sábado, 21 de setembro de 2013

Noticias: Fundo do estado português adquire o Autódromo de Portimão

Soube-se ontem que a sociedade que gere o Autódromo do Algarve foi adquirida por uma sociedade de capital de risco pertencente ao Estado português, a Portugal Ventures, por um valor não revelado. Apesar deste anuncio, feito no site da Autoridade da Concorrência (AdC), esta está dependente da aprovação desta para seguir em frente.

"A Portugal Capital Ventures, Sociedade de Capital de Risco, notifica a aquisição do controlo exclusivo da sociedade Parkalgar Serviços, que, por sua vez, vai adquirir o controlo exclusivo sobre um conjunto de ativos que integram um estabelecimento comercial localizado em Portimão" lê-se no site da AdC.

Inaugurado no final de 2008, o Autódromo do Algarve estava dependente de uma sociedade de imobiliário irlandesa, que logo depois se viu em dificuldades quando a bolha imobiliária rebentou no país e obrigou a pedir falência. Com essas dificuldades - que implicaram a paralisação das obras da zona imobiliária do autódromo, a Parkalgar pediu no final do ano passado a entrada no Processo Especial de Revitalização (PER), que passou pelo perdão de dívidas, juros e indemnizações, na ordem dos 40 milhões de euros, na renegociação de prazos e utilização de apartamentos ou lotes de terreno para pagamento da dívida.

Formula 1 2013 - Ronda 13, Singapura (Qualificação)

Deixada a velha Europa para trás, passa-se para a Ásia, onde ela começa o seu périplo pela pequena, mas poderosa cidade-estado de Singapura, que tal como Hong Kong, se tornou nos últimos 60 anos numa das mais importantes e prósperas cidades do mundo. E para mostrar toda essa potência, nada como ter um Grande Prémio nas ruas da sua cidade, pago a peso de ouro e feito durante a noite para evitar a chuva durante o dia (está numa latitude equatorial) para se mostrar ao mundo.

Durante os treinos livres de ontem, enquanto que Lewis Hamilton e Sebastian Vettel se demonstraram os melhores em cada uma das sessões, a grande surpresa foi o desempenho dos vários pneus trazidos pela Pirelli nesta pista citadina, que chegava a ser de dois segundos. E isso alertou os mais observadores, que começaram a pensar quem os aproveitaria melhor quer para a qualificação, quer para a corrida. Claro que todos pensaram no Red Bull de Sebastian Vettel, que foi o melhor no terceiro treino livre, mas como toda a gente sabe, a qualificação é algo completamente diferente.

Nos minutos antes da qualificação, houve alguma agitação devido às noticias de que Kimi Raikkonen se queixava de dores nas costas, mas no final, o finlandês recuperou o suficiente para poder fazer a qualificação em condições.

Este começou sem grandes razões de queixa, à excepção de um ligeiro toque no muro por parte do Caterham de Giedo van der Garde, e após vinte minutos, terminou com Lewis Hamilton a ser o melhor da qualificação e o Force India de Paul di Resta e o Williams de Pastor Maldonado a acompanharem os Caterham e os Marussia no fundo do pelotão. Felipe Massa conseguiu o 13º melhor tempo com o seu Ferrari, prejudicado pelo tráfego e com um carro que lutou para o manter na pista.

Com o Q2, as coisas normalmente conseguem ser mais animadas, e os olhos estavam focados em saber quem ficaria de fora da última parte. Cedo Sebastian Vettel fez um tempo que o colocou no topo da tabela, o mais espantoso foi ver o Sauber de Esteban Gutierrez nos dez melhores tempos (pela primeira vez na sua carreira), em contraste com o inferiorizado Kimi Raikkonen, apenas o 13º qualificado, e com o McLaren de Jenson Button mesmo no fio da navalha, pois foi apenas décimo, no último momento.

Assim sendo, passamos à Q3, o mais importante. Vettel marcou cedo um tempo, mas a parte final era o mais interessante. Com pneus ultra-moles, todos tentaram fazer o melhor tempo possível e superar o piloto da Red Bull, sabendo que este até se deu ao luxo de não sair na parte final da qualificação, com tanta certeza de que eles não melhorariam os seus tempos. E foi nas boxes que comemorou a sua 41ª pole-position na sua carreira, na frente (por 91 centésimos) de Nico Rosberg, na sua primeira fila desde Silverstone, e Romain Grosjean. Todos na frente de Lewis Hamilton e Mark Webber, com Felipe Massa a ficar na frente de Fernando Alonso. Esteban Gutierrez não marcou tempo, preferindo ficar no décimo posto.

Amanhã, em dia de Grande Prémio, tudo indica que Vettel poderá conseguir mais uma vitória, caminhando para um inevitável quarto título consecutivo. Contudo, Singapura é uma das corridas mais longas do campeonato e a superficie citadina, bem como a estreiteza de algumas curvas, costuma ser um teste para a destreza dos pilotos e a resistência das máquinas. Assim sendo, vai valer a pena ver a corrida. 

Noticias: FIA divulgou o calendário do Mundial de Endurance para 2014

A FIA divulgou esta noite em Austin o calendário do Mundial de Endurance, conhecido pela sigla inglesa WEC. Tal como este ano, o Mundial vai ter oito provas na mesma, e as localizações serão as mesmas. A grande novidade será que a prova final do campeonato, no Bahrein, acontecerá a 15 de novembro, duas semanas mais cedo do que acontecerá neste ano.

A prova de Interlagos, marcada para os dias 29 e 31 de agosto, está ainda sujeita a uma inspeção do circuito, pois este vai para obras no final deste ano, para colocar novas boxes na zona da Reta Oposta.

Para Gerard Neveu, o diretor da competição, a manutenção de todas as provas de 2013 no calendário do ano que vêm significa estabilidade. "A prioridade foi manter a estabilidade, sobretudo no que diz respeito ao número de corridas por conta da situação económica atual. Além disso, queremos ver cada evento crescer, razão pela qual mantivemos todas as provas. Queremos estabelecer um calendário permanente", afirmou.

