Na semana em que a formula 1 vai ao Mónaco, o calendário apresenta um numero redondo: faz hoje quarenta anos que Jack Brabham e Jochen Rindt se degldiaram entre si pela vitória, decidida apenas na última curva. Literalmente.
E digo isso porque quando Jack Brabham seguiu em frente naquele gancho, naquela curva do Gasómetro, a pessoa que segurava a bandeira de xadrez nem sequer olhou para o carro de Rindt porque estava ainda à espera do carro de "Black Jack". O duelo tinha sido tão intenso e o final tão imprevisivel que todos foram apanhados despervenidos.
Colin Chapman saltou de alegria quando viu ganhar o seu pupilo, por causa dessa imprevisibilidade. Um radiante Rindt foi comemorar no pódio, ao lado da familia real, naquela que foi depois conhecida como a primeira das cinco vitórias do piloto austriaco naquele ano. E foi a última vitória do chassis 49, que depois de três temporadas de bons serviços na equipa Lotus, iria ser substituido pelo chassis 72. Só mesmo um chassis revolucionário podia substituir um excelente chassis.
Mas a corrida monegasca foi marcante em vários aspectos. Foi a última corrida de Johnny Servoz-Gavin, um veloz piloto da Matra, nos anos 60, mas que um acidente sofrido no defeso afectou a sua visão e reconheceu que isso ia afectar a sua condução. Para além disso, os acidentes que tinha visto, especialmente o de Jarama, algumas semanas antes, o fez pensar se valeria a pena continuar, pois o medo de morrer, aquele medo de morrer preso num carro em chamas - que todos tem - o superiorizou. Como se costuma dizer: "À fome junta-se a vontade de comer", e ele abandonou a competição.
Mas nessa mesma corrida a Formula 1 conheceu pela primeira vez um talento vindo do frio. O seu primeiro nome era Bengt e vinha de Örebro, mas os seus amigos e familia o tratavam de Ronnie, para diferenciar do seu pai, que também se chamava de Bengt. O seu apelido era Peterson e nos oito anos seguintes, Ronnie Peterson, o "Super Sueco", deixaria a sua marca no automobilismo, tornado-se em mais um dos heróis da sua geração.
Esta foi também a corrida em que Henri Pescarolo subiu ao pódio pela primeira... e unica vez. Fê-lo a bordo do seu Matra e foi o ponto mais alto da sua carreira. Apesar dos seus grandes momentos do automobilismo terem acontecido na Endurance, mais concretamente nas 24 Horas de Le Mans, também conseguiu alguns feitos na Formula 1, e este Grande Prémio do Mónaco foi um deles.
Em jeito de conclusão, há 40 anos houve um grande momento na história. Mas para além disso, aconteceram outros pequenos momentos, que marcariam o futuro do automobilismo no resto da década que agora começava.
E digo isso porque quando Jack Brabham seguiu em frente naquele gancho, naquela curva do Gasómetro, a pessoa que segurava a bandeira de xadrez nem sequer olhou para o carro de Rindt porque estava ainda à espera do carro de "Black Jack". O duelo tinha sido tão intenso e o final tão imprevisivel que todos foram apanhados despervenidos.
Colin Chapman saltou de alegria quando viu ganhar o seu pupilo, por causa dessa imprevisibilidade. Um radiante Rindt foi comemorar no pódio, ao lado da familia real, naquela que foi depois conhecida como a primeira das cinco vitórias do piloto austriaco naquele ano. E foi a última vitória do chassis 49, que depois de três temporadas de bons serviços na equipa Lotus, iria ser substituido pelo chassis 72. Só mesmo um chassis revolucionário podia substituir um excelente chassis.
Mas a corrida monegasca foi marcante em vários aspectos. Foi a última corrida de Johnny Servoz-Gavin, um veloz piloto da Matra, nos anos 60, mas que um acidente sofrido no defeso afectou a sua visão e reconheceu que isso ia afectar a sua condução. Para além disso, os acidentes que tinha visto, especialmente o de Jarama, algumas semanas antes, o fez pensar se valeria a pena continuar, pois o medo de morrer, aquele medo de morrer preso num carro em chamas - que todos tem - o superiorizou. Como se costuma dizer: "À fome junta-se a vontade de comer", e ele abandonou a competição.
Mas nessa mesma corrida a Formula 1 conheceu pela primeira vez um talento vindo do frio. O seu primeiro nome era Bengt e vinha de Örebro, mas os seus amigos e familia o tratavam de Ronnie, para diferenciar do seu pai, que também se chamava de Bengt. O seu apelido era Peterson e nos oito anos seguintes, Ronnie Peterson, o "Super Sueco", deixaria a sua marca no automobilismo, tornado-se em mais um dos heróis da sua geração.
Esta foi também a corrida em que Henri Pescarolo subiu ao pódio pela primeira... e unica vez. Fê-lo a bordo do seu Matra e foi o ponto mais alto da sua carreira. Apesar dos seus grandes momentos do automobilismo terem acontecido na Endurance, mais concretamente nas 24 Horas de Le Mans, também conseguiu alguns feitos na Formula 1, e este Grande Prémio do Mónaco foi um deles.
Em jeito de conclusão, há 40 anos houve um grande momento na história. Mas para além disso, aconteceram outros pequenos momentos, que marcariam o futuro do automobilismo no resto da década que agora começava.
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