sábado, 4 de julho de 2009

Noticias: António Felix da Costa domina em Silverstone

O português António Felix da Costa venceu esta tarde a primeira corrida da Formula Renault 2.0, que decorre este fim de semana no circuito inglês de Silverstone, batendo o espanhol Albert Costa e consolidando assim a sua liderança no campeonato.


Numa traçado onde... nunca tinha pilotado antes, Felix da Costa tinha dominado os treinos livres de ontem e partia da terceira poisção na corrida de hoje, tendo dominado a seu bel-prazer, sempre com o espanhol Costa atrás de si. "Foi uma grande corrida e uma vitória fantástica. Provavelmente uma das mais importantes da minha carreira", referiu. "Silverstone é um traçado muito exigente e técnico. Ter chegado aqui, sem nunca antes ter rodado no circuito e conseguir vencer frente a um pelotão de pilotos que já conheciam a pista, tem um gosto especial e me deixou bastante emocionado, principalmente quando subi ao pódio e ouvi o hino português a ser tocado", concluiu.

"Arranquei bem, comecei a pressionar o segundo classificado, mas como estava por fora para a primeira curva, tive que desacelerar e permaneci na minha posição inicial. À quinta volta consegui passar para segundo e, apesar do líder já dispor de cerca de 4 segundos de vantagem, decidi continuar a forçar o andamento. Quando faltavam três voltas para o final, numa ultrapassagem linda, mas algo arriscada, consegui passar para o comando e acabei por cortar a linha da meta com praticamente um segundo de vantagem sobre o segundo classificado da corrida e do europeu, Albert Costa", contou o piloto português.

A vitória de hoje permitiu a Félix da Costa aumentar a sua vantagem na liderança do Campeonato, dispondo agora de 74 pontos, mais 5 que o espanhol Albert Costa, cada vez mais o seu maior rival nesta competição, e mais 27 que o terceiro classificado, o espanhol Miki Monras. Para amanhã, prevê-se uma corrida bastante mais difícil, pois irá partir da quinta posição da grelha.

As ideias de Bernie Ecclestone sobre a sociedade em que vivemos

Ora, é simples: como ele está num cargo não-electivo, e é essencialmente um homem de negócios com imensa influência (mas não poder - e nem precisa de o ter!), Bernie Ecclestone pode dizer todos os disparates que quiser. Até para dizer que adora ditaduras.


Pessoalmente, sempre soube que tinha este feitio. Sempre. Quem tem o anuário de 1989/90 do Francisco Santos, como eu, e ler a história da Brabham, irá topar uma frase dita pelo "Môco" (a.k.a José Carlos Pace) "anãozinho tenebroso". De facto, pode ser baixinho, mas há muita gente que treme na sua presença. Esta arrogância tipicamente britânica anda muitas vezes de mão dada com a auto-confiança nos pincaros. Tou a dizer isso porque muito do que disse faz lembrar o José Mourinho. Só que o "Special One" ou Il Speziale" nunca elogiou, pelo menos até agora, Adolf Hitler. E o "Mad Bernie" sim. Eis alguns excertos da entrevista publicada hoje no jornal inglês "The Times":

"Pode parecer terrível dizer isto, mas aparte o facto de Hitler se ter deixado levar e ser persuadido a fazer coisas que não sei que ele queria fazer ou não, de muitas formas, ele estava em posição de comandar muita gente e conseguir que as coisas fossem feitas. No final, ele acabou por perder-se, pelo que não foi um bom ditador, porque, ou tinha noção do que estava a acontecer [no seu país] e insistiu nisso, ou apenas não se importou... de qualquer forma, ele não foi um ditador".

"A democracia não fez muitas coisas boas em muitos países, incluindo este [Grã-Bretanha]".

"Gosto de pessoas com mentes decididas. Acho que é parvo ir sempre falar com a nossa avó antes de fazer qualquer coisa. Eu tomo decisões, às vezes erradas, às vezes acertadas - desde que se tomem mais acertadas do que erradas, então tudo bem".

"Os políticos actuais estão demasiado preocupados com eleições. Cometemos um erro terrível ao apoiarmos a deposição do Saddam Hussein. Ele era o único que conseguia controlar aquele país. Aconteceu o mesmo com os talibãs [no Afeganistão]. Entramos nos países sem termos qualquer noção da cultura deles. Os americanos provavelmente pensaram que a Bósnia era uma cidade em Miami. Há pessoas a morrerem de fome em África e não fazemos nada mas envolvemo-nos em coisas que deveriamos deixar em paz".

"Prefiro líderes fortes. Margaret Thatcher tomou muitas decisões e cumpriu o seu trabalho. Foi ela que construiu este país lentamente. Deixámo-lo ir abaixo, outra vez. Todos estes políticos, Gordon (Brown) e Tony (Blair) estão sempre a tentar agradar a todos ao mesmo tempo".

Esta última frase acho-a genial. E a genialidade dela é demonstrativo da hipócrisia que Ecclestone navega. Quando os Trabalhstas chegaram ao poder, em 1997, rebentou um escândalo relativo às contribuições ao Partido Trabalhista, e Ecclestone tinha dado à volta de 600 mil libras aos cofres do partido. Depois de uma polémica, esse valor foi devolvido, creio eu. Ver agora o Tio Bernie a dizer mal deles parece ser no mínimo contra-natura...

