Depois de ter colocado aqui na quinta-feira o meu post com as fotografias da sua volta com o Aston Martin de 1922 que participou no GP de França desse ano, eis aqui um video dessa volta, com Sebastian Vettel a falar sobre a participação da marca nessa prova, o que foi esse carro e uma amostra do qual a Sky Sports irá fazer de forma mais desenvolvida, com chapéus a voar e tudo...
sábado, 23 de julho de 2022
W Series: Chadwick triunfa em Paul Ricard
Na partida, Martí largou lenta, suficiente para ser passada por Chadwick e ficar atrás da neerlandesa, mas mais atrás, havia confusão, com Marta Garcia e Belén Garcia - sem relação de parentesco - se envolviam num toque que sobrara para Abbie Eaton, que acabou no ar, e provocou a entrada do Safety Car. A corrida recomeçou depois de seis minutos de neutralização.
No recomeço, Visser continuava na frente, com Chadwick a pressionar, mas pouco tempo depois, o Safety Car entrava em ação quando os carros de Chloe Chambers e Emily de Heus tocaram-se, com a americana a sofrer danos fatais para a sua corrida. De Heus acabou por ir às boxes para cumprir uma penalização de 10 segundos.
Novo recomeço, a 13 minutos do final, e Visser aguentou o que pode o ataque de Chadwick, mas foi inútil: a britânica passou-a e ficou com o comando, enquanto a neerlandesa começou a ser pressionada pelas espanholas. Chadwick afastou-se do pelotão, fazendo a volta mais rápida pelo caminho.
No final, Chadwick teve a companhia das espanholas Belén Garcia e Nerea Martí, com Visser a cair para quarta, depois de ter saído de pista na curva 11, perdendo o seu lugar no pódio. Kimilainen ficou fora dos pontos, na 12ª posição.
Na geral, Chadwick tem agora 125 pontos, contra os 55 de Abbi Pulling, a segunda classificada, e os 53 de Beitske Visser, a terceira. A W Series continua na semana que vêm, em Budapeste, na Hungria.
Formula 1 2022 - Ronda 12, Le Castelet (Qualificação)
E a segunda noticia era que, em pleno julho, o pino do calor, a Formula 1 poderia correr debaixo de temperaturas próximas dos 40 graus, o que faria esta corrida das mais quentes da sua história.
Apesar disto tudo, máquinas e pilotos prepararam-se para mais um fim de semana onde depois de se ter visto o que foi feito nas sessões de treinos livres, parecia que a Ferrari era um pouco mais favorita que o normal. E para apimentar mais as coisas, Carlos Sainz Jr, por causa do seu motor queimado na Áustria, e subsequente mudança de componentes, iria ser penalizado na grelha.
Como seria de esperar, não estava fresco: o asfalto escaldava - 55ºC à hora das máquinas rolarem na pista - e a pista encheu logo para que se marcassem os primeiros tempos. Gasly foi o primeiro a meter tempo, mas Leclerc beio o que interessava, colocando 1.31,727 no cromómetro, 162 centésimos na frente do Red Bull do Max.
Na parte final, Mick Schumacher marcou um tempo que o colocaria na Q2, mas os comissários viram que ele tinha pisado os limites e apagaram o registo, colocando-o no lado dos eliminados para a segunda parte da qualificação, o que aborreceu a Haas, que já tinha de aturar a penalização de KMagnussen, por ter trocado de componentes no seu carro e iria parir da última fila da grelha. Nos instantes finais, houve "frisson" quando o Williams de Alex Albon fez um pião, mas continuou.
No final da Q1 ficaram de fora o Aston Martin de Lance Stroll, os Williams de Nicholas Latiffi, o Alfa Romeo de Zhou, o Haas de Mick Schumacher e o Alpha Tauri de Pierre Gasly. Mas como provavelmente KMag e Sainz Jr poderão partir da última fila amanhã, toda esta gente ganhará dois lugares na grelha.
A Q2 iniciou-se pouco depois, com Charles Leclerc a mandar, marcando 1.32,587, antes de Checo Perez ter marcado 1.32,120. E logo a seguir, Max marcou 1.31,990, ambos com moles novos. Norris era quarto, com 1.32,777, antes de Sainz Jr conseguir uma volta-canhão no seu Ferrari, com 1.31,081. Pouco depois, nas voltas finais da Q2, Leclerc seguiu-o, 135 centésimos mais lento.
