Passaram-se sete semanas desde o GP do Brasil, um periodo demasiado longo para os padrões actuais, mas mais do que suficiente para que acontecessem algumas alterações no pelotão da Formula 1.
David Brabham, filho do fundador
Jack Brabham, comprou um lugar na equipa que outrora foi do seu pai e estreou-se na categoria máxima do automobilismo. O piloto que o substituiu, o suiço
Gregor Foitek, tinha ido para a Onyx no sentido de substituir o sueco
Stefan Johansson, insatisfeito com o rendimento de uma Onyx em processo de degradação lenta. A Onyx que teria um novo proprietário, também um suiço:
Peter Monteverdi.
Outra substituição aconteceu na estreante Life. Sabendo que as suas hipóteses eram menos do que zero,
Geoff Brabham saiu da equipa, subsatituido pelo veterano
Bruno Giacomelli, que nove anos depois da sua última corrida, estava de volta à competição. E na Dallara,
Emmanuele Pirro esta por fim curado e podia voltar à competição, depois de ter sido substituido pelo seu compatriota
Gianni Morbidelli nas duas primeiras corridas.
Mas não era só no alinhamento dos pilotos é que havia alterações. Imola era normalmente o lugar onde as equipas apresentavam as suas novas montadas. A Benetton aproveitou para mostrar o seu novo chassis, o B190, e a Tyrrell apresentou o modelo 019, um carro que iria mudar a maneira como os veriamos dali para a frente, pois a criação de
Harvey Postlethwaite tinha uma frente levantada, no senido de aproveitar melhor o efeito-solo. O impacto tinha sido grande, e os restantes projectistas começaram a olher para ele com outros olhos.
Os treinos começaram com a pré-qualificação onde, como começava a ser habitual, o Life fazia o tempo de... 7.16,212. Em suma, só deu uma volta, antes de ficar parado na pista. Mas não ficou em último porque... os AGS de
Gabriele Tarquini e
Yannick Dalmas não marcaram tempo, porque ficaram retidos nas boxes devido aos vários problemas mecânicos que lhes afligiram na altura. Os quatro que passaram foram os Larrousse-Lamborghini de
Eric Bernard e
Aguri Suzuki, seguidos pelo Osella-Cosworth de
Olivier Grouillard e o Eurobrun-Judd de
Roberto Moreno.
As qualificações ficaram marcados por um forte acidente na curva Acque Minerale, quando o Minardi de
Pierluigi Martini ficou partido ao meio e o piloto italiano ficou com o tornozelo fraturado. Por causa disso ficou de fora no resto do fim de semana. No final, o melhor foi o McLaren-Honda de
Ayrton Senna, seguido pelo seu companheiro
Gerhard Berger. Na segunda fila, o Williams-Renault de
Riccardo Patrese foi melhor do que o seu comapnheiro, o belga
Thierry Boutsen. A terceira fila era também uma parelha, mas da Ferrari, com
Nigel Mansell a superar
Alain Prost, e na quarta fila,
Jean Alesi superava, com o seu Tyrrell, o Benetton de
Nelson Piquet. Para fechar o top ten ficavam o Benetton de
Alessandro Nannini e o Minardi de Pierluigi Martini, que tinha marcado o seu tempo na sexta-feira, antes do acidente. O 11º era o Lotus de
Derek Warwick, à frente do seu companheiro,
Martin Donnelly.
Os quatro que ficaram de fora não foram aqueles que passaram na pré-qualificação. Foram o estreante David Brabham, os Arrows de
Michele Alboreto e
Alex Caffi e o Minardi de
Paolo Barilla.
No dia da corrida, o Dallara de Pirro iria começar das boxes devido a problemas com a ignição. E na partida, Os McLaren seguraram a liderança, com Berger na frente de Senna. Contudo, o austriaco falha uma marcha e é superado pelo brasileiro. No meio do pelotão há confusão, quando o March de
Ivan Capelli se envolve num acidente com o Tyrrell de
Satoru Nakajima, fazendo com que ambos acabassem no muro e ainda envolvendo o Eurobrun de Roberto Moreno.
Na terceira volta, Senna despista-se devido a problemas numa roda, e o lider era agora o Williams de Boutsen, pois tinha passado Berger quando este teve o problema com a caixa de velocidades. As coisas ficaram assim até à volta 17, altura em que o motor Renault do seu carro explodiu e teve de abandonar. Berger herdou o comando, mas atrás dele tinha o outro Williams de Riccardo Patrese, que ameaçava o seu comando. Pouco depois, era ultrapassado por ele, e logo a seguir era ameaçado pelo Ferrari de Mansell.
Começou aqui uma lute pelo segundo posto, com Berger a fechar a porta sempre que o britânico tinha uma chance. Uma delas fora na Curva Villeneuve, onde ele tentou passá-lo por fora. Só que esta era uma zona suja e ele fez um pião a alta velocidade, mas manteve o motor a funcionar e prosseguiu, mas pouco depois, na volta 38 o seu motor explodiu, devido à sujidade que entrara nos radiadores.
Patrese continuava na frente, mas Berger continuava a ser pressionado pelo Benetton de Nannini e o Ferrari de Prost, e assim foi até á meta, onde pela primeira vez em sete anos e meio, e após 98 corridas disputadas, o piloto italiano subia ao lugar mais alto do pódio, com Berger e Nannini a acompanhá-lo. Alain Prost, Nelson Piquet e Jean Alesi fechavam os lugares pontuáveis.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1990_San_Marino_Grand_Prixhttp://www.grandprix.com/gpe/rr487.html