eficiência dos carros elétricos e a crescente autonomia das baterias, bem como a sua durabilidade - as baterias dos automóveis NÃO SÃO as baterias usadas no nosso telemóvel ou computador portátil, bem como a possibilidade de carregar em casa - fazem quase com esta discussão esteja já resolvida a favor do carro elétrico.

Mas é interessante ver esta tecnologia no automobilismo, apesar de saber da existência de projetos semelhantes desde 2011, especialmente o projeto da Universidade de Delft, na Holanda. Contudo, ainda falta saber quando é que o carro a hidrogénio bate o carro a gasolina numa corrida, em chances iguais. E essa é ainda a grande questão.

CNR 2018 - O relato do Rali Amarante Baião

Foi duro, mas no final, José Pedro Fontes foi o vencedor do Rali Amarante Baião e conseguiu bater João Barros num duelo a dois. O líder do campeonato, Armindo Araújo, ficou com o lugar mais baixo do pódio e deu um avanço de 23,2 segundos sobre Ricardo Teodósio e vai para o Algarve mais descansado em relação à luta pelo título nacional.

"Foi muito bom, depois de tudo o que passamos. Há um ano, estava de muletas e de colete. Queria dedicar esta vitória à Inês [Inês Ponte, sua navegadora em 2017] e a toda a equipa, a toda a gente que nos tem ajudado a ultrapassar a fase mais difícil que tive. E dar os parabéns ao João [Barros] e ao António [Costa, seu navegador], que fizeram um rali fantástico e qualquer um dos dois era um justo vencedor", disse Fontes, no final da prova.

Do lado dos derrotados, João Barros afirmou que sonhou com a vitória: "No rali não [alcancei] as minhas expectativas. Este fim de semana ganhei o direito de sonhar em ganhar o rali, andei a liderar até quase ao final, e o Zé Pedro conseguiu mostrar-se mais forte nestes últimos troços, eu penso que ele encaixou melhor estes troços que eu e nada tinha a fazer. O carro estava muito bom e mostrei que tinha andamento, só que o Zé Pedro nestes últimos dois troços mostrou que tinha uma palavra a dizer e conseguiu surpreender no final. Dou os parabéns pela vitória e pela excelente recuperação", disse.

Prova de estreia no campeonato nacional, o Rali Amarante Baião tornou-se num dos decisivos para o campeonato por causa dos pilotos que lutavam pelo título. Armindo Araújo e Ricardo Teodósio eram os dois primeiros à entrada desta prova, mas José Pedro Fontes, depois da vitória na Madeira, tinha uma palavra a dizer, enquanto Miguel Barbosa e Pedro Meireles queriam baralhar as contas e João Barros estreava a sua nova montada, um Skoda Fabia R5, trocando o Ford Fiesta R5 que já tinha há quatro anos e já acusava a falta de competição.

E Barros mostrou que queria vencer. Logo na especial de abertura, na sexta-feira, ele foi o mais veloz na primeira passagem pelo troço do Marão, batendo Ricardo Teodósio por 4,8 segundos, e Armindo Araújo a 5,8. José Pedro Fontes era quarto na especial, a 6,2, na frente de Miguel Barbosa, quinto, a 11,6.

Barros venceu de novo na segunda especial, a segunda passagem por Marão, desta vez com um avanço de 1,1 segundos sobre Fontes e dois sobre Teodósio. Armindo Araújo era quarto, a 3,4.

O final do dia de sexta-feira acabava com a super-especial no centro de Amarante, onde Fontes conseguiu ser melhor que Miguel Barbosa, por 0,7 segundos, comn António Dias a ser terceiro, a 1,9 segundos. Teodósio foi quarto, na frente de Armindo e João Barros, sexto a 5,6 segundos do vencedor.

No final do primeiro dia, João Barros tinha um avanço de 5,2 segundos sobre José Pedro Fontes e 6,7 sobre Ricardo Teodósio. Armindo Araújo era quarto, a 9,1, na frente de Miguel Barbosa, a 17,2, e de Pedro Meireles, a 36,9. Diogo Gago, convidado a andar no Hyundai de Carlos Vieira, era sétimo, a 40 segundos.

O dia de sábado começava com a quarta especial, a primeira passagem por Baião, onde Barros foi melhor que fontes pela margem mínima, deixando Armindo a 4,1 segundos, mas o piloto de Santo Tirso estava satisfeito, pois o seu rival, Ricardo Teodósio, estava 0,8 segundos atrás de si.

Na quinta especial, Fontes atacou e venceu, e também pela margem mínima, com Armindo a ser terceiro, perdendo cinco segundos para os primeiros. E a luta continuou na sexta especial, com Barros a ganhar, com um segundo de vantagem sobre Fontes, enquanto Teodósio era terceiro, a 1,7 segundos, a Armindo o quarto, a 4,8.

A meio do rali, existiam dois duelos importantes: a da liderança (Barros vs Fontes), e a do lugar mais baixo do pódio, que também era a luta pelo comando do campeonato (Teodósio vs Armindo).

"O rali está a correr maravilhosamente bem, estamos com andamento muito bom, acho que é um andamento correto para o nosso ritmo", começou por dizer Barros.

"Estamos aqui a ter uma disputa acesa com um piloto, que é o José Pedro Fontes, que está a ser bastante interessante. Nós em quatro troços conseguimos ganhar uma décima e a diferença entre nós nunca conseguiu ser mais do que um segundo, o que é fantástico, e para vocês verem o ritmo que estamos a andar. E estamos a fazer tudo certo", continuou.

