sábado, 27 de maio de 2023

Youtube Automobilie Video: Como é guiar um triciclo elétrico na América?

Não, não é um carro. É oficialmente um triciclo elétrico, porque tem três rodas. Durante muito tempo, o conceito foi vendido por diversas marcas, mas no final, nunca passou de pouco mais de uma mera curiosidade. E mesmo quando se começou a ver carros desse tipo, mas a eletricidade, a coisa nunca passou disso mesmo: curiosidade. Apesar destes pequenos triciclos terem as suas vantagens.

Um desses carros foi o Electra Meccanica Solo, um triciclo com um só lugar, do qual foi lançado em 2021, mas até agora, foram vendidos pouco mais de 500 unidades... nos Estados Unidos. E para piorar as coisas, um problema no sistema de energia, do qual não conseguiram descobrir a sua origem, fez com que o carro fosse descontinuado em abril deste ano. 

E o pessoal da Donut Media, sempre curiosa, quis experimentar um triciclo que custa 16.500 dólares com o Nolan Sykes ao volante.    

Formula 1 2023 - Ronda 6, Mónaco (Qualificação)


Depois da falsa partida de Imola, por causa das inundações na região, a Formula 1 está noutro lugar clássico, o principado do Mónaco. Um lugar do qual algumas pessoas andam crescentemente a resmungar a sua razão de ser no calendário - esquecendo-se que os carros ficaram maiores com o passar dos anos - e no qual, muitos do que se querem mostrar, como celebridades, adoram passear pelo paddock, para delicia dos fotógrafos de serviço, que dobram, porque para além dos habituais, temos os "paparazzos", que tem ali mais alguns motivos de lucrar com a sua presença. 

Os pilotos andaram ao longo deste dia e maio a dar o seu melhor, num lugar onde um erro ou hesitação significa um acidente forte nos guard-rails. Quando dá certo, dá excelentes imagens, e quando não dá... muito trabalho aos mecânicos. Mas neste final de semana, toda a gente parecia que estava a gostar do Mónaco. E as expectativas para a qualificação eram altas, especialmente com uma corrida onde se previa, com quase muita certeza, chuva. 

Contudo, foi debaixo de um sol primaveril que a qualificação começou.  


As coisas até andavam razoáveis até que a meio da Q1, Sérgio Pérez bate em Ste. Devote, estragando o eixo traseiro esquerdo, e com o carro parado no meio da pista, atrapalhava o tráfego. Por esta altura, os tempos baixavam e os McLaren estavam à cabeça dos tempos, com Lando Norris a fazer 1.13,485. Sem poder mexer, a primeira (e única) bandeira vermelha da qualificação foi mostrada. A primeira baixa do pelotão, o mexicano iria largar, provavelmente, do fundo da grelha. Ou não.

No regresso, o calor fazia-se sentir e os tempos baixavam rapidamente. Até carros como Williams, Alfa Romeo e McLaren aproveitavam, colocavam os slicks moles e iam para o topo da tabela de tempos. A certa altura, Fernando Alonso entrava na pista e fazia 1.12,886 e era o primeiro, para logo depois, Max Verstappen fazer 1.12,644. Leclerc tentou melhorar, mas perdeu quase três décimos de segundo.  O neerlandês acabou por fazer 1.12,386, não sem antes Yuki Tsunoda ter pulado para o topo da tabela de tempos, mostrando um Alpha Tauri bem equilibrado, e quer Carlos Sainz jr, quer Lewis Hamilton, terem se esforçado para passar à fase seguinte, porque tinham tempos inseguros.  

Para além de Pérez, os Haas de Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen e o Williams de Logan Sargent iriam ver o resto da qualificação nas boxes. 

Pouco depois, começou a Q2, e em pouco tempo, os da frente mostraram ao que iam. Max começou com 1.12,038, seguido por Alonso, com 1.12,222, que depois melhora, com 1.12,107. Os pilotos andavam bem perto uns dos outros, logo, marcar um tempo correto e sem erros era a diferença entre passar... e não. Como tinha sentido Yuki Tsunoda da pior maneira, quando queimou a travagem à saída do túnel no seu Alpha Tauri.


