sábado, 1 de dezembro de 2018

Formula E: Rosenqvist volta na Arábia Saudita

Felix Rosenqvist vai em 2019 para terras americanas, mas antes disso, irá correr na ronda saudita da Formula E pela Mahindra, em substituição de Pascal Wehrlein. O piloto sueco de 27 anos, sexto classificado na temporada passada, com duas vitórias e três pole-positions, vai correr pela Chip Ganassi em 2019, mas antes ajudará a equipa onde correu nas suas duas temporadas na competição elétrica.

"Estou feliz por estar de volta com a Mahindra Racing em Riade”, começou por dizer Rosenqvist.

Será uma ocasião especial, marcando o início de uma nova era para a Fórmula E, com o começo da quinta temporada. Apesar de não ter assistido ao teste oficial da pré-temporada em Valência, fiz muitos testes no novo carro durante as fases de desenvolvimento, e devo estar preparado"

Estou ansioso para voltar a trabalhar com a equipa mais uma vez e farei o meu melhor para ajudar e começar a nova temporada com sucesso”, concluiu.

Não se sabe a razão pelo qual Wehrlein não irá participar nesta prova, mas o que se fala é que tem a ver com questões de conflito de contratos. Espera-se que o alemão se estreie pela equipa na próxima prova, no circuito marroquino de Marrakesh. 

Os planos da Citroen em 2019

A Citroen poderá ter marcado um bom golo na contratação de Sebastien Ogier, mas tem outros assuntos para resolver e que podem comprometer o programa de 2019. O primeiro dos quais é o patrocinador, e isso é importante para saber se correrão com dois ou três carros para a próxima temporada.

Esta semana, soube-se que a Abu Dhabi iria suspender o seu patrocínio na marca francesa, depois das negociações para renovar o apoio à equipa de ralis não terem sido bem sucedidas. A Red Bull veio no seu auxílio, mas o orçamento é suficiente para assegurar Sebastien Ogier e Esapekka Lappi, dois carros na equipa, deixando de fora a chance de um terceiro carro, que seria ou para Craig Breen ou para Mads Ostberg

E claro, a chance de contar com Sebastien Loeb para alguns ralis também estará descartada.

Resta saber como será o desenvolvimento do C3 WRC ao longo deste inverno - pelo menos até Monte Carlo - para saber até que ponto o carro estará ao nível da concorrência. Ao longo dos últimos dois anos se acreditou que o carro estava subdesenvolvido em relação à Hyundai e Toyota, e a entrada de Loeb como piloto de testes, para ajudar a marca a melhorar as performances do C3, para além da vitória do veterano piloto na Catalunha, parece ter mostrado que o bólido tinha potencial para mais.

Mas tudo parece que a equipa será mais pequena que a concorrência no Mundial de ralis.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Noticias: "Schumacher sente as pessoas"

À medida que se aproxima o quinto aniversário do acidente que deixou Michael Schumacher incomunicável, qualquer noticia a seu respeito é um acontecimento. Há uns dias, vimos aparecer no seu site oficial uma entrevista que deu dois meses antes, respondendo a perguntas dos seus fãs, e agora esta semana, a revista alemã ‘Bunte’ mostrou uma entrevista ao arcebispo Georg Gänswein, antigo secretário particular do papa emérito Bento XVI e agora arcebispo de Colónia. 

Nessa entrevista, Gänswein se absteve de contar todos os detalhes, mas falou um pouco da visita que fez à sua casa, na Suíça, a meio de 2016, a convite de Jean Todt, o presidente da FIA e amigo pessoal da familia Schumacher. 

Falei primeiro com Corinna Schumacher e sua mãe. Então, um terapeuta trouxe Michael Schumacher para a sala de estar. Eu me apresentei e disse a ele que sou um fã secreto, que muitas vezes assisti às corridas dele e fiquei fascinado sobre como alguém pode pilotar uma máquina dessas em qualquer tempo e a uma velocidade tão alta”, começou por dizer.

Sentei em frente a ele, segurei as duas mãos e olhei para ele. Seu rosto é o rosto familiar de Michael Schumacher, a única coisa é que ele ficou um pouco mais cheio. Ele sente que as pessoas amorosas estão ao seu redor, cuidando dele e, graças a Deus, mantendo-o longe dos olhos do público curioso demais. Uma pessoa doente precisa de discrição e compreensão", continuou.

Gänswein afirma que Corrina é a pedra que mantêm unida a familia Schumacher. 

"Sua esposa é a alma da família. Claro que incluo Michael e sua família em minhas orações. O Natal é a festa do nascimento de Cristo, a encarnação do amor divino. Senti-las é bom e necessário. Palavras confortantes que dão força não apenas aos parentes mais próximos de Michael, mas também a seus milhões de fãs em todo o mundo”, concluiu.


Formula E: Seul vai receber uma prova a partir de 2020

A Formula E vai para Seul em 2020. Segundo conta o site e-racing365.com, o acordo foi assinado e durará cinco temporadas, depois de reuniões que começaram em setembro entre a organização e o promotor local.

"Estou empolgado com a perspectiva de levar a Fórmula E a Seul e esta notícia é o primeiro grande passo na direção certa", disse o fundador e CEO da Fórmula E, Alejandro Agag.

Coréia e Seul, em particular, é um local ideal para sediar um e-Prix e mostrar o melhor que as corridas elétricas tem para oferecer. A Coréia está na vanguarda dos desenvolvimentos voltados para o futuro, liderando o caminho com inovações e reconhecida como um criador de tendências globais no setor automóvel e da tecnologia - sinergias compartilhadas com a visão abrangente e o conceito do campeonato da Fórmula E.", concluiu.

Do lado da organização, eles esperam que mais uma data asiática no calendário posse atrair mais turistas da China e do Japão para poderem assistir a esta corrida, bem como este local possa servir de montra para as inovações tecnológicas que as marcas locais estão a fazer no automobilismo elétrico.