"Ainda falta a parte da tarde, vão ser quatro troços que vão decidir o vencedor, e penso que vai ser entre mim e o Zé Pedro Fontes. Temos de tentar melhorar o carro, vamos a ver.", concluiu.

Do lado do piloto da Citroen, a fome de vitória era a mesma:

"Ele está a fazer um rali fantástico, estamos a tentar acompanhar. Está tudo em aberto para a parte da tarde. Nós temos feito o que sabemos, eles tem sido muito competentes. Nós agora à tarde vamos a ver se conseguimos ser mais competentes que eles", comentou o piloto do Citroen C3 R5.

A parte da tarde, Fontes partiu ao ataque, batendo Armindo por 0,4 segundos, mas sobretudo, batiam Barros por 2,9 segundos, fazendo encurtar a diferença entre ambos. Teodósio era quarto, a 6,5 segundos. Agora, a diferença entre os dois primeiros tinha-se encurtado para 2,4 segundos... e ainda faltavam três especiais.

Mas na nona especial, quem venceu... foi Armindo Araújo. Com essa vitória, ele afastava-se em quase dez segundos sobre Ricardo Teodósio, garantido assim o terceiro posto, e entre os dois primeiros, Fontes ganhava mais 1,1 segundos sobre Barros, diminuindo ainda mais a diferença.

Foi na décima especial que se decidiu tudo. Fontes foi mais veloz em um segundo e maio sobre Barros e passou-o por meio segundo, e depois confirmou-o na última especial, acabando a vencer com uma vantagem de cinco segundos. No final, foram 4,5 segundos a diferença entre os dois primeiros, com Armindo a ser terceiro, na frente de Ricardo Teodósio. Miguel Barbosa foi quinto, na frente do Hyundai de Diogo Gago, a dois minutos e 32 segundos. O Ford Fiesta R5 de Pedro Almeida foi sétimo, a dois minutos e 39,2 segundos, na frente do Skoda de Pedro Meireles, a dois minutos 46,8 segundos, e a fechar o "top ten", o Hyundai de Paulo Meireles e o Skoda Fabia R5 de Joaquim Alves.

Agora, o Nacional de Ralis segue para o Algarve, onde encerrará as suas atividades para esta temporada.

Transferências futuras...

Hoje em dia, a Formula 1 é o pináculo do automobilismo. Não só para pilotos, como também para outros membros do staff: mecânicos, engenheiros e projetistas. É uma profissão no qual se ganha bem, embora nada parecido com o salário milionário que os pilotos levam para casa todos os anos. Contudo, isso poderá mudar nos próximos anos, se os planos da FIA foram para adiante. 

Esta semana andei a ler um artigo no site pitpass.com, onde se fala do "budget cap", ou seja, o limite orçamental das equipas de Formula 1 que Jean Todt quer implementar no futuro próximo, e do qual tenta convencer a Liberty Media e as equipas a fazer isso, para o seu próprio bem, digamos assim. Ali fala-se de um artigo do Daily Mail - sim, a fonte é péssima - dizendo que os salários aumentaram em 28,5 por cento nos última década. Mas Todt quer um limite de 150 milhões de libras para que as equipas gastem durante a temporada. Nesta altura, os gastos - pelo menos entre as equipas de topo - andam quase pelo dobro. A Mercedes gastou quase 275 milhões de libras para ser campeã, por exemplo.

Apesar da discussão ser muito de bastidores e não tanto de imprensa, as equipas começam a consciencializar de que os cortes poderão ser uma realidade. Primeiro, porque a Formula 1 está a dar prejuízo, as equipas tem cada vez mais dificuldades de arranjar patrocinadores - apesar de, recentemente, a Liberty Media ter assinado um acordo de cem milhões de libras para poder abrir a competição às casas de apostas - e a FIA está desta vez determinada em levar a dela avante.

Segundo conta um porta-voz da FIA, "a introdução será faseada para permitir [os devidos] ajustes, e  uma melhor distribuição de receita indo de mãos dadas com o limite de custos, as equipas mais pequenas poderão expandir suas organizações, redistribuindo a sua mão-de-obra".

E há equipas que começam a apoiar a ideia. Um porta-voz da McLaren disse ao PitPass que está a favor da ideia. 

"A McLaren Racing não só apóia o limite orçamental proposto, mas acreditamos que deve ser introduzido o mais rápidamente possível para a saúde a longo prazo da Fórmula 1", começou por dizer. "Estamos confiantes de que poderemos administrar nossos recursos existentes dentro do orçamento final proposto", acrescentou.

"A McLaren é uma organização diversificada com um negócio de rápido crescimento da Applied Technologies e uma empresa de sucesso" concluiu.

Toda a gente sabe que os cortes, a acontecer, poderão significar o despedimento de trabalhadores. Mecânicos e engenheiros disponíveis. Mas o mundo do automobilismo é enorme e poderão ser rapidamente absorvidos. GT's, Turismos e Endurance serão certamente as competições a ter em conta, graças aos seus campeonatos, mas a competição que atrairá mais atenções será certamente, a Formula E. A razão? Para além de ser um campeonato em expansão e que está a trazer cada vez mais equipas de fábrica, os custos estão controlados - não gastam mais do que 20 milhões de libras - e muita da tecnologia está a ser testada para os futuros carros de estrada, apesar dos muitos controlos e limitações. E ainda existe outras categorias como a RoboRace, de carros totalmente automáticos, do qual se precisarão de muitos engenheiros automobilisticos.

