domingo, 9 de maio de 2010

Formula 1 2010 - Ronda 5, Espanha (Corrida)

Quando o boletim meteorológico começou a dizer que o tempo no fim de semana catalão previa chuva, todos sorriram um pouco, julgando que esta corrida, que normalmente é aborrecida, teria por fim emoção a valer. Contudo, quando se soube que na hora da corrida, esta aconteceria sob um céu primaveril, desiludimo-nos e preparamos para um longo aborrecimento diante do sofá.

Foi assim que aconteceu, mas ainda teve alguma emoção, especialmente no fim. O facto de agora não haver reabastecimentos faz com que os pilotos tenham de ser inteligentes e alcançar um equilibrio entre a velocidade e a poupança. Algo que Jenson Button já ter mostrado que é muito bom.

Mas a corrida foi dos Red Bull. Mark Webber partiu na frente e aguentou os ataques do seu companheiro Sebastien Vettel, Lewis Hamilton e Fernando Alonso. E lá ficou, de pedra e cal, até à bandeira de xadrez. O segundo lugar ficou primeiro nas mãos de Vettel, mas depois o alemão fez uma má paragem e este caiu nas mãos de Lewis Hamilton, que tentou de tudo para tentar apanhar o australiano, no seu estilo bem agressivo. Contudo, o inglês não tinha capacidade para ir buscar o australiano, pois estava a lidar com um carro que, segundo diz muita gente, tem um diferencial de 0,9 segundos para a concorrência mais directa...

Com isto, procurou-se mais alguma luta. E encontrou-se com o grupo que tinha Felipe Massa, Jenson Button e... Michael Schumacher. Os três pilotos lutavam entre si pelo quinto posto da geral, com o heptacampeão a ter por fim um carro que se adequava ao seu estilo de condução. E com isso, ia no mesmo ritmo que os Ferrari e os McLaren, enquanto que Nico Rosberg estava ainda mais atrás. Muito mais atrás.

A vinte voltas do fim, algo insólito aconteceu: caiu o sinal de transmissão. Numa era de alta tecnologia e de coisas como alta definição e três dimensões, o falhanço de uma transmissão electrónica parece ser algo antiquado neste inicio de século XXI. Mas aconteceu. Terá sido das cinzas vulcânicas do Eyjafjallajokull?

Para o final da corrida, as mecânicas começaram a dar de si. Primeiro, o aviso das boxes a Sebastien Vettel de que os seus travões já não funcionavam bem e que teria de abrandar o ritmo para chegar ao fim. Com isto, Fernando Alonso, que estava a fazer uma corrida discreta, subia ao terceiro posto, para pouco depois ver o autódromo em delírio: a duas voltas do fim, o carro de Lewis Hamilton quebrava devido a um furo, e o piloto das Asturias herdava o segundo lugar. E ainda havia outro herdeiro: Jaime Alguersuari, que levava o seu Toro Rosso ao décimo posto, pontuando na segunda vez na sua carreira.

Como final do longo bocejo, perdão, corrida, Mark Webber comemorava a sua terceira vitória da sua carreira, e tornava.se no quarto piloto a vencer este ano. Tinha a seu lado Fernando Alonso, que com o seu segundo posto, aproximava-se perigosamente da liderança de Jenson Button, que ficou hoje num discreto quinto lugar, atrás de Michael Schumacher, que agora com um carro adequado para o seu estilo de condução, conseguiu a melhor posição do ano: o quarto lugar.

Felipe Massa foi outro discreto piloto, e este sexto lugar, combinado com o resultado do piloto espanhol, está a demonstrar cada vez mais que não é capaz de deter dentro da suia equipa o ascendente do espanhol e que apesar de oficialmente se manter a igualdade entre eles, mais para o final da época, o estatuto de primeiro piloto será transferido para Alonso.

Depois veio Adrian Sutil, cada vez mais um piloto que marca pontos com o seu cada vez mais regular Force India, Robert Kubica e o seu Renault, Rubens Barrichello no seu Williams e claro, Jaime Alguessuari.

Quanto aos estreantes, a Lotus ficou à frente da Virgin e da Hispania. Mas dos seus novos carros, apenas três chegaram ao fim: o carro de Jarno Trulli e os Virgin de Timo Glock e Lucas Di Grassi. E o italiano ficou a três voltas do vencedor. Apesar de algumas melhorias, os estreantes ainda pertencem a outro campeonato...

E pronto, acabada a aborrecida Barcelona, passamos agora para um clássico: o circuito do Mónaco, onde correndo entre as ruas e o "glamour" desse enclave sem impostos, tem tudo para não nos fazer adormecer. Espero.

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