sábado, 4 de julho de 2009
Noticias: António Felix da Costa domina em Silverstone
As ideias de Bernie Ecclestone sobre a sociedade em que vivemos
Veremos qual vai ser o impacto que esta entrevista terá, nos dias quem vem a seguir.
Para a aniversariante do dia
Esta é um pouco mais pessoal. Hoje é o dia de aniversário da Ingryd Lamas, que chega hoje ao seu 21º aniversário. O post que serve para assinalar o seu aniversário tem uma comparação curiosa, entre aquilo que eramos ontem e o que somos agora. Confesso o meu desconhecimento daquilo que era antes (apesar de ela me ter contado algumas coisas desde a altura em que nos conhecemos virtualmente, há cerca de oito meses atrás) mas sei o que ela é agora: uma miuda que decidiu perseguir os seus sonhos numa terra distante, e uma verdadeira apaixonada pelo automobilismo, pelo que ando a ver.
Espero ainda vê-la durante a sua estadia europeia, pois ando a dever isso, mas a falta de tempo (e agora de dinheiro) impedem de concretizar essa promessa. Acho que, estando eu mais perto dela do que poderia imaginar, não posso desperdiçar esta oportunidade de a ver em carne e osso, e também a oportunidade de por os pés, mais uma vez, na "Velha Albion". Ainda por cima, este é o fim de semana de Goodwood...
A ela, desejo-lhe mais uma aniversário, e muitos anos de vida bem preenchidos com amizade, amor e... muito automobilismo.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Os mestres das fotos
Mas raramente vemos as suas caras, ou quando eles estão em acção, de máquina a tiracolo, concentrados para tirar as fotos que aparecerão no final do dias em revistas, jornais e na Net. Pois bem, agora tem uma oportunidade. Espreitem a partir daqui no blog daquele "soviético" para terem a chance de os ver, carne e osso.
GP Memória - França 1994
Na Benetton, outra substituição acontecia. O finlandês J.J. Letho continuava a convalescer do seu acidente na pré-época, e Flávio Briatore achou por bem substitui-lo novamente pelo piloto de testes, o holandês Jos Verstappen.
Contudo, quando o pelotão chegou a Magny-Cours, no centro de França, o jovem piloto holandês esteve muito perto de não alinhar na corrida, quando na sexta-feira, perdeu o controlo do seu carro e bateu forte no muro das boxes, na recta da meta. Um elemento da suspensão entrou pelo chassis adentro e rasgou o seu fato, escapando por muito pouco de um ferimento grave na perna.
Nos treinos, a primeira fila foi toda da Williams: Damon Hill foi o melhor, batendo o regressado Nigel Mansell na luta pela pole-position. Na segunda fila, Michael Schumacher era o terceiro a partir, tendo a seu lado o Ferrari de Jean Alesi. Na terceira fila ficavam o segundo Ferrari de Gerhard Berger e o Jordan de Eddie Irvine, enquanto que na quarta fila estavam o companheiro de Irvine, Rubens Barrichello e o Benetton de Jos Verstappen. Para fechar o “top ten”, estavam o McLaren-Peugeot de Mika Hakkinen e o Sauber-Mercedes de Heinz-Harald Frentzen.
No momento da partida, Schumacher fez um arranque fabuloso e conseguiu ultrapassar os dois Williams, mais lentos do que ele. Hill foi atrás do alemão da Benetton, enquanto que Mansell ficava mais atrás, aguentando os ataques de Jean Alesi. Tudo ficou assim até à volta 18, altura em que Nigel Mansell vai ás boxes para colocar pneus novos. Mais tarde era a vez de Alesi, que na saída, consegue ultrapassar Mansell. Mas o terceiro classificado era Barrichello, que decidira fazer menos uma paragem do que a concorrência.
A corrida foi uma sucessão de trocas de posições graças às paragens nas boxes, demonstrativa de uma corrida sem sabor em pista. Pouco tempo depois, Barrichello atrasava-se com problemas numa das rodas, e ficava atrás de Alesi. Na volta 35, Schumacher parava pela segunda vez e deixava Hill na liderança. Mas o alemão aproximou-se rapidamente do inglês e na volta 41 estava atrás dele.
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1994/95. Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1994
http://en.wikipedia.org/wiki/1994_French_Grand_Prix
Felix da Costa confiante para Silverstone
Apesar deste "handicap", o optimismo do piloto português é bem evidente nas suas palavras: “Estou na frente do Campeonato e para conquistar o título há que atacar sempre e continuar ao mais alto nível. Tanto eu como a equipa sabemos que temos um bom carro, estamos muito motivados para continuar a lutar pelos lugares da frente, e porque não dize-lo, gostava de vencer aqui em Silverstone”, referiu a jovem promessa internacional.