Em suma: temos de dizer que Ecclestone foi verdadeiro. E a sua postura perante a sociedade em que vivemos, é um pouco a educação que teve. Como não andou na Universidade (foi vendedor de carros usados e "manager de pilotos" desde tenra idade), não se pode esperar muta coisa dele em termos de PC (politicamente correcto). E claro... em muitos casos, quanto menor a educação, maior é a ignorância. Mas também, ele não se deve importar para o que se passa à volta, não é?


Veremos qual vai ser o impacto que esta entrevista terá, nos dias quem vem a seguir.

Para a aniversariante do dia

Não, não são os Estados Unidos da América, "home of the free and the brave", como cantam no seu hino. Não, não é só o aniversário de Roland Ratzenberger e de René Arnoux. Esses são sobejamente conhecidos por nós, os apaixonados pelo automobilismo.


Esta é um pouco mais pessoal. Hoje é o dia de aniversário da Ingryd Lamas, que chega hoje ao seu 21º aniversário. O post que serve para assinalar o seu aniversário tem uma comparação curiosa, entre aquilo que eramos ontem e o que somos agora. Confesso o meu desconhecimento daquilo que era antes (apesar de ela me ter contado algumas coisas desde a altura em que nos conhecemos virtualmente, há cerca de oito meses atrás) mas sei o que ela é agora: uma miuda que decidiu perseguir os seus sonhos numa terra distante, e uma verdadeira apaixonada pelo automobilismo, pelo que ando a ver.


Espero ainda vê-la durante a sua estadia europeia, pois ando a dever isso, mas a falta de tempo (e agora de dinheiro) impedem de concretizar essa promessa. Acho que, estando eu mais perto dela do que poderia imaginar, não posso desperdiçar esta oportunidade de a ver em carne e osso, e também a oportunidade de por os pés, mais uma vez, na "Velha Albion". Ainda por cima, este é o fim de semana de Goodwood...

A ela, desejo-lhe mais uma aniversário, e muitos anos de vida bem preenchidos com amizade, amor e... muito automobilismo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Os mestres das fotos

Esta vi no F1 Nostalgia, do grande Rianov Albinov. Todos os dias falamos sobre fotografias, de quem e o quê está retratado, e da beleza plástica delas. Temos os nossos fotógrafos favoritos (confesso que gosto particularmente do Sutton e da familia Cahier), e fartamos de enfeitar os nossos posts com os seus trabalhos, ajudando a mostrá-los ao mundo.



Mas raramente vemos as suas caras, ou quando eles estão em acção, de máquina a tiracolo, concentrados para tirar as fotos que aparecerão no final do dias em revistas, jornais e na Net. Pois bem, agora tem uma oportunidade. Espreitem a partir daqui no blog daquele "soviético" para terem a chance de os ver, carne e osso.

GP Memória - França 1994

Passaram-se três semanas desde a última prova, no Canadá. Tempo suficiente para que acontecessem algumas mudanças no pelotão da Formula 1. A mais importante delas todas aconteceu na Williams. Nigel Mansell regressava à Formula 1, numa base pontual, isto é, enquanto as datas do seu calendário americano não coincidissem com o europeu. Quase com 41 anos, Mansell voltava à alta roda, e o numero 2 voltava a ter cor vermelha.


Na Benetton, outra substituição acontecia. O finlandês J.J. Letho continuava a convalescer do seu acidente na pré-época, e Flávio Briatore achou por bem substitui-lo novamente pelo piloto de testes, o holandês Jos Verstappen.


Contudo, quando o pelotão chegou a Magny-Cours, no centro de França, o jovem piloto holandês esteve muito perto de não alinhar na corrida, quando na sexta-feira, perdeu o controlo do seu carro e bateu forte no muro das boxes, na recta da meta. Um elemento da suspensão entrou pelo chassis adentro e rasgou o seu fato, escapando por muito pouco de um ferimento grave na perna.


Nos treinos, a primeira fila foi toda da Williams: Damon Hill foi o melhor, batendo o regressado Nigel Mansell na luta pela pole-position. Na segunda fila, Michael Schumacher era o terceiro a partir, tendo a seu lado o Ferrari de Jean Alesi. Na terceira fila ficavam o segundo Ferrari de Gerhard Berger e o Jordan de Eddie Irvine, enquanto que na quarta fila estavam o companheiro de Irvine, Rubens Barrichello e o Benetton de Jos Verstappen. Para fechar o “top ten”, estavam o McLaren-Peugeot de Mika Hakkinen e o Sauber-Mercedes de Heinz-Harald Frentzen.


No momento da partida, Schumacher fez um arranque fabuloso e conseguiu ultrapassar os dois Williams, mais lentos do que ele. Hill foi atrás do alemão da Benetton, enquanto que Mansell ficava mais atrás, aguentando os ataques de Jean Alesi. Tudo ficou assim até à volta 18, altura em que Nigel Mansell vai ás boxes para colocar pneus novos. Mais tarde era a vez de Alesi, que na saída, consegue ultrapassar Mansell. Mas o terceiro classificado era Barrichello, que decidira fazer menos uma paragem do que a concorrência.


A corrida foi uma sucessão de trocas de posições graças às paragens nas boxes, demonstrativa de uma corrida sem sabor em pista. Pouco tempo depois, Barrichello atrasava-se com problemas numa das rodas, e ficava atrás de Alesi. Na volta 35, Schumacher parava pela segunda vez e deixava Hill na liderança. Mas o alemão aproximou-se rapidamente do inglês e na volta 41 estava atrás dele.