Em suma, o futuro está a apresentar muitas mudanças e muitas alternativas do que existiam há cerca de uma década. As pessoas estão a ter a consciência de que tem de haver limites, se quiserem pensar a longo prazo, num futuro a uma ou duas gerações, não só para amanhã. E claro, trabalhar na Formula 1 pode ser o topo, mas há vida no automobilismo para além dela.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

CNR: Miguel Barbosa deseja vencer

Miguel Barbosa deseja vencer o Rali Amarante Baião, penúltima prova do Nacional de Ralis. Na companhia de Hugo Magalhães, o piloto do BP Ultimate Vodafone Skoda Team vai lutar pela vitória numa corrida que irá juntar dezena e meia de R5 e com pilotos como Armindo Araújo, Ricardo Teodósio, João Barros, José Pedro Fontes, Pedro Meireles, entre outros, para alcançar o topo de classificação geral e baralhar um pouco as contas do campeonato, que depois disto terá apenas o Rali do Algarve para encerrar a temporada.

"Esta é uma prova nova em termos de campeonato e que apresenta uma excelente lista de inscritos. Queremos naturalmente lutar pela vitória, mas vamos ter muitos adversários com o mesmo objetivo. Temos vindo a preparar a corrida com o rigor que a competição exige e estamos preparados para dar o nosso melhor e tentar conseguir o triunfo que nos tem escapado ao longo desta temporada" explica Miguel Barbosa.

Com onze especiais de classificação, o Amarante Baião, que faz a sua estreia no Nacional de Ralis, acontecerá este fim de semana.

CNR: José Pedro Fontes motivado

José Pedro Fontes está motivado para o Rali Amarante Baião. A sua recente vitória na ilha da Madeira - onde venceu entre os pilotos do continente, não na geral - fez com que ascendesse ao terceiro lugar da geral e pensasse na ideia de dar luta a Ricardo Teodósio e a Armindo Araújo para o campeonato nacional, que terá neste fim de semana o seu penultimo rali do campeonato, tudo isto num lugar novo para todos eles, já que o Rali Amarante Baião é uma estreia no principal campeonato de ralis português.

Com Paulo Babo a seu lado, e com o C3 R5 cada vez melhor, o piloto da Sports & You disse que parte com esperanças para esta prova.

A vitória na Madeira veio dar todo um novo alento à equipa, num resultado que premiou a equipa e que nos permitiu, a mim e ao Paulo [Babo, seu navegador] voltar a poder sonhar com os títulos de 2018”, começou por referir José Pedro Fontes. “É claro que as coisas não são assim tão lineares pois, apesar de termos subido ao terceiro lugar no CNR, ainda estamos a alguma distância pontual dos nossos principais adversários. Ou seja, a nossa potencial subida no ranking não depende só de nós, mas há que acreditar que as coisas são matematicamente possíveis e é com esse espírito que alinhamos neste Rali Amarante Baião”, continuou.

Apesar do Rali Amarante Baião ser uma prova nova no campeonato nacional de ralis, Fontes encara isto da mesma forma que os outros ralis do campeonato. 

Claro que será uma novidade para todos mas, dado que ao nível dos pilotos da frente todos temos bastante experiência, preparando-nos e treinando com afinco para as diferentes provas do CPR, tal também sucede neste rali. Do nosso lado posso dizer que estou muito esperançado num bom resultado, acreditando que a vitória é perfeitamente possível. Os resultados alcançados até aqui com o novo carro, aliados ao facto de que o pudemos testar neste intervalo de tempo entre a Madeira e esta prova, algo que antes não tinha sido possível, fazem-nos acreditar nesse objetivo”, concluiu.

O Rali Amarante Baião acontecerá este fim de semana e terá onze especiais de classificação.

CNR: Teodosio quer levar decisão para o Algarve

Com 22,3 pontos de diferença entre os dois primeiros classificados, Ricardo Teodósio pretende ser veloz em Amarante e fazer de tudo para que a decisão do campeonato aconteça no Algarve, a sua região natal e do qual acredita que terá uma vantagem sobre o piloto de Santo Tirso.

Na antevisão do rali, o piloto, navegado por José Teixeira, prometeu o máximo empenho para fazer um resultado melhor do que o seu rival e líder do CPR, Armindo Araújo

"Não sei se será possível conquistar mais uma vitória, mas garantimos que iremos fazer os possíveis para levar a questão do título para o Rali do Algarve. Este é um rali muito longe de casa e com um traçado totalmente novo. Vamos tentar fazer o nosso melhor, esperando terminar à frente do Armindo Araújo”, afirmou.

O rali, que faz este ano a sua estreia no campeonato, terá onze especiais de classificação e acontecerá neste final de semana.

CNR: Araujo encara o rali como uma final

Líder do campeonato, Armindo Araujo depende de ele mesmo para ser bem sucedido neste seu ano de regresso aos ralis. O piloto de Santo Tirso encara o Rali Amarante Baião como a sua primeira chance de resolver o título a seu favor, isto se Ricardo Teodósio não chegar ao fim e ele for o vencedor.

Para o piloto do Hyundai i20 R5 e líder do campeonato, “sendo esta uma prova nova no calendário a base de partida é igual para todos e isso é um cenário que me agrada particularmente. A preparação de uma prova é sempre fundamental para conseguirmos um bom resultado e neste rali penso que esse trabalho será crucial. Sabemos que os nossos adversários estão muito fortes e tudo farão para conseguir diminuir a diferença pontual, que os separa da nossa liderança, e nós vamos dar o máximo para não permitir que isso aconteça”, começa por dizer.