Max melhorou, com 1.11,908, e tentou assim afastar-se da concorrência, que se esfarelava para arranjar o tempo para a fase seguinte, e foi aí que o McLaren de Lado Norris bateu na Tabac, com estragos ligeiros no seu carro, que o levou para as boxes. Por incrível que pareça, conseguiu tempo para avançar para a Q3, ao contrário do seu companheiro de equipa, que, intacto, era 11º. Hamilton, que por muito tempo se viu aflito para passar, conseguiu o sétimo melhor tempo e uma ia à Q3.

E depois de alguns minutos, a fase final.

Os pilotos entraram para a pista, marcar tempo, e logo na primeira, o espanhol conseguiu um tempo canhão, quatro décimos à sua frente. 1.11,706, depois de Max ter marcado 1.12,102. Lelcerc melhora e mete-se entre os dois, com 1.11,759, e Sainz Jr consegue ainda melhor: 1.11,735. Tudo muito juntinho, e Max era um incrível quinto na grelha, porque Russell, no seu Mercedes, também conseguiu um tempo melhor que ele.

Mas a seguir, assistimos a um dos momentos mais magníficos desta temporada até agora. E tudo começou quando Esteban Ocon, sem aviso, colocou-se no topo da tabela de tempos com o seu Alpine. Foi o primeiro alerta, que fez com que os outros pilotos teriam de se esforçar para conseguir um bom lugar na grelha. O primeiro foi Alonso, seguido por Leclerc.

O "Principe das Asturias" deu o seu melhor - nem parece que está a caminho dos 42 anos! - e conseguiu um excelente tempo de 1.11,449 depois, que fez as boxes da Aston Martin pulasse em comemoração com a possível - e inédita - pole-position. Mas Max não tinha acabado de se mostrar, e com a sua volta no limite, fizera 1.11,385 e ficava com o melhor tempo. Agora era a altura da Red Bull responder com festa nas boxes. Mais um truque na cartola de Super Max.


Em suma, foi tudo no limite, foi tudo a tirar tudo e mais alguma coisa, esforçaram-se todos, rasparam até nos guard-rails. Mas no final, Max conseguiu outra pole-position. Batendo Alonso, Leclerc e Ocon. E o primeiro posto neles não lhes ficaria mal. Agora é amanhã... a ver se não chove muito, para não estragar os planos desta gente toda. 

Youtube Rally Vídeo: A história dos finlandeses voadores (parte 1)

A expressão "finlandeses voadores" é muito anterior ao automobilismo e os ralis. Quando dominavam o atletismo, no inicio do século XX, havia atletas como Paavo Nurmi que eram imbatíveis nas longas distâncias. Portanto, quando chegamos aos ralis e à Formula 1, a expressão assentou que nem uma luva.  

Descobri isto hoje, palmilhando os caminhos do Youtube, e a coisa boa é que tem legendas em inglês. A YLE, o canal público finlandês, decidiu fazer um documentário de quatro episódios sobre a história dos finlandeses nos ralis, e claro, tem muita gente a participar: Markku Alen, Ari Vatanen, Timo Salonen, Marcus Gronholm, Tommi Makinen, Juha Kankkunen... todos os campeões ainda vivos. E mais gente como Mikko Hirvonen, um dos muitos que tentaram derrubar Sebastien Loeb, mas não conseguiram.

São 33 minutos que valem a pena nesta altura. E colocarei os outros episódios nos dias a seguir.   

sexta-feira, 26 de maio de 2023

A imagem do dia


Há precisamente cem anos, fazia-se história. Numa localidade no centro de França, 36 carros estiveram presentes para tentar uma ideia: fazer funcionar um carro por 24 horas seguidas, não só numa corrida de resistência, como também de regularidade, dependendo do tipo de carro. 

Falei sobre essa corrida no inicio do mês no site brasileiro Nobres do Grid, onde contei umas coisas interessantes, do qual valem a pena falar aqui. O cartaz que coloco aqui é interessante, principalmente por aquilo que fala em baixo: o entretenimento. Naquele final de semana, choveu bastante, que afastou gente das tribunas, que não eram protegidas. E as estradas, cujo asfalto era o que era, com a passagem repetida dos carros, começavam a ficar degradadas. E em alguns desses carros, as luzes ficaram degradadas por causa da água que se infiltrava nos sistemas elétricos. Afinal de contas, estávamos em 1923...