Entre os eliminados, ficaram o McLaren de Ricciardo, o Alfa de Bottas, o Aston Martin de Vettel e o Williams de Albon. E nos que tinham passado para a Q3, a grande surpresa era a passagem do Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e o Haas de KMag, apesar de toda a gente saber que largará da última fila, como o espanhol da Ferrari.
Leclerc marcou o seu primeiro tempo, com 1.31,209, 8 milésimos mais rápido que Max, com Checo em terceiro a 431 milésimos. E ambos deixavam os Mercedes de Russell e Hamilton a... 1,4 segundos. Definitivamente, estavam noutra galáxia. Contudo, se achavam que esta foi a ocasião onde eles marcaram os seus melhores tempos... enganem-se, porque depois, na fase final, eles foram melhorados, quando Leclerc obteve 1.30,872, enquanto Norris, que conseguiu colocar o seu McLaren entre os carros da Mercedes. Assim, a pole ficou para Leclerc, com Max e Checo logo atrás, porque, como se sabe, Sainz Jr amanhã largará do fundo.
sexta-feira, 22 de julho de 2022
A imagem do dia
Uma dessas marcas era a BMC, British Motor Corporation, que desde 1959 fabricava o Mini, um carrinho idealizado por Alec Issigonis para a estrada, com um motor pequeno e economicamente eficiente. O carro era um sucesso de vendas, mas em 1961, John Cooper, da marca que tinha construído e competido vitoriosamente na Formula 1, com Jack Brabham, achou que o carro tinha potencial vencedor e decidiu preparar esse carro ágil com um motor mais potente e alimentado, de um litro, suficiente para ficar a par de carros mais potentes.
Em 1964, a Mini alinhou com três carros para a prova, a contar para o Europeu de ralis. Dois deles seriam conduzidos por finlandeses, Raulo Aaltonen e Timo Makinen, e o terceiro seria guiado pelo norte-irlandês Paddy Hopkirk, navegado por Henry Liddon. Partindo de diversos pontos da Europa - Hopkirk e os seus companheiros largaram de Minsk, na então União Soviética - chegavam aos Alpes onde cumpriam uma série de especiais culminando com uma passagem por Monte Carlo, no percurso que a Formula 1 faria na primavera. O Mini Cooper já era um carro ágil e começava a ter resultados nas pistas, mas ainda não tinha tido a vitória neste rali.
O rali foi um duelo entre Hopkirk e o mais potente Ford Falcon guiado pelo sueco Bo Ljungfeldt. No final, decidiu-se no Col de Turini, no dia seguinte à queda de neve no local, onde as condições requeriam mais cautela. Com um carro pequeno, mas ágil, o Mini conseguiu a vantagem decisiva para triunfar, algo improvável pelo seu tamanho, mas todos entenderam que os vencedores não se mediam aos palmos.
Anos depois, Hopkirk falou sobre o carro e aquilo que gostava dele:
"O Mini era um automóvel muito avançado. Sua tração dianteira e o motor transversal na frente apresentavam vantagens significativas, assim como o fato de que o carro era pequeno, já que as estradas tinham muitas curvas e eram estreitas".
O primeiro triunfo da Mini em Monte Carlo, e o facto de o vencedor ser britânico catapultou-o para a fama. O primeiro-ministro de então, Alec Douglas-Home, e os membros dos The Beatles mandaram-lhe telegramas de parabéns, a cidade de Belfast deu-lhe as chaves da cidade, e apareceu na televisão com o seu carro, o número 37 na carenagem e a sua matrícula, o 37 FJB, tinha entrado na imaginação dos britânicos.
Mas por essa altura, Hopkirk, então com 30 anos, já tinha uma carreira de piloto de ralis atrás de si. Começara nos "hillclimbs" em 1953 num Fusca, depois de algum tempo a trabalhar nas oficinas da marca alemã, apaixonado pelo automobilismo. Os ralis surgiram em 1955, primeiro pela Triumph, depois, para a Hillman, em 1959. Ganhara o Circuit of Ireland em 1961 e 1962, mas mudara-se para a BMC em 1963, após ter experimentado um Austin-Healey guiado por Pat Moss, a irmã de Stirling Moss. Os Minis surgiram mais tarde, e ele tinha sido terceiro no Tour de France Automoblie desse ano, atrás apenas de dois Jaguares de 3.8 litros.