"Este evento mostrará o desenvolvimento contínuo da tecnologia de veículos elétricos, usando a plataforma do automobilismo [de uma forma] empolgante e competitiva", disse Moon Jae Sik, o CEO da JSM Holdings, organizadora do e-Prix de Seul.

"Também contribuirá para atrair turistas da China e do Japão, onde o interesse pelo crescimento do transporte limpo e do automobilismo é alto."

O e-prix de Seul acontece sete anos depois da Coreia do Sul ter recebido pela última vez a Formula 1 no circuito de Yeongam. Ela também será a terceira data asiática que será incluída no calendário, depois de Hong Kong e Sanya, na China. Resta saber onde é que se incluirá, se no inicio do outono, como prova de abertura, ou no inicio da primavera, ainda antes de embarcarem para a ronda europeia.

Formula E: Oliver Rowland vai correr na Nismo

O britânico Oliver Rowland foi o escolhido para correr na Nismo e.dams, ao lado do suíço Sebastien Buemi. A Nissan fez o anuncio na madrugada desta sexta-feira no Japão. A escolha de Rowland acontece depois de inicialmente terem selecionado o tailandês Alexander Albon, antes deste ter sido desviado para a Formula 1, onde vai correr em 2019 pela Toro Rosso.

Rowland já tinha estado nos testes de pré-temporada em Valencia.

"O campeonato da Fórmula E mostra alguns dos melhores pilotos do mundo, e é uma honra ser selecionado pela Nissan e.dams para representá-los na quinta temporada", explicou o piloto britânico.

Poder trabalhar ao lado de Sebastien [Buemi] também é uma oportunidade incrível. Estou ansioso para me desafiar contra os melhores entre os melhores da Formula E”, concluiu.

Rowland, de 26 anos (nasceu a 10 de agosto de 1992), foi terceiro classificado na temporada de 2017 da Formula 2, estando agora na Endurance, ao serviço da Manor Racing. Já tinha experimentado um carro da Formula E em 2015-16 em Punta del Este, a bordo de um carro da Mahindra, em substituição de Nick Heidfeld. Terminou na 13ª posição da geral.

A Formula E terá a sua ronda inicial a 15 de dezembro, em Riyadh, na Arábia Saudita.




quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Youtube Automobile Presentation: A nova temporada do The Grand Tour

Depois de alguns meses de espera, os Três Estarolas estão de volta. E 18 de janeoro de 2019 parece ser um bom dia para ver um programa de televisão...

W Series: Lista de candidatas deixa Mann furiosa

A noticia de ontem de que a W Series anunciou uma lista de 55 candidatas para os dezoito lugares existentes na sua primeira temporada causou mais ataques por parte de outra mulher-piloto, a britânica Pippa Mann. Na sua conta de Instagram, a piloto de 35 anos continuou a afirmar que a competição só para mulheres-piloto é meio caminho andado para a segregação entre homens e mulheres no automobilismo.

"Esta manhã, estou num estado de profunda tristeza. Na Europa, eles moveram mais um passo na direção da segregação. Milhões de dólares estão a ser gastos, e em vez de um programa para captar jovens talentos femininos, elas estão a ser separadas, forçadas para uma situação onde a sua única oportunidade para correr é sob regras segregadas", começou por dizer na sua conta pessoal.

"Existe muito talento nessa lista. Muitos nomes que não deveriam estar nesta posição. Eu sei que o sistema está quebrado. Mas isto? Isto é o caminho para 'consertá-lo'? Aparentemente, na Europa, eles pensam assim...", concluiu, com uma fotografia dela no circuito de Indianápolis, prova que disputou por cinco vezes na sua carreira.

Mann, que faz carreira em terras americanas, é altamente critica da W Series desde o seu inicio, por considerar que é segregadora. 

Noticias: Lowe defende contratação de Kubica como titular

Paddy Lowe garante que a decisão de contratar Robert Kubica, depois de uma temporada como piloto de testes da Williams, foi a melhor para a equipa inglesa, sublinhando que, como piloto de testes, o polaco de 33 anos conseguiu mostrar o que realmente vale neste momento. 

Realizámos um processo de avaliação cuidadoso, no ano passado, e escolhemos o Sergey, e foi uma boa decisão. Então o Robert não foi capaz de mostrar o seu melhor. Mas doze meses depois conhecemo-lo melhor, pudemos verificar o que nos pode oferecer e o que pode fazer”, afirmou o responsável técnico da Williams, justificando a sua contratação no lugar de Serguei Sirotkin.

Apesar das dúvidas que referem sobre a sua debilidade fisica - praticamente faz tudo com o braço esquerdo - Lowe desvaloriza essa possibilidade. “Talvez do lado de fora as pessoas possam ter ainda dúvidas, mas ninguém na equipa pensa nisso”, sublinhou o inglês.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Youtube Rally Classic - Os super-carros do Grupo B


Já é o segundo video em pouco tempo que o Antti Kalhola mete no Youtube, e desta vez tem a ver sobre os Grupo B, os super-carros que entre 1982 e 1986 dominaram as classificativas no Mundial de Ralis. Começando como bólidos de quatro rodas motrizes, como o Audi Quattro, acabou quatro anos depois com o Lancia Delta S4, o Ford RS200 ou o Peugeot 205 Turbo e os acidentes em Portugal e na Córsega, este último matando Henri Toivonen e o seu navegador, Sergio Cresto.

São quinze minutos de adrenalina para ver, que vale a pena.

Noticias: W-Series revela lista de 55 candidatas

Já existe uma lista de candidatas para os 18 lugares que a W Series irá ter na sua temporada inaugural. A lista, divulgada pela FIA, mostra 55 mulheres piloto, vindas de várias categorias e com idades entre os 17 e os 32 anos. 

Os destaques são as britânicas Jamie Chadwick, Alice Powell e Sarah Moore, a americana Nathalie Decker, a italiana Vicky Piria, a brasileira Bruna Tomaselli, as espanholas Marta Garcia e Carmen Jordá, a arábe Amnia Al Qubasi, a venezuelana Samin Gomez e a holandesa Beitske Visser.

