Neste ano estranho em que estamos, e depois do estranho - mas provavelmente previsível - qualificação para este Grande Prémio, onde
Lance Stroll conseguiu uma pole-position para a Force In... ooops, Racing Point - não me esquecer que em 2021 irão se chamar Aston Martin - o dia de hoje era encarado como a segunda pate de um fim de semana que iria ser tudo, menos aborrecido.
O tempo parecia que não iria colaborar, pois chovia o suficiente para molhar a pisra, mas previa-se abertas para a hora da corrida. Contudo, por causa das baixas temperaturas - estavam 16ºC no asfalto poucos minutos antes do inicio - isso seria insuficiente para secar a tempo. E claro, ninguém se lembrava que hoje era o dia em que Lewis Hamilton poderia ser campeão do mundo hoje, se ele conseguisse mais oito pontos que Valtteri Bottas nesta prova. O tempo era hipnotizante para muita gente...
Mas ainda antes de tudo começar,
Antonio Giovinazzi começou por bater com o seu Alfa Romeo no muro de pneus, e ficando preso na gravilha, praticamente comprometendo a sua corrida. Pouco depois, foi
George Russell e ter o mesmo destino, mas este foi mais grave, com danos na suspensão e no nariz. Nesta altura, muitos usavam os de chuva - e alguns arriscavam com intermédios - mas pareciam que não funcionavam.
A largada começou com os Racing Point a desaparecer no horizonte, com Stroll na frente de Pere, enquanto alguns pilotos faiam exceletes largas, como Sebastian Vettel, que era quarto em poucas curvas e terceiro no final da primeira volta. Esteban Ocon e Valtteri Bottas, em contraste, despistaram-se na primeira curva e estavam no fundo do pelotão. Quanto a Hamilton, era sexto, bem tranquilo.
Na oitava volta, Charles Leclerc, que era... 14º (!) ia tentar a sua sorte com os intermédios, numa altura em que os Williams tinham os calçados... e pareciam não funcionar Bottas também trocou por intermédios e ia ver se funcionava. Entretanto, na pista, Verstappen e Vettel lutavam pela terceira posição. E na nona volta, era a vez de Sebastian Vettel a ir às boxes e trocar por intermédios, saindo na sexta posição. Logo a seguir, ia Lewis Hamilton trocar por intermédios. Com o passar das volta, o pelotão trocava para intermédios, com os Red Bull a ficar o mais tarde possível na pista para aproveitar os pneus de chuva. Verstappen só foi às boxes na volta 12, e voltou na frente de Vettel e Hamilton, mas atrás dos Racing Point.
Com todo o pelotão já de intermédios, Stroll já tinha doze segundos de vantagem sobre o resto do pelotão, numa altura em que Antonio Giovinazzi parava na berma, sendo a primeira desistência da prova, provocando um Safety Car Virtual. Só voltaram na 16ª passagem pela meta, com Hamilton a atacar Vettel, mas falhou na curva 14, sendo passado por Alex Albon, que depois passou o alemão.
Por esta altura, Max já estava na traseira de Sergio Perez, e o atacava. O mexicano defendia-se da melhor maneira possível, e quando o tentou, na volta 19, perdeu a traseira e fez um pião, acabando por cair três posições, antes de ir às boxes e trocar de pneus, caindo ainda mais. Poucas voltas depois, era Albon que estava na traseira de Perez, mas ele não conseguia passar o mexicano, enquanto ambos se aproximavam de Stroll, que continuava a liderar calmamente.
Na volta 30, o DRS foi ativado, sinal de que era tempo de trocar para secos, com um asfalto que não era fantástico. Albon agora era assediado por Vettel, porque os seus pneus começavam a ficar sem aderência. Contudo, todos ficavam na pista porque não queriam trocar para moles, pois não havia condições para continuar, não havia uma linha seca constante.
Na volta 34, Vettel foi Às boxes para novos intermédios, deixando Hamilton no terceiro posto. Isto porque... Alex Albon fez um pião na Curva 4 e perdeu posições. Três voltas depois, Stroll ia às boxes, perdendo a liderança e mantando os intermédios calçados. Agora, Hamilton estava na traseira de Perez e lutava pela liderança, que o conseguiu no final da volta 37. Stroll dava-se mal com o novo jogo de pneus, caindo para sétimo por causa dos Ferrari.
As voltas finais começavam a ter problemas com a aderência. A chuva começou a sair a cair, pouco, mas os suficientes para que se pansasse que Hamilton iria às boxes. Mas ficou e arriscou, especialmente, quando tinha quase meio minuto de avanço sobre Perez, que era assediado pelos Ferrari. Foi assim até ao fim, con os pneus no limite, e tornou-se vencedor, e claro, conquistou o sétimo campeonato, igualando Michael Schumacher. Mas o mais interessante aconteceu atrás, quando Leclerc atacou o mexicano e falhou, sendo passado por Vettel. De atacar o segundo posto, acabou quarto e com Sainz jr. colado a si...
Mas foi Hamilton o grande vencedor, o campeão mais do que antecipado. No ano em que bateu todos os recordes, agora tem mais um no seu palmarés, e está determinado a conseguir ser o melhor piloto de todos os tempos. E ainda tem muito mais sumo para dar. E a corrida turca? Foi interessante, mas não um "destruction derby"...