Pierre Fillon, o presidente da ACO (Automobile Club de L'Ouest), afirmou: “A temporada de 2014 vai ser bem interessante com a chegada da Porsche e os novos regulamentos da LMP1, para desafiar a Audi e a Toyota. Também esperamos ver mais carros nas classes LMP2 e GTE, e estou feliz com este calendário, pois dá-nos estabilidade para as equipas nestes tempos económicos muito complicados. Estou à espera de uma excelente temporada de 2014", concluiu.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Rumor do dia: Toyota ensaia regresso ao WRC?

Lá de quando em quando aparecem rumores sobre um eventual regresso da Toyota para o WRC. Esta quinta-feira, ao abrir a Autosport portugesa, ela fala sobre isso no sentido de que a marca japonesa - através da sua filial alemã - ter feito um motor de 1.6 litros que o expôs no Salão Automóvel de Frankfurt, que o colocou num Toyota Yaris e que inclui, imaginem só... tecnologia híbrida, que já utilizada pela marca japonesa no Mundial de Endurance, através do modelo Toyota TS030 Hybrid, que participa no Mundial de Resistência, o WEC.

O problema é saber se a FIA está disposta a colocar um híbrido no WRC, algo do qual esta ainda não se pronunciou. Não é que esteja contra isso, apenas é algo do qual ainda não foi pensado. Interessantemente, ao mesmo tempo que se mostrou esse motor, a marca colocou anúncios no sentido de contratar pelo menos um engenheiro de desenvolvimento com experiência ao nível do WRC.

Contudo, a publicação portuguesa fala que algumas fontes ligadas à marca dizem que isto não passa de uma tentativa por parte dos alemães de convencer a "casa-mãe" de investir nos Ralis, como fizeram tantas vezes nos anos 70, 80 e 90. E aparentemente, no país do Sol Nascente, eles não andam muito para aí virados. Não enquanto investirem na Endurance...

Entretanto, descobri esta imagem do Yaris em Spa-Francochamps. Está bem bonito...

Formula 1 em Cartoons - A nova hiearquia da Ferrari (Riko Cartoon)

Esta foi publicada hoje no F1passion.it. E claro, ele responde à sua maneira à aquela pergunta que todos farão a partir do ano que vêm sobre as hierarquias na Scuderia.

Muitos sorrirão se tal acontecer, não é?

Já agora, traduzindo o que está em cima, é: "Kimi Raikkonen 2014: 'Levantar o pé por Alonso? Sem problemas...'"

Noticias: Julgamento de Bernie Ecclestone adiado

Os procuradores de Munique decidiram esta manhã adiar para o inicio do ano que vêm o julgamento de Bernie Ecclestone, o patrão da Formula 1, acusado de suborno a Gerhard Gribowsky para poder obter os direitos televisivos, em 2005. Segundo conta hoje o jornal britânico The Guardian, uma das razões pelo qual aconteceu este adiamento têm a ver com o aguardamento de mais respostas às acusações, prometidas pelos advogados de Ecclestone, bem como uma mudança no colectivo de juízes que estava previsto que iria acompanhar o caso.

Sendo assim, é altamente improvável que o julgamento comece ainda em 2013.

Bermie Ecclestone, que no mês que vêm completará 83 anos, está acusado de ter corrompido Gerhard Gribowsky, então executivo do banco alemão Bayern LB, em 2005, num valor aproximado de 35 milhões de euros, num acordo secreto para obter os direitos comerciais da Formula 1. Quando o Bayern LB entrou em processo de falência, as autoridades fiscais encontraram cerca de 35 milhões de euros numa conta austríaca pertencente a Gribowsky, o processo foi aberto e terminou em junho de 2012 com a condenação do banqueiro alemão a oito anos de prisão.

Ecclestone admitiu em tribunal esse pagamento, classificando-o primeiro como “um bocado estúpido”, mas depois disse em tribunal que lhe pagou para “o manter calado”. Essa admissão foi mais do que suficiente para os procuradores acharem que havia motivos para investigar e processar o empresário britânico.

O novo blog do Francisco Santos

Já tem umas semanas, mas queria uma boa ocasião para falar isto: o mítico Francisco Santos, jornalista, piloto, editor - os vários anuários de automobilismo e Formula 1 que publicou em Portugal e Brasil por vários anos são um bom exemplo - decidiu fazer um blog para falar sobre as suas vivências desportivas, quer da atualidade, quer do seu histórico. Santos, que fez esta quarta-feira 71 anos de idade, falou nesta quinta-feira ao meu colega Gonçalo Sousa Cabral, do 16 Valvulas, sobre o seu novo projeto e os seus objetivos. 

Ainda por cima, o Francisco Santos decidiu fazer isto numa altura complicada para ele: neste verão, ele sofreu um enfarte do miocárdio do qual ainda está em fase de recuperação.

Para além disso, ele também fala sobre "Rush", que ao contrário de Domingos Piedade, ele quer ver o filme. "Terei curiosidade em ver o filme e quero fazê-lo nos primeiros dias", afirmou durante a entrevista.

Entretanto, eis o endereço do seu blog: http://sportsandlifebyfranciscosantos.blogspot.pt/

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Rumor do Dia: Felipe Massa pode ter acordo com a Lotus

Felipe Massa poderá continuar a correr na Formula 1 em 2014 ao serviço da Lotus-Renault. Quem o conta é o jornalista brasileiro Flávio Gomes, que no seu blog conta que Massa está bem encaminhado em direção da equipa de Enstone, controlada pela Genii Capital.

A razão pelo qual ele vai para eles? Na realidade, são duas: a familia Todt e a Renault. Jean Todt, o presidente da FIA, quer que a marca francesa volte a apostar em força na Formula 1, readquirindo uma parte da equipa, que nas mãos da Genii, não está a dar lucro. Aliás, os prejuizos foram tantos que essa é a grande razão pelo qual Kimi Raikkonen nem sequer os ouviu e preferiu rumar de novo para a Ferrari.

E claro, o filho Nicolas Todt é o empresário de Massa.

Claro que o grande rival é o alemão Nico Hulkenberg, mas nesta altura, o seu talento é inversamente proporcional ao dinheiro que têm no bolso, e isso o poderá prejudicar bastante nesta altura do campeonato. Mas Massa depende daquilo que os Todt pai e filho conseguirem em Viry-Chatillon, e de conseguirem persuadir um relutante Carlos Ghosn para apostar a sério na Formula 1. É certo que não hesitou em apostar na nova Formula E, a competição elétrica que irá arrancar a partir do ano que vêm, dado que a marca (e a sua congénere Nissan) apostam forte na mobilidade elétrica, mas estender esse acordo - qualquer que seja - à formula 1, para além de ser um puro fornecedor de motores, pode ser outra história.