Consciente das dificuldades que irá encontrar no exigente traçado de Silverstone, e também no elevado nível de pilotos que disputam o Eurocup de Formula Renault 2.0, o piloto comenta: “Temos de gerir bem o tempo disponível e aproveitar ao máximo as sessões de treinos livres, para na qualificação o carro estar bem ajustado ao circuito. O Eurocup está cada vez mais competitivo e com o decorrer do Campeonato começam-se a definir os candidatos ao título, pelo que tudo tem de correr bem, desde a qualificação às largadas nas duas corridas, e em cada volta manter a máxima concentração. Amealhar pontos e gerir a corrida dos meus directos adversários é vital para sair de Silverstone mais líder”, referiu.
As duas sessões de treinos livres terão lugar durante a tarde de sexta-feira, com a duração de 40 minutos cada. Sábado, pelas 10:00 da manhã, terá lugar a sessão de qualificação, e a primeira corrida do fim-de-semana ocorrerá pelas 16:30. Já no Domingo, pelas 11:55, terá lugar a segunda corrida do Eurocup de Formula Renault 2.0, que estará integrado no programa da World Series by Renault.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Extra-Campeonato: O gesto do ano
Mas mesmo que alguém prevesse o Apocalipse, nada esperaria o gesto que Manuel Pinho, o Ministro da Economia, fez esta tarde. Chateado com os comentários vindos da bancada do PCP sobre as Minas de Aljustrel, decidiu responder com um gesto... não digo obsceno, mas sim ofensivo. Em suma, passou-se. Um ministro com fama de "gafeiro" (o homem das gaffes), este foi o seu gesto final.
Ofendidos, os deputados pediram a sua cabeça. Ele a ofereceu e o o primeiro -ministro aceitou. Estão a ver isto a acontecer em Itália, com o Berlusconi?
Acha-se mais valente que a avó de Jordi Gené?
O resultado podem ver no video acima. Só podia dar nisto, não é?
Formula 1 em Cartoons - Jim Bamber (FOTA vs FIA)
5ª Coluna - Provas de Vida
Formula 1: Mad Max quer mostrar que não está morto!
Com o acordo da semana passada entre as equipas agrupadas na FOTA e a FIA, após a separação anunciada no fim de semana do GP de Inglaterra, julgava-se que Max Mosley ficaria caladinho até se retirar calmamente da presidência da FIA, em Novembro. Mas as circunstâncias desse anúncio foram ofensivas para o próprio Mosley, que ameaçou quebrar o acordo e voltar a recandidatar-se. Primeiro, exigiu desculpas públicas a Luca di Montezemolo, e depois gritou algo e bom som que se calhar, poderá recandidatar-se.
"Eles cometeram o erro de dançar sob a minha sepultura antes de eu ser enterrado. Não é bom a FOTA pagar a assessores de imprensa que anunciam que estou motor e enterrado quando aqui estou 'teso que nem um carapau'.", afirmou, numa entrevista ao jornal inglês "The Mail on Sunday".
"Estou a ser pressionado de todo o mundo para me recandidatar. Eu não queria, pois sinto-me um pouco velho demais. Quando comecei, tinha idade suficiente para ser pai de alguns jovens pilotos, agora tenho idade para ser avô deles. Não me sinto velho, mas pareço. Desse ponto de vista é preciso alguém com outra imagem.", declarou.
Teme-se o regresso dos fantasmas, é certo, mas o facto de esta semana as coisas estarem um pouco mais paradas em termos de “declarações bombásticas” pode querer dizer que Mosley já estará um pouco mais calmo. Ou então a preparar outra, dado que desde Segunda-feira se começou a falar “à boca cheia” no nome de Jean Todt como potencial candidato a presidente da FIA. Ainda por cima, tem a bênção do “Mad Max”. Mas a FOTA, incluindo a própria Ferrari, já disse que quer alguém “neutro”, ou seja, ninguém que tenha a ver com as equipas, o que excluía Jean Todt. Porque senão, até o Ron Dennis seria possível candidato…
WRC: Hirvonen vence na Polónia e o campeonato está relançado!