O "buffet" foi organizado pelos representantes franceses da  American Hartford Suspension Company, e foi dado para os pilotos e mecânicos das equipas presentes. Quando a corrida acabou, foram consumidos... 600 litros de sopa de cebola (!), 50 galinhas assadas, 450 garrafas de champanhe e quantidades não contabilizadas de vinho branco e tinto. Mas provavelmente terá sido algumas centenas de litros de ambas as variedades, de certeza. 

No final, a prova organizada por franceses, para chamar os construtores franceses, foi ganha por franceses. O construtor triunfador foi a Chenard-Walckner que ganharam, e com dobradinha. Contudo, apenas três carros desistiram, um recorde que foi batido... em 1993. E em termos de construtores, o que aproveitaria mais esta corrida nos anos seguintes seria... uma inglesa. A Bentley iria aprender as lições desta corrida e regressaria nos anos seguintes para estabelecer a primeira dinastia do automobilismo de Endurance. 

Mas isso fica para outra altura. Mas cem anos depois, dali a cerca de duas semanas, 56 carros alinharão em mais 24 horas de corrida, e com os Hypercar presentes, todos tem a consciência de que estão à porta de mais uma época dourada no automobilismo. Se calhar só saberemos desse futuro em 2123, num eventual bicentenário desta mítica corrida. 

WRC: Ogier regressa no Rali Safari


A Toyota confirmou esta tarde o alinhamento para o rali Safari, no Quénia, que acontecerá no final de junho, e para além de Kalle Rovanpera, Elfyn Evans e Katsuta Takamoto, confirmaram o francês Sebastien Ogier, que não correu nos ralis da Suécia e Portugal. 

O francês, que triunfou em Monte Carlo e no México, e é terceiro classificado no Mundial, regressa ao volante na Sardenha, no final do mês, e continua a ser um das favoritos à vitória. Quanto ao Safari, será a terceira vez de Ogier em terras quenianas, após ter vencido em 2021 e de ter liderado na edição de 2022, até que um furo o atrasou na classificação geral, acabando no quarto posto.

A prova africana realiza-se entre os dias 22 e 25 de junho. 

Noticias: Verstappen lamenta que a Honda rume à Aston Martin


A noticia do regresso oficial da Honda à Formula 1, para fornecer motores à Aston Martin, não agradou a todos. Se a FIA e a Liberty Media deram as boas vindas à marca japonesa, houve quem não ficou feliz com a escolha da Honda em ir para a Aston Martin. E essa alguém foi... Max Verstappen, o atual líder do campeonato. O bicampeão do mundo afirma ter pena que eles tenham assinado com eles, e elogia o trabalho que fizeram no tempo que estiveram em Milton Keynes.

Do nosso lado é uma pena como tudo se desenrolou, porque há alguns anos, eles disseram que iam parar, então a Red Bull criou a sua própria divisão de motores. Depois, a certa altura, eles disseram que iam continuar. Infelizmente, quando se está no processo de construção de um motor completo, já não se pode trabalhar em conjunto. É lamentável. Sempre tivemos uma relação ótima com eles e vê-los ir para a Aston Martin é uma pena. Mas também estamos muito entusiasmados do nosso lado, a partir de 2026, para ver o que vai acontecer com a Ford.”, começou por dixer o piloto neerlandês, esta sexta-feira, no Mónaco.

Há alguns anos, pensámos que eles se iam embora, agora ficam e vão com a Aston Martin. Para a Aston Martin, é muito bom, eles terão um motor ótimo, todos sabemos isso. Portanto, é o que é. Adoro trabalhar com eles, já tivemos muito sucesso. É claro que vou ficar triste por ver a Honda partir, mas já estávamos à espera disso. Estou feliz pelo facto de a Honda continuar na Fórmula 1, mas triste por os ver partir”, concluiu.

