sábado, 5 de fevereiro de 2022

Youtube Formula E Video: As comunicações de Ad Diyriah

Sete dias depois da jornada dupla inicial da Formula E, eis os vídeos oficiais das corridas do final de semana saudita, onde os Mercedes de Stoffel Vandoorne e Nyck de Vries deram bem melhor que o resto da concorrência, na primeira corrida noturna do campeonato.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Os carros de combustão interna estão a caminho do desaparecimento


Pelo menos... na Noruega. Este país nórdico, pioneiro na implementação dos veículos elétricos no mundo, e com praticamente toda a sua eletricidade produzida de fontes renováveis - embora, ironicamente, seja... produtora de petróleo! - decidiu há algum tempo que deixaria de vender carros novos a combustão interna em 2025, ou seja, dentro de três anos. E vão no bom caminho, pois em 2021, mais de metade dos carros novos são elétricos.

Contudo, as vendas de janeiro deste ano mostraram algo inesperado: é que 84 por cento dos carros novos são elétricos. Ou seja, de oito mil carros novos, meros 387... tem motores a combustão. E se a tendência é esta, na primavera, eles poderão ser o primeiro país do mundo a não vender mais carros novos a gasolina ou Diesel. Dois anos e meio antes de tempo!  

E se acham que é tudo Teslas, engane-se: o carro mais vendido por lá é o BMW iX, seguido pelo Audi Q e-tron e o Hyundai Ioniq 5.

É claro, os incentivos governamentais ajudaram nisso - descontos na aquisição de um veículo elétrico, matriculas especiais que permitem, por exemplo, usar faixas especiais de circulação em estrada, para não falar de uma enorme rede de carregadores, espalhados pelo país - colaboraram muito nisso. E graças a isso, os carros elétricos triunfaram definitivamente num país onde está frio em cinco meses por ano e exporta petróleo, guardando os seus lucros num fundo soberano estatal que é o mais rico do mundo, estimado em mais de um trilião de dólares.

E se a Noruega é um exemplo que demorou quase 15 anos a fazer a transição energética, as outras nações não andam longe. Ontem, soube-se que na Grã-Bretanha, em 2021, apenas cinco por cento dos carros novos a circularem na estrada eram a Diesel, ou seja, em 2022, poderá ser o último ano em que se vende um carro deste tipo, e com aumentos da quota de elétricos um pouco por toda a Europa ocidental - mesmo no meio da pandemia, as vendas de carros elétricos aumentaram! - e com mais e mais modelos a aparecer na estrada, das diversas marcas, parece que as construtoras irão fazer a transição energética mais rapidamente que as metas propostas por organismos como a União Europeia. 

E mesmo em Portugal, onde em 2021 as vendas de carros elétricos representaram uma quota superior a 10 por cento, com modelos com maior autonomia - entre 300 a 500 km, em média, e a tendência é aumentar - mostra-se que, em termos de transportes, é possível.

Apesar dos problemas que aparecem de quando em quando - estrangulamentos nas linhas de montagem devido à falta de chips e baterias - e de algumas questões que estão a ser levantadas - exploração de lítio, reciclagem das baterias mais antigas, as mais novas tem uma média de 20 anos de duração - o público tende a acolher bem os carros elétricos. Recentemente, um inquérito afirmou que mais de 70 por cento das pessoas pretende comprar um carro elétrico quando for a altura de trocar o seu automóvel.

Regressando a ares noruegueses... parece ser irónico que um país cujos carros sejam elétricos exporte gasolina para outros lados. Mas à medida que o tempo passa e a transição acontece, provavelmente não haverá tanta necessidade. O petróleo não serve só para ser refinado e transformado em gasolina para automóveis. Muitos dos carros elétricos tem componentes de plástico. Que é... um derivado do petróleo. E a transição energética nos navios e aviões anda um pouco mais atrasada, diga-se. Logo, o governo local ainda lucrará durante mais uns tempos com o sumo de dinossauro...  

WRC: Pierre-Louis Loubet correrá num Ford Puma Rally1


Um quarto piloto se juntará à equipa oficial da Ford para 2022. Ao lado de Craig Breen, Gus Greensmith e Adrian Formaux, outro francês, Pierre-Louis Loubet, de 24 anos, filho de Yves Loubet, andará num Ford Puma por sete provas do WRC nesta temporada, a começar na Croácia, em abril.