Nessa altura, Alesi perde o controlo do seu carro e sai pela escapatória de gravilha. Na sua ânsia em regressar á pista, não viu a aproximação do Jordan de Barrichello e ambos colidiram, causando o imediato abandono de ambos. Quatro voltas mais tarde, Mansell encostava à berma, com uma quebra de transmissão. Com isto tudo, Gerhard Berger ascendia à terceira posição, lugar no qual chegaria quando foi agitada a bandeira de xadrez.

Algumas voltas depois Hill faz o seu segundo reabastecimento e Schumacher passa de novo para a frente, para não mais largar. No final, era este o pódio, com Schumacher a vencer pela sexta vez em sete corridas, seguido por Hill e Berger. Nos restantes lugares pontuáveis, depois de Mika Hakkinen ter desistido quando o seu motor Peugeot "entregou a sua alma ao Criador", ficaram o Sauber de Heinz-Harald Frentzen, o Minardi de Pierluigi Martini e o segundo auber do veterano Andrea de Cesaris, que pontuaria pela última vez na sua longa carreira.


Fontes:

Santos, Francisco – Formula 1 1994/95. Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1994


http://en.wikipedia.org/wiki/1994_French_Grand_Prix

Felix da Costa confiante para Silverstone

Este fim de semana temos, entre outras realizações, a jornada dupla da Formula Renault 2.0 Eurocup, no circuito inglês de Silverstone. E nesta competição, tal como acontece na North European Competition, António Felix da Costa, mais conhecido como o "Formiga", é o lider do campeonato e aspira a manter essa liderança, apesar de confessar que nunca correu no mítico circuito inglês.


Apesar deste "handicap", o optimismo do piloto português é bem evidente nas suas palavras: “Estou na frente do Campeonato e para conquistar o título há que atacar sempre e continuar ao mais alto nível. Tanto eu como a equipa sabemos que temos um bom carro, estamos muito motivados para continuar a lutar pelos lugares da frente, e porque não dize-lo, gostava de vencer aqui em Silverstone”, referiu a jovem promessa internacional.



Consciente das dificuldades que irá encontrar no exigente traçado de Silverstone, e também no elevado nível de pilotos que disputam o Eurocup de Formula Renault 2.0, o piloto comenta: “Temos de gerir bem o tempo disponível e aproveitar ao máximo as sessões de treinos livres, para na qualificação o carro estar bem ajustado ao circuito. O Eurocup está cada vez mais competitivo e com o decorrer do Campeonato começam-se a definir os candidatos ao título, pelo que tudo tem de correr bem, desde a qualificação às largadas nas duas corridas, e em cada volta manter a máxima concentração. Amealhar pontos e gerir a corrida dos meus directos adversários é vital para sair de Silverstone mais líder”, referiu.


As duas sessões de treinos livres terão lugar durante a tarde de sexta-feira, com a duração de 40 minutos cada. Sábado, pelas 10:00 da manhã, terá lugar a sessão de qualificação, e a primeira corrida do fim-de-semana ocorrerá pelas 16:30. Já no Domingo, pelas 11:55, terá lugar a segunda corrida do Eurocup de Formula Renault 2.0, que estará integrado no programa da World Series by Renault.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Extra-Campeonato: O gesto do ano




Hoje decorreu na Assembleia da República o debate sobre o estado da Nação. Normalmente é algo inócuo, com o Governo a elogiar os seus feitos, e a oposição a demoli-los. Nada de anormal. Claro, sabia-se que era o último debate antes das férias do Verão e da consequente campanha eleitoral, antes das eleições do próximo dia 27 de Setembro, logo, as coisas poderiam até aquecer um pouco.


Mas mesmo que alguém prevesse o Apocalipse, nada esperaria o gesto que Manuel Pinho, o Ministro da Economia, fez esta tarde. Chateado com os comentários vindos da bancada do PCP sobre as Minas de Aljustrel, decidiu responder com um gesto... não digo obsceno, mas sim ofensivo. Em suma, passou-se. Um ministro com fama de "gafeiro" (o homem das gaffes), este foi o seu gesto final.


Ofendidos, os deputados pediram a sua cabeça. Ele a ofereceu e o o primeiro -ministro aceitou. Estão a ver isto a acontecer em Itália, com o Berlusconi?

Acha-se mais valente que a avó de Jordi Gené?



Há alguns meses atrás, causou sensação no Youtube o video do Riccardo Patrese, que levou a sua mulher a passear no circuito de Jerez num Honda Civic Type-R, após um teste que ele fez, para matar saudades. Hoje, a Seat decidiu fazer um video para promover em Espanha a popular Seat Leon Supercopa, e pediu a Jordi Gené, piloto oficial da Seat no WTCC, para dar umas voltas. Acompanhado da sua avó.


O resultado podem ver no video acima. Só podia dar nisto, não é?


Já agora, a dica veio da"espanhola" Priscilla Bar, do blog Guard Rail.

Formula 1 em Cartoons - Jim Bamber (FOTA vs FIA)

Esta vi no F1 Around, do Becken Lima. Trata-se da reprodução de um cartoon do excelente Jim Bamber, caricaturista inglês com muitos anos de experiência.