O segredo de um campeonato é a consistência de bons resultados e penso que toda a equipa está a fazer um excelente trabalho para garantir que estamos sempre nas primeiras posições. Vamos tentar continuar assim e dar mais um passo rumo ao título, numa região verdadeiramente apaixonada pelos ralis”, concluiu o piloto de Santo Tirso.

O rali Amarante Baião acontecerá neste fim de semana e terá onze especiais de classificação.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

CNR: Diogo Gago ansioso pela estreia

Diogo Gago está ansioso pela sua estreia com o Hyundai i20 R5 no Rali Amarante/Baião. O piloto de 27 anos vai correr no carro que é de Carlos Vieira, que ainda recupera do seu acidente em junho, no Rali Vidreiro, e confessa que esta é uma grande oportunidade na sua carreira.

Em primeiro lugar, tenho de agradecer a confiança da Hyundai Portugal e dizer que me sinto muito feliz pela oportunidade de guiar um R5”, começou por referir Diogo Gago.

O primeiro contacto que tive com o carro permitiu-me perceber que é uma realidade de pilotagem completamente diferente daquela a que estava habituado, com performances incríveis em todos os aspetos, desde a potência, a travagem, a transferência de massas, etc. Naturalmente, o objetivo é ir ganhando confiança com o carro ao longo do rali e ver onde nos situamos face à concorrência, que é bem mais experiente e que tem outras aspirações nesta prova. Acima de tudo, quero justificar a aposta da equipa e chegar ao final do rali”, concluiu.

O Rali Amarante/Baião acontece neste fim de semana, com a realização de one especiais de classificação. 

Formula E: Alexander Albon vai para a Nissan

O anglo-tailandês Alexander Albon será piloto da Nissan na próxima temporada da Formula E, fazendo companhia a Sebastien Buemi na equipa que vai substituir a Renault na competição elétrica. O anuncio foi feito esta manhã e ele substituirá Nicolas Prost.

Aos 22 anos de idade, o piloto é atualmente terceiro classificado na Formula 2 nesta temporada, depois de ter vencido três provas no campeonato.  

"O nível de competição na série é intenso e estou ansioso para me testar contra alguns dos melhores pilotos do mundo”, começou por dizer Albon.

As corridas de rua elétricas serão um novo desafio para mim, mas trabalhar com Sebastien como meu companheiro de equipa será uma grande ajuda, já que ele estabeleceu a referência para o desempenho na série.", concluiu.

Albon já tinha experimentado o carro no "Rookie Test" de janeiro, em Marrakesh, e tinha a concorrência de Andrea Pizzitola e do britânico Jan Mardenborough. A Nissan decidiu entrar na Formula E depois da Renault se ter decidido concentrar as suas energias na Formula 1, e a marca comprou uma posição não-maioritária na e.dams.

A Formula E começará a sua temporada, com os carros da Gen2 em dezembro, nas ruas de Riad, na Arábia Saudita.

WRC: Petter Solberg vai voltar aos ralis

Petter Solberg, o campeão do mundo de 2003, irá voltar a uma prova do WRC. Vai ser no Rali da Catalunha, e guiará um dos Volkswagen Polo R5 que a marca preparou e que vai estrear nesta prova. O norueguês, atualmente com 45 anos, estará ao lado de Eric Camili, que também andará no outro Polo R5 inscrito para este rali.

"Quando conduzi o carro em Janeiro, não queria parar" começou por afirmar o norueguês que adiantou ainda tudo ter "funcionado bem desde o início. Conduzir o carro na estreia é um privilégio para mim, e estou muito contente por a VW me confiar o trabalho a mim e ao Eric Camilli", continuou.

O Rali da Catalunha é um excelente local para este regresso de Solberg aos ralis. "Este é o local onde fiz a minha última prova antes de decidir mudar-me para o Rallycross", concluiu. 

A sua navegadora será Veronica Engan, a qual já tinha participado com ele no teste do inicio do ano e tem sido a navegadora de Oliver Solberg, o filho de Petter.

O Rali da Catalunha vai acontecer entre os dias 25 e 28 de outubro.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

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A Jaguar apresentou esta quarta-feira o seu carro para a nova temporada da Formula E. O Gen2 vai ser o novo bólido da competição, e eles prometem que desta vez, as baterias irão durar toda a prova, ao contrário do que acontecia agora, com a troca de carros a meio da corrida. A dupla é a mesma: o brasileiro Nelson Piquet Jr e o neozelandês Mitch Evans, pela segunda temporada seguida, onde até fizeram prestações razoáveis, embora sem vencerem corridas.

Com a nova unidade de força a produzir até 250 kW, o carro tem mais de 800 novas peças em comparação com o modelo anterior.

"Esperamos que a introdução do novo carro de corrida da Fórmula E, bem como as regulamentações desportivas revistas resultem em uma temporada muito competitiva", disse James Barclay, o chefe de equipa.

A tecnologia está a se mover a uma velocidade incrivelmente rápida, e o novo carro da Geração 2 será um importante local de teste para ajudar a desenvolver e impulsionar o desempenho de nossos futuros veículos elétricos a bateria.”, continuou.

"A equipa trabalhou muito para garantir que o Jaguar I-Type 3 seja competitivo", disse Evans. "Queremos estar na frente da grelha em todas as corridas. Mostramos sinais nesta última temporada e temos expectativas mais altas para a nova temporada", concluiu.

Seu companheiro de equipa, Nelson Piquet Jr, assumirá as tarefas de testes na Calafat na próxima semana.