Muitas vêm desde o karting até aos GT's e troféus locais, passando pela GP3 e a NASCAR. 

A competição anuncia que haverá um "shootout" em janeiro, no Red Bull Ring para escolher as 18 pilotos que farão parte da competição, que servirá de apoio à DTM, com seis jornadas duplas na Europa, a começar em Hockenheim, a 4 e 5 de maio, e a terminar em Brands Hatch, a 10 e 11 de agosto.

WRC: Dani Sordo vai fazer dez ralis em 2019

O espanhol Dani Sordo vai fazer dez ralis com a Hyundai em 2019, anunciou a marca esta quarta-feira. O programa - parcial como teve em 2018 - desta vez será um pouco mais largo, pois nesta temporada, ele participou apenas em sete ralis. Em 2019, só não irá aos ralis da Suécia, Finlândia, Gales e Austrália.

Na temporada que acabou, Sordo, de 35 anos, conseguiu dois pódios - segundo no Rali do México e terceiro no Rali da Argentina - e foi nono classificado, com 71 pontos.

Com esta definição, resta saber se Hayden Paddon irá continuar a correr pela marca coreana. Com Thierry Neuville e Andreas Mikkelsen com contrato, o neozelandês é cada vez mais o quarto piloto da marca, e não se sabe se rodará com Sordo. Se sim, o seu programa será ainda mais reduzido que foi em 2018, quando participou em sete ralis.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Noticias: Mick Schumacher na Formula 2

O filho de Michael Schumacher vai correr na Formula 2 em 2019 ao serviço da Prema Racing. Mick Schumacher, que venceu em 2018 o campeonato de Formula 3, vai subir à segunda categoria do automobilismo, depois de ter sido especulado que poderia ir para a Formula 1, ao serviço da Toro Rosso.

"Estou realmente ansioso para disputar minha próxima temporada com a Prema na Fórmula 2, um passo lógico no meu caminho desportivo, na minha opinião, porque quero melhorar ainda mais minha experiência técnica e minhas habilidades de direção", começou por dizer Schumacher.

"Para mim, foi muito claro ir para a Fórmula 2 com o Prema. Eu não posso agradecer a família Prema o suficiente pelo que conseguimos juntos como equipa, especialmente neste ano, como continuamos a nos desenvolver juntos. Também estou muito animado para conduzir os testes de Fórmula 2 em Abu Dhabi.", concluiu.

Rene Rosin, diretor da equipe de Prema, acrescentou: "Estamos orgulhosos em receber Mick em nossa operação de Fórmula 2 em 2019", começou por dizer.

"Ele é um piloto extremamente talentoso e dedicado, trabalhar com ele é um prazer e mal podemos esperar para começar essa aventura juntos. Este campeonato não é fácil devido à sua curva de aprendizado para os novatos, especialmente com a introdução do novo carro, mas achamos que Mick tem a maturidade e as habilidades necessárias para fazê-lo.", concluiu.

Schumacher Jr. vai testar entre quinta a sábado no circuito de Yas Marina, no Abu Dhabi, nos primeiros testes de pré-temporada. 

A Prema Racing tem um rico palmarés na segunda categoria ao automobilismo. Levou Pierre Gasly  - agora na Red Bull - ao título da GP2 Series em 2016 e Charles Leclerc - na Ferrari em 2019à coroa da Fórmula 2 no ano seguinte. Em 2018, terminou em quinto no campeonato de equipas este ano, com o britânico Nyck de Vries em quarto na classificação de pilotos e o indonésio Sean Gelael na 15ª posição.

O piloto do dia - Principe Bira

Esta segunda-feira, a Toro Rosso anunciou que iria receber o tailandês Alexander Albon, que aos 22 anos de idade e depois de ter sido terceiro classificado no campeonato de Formula 2 deste ano, tornava-se no terceiro piloto do sudeste asiático na Formula 1 neste século, depois do malaio Alex Yoong e do indonésio Rio Haryanto.

Contudo, a chegada de Albon quebra uma ausência de 65 anos de pilotos tailandeses na categoria máxima do automobilismo, e faz despertar a história de um membro da familia real tailandesa que, oitenta anos antes, tinha se mudado para a Europa para seguir uma longa e eclética carreira desportiva, primeiro no automobilismo e depois na vela, tendo sido um de três pilotos que foi aos Jogos Olímpicos, fossem de inverno ou de verão. Hoje, vou falar do Principe Bira.

De seu nome completo Birabongse Bhanudej Bhanubandh, nasceu a 15 de julho de 1914 em Bangkok, no então Sião - que depois seria rebatizado de Tailândia. Bira era filho do principe Bhanurangsi Savangwongse e neto do rei Mongkut, que ficou conhecido pelo musical "O Rei e Eu", na década de 50 do século passado. Bira perdeu a mãe aos doze anos e o pai aos 16, quando ele estava na Grã-Bretanha, a estudar no prestigiado Eton College.

Quando saiu de Eton, para se preparar para estudar em Cambridge, estava na guarda do principe Chula, seu primo, e entre aulas de escultura e desenho - onde conheceu a sua primeira mulher - começou a correr no Riley Imp da equipa White Mouse Racing, montado pelo seu primo. O gosto pelo automobilismo ficou de vez em Bira e em 1935 corria num ERA, conseguindo boas colocações. Dois anos depois, quando Richard Seaman foi para a Mercedes, Bira e Chula compraram os carros que Seaman corria antes, nomeadamente em Delage, e depois um Maserati. Tinha bons resultados nas provas inglesas, mas no continente europeu, não havia chances perante os alemães da Mercedes e da Auto Union.