Aqui, Bamber aproveita o facto de Max Mosley ser mutas vezes chamado de "Mad Max". Para quem cresceu nos anos 80, como eu, o Mad Max, um filme que revelou o actor australiano Mel Gibson para o mundo, é uma excelente comparação. E como o Tio Max muitas vezes se mostra completamente alheado da realidade (tão alheado que só desceu á terra quando as equipas da FOTA anunciaram que se iam embora e criar a sua própria série), agora diz que pode voltar com a palavra atrás, caso Luca de Montezemolo não apresente desculpas pelo modo como o tratou, quando este cantou vitória no acordo de paz da semana passada.


Este tipo não sabe sair. Só quando é empurrado. E de forma valente...

5ª Coluna - Provas de Vida

A Quinta Coluna desta semana é um pouco complicada de falar, porque as coisas andam um pouco lentas em termos de automobilismo. Estamos em tempo de férias, especialmente porque a Formula 1 vive agora uma pausa de três semanas que só acabará no próximo dia 12, no circuito alemão de Nurburgring. Mas o fim-de-semana que passou não implica que tenham acontecido coisas que não são emocionantes. Só que vem de outras categorias…


Formula 1: Mad Max quer mostrar que não está morto!


Com o acordo da semana passada entre as equipas agrupadas na FOTA e a FIA, após a separação anunciada no fim de semana do GP de Inglaterra, julgava-se que Max Mosley ficaria caladinho até se retirar calmamente da presidência da FIA, em Novembro. Mas as circunstâncias desse anúncio foram ofensivas para o próprio Mosley, que ameaçou quebrar o acordo e voltar a recandidatar-se. Primeiro, exigiu desculpas públicas a Luca di Montezemolo, e depois gritou algo e bom som que se calhar, poderá recandidatar-se.


"Eles cometeram o erro de dançar sob a minha sepultura antes de eu ser enterrado. Não é bom a FOTA pagar a assessores de imprensa que anunciam que estou motor e enterrado quando aqui estou 'teso que nem um carapau'.", afirmou, numa entrevista ao jornal inglês "The Mail on Sunday".

"Estou a ser pressionado de todo o mundo para me recandidatar. Eu não queria, pois sinto-me um pouco velho demais. Quando comecei, tinha idade suficiente para ser pai de alguns jovens pilotos, agora tenho idade para ser avô deles. Não me sinto velho, mas pareço. Desse ponto de vista é preciso alguém com outra imagem.", declarou.


Teme-se o regresso dos fantasmas, é certo, mas o facto de esta semana as coisas estarem um pouco mais paradas em termos de “declarações bombásticas” pode querer dizer que Mosley já estará um pouco mais calmo. Ou então a preparar outra, dado que desde Segunda-feira se começou a falar “à boca cheia” no nome de Jean Todt como potencial candidato a presidente da FIA. Ainda por cima, tem a bênção do “Mad Max”. Mas a FOTA, incluindo a própria Ferrari, já disse que quer alguém “neutro”, ou seja, ninguém que tenha a ver com as equipas, o que excluía Jean Todt. Porque senão, até o Ron Dennis seria possível candidato…


WRC: Hirvonen vence na Polónia e o campeonato está relançado!


Este fim-de-semana, o Mundial de Ralies passou pela Polónia, que volta a receber uma prova pela primeira vez em 37 anos, e pela segunda vez consecutiva, Mikko Hirvonen vence um rali nesta temporada. E pela segunda vez consecutiva, Sebastien Löeb tem um acidente que o deixa fora de prova. Mas se no caso da Acrópole, os danos eram irreversíveis, no caso polaco, pode voltar através do método “SuperRally”, onde fez um resto do rali demolidor, para terminar no sétimo posto final e conseguir dois pontos para o seu pecúlio.


O Rali da Polónia poderia ter sido a consagração para a Ford, mas mais um erro de Jari-Matti Latvala, quando faltavam menos de 200 metros (!) do final do rali, ao despistar na Super-Especial que encerrava a competição, fez zangar o seu patrão, Malcom Wilson.


Muitos afirmam que Latvala está ali há tempo demais, e não consegue guiar de outra forma senão de “pé a fundo”. Mas se ele quisesse correr com Latvala, já teria corrido há muito mais tempo com o seu filho Matthew Wilson da Stobart-Ford, não é?


Mas eis algo completamente inesperado: no final do Rali da argentina, há dois meses atrás, esperávamos que isto seria um passeio francês, e fazia-se apostas para saber em que rali Sebastien Löeb iria levar o seu sexto ceptro consecutivo. Agora, com duas meros deslizes do francês (e respectivas vitórias do seu maior rival), o campeonato voltou quase á “estaca zero” e Mikko Hirvonen é o novo líder do campeonato. E o próximo rali, que correrá em terras finlandesas, poderá dar ainda mais avanço, pois ele está em casa, e 90 por cento das vitórias nas rápidas classificativas do antigo Rali dos 1000 Lagos pertenceram a pilotos da casa…


Mas agora toda a gente sabe que este campeonato vai ser decidido no lugar que merece: em Gales, no próximo mês de Novembro!


IRL: Que futuro para a competição?


Poucos dias depois da IRL correr em mais uma oval chata, onde venceu o neozelandês Scott Dixon, o homem por detrás da série desde a sua criação, em 1996, e proprietário da Indianápolis Motor Speedway, Tony George, saiu de cena depois de quase 15 anos à frente da competição. George foi “posto na reforma” pelas suas três irmãs, após ter visto que investiu mais de 300 milhões de dólares para sustentar a série, o que numa altura de crise económica, é muito.