"O Jaguar I-Type 3 é um novo carro, com seus próprios desafios e complexidades. O novo chassis é maior e mais rápido do que os nossos carros anteriores, por isso será muito interessante ver como isso afeta as corridas em torno dos circuitos de rua apertados”, concluiu.

Agora resta saber o que este carro irá dar na pista e claro, no campeonato que aí vêm.

WRC: Citroen pode ter assinado com Ogier

Sebastien Ogier poderá ter já resolvido o seu futuro no WRC, e esse futuro poderá passar pela Citroen, que pretende fazer da temporada de 2019 a do relançamento. O piloto de 35 anos, campeão do mundo desde 2013, pretende fazer aquele que poderá ser o seu último grande contrato da sua carreira antes de se retirar. Mas ele diz à imprensa especializada que ainda não definiu o seu futuro nesse campo.

Creio que não devo demorar muito até anunciar o meu futuro. Quero saber ainda mais sobre o compromisso das equipas e estamos a chegar a isso. Sabem que gosto sempre de definir isto rápido e espero que desta vez também o seja”, disse o piloto.

Ogier estreou-se no WRC com a Citroen em 2009 – em 2008, venceu o JWRC com um Citroen C2 S1600 – e saiu em 2011 devido a uma tensão cada vez maior com Sebastien Loeb, tendo ido depois para a Volkswagen, onde ficou até esta sair de cena, no final de 2016. Desde então, tem estado na M-Sport, que prepara os Ford Fiesta WRC.

Não temos nenhum calendário fixo para nenhum anúncio. Não posso decidir se será na próxima semana ou no próximo mês. Temos de nos assegurar de que tudo está absolutamente claro antes de fazer um anúncio. Fá-lo-emos quando estiver tudo pronto”, disse Pierre Budar, chefe de equipa da Citroen.

O último título do WRC para a Citroen foi com Loeb, em 2012, só tendo conseguido sete vitórias depois deste título.

WRC: Toyota quer Meeke

Kris Meeke poderá voltar ao WRC em 2019, desta vez como piloto da Toyota, depois da saída traumática da Citroen, nesta primavera. 

Em declarações ao site motorsport.com, Tommi Makinen, o responsável máximo da equipa fino-japonesa, revelou ter falado com o piloto britânico, despedido depois do acidente que teve no Rali de Portugal, e "ele pode ser uma opção, uma possibilidade. Iremos falar com o Japão e olhar para diferentes opções. Tivemos uma conversa telefónica recentemente.

Makinen reconhece que Meeke "é um piloto rápido, por vezes até rápido demais. Penso que ele tem idade e experiência, e acho que pode ter um bom desempenho.

Aos 39 anos - nasceu a 2 de julho de 1979 - Meeke correu na Citroen entre 2013 e 2018, conseguindo como melhor resultado nesta temporada um terceiro lugar no Rali do México, até sofrer acidentes no rali de Portugal, o suficiente para que fosse despedido. Durante o seu tempo na marca do "double chevron", Meeke conseguiu as suas cinco vitórias que tem na sua carreira, começando no rali da Argentina de 2015 e acabando no Rali da Catalunha de 2017.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Formula E: Wehrlein testa com a Mahindra

Se à tarde falava sobre a possibilidade de Pascal Wehrlein ir para a Toro Rosso em 2019, na realidade, parece que o piloto alemão está a medir todas as chances. É que segundo conta o site e-racing365.com, o alemão está no circuito de Calafat, em Espanha, a testar um carro para a Mahindra, equipa que procura um substituto para, pelo menos, Nick Heidfeld, pois Felix Rosenqvist, que é falado para correr na Chip Ganassi, poderá fazer boa parte da temporada na competição, enquanto ambos forem favoráveis. 

Como é sabido, o alemão de 23 anos é agora um agente livre desde que na semana passada foi anunciado que terminaria a sua ligação com a Mercedes no final desta temporada.

"[Como o] meu contrato com a Mercedes expira no final da temporada de 2018, decidimos em conjunto não continuarmos juntos", começou por dizer, ao explicar a sua decisão.

"Estou à procura de novos desafios e oportunidades e atualmente estou conversando com outras equipas sobre [a chance de] um cockpit para a próxima temporada", concluiu.

Apesar de ele ter chances em várias competições, não seria incompatível uma temporada na Formula 1 e na Formula E, porque os seus calendários seriam complementares, sem muitas coincidências, pelo menos até chegarem à temporada europeia. 

Veremos os próximos episódios deste campo.

Rumor do Dia: Kvyat e Wehrlein na Toro Rosso?

A Toro Rosso poderá fazer regressar em 2019 uma dupla de pilotos do passado. Segundo os rumores que correm por estes dias, a Red Bull poderá fazer regressar um "proscrito" e ir buscar outro piloto que já tinha prometido muito, mas agora está liberto de compromissos. Esses dois pilotos seriam o alemão Pascal Wehrlein e o russo Daniil Kvyat

Segundo conta a BBC, a Toro Rosso poderá anunciar Kvyat, de 24 anos, no fim de semana do GP da Rússia, e a acontecer, seria um regresso à Formula 1 depois de um ano sabático, onde foi piloto de desenvolvimento da Ferrari. 

No caso de Wehrlein, de 23 anos - nasceu a 18 de outubro de 1994 - ele agora está liberto de compromissos depois de ter terminado o seu contrato de ligação à Mercedes. Este ano, voltou ao DTM depois da sua passagem por Manor e Sauber e não ter conseguido encontrar lugar para esta temporada. 