Depois de Monte Carlo, o seu maior feito não foi uma vitória. Foi um gesto solidário para salvar vidas. Em 1968, no Londres-Sydney, na penúltima etapa do rali, Hopkirk liderava quando assistiu à sua frente ao acidente que envolveu o Citroen DS guiado por Lucien Bianchi e navegado por Jean-Claude Ogier. Ele e o seu navegador, Tony Nash, tinham visto a colisão com outro carro, e correram para os destroços para tirar os passageiros, antes do carro começasse a pegar fogo. O gesto custou-lhes a liderança e a vitória no rali - acabaram em segundo, atrás do vencedor, o escocês Andrew Cowan - mas o gesto valeu-lhes um prémio de fair-play.
Hopkirk retirou-se no final de 1970, montou um negócio de acessórios para automóveis com o seu nome e tornou-se dirigente do British Racing Drivers Club. Ajudou em 2011 no projeto da Mini quando regressaram ao WRC, pouco depois de ter entrado no Rally Hall of Fame, na Finlândia, ao lado de Makinen, Aaltonen e o sueco Erik Carlsson.
Paddy Hopkirk morreu esta quinta-feira, aos 89 anos. Ars longa, vita brevis.
Youtube Formula 1 Video: A rivalidade Lauda-Hunt, por Josh Revell
Que "Rush" é um excelente filme, isso já todos sabemos. Quase uma década depois de ser estreado, a história da rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt, realizada por Ron Howard e com Daniel Bruhl como Lauda e Chris Hemsworth como Hunt ainda é considerada com um excelente filme para os apreciadores do automobilismo, mesmo que agora já tenham aparecido outras boas peliculas, como por exemplo, "Ford vs Ferrari" e agora, estejam a fazer outros sobre Enzo Ferrari, por exemplo.
Contudo, quando hoje o Josh Revell decidiu fazer este vídeo sobre a rivalidade entre ambos, partido da base do filme e a realidade da temporada de 1976, fiquei com expectativa do que aí vinha. E não fiquei desiludido.
quinta-feira, 21 de julho de 2022
A(s) image(ns) do dia
Sebastian Vettel decidiu aproveitar o fim de semana do GP de França para celebrar o centenário da Aston Martin, sentando-se no primeiro carro de competição da marca, tendo a seu lado Johnny Herbert, outro ex-piloto e agora comentador na Sky Sports.
Não é a primeira vez que o piloto de 35 anos está a fazer isto. Há três semanas fez a mesma coisa en Silverstone quando deu uma volta com o Williams FW14 guiado por Nigel Mansell e que lhe deu o título mundial do "brutânico". Em ambos os casos, divertiu-se com estas viagens pelo passado, porque gosta de pilotar este tipo de carros. E com a idade que ele têm, o seu gosto por clássicos é cada vez maior.
E para além disso, com ele a ter uma visão mais descontraída da vida e do automobilismo, nota-se que está a tirar prazer de conduzir, e se calhar é mais por isto que decide continuar a competir, já que a sua equipa, este ano, não está a dar os resultados que esperava.
Enfim, ele diverte-se, é o que ele gosta de fazer.
Endurance: Lamborghini anuncia seis pilotos para o WEC
“Estamos orgulhosos por anunciar Mirko e Andrea como os primeiros pilotos do programa LMDh”, disse Giorgo Sanna, o chefe da divisão de desporto motorizado da marca de Sant'Agata Bolognese. “Ambos contribuíram substancialmente para alcançar resultados históricos para a Lamborghini nas corridas GT e a sua adição ao projeto LMDh é também uma recompensa pelo seu compromisso contínuo com a família Squadra Corse. Tenho a certeza que o seu talento e experiência serão uma mais-valia para a nossa competitividade na primeira classe de endurance”, concluiu.
Bortolotti, de 32 anos, é antigo piloto da Formula 2 - campeão em 2011 - e Formula 3, e atualmente lidera o DTM, a bordo de um Lamborghini Huracan GT3 Evo, enquanto Caldarelli, também de 32 anos, correu na Formula 3, GP2, Formula Nippon e Super GT japonesa, estando agora na IMSA, guiando também em Lamborghini Huracan GT3 Evo. Ambos os pilotos serão os de desenvolvimento do chassis, antes da sua estreia em 2024.