Para além do rali croata, Loubet participará Portugal, Sardenha, Estónia, Finlândia, Acrópole e Catalunha. A Finlândia poderá vir a ser substituída pelo rali do WRC marcado para Agosto, em asfalto, mas ainda sem localização definida. Acredita-se que esse lugar possa ser preenchido por Ypres, na Bélgica.

Com a confirmação de Loubet, haverá quatro pilotos oficiais na marca da oval, mas a M-Sport confirmou que está a fazer mais chassis para entregar a privados, sendo o primeiro o italiano Lorenzo Bertelli, que correrá num Puma Rally1 na Suécia, no final do mês. 

O piloto francês, campeão na classe Rally2 em 2019, tem como melhor resultado dois sétimos lugares, o último dos quais em 2021 no rali da Estónia, ao volante de um Hyundai i20 WRC. 

Apresentações 2022 (1): o Haas VF-22


A Haas, equipa que ficou no último lugar no campeonato de Construtores, sem conquistar qualquer ponto, decidiu ser a primeira a abrir as hostilidades em termos de apresentação de monolugares, ao ser o primeiro a mostrar - virtualmente, diga-se de passagem - o seu chassis e as suas cores para a temporada de 2022. Com os carros totalmente novos - jantes de 18 polegadas, novas asas dianteiras e traseiras, regresso do efeito-solo - tudo isto no sentido de se tentar fazer corridas mais próximas e emocionantes entre os pilotos. 

A equipa manteve os seus pilotos de 2021, o russo Nikita Mazepin e o alemão Mick Schumacher.

Quanto ao VF-22, é o resultado do novo gabinete de design da Haas em Maranello, dirigido pelo diretor técnico Simone Resta. Apesar de, aparentemente, se poder ver o carro, alguns pormenores poderão ter ficado de fora, como por exemplo, o sistema de suspensão dianteira, que ali é um "push-rod", muito convencional (‘push rod’ é quando o braço da suspensão sai da parte de baixo da roda e é ligada na parte de cima do chassis), mas na realidade, poderão ter adotado um sistema de suspensão "pull-rod", o seu contrário.


Na apresentação, Gene Haas, fundador da Haas Automation e presidente da equipa, comentou: “É aquela época do ano em que se está naturalmente otimista que o trabalho árduo e o esforço de todos traduzir-se-á numa entrada competitiva em pista. Tomámos a decisão, já em 2020, de canalizar realmente o tempo e os recursos para o VF-22, renunciando a qualquer coisa relacionada com a pista em 2021 – o que não foi fácil de ver. Esperamos que essa decisão dê frutos e que voltemos a lutar por pontos e a tirar algo dos fins de semana”.

Gunther Steiner, o diretor desportivo da equipa, afirmou estar otimista no regresso da equipa à luta pelos pontos, e logo numa temporada em que todas as equipas vão estar num processo de aprendizagem com estes chassis novos.

É excitante estar no ponto em que sabemos que o VF-22 estará em pista dentro em breve”, começou por dizer o italiano após a apresentação digital do novo monolugar. “Todos sabemos do que a equipa é capaz, já provamos isso no passado e com este novo carro – nascido de um conjunto completamente novo de regulamentos e com a nossa nova equipa de design no local – estou confiante de que podemos mostrar mais uma vez que podemos competir nos fins de semana. Tem sido um esforço tremendo para todos os envolvidos e agora vem a parte divertida de levar o novo carro para o circuito e ligar todos os elementos. A última época foi longa, mas estou confiante de que em 2022 com o VF-22 estaremos no meio do pelotão”.


Simone Resta, diretor técnico da equipa, referiu sobre a complexidade do novo chassis, mas acredita no sucesso do projeto.

Este é provavelmente o projeto mais complexo que a Uralkali Haas F1 Team lidou até à data por muitas razões”, refletiu. “É um conjunto completamente novo de regulamentos e esta época trouxemos uma nova equipa para criar o VF-22. Nem todos são novos, mas um bom número de pessoas juntou-se à estrutura. Considero isto como um grande sucesso no processo. Ainda estamos no início do projeto e a atravessar uma época de transição de trabalho juntos num carro durante um ano inteiro, mas se olharmos para trás onde começámos, esta equipa já é um sucesso”. 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Youtube Motorsport Vídeo: Alessio Deledda, o pior piloto do automobilismo?