A Honda regressou à Formula 1 em 2015, fornecendo motores à McLaren, mas os primeiros anos foram muito difíceis para o construtor japonês, acabando por rumar para a a Red Bull e a Toro Rosso, ficando lá até 2021, altura em que se retiraram da competição, de forma oficial.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Youtube Motorsport Video: Porquê importa assistir às 500 Milhas de Indianápolis

O fim de semana que aí vêm será glorioso. Teremos o GP do Mónaco à tarde, as 500 Milhas de Indianápolis mais tarde, e NASCAR pela noite (europeia). E de uma certa forma, a corrida no "Brickyard" é considerada como uma das melhores coisas que existe à face da terra - as 24 Horas de Le Mans é outra - e como muitos conhecem a sua história - a sua primeira edição aconteceu em 1911 - alguns questionam a razão dela ter de acontecer. 

Pois bem, o Josh Revell decidiu fazer este vídeo para explicar esta corrida, porquê surgiu e o que representa. Sentem-se porque merece passar 12 minutos das vossas vidas. 

Endurance: Villeneuve sai, Vautier entra


O francês Tristian Vautier será piloto da Vanwall/Kolles, no lugar do canadiano Jacques Villeneuve, e isto acontece a algumas semanas das 24 Horas de Le Mans, que este ano comemora o seu centenário. Vautier correrá ao lado do seu compatriota Tom Dillmann e do argentino Esteban Guerrieri, no único Hypercar construído pela marca.

Nenhuma explicação foi dada pela sua substituição, mas rumores falam que o canadiano, de 52 anos, não só tinha um ritmo muito abaixo dos seus companheiros de equipa, como também criticou em público as performances do carro. Nas três corridas que fez pela marca, o seu melhor registo foi um oitavo lugar em Sebring, com dois abandonos em Portimão e Spa-Francochamps, este último resultado de um acidente.

Villeneuve é dos poucos pilotos que poderia aspirar à tripla coroa do automobilismo, já que ganhou em 1995 as 500 Milhas de Indianápolis, dois anos antes de ser campeão do mundo de Formula 1. Em 2008, foi segundo classificado nas 24 Horas de Le Mans, como piloto da Peugeot, no 908, ao lado do francês Nicolas Minassian e do espanhol Marc Gené.   

Noticias: O tempo no Mónaco está melhor...


... excetuando no domingo, onde se espera trovoada e muita chuva. É o que aparenta mostrar o boletim meteorológico nesta quinta-feira, mas vésperas do GP do Mónaco. É uma evolução do inicio da semana, onde se esperava chuva para os três dias. Afinal, agora é apenas no domingo.

Se sexta será de céu limpo e sábado também, mais para o final da tarde, o tempo se agravará, passando a chover a partir da meia noite. E no domingo da manhã, as chances de chuva serão muito altas, passando para 82 por cento na hora da corrida. Para além dos aguaceiros, também se espera trovoada. 

Caso chova na corrida, e como isto acontece no Mónaco, irá ser... interessante.       

quarta-feira, 24 de maio de 2023

A imagem do dia


No passado dia 21, passaram-se 45 anos sobre o dia em que o campeonato de 1978 tinha acabado. A favor da Lotus, graças aos seu modelo 79, praticamente, o triunfo do efeito-solo, um conceito que Colin Chapman tinha imaginado três anos antes, quando passava férias em Ibiza. Não era nada de totalmente novo - Tony Rudd tinha imaginado em 1969, quando estava na BRM, e chegou a projetar um carro, só que o seu piloto principal na altura, John Surtees, não aprovou a ideia. 

Mas o que pouca gente sabe é que foi ali, na pista de Zolder, que Gilles Villeneuve deu nas vistas. Quatro anos antes de ele ter o seu triste final, a pista belga foi ótima para ele porque foi ali que conseguiu os seus primeiros pontos. E conseguiu logo a tempo, porque o canadiano estava sob brasas porque ele era rápido, mas inconstante.

Gilles fora uma aposta pessoal de Enzo Ferrari. Depois da sua estreia pela McLaren, em Silverstone, onde impressionou muita gente, dado o seu "background" quase desconhecido - Formula Atlantic canadiana, e antes disso... snowmobilles - o Commendatore deu um teste em Maranello para ele. No final de 1977, quando Niki Lauda decidiu abandonar a equipa, rumando à Brabham a troco de - alegadamente - um milhão de dólares, o canadiano foi o seu sucessor natural. Mas logo na sua segunda corrida pela Ferrari, em Fuji, falhou a travagem e bateu na traseira do Tyrrell de Ronnie Peterson e voou para um grupo de espetadores, matando dois. 