Este fim-de-semana, o Mundial de Ralies passou pela Polónia, que volta a receber uma prova pela primeira vez em 37 anos, e pela segunda vez consecutiva, Mikko Hirvonen vence um rali nesta temporada. E pela segunda vez consecutiva, Sebastien Löeb tem um acidente que o deixa fora de prova. Mas se no caso da Acrópole, os danos eram irreversíveis, no caso polaco, pode voltar através do método “SuperRally”, onde fez um resto do rali demolidor, para terminar no sétimo posto final e conseguir dois pontos para o seu pecúlio.
O Rali da Polónia poderia ter sido a consagração para a Ford, mas mais um erro de Jari-Matti Latvala, quando faltavam menos de 200 metros (!) do final do rali, ao despistar na Super-Especial que encerrava a competição, fez zangar o seu patrão, Malcom Wilson.
Muitos afirmam que Latvala está ali há tempo demais, e não consegue guiar de outra forma senão de “pé a fundo”. Mas se ele quisesse correr com Latvala, já teria corrido há muito mais tempo com o seu filho Matthew Wilson da Stobart-Ford, não é?
Mas eis algo completamente inesperado: no final do Rali da argentina, há dois meses atrás, esperávamos que isto seria um passeio francês, e fazia-se apostas para saber em que rali Sebastien Löeb iria levar o seu sexto ceptro consecutivo. Agora, com duas meros deslizes do francês (e respectivas vitórias do seu maior rival), o campeonato voltou quase á “estaca zero” e Mikko Hirvonen é o novo líder do campeonato. E o próximo rali, que correrá em terras finlandesas, poderá dar ainda mais avanço, pois ele está em casa, e 90 por cento das vitórias nas rápidas classificativas do antigo Rali dos 1000 Lagos pertenceram a pilotos da casa…
Mas agora toda a gente sabe que este campeonato vai ser decidido no lugar que merece: em Gales, no próximo mês de Novembro!
IRL: Que futuro para a competição?
Poucos dias depois da IRL correr em mais uma oval chata, onde venceu o neozelandês Scott Dixon, o homem por detrás da série desde a sua criação, em 1996, e proprietário da Indianápolis Motor Speedway, Tony George, saiu de cena depois de quase 15 anos à frente da competição. George foi “posto na reforma” pelas suas três irmãs, após ter visto que investiu mais de 300 milhões de dólares para sustentar a série, o que numa altura de crise económica, é muito.
Um ano depois de George ter comprado a CART e conseguido a “reunificação” da série, esta categoria monomarca e monomotora (Dallara-Honda) está numa encruzilhada. O muito dinheiro gasto para sustentar esta categoria poderá ter sido demais para as finanças, e o futuro poderá ser negro, dado que nos mais de 12 anos de série dupla entre CART e IRL (1996-2008), ambas as categorias sofreram, e quem saiu beneficiada durante esse tempo todo foi a NASCAR, que cresceu em termos de pilotos, circuitos e equipas. Até houve muitos pilotos da CART e IRL que foram para lá correr, com maior ou menor sucesso.
Ainda é cedo para se pensar a longo prazo, para saber se a categoria será bem sucedida ou sobreviverá à era pós-Tony George, mas os vários cenários desenhados no momento em que se soube do afastamento, passam por desde a compra da CART pela família France (fundadora e dona da NASCAR) até à auto-sustentação por parte das equipas principais, como a Andretti-Green, Chip Ganassi, Newman-Haas e Penske. Em tempo de crise, ver-se-á quem são os mais fortes.
Outra boa hipótese é a internacionalização das séries. Fala-se de uma expansão para o Brasil e para a Europa, em 2010, mas por agora, nada é certo. O que interessa agora é que no próximo fim-de-semana, depois de sete provas consecutivas em ovais, passa-se agora a correr num circuito convencional, neste caso em Watkins Glen, nos arredores de Nova Iorque. Vamos a ver como será agora, no regresso da competição aos circuitos tradicionais…
E pronto, não há muito mais a dizer. No próximo fim-de-semana, vamos ter provas “a rodos”, muitos dos quais no circuito português da Boavista. WTCC e PTCC, para começar… até para a semana!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Extra-Campeonato: sem nada a esconder
Yap... parece que no Hemisfério Sul, as coisas andam ao contrário. Ainda bem!
Que futuro para a IRL?
a) A IRL finalmente se auto-sustenta e tudo permanece como está.
b) algum milionário entediado resolve brincar de ser salvador dos monopostos americanos e decide pagar as contas da brincadeira (Gerry Forsythe me parece a única pessoa que consideraria a idéia). Champ Car vai a Indy.
c) Penske, Ganassi e Andretti decidem continuar a série por conta própria. Cart 2.0.
d) A família France (dona da NASCAR) aproveita a oportunidade e ou compra o espólio da IRL ou monta uma série de monopostos do principio. Grand-Am versão monopostos.
e) A família George lava as mãos, ninguém se apresenta e a organização da Indy 500 reverte para USAC e teremos basicamente um versão glorificada de super modifieds televisionados de forma mais ampla uma vez por ano.