“Estou encantado por continuar a minha viagem com a Lamborghini e por iniciar um novo e excitante capítulo nos LMDh”, começou por dizer Bortolotti. “Estou grato à Lamborghini Squadra Corse por todos os esforços postos em prática para isto acontecer e pela confiança incondicional que depositam em mim desde 2014. É uma enorme honra e responsabilidade representar a marca no topo do endurance e competir por vitórias nas provas clássicas do endurance.”
“Estou realmente feliz por fazer parte deste novo desafio da Lamborghini Squadra Corse”, disse Caldarelli. “Em 2017, quando comecei a correr pela Lamborghini, tinha o objetivo de realizar o meu sonho de infância: correr com a minha marca preferida nas provas de endurance mais prestigiadas. Tive a oportunidade de correr no Circuito de la Sarthe em 2022, ganhando ambos os heats da Road to Le Mans com o Huracan GT3, e foi realmente especial. Mal posso esperar para voltar ao volante de um LMDh: Estou entusiasmado com esta nova aventura, e farei o meu melhor para levar toda a minha experiência a este projeto e para ganhar novos e prestigiados troféus”, concluiu.
WRC: Tanak desmente rumores de retirada da Hyundai
Em declarações ao portal Motorsport.com, Tanak afirmou que "a Hyundai vai continuar, há um grande apoio da Coreia do Sul," afastando, para já, rumores de uma saída.
E tentando dar otimismo ao futuro em termos de resultados, continuou: "De certeza que todos querem muito, mas digamos que são necessárias mudanças muito diretas na estrutura geral. Estamos a trabalhar nisso, este ano será difícil, mas para o médio prazo é importante, até para o WRC, que voltemos à forma."
Do lado da marca, Julien Moncet, responsável pelo projeto do Mundial de Ralis, afirma a necessidade de mudanças a fazer no carro, mas existem limitações. Segundo os regulamentos, cada equipa apenas pode utilizar cinco jokers de evoluções nestes novos Rally1.
"Já concordamos que há elementos básicos no carro que temos de rever, alguns podem ser alterados sem jokers, mas penso que os principais necessitam de mais do que um joker," começou por afirmar o dirigente francês.
"Precisamos de tempo para isto acontecer e temos de perceber em que direção temos de ir. Esta é provavelmente a primeira pergunta que temos de fazer a nós próprios. Os pilotos queixam-se da estabilidade do carro, e há mais outras queixas, mas não são coisas fáceis de resolver. Temos muito trabalho de desenvolvimento a fazer e espero começá-lo logo que possível. E ainda temos de ver o que podemos fazer dentro dos regulamentos", acrescentou.
No campeonato de construtores, a Hyundai tem 184 pontos, contra os 246 da Toyota Gazoo Racing. O Mundial prossegue no início de agosto com o Rali da Finlândia.
quarta-feira, 20 de julho de 2022
Rumor do Dia: Troca na Haas?
Apesar de isto poder não ser impeditivo para correr, Mick poderá não estar presente as sessões de treinos-livres de sexta-feira da prova de Paul Ricard, estando, contudo, obrigado a tomar parte na sessão de treinos-livres de sábado e na qualificação. Caso contrário, o brasileiro Pietro Fittipaldi, o piloto de reserva, poderá ter de correr na pista francesa, podendo repetir o que aconteceu no final de 2020, quando substituiu o francês Romain Grosjean nas últimas duas corridas dessa temporada.
Mick Schumacher conseguiu os seus primeiros pontos da sua carreira nas duas últimas corridas, e está agora na 15ª posição da geral, agora com 12 pontos.
Formula 1: Nyck de Vries correrá na TL1 de Paul Ricard
A Mercedes revelou que Hamilton escolheu o circuito Paul Ricard como a sua sessão a falhar, enquanto a escolha de George Russell virá mais para o final do ano.