No inicio de 1978, o canadiano marcou a volta mais rápida na Argentina, mas apenas acabou na oitava posição. E nas corridas seguintes, as coisas não correram bem. Em Jacarepaguá, por exemplo, bateu de novo em Peterson, agora na Lotus, quando discutiam uma posição nos pontos e o sueco chegou a afirmar que ele era um perigo na pista.

Mas o pior aconteceu em Long Beach. A Ferrari monopolizou a primeira fila, e na partida, o canadiano foi mais rápido que todos e ficou com a liderança. E à medida que as voltas passavam, ele se distanciava da concorrência, e parecia que guiava como se fosse um veterano. Contudo, na volta 38, quando dobrava o Shadow de Clay Regazzoni... sofreu um choque, que acabou com a sua corrida, e a paciência de alguns tiffosi também. Alguns até queriam que Ferrari colocasse um rapaz de 19 anos, de seu nome Elio de Angelis, que tinha testado com um carro, com resultados satisfatórios.

Mas o "vecchio" decidiu confiar no canadiano, porque sabia que o azar não dura para sempre. E na corrida belga, Gilles qualificou-se na quarta posição, e na partida, passou para segundo porque Reutemann partiu mal e conseguiu passar Ronnie Peterson, que ainda andava no 78. Andou na segunda posição, tentando perseguir quase inutilmente o carro de Mário Andretti, porque o carro era bem superior, graças ao feito-solo que aquele carro tinha conseguido dominar. Contudo, na volta 40, ele sofreu um furo e teve de ir às boxes, caindo para a quinta posição.  

Gilles tentou apanhá-los, mas na altura, Peterson, que também tinha ido às boxes para trocar de pneus, foi bem mais rápido que o canadiano, e na frente Reutemann lutou com o Ligier de Jacques Laffite para o segundo posto, que se resolveu a duas voltas do fim quando o francês sofreu um acidente. Apesar de tudo, acabou na quinta posição, atrás de Gilles, que conseguia assim os seus primeiros pontos na Formula 1. Iria conseguir mais, mas iria ser um processo de aprendizagem duro. Mas acabaria por ser recompensador, com a aposta do Commendatore a ser bem sucedida.  

Youtube Formula 1 Vídeo: O excesso de bandeiras vermelhas

Há uns bons anos - uma geração, mais coisa, menos coisa - uma corrida só tinha bandeiras vermelhas se a coisa fosse séria, como uma carambola ou um acidente bem sério, que implicasse a entrada de emergência médica, por exemplo. Ou seja, só mesmo na última das últimas chances. Mas isso era do tempo de Niki Laudas e Ronnie Petersons

Hoje em dia, há quem se queixe que é o contrário: qualquer boa desculpa serve para isso. Podemos ver o que aconteceu no último GP da Austrália, com as carambolas nas últimas voltas. E claro, o Josh faz a pergunta: hoje em dia, o pessoal anda ou não anda a abusar das bandeiras vermelhas?     

Formula 1: Aston Martin e Honda farão parceria a partir de 2026


Foi pela madrugada, em Tóquio, que a Honda confirmou que fornecerá motores à Aston Martin a partir da temporada de 2026, ano de estreia das alterações ao regulamento técnico sobre esta matéria. Assim, deixará de ser cliente da Mercedes para ser a equipa principal, substituindo nesse campo da Red Bull - que oficialmente saiu da marca em 2021, mas continua a fornecer mão-de-obra humana e conhecimento técnico à equipa de Milton Keynes.

Eles estão atualmente trabalhando em várias medidas para fortalecer a equipa e lutar pelo título da Formula 1", começou por falar Koji Watanabe, o responsável pela Honda Racing Corporation. “Então, como eles deram notas altas à nossa tecnologia de unidade de potência da Formula 1 e podemos nos relacionar com sua atitude sincera e também forte paixão por vencer, decidimos trabalhar juntos e lutar pelo título do campeonato como Aston Martin Honda.”, concluiu.