Evidentemente, não. Mas provavelmente, das competições de acesso, é bem capaz de ser.  Alessio Deledda anda na Formula 2 e até agora não fez nada que fosse digno de registo, mas há uns tempos apareceu um vídeo onde ele aparentemente guiaria um Lamborghini a mais de 250 km/hora numa autoestrada, colocando outros condutores em perigo. 

Claro, o Josh Revell quis saber se toda esta má reputação tem algum fundamento ou é tudo treta. Na realidade, as coisas são um pouco mais... complicadas.


Drive to Survive tem nova temporada... mas sem Max


"Drive to Survive", a série do Netflix que conseguiu atrair uma horda de gente para a Formula 1, e ajudou imenso a Liberty Media para encher autódromos um pouco por todo o mundo, terá uma nova temporada, que irá estar disponível na segunda semana de março, ou seja, em cima da nova temporada. Contudo, o campeão do mundo, Max Verstappen, não vai aparecer, pelo menos como protagonista da temporada anterior.

É que para o piloto neerlandês, atual campeão do mundo, nunca alinhou muito no projeto, por achar que muito do que se assiste na série é empolado para efeitos dramáticos. E afirmou-o no final do ano passado.

Compreendo que seja preciso criar drama para aumentar a popularidade da série na América, mas, do meu lado como piloto, não gosto de fazer parte disso porque eles forjaram algumas rivalidades que nunca existiram. Por isso, decidi não fazer parte disto e não dei mais entrevistas depois disso, porque dessa forma não há nada que possam mostrar. Não sou um tipo de pessoa de espetáculo dramático, só quero que factos e coisas reais aconteçam”, disse, à Associated Press.

Noticias: Haas mostra o seu carro na sexta-feira


E subitamente, a Haas - a equipa pior classificada do pelotão de 2021 - decidiu esta quinta-feira que apresentará o seu carro de 2022... amanhã, pelas 11 da manhã. E claro, nessa apresentação, estará tudo: quer o novo chassis, quer a nova decoração. Mas isto será mais simbólico que outra coisa: o chassis só será mostrado na manhã do primeiro dia de testes, em Barcelona, a 23 de fevereiro.

Nikita Mazepin e Mick Schumacher serão os pilotos, com motor Ferrari e chassis feito na Dallara. E claro, espera-se que em 2022, as coisas corram muito melhor.

Falando no final do ano passado sobre o carro e os novos regulamentos, Gunther Steiner disse de sua justiça: “Se tivéssemos continuado com esses regulamentos, recuperar o atraso teria sido muito difícil”, começou por dizer à Autosport britânica. “Então, pelo menos, estamos começando em um campo de jogo quase nivelado. As grandes equipes sempre terão mais impulso, principalmente no início do teto orçamental, com os recursos que tinham antes. Mas estamos a nivelar tudo um pouco e, pelo menos, se você estiver um pouco direto desde o início, terá a chance de recuperar porque começamos juntos." continuou.

Mesmo se você fique para trás, você está apenas um pouco atrasado, e não um ano inteiro no desenvolvimento [do carro]. Acho que isso deve ser uma vantagem. Espero que possamos para a pista de forma decente. E então construir sobre essa base.”, concluiu.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Youtube motosport Vídeo: Crystal Palace Race, 1970

Se estivesse vivo, Roger Williamson estaria a fazer 74 anos. Em tributo ao piloto que morreu tragicamente no GP dos Países Baixos de 1973, quando efetuava a sua segunda corrida na Formula 1, a bordo do seu March, coloco aqui este vídeo de 1970, numa prova de "saloon cars" até 1000cc, no circuito de Crystal Palace, com Minis e Ford Anglias, onde Williamson dominou a seu bel-prazer do inicio até à meta.  

Youtube Formula 1 Vídeo: As mudanças no circuito de Albert Park (2)

O circuito de Albert Park, como é sabido, sofreu mudanças neste último ano para o tornar mais rápido e mais desafiante para os pilotos e mais atraente para os espectadores. E é sobre isso que a organização fez um conjunto de vídeos para explicar estas alterações. 