Muitos encaram esta oportunidade de De Vries como um sinal de que os Flechas de Prata querem ver o seu piloto de testes na Williams no lugar de Latifi, que até agora não conseguiu qualquer ponto nesta temporada.
terça-feira, 19 de julho de 2022
Formula 1: Verstappen deseja que Spa fique
Para o piloto neerlandês - que curiosamente, nasceu na Bélgica - Spa é a sua pista favorita, e seria uma "grande vergonha" se desaparecesse do calendário.
"Seria uma grande vergonha perder Spa. É a minha pista preferida no mundo e também com as recentes mudanças que fizeram com escapatórias", disse Verstappen, que acrescentou: "acho que é apenas uma pista incrível num carro de Fórmula 1, em qualquer carro, para ser honesto, com todas as curvas de alta velocidade e a fluidez que tem em geral."
A corrida deste ano acontecerá a 28 de agosto e o seu lugar está a ser ameaçado por lugares como Las Vegas e provavelmente, Kyalami, que recebeu esta semana uma delegação da FIA que deu recomendações para fazer as devidas obras para a tornar num circuito de Grau 1 da FIA, para poder receber a Formula 1 em 2023 ou 2024.
Noticias: Vettel critica possível saída de Spa-Francochamps do calendário
“Spa é uma pista incrível”, afirma o quatro vezes campeão do mundo. “Não conheço nenhum piloto que não goste de pilotar em Spa. Por outro lado, conheço pilotos que não gostam do circuito na Rússia – não porque seja a Rússia, mas pelo seu traçado. Seria uma pena. Não tenho voto nisto, mas o meu voto seria ir a Spa, especialmente depois do que aconteceu no ano passado”, disse o piloto alemão da Aston Martin.
No que toca à corrida cancelada no ano passado devido às condições climatéricas, Vettel acrescentou: “Temos [a corrida] este ano, mas no ano passado foi horrível. As pessoas pagaram o seu dinheiro e depois com a chuva, não houve corrida, não houve reembolso. Penso que essa foi uma das oportunidades em que precisávamos de ser maiores como desporto para agradecer aos fãs que temos”.
O GP da Bélgica de 2022 acontece no próximo dia 28 de agosto.
segunda-feira, 18 de julho de 2022
A imagem do dia
Mas antes de falar do piloto, a equipa.
A Toleman é o sonho de Ted Toleman, pertencente terceira geração de fabricantes de chassis de autocarros para a Ford. Em 1977, fundou uma equipa com Alex Hawkridge, onde começou a correr na Formula Ford 2000, antes de passar para a Formula 2. Em 1979, contrataram Rory Bryne, vindo da Royale, e no ano seguinte largaram os chassis Ralt para construir os deles. Acabaram por triunfar na Formula 2 com Derek Warwick e Brian Henton, e logo nesse ano, começaram a ter uma parceria com a Hart, um preparador de motores, liderada por Brian Hart.
Em 1981, foram para a Formula 1, e os objetivos iniciais eram modestos. Mas com uma decisão de longo alcance: pediram a Hart para que fabricasse motores Turbo. O primeiro ano não resultou em nada - aliás, em 24 entradas possíveis, qualificaram apenas por duas vezes - e em 1982, parecia que iam no mesmo caminho, apesar de Henton ter saído para a Tyrrell e no seu lugar ter vindo o italiano Teo Fabi, apesar de terem participado no GP de San Marino, onde houve o famoso boicote das equipas FOCA.
Para isso, decidiram não ir às corridas americanas de Detroit e Canadá para se concentrarem em eoluir o carro, e os resultados apareceram logo, quando Warwick conseguiu a volta mais rápida na corrida dos Países Baixos, para além de um 13º posto na grelha de partida.
Em Brands, Warwick e Fabi qualificaram-se, um atrás do outro - o britânico em 15º, o italiano uma posição atrás - e a partir dali, o britânico começou a subir posições, um atrás do outro. Parte aproveitando os desastres dos outros - como Arnoux e Patrese, à partida - parte usando o motor e as habilidades do piloto, quando chegou à volta 10, já era quarto. A meio da corrida, passara o Williams de Derek Daly e estava atrás de Didier Pironi, piloto da Ferrari e então segundo classificado. E quando o passou, na travagem para Paddock Hill Bend, os britânicos bradaram de satisfação.