Um ano depois de George ter comprado a CART e conseguido a “reunificação” da série, esta categoria monomarca e monomotora (Dallara-Honda) está numa encruzilhada. O muito dinheiro gasto para sustentar esta categoria poderá ter sido demais para as finanças, e o futuro poderá ser negro, dado que nos mais de 12 anos de série dupla entre CART e IRL (1996-2008), ambas as categorias sofreram, e quem saiu beneficiada durante esse tempo todo foi a NASCAR, que cresceu em termos de pilotos, circuitos e equipas. Até houve muitos pilotos da CART e IRL que foram para lá correr, com maior ou menor sucesso.


Ainda é cedo para se pensar a longo prazo, para saber se a categoria será bem sucedida ou sobreviverá à era pós-Tony George, mas os vários cenários desenhados no momento em que se soube do afastamento, passam por desde a compra da CART pela família France (fundadora e dona da NASCAR) até à auto-sustentação por parte das equipas principais, como a Andretti-Green, Chip Ganassi, Newman-Haas e Penske. Em tempo de crise, ver-se-á quem são os mais fortes.


Outra boa hipótese é a internacionalização das séries. Fala-se de uma expansão para o Brasil e para a Europa, em 2010, mas por agora, nada é certo. O que interessa agora é que no próximo fim-de-semana, depois de sete provas consecutivas em ovais, passa-se agora a correr num circuito convencional, neste caso em Watkins Glen, nos arredores de Nova Iorque. Vamos a ver como será agora, no regresso da competição aos circuitos tradicionais…


E pronto, não há muito mais a dizer. No próximo fim-de-semana, vamos ter provas “a rodos”, muitos dos quais no circuito português da Boavista. WTCC e PTCC, para começar… até para a semana!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Extra-Campeonato: sem nada a esconder



Numa altura em que andam a cair aviões, e se vai voar nos próximos tempos, é bom ver a aviação de um modo mais... irreverente. É o caso da Air New Zeland, que decidiu fazer um anuncio comercial, onde explica detalhadamente as regras de segurança que os passageiros devem seguir em caso de emergência. E explicam tudo... sem nada a esconder.


Yap... parece que no Hemisfério Sul, as coisas andam ao contrário. Ainda bem!

Que futuro para a IRL?

O Filipe Furtado, do blog Telemetria, colocou esta madrugada um post falando que o homem por detrás da Indy Racing League, e proprietário da Indianápolis Motor Speedway, Tony George, foi ontem afastado dos negócios da familia, e consequentemente, da série norteamericana de monopostos.

Para os mais envolvidos no meio, esta era uma noticia esperada. Segundo ele, George teria desde 1996, ano do inicio da série, como categoria rebelde da então CART, "torrado" cerca de 600 milhões de dólares na IRL. Nem tudo foi perdido, mas nem tudo será recuperado. Segundo o jornalista americano Robin Miller, a IRL era praticamente financiado por ele: as equipas eram subsidiadas através do programa TEAM Money e assumia parte das despesas junto aos fornecedores.


Esta saída pode significar nuvens negras para a categoria, e o próprio Filipe coloca cinco cenários de futuro para a IRL, uma categoria monomarca e monomotora (chassis Dallara e motores Honda) pelo menos até 2013.

a) A IRL finalmente se auto-sustenta e tudo permanece como está.


b) algum milionário entediado resolve brincar de ser salvador dos monopostos americanos e decide pagar as contas da brincadeira (Gerry Forsythe me parece a única pessoa que consideraria a idéia). Champ Car vai a Indy.

c) Penske, Ganassi e Andretti decidem continuar a série por conta própria. Cart 2.0.

d) A família France (dona da NASCAR) aproveita a oportunidade e ou compra o espólio da IRL ou monta uma série de monopostos do principio. Grand-Am versão monopostos.

e) A família George lava as mãos, ninguém se apresenta e a organização da Indy 500 reverte para USAC e teremos basicamente um versão glorificada de super modifieds televisionados de forma mais ampla uma vez por ano.

Aparentemente, a fonte pode não secar, mas as coisas tornaram-se agora um pouco mais dificeis.

Nunca um vencedor foi tão secundarizado





























Não sei se é o maior momento da Formula 1, mas certamente é um dos maiores. Num dia histórico para a Formula 1, pois é a primeira vitória de um Renault Turbo de 1.5 Litros, tripulado por Jean-Pierre Jabouille e calçando pneus Michelin, nunca um vencedor foi tão secundarizado pelos seus companheiros de pódio.


Pois foi: Gilles Villeneuve e René Arnoux disputaram a segunda posição como se o amanhã não existisse. O estilo sempre agressivo e louco do canadiano, combinado com outro "pé pesado", como era o piloto francês, era um cocktail explosivo pronto a explodir. Isso aconteceu, qual combinação astronómica, na tarde do dia 1 de Julho de 1979, faz hoje 30 anos.


Quem vê o video pela primeira vez, julga que isto é a luta pela vitória. Nada mais errado. É apenas a tentativa de Villeneuve para ficar com o segundo posto, evitando uma dobradinha da Renault no seu solo, ainda por cima com uma Ferrari que se debatia com problemas de pneus, já que Villeneuve partiu na frente da corrida e lá ficou até meio, quando foi ultrapassado por Jabouille.