Do lado da Aston Martin, Martin Withmarsh, CEO da Aston Martin Performance Technologies, afirmou sobre esta nova parceria: "Nossa futura parceria com a Honda é uma das últimas partes do puzzle que se encaixa nos planos ambiciosos da Aston Martin na Fórmula 1”.


Uma grande questão que se coloca é Fernando Alonso. Em 2026, caso ainda esteja a correr na Aston Martin, terá 44 anos no inicio dessa temporada, e foram conhecidas as suas criticas aos motores Honda na sua segunda passagem pela McLaren, de 2015 e 2018 - a famosa tirada "GP2 engine" no GP do Japão de 2015 ficou na memória automobilística. Sobre esse assunto,  Koji Watanabe, o responsável pela Honda Racing Corporation, garantiu que a marca não influenciará a escolha de pilotos da equipa.

"A seleção dos pilotos depende totalmente dos membros da equipa e não é algo que um fornecedor de unidade de potência como nós deveria fazer. Portanto, deixaremos a selecção de pilotos para a equipa", começou por afirmar o responsável japonês. "Acredito que ele é um grande piloto e respeitável. Se tivermos de ter Alonso novamente como nosso piloto, não temos nenhuma objecção", concluiu.


As noticias do acordo também agradou à FIA e à Liberty Media, que deram as boas vindas ao regresso da Honda à competição. 

O interesse contínuo de gigantes globais do sector automóvel, como a Honda, mostra mais uma vez que os Regulamentos das Unidades Motrizes de 2026, estabelecidos pela FIA em colaboração com a FOM e os fabricantes atuais, atingiram precisamente o equilíbrio certo para garantir que o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 permaneça na vanguarda da inovação tecnológica, sustentabilidade e competição”, disse Mohammed ben Sulayem, o presidente da FIA.

Já para Stefano Domenicali, este afirmou que a parceria é uma ótima notícia para a Fórmula 1, assim como é para o mercado automóvel ter a disciplina a colocar em prática motores alimentados pelos ‘efuels’. 

É uma ótima notícia para a Fórmula 1 o facto da Honda se associar à Aston Martin para fornecer unidades motrizes a partir de 2026. Esta é mais uma prova de que a nossa plataforma global e o nosso crescimento proporcionam às marcas um enorme potencial e mostra também que os nossos planos para passar a utilizar combustíveis sustentáveis em 2026 são a abordagem correta para oferecer ao mundo automóvel soluções alternativas para descarbonizar o planeta. Todos nós podemos ver o incrível compromisso que a Aston Martin assumiu com o nosso desporto e mal podemos esperar para ver esta parceria em ação, e quero felicitar ambas as partes por esta boa notícia”, disse.

terça-feira, 23 de maio de 2023

A imagem do dia





Em muitas formas, a sexta vitória de Ayrton Senna no Mónaco foi como em 1992: herdada. Das más sortes dos outros, ele ficou no comando da corrida, mas ao contrário do que aconteceu com Mansell, não foi acossado. Até teve uma corrida calma, acabando no lugar mais alto do pódio na companhia de Damon Hill, no seu Williams, e de Jean Alesi, no seu Ferrari - aliás, o primeiro pódio da Scuderia nessa temporada. E esses foram os únicos que ficaram na mesma volta que o vencedor. Christian Fittipaldi, por exemplo, foi quinto no seu Minardi... com duas voltas de atraso.    

Senna não obteve a pole - essa foi para Alain Prost - e Senna foi o terceiro, com Damon Hill a seu lado. Mas a corrida foi, como disse, definida pelos maus dias dos outros. Schumacher liderou de forma convincente por muito tempo, especialmente, depois da penalização de Prost, por ter feito falsa partida, e para piorar as coisas, quando saiu, deixou cair o motor abaixo!

Parecia que iriamos assistir à primeira vitória do alemão no Mónaco. Contudo, na volta 32, o sistema hidráulico do seu Benetton falhou no gancho do hotel, e acabou por parar o carro não muito longe dali. Eu fiquei com a certeza de que ele ia calmamente para a vitória, se não fosse esse problema. Senna herdou isso tudo e depois, foi-se embora, deixando Hill a 52 segundos, controlando tudo a seu favor. E pela sexta vez na sua carreira, e quinta seguida, o brasileiro comemorava no lugar mais alto do pódio, herdando o recorde de Graham Hill, na presença do filho.