No segundo dos quatro vídeos, eles começam a mostrar as modificações que fizeram nas primeiras curvas. Pequenas, é certo, mas acreditam que sejam significativas. 

A história mortal de Donald Campbell


(...)

Donald, nascido a 23 de março de 1921, já tinha experiência e o "bichinho" da velocidade, especialmente depois da guerra. Com a morte do seu pai, em 1948, esperou pelo ano seguinte para tentar a sua sorte com o barco do seu pai, o Bluebird K4. Mas não só não conseguiu, mas soube que Stanley Sayres melhorou o recorde para os 257 km/hora, para além das capacidades do seu barco. 

Na altura, Campbell seguia as tentativas de velocidade de John Cobb. Ambos se davam bem, porque ele tinha sido amigo do seu pai. Em 1952, ele tinha construído o "Crusader", o primeiro barco com um motor a jato. E enquanto ele reconstruia o "Bluebird", Cobb ia para o Lago Ness, na Escócia, para bater o recorde de velocidade sobre a água. Mas a 29 de setembro desse ano, durante uma nova tentativa, o barco de Cobb desequilibra-se sobre uma onda e desfaz-se, causando a morte imediata do piloto, que fora cuspido do seu barco no impacto. 

Ali, Campbell ficou a saber que aquele poderia ser o seu destino, e que o seu pai até foi um privilegiado por ter tido uma longa vida. 

(...)

Depois da água, regressou à terra, onde outra ideia se apossou dele: ter ambos os recordes. Outro carro Bluebird foi construído, com a ajuda da Dunlop e da BP, e com a ajuda de Sir Alfred Owen, que iria ser o dono da BRM, graças à sua firma, a Rubbery Owen. Batizado de CN7, tinha um turbina e cerca de 4450 cavalos, com a esperança de alcançar 450 a 500 milhas por hora, ou... 800 km/hora. 

Pronto na primavera de 1960, e equipa foi para o lago salgado de Bonneville, no estado americano do Utah, e a ideia inicial era de chegar aos 700 km/hora nesse ano, ficar com o recorde e depois regressar em 1962, para levar o carro ao limite, ultrapassando os 800 km/hora. Pelo meio, regressaria à água e melhoraria o recorde com o outro Bluebird, e depois, quem sabe, abandonaria a competição, porque já estava perto dos 40 anos e sabia que o futuro era o jato puro e a barreira do som.

Contudo, na sua sexta tentativa, a 360 milhas por hora - cerca de 579 km/hora - perdeu o controle do carro e despistou-se. Foi hospitalizado com fratura craniana e um tímpano perfurado, mas sobreviveu para contar a história. Tinha sofrido o acidente mais rápido em terra e iria contar a história.


(...)

Para 1966, e também para arranjar publicidade para o seu projeto para o carro-foguete, Campbell regressou à água com o seu Bluebird K7. O objetivo era chegar para os 480 km/hora, ou as 300 milhas por hora, se calhar, passar dos 500 km/hora. O lugar escolhido foi Conninston Water, no Lancashire inglês, e Campbell esperava resolver a questão antes do final do ano, quando lá chegou, em setembro. Contudo, problemas no motor o impediram de tentar ao longo do outono de 1966. 

O barco ficou pronto em dezembro, e nas primeiras tentativas, andou a rondar os 400 km/hora, pronto para bater o recorde. Mas por causa de problemas com o sistema de alimentação de combustível, Campbell não conseguia chegar à marca pretendida. Alguns dias no estaleiro para tentar resolver o problema, e tudo ficou pronto por alturas do Natal. Com isso, agora, ele esperava por um dia perfeito para tentar. E este só apareceu depois do Ano Novo, a 4 de janeiro. 

Na véspera, ele estava a jogar póquer com os amigos quando lhe saiu uma mão com a Rainha e o Ás de Espadas, precisamente as mesmas que Mary, a rainha da Escócia, jogava na véspera da sua decapitação, em 1587. Ao reparar na coincidência, Campbell disse que tinha um mau pressentimento e e acabou dizendo: "acho que acabarei sem cabeça, desta vez." (...)