E as últimas três voltas foram de arrepiar. Toques um no outro, ultrapassagens "no limite", por fora e por dentro, mas conseguiram o milagre de não destruirem o carro, nem de perder o seu controlo. Ficou na retina de todos os que viam na TV, um pouco por todo o mundo, e certamente na pista. A partir dali, para mim, o 1º de Julho é sempre Dia de São Gilles e São René.


No final, os espectadores entraram em delírio, e em Itália, a "lenda Villeneuve" começava aqui, fazendo com que entrasse no coração dso "tiffosi". Mas se era assim entre os espectadores, no lado dos pilotos, eles não gostaram muito do gesto deles, especialmente Emerson Fittipaldi e Niki Lauda, na altura presidente da GPDA. O Ico contou a história no ano passado:


"Na corrida seguinte, em Silverstone, Gilles Villeneuve e René Arnoux foram chamados a uma reunião com a cúpula da GPDA na época, formada por Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Clay Regazzoni e Jody Scheckter. Lauda acusou: 'Vocês pilotaram em Dijon de maneira perigosa e danificaram a imagem do esporte'. Arnoux respondeu de imediato: 'Com você, isto jamais teria acontecido... porque você levantaria o pé logo de cara!'. Gilles virou as costas aos pilotos e deixou a sala. Rindo."


Já escrevi várias vezes sobre esta corrida. Há dois anos e pouco, escrevi a crónica dessa corrida, e tem lá inscrito um video comentado pelo Jeremy Clarkson, o "Mr. Top Gear". Mas hoje coloco um link onde se pode ver como aquelas últimas voltas foram vistas em Itália, a pátria da Ferrari. O narrador nem acreditava no que via...

terça-feira, 30 de junho de 2009

PTCC 2009 - Boavista (Antevisão)

Normalmente, as provas do PTCC este ano contam sempre com uma grelha de entre 12 a 14 inscritos, o que numa altura destas, até é importante. Mas na ronda do circuito urbano da Boavista, no Porto, a grelha vai simplesmente... dobrar. No próximo fim de semana, uma prova que também vai contar para a Taça de Portugal de Circuitos, e que faz parte do programa da ronda portuguesa do WTCC, irão estar inscritos 28 carros, divididos em quatro categorias, o dobro do normal.

Contudo, no meio da lista de inscritos, existe uma ausência de peso: César Campaniço, no seu BMW 320i, irá estar ausente devido à imcompatibilidade de calendários. Isso dará mais chances a José Pedro Fontes e a Duarte Felix da Costa, seus rivais na luta pelo título.

Para Fontes, o objectivo principal para este fim de semana é de "somar o máximo de pontos possíveis, tentando vencer e manter a liderança no Campeonato. Se assim acontecer, o objectivo de vencer a Taça também fica mais próximo", disse. O piloto do BMW 320 Si tem ainda mais um grande factor de motivação, já que estará a correr na sua cidade.

"Correr em casa é sempre especial! Vai ser espectacular poder correr na minha cidade, perto da minha família e amigos, e em frente a tanto público. Espero que as pessoas compareçam ainda em maior número do que em 2007", acrescentou.

Contudo, as grandes novidades do pelotão tem a ver com novos carros e alguns regressos no pelotão dp PTCC. Primeiro que tudo, aparecerá pela primeira vez um carro a Diesel. E é um BMW! Manuel Pedro Fernandes, num modelo 120D, estreará o carro em palcos portugueses. Outra estreia é Tiago Petiz, que levará o seu Mini Challenge da S.Conrado para participar no circuito da Boavista. Ambos os carros estarão na Categoria 2, e serão os unicos que destoarão dos Seat Leon Supercopa.

Também na Categoria 2 haverá algumas novidades em termos de pilotos. Dois angolanos, José Carlos Madaleno (Tri-campeão Nacional da sua Classe e actual lider do Troféu A Mundial Seguros, Troféu destinado a viaturas Turismo até 2000cc aspirados) e João Carvalho (piloto habitué das provas angolanas), participarão no circuito da Boavista com dois Seat Leon Supercopa preparados pela Veloso Motorsport. O objectivo deles é ganhar experiência, já que irão pegar em carros absolutamente novos para eles.

"Em Angola, neste momento, vive-se um momento de ascenção no desporto motorizado e esta foi uma forma de mostrarmos ao Mundo que nós também estamos cá! Vai ser muito dificil, pois nunca tivemos contacto com o carro e apenas iremos fazer um dia de treinos antes da prova, mas estamos esperançados que poderemos surpreender muita gente, se os “muros” assim o permitirem...", afirmou Madaleno.

Na categoria 4, reservada aos carros de ralies às quatro rodas motrizes, o "habitué" José Monroy já não vai estar sozinho, pois vai ter a companhia de mais dois adversários: José Pedro Miranda, num Mitsubishi Lancer EVO VIII e Nuno Barroso Pereira, que num Subaru Impreza WRX, vai deixar este fim-de-semana os ralis de lado e dedicar-se à velocidade.

Para Barroso Pereira, a sua presença na Boavista, não é mais do que "uma participação esporádica. Como já temos o carro com as especificações de asfalto, junto o útil ao agradável, aproveito para o guiar neste tipo de piso, coisa que ainda não fiz, e tenho o prazer de correr no, já, mítico Circuito da Boavista perante a maravilhosa multidão que acorre a esta prova. Não tenho qualquer pretensão em termos de classificação, mas sim testar e divertir-me ao máximo!", declarou.