O que não sabíamos é que iriamos ver algo que era exatamente igual a 1981: o triunfador da corrida desse ano morria precisamente na corrida anterior à edição seguinte do GP do Mónaco. Arrepiantemente, Senna foi igual a Gilles Villeneuve.       

No final daquela corrida, Senna saia do Mónaco com cinco pontos de vantagem frente a Prost, 42 contra 37. Mas todos sabiam que era uma ilusão, a máquina da Williams era melhor. Mas Senna aproveitava todas as ocasiões para o superar. E até agora, não tinha falhado alguma. 

IndyCar: Rahal correrá no lugar de Wilson


A Dreyer & Rheinbold Racing anunciou esta terça-feira que Graham Rahal substituirá Stefan Wilson nas 500 Milhas de Indianápolis de 2023. O filho de Bobby Rahal, que não se conseguiu qualificar para a prova com o seu carro, será o piloto que correrá no lugar de Wilson, que sofreu ontem um acidente quando foi batido pelo carro de Katherine Legge

"Estamos contentes por anunciar que Graham Rahal irá pilotar o numero 24 na 107ª edição da Indianápolis 500! Rahal irá substituir o lesionado Stefan Wilson que sofreu um acidente na sessão de treinos de ontem", afirmou a equipa, num comunicado lançado na sua conta no Twitter.  

Não é a primeira ocasião que Rahal corre pela Dreyer & Rheinbold Racing: em 2010, correu na prova de Iowa, no lugar de Mike Conway. As 500 Milhas de Indianápolis acontecerão no domingo, no final da tarde. 

Youtube IndyCar Crash: O acidente de Katherine Legge e Stefan Wilson

As 500 Milhas de Indianápolis deste ano estão a correr muito bem. Sem acidentes na qualificação, ou noutros dias, parecia que tudo iria ficar assim... até esta segunda-feira, quando Katherine Legge e Stefan Wilson, dois dos pilotos que apenas irão participar nesta corrida, colidiram um contra o outro e bateram na parede na curva 1. 

Pelos vistos, ambos safaram-se sem aparentes ferimentos, a não ser no seu amor-próprio. E os carros poderão ser reparados até ao dia da corrida.   

Post-Sciptum: Wilson, depois de ter sido transportado para o Centro Médico do hospital Metodista de Indianápolis, descobriu-se uma fratura na 12ª vertebra torácica e ficará a noite para observação. E como tal, não será autorizado pelo centro médico a competir nas 500 Milhas, que acontecerá no domingo. 

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Noticias: Pirelli estreia novos compósitos para a chuva


O Grande Prémio da Emilia Romagna seria palco de várias novidades, não tivesse sido, infelizmente, cancelado. Agora, será o Mónaco o lugar onde a Pirelli irá estrear essas novidades, e isso inclui novos compósitos para a chuva, que como já afirmei no post anterior, poderá ser uma chance muito alta para o fim de semana monegasco. 

O pneu, segundo afirma a Pirelli, não requer a utilização de mantas de aquecimento, tendo sido esta alteração da especificação do pneu aprovada pela Comissão de Formula 1, e é uma tentativa de melhorar o comportamento dos pneus de chuva que tantas críticas têm recebido entre pilotos e fãs.

Com Imola a ter sido cancelada, o Mónaco pode agora ser a estreia do novo Cinturato Blue para piso molhado”, explicou Mario Isola, o responsábel da Pirelli. “Dependendo, obviamente, das condições meteorológicas, um outro fator aleatório neste fim de semana”.

Sobre a seleção de pneus para a primeira corrida em solo europeu, Isola salientou que a “Pirelli selecionou os pneus mais macios da gama. Uma das peculiaridades do Mónaco é o facto da pista ser aberta ao tráfego normal todas as noites, o que significa que é muito difícil a borracha acumular-se na trajetória de corrida, tornando a superfície ainda mais escorregadia”.

O GP do Mónaco acontecerá no próximo domingo. 

Meteo: Mónaco também será chuvoso


Foi na segunda feira que se começou a saber do mau tempo em Itália, que levou ao cancelamento da corrida de Imola. Contudo, oito dias depois, com o fim de semana do Mónaco à vista, já se começa a saber do tempo para o fim de semana que aí surge... e não parece ser fantástico. 