A razão pelo qual a Red Bull tenha decidido por esta dupla de pilotos para a próxima temporada é por causa do seu Junior Team, que acham não ter a qualidade suficiente nos escalões de formação para catapultar os seus pilotos para a Formula 1.

Fala-se também que a Red Bull queria Esteban Ocon, mas que a Mercedes não o libertou porque é demasiado importante. Fala-se que poderá ir para a Williams, sem certezas se iria como piloto titular, pois a marca de Grove interessa mais ter o britânico George Russel.

Até existem alguns rumores no caso de Mick Schumacher, o filho de Michael Schumacher. A Red Bull, de facto pensou nele, mas concluiu-se que uma temporada de Formula 2 faria bem para o alemão, para se preparar fisica e mentalmente para a categoria máxima do automobilismo. 

CNR: Saiu a lista de inscritos do rali Amarante Baião

A organização do Rali Amarante Baião divulgou hoje os seus inscritos. Ao todo, serão 27 os carros que irão participar, sendo 14 da classe R5. Todos os candidatos ao título estarão em Amarante, mas há outros destaques, como o regresso de Paulo Meireles, num Hyundai i20 R5, de Bernardo Sousa, num Peugeot 208 R2, e Joaquim Alves, num Skoda Fabia R5.

Como é sabido, João Barros também vai participar no Amarante Baião, a bordo de uma nova montada, um Fabia R5, em substituição do Ford Fiesta R5. Diogo Gago também vai participar com o Hyundai i20 R5 que pertence a Carlos Vieira, ainda a convalescer do acidente que teve no Rali Vidreiro.

O rali disputa-se neste final de semana, e terá onze especiais de classificação, todos em asfalto.

WRC: Tanak acredita no título

No rescaldo do Rali da Turquia e depois de ter vencido pela terceira vez consecutiva, o estónio Ott Tanak começa a acreditar que o título mundial é possível. Questionado sobre o assunto, ele afirmou assertivamente que "sim", acredita na possibilidade de quebrar a hegemonia francesa e dar à Toyota um título mundial.

Em relação ao rali, o piloto de 30 anos afirmou-se exausto, mas feliz. "É verdade, este foi o maior desafio que já tivemos esta temporada. O rali foi mais duro do que esperávamos. Em muitas ocasiões foi uma lotaria terminar troços sem problemas. Os carros castigados de uma forma doida", começou por dizer.

Mas ele reconhece que as coisas não começaram bem. "Na sexta feira as coisas não estavam bem. O feeling não estava lá e pelo nosso lado tivemos muitas dificuldades para conseguir velocidade. Foi um pouco stressante, mas sabíamos antes da prova que aqui poderia ser um dos ralis em que não seria o mais rápido a ganhar. Mantivemos a nossa velocidade e gerimos em função disso. Não foi assim tão mau, tivemos apenas de fazer o nosso papel." explicou. 

No final, Tanak subiu ao segundo lugar do campeonato e está na luta pelo título. "Estamos na luta e temos de nos focar nisso. Por vezes não temos velocidade e temos de continuar a melhorar se nos queremos manter na luta. As próximas provas representam desafios diferentes. Toda a equipa está motivado e espero que tenhamos o necessário.", concluiu. 

Youtube Racing Video: A (curta) história da Formula E

A Formula E, como sabem, vai ter um novo carro, e por esta altura, já teve quatro temporadas de competição. Mas as pessoas pouco sabem que isto teve as suas raízes no inicio da década, com o protótipo que apareceu ainda antes do carro da primeira geração. 

E logo de inicio, Lucas di Grassi diz uma frase: "Primeiro, riam-se de nós, depois criticaram-nos. Agora, juntaram-se à banda. Para verem o disruptivo que foi esta tecnologia".

Neste video oficial da Formula E, apresentado por Lucas di Grassi, veremos a história da competição e as expectativas da nova temporada, a primeira com o chassis da Gen2, que vai se estrear no final do ano.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Acabou o campeonato?

Sobre a pergunta do título, a resposta é esta: matematicamente não, mas em termos de espírito, sim. Toda a gente entendeu ontem, no meio do aborrecimento, que o título de 2018 não vai escapar a Lewis Hamilton. Agora tem 40 pontos de diferença, mas desses, 25 foram alcançados na Alemanha, quando Sebastian Vettel abandonou a corrida, estando ele na liderança. Esse foi o momento decisivo do campeonato, ainda por cima numa altura em que a Formula 1 ia de férias. As vitórias do inglês em Monza e agora, Singapura, foram uma mera confirmação. 

Escrevi isto ontem, logo após a corrida, na página do blog no Facebook:

"Digam o que disserem, para mim, Hamilton já é 'penta'. Penta no espírito, faltando apenas a matemática. E se não existirem tropeções - em termos de 'milagres', desculpem-me, mas sou 'ateu' - o inglês conquistará tudo isso em Interlagos, senão na corrida anterior, na Cidade do México, caso Vettel tropece de novo. E a tudo isso deve-se a aquele momento na Alemanha, quando Vettel tinha tudo controlado e despistou-se, sozinho, na zona do Estádio. Com isso, o inglês venceu e viu cair do céu 25 pontos dos quais o alemão nunca conseguiu recuperar. Tanto que agora, o inglês tem uma vantagem de 40.