Para finalizar, eis o programa completo do PTCC para o Circuito da Boavista:

Sexta-feira, 3 de Julho

15.45h - Treinos Livres

Sábado, 4 de Julho

9.45h - Treinos Livres
14.15h - Qualificação

Domingo, 5 de Julho

10.05h - Corrida 1
15.25h - Corrida 2

Só posso agradecer pelo tributo

Hoje de manhã, ao abrir o meu computador, fui surpreendido com uma mensagem do Ridson, avisando-me que tinha sido homenageado pelo Becken Lima, do F1 Around. Confesso que fiquei espantado, e quando fui lá, acabei por ver o post de tributo que ele fez.


Eis um excerto do post dele: "Além de todo esse incansável trabalho de fomentador, Paulo ainda consegue escrever análises de um bom leque de várias categorias e excelentes — senão as melhores — análises do mundo político da F1, com uma visão européia da F1, só que escrita e expressa em nossa inculta e bela língua portuguesa, algo absolutamente raro."



Comparar-me a Mário de Andrade é um excercício interessante, confesso. Há coisas que são absolutamente reais: o meu trabalho de pesquisa, o instigador de novos blogueiros (instiguei tantos que já não tenho tempo para ver todos...) e a minha análise pessoal sobre a actualidade da Formula 1 e conhecendo o impacto que este blog tem na comunidade brasileira, mostrar a eles o que se faz por estas bandas.


E depois, quando leio sobre a obra dele, decubro que, entre outras coisas, que existe uma biblioteca em São Paulo com o seu nome, e que chegou a ser a face de uma nota de 500 mil cruzeiros, em 1993. Não espero que acabe numa nota de banco (agora Portugal faz parte de um sistema monetário transnacional), mas num selo de correio seria engraçado... LOL!


No final, isto é uma prenda antecipada, pois no dia 12, o mesmo dia do GP da Alemanha, comemoro o meu 33º aniversário natalicio. No final, confesso a minha supresa e agradeço enormemente pela homenagem que me fez, mas considero que existem muitos outros blogueiros que fazem um trabalho tão bom ou melhor do que eu. Não vou conseguir lembrar de todos, dada a extensão da lista, portanto, peço antecipadamente desculpas.


Como digo, existem blogueiros tão grandes como eu, se calhar melhores, como o Daniel Medici, o "soviético" Rianov Albinov, o Ron Groo e os seus maravilhosos contos, o Alexandre Carvalho e as excelentes entrevistas que faz às personagens laterais da Formula 1, o Luiz Antonio Pandini, a Ingryd Lamas e as suas crónicas de Londres, enfim... toda uma plateia de grandes nomes da blogosfera em Português, que fazem tudo para que mostrem não só o seu amor pela velocidade, como também a usem para expor os seus próprios talentos.


E no final, regresso ao título: só posso agradecer pelo tributo.


P.S: O Germano Caldeira, do Blog 4x4, ainda me deu mais uma prenda para mim. Decidiu pegar nos meus dados a fazer isto: um selo pessoal. O meu desejo foi concretizado mais cedo do que pensava...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A capa do Autosport desta semana

À falta da Formula 1, outros assuntos sobem à tona. E este fim de semana tivemos um marco histórico: a centésima vitória de Valentino Rossi na sua carreira motociclistica, o que o torna no segundo maior vencedor de sempre, superando apenas pelo seu compatriota Giacomo Agostini, nos anos 70.




Conhecido como "Il Dottore", Rossi conseguiu o feito num dos mais tradicionais circuitos do motocilismo: Assen, na Holanda. A unica prova do calendário que decorre no Sábado (coisa rara!), o título da revista para este feito é bem simples: "As Cem Vitórias de Rossi".


Para além disso, temos o rescaldo do Rali da Polónia, onde graças ao segundo acidente consecutivo de Sebastien Löeb, e consequente vitória de Mikko Hirvonen, e da Ford, faz com que um campeonato que parecia ter um dono, de repente se tornasse em algo excitante e imprevisivel, algo impossivel de pensar há dois meses atrás. "Reviravolta no Mundial de Ralies" é o título.


A Formula 1 e o WTCC também fazem parte da capa. No primeiro caso, faz-se um comparativo entre Ross Brawn e Adrian Newey, os homens que estão por detrás das máquinas da Brawn GP e da Red Bull, as duas maiores protagonistas da Formula 1 em 2009, e a análise de Tiago Monteiro aos rivais do WTCC, na semana em que decorre a ronda portuguesa, no circuito urbano da Boavista.

Como perder oito pontos a 200 metros do fim, por Jari-Matti Latvala




Jari Matti-Latvala é um piloto talentoso, do mesmo leque de "finlandeses voadores" como Henri Toivonen e Ari Vatanen. Contudo, nos últimos tempos, anda mais a destruir carros do que a acabar corridas. Após o seu acidente em Portugal, muitos são os que dizem que Latvala está a mais na equipa. que não sabe usar a cabeça, que corre rápido demais para as classificativas, etc, etc... Contudo, a vitória no Rali da Sardenha acalmou um pouco os ânimos, e o segundo lugar na Grécia parecia confirmar que ele já tinha encontrado um ponto de equilibrio entre a sua rapidez e a capacidade de terminar bem classificado nos ralies.


Só que num troço que deveria ser de espectáculo, acaba por quebrar uma suspensão num ressalto e acabar contra os ralis. Tudo isto à frente de... Malcom Wilson, o patrão da M-Sport, que estava com uma garrafa de champanhe na mão à espera que os dois carros terminassem o troço.