Com o automobilismo a parar durante a II Guerra Mundial, quando o conflito acabou, em 1945, e as provas recomeçaram, no final desse ano, recomeçou a sua carreira no automobilismo, correndo com ERA e Maserati, especialmente da equipa Enrico Platé. Em 1949, na temporada europeia de Grande Prémio, Bira conseguiu um segundo lugar no GP de França e um terceiro no GP de Itália.

Em 1950, começou o campeonato do mundo de Formula 1, e a bordo de um Maserati 4CLT/48 da Enrico Platé conseguiu um quinto lugar no Mónaco e um quarto na Suíça, acabando a temporada no oitavo lugar, com cinco pontos. Continuou com os Maserati em 1951, mas apenas participou num Grande Prémio. Passando para a equipa oficial da Gordini em 1952, não alcançou resultados de relevo e no ano seguinte, foi correr três provas pela Connaught, também sem resultados. 

Em 1954, aos 40 anos de idade, e depois de ter corrido na equipa oficial da Maserati no GP da Argentina, correu o resto da temporada no Maserati 250F, mas inscrito individualmente. Foi aí que igualou o seu melhor resultado, ao ser quarto no GP de França, a mesma corrida onde os Mercedes se estrearam na Formula 1. No final de 1955, Bira pendurou o capacete.

Aí, dedicou-se a outra paixão, a vela. Em 1956, em Melbourne, começava a primeira de quatro participações e em 1960, em Roma, teve como um dos seus competidores outro ex-piloto de Formula 1, o argentino Roberto Mieres. Nessa competição pessoal, Mieres levou a melhor, sendo 17º, dois lugares mais acima de Bira. A sua última participação foi em Munique, em 1972, quando competiu na classe Tempest, terminando na 21ª e última posição.

Casado por cinco vezes e também um apaixonado pela aviação, Birabongse Bhanudej morreu em Londres na ante-véspera de Natal de 1985, aos 71 anos, vítima de ataque cardíaco no metro de Londres, onde vivia.

Noticias: Pirelli fica na Formula 1 até 2023

A FIA confirmou esta segunda-feira que a Pirelli continuará a ser fornecedora exclusiva de pneus até 2023. No concurso organizado pela FIA, houve a participação da coreana Hankook, mas no final decidiram ficar com a mesma fornecedora de pneus que está na Formula 1 desde 2011, prolongando assim para doze os anos em que ficarão na categoria máxima do automobilismo.

A Pirelli tem sido uma importante e valiosa parceira da Formula 1 desde 2011”, começou por dizer o presidente e diretor executivo, Chase Carey. “Eles são líderes em fornecer suas capacidades inovadoras. Ela é uma marca premium, uma líder global no automobilismo, e nossa duradoura parceria com eles mostra mais uma vez nosso desejo de alinhar a Formula 1 com o melhor do automobilismo. Estamos satisfeitos por termos chegado a este acordo, o que garante um futuro estável de longo prazo para um componente tão crucial para a Formula 1.”, concluiu.

Já o presidente da FIA, Jean Todt, afirmou-se satisfeito com este acordo. “Estou feliz por ter a Pirelli escolhida para mais um período como fornecedora oficial ao Campeonato Mundial de Formula 1”, começou por dizer. "Isso permitirá que todos nós aproveitemos a experiência ganha desde 2011. Sabemos o quão crucial e difícil é o papel de fornecedora de pneus, especialmente na Formula 1”, concluiu.

O vice-presidente e diretor executivo da Pirelli, Marco Tronchetti Povera, acrescentou sobre este acordo: “É uma excelente notícia que a Pirelli esteja prolongando sua parceria com a Formula 1 até 2023. Este novo acordo prolonga nossa parceria para um total de 13 temporadas na era moderna, sendo que a Pirelli também estava presente em 1950, quando o campeonato foi inaugurado.

A Formula 1 é e continuará sendo o topo do automobilismo, é o ambiente perfeito para a Pirelli, que sempre definiu esta categoria como a mais avançada [em termos de] pesquisa tecnológica e laboratório de desenvolvimento.

O novo contrato ai fazer com que até 2020 a Formula 1 tenha pneus de treze polegadas, para em 2021 subir para as 18 polegadas, algo do qual afastou outros concorrentes como a Michelin.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

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Mal ele acabou de correr em Abu Dhabi, Fernando Alonso pegou no avião e descolou rumo ao vizinho Bahrein, para fazer um teste num carro da NASCAR, o de Jimmie Johnson, numa espécie de troca com o piloto americano, que foi experimentar um McLaren em 2014. Alonso, o automobilista, a experimentar coisas novas e vai ser sempre assim no futuro. Só falta a experiência num Formula E, mas creio que isso acontecerá num futuro próximo, com a cumplicidade do seu amigo e compatriota Alejandro Agag.

Este teste acontece no mesmo dia em que se soube que Alonso correrá sob a bandeira da GM em 2019, quer nas 24 horas de Daytona, em janeiro, quer mais tarde, em maio, nas 500 Milhas de Indianápolis, ao serviço da McLaren Racing. Daytona, mais o "Brickyard" e dali a um tempo, Le Mans, vai ser a agenda que o piloto de 37 anos irá ter em 2019. E não será uma agenda leve, como muito pensam: é que no caso do Mundial de Endurance, tem compromissos com a Toyota numa super-temporada que só terminará em junho, em La Sarthe. Portanto, não são apenas três ou quatro corridas, são algumas mais.

Ao contrario de alguns, Alonso é automobilista. Ou seja, tudo que tenha quatro rodas e um volante é um desafio que vale a pena ser experimentado. São desafios para ele, que aceita e vai experimentar. É certo que a Tripla Coroa é um belo desafio, e já têm dois deles. E por causa disso, conseguiu atrair mais adeptos, que agora já não vêm mais como o egoísta dos primeiros tempos, na Renault, onde parecia ser o buraco negro que sugava a equipa à sua volta. De uma certa forma, os eventos na McLaren, desde o fracasso da associação com a Honda, o fez descer à terra, e a idade o fez também amadurecer a sua mentalidade para abrir novos horizontes. E ele já entendeu que prefere ter uma carreira longa e eclética.