A culpa é de Vettel e da Ferrari? Ou Hamilton e a Mercedes conseguiram dar a volta de uma desvantagem que tinham inicialmente? É um pouco ambas as coisas, mais a ideia de que o alemão quer tanto vencer pela Ferrari que quebra sob pressão. Se for essa última parte, então poderemos dizer que a a minha teoria sobre a Scuderia, do qual escrevi há umas semanas [na realidade foi depois de Monza], é verdade: é uma sepultura de carreiras. E Vettel, apesar de dar tudo, vai ter mais um ano em que vai ver os rivais comemorar. E se calhar deve estar agora a calçar os sapatos de Alonso, que andava sempre frustrado na Ferrari quando via Vettel a vencer tudo na Red Bull. Se sim, deve entender as suas frustrações.

Vamos a ver como será o final da história, mas se Hamilton decidir ir embora da Formula 1 com seis ou sete títulos e fazer uma de Rosberg, ou seja, sair com o título de campeão no bolso, então, o alemão ficará duplamente frustrado. O de não conseguir títulos pela Scuderia como o de não bater Hamilton na luta pelo campeonato. E aí, poderemos dar razão a Vettel, mas alargar à equipa: a pior inimiga da Ferrari é a Ferrari. E se qualquer piloto querer ir para lá, que vá por sua própria conta e risco."

Claro que, com isto, há quem aproveite o momento para se gabar. Basta ver os comentários no Facebook a seguir a este post, de algumas pessoas gabando-se - provavelmente no alto da sua arrogância - hiperbolizando os feitos de Hamilton, quase deificando, e tentando "bater" em Vettel, tentando até humilhá-lo. Contudo, falamos de um punhado de pessoas que não são amantes do automobilismo, apenas querem estar do lado dos vencedores. A enorme maioria entende que ambos os pilotos são bons, e ambos têm qualidades e defeitos, e que na Mercedes houve trabalho e sorte, algo que não aconteceu na Ferrari.

Mas se é assim, qual é a solução para os vencidos? Despedir todos e colocar tudo de novo? E se falharem, volta tudo à estaca zero? Ano após ano, até acertarem? Não creio que seja a solução, as pessoas que estão por dentro entendem isso. Os que defendem tal coisa acho que só o fazem porque desejam ver o circo a arder, e quem lê esse tipo de comentários nota isso. Cheguei a ler comentários de pessoas que rejubilavam o fracasso da Ferrari porque "tinham tratado mal os brasileiros". Mais uma vez, como disse no parágrafo anterior, não são amantes do automobilismo.

Mas também temos de entender que estamos no meio de uma era. Enquanto os regulamentos forem estes, dificilmente a Mercedes será derrotada. Desde 2014, quando tivemos os motores V6 Turbo de 1.6 litros, e o duplo sistema de regeneração de energia, o MGU-H e o MGU-K, que é a Mercedes que ganha tudo em termos de campeonatos. Não há um equilíbrio, mas já não há um monopólio de vitórias, como aconteceu até 2016. As duas últimas temporadas, apesar de ter tido o mesmo vencedor, tiveram mais luta, com a Ferrari a ser o rival que a Mercedes queria e a Red Bull a colher os frutos quando os da frente tem azar, ou quando o carro consegue ser melhor em algumas provas.

Para mudar as coisas, será necessário uma mudança nos regulamentos. É o que se prevê em 2021, e fala-se na retirada de um dos sistemas de recuperação de energia, para simplificar as coisas, mantendo, porém, o motor V6 Turbo. Não vai ser uma alteração profunda, e é provável que a Mercedes não perca a sua hegemonia, mas se isso acontecesse, aí sim, teria isso em perigo, porque essas coisas acontecem quando se faz bem o "trabalho de casa". E em muitos aspectos, era assim que a Ferrari ganhava, ao longo da história. Em 1952 e 1961, por exemplo, quando houve mudança nos motores, o trabalho de casa por parte dos engenheiros de Maranello, em paralelo com a "persuasão" de Enzo Ferrari, fazia com que a Scuderia fosse a melhor pelo menos no primeiro ano dos regulamentos, antes da concorrência ficar a par.

Mas numa altura em que é cada vez mais dificil "contornar o regulamento", mais parece que a Mercedes vai ser a favorita ao campeonato. E claro, quem aguentará a pressão. 

IndyCar: Wickens deu sinal de vida

Robert Wickens deu um ar da sua graça. Quase um mês depois do seu acidente em Pocono, e a recuperar no Hospital Metodista de Indianápolis, o piloto canadiano da Schmidt Peterson Motorsports colocou uma mensagem na sua conta do Twitter desejando sorte aos pilotos a poucas horas da corrida decisiva do campeonato, em Sonoma, prova essa que resultou no campeonato para Scott Dixon.

Olá a todos, queria só mandar uma nota rápida. Já faz muito tempo que eu não publico nada nas redes sociais, mas só queria dizer que todas as vossas palavras positivas, toda a vossa força positiva significou muito para mim e para a minha família. Estou em reabilitação agora, a tentar voltar a estar a cem por cento o mais rápido possível, mas não sei o que o futuro reserva para mim. Vai ser um longo caminho para a recuperação. Tudo o que posso dizer é que vou trabalhar o máximo possível, treinar o máximo possível, para ter a certeza de estar de volta a um carro de corrida o mais rápido possível”, disse o piloto canadiano, na sua cama do hospital.