Contudo, foi de curta duração. Na volta 40, quando já estava a mais de dez segundos do Ferrari do piloto francês, teve um problema no eixo do seu carro e acabou por abandonar. Mas a seguir, surgiram as perguntas: como um carro que nunca tinha feito alguma coisa andou tão à frente? Provavelmente, não teria combustível até ao fim, ou estaria muito mais leve, e faria isto tudo por patrocínios. A história dos patrocínios foi confirmada, mas só isso: o carro estava bem mais normal que julgavam. E se os materiais não fossem tão frágeis, se calhar o pódio para Warwick seria uma possibilidade.
Os carros não fariam mais grandes feitos até ao final do ano, mas a aposta no Hart valeu a pena. Nas duas temporadas que se seguiram, conseguiram 26 pontos, três pódios, duas voltas mais rápidas. E quando Brands Hatch boltou a receber o GP britânico, em 1984, Toleman e Warwick conseguiram o que não conseguiram então: subir ao pódio. Mas nesse ano, o piloto corria pela Renault, e o rapaz que subia ao pódio pela equipa de Ted Toleman era um jovem brasileiro chamado Ayrton Senna.
WRC 2022 - Rali da Estónia (Final)
Com seis especiais para terminar este rali, na zona de Tartu, o dia começou com Rovanpera ao ataque, triunfando na primeira passagem por Tartu Vald, 0,7 segundos na frente de Elfyn Evans, 1,2 sobre Adrien Formaux e três segundos exatos sobre Esapekka Lappi. Pierre-Louis Loubet teve a sua suspensão danificada e perdeu mais de um minuto e 15 segundos. No final da etapa, decidiu que o melhor seria abandonar.
Tanak triunfou na primeira passagem por Kanepi, mas acabou empatado com Rovanpera, deixando ambos o japonês Takamoto a seis segundos, no terceiro lugar. Adrien Formaux acabou por se despistar e perder 11,2 segundos na especial devido às condições do piso. Quem também se despistou foi Elfyn Evans, fazendo um pião e perdendo nove segundos. Mas o mais azarado foi Gus Greensmith, que teve um problema de transmissão e perdeu 1.48 minutos. "Não sei bem o que se passa, mas penso que tem a ver com a transmissão", queixou-se no final da especial.
Rovanpera voltou a ganhar, desta vez em Kambja, na sua primeira passagem, com dois segundos de vantagem sobre Evans, 3,7 sobre Tanak e sete segundos sobre Craig Breen. Greensmith acabou por desistir devido aos seus problemas de transmissão no seu Ford Puma, deixando o oitavo lugar.
Esapeka Lappi triunfou na segunda passagem por Tartu Vald, 0,8 segundos na frente de Adrien Formaux e 2,1 sobre Ott Tanak, com Kalle a conseguir apenas o quinto melhor tempo, 4,1 segundos atrás do vencedor, já em fase de descontração, para chegar ao fim como primeiro classificado. Lappi voltou a vencer, desta vez na segunda passagem por Kanepi, com uma vantagem de sete segundos sobre Oliver Solberg e 9,4 sobe Katsuta Takamoto, com Marco Bulacia, um dos líderes na classe Rally2, a sofrer um despiste no seu Skoda e acabar por abandonar.
Na Power Stage, Rovanpera acabou por ser o melhor... dando 22,5 segundos de avanço sobre Elfyn Evans, voando na especial. Andreas Mikkelsen foi o terceiro, a 24,7 segundos, deixando para trás gente como Esapekka Lappi, quarto a 35,5.
No final, Rovanpera estava feliz da vida com este resultado:
"Foi ótimo [vencer] mais uma vez. Graças a Jonne [Haltunnen, o seu navegador] - foi um fim de semana difícil, mas pilotamos muito bem. Obrigado à equipa e a todos que estão tornando o carro muito rápido - trabalhamos muito duro nos testes para sermos competitivos. E um obrigado ao Akio [Toyoda] - é ótimo estar na equipa e continuaremos avançando.", afirmou.
Depois dos quatro primeiros, Katsuta Takamoto foi o quinto, a 4.13,4, na frente de Esapekka Lappi, o sexto, noutro Toyota, a 4.49,1. Ele conseguiu passar na última especial o carro de Adrien Formaux, o melhor dos Ford, que foi sétimo, a 5.09,2. Andreas Mikkelsen foi o oitavo e o melhor dos Rally2, a 11.01,8 e a fechar o "top ten", ficaram os finlandeses Teemu Suninen (a 11.27,1) e Emil Lindholm (a 13.04,8).