Vai ser interessante seguir Alonso no ano que vêm. E tenho a certeza que imensos o irão seguir, onde quer que ele irá.

Youtube Formula 1 Video: As comunicações por rádio de Abu Dhabi

O último fim de semana do ano, em Abu Dhabi, teve alguns momentos interessantes, e o canal oficial da Formula 1 mostrou-os no seu canal do Youtube. Agora, só em 2019.

Noticias: Albon confirmado na Toro Rosso

Está confirmado: a Toro Rosso anunciou esta tarde que o tailandês Alexander Albon será o seu piloto para 2019, em substituição de Brendon Hartley. O tailandês, segundo classificado no mundial de Formula 2, correrá em 2019 ao lado do russo Daniil Kvyat.

"É uma sensação incrível saber que estou na Fórmula 1 na próxima temporada. Ao longo da minha carreira nos monolugares passei por alguns altos e baixos. Fui eliminado pela Red Bull em 2012, então já sabia que o caminho para a Fórmula 1 ia ser muito mais difícil, [mas] trabalhei muito e tentei impressionar em todas as vezes que entrei no carro. Tenho que agradecer muito à Red Bull e ao Dr. Marko por acreditar em mim e me dar uma segunda chance. Eu sempre fui louco pelo automobilismo e desde que entrei em um carro, meu sonho era estar na Fórmula 1. Receber essa oportunidade é simplesmente incrível”, disse Albon no comunicado oficial da marca.

Franz Tost comentou sobre a contratação de Albon, afirmando que ele é jovem e competitivo, e com Kvyat, fará uma excelente dupla.

"Alexander teve em 2018 uma impressionante temporada na Fórmula 2. Ele venceu quatro corridas e terminou em terceiro no campeonato. A maneira como ele é capaz de superar muitos de seus rivais nas corridas mostra que ele está pronto e amadurecido para correr na Fórmula 1. A Scuderia Toro Rosso está muito ansiosa para 2019, já que com Daniil e Alex teremos dois pilotos jovens, muito fortes e competitivos", concluiu.

Filho de pai britânico - Nigel Albon também é piloto - e mãe tailandesa, Albon, de 22 anos (nascido a 23 de março de 1996), passou pela Formula 3 europeia em 2015 e pela GP3 no ano seguinte, acabando como vice-campeão. Em 2017 passou para a Formula 2, e esta temporada, venceu quatro corridas e acabou no terceiro lugar do campeonato. Para além disso, tinha assinado pela Nissan para ser piloto de Formula E, pela e.dams, mas a Red Bull chegou-se à frente e ele teve de rescindir o contrato para concretizar o seu sonho da Formula 1.

A ascensão do "pickup" elétrico

Nos Estados Unidos, o carro mais popular é o jipe. E não é o "Jeep", mas sim o "pickup", uma combinação entre o jipe e o camião, que não só têm espaço para levar quatro ou cinco passageiros, como também têm a capacidade de levar carga numa carrinha de caixa aberta. Pickups como o Ford F150 são dos carros mais populares nos Estados Unidos, mesmo que a tendência seja os SUV's, carros que não tem mais do que uma suspensão mais alta para poder passar em todos os tipos de terreno.

Mas há um grande defeito nestes carros: quase todos são propulsionados a Diesel, um combustível que, sendo mais barato que a gasolina, é bem mais poluidor. Contudo, isso poderá estar a mudar. E não falo da Tesla, que pensa em colocar no mercado o seu pickup elétrico algures na próxima década. Outros estão a seguir o caminho. E não falo dos "big three", Ford, Chrysler e General Motors. Falo de start-ups como a Rivian, que por estes dias mostrou o seu R1T, o seu pickup elétrico que afirmam ter uma bateria com uma autonomia de 400 milhas, ou 640 quilómetros.

De acordo com a marca, o R1T acelerá dos 0 aos 100 em meros três segundos, e sete para chegar aos 160 km/hora (as cem milhas por hora), tudo numa bateria com 180 kWs de capacidade, aquela que dará os 640 quilómetros de autonomia. Mas também terá mais dois tipos de bateria, uma de 105 kWs, com uma capacidade de 230 milhas (cerca de 350 quilómetros) e outra de 135 kWs, com uma capacidade de 300 milhas (480 quilómetros). Tudo isto estará disponível a partir de finais de 2020, mediante um pagamento inicial de mil dólares, pois o pickup custará cerca de 61.500 dólares. 

É óbvio que no papel, as coisas são muito boas, e o pickup parece ter bom aspecto. Mas como diz o artigo na Road and Track, uma startup automobilistica construir e colocar o seu produto no mercado é uma tarefa difícil, senão monstruosa.

"[Construir um automóvel] é difícil. Há uma razão pela qual as montadoras iniciantes têm uma taxa de sucesso baixa. As barreiras à entrada na indústria automobilística são enormes e, como a Tesla demonstrou, projetar e projetar um veículo atraente é apenas o começo de uma batalha que se torna muito mais complexa à medida que a produção aumenta.

A Rivian terá sucesso? Nós vamos ter de esperar para ver. No mínimo, o R1T é um exercício impressionante, demonstrando as vantagens de design de uma plataforma EV num segmento automóvel que demora a adaptar-se à propulsão elétrica", escreve a revista acerca do Rivian.

É verdade. Não há neste momento qualquer pickup elétrico à venda neste momento nos Estados Unidos. Nem um para amostra, daqueles luxuosos, elitistas e caros como muitas das vezes existem. Há o Modelo X da Tesla, mas é mais um SUV de classe alta do que outra coisa. E estão mais concentrados no modelo 3, que agora começa a ser o sucesso de vendas que todos desejavam. Só em 2018, já vendeu 58 mil unidades e há quem aposte que será o carro mais vendido nos Estados Unidos em 2019, altura em que começará a ser vendido na China e na Europa, onde também há muita procura desse carro.