Nunca um vencedor foi tão secundarizado
Pois foi: Gilles Villeneuve e René Arnoux disputaram a segunda posição como se o amanhã não existisse. O estilo sempre agressivo e louco do canadiano, combinado com outro "pé pesado", como era o piloto francês, era um cocktail explosivo pronto a explodir. Isso aconteceu, qual combinação astronómica, na tarde do dia 1 de Julho de 1979, faz hoje 30 anos.
Quem vê o video pela primeira vez, julga que isto é a luta pela vitória. Nada mais errado. É apenas a tentativa de Villeneuve para ficar com o segundo posto, evitando uma dobradinha da Renault no seu solo, ainda por cima com uma Ferrari que se debatia com problemas de pneus, já que Villeneuve partiu na frente da corrida e lá ficou até meio, quando foi ultrapassado por Jabouille.
E as últimas três voltas foram de arrepiar. Toques um no outro, ultrapassagens "no limite", por fora e por dentro, mas conseguiram o milagre de não destruirem o carro, nem de perder o seu controlo. Ficou na retina de todos os que viam na TV, um pouco por todo o mundo, e certamente na pista. A partir dali, para mim, o 1º de Julho é sempre Dia de São Gilles e São René.
No final, os espectadores entraram em delírio, e em Itália, a "lenda Villeneuve" começava aqui, fazendo com que entrasse no coração dso "tiffosi". Mas se era assim entre os espectadores, no lado dos pilotos, eles não gostaram muito do gesto deles, especialmente Emerson Fittipaldi e Niki Lauda, na altura presidente da GPDA. O Ico contou a história no ano passado:
"Na corrida seguinte, em Silverstone, Gilles Villeneuve e René Arnoux foram chamados a uma reunião com a cúpula da GPDA na época, formada por Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Clay Regazzoni e Jody Scheckter. Lauda acusou: 'Vocês pilotaram em Dijon de maneira perigosa e danificaram a imagem do esporte'. Arnoux respondeu de imediato: 'Com você, isto jamais teria acontecido... porque você levantaria o pé logo de cara!'. Gilles virou as costas aos pilotos e deixou a sala. Rindo."
Já escrevi várias vezes sobre esta corrida. Há dois anos e pouco, escrevi a crónica dessa corrida, e tem lá inscrito um video comentado pelo Jeremy Clarkson, o "Mr. Top Gear". Mas hoje coloco um link onde se pode ver como aquelas últimas voltas foram vistas em Itália, a pátria da Ferrari. O narrador nem acreditava no que via...
terça-feira, 30 de junho de 2009
PTCC 2009 - Boavista (Antevisão)
Só posso agradecer pelo tributo
Eis um excerto do post dele: "Além de todo esse incansável trabalho de fomentador, Paulo ainda consegue escrever análises de um bom leque de várias categorias e excelentes — senão as melhores — análises do mundo político da F1, com uma visão européia da F1, só que escrita e expressa em nossa inculta e bela língua portuguesa, algo absolutamente raro."
Comparar-me a Mário de Andrade é um excercício interessante, confesso. Há coisas que são absolutamente reais: o meu trabalho de pesquisa, o instigador de novos blogueiros (instiguei tantos que já não tenho tempo para ver todos...) e a minha análise pessoal sobre a actualidade da Formula 1 e conhecendo o impacto que este blog tem na comunidade brasileira, mostrar a eles o que se faz por estas bandas.
E depois, quando leio sobre a obra dele, decubro que, entre outras coisas, que existe uma biblioteca em São Paulo com o seu nome, e que chegou a ser a face de uma nota de 500 mil cruzeiros, em 1993. Não espero que acabe numa nota de banco (agora Portugal faz parte de um sistema monetário transnacional), mas num selo de correio seria engraçado... LOL!
No final, isto é uma prenda antecipada, pois no dia 12, o mesmo dia do GP da Alemanha, comemoro o meu 33º aniversário natalicio. No final, confesso a minha supresa e agradeço enormemente pela homenagem que me fez, mas considero que existem muitos outros blogueiros que fazem um trabalho tão bom ou melhor do que eu. Não vou conseguir lembrar de todos, dada a extensão da lista, portanto, peço antecipadamente desculpas.