Veremos no que isto vai dar. Mas tudo indica que o brasileiro vai continuar na Formula 1 em 2014. 

5ª Coluna: Porque desejo o sucesso de "Rush"

Ainda faltam duas semanas para a estreia de "Rush" nas salas de cinema portuguesas, mas o "feedback" que tenho tido das pessoas que o foram ver, no Brasil, onde o filme se estreou na semana passada, é muito positivo. Pelas conversas que tenho tido, a esmagadora maioria elogia o filme, apesar de apontarem algumas falhas e inconsistências em termos históricos. Mas é por isso que eles avisam de inicio: "Baseado numa história real". E isso diferencia de um documentário, por exemplo.

Mas no cômputo geral, toda a gente está a sair do cinema com um sorriso nos lábios. Isto porquê Hollywood fez o filme que eles esperavam sobre automobilismo. Digo até, com alguma ousadia da minha parte, que as pessoas esperaram quase 50 anos por um filme destes, desde "Grand Prix", o filme de John Frankenheimer sobre a fictícia temporada de 1966, com Frank Gardner e Yves Montand nos principais papéis. 

Claro, outros se lembrarão de "Le Mans", com Steve McQueen no principal papel, mas esse filme é mais de deleite visual, já que os diálogos são escassos. Mas têm uma frase memorável: "Racing is important for men to do it well. Racing is... life. Anything that happens before of after... is just waiting". (Correr é importante para os pilotos que querem fazê-lo bem. Correr... é vida. Tudo que acontece antes ou depois, é apenas uma longa espera)

Hoje em dia, quer "Grand Prix", quer "Le Mans" são filmes de culto para os cinéfilos, e pelo que se ouve da parte dos que foram ao cinema, parece que "Rush" já está nesse pódio, pela riqueza das cenas, pela sua fidelidade, e pela interpretação dos atores que fazem de James Hunt e de Niki Lauda. O que é ótimo, porque isto pode significar algo que gostaria que Hollywood fizesse: dar luz verde a mais projetos automobilísticos.

Desde que comecei a fazer este blog, há quase sete anos, sou confrontado com projetos cinematográficos baseados em periodos e pilotos especificos. E desses, só vi dois a serem realizados: o documentário sobre Ayrton Senna e o "Rush". Mas sei de outros cinco, pelo menos, que estão em diferentes estágios de pré-produção. Há quase três anos que conheço o projeto "Go Like Hell", o livro do A.J. Baime que fala sobre o duelo entre a Ford e a Ferrari pela supremacia em Le Mans, nos anos 60. O livro está bem contado e está recheado de grandes personagens como Henry Ford II, Enzo Ferrari, Carrol Shelby, John Surtees, Ken Miles, entre outros. Soube no inicio de 2012 que um dos estúdios, do qual não recordo o nome, tinha escolhido Michael Mann para o realizar, mas que em meados de 2012, soube que o projeto ficou congelado porque por essa altura já se filmava "Rush" e eles queriam ver como é que este filme se comportaria nas bilheteiras.

Um dos atores do qual se falava que estaria no filme seria o australiano Eric Bana. É "petrolhead" e acho que daria um excelente Carrol Shelby...  

Outro projeto que sei que está em andamento é o que Manish Pandey, o argumentista de "Senna", quer fazer sobre a relação entre Mike Hawthorn e Peter Collins, entre 1957 e 58, e também entre Enzo Ferrari e o seu filho Dino, que estava a agonizar devido à sua doença degenerativa. Sei que o argumento está pronto e que já têm uma produtora para colocar o filme em andamento. Falta ainda duas coisas: um diretor e orçamento para isso. Se as coisas se adiantarem, talvez em dois ou três anos teremos filme.


Outro projeto que já ando a ouvir desde o ano passado, pelo menos, é um filme sobre Richard Seaman, o primeiro grande piloto britânico, que correu nos Grand Prix dos anos 30, ao volante de um Mercedes oficial. Ter um britânico a correr uma máquina alemã em tempos muito delicados (falamos de 1938, com a II Guerra Mundial a delinear-se no horizonte...) e contra a vontade de tudo e todos na sua família e na sua terra (falamos de um inglês numa equipa 'nazi') certamente daria um excelente filme.

A última vez que soube alguma coisa sobre esse filme veio de uma conversa com Peter Windsor, onde me afirmou que o filme está em "development hell", ou seja, aguarda por melhores dias. Que podem não vir nunca. O que é pena, porque acho que o Michael Fassbender daria um excelente Richard Seaman. E é "petrolhead" e tudo!


E pode ser que aconteça aos outros dois projetos que conheço: um sobre a relação entre Jackie Stewart e Francois Cevért, (e que há um argumento escrito) e uma adaptação do livro de Michael Cannell, "The Limit", que o autor disse, no inicio de 2012, que a Columbia Pictures chegou a adquirir os direitos para o cinema, com o ator Tobey Maguire em mente. Só que depois, estes foram libertados, e não se sabe mais qualquer desenvolvimento.

No final, quero deixar uma frase que o Renan do Couto escreveu ontem no seu blog sobre este assunto e sumariza a razão porque desejo (e acredito que vão aparecer) mais filmes de carros. É para que os "leigos" entendam a paixão que nós, "petrolheads" temos por este desporto. 

"Precisamos de mais filmes como Rush porque queremos sentir mais e mais toda essa paixão que envolve o automobilismo. Queremos nos emocionar com o que tanto gostamos. E também para que o público em geral, que não tem acompanhado tanto as corridas, entenda que trata-se de muito mais do que carros andando em círculos. É uma relação que transcende a barreira do explicável."


Espero que nos próximos anos se mostrem mais exemplos. O automobilismo têm uma história demasiado rica para ser simplesmente ignorada. 

Youtube Motorsport Presentation: A apresentação na nova Formula E

Daqui a precisamente um ano, começará a Formula E, a primeira competição de carros elétricos sancionados pela FIA. Com vinte pilotos, em dez equipas e em dez cidades um pouco à volta do mundo, parece que a competição organizada pelo espanhol Alejandro Agag deseja ser um sucesso instantâneo. Veremos. Eis o video de apresentação, que saiu hoje mesmo.