Mas como já foi dito acima, a Tesla é neste momento um caso isolado. Há as marcas na China que estão a aparecer - NIO, BYD, entre outras - mas estão dez anos atrasadas em relação à companhia de Elon Musk. E outros projetos como a Lucid e a Faraday Future, andam aos soluços, e no caso da Faraday, está falida. Mas os elétricos vendem-se e a prova disso é a quota de mercado que ganham ano após ano. 2018 ainda não acabou e já bateu recordes de vendas, e muitos presumem que 2019 será ainda melhor.

Quanto aos pickups elétricos, há muitos projetos que ainda estão a ser desenvolvidos, como a Bollinger, por exemplo. O potencial está lá, pois se aparecer um ou mais desses modelos à venda, e vencer as resistências e relutâncias, poderá fazer com que os carros movidos a electricidade seja algo irreversível, dentro de cinco anos. 

Noticias: Florsch teve alta do hospital

A piloto alemã Sophia Florsch teve esta segunda-feira alta do hospital e prepara-se para regressar à Alemanha, uma semana depois do seu acidente durante a prova de formula 3 em Macau. Numa conferência de imprensa realizada esta manhã na Europa - final de tarde em Macau - a piloto de 17 anos agradeceu o apoio médico local e voltou a afirmar que espera recuperar a tempo de regressar na próxima edição. 

Tive muita sorte. Primeiro, em ter os doutores Lau [Wai Lit] e Chan [Hong Mou] como cirurgiões. Fizeram um excelente trabalho no pescoço e na minha anca. Estou muito grata por estar aqui e ter uma boa recuperação. Estou a andar. Tenho que trabalhar nos próximos meses, mas, de certeza, voltarei a competir aqui no próximo ano”, afirmou.

Lau Wai Lit, chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital São Januário, em Macau, afirmou na conferência de imprensa que Floersch está a recuperar bem da operação e vai voltar a competir, se assim o desejar. 

Depois da cirurgia teve uma boa recuperação. Já pode andar por si própria, mas a coluna ainda necessita de tempo para recuperar. Vai demorar alguns meses, mas não vai afectar a forma como andará no futuro”, declarou, reforçada pelas declarações do outro médico, o ortopedista Chan Hong Mou, que disse dentro de um ano, ela poderá voltar a competir.

Necessita tempo para a recuperação. Provavelmente seis meses. Depois de um ano já pode voltar às pistas e proponho que faça terapia para que a coluna recupere melhor.

Entretanto, a organização atualizou a situação clinica dos outros afetados pelo acidente. O comissário de pista acabou por ter alta na sexta-feira passada, enquanto que o fotógrafo chinês, que sofreu uma laceração do fígado, continua internado, mas muito em breve deverá receber alta. Os outros dois feridos, entre eles o japonês Sho Tsuboi, já tiveram alta no dia seguinte à corrida, depois de um período de observação. 

domingo, 25 de novembro de 2018

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A coisa boa da última corrida da temporada em Abu Dhabi é a festa que acontece depois da bandeira de xadrez. Até parece que esperamos quase duas horas de uma chatice chamada Grande Prémio para acontecer... brincadeira.

Mas... como cantava Chico Buarque, "foi bonita a festa, pá!" quando vimos Lewis Hamilton e Sebastian Vettel a fazer guarda de honra a Fernando Alonso, que se despedia da Formula 1 - temporáriamente, como todos esperam. Fazer isso e depois os três pilotos - Alonso, Hamilton e Vettel - fazerem "donuts" na reta da meta, para deleite de todos na tribuna e os que viram isso na televisão... excepto no Brasil, onde a Rede Globo, aparentemente, passou logo para o futebol, privando algumas dezenas de milhões de pessoas de assistir ao espectáculo. Apenas puderam ver depois no Youtube...

Mas ao longo deste fim de semana, foi óbvia a homenagem ao piloto das Asturias. Apesar dos bons e maus momentos, no fundo, no fundo, sabiam da sua importância e até que ponto ele foi dos mais importantes pilotos da sua geração. E agora que deseja ser um piloto eclético - correr na Endurance e nas 500 Milhas de Indianápolis - há quem o admire ainda mais, porque de uma certa forma, é uma ideia que parecia estar em extinção.

É evidente que poderá regressar em 2020 ou 2021, caso a McLaren fizer um bom chassis. Mas se não, sempre pode tentar outros lados para prestigiar a sua carreira. Mas hoje, e ao longo do fim de semana, a Formula 1 não esqueceu aquilo que fez ao longo de dezassete temporadas.

Regressos, mas não de campeões (parte 4)

Todos sabem sobre o regresso de Robert Kubica à Formula 1 em 2019, depois de oito anos depois de ausência. O seu acidente no Rali Ronda di Andora, em fevereiro de 2011, com um Skoda Fabia S2000, causou-lhe graves lacerações no braço direito e na perna direita, e também fez interromper uma carreira que se pensava ser de ascensão até ao topo. Desde 2006 na Formula 1, com passagens pela BMW Sauber e Renault, teve uma vitória no GP do Canadá de 2008, e tinha feito 136 pontos e três pódios, na temporada de 2010, sendo oitavo classificado na geral.

Contudo, como já tem lido nos últimos dias, o regresso de Kubica não é o único, nem a distância entre Grandes Prémios é a maior de sempre da Formula 1. Muitos outros pilotos já voltaram à Formula 1 depois de algum tempo de ausência, e nem todos foram bem sucedidos. Já vimos por aqui os regressos de campeões do mundo (Niki Lauda, Alan Jones, Kimi Raikkonen, Michael Schumacher são alguns), mas também existe uma boa quantidade de pilotos com carreira no automobilismo que voltaram após algum tempo de ausência. 

Nesta quarta e última parte - por agora - vou falar de mais cinco exemplos de pilotos que voltaram depois de algum tempo, com resultados diferentes. A alguns, valeu a pena, mas a outros... foi mais vergonhoso do que outra coisa.