Wickens, de 29 anos, e estreante em 2018 na IndyCar Series - acabou seudo o "Rookie do Ano", com quatro pódios - sofreu um forte acidente no passado dia 19 de agosto na oval de Pocono, ficando gravemente ferido com fraturas nas costas, braço direito, tornozelos e pescoço.

domingo, 16 de setembro de 2018

WRC 2018 - Rali da Turquia (Final)

Ott Tanak venceu pela terceira vez seguida e tornou-se num sério candidato ao título mundial em 2018, depois de ver os seus maiores rivais, Sebastien Ogier e Thierry Neuville, tinham desistido nas difíceis classificativas turcas. Agora, Tanak está agora a apenas 13 pontos de Thierry Neuville, que lidera o campeonato e tem 10 pontos de vantagem para Sebastien Ogier, que agora é terceiro.

O rali foi muito difícil. Na sexta-feira, sabíamos que, se estivéssemos nos cinco ou seis primeiros, seria muito bom. Mas também sabíamos que este não era um rali onde os mais rápidos ganhariam, seria o mais esperto a fazê-lo. Conseguimos fazer o rali sem qualquer problema. Foi um grande esforço da equipa, por isso, estamos muito felizes. Agora, as contas do campeonato estão interessantes. Vamos continuar a dar tudo”, disse o piloto estónio.

Com quatro especiais a serem cumpridas este domingo, Neuville e Ogier estavam em recuperação para ver se conseguiam sacar pontos na Power Stage. E por causa disso é que Thierry Neuville venceu a primeira especial do dia, a primeira passagem por Marmaris. Tanak foi quinto, a 8,2, mas mais importante, ficou na frente de Latvala, sexto a 10,2 segundos.

Depois, em Ovacik, Ogier foi o vencedor, com Tanak em terceiro, 3,2 segundos do francês, e de novo, com Latvala atrás dele, a 5,7 segundos. Com a distância entre ambos os pilotos da Toyota a alargar-se, parecia que o vencedor já estava decidido. Ogier voltou a vencer em Gokçe, com Tanak em terceiro, na frente de Latala. E na Power Stage, Thierry Neuville foi o melhor, 1,7 segundos na frente de Ogier, com Tanak em terceiro, de novo na frente de Latvala. 

No final, Tanak venceu com 22,3 segundos sobre Latvala, e Paddon foi o terceiro a um minuto, 46,3 segundos. Teemu Suninen foi o quarto, a quase cinco minutos do vencedor, na frente de Andreas Mikkelsen, a sete minutos, 11,7 segundos. Henning Solberg foi o sexto e o melhor dos WRC2, a 13 minutos, 40,6 segundos, na frente de Jan Kopecky, a 18 minutos, 25,2 segundos. Simone Tempestini foi oitavo, a 19 minutos, 37,1 segundos, e a fechar o "top ten" ficaram o britânico Chris Ingram e o francês Sebastien Ogier, a vinte minutos e 51 segundos.

No campeonato, Thierry Neuville comanda, com 177 pontos, seguido por Tanak, com 166, e Ogier, o terceiro, com 154. O campeonato prossegue entre os dias 4 e 7 de outubro, em paragens do País de Gales.

Formula 1 2018 - Ronda 15, Singapura (Corrida)

O GP de Singapura pode ter um excelente ambiente, um grande cenário, mas a realidade mostra que é uma corrida longa e aborrecida. Muitas das vezes, roça o limite das duas horas, e ao longo desse tempo, as ultrapassagens não são muitas, e este ano, elas chegaram a um mínimo, ainda por cima com tudo isto acumulado, ver esta prova foi o equivalente a uma lenta tortura chinesa. Apesar da entrada do Safety Car na primeira volta, por causa da colisão... entre os Force India. A corrida foi retomada apenas na quinta volta, mais mais valia ter ficado na pista para o resto da prova, porque o resultado seria igual...

De uma certa forma, a corrida foi decidida no dia anterior, na pole-position, porque no momento da partida, Lewis Hamilton conseguiu aguentar os ataques de Max Verstappen e Sebastian Vettel. E por muito que ambos tenham dado ao longo da corrida, o inglês nunca se sentiu ameaçado, nem mesmo quando a meio da corrida, por causa dos atrasados, ele teve o holandês da Red Bull a "cheirar-lhe" a traseira. Sem efeito, diga-se.

E para piorar as coisas, a corrida para a Ferrari ficou marcado por um erro de tática. A Ferrari decidiu colocar Sebastian Vettel nas boxes para trocar de pneus na volta 15, quando era segundo classificado e tentava apanhar Hamilton. A paragem - onde trocou os hipermacios por ultramacios - o fez cair para terceiro e nunca mais recuperou. E no final, Vettel disse que fez a prova possível com os pneus que tinha e com a tática usada. De uma certa forma, foi uma derrota em toda a linha.

E para piorar as coisas, se quiserem, não houve qualquer avaria mecânica nos carros do pelotão. Tirando o que aconteceu com Ocon, não houve qualquer desistência, e se não fosse esses mesmos eventos da Force India, todos teriam chegado ao fim. E ainda por cima, Perez fez mais asneiras, como bater no Williams do Serguei Sirotkin. Tudo isto foi o suficiente para os comissários chamarem-no para um "drive through", mas acho que uma corrida a assistir nas bancadas não seria mau de tudo, para arrefecer as emoções.

No final, Hamilton venceu uma corrida que muitos já ansiavam pelo seu final e saia de Singapura com 40 pontos de diferença para Vettel. Com apenas cinco corridas para terminar o campeonato, a Hamilton basta ficar na frente em três - ou se calhar, menos - para ser pentacampeão mundial, porque mais uma vez, a Mercedes conseguiu ser superior à Ferrari e já tem tudo controlado. Basta não perder a concentração até, provavelmente, Interlagos.