Latvala explica o acidente: "Não estava a conduzir muito rápido mas entrei na curva demasiado cedo e toquei num barril que estava cheio de areia." Para o homem que perdeu o 2º posto com a meta à vista "este é o maior erro que já cometi. Desapontei toda a gente."


Wilson tem sido o maior defensor de Jari-Matti Latvala, perdoando-lhe erros, encontrando sempre uma forma de o ajudar. E mesmo depois da situação de hoje, Wilson confirmou Latvala para correr na Finlândia em Agosto. "De cada vez que ele comete um erro tendo sempre a ser uma situação diferente, mas garantidamente este foi o maior erro da sua carreira," afirmou Wilson.


O homem da M-Sport explicou que há muitos anos que não vê uma classificativa, porque sempre que via acontecia algo. Abriu uma excepção na super-especial da Polónia para estar presente com a equipa nos festejos e afinal viu "in loco" a perda de um excelente resultado. "Escusado será dizer que não esperava ver o que vi na Super-Especial mesmo à minha frente. Inacreditável!"


Wilson e toda a equipa tiveram um verdadeiro "balde de água fria". "Podem imaginar o chique que foi para nós. Estava ali a equipa toda para festejar a fantástica 'dobradinha' num rali novo. Depois aconteceu aquilo. Três dias de excelente trabalho evaporaram-se em frente dos nossos olhos. Simplesmente inacreditável..."

domingo, 28 de junho de 2009

WRC - Rali da Polónia (Final)

Como seria de esperar, Mikko Hirvonen ganhou pela segunda vez consecutiva este ano, e deu à ford a sua terceira vitória consecutiva nesta temporada, relançando definitivamente um campeonato inicialmente perdido a favor de Sebastien Löeb, que depois de bater no primeiro dia, voltou à estrada no segundo, através do método Superrally, e acabou na sétima posição, conseguindo dois pontos para o campeonato, minimizando as perdas a favor do finlandês. Mas não evitou perder a liderança.


O terceiro dia do rali ficou marcado pelo acidente de Jari-Matti Latvala na... ultima especial, onde se despistou e partiu um braço da suspensão. Latvala seguia na segunda posição, e isso fez com que Daniel Sordo herdasse essa posição de bandeja. Na última posição do pódio ficou o Stobart-Ford de Henning Solberg, que suplantou o seu irmão Petter, no Citroen Xsara WRC. Uma boa surpresa foi o quinto lugar final de Matthew Wilson, seguido pelo local Krzysztof Holowczyc. A fechar os pontos, depois de Sebastien Löeb, ficou o zimbabueano Conrad Rautenbach.


O piloto finlandês ascende assim ao comando do campeonato, com um ponto de avanço sobre Sébastien Loeb. Agora faltam quatro ralis para o final do campeonato, e para discutir o título com o seu adversário, que, convém lembrar, venceu os cinco últimos campeonatos, tudo pode acontecer. Quem imaginaria tal cenário após a quinta vitória consecutiva do piloto francês este ano?

Noticias: Mosley ameaça recandidatar-se

O facto que não ter gostado da maneira como foi tratado pela FOTA no acordo de paz assinado na Quarta-feira, faz com que o (ainda) presidente da FIA, Max Mosley, ameaçe voltar com a palavra atrás e recandidatar-se às eleições de Outubro, depois de admitir que não está à espera das desculpas da FOTA. "Eles cometeram o erro de dançar sob a minha sepultura antes de eu ser enterrado. Não é bom a FOTA pagar a assessores de imprensa que anunciam que estou motor e enterrado quando aqui estou 'teso que nem um carapau'.", afirmou, numa entrevista ao jornal inglês "The Mail on Sunday".


"Estou a ser pressionado de todo o mundo para me recandidatar. Eu não queria, pois sinto-me um pouco velho demais. Quando comecei, tinha idade suficiente para ser pai de alguns jovens pilotos, agora tenho idade para ser avô deles. Não me sinto velho, mas pareço. Desse ponto de vista é preciso alguém com outra imagem.", declarou.


Mais adiante, revela que já não tem ilusões que Luca di Montezemolo lhe peça desculpa pelas declarações proferidas após o acordo ao jornal Gazzetta dello Sport: "Sinceramente, não espero que o Luca peça desculpas ou retire as declarações ou então não seria levado a sério pelas pessoas. Agora ele é visto pelos italianos como uma 'bella figura'. É natural que as pessoas acreditem no que foi dito, como por exemplo todo aquele disparate de Boeri me substituir até Outubro na gestão da Formula 1. Quando todos dormirmos sobre o assunto ficarei feliz de confirmar o acordo que fizemos na semana passada.", concluiu.


Para acabar, deixa um aviso: "Geralmente, quando se trabalhou tanto em 16 anos, como eu fiz, é tempo de parar. Eu quero mesmo parar, mas se vai haver um conflito com a indústria automóvel, por exemplo, com as equipas da FOTA, então não irei parar. Farei o que for necessário fazer. Não é do meu feitio fugir quando há luta em perspectiva." No final, ele não está "morto", e nota-se que ficou ofendido com as declarações do presidente da Ferrari. Isto significa que até Outubro, tudo pode acontecer, até o reavivar da guerra FIA vs FOTA. Pelo menos, ele está disposto a isto...