16 - Alexander Wurz (2005 e 2007)


O austríaco Alexander Wurz teve uma carreira eclética no automobilismo, especialmente na Endurance, onde foi duas vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans, por exemplo. Entre 1997 e 2000, ele esteve na Benetton, onde conseguiu um pódio e uma volta mais rápida, tendo como melhor resultado o oitavo lugar em 1998, com 17 pontos.

Contudo, no final do ano 2000, ficou sem lugar na Formula 1 como piloto titular, e decidiu aceitar a proposta para ser piloto de testes da McLaren, lugar onde estava em 2005 quando Juan Pablo Montoya se lesionou a andar de moto. Para as duas corridas no qual o colombiano iria se ausentar, a McLaren chamou os seus pilotos de teste para o lugar: Pedro De La Rosa no Bahrein, Wurz em San Marino. E ali, o austríaco conseguiu o seu segundo pódio da sua carreira, depois de Jenson Button ter sido desclassificado. Com o regresso de Montoya, ambos voltaram a ser pilotos de testes.

Em 2007, a Williams pediu a ele para que fosse piloto titular, dando experiencia à equipa ao lado de Nico Rosberg. Já estava na equipa desde 2006, também como piloto de testes, e a ocasião até foi relativamente bem aproveitada, com o seu terceiro e último pódio da sua carreira no Canadá, e quase alcançou outro pódio no GP da Europa, em Nurburgring, mas Mark Webber levou a melhor.

No final dessa temporada, Wurz retirou-se da Formula 1, mas não do automobilismo, com uma longa carreira na Endurance, primeiro pela Peugeot, depois pela Toyota, até 2015, altura em que pendurou de vez o capacete. Atualmente, é o presidente da GPDA, Grand Prix Drivers Association.


17 - Pedro de la Rosa (2005, 2006, 2010 e 2012)


O piloto espanhol, atualmente com 47 anos (nasceu a 24 de fevereiro de 1971) teve uma carreira longa e com muitas interrupções, quase parecendo um super-substituto, aparecendo sempre para o lugar de alguém ou a salvar determinada equipa com a sua qualidade. E andou num carro de Formula 1 até aos 41 anos.

Correndo entre 1999 e 2002 na Arrows e Jaguar, conseguiu apenas seis pontos, e no final desse ano, acabou por perder o lugar para Mark Webber. Sem lugar como piloto titular, foi para a McLaren como piloto de testes, onde em 2005 e 2006, teve duas chances para mostrar o seu talento... por causa de um piloto. 

Como já leram em cima, quando Juan Pablo Montoya se lesionou em 2005, falhando duas corridas, De La Rosa foi correr no GP do Bahrein, acabando no quinto posto e fazendo a volta mais rápida. Regressando ao estatuto anterior, no ano seguinte voltou à ribalta por causa de Montoya, que a meio do ano resolveu sair da equipa. Entre chamar antecipadamente Lewis Hamilton para o posto de titular e apostar no seguro, com o piloto espanhol, escolheu a segunda parte, correndo nas oito provas finais, com um segundo lugar na Hungria e dezanove pontos.

Continuou a ser piloto de testes na McLaren até ao final de 2009, altura em que a Sauber o chamou para ser piloto titular na temporada de 2010, ao lado do japonês Kamui Kobayashi. Contudo, apenas um sétimo lugar em Budapeste foi o melhor que conseguiu e foi substitudo por Nick Heidfeld para as cinco últimas provas dessa temporada.

Ainda voltou em 2011, para correr o GP do Canadá, no lugar de um adoentado Sergio Perez, mas em 2012 fez uma última temporada ao serviço da Hispania, sem resultados de relevo. 


18 - Luca Badoer (1995, 1999 e 2009)


A história de Luca Badoer como substituto na Formula 1 vale a pena ser contada. Não só bateu um recorde entre corridas de quase dez anos, como a sua passagem pela Ferrari foi um vexame completo. E por aquilo que fez na sua carreira antes de chegar à Formula 1, não merecia.

Campeão da Formula 3000 em 1992, foi para a Scuderia Itália no ano seguinte, para partilhar com Michele Alboreto a última fila da grelha. Ficou sem lugar em 1994 para no ano seguinte correr pela Minardi, onde foi batido constantemente por Pierluigi Martini e por Pedro Lamy. Depois, uma passagem de meio ano pela Forti até ir para os GT's, para ser de novo chamado pela Minardi para correr na temporada de 1999, altura em que já era piloto de testes da Ferrari. O seu choro compulsivo ao lado do seu carro no GP da Europa de 1999, quando ia a caminho de um quarto lugar certo nessa prova, comoveu o mundo automobilístico. 

Ainda nesse ano, houve uma chance para substituir Michael Schumacher quando este se lesionou na perna direita no GP da Grã-Bretanha, mas a Scuderia preferiu por Mika Salo - e chegou a pedir a Jean Alesi para que voltasse, mas ele recusou - e ele ficou na Minardi, antes de no ano 2000 se dedicar à função de piloto de testes.

Contudo, nove anos depois, aos 38 anos de idade, a Ferrari estava de novo numa situação aflitiva. Felipe Massa tinha levado com uma mola no capacete e ficou fora de combate para o resto da temporada, e tinha de se arranjar um substituto. Michael Schumacher foi considerado, mas ele estava a recuperar de uma lesão, logo, Badoer foi o escolhido, como forma de recompensa pelos serviços na equipa de Maranello. 

Mas... foi um desastre. Em Valencia estava três segundos mais lento que o resto do pelotão e acabou a corrida na 17ª posição, e em Spa, foi apenas 14º, atrapalhando mais que ajudando. Acabou por ser substituido por Giancarlo Fisichella em Monza, ficando até ao final da temporada. Badoer reformou-se em 2010.