Vi esta no blog do Humberto Corradi.

Top Gear entrevista Taki Inoue. E vale a pena ler!

Não sei se Taki Inoue é o pior piloto de Formula 1 de todos os tempos (acho que ainda há piores do que ele!) mas podemos ter a certeza que ele se tornou um ícone nas redes sociais, graças à sua conta no Twitter, onde ele manda pérolas de humor japonês no seu inglês macarrónico. Quase vinte anos após a sua aventura automobilística pela Arrows, Inoue vive no Mónaco a ser empresário de pilotos, mas agora, depois de muitos anos de descrição, ele faz tudo ao contrário, trazendo consigo uma legião de novos fãs. E o Top Gear britânico, através do seu jornalista Sam Phillip, foi entrevistá-lo na sua edição de setembro, onde falou algumas pérolas como esta:

"Meu capacete estava amolgado. Depois fui ver o médico. Procedimento habitual: primeiro vêm se me mexo, tocando nos meus testiculos". Uma pausa para beber um golo de cerveja. "É verdade! apresndi isto no Reino Unido. Quando os teus testiculos se mexem, o cérebro está bom. Quando sofres um acidente, tesouras, cortam-te o fato, vêm-te os testiculos, tocam-nos, se eles se mexem, a pessoa está bem. Se as bolas não se mexem, então tens algum dano cerebral, creio eu".

Inoue fez agora 50 anos de idade e vive no Mónaco ("mas não na parte glamourosa"). Durante o seu tempo na Formula 1 em 1995, o seu nome tornou-se sinónimo de ineptidão. Um dia, quando Michael Schumacher fez um tempo dois segundos abaixo do seu companheiro de equipa, Johnny Herbert, durante uma sessão de testes com o seu Benetton, este respondeu com um "sinto-me como se fosse um Taki Inoue ou algo assim". Até compatriotas como Ukyo Katayama o consideravam como "um horror". 

Na entrevista, estão lá os seus grandes momentos, como a colisão com o Renault Clio de Jean Ragnotti e o Tatra que servia de ambulância em Budapeste, durante o GP da Hungria, do qual ficou ferido, mas que teve de se aguentar por mais de uma hora no centro médico, porque Charlie Whitting não queria interromper a corrida.

E também fala sobre os pilotos pagantes, porque muitos acreditam que ele foi o primeiro a pagar para correr, dada a sua falta de talento: "Não! Todo e qualquer piloto é uma espécie de piloto pagante. Schumacher, Alonso. Sim, Alonso recebe um salário, mas quanto é que a Santander paga à Ferrari? O que fazia era o mesmo. A unica diferença é que eu não era suficientemente bom para a Formula 1..."

A obsessão de Inoue pelo automobilismo apareceu por acaso. Em 1978, aos 15 anos de idade, estava a comer um doce quando lhe apareceu um autocolante com a cara de James Hunt. "Eu perguntei: 'o que é isto?' E me responderam: 'Taki, é Formula 1'. Eu disse: 'Muito bom, há piloto de Formula 1 japonês?' E me responderam: 'Formula 1 é impossível para japoneses'". Inoue considerou isso como um desafio e começou a competir nos Turismos, sempre com resultados modestos. Mas o sonho da Formula 1 nunca morreu na sua mente.

A entrevista de Inoue à Top Gear britânica têm partes absolutamente hilariantes, como esta:

"Perguntei a um amigo meu: 'Como é que vou correr na Formula 1?' Ele me disse 'Taki, deves ir ao Reino Unido, Formula Ford, 1600, é a tua porta de entrada na Formula 1'. Então decidi: 'OK, eu vou para o Reino Unido'

Outra baforada de cigarro, outro trago de cerveja. 

É o meu primeiro voo, a minha primeira viagem fora do Japão. Quando estavam a servir a comida, perguntei "Quanto é?" e me disseram que 'Não precisava de pagar pela comida.

Quando chegou a Londres, a sua falta de preparação se tornou evidente. "Quando cheguei a Heathrow, fui ao balcão de informações e perguntei: 'Quero ser piloto, onde é que posso ir?' É verdade. Eles me responderam: 'Você deveria ir para Newmarket - lá há uma pista. Comprei um bilhete, apanhei um autocarro"Numa noite miserável de outubro, Inoue sai de Londres e vai ter ao Norfolk profundo. 'Quando o condutor diz 'Newmarket', eu sai. Depois perguntei a uma pessoa: 'Esta é a pista de corridas?' e ele me responde que 'Sim, é a pista de corridas de cavalo!' Desastre.

Inoue acaba por chegar a East Anglia, onde corre na Snetterton Racing School, depois participa na Formula Ford, antes de regressar ao Japão para fazer Formula 3. Mesmo sem que tenha subido alguma vez a um pódio, Inoue foi capaz de arranjar verbas para sustentar a sua carreira, patrocinios que chegaram às duas milhões de libras. Graças a eles, ia subindo de categoria, embora nunca imitando os resultados do seu ídolo James Hunt, apesar de adorar o lado mais ligeiro do desporto. 'Nesses dias, podia beber, beber muito e no dia seguinte tinha uma grande dor de cabeça. Sem problemas!' sorri, enquanto segura um cigarro na mão. 'Os pilotos de agora são aborrecidos, parece os Jogos Olimpicos. Personalidade zero. Os pilotos de hoje têm de fingir que são profissionais, mas eu tinha medo, muito medo. O carro era muito veloz! Sendo muito veloz, tinha muito medo'.

Provavelmente não ajudou muito o facto de a sua equipa não o ter dado alguma chance de testar antes da sua primeira corrida de verdade. 'Na minha primeira corrida a sério em São Paulo, o GP do Brasil, não sabia o que era uma paragem nas boxes. Ninguém me contou', admite com um sorriso. 'Mas pelo menos o carro não era complicado de guiar. Não havia caixa de velocidades no volante, e uma vez que te habituas aos travões de carbono, é muito fácil de guiar.'

Fácil? Com 900 cavalos, sem ajudas de condução e com notórias dificuldades no departamento de talento. Encolhendo os ombros depois de beber mais um golo da sua cerveja, afirmou: 'É porque eu guiava muito lentamente...'