Como digo, existem blogueiros tão grandes como eu, se calhar melhores, como o Daniel Medici, o "soviético" Rianov Albinov, o Ron Groo e os seus maravilhosos contos, o Alexandre Carvalho e as excelentes entrevistas que faz às personagens laterais da Formula 1, o Luiz Antonio Pandini, a Ingryd Lamas e as suas crónicas de Londres, enfim... toda uma plateia de grandes nomes da blogosfera em Português, que fazem tudo para que mostrem não só o seu amor pela velocidade, como também a usem para expor os seus próprios talentos.
E no final, regresso ao título: só posso agradecer pelo tributo.
P.S: O Germano Caldeira, do Blog 4x4, ainda me deu mais uma prenda para mim. Decidiu pegar nos meus dados a fazer isto: um selo pessoal. O meu desejo foi concretizado mais cedo do que pensava...
segunda-feira, 29 de junho de 2009
A capa do Autosport desta semana
Como perder oito pontos a 200 metros do fim, por Jari-Matti Latvala
Jari Matti-Latvala é um piloto talentoso, do mesmo leque de "finlandeses voadores" como Henri Toivonen e Ari Vatanen. Contudo, nos últimos tempos, anda mais a destruir carros do que a acabar corridas. Após o seu acidente em Portugal, muitos são os que dizem que Latvala está a mais na equipa. que não sabe usar a cabeça, que corre rápido demais para as classificativas, etc, etc... Contudo, a vitória no Rali da Sardenha acalmou um pouco os ânimos, e o segundo lugar na Grécia parecia confirmar que ele já tinha encontrado um ponto de equilibrio entre a sua rapidez e a capacidade de terminar bem classificado nos ralies.
Só que num troço que deveria ser de espectáculo, acaba por quebrar uma suspensão num ressalto e acabar contra os ralis. Tudo isto à frente de... Malcom Wilson, o patrão da M-Sport, que estava com uma garrafa de champanhe na mão à espera que os dois carros terminassem o troço.
Latvala explica o acidente: "Não estava a conduzir muito rápido mas entrei na curva demasiado cedo e toquei num barril que estava cheio de areia." Para o homem que perdeu o 2º posto com a meta à vista "este é o maior erro que já cometi. Desapontei toda a gente."
Wilson tem sido o maior defensor de Jari-Matti Latvala, perdoando-lhe erros, encontrando sempre uma forma de o ajudar. E mesmo depois da situação de hoje, Wilson confirmou Latvala para correr na Finlândia em Agosto. "De cada vez que ele comete um erro tendo sempre a ser uma situação diferente, mas garantidamente este foi o maior erro da sua carreira," afirmou Wilson.
O homem da M-Sport explicou que há muitos anos que não vê uma classificativa, porque sempre que via acontecia algo. Abriu uma excepção na super-especial da Polónia para estar presente com a equipa nos festejos e afinal viu "in loco" a perda de um excelente resultado. "Escusado será dizer que não esperava ver o que vi na Super-Especial mesmo à minha frente. Inacreditável!"
Wilson e toda a equipa tiveram um verdadeiro "balde de água fria". "Podem imaginar o chique que foi para nós. Estava ali a equipa toda para festejar a fantástica 'dobradinha' num rali novo. Depois aconteceu aquilo. Três dias de excelente trabalho evaporaram-se em frente dos nossos olhos. Simplesmente inacreditável..."
domingo, 28 de junho de 2009
WRC - Rali da Polónia (Final)
O terceiro dia do rali ficou marcado pelo acidente de Jari-Matti Latvala na... ultima especial, onde se despistou e partiu um braço da suspensão. Latvala seguia na segunda posição, e isso fez com que Daniel Sordo herdasse essa posição de bandeja. Na última posição do pódio ficou o Stobart-Ford de Henning Solberg, que suplantou o seu irmão Petter, no Citroen Xsara WRC. Uma boa surpresa foi o quinto lugar final de Matthew Wilson, seguido pelo local Krzysztof Holowczyc. A fechar os pontos, depois de Sebastien Löeb, ficou o zimbabueano Conrad Rautenbach.
O piloto finlandês ascende assim ao comando do campeonato, com um ponto de avanço sobre Sébastien Loeb. Agora faltam quatro ralis para o final do campeonato, e para discutir o título com o seu adversário, que, convém lembrar, venceu os cinco últimos campeonatos, tudo pode acontecer. Quem imaginaria tal cenário após a quinta vitória consecutiva do piloto francês este ano?