Donald Campbell herdou a paixão pela velocidade e a obsessão pelos recordes do seu pai. Conquistador em terra e na água, por um tempo, foi o homem mais rápido do mundo em ambos os elementos, e quis alcançar os 1000 km/hora em terra, e provavelmente, aproximar-se da barreira do som. Era do tipo de pessoas que Bruce McLaren descreveu-os certo dia como aqueles que "medem a sua vida em realizações e não em anos."

Contudo, a 4 de janeiro de 1967, há 55 anos, em Conniston Water, Campbell tentou alcançar os 550 km/hora na superfície aquática, no seu Bluebird K7. Na sua passagem de regresso, o seu barco voltou-se e desintegrou-se no impacto, matando-o de imediato. Aos 45 anos, terminava ali o percurso do homem que odiava o verde e o número 13, não corria às sextas-feiras e não se separava de Mr. Whoppit, o seu ursinho de peluche. E é sobre ele que falo este mês no Nobres do Grid.

Youtube Motoring Vídeo: Como é a industria automóvel na Coreia do Norte?

O quê, a Coreia de Norte fabrica automóveis?

Aparentemente, sim. Não em grande número como no sul, a nação da Hyundai, Kia, Ssangyong e outros, mas aparentemente, eles fazem, no meio dos preparativos militares, e das sanções. Resta saber quem os compra, porque isto não é exportável. Bem pelo contrário.

Sobre isso, o pessoal do Donut Media fez este filme para ficarmos com uma ideia de como são as coisas no Reino Eremita. 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

A imagem do dia


Jacques Villeneuve
, que no passado dia 9 de abril de 2021 completou 50 anos de idade, teve recentemente mais um filho, o quinto da sua conta pessoal. E é mais um rapaz. E porque falamos de um acontecimento feliz? Tem a ver com a escolha do nome para o batizar: a partir de agora será chamado de... Gilles. E isto aconteceu poucos dias depois daquele que deveria ser o 72º aniversário do seu pai, o avô de Gilles junior.

E é altura de se pensar na relação que o filho teve com o pai. Gilles casou cedo com Joanne, sua namorada de liceu e quando teve Jacques, tinha 21 anos e a sua carreira estava bem no seu inicio, andando em motas de ski, construindo uma carreira nessa modalidade antes de se dedicar aos automóveis. Jacques cresceu indo atrás da família, que tinha um motorhome nas pistas, guiado pelo pai e claro, acompanhado por Melanie, a sua irmã mais nova. Mais tarde, viveu no Mónaco, onde cresceu rodeado da riqueza dos outros e da fama crescente do pai. Aprendeu italiano tão bem quanto o francês e o inglês. Até que aos onze anos, ficou orfão de pai e esteve um pouco à deriva até se decidir que queria seguir os passos do pai. Derrotou a óbvia resistência da mãe, a ajudado por muita gente, andou por Itália, Japão e Estados Unidos, até chegar ao topo, vencendo as 500 Milhas de Indianápolis, o campeonato CART e depois, a Formula 1. Tudo isso em dois anos e meio.  

Depois, é o que se sabe. Já tinha alcançado o topo, não precisava de mais. Colheu os louros por demasiado tempo, aburguesou-se e andou perdido por aí, sem conseguir algo relevante. Mas não se importava: tinha conseguido o que queria. E agora, entre mandar larachas na televisão, e pegar de vez em quando no carro, Jacques vive a sua vida. Pelo meio, casou-se umas duas vezes, pelo menos, e andou a ter os seus descendentes. Não sei se são todos rapazes, mas pelo menos têm dois gémeos.  

As pessoas celebram a sua escolha, ainda por cima, num ano tão simbólico como este, porque passam-se 40 anos sobre o seu desaparecimento precoce em Zolder. Não espero que Gilles júnior seja piloto como o pai e o avô. Aliás, nem sei se algum dos seus irmãos terá o talento para o volante da família, mas haverá os que gostariam de ver uma dinastia, uma terceira geração. Até é capaz, mas sinceramente, espero que o garoto seja feliz na sua vida, e cresça a admirar aquilo que eles fizeram. E se seguir o mesmo caminho, então que seja com gosto e não porque foi empurrado para a pista. 