19 - Bruno Senna (2011)


O sobrinho do mítico Ayrton Senna teve uma estreia pela "porta dos fundos" através da Hispania, em 2010. Depois, ficou de fora da Formula 1 até que a meio de 2011, a Lotus o chamou para ser piloto titular no lugar de Nick Heidfeld. Contudo, apesar de pegar no carro a partir do GP da Bélgica, apenas um nono lugar foi o seu melhor resultado.

Foi o suficiente para em 2012 ter sido piloto titular na Williams, conseguindo uma volta mais rápida e 31 pontos, mas não o suficiente para continuar. Depois da Formula 1, passou pela Endurance e Formula E, pela Mahindra.


20 - Romain Grosjean (2012)


A carreira de Romain Grosjean na Formula 1 poderia ter acabado logo no seu primeiro Grande Prémio, em 2009. Chamado à Renault depois do despedimento de Nelson Piquet Jr, a passagem foi um desastre. Na segunda corrida da sua carreira, em Spa-Francochamps, causa uma carambola na travagem para Les Combes, obrigando à interrupção da prova. Sem pontuar nesse ano, praticamente é descartado, acabando no ano seguinte a fazer a... AutoGP, acabando por vencer. 

A Lotus-Renault, contudo, não o esqueceu. Terceiro piloto em 2011, foi titular em 2012, onde quando domava a sua impulsividade, acabava em lugares pontuáveis ou de pódio. Até chegar o GP da Bélgica desse ano, onde causou nova carambola, desta vez nos primeiros metros, em La Source. A FIA foi implacável e suspendeu-o por uma corrida.

Depois disso, tornou-se num piloto mais consistente, mas com uma ou outra polémica de vez em quando. Atualmente, está na Haas, depois de ter corrido na Lotus até  ao final da temporada de 2015.

Formula 1 2018 - Ronda 21, Abu Dhabi (Corrida)

Abu Dhabi só tem toda esta importância por ser a última corrida do ano. Como para ter esse privilégio, teve de pagar muito a Bernie Ecclestone - há sempre um extra por ser a primeira e a última corrida do ano - ter este lugar na península arábica só se justifica pelo tamanho da mala cheia de dinheiro que eles pagam para ter esta corrida. E claro, com isso, há mais: afinal de contas, são as últimas corridas de pessoal como Fernando Alonso ou Marcus Ericsson. Ninguém pendurará o capacete, muitos transferem-se de equipa, outros vão tentar a sua sorte noutras paragens - o sueco Ericsson vai para a IndyCar, e o belga Stoffel Vandoorne para a Formula E, por exemplo - e é por isso que esta corrida acaba por ter a sua importância.

A expectativa, depois do que aconteceu na qualificação de ontem, era que Lewis Hamilton iria dominar a seu bel-prazer. E se Valtteri Bottas andasse ao ritmo do seu companheiro de equipa, se calhar poderia haver ordem de equipa. Era uma chance. Mas a corrida começou com agitação. Não na frente, mas sim a meio do pelotão.

Apagadas as luzes - depois de Will Smith ter agitado a grelha antes da volta de aquecimento - a partida correu bem para os da frente, mas quando Romain Grosjean e Nico Hulkenberg disputavam o sétimo posto, ambos tocaram-se, com o piloto da Renault a voar e a acabar de cabeça para baixo. Safety Car lançado e os comissários a fazerem força para tirar o alemão do seu carro, pois estava preso. Passado pelo centro médico, ele não teve nada de especial.

A corrida recomeçou pouco depois e na sétima volta, o motor de Kimi Raikkonen calou-se, antecipando o final da carreira do finlandês na Ferrari. O Safety Car Virtual foi acionado para tirar o carro da pista, enquanto Lewis Hamilton aproveitava a ocasião para ir às boxes e trocar de pneus. Foi a sua única passagem, e quando voltou à pista, era quinto, atrás de Bottas, Vettel e dos Red Bull.

Após isso, a corrida recomeçou e estava a instalar a habitual modorra que acompanha esta prova quando por alturas da volta vinte... começava-se a ouvir relatos de chuva! Incrível, não é? Chuva no deserto, e parecia que isso iria acontecer. Os avisos das boxes aos pilotos provavelmente traziam alguma incredulidade, mas em poucos minutos, as gotas de chuva na noite começavam a cair na pista.

Mas se as expectativas eram altas, na realidade, não choveu. Ou se choveu, o impacto foi nulo.

Ricciardo manteve-se na frente até à volta 33, quando foi às boxes meter supermoles, caindo para quinto. Hamilton voltava para a liderança, com Bottas a cometer um erro e Vettel aproveitou para o ultrapassar e ficar com o segundo posto. E o finlandês era agora pressionado por Max Verstappen... a luta entre o holandês e o finlandês aconteceu na volta 38 e de forma musculada, o Red Bull passou-o. Duas voltas depois, foi a vez de Ricciardo passar o piloto da Mercedes. Preocupados, a Mercedes optou por trazer Bottas às boxes na volta 41, para trocar de pneus. 

Mais drama na volta 46, quando Esteban Ocon teve problemas no seu carro, rumando para as boxes e abandonar a corrida, interrompendo antecipadamente a carreira. E quase a seguir, a mesma coisa acontecia a Pierre Gasly, encostando o seu Toro Rosso à berma e ficando por ali.

Até ao final, nada de especial. Lewis Hamilton vencia pela 11ª vez no ano, com Sebastian Vettel e um Max Verstappen em alta a acompanhá-lo no pódio. Para final de festa, todos festejaram com "donuts" para deleite dos que lá foram: Hamilton, Vettel, e Alonso, depois dos dois primeiros terem feito escolta na volta de descontracção, apesar do espanhol não ter conseguido pontuar. Mas não importava: era o final de uma era na Formula 1 que terminava ali. 

Próxima temporada tem mais, e até lá teremos muita coisa automobilística para ver: Dakar, Daytona, Monte Carlo, Formula E... não compensa muito, para muita gente, é verdade, mas há automobilismo para além da Formula 1.