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Youtube Motorsport Music: "The Rocker", Thin Lizzy, "Rush"

Mais uma musica cantada desses tempos e que está na banda sonora de "Rush" é este "The Rocker" dos irlandeses Thin Lizzy, de Phil Lynott, Gary Moore e Eric Bell, entre outros. A musica é de 1973, vindo do álbum "Vagabonds of the Western World" e como seria de esperar nestas coisas, têm um enorme solo (ou riff) de guitarra vinda do próprio Eric Bell.

No álbum, é a musica numero catorze.

Youtube Motorsport Ad: Um anuncio politicamente incorreto

Este anuncio está a ser um sucesso nas redes sociais, e percebe-se porquê do politicamente incorreto: trata-se do atropelamento mortal de uma criança por um automóvel no inicio do século XX. Só que a criança não é uma qualquer, e isso já é uma dupla razão pelo qual a Mercedes desvinculou-se imediatamente deste anuncio.

Porquê? Bom, porque o jovem atropelado chama-se Adolf Hitler, e o carro passava por uma pequena cidada do Império Austro-Húngaro chamado Brunnau am Inn, a localidade onde ele nasceu e viveu os seus primeiros anos.

O video foi feito pela Escola de Cinematografia de Baden-Würtemberg, em Ludwigsburg, e venceu prémio cinematográfico de novos talentos "First Steps Awards", em Berlim, na modalidade de publicidade. O valor é de 10.000 euros, e o júri justificou o prémio pelo anuncio ter “eficácia” e “obrigar o espetador a formar uma opinião”.

Como é óbvio, a Daimler, proprietária da marca Mercedes, divulgou um comunicado indicando que considerava “inadequado” incluir “a morte de uma criança, bem como o conteúdo relacionado com o nacional-socialismo” num anúncio, ainda que fosse “fictício”

Noticias: Toyota vai correr com dois bólidos em Fuji

A Toyota confirmou esta segunda-feira que irá correr com dois carros nas Seis Horas de Mont Fuji, prova a contar para o World Endurance Championship, a acontecer no próximo dia 20 de outubro. O carro numero 7, guiado pela tripla Alexander Wurz, Nicolas Lapierre e Kazuki Nakajima, irá voltar às pistas, depois de terem dito que não tinham intenções de o colocar após as 24 horas de Le Mans, que aconteceram em junho.

Um porta-voz da marca avançou que “é a nossa corrida caseira e um circuito propriedade da Toyota, junto às nossas instalações de pesquisa e desenvolvimento que trabalha nos nossos sistemas híbridos e no motor para o TS030”. O facto da Toyota ser uma empresa nipónica reforça a importância de “darmos um bom espetáculo aos nossos adeptos japoneses e ter um bom resultado, que poderá ser também importante para o futuro do programa”, explicou.

Contudo, isto é um "one-off", pois não há noticias de que a marca queira colocar o seu segundo carro nas rondas de Xangai e Bahrein, as duas provas que faltam para o fim do calendário de Endurance para 2013.

O Mundial de Endurance volta a acção no próximo fim de semana, no circuito americano de Austin.

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana comemora na parte de cima os 36 anos de vida deste semanário automobilistico, enquanto que em destaque mostra a grande vitória de António Félix da Costa em Hungaroring (depois de ter desistido na corrida anterior) com um "Venha a Formula 1" como título.

Na parte de baixo pequenas referências à DTM no circuito de Oscherschleben ("Filipe Albuquerque em quarto"), numa corrida ganha pelo brasileiro Augusto Farfus; aos Clássicos em Braga ("Quente e Frio"), o WRC, na Austrália ("Título Adiado para Ogier") e sobre a contratação de Kimi Raikkonen pela Scuderia ("Dream Team na Ferrari")

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Youtube Motorsport Soundtrack: "Fame", David Bowie, "Rush"


No domingo coloquei a musica do The Spencer Davies Group, porque fazia parte da banda sonora do filme "Rush", e avisei que haveria mais algumas musicas cantadas. Uma delas é "Fame". Não o "Fame" que conhecemos dos anos 80, mas sim uma que David Bowie cantava em 1975, e que fazia parte do álbum "Young Americans".

Detalhe interessante: a musica foi gravada durante uma "jam session" com John Lennon em janeiro de 1975, em Nova Iorque, com Bowie a fazer uma letra na hora graças ao "riff" do guitarrista porto-riquenho Carlos Alomar, que trabalhava com Lennon. Já agora, o ex-Beatle é um dos elementos que canta no coro.

No álbum de "Rush", "Fame" é a 22ª (antepenúltima) musica do álbum.

Youtube Rally Driving: a curva feita por Jari-Matti Latvala na Austrália


Esta imagem de Jari-Matti Latvala a entrar numa curva numa das classificativas do Rali da Austrália, que aconteceu neste fim de semana, talvez explique a razão pelo qual ele acabe muitas vezes no fundo de uma vala... 

Rumor do dia: Ross Brawn a caminho da Williams?

Ross Brawn pode estar a caminho da Williams. Quem fala disso hoje é a Autosport portugesa, que refere que esse era um dos rumores que circulavam no paddock de Monza, no fim de semana do Grande Prémio. A ideia de um regresso de Brawn à equipa de Grove (onde começou a sua carreira como mecânico no já distante ano de... 1978) teria como base a participação de 15 por cento que agora pertencem a Christian "Toto" Wolff e um "alivio" no preço dos motores Mercedes, que a marca irá ter a partir de 2014.

Por enquanto nada foi desmentido, mas é mais do que sabido que os dias de Ross Brawn na Mercedes estão contados, depois de que a marca de Estugarda anunciou a contratação de Paddy Lowe. Para além disso, a Williams anunciou agora a contratação de Pat Symmonds, outro veterano da Formula 1, no sentido de reavivar uma equipa que este ano está a ter um péssimo campeonato, conseguindo até agora apenas um ponto, com Pastor Maldonado, no GP da Hungria.

E a Williams poderá ser o destino de Felipe Massa, que esta semana anunciou a contratação de Rob Smedley, precisamente... o engenheiro de pista do piloto brasileiro, atualmente na Ferrari.