WRC: Rovanpera fala sobre o novo WRC na neve


A poucas semanas do Rali da Suécia, Kalle Rovanpera elogia o seu Toyota Yaris WRC pela sua manobrabilidade na neve. Depois de um quarto lugar algo dececionante em Monte Carlo, o piloto finlandês espera melhorar no frio nórdico, mas depois de uma série de testes ao lado de Katsuta Takamoto e Esapekka Lappi, acha que os pilotos tem de ter uma condução mais precisa destes carros em condições de neve. Para além disso, afirma que os carros, 70 quilos mais pesados que anteriormente, por causa dos sistemas híbridos, fazem a diferença. 

A sensação é positiva, mas é bastante complicado [de se guiar], tenho que dizer”, disse Rovanpera em declarações à autosport.com. 

Tivemos muito a ver com a montagem da neve. Este carro é realmente um punhado na neve. Esta é a primeira vez com este carro no cascalho rápido e na neve e você pode realmente sentir bastante o peso. Agora, quando está a nevar e [está] muito escorregadio, é realmente complicado pilotar, e você tem muito trabalho a fazer no cockpit para pilotar. Você tem que ser realmente preciso com o carro. Não parece tão fácil, mas espero que possamos torná-lo bom.”, concluiu.

Sobre o resultado da prova anterior, do qual não conseguiu o resultado que esperava, afirmou que o pouco tempo que tiveram para testar os carros depois deles terem sido construídos, restringiu o tempo para encontrar uma configuração confortável nos testes.

É claro que não fiquei impressionado, mas fiquei muito feliz com o fim de semana no geral, pois começamos com um ritmo bastante ruim e com uma sensação difícil no carro”, começou por dizer. “Mas fizemos um grande trabalho com a equipa no sentido de acertar a afinação e o carro ficou muito melhor para mim e então poderíamos estar no nosso próprio ritmo, e então eu poderia ficar feliz."

Acho que começamos o rali com carros bastante semelhantes aos meus companheiros de equipa. Acho que o problema foi que não me senti tão confortável em nenhum momento do teste. Esperava ter problemas com o carro. Acho que os testes com o novo carro tivemos tanto trabalho a fazer que não podíamos fazer ajustes o tempo todo, pois tínhamos que validar muitas coisas e tentar muitas coisas.", concluiu.

Youtube Formula One Vídeo: As modificações em Albert Park, parte 1

Albert Park voltará a receber a Formula 1 depois de dois anos de ausência devido à pandemia. Contudo, esse tempo foi aproveitado para fazer modificações no circuito, cortando nas curvas, fazendo-a mais rápida. E neste vídeo, feito pela organização, pode-se ver o tipo de modificações que foram feitas.

Será um filme mostrado em quatro partes, e hoje coloco a primeira. Amanhã colocarei a segunda, e as outras duas estão marcadas para os dias 7 e 14 de fevereiro. 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Youtube Documentary Vídeo: A busca pela velocidade

Há quase 85 anos, o automobilismo estava obcecado por uma coisa: velocidade. E bater a barreira dos 400 km/hora era algo fascinante, especialmente na Alemanha nazi, onde Mercedes e Auto Union competiam entre si para saber quem era a melhor. E também aproveitavam a rede de auto-estradas, as "Autobahns", para tentar ali os seus feitos.

Como se sabe, isso tudo acabou no dia 28 de janeiro de 1938 quando, num duelo com a Mercedes, nos arredores de Estugarda, Bernd Rosemeyer perdeu o controlo do seu carro e acabou por morrer. E é sobre Rosemeyer, a obsessão pela velocidade e o seu trágico final que coloco aqui este documentário feito pela Deutsche Welle.  

WEC: Ogier correrá num LMP2 no Mundial de Endurance



O francês Sebastien Ogier andará em 2022 no carro numero 1 de Richard Millie Racing, um LMP2 da Oreca-Gibson, na sua primeira temporada a tempo inteiro na competição, depois de largar os ralis a tempo inteiro. Ele será acompanhado por mais dois compatriotas seus, um rapaz e uma rapariga: Lilou Wadoux, de 20 anos, e Charles Milesi.

Wadoux é a primeira mulher a triunfar na  Alpine Elf Europa Cup, enquanto Milesi é o campeão da classe em 2021 a bordo do carro da WRT.