O WRC regressa dentro de duas semanas em terras finlandesas.
domingo, 17 de julho de 2022
Formula E: Felix da Costa foi o melhor na segunda corrida de Nova Iorque
Com o "poleman" inicial penalizado - era para ser Nick Cassidy, da Envision - acabou por ser António Félix da Costa a herdar o primeiro lugar. Cassidy sairia da última linha, com a companhia de Edoardo Mortara, o líder do campeonato, e Pascal Wehrlein, que era 20º depois de ver os seus tempos apagados.
Sims atacou Felix da Costa a partir da segunda volta, enquanto atrás, Stoffel Vandoorne era terceiro, segurando o carro de Sergio Sette Câmara. Contudo, as posições mantiveram-se, especialmente entre os da frente. Já Mitch Evans, o sétimo na corrida, chegou a dar um toque quando tentava passar Jake Dennis, mas não conseguiu.
Entretanto, começavam as ativações do modo de ataque, mas apenas quando Nyck de Vries e Sergio Sette Câmara foram ao Attack Mode é que se viram os primeiros da frente a irem por lá. Na bolta seguinte, Felix da Costa e Sim foram ao Attack Mode, perdendo o comando para Vandoorne, da Mercedes. Este ainda não estava com ele ligado, contra um resto do pelotão que já tinha o modo ativado. O belga foi ao Attack Mode na volta seguinte, deixando o comando para AFC, com ele caindo para terceiro, perdendo mais um lugar para Sims.
Na frente, Felix da Costa tentava se afastar de Sims, mas isso não era suficiente, pois o britânico da Mahindra estava a ser assediado pelos Mercedes de Vandoorne e De Vries. Logo a seguir, Mitch Eans atacou e ficou com o quarto lugar, batendo Nyck de Vries.
Acabados os Attack Mode, os cinco primeiros estavam juntos, mantendo as suas posições, apesar das tentativas de ultrapassagem de Sims, que se defendia de Vandoorne. O belga acabou por passar, depois de usar o seu Fanboost, ficando com o segundo posto. Pouco depois, o piloto da Jaguar tentou passar o da Mercedes, mas fê-lo na zona suja e despistou-se de forma espetacular. Conseguiu controlar o carro, mas perdeu o contacto para o neerlandês da Mercedes.
De Vries também usou o Fanboost para tentar passar Sims, mas como aconteceu com Evans, passou pela zona suja e perdeu o rasto dos da frente. Tentou mais tarde, quando faltava oito minutos para o final, e aí foi pior, batendo no muro e caindo para quinto, passado por Evans. Sam Bird pressionou o neerlandês da Mercedes, e sabendo que estava danificado, conseguiu passá-lo, para cair a sexto. Com o passar as voltas, perdeu posições, afundando-se no pelotão.
Na parte final, os dois primeiros afastaram-se do resto do pelotão, enquanto Evans já era terceiro, passando Sims. Mas Bergne e Di Grassi bateram e impediram a passagem temporária dos carros. Acabaram por sair, e não prejudicou os dois primeiros. No final, o piloto português acabou por cortar a meta em primeiro, seguido por Vandoorne e Evans.
Festejando o triunfo, o piloto de Cascais agradeceu à equipa e aos fãs que votaram no Fanboost:
“É um bocado como o Mónaco, ganhar numa cidade tão incrível. Acabei em segundo e terceiro no passado, acabar em primeiro hoje é incrível. Adoro provar a todos que estão errados, trabalhar com o meu pessoal, continuar a melhorar e aqui estamos de novo como vencedores esta época. Obrigado à equipa e fanboost todas as corridas… adoro isto.”
A Formula E prossegue daqui a duas semanas em Londres.
Formula E: AFC faz a pole na segunda corrida de Nova Iorque
No Grupo A, Edoardo Mortara, o líder do campeonato, teve problemas na primeira parte da classificação e foi o único piloto do Grupo A a não marcar um tempo, sofrendo com os problemas da véspera, porque foi dos que estiveram envolvidos na batida. Com isso, iria largar da última fila e as suas chances de manter a liderança estavam ameaçadas.