Extra-Campeonato: Sobre o (novo) fecho da Playboy Portugal

Esta segunda-feira fui confrontado com um rumor interessante: a Playboy Portugal estaria prestes a fechar as suas portas. Eu sei que a edição de setembro já deveria estar nas bancas há algum tempo, mas já estamos a meio do mês e até agora... nada, nem sequer uma ideia do que vai ser este mês. E das duas uma: ou agora vão sair de forma bimestral (ou seja, uma vez a cada dois meses), ou então, estão a preparar-se para irem embora de vez. Pela segunda vez.

Esta segunda-feira, o site "Dinheiro Vivo" fala que o diretor, Marco Reis, abandonou a revista no final de agosto, em conjunto com Luís Merca, o consultor editorial e antigo diretor da Maxmen; Bruno Lobo, o editor e Alexandra Li Ching, a diretora comercial. Marco Reis fala que a razão da saída tem a ver com "visão divergente da administração". Marco Pimentel, o diretor da Media Page, o grupo que detêm os direitos da revista, ainda não respondeu sobre estes eventos, nem sobre quem vai ser o substituto do diretor.

Estes últimos acontecimentos só vêm carregar ainda mais a reputação da revista, já de si agitada. Como sabem, ela começou da primeira vez em maio de 2009 por uma empresa chamada Frestacom, que terminou em agosto do ano seguinte, depois de uma capa polémica, com Jesus Cristo e algumas modelos nuas, no sentido de homenagear o escritor José Saramago. Na realidade, esse encerramento aconteceu depois das várias irregularidades cometidas por essa empresa, que foram desde salários em atraso até ao não-pagamento às modelos que posaram para a revista.

Desaparecida durante quase dois anos, regressou em maio de 2012, mas com uma falsa partida: a capa com a atriz Rita Pereira foi tudo... menos aquilo que se desejaria, pois a expectativa era que existisse um "full frontal", algo que não aconteceu. Com o passar do tempo, o tiro foi corrigido, mas o estrago estava feito: segundo a Associação Portuguesa para o Controlo da Tiragem e Circulação (APCT), a média de exemplares vendidos nos últimos tempos é de 12 mil, atrás de Men's Health, Maxim e GQ.

Vou ser honesto: quem lê as páginas da Playboy, quer na revista, quer uma rápida visita à sua página do Facebook, nota-se (eu pelo menos noto) um desperdício de nome. Digo isto porque, basicamente, o que se vê ali são promoções de filmes uns atrás dos outros, mostrando a toda a gente que o objetivo do pessoal que comprou o "franchising" foi de fazer publicidade a filmes e mais nada. Outro exemplo que posso dar é a sua conta no Twitter: durante quase um ano, só mandaram um "tweet", para anunciar a criação da conta, mais nada. Mas essas minhas criticas não são de agora: falei disso no ano passado.

Em suma, não se deram ao trabalho de conhecer, nem de se divulgarem nas redes sociais, como faz, por exemplo, a Playboy Brasil. Apenas publicidade e pouco mais. Parece que estão a fazer aquilo como se fosse um frete. Enfim...

Chega-se à conclusão de que a Playboy é algo que não serve a este país. Não no sentido de ter um publico hostil à publicação, bem pelo contrário, mas sim pelo facto de ser feito por pessoas que não sabem fazer ou divulgar uma revista. Quer no primeiro caso, quer no segundo, parece ser um aproveitamento de um nome para outros fins que não o desenvolvimento de uma revista. Em suma, a passagem da Playboy em Portugal está a ser um desperdicio. O que é uma grande pena.

Mas também pode ser dos tempos que vivemos. O jornalismo em papel está a ser uma coisa quase em vias de extinção, devido ao surgimento do digital. Aos poucos, surgem novas experiências "online" e o facto das pessoas passarem mais tempo nos seus telemóveis, portáteis e "tablets" do que gastar dinheiro em comprar edições de papel levam a que, inevitavelmente, as vendas desçam e as margens de lucro diminuam, praticamente até à falência. É certo que projetos no digital, em que as pessoas paguem para ler, vão demorar o seu tempo, mas até lá, o estrago estará feito.

Mas francamente, creio que a história irá registar a experiência portuguesa no mundo da Playboy como um mero desperdício. É essa a minha impressão.

Automobilismo em Cartoons: O regresso de Montoya à IndyCar (GP Toons)

O regresso de Juan Pablo Montoya aos monolugares, nomeadamente na equipa Penske de IndyCar, não passou despercebido ao Hector Garcia, do Grand Prix Toons, que decidiu colocar este cartoon ao lado de o que parece ser um piloto com o fato da Toro Rosso. Será o Jaime Alguersuari?

Enfim é como ele diz em inglês: "The Return of the King. Burger King".

P.S: Tinha-me esquecido que era o enorme rabo do Daniel Ricciardo. É do adiantado da hora...

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Youtube Motorsport Onboard: Uma corrida no Autódromo de Luanda


Em Angola não se corre somente nas ruas, mas também há circuitos permanentes. Apesar do asfalto ainda ser do tempo colonial, a nova federação de desportos motorizados, a FADM, está a fazer o seu melhor para recuperar as infraestruturas referentes ao Autódromo de Luanda, por exemplo. E no passado dia 15 de agosto, com alguns convidados internacionais - entre os quais, alguns portugueses como Pedro Salvador - fez aquilo que querem que seja a corrida mais importante do ano: o Grande Premio "Zé Du", para comemorar o aniversário do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

Apesar do "asfalto colonial", e das infraestruturas mínimas (não há guard-rails, por exemplo!), o mais impressionante foi ver a tribuna principal cheia de gente, o que demonstra que as pessoas gostam de automobilismo. E um dos pilotos, o Daniel Vidal, coloca sempre uma câmara para nos mostrar como é que são as pistas e o ambiente naquele país africano. 

E já agora, ele venceu uma das mangas, enquanto que na segunda, de cujo video eu coloco aqui, teve problemas com o consumo da gasolina, mas mesmo assim, terminou na segunda posição.

Youtube Motrorsport Soundtrack: Nurburgring e Inferno, "Rush"


Algumas das musicas da banda sonora de "Rush" têm como título nomes de circuitos que foram essenciais ao Mundial de 1976. E "Nurburgring" é um deles, especialmente quando sabes que foi o local onde Niki Lauda teve o acidente que quase o matou.