Sei que é um grande desafio, mas tenho procurado um programa que me motive mais do que a opção fácil”, disse Ogier. "Até agora, concentrei-me na minha carreira de ralis, mas há muito tempo que penso que as corridas de resistência podem ser um bom desafio. Todos os pilotos tendem a ser um pouco egocêntricos, mas chega um momento em que você quer partilhar mais quando tem a sorte de ter uma carreira de sucesso.", continuou o piloto de 38 anos, campeão do mundo WRC em 2021.

A LMP2 é uma categoria fantástica e a melhor maneira de alcançar o mais alto nível de corrida de resistência e melhorar nesta disciplina. Sou um novato, com certeza, mas quero me divertir enquanto avalio o que é possível e vejo até que ponto posso chegar aos melhores."

"Todos estão animado com isso. Charles, Lilou e eu viemos de três mundos diferentes, e será interessante combinar nossas diferentes experiências com Richard Mille, que está ao meu lado há vários anos. "Esta aventura é tentadora, mas tenho consciência de que tenho muito a aprender e muita experiência a ganhar. Sempre tive uma boa capacidade de adaptação no rali, por isso espero que isso também seja verdade nas pistas de corrida.”, concluiu.


Isto será um teste à sua capacidade de correr todo um campeonato de endurance, em busca do objetivo maior: correr as 24 Horas de Le Mans a bordo do Hypercar da Toyota, provavelmente a partir de 2023.

Já e relação à sua temporada no WRC, tudo indica que o seu próximo rali poderá ser o de Portugal, porque calha entre os ias 19 e 22 de maio, duas semanas depois das Seis Horas de Spa-Francochamps, e três semanas antes das 24 Horas de Le Mans. 

Noticias: Bahrein queria o exclusivo dos testes de pré-temporada


A razão porque não existirá imagens dos testes de pré-temporada em Barcelona só esta segunda-feira foi revelada: o Bahrein pagou para ter o exclusivo dessas imagens. Segundo conta a motorsport.com, os responsáveis pelo circuito de Shakir queria que fossem o palco dos novos carros para 2022, mas quando concordaram, tinham um problema para descascar entre mãos: é que eles tinham um acordo com Barcelona para ser o palco dos testes. E para contornar isso, decidiram que o melhor seria uma restrição de jornalistas e filmagens.

Segundo conta a mesma publicação, inicialmente foi pedido às equipas para criarem decorações exclusivas para o teste, mas por falta de recursos e tempo esta ideia depressa foi colocada de lado. O plano B foi transformar o teste em Barcelona numa espécie de "shakedown", sem tempos, forçando os fãs a esperar mais uma semana do que o inicialmente previsto para podermos ver os carros em pista.

Em suma, para além de ser a prova de abertura da temporada, mais a Arábia Saudita a receber a segunda corrida do campeonato, em Jeddah, o Bahrein também será o local exclusivo dos testes de pré-temporada. Definitivamente, a península arábica quer que o centro do universo automobilístico se transfira para ali...

domingo, 30 de janeiro de 2022

Noticias: Felix da Costa desolado pelo fim de semana saudita


Foi um fim de semana para esquecer no caso de António Félix da Costa. No fim de semana inaugural da Formula E, em terras sauditas, saiu sem conseguir qualquer ponto no campeonato, apesar de conseguir um sétimo lugar na grelha na segunda corrida do ano, já que na primeira, para além da má qualificação, foi vitima de um toque de um adversário logo no arranque, que o colocou fora de prova.

Os problemas de afinação do seu monolugar não permitiram ir além da 12ª posição final, mas pelo andamento que teve ao longo do final de semana, os carros da DS Techeetah acabam por andar entre os da frente, o que dá esperança para as corridas seguintes. 

Pior não poderia ter corrido. Há fins de semana complicados e este foi sem dúvida um dos mais difíceis que tive nos últimos tempos.", começou por dizer.  

"No Sábado problemas de travões na qualificação e depois na corrida um toque logo no arranque, nem 200 metros fiz… Hoje voltámos com energia renovada, mas senti muitas dificuldades em impor um bom ritmo na corrida, o carro estava a fugir muito de frente e foi mesmo muito difícil lutar e manter-me nos lugares pontuáveis. É um inicio complicado para todos na equipa, temos de rapidamente melhorar muitos aspetos internos nossos e garantir que estamos mais fortes na próxima corrida no México!”, concluiu.

A corrida mexicana será no dia 12 de fevereiro.