Nos três dias que acontecerão do Grande Prémio, o tempo será sempre de aguaceiros, com temperaturas a rondarem entre os 20 e os 22 graus, com chances de chuva que andam entre os 71 por cento na tarde de sexta-feira, 73 por cento na de sábado, e 56 por cento na de domingo. 

É evidente que ainda faltam cinco dias para o Grande Prémio, mas foi na segunda-feira passada que surgiram os alteras sobre as inundações na região de Emilia-Romagna, que levou ao cancelamento do Grande Prémio, dois dias depois, por causa da intensidade das chuvas e o uso dos serviços de emergência, que iria desviar recursos, se o Grande Prémio se mantivesse.   

WRC: Hyundai repete tripla para o Safari


A Hyundai repetirá pelo terceiro rali seguido a mesma tripla de pilotos no WRC: Thierry Neuville, Dani Sordo e o finlandês Esapekka Lappi. Poderão, eventualmente, pensar alguma coisa para o lugar do falecido Graig Breen, mas se alguém pensa que esse lugar será preenchido por ele até ao final da temporada, dando ao espanhol de 40 anos um inesperado lugar a tempo inteiro, Cyril Abiteboul já confirmou que o espanhol não fará todos os ralis até ao fim do campeonato.

"Uma coisa que posso confirmar é que o Dani não vai participar em todos os ralis e que o nosso alinhamento será anunciado a seu tempo e está a ser construído”, começou por afirmar Abiteboul, citado pelo site autosport.com. “Estamos a estudar o assunto, mas é demasiado cedo para fazer um anúncio específico. A única coisa que posso dizer é que não estamos a olhar apenas para este ano, estamos a pensar onde queremos estar no próximo ano e no ano seguinte.

Logo, alguns pilotos mais novos poderão estar a ser considerados, desde o regresso de Oliver Solberg, que foi dispensado no final da temporada passada a favor de... Breen, que veio da Ford, mas outro nome apontado para a vaga é o finlandês Emil Lindholm, que corre nesta temporada num Skoda Fabia Rally2.   

domingo, 21 de maio de 2023

A imagem do dia


Este domingo teremos muitas coisas, como o Fast Nine, a pole-position e o Bump Draft nas 500 Milhas de Indianápolis. E claro, como já notou, será definida a grelha. Mas a pessoa que está aqui fez história, e marcou de muitas maneiras, nesta edição da Indy 500. 

Primeiro que tudo: Katherine Legge, de 42 anos, é a única mulher na grelha. Segunda, apenas fará nesta temporada as 500 Milhas de Indianápolis, mas ficará na grelha de forma definitiva. E a terceira, e mais surpreendente, foi a única piloto da sua equipa que garantiu a qualificação, porque ela corre pela Rahal-Letterman. Todos os outros estarão no Bump, ou seja, no fundo da grelha. O que se tornou num pequeno escândalo nesta edição, onde estarão 34 carros para 33 lugares. Ou seja, haverá um piloto que verá a corrida das bancadas. 

Quanto ao valor ali marcado: em "resto do mundo", esses 231,596 milhas por hora significam 372,717 km/hora, ou seja, essa senhora andou a voar baixinho nas quatro voltas que deu para marcar o seu tempo. O que é impressionante, mas nada que já tenha feito. Afinal de contas, é uma veterana nos monolugares, na Champcar e na IndyCar... e até na Formula E. 

Resta saber o que poderá fazer na corrida, dentro de uma semana. E se terá a companhia dos seus companheiros de equipa na Rahal. 

Youtube Motoring Vídeo: Converter clássicos em híbridos... ou elétricos

Converter clássicos para híbridos ou elétricos? Parece ser um sacrilégio, não? Mas parece que existe gente que faz isso. E um dos que decidiu atirar o seu chapéu para o ringue é Robert Downey Jr., o ator que faz o papel de Tony Stark, o Iron Man.  

E por causa disso, Downey, que gosta de carros, acha que convertê-los ao século XXI será uma coisa interessante, nem que seja para os salvar e voltar a circular na estrada. E é por isso que esta série foi criada, e se estreará no canal HBO Max a partir de 30 de junho.