Esta é a 17ª da banda sonora, e provavelmente será colocado antes do acidente do austríaco, porque a seguir na banda sonora, teremos... "Inferno". E para ser diferente nesta sequência de posts sobre a banda sonora, decidi colocar os dois neste post, para que vocês possam ouvi-los um a seguir ao outro, em sequência. De uma certa maneira, é arrepiante.

Amanhã coloco mais. Provavelmente, outra das "cantadas" do filme. 

Noticias: Mário Andretti defende "equipas-cliente" na Formula 1

As noticias desta segunda estão a ser marcadas pelas declarações de Mário Andretti, o italo-americano campeão do mundo de Formula 1 em 1978, que em declarações ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, defendeu a ideia de que a categoria deveria permitir o regresso de chassis-cliente, pois assim poderiam atrair novas equipas à Formula 1.

Já falei com o Bernie Ecclestone sobre isso. Seria também uma forma para as novas equipas serem parte da Formula 1, mesmo sem fábricas próprias”. Andretti, atualmente com 73 anos, revelou de seguida que “o meu filho Michael poderia ser um dos primeiros a comprar um monolugar a um dos principais construtores”. A Andretti Autosport, recorda-se, vai colocar uma equipa na Formula E, a competição elétrica da FIA, a partir de 2014.

A ideia de comprar chassis não é nova: aliás, desde os primórdios do automobilismo que se faz. E na Formula 1, tal coisa acontecia até meados dos anos 80. A última vez que uma equipa desses se inscreveu com outro chassis foi em 1990, quando a Larrousse andou com chassis desenhados pela Lola.

Contudo, a ideia têm os seus detratores. O jornalista britânico Joe Saward afirmou no seu blogue que não acha que seja uma boa ideia e justificou: "Formula 1 têm a ver com excelência, têm a ver com ser dos melhores do mundo, contra os melhores do mundo. Se alguém conseguir comprar o melhor carro do mundo, a competição é desvalorizada - logo, perde o interesse do público. Para ser o melhor, é preciso merecer esse estatuto, e se permitirem às novas equipas terem acesso a chassis e bater equipas que batalharam por décadas para serem ben sucedidas é simplesmente injusto, mesmo que ajude em termos de marketing."

E continua: "IndyCar já seguiu por esse caminho e fracassou. Nos anos 70 e 80, tinham vários chassis: Chaparral, Penske, Longhorn, Wildcat, Coyote, McLaren, Eagle, March e Lola. Em poucos anos de competição "aberta", as coisas acabaram por ficar reduzidas a dois chassis porque as firmas mais pequenas  não conseguiam competir contra as grandes e no final, a categoria acabou por ser uma competição monomarca."

IndyCar: Juan Pablo Montoya volta à IndyCar em 2014 pela Penske

Algumas semanas depois de ter sido dispensado pela Chip Ganassi, na NASCAR, e depois de se saber que via com bons olhos o regresso aos monolugares, Juan Pablo Montoya foi esta tarde anunciado como piloto oficial da Penske para a temporada de 2014 da IndyCar. O anuncio foi feito esta tarde no site oficial da equipa.

"Estou realmente excitado por me juntar a esta lendária equipa a partir da próxima temporada", começou por dizer o piloto colombiano. "Tive a oportunidade de guiar com algumas das melhores equipas do mundo e sempre admirei Roger Penske pela sua organização. Considero uma honra que que me foi oferecida uma oportunidade de guiar para eles", concluiu. 

"Juan é um vencedor mais do que provado em todos os niveis desportivos", disse Roger Penske no seu comunicado oficial. "Venceu uma série de corridas e campeonatos e tem uma multidão de fãs apaixonados atrás de si. Estamos ansiosos por construir uma relação de sucesso e acreditamos que vai ser uma mais valia para a Penske", concluiu.

Montoya, que fará 38 anos dentro de quatro dias, têm uma carreira longa e eclética na CART, Formula 1 e NASCAR, para além da Grand-Am, onde conseguiu vencer, entre outros, o título da CART em 1999, as 500 Milhas de Indianápolis em 2000, sete vitórias na Formula 1, incluindo uma vitória no GP do Mónaco de 2003, e duas vitórias na Sprint Cup Series, a divisão principal da NASCAR. Para além disso, venceu as 24 Horas de Daytona por três vezes, em 2007, 2008 e 2013. 

domingo, 15 de setembro de 2013

Noticias: Domingos Piedade considera regresso de Raikkonen "um erro"

O regresso de Kimi Raikkonen à Ferrari a partir de 2014 continua a causar variadas reações juntos das pessoas mais entendidas sobre o assunto, e em Portugal, um dos que entende melhor o automobilismo e a formula 1, devido ao muito que passou, é Domingos Piedade, que em entrevista este sábado ao podcast 16 Valvulas, comentou sobre o assunto, afirmando que a escolha de Luca di Montezemolo foi "erradissima". 

E ele justificou a razão: "Acho que o Kimi não vai trazer nada de novo à Ferrari. Se procurava alguém para ser segundo piloto ao lado de Fernando Alonso, no sentido de espicaçar o piloto espanhol, nao creio que seja o Kimi, porque não o vai ajudar tecnicamente. É um grande piloto, mas não é um grande acertador. É o sujeito que quando acaba, pega na pasta e vai-se embora, não discute com os engenheiros após a corrida".

E prosseguiu: "Eu se estivesse no lugar de Stefano Domenicalli, teria contratado o Nico Hulkenberg. E o piloto com mais potencial de futuro, daqueles que estão 'livres'. A decisão do Luca [di Montezemolo sobre Kimi Raikkonen] é completamente absurda, a meu ver, porque ele pagou quase 20 milhoes para indemenizar o Kimi Raikkonen [no final de 2009] e a meu ver, não é o piloto indicado para espicaçar o Fernando Alonso".

Para além disso, falou sobre a situação de Felipe Massa e a possibilidade do Brasil ficar sem pilotos na categoria máxima do automobilismo: "E daí, morre a Formula 1? Lembro-me que os italianos chegaram a ter sete pilotos, e agora não têm nenhum, os franceses chegaram a ter oito e ficaram sem nenhum. São ciclos". 