No Grupo B, Mitch Evans acabou por ser o melhor, seguido por Felix da Costa, Vandoorne e Lotterer, enquanto entre os eliminados, estavam Lucas di Grassi. Ou seja, os Venturi partiam muito mal na grelha.
Na parte a eliminar, a partir dos quartos de final, Lotterer conseguiu bater Sette Câmara, enquanto Cassidy conseguiu superar Stoffel Vandoorne por meros dois milésimos de segundo, porque o belga cometeu um ligeiro erro. De Vries lidou com Felix da Costa, mas o português conseguiu superá-lo com 1.08,721, contra 1.08,880 do piloto neerlandês. E no quarto duelo do dia, Mitch Evans foi surpreendido com o Mahindra de Alexander Sims, por seis milésimas - 1.08,796 do britânico, 1.08,802 do neozelandês da Jaguar.
Nas meias finais, o primeiro duelo foi entre Andre Lotterer e Nick Cassidy, e nas duas passagens pela meta, o alemão da Porsche fez 1.10,420, manifestamente insuficiente por causa do erro que fizera durante a sua volta mais rápida, contra o 1.08,575 do piloto neozelandês da Envison. No segundo duelo, entre Alexandre Sims e António Felix da Costa, o piloto da DS Techeetah tinha de lidar contra o carro da Mahindra. Na primeira passagem, Sims era melhor por meros três milésimos, mas na segunda passagem, o piloto português foi bem melhor,
Na final, Cassidy estava em duelo com o piloto português, e curiosamente, o piloto neozelandês tinha nas boxes... os seus pais. 1.08,584 foi a volta de Cassidy, e foi melhor que o português, que conseguiu 1.08,751. Mas isto acabou por não contar, pois vieram as penalizações, beneficiando o português.
A prova acontecerá às 18 horas, horário de Lisboa, e terá transmissão em Portugal pela Eurosport 2 e Eleven Sports 3.
WRC 2022 - Rali da Estónia (Dia 2)
O dia de sábado continuava a estar debaixo de céu nublado e chuva, que complicava as coisas para os pilotos, por causa do piso. Elfyn Evans, que perdera o comando no final do primeiro dia, começou o segundo a triunfar, ganhando na primeira passagem por Elva, 0,6 segundos adiante de Kalle Rovanpera e 1,4 segundos sobre Ott Tanak. O finlandês reagiu, triunfando na primeira passagem por Mäeküla, 0,4 segundos na frente de Evans e Tanak a 1,6 segundos, e voltou a vencer na primeira passagem por Otepää, ganhando 4,2 segundos sobre o galês, distanciando-se na liderança. Gus Greensmith trocou de pneus, enquanto Oliver Solberg teve de parar para limpar o radiador.
A 13º especial, a primeira passagem por Neeruti, acabou com nova vitória de Rovanpera, com Evans em segundo, a 3,4, e Craig Breen, terceiro melhor, a 5,8. No final da especial, o finlandês comentou:
"Temos uma boa sensação agora no carro. De manhã não estava tão acordado como normalmente estou e não onde queria estar, mas os dois últimos foram bons. A afinação foi um pouco melhor e tive mais aderência, por isso foi bom guiar [nas especiais]."
Rovanpera entrou a tarde a ganhar, triunfando na segunda passagem por Elva, 3,3 segundos adiante de Evans e 3,8 sobre Tanak. Repetiu nas três classificativas seguintes, aumentando a vantagem para o piloto galês para 29,5 segundos.
No final do dia, na especial construída em Tartu, Adriem Formaux conseguiu andar na frente, batendo Oliber Solberg por 0,1 segundos e Ott Tanak por 0,4.
Depois dos quatro primeiros, o japonês Katsuta Takamoto é quinto, a 3.43,0, não longe de Adrien Formaux, o melhor dos Ford em sexto, a 3.53,9. Esapekka Lappi é sétimo, a 4.35,4, seguido por Pierre-Louis Loubet, noutro Ford Puma, a 6.16,4. Gus Greensmith é nono, a 7.22,9 e a fechar o "top ten" está o Skoda Fabia Rally2 de Andreas Mikkelsen, a 8.39,7.
O rali da Estónia termina neste domingo, com a realização das últimas seis especiais.