Na entrevista, para além de falar sobre António Félix da Costa, onde afirma que está pressionado pelos resultados (isto foi antes da sua vitória deste domingo), fala também sobre "Rush", o filme de Ron Howard sobre a temporada de 1976. E ele afirma que não têm intenção de ver o filme: "Vivi esse luta pessoalmente, eu vi este filme em 1976 com os atores originais. Tudo o que vier nesta altura é como dizem os chineses: uma 'cópia original'. E não vou ver cópias do original."

E conta mais pormenores sobre essa temporada, falando especialmente depois do acidente de Nurburgring Nordschleiffe: "O Niki, quando têm o acidente no Nurburgring, tinha ganho cinco das nove corridas que tinha acontecido, estava disparado na frente do campeonato. Na noite do acidente, a Ferrari convidou pessoalmente o Emerson Fittipaldi para o vir substituir. Ele não aceitou porque ele é um homem integro, vertical, tinha dado a palavra à Copersucar. 

E especula: "Se o Emerson tivesse aceite, já no Grande Prémio a seguir [na Austria], onde a Ferrari não participou, teria roubado pontos aos James. Definitivamente. E na corrida seguinte [na Holanda] onde correram só com o Clay Regazzoni, ele estaria ali para pontuar. E ali, estaria escrito que não seria o James a ganhar o campeonato do mundo". concluiu. 

WRC 2013 - Rali da Austrália (Final)

Sebastien Ogier pode ter vencido o Rali da Austrália, mas não é hoje que se sagrou campeão do mundo. Isto porque o seu maior rival, o belga Thierry Neuville, terminou a competição no segundo posto, beneficiando de um furo sofrido por Mikko Hirvonen na última classificativa, antes da Power Stage, que o fez atrasar em um minuto. Para piorar os resultados, na Power Stage, Neuville conseguiu o segundo lugar e os pontos correspondentes, acontecendo precisamente a combinação que o piloto francês da Volkswagen não queria!

Assim sendo, Sebastien Ogier vai muito provavelmente comemorar o seu título mundial "em casa", ou seja, no asfalto francês. Hirvonen conseguiu terminar o rali no terceiro lugar, a mais de dois minutos do vencedor e a conseguir o melhor resultado possivel para a Citroen, já que Kris Meeke teve um rali para esquecer. Apesar de ter voltado às classificativas em modo "Rally2", o britânico bateu na Power Stage e acabou com uma das rodas arrastadas no chão, terminando na 12ª posição da geral.

Jari-Matti Latvala teve um rali discreto e terminou no quarto posto, a dois minutos e 57 segundos do seu companheiro Ogier, não muito longe do norueguês Mads Ostberg, que conseguiu superar o Volkswagen do seu compatriota Anders Mikkelsen. Evgueny Novikov terminou no sétimo posto, na frente de Nathan Quinn, no seu Mini, o arabe Khalid Al-Qassimi e o qatari Abdulaziz Al-Kuwari. Este último venceu na categoria WRC2, e ascendu à liderança da categoria, em troca com o polaco Robert Kubica, que neste fim de semana está na sua terra natal a disputar o Rali da Polónia.

O WRC regressa no fim de semana de 4 a 6 de outubro, com o Rali de França.

Youtube Motorsport Soundtrack: Gimme Some Lovin, The Spencer Davis Group, "Rush"


Como tinha prometido ontem, eu queria colocar hoje uma das musicas "cantadas" de "Rush". E hoje escolhi "Gimmie Some Lovin'" do Spencer Davies Group, uma musica que foi lançada originalmente em 1966, e que no filme é cantado por Steve Winwood, o vocalista. No álbum, é a musica numero oito.

Como não são musicas feitas originalmente para o filme, decidi ir à procura de outras versões desta musica, e descobri esta, que até gosto, porque mostra como era no original. Mas esta não é a unica deste tipo: têm musicas de Thin Lizzy e David Bowie, entre outros. Com o tempo, eu os colocarei por aqui.

WSR: Félix da Costa é o melhor na segunda corrida do Hungaroring

Depois de ter acabado sem pontos na primeira corrida, ontem, no circuito húngaro, esta manhã foi exatamente o contrário: António Félix da Costa conseguiu a vitória, a segunda do campeonato, conseguindo bater de forma convincente o dinamarquês Kevin Magnussen e o belga Stoffel Vandoorne, que o acompanharam no pódio. Para além disso, obteve a volta mais rápida da corrida.

A corrida não começou bem para Félix da Costa, que partindo do segundo lugar da grelha, foi superado por Arthur Pic, mas teve depois a sorte do seu lado, quando aproveitou uma situação de Safety Car - devido ao acidente do britânico Will Stevens - para andar junto de Stoffel Vandoorne e Kevin Magnussen. Na troca de pneus, o piloto português decidiu ficar mais algumas voltas e aumentar o ritmo, e quando foi a sua vez, saiu imediatamente à frente do dinamarquês, ficando com o comando da corrida.

Nas voltas seguintes, o piloto de Cascais aumentou o ritmo e se distanciou dos adversários, acabando com uma vantagem final de sete segundos sobre o filho de Jan Magnussen e com Vandoorne a ocupar o lugar mais baixo do pódio. O holandês Nigel Melker foi o quarto e o suiço Nico Muller, vencedor da primeira corrida, acabou na quinta posição.

No final, o piloto português estava exultante: "Depois do mau dia de ontem, hoje mostrámos uma força mental muito forte e demos a volta a uma situação complicada. Mais do que os 25 pontos desta vitória, foi bom ter vencido em luta directa com o Magnussen e o Vandoorne. Ataquei ao máximo nas duas voltas que tive pista livre e quando regressei depois da paragem, estava na frente e depois fui ganhando tempo a eles os dois. A equipa fez um óptimo trabalho e isto mostra que quando tudo corre bem, somos candidatos às vitórias.", afirmou na sua página de Facebook.

No campeonato, Kevin Magnussen caminha para o título, pois têm agora 199 pontos, seguindo de Stoffel Vandoorne, com 163 pontos. Félix da Costa subiu agora para o terceiro posto, com 120, empatado com Nigel Melker, enquanto que Nico Muller têm agora 112 pontos. A World Series by Renault prossegue no fim de semana de 28 e 29 de setembro, no circuito francês de Paul Ricard.