sábado, 13 de julho de 2024

A imagem do dia


Tu pensas que sabes tudo sobre alguém, mas ainda existe uma história que nos surpreende. Mas acontece. 

Vi isto no Twitter, a partir deste site. Tudo começa a 4 de março de 1990, um domingo. Um italiano, Massimo Bulzamini, então com 18 anos, cai da Vespa do seu amigo em andamento e magoa-se seriamente. Levado para o hospital, está em coma, com lesões sérias na parte cervical, paralisado do peito para baixo. Não pode respirar sem ser assistido, e todos temem o pior. 

Ao final de um mês, um dos médicos afirma aos pais que existe um tratamento experimental para o fazer acordar do coma. Essencialmente, gravariam uma mensagem que seria colocada para que ele ouvisse de forma repetida, durante um tempo, para o ajudar a acordar, eventualmente. Primeiro os pais, depois os amigos, fizeram isso, gravando várias mensagens, até ao dia em que alguém lhe conta que ele é fã de alguém que costuma andar por ali. É que esqueci de contar esta parte: ele é de Imola, gosta de assistir às corridas de Formula 1 e é fã de Ayrton Senna.

O médico tenta o "impossível": que Senna grave uma conversa para Massimo, pedindo que ele acordasse e recuperasse. E por incrível que pareça, ele consegue. Começam a chegar cassetes ao hospital, todas com mensagens semelhantes a esta:

"Ciao Massimo, sou Ayrton Senna, o piloto de Formula 1. Tenta ouvir-me, se puderes. Tens de reagir, lewanta-te, tens de sair da tua cama porque todos gostam de ti e esperam-te para os testes. Põe-te bem em breve, ciao, ti saluto!"

Dois anos depois, Massimo acorda parcialmente do coma. Começa a entender onde está e dão-lhe uma televisão para poder assistir aos seus programas. Um dia, quando está a ver um jogo da Juventus, de surpresa, descobre que alguém o visita. Era o próprio Senna. Contou depois que estava "excitado e nervoso" com o encontro. 

E claro, tudo privado, sem publicidade. Como dois seres humanos, um deles a desejar o melhor para outro. 

Apesar de tudo o tratamento continuava. Durante os testes de Imola, em março de 1994, ele gravou uma mensagem para ser entregue a Massimo na sua terapia. Nunca conseguiu ser entregue. A 1 de maio, Massimo ouviu o helicóptero passar por cima da sua cabeça, depois de ter assistido ao acidente na televisão. Afirmou: "A única coisa que poderia fazer era rezar por ele". Ele morreria horas depois, por causa dos ferimentos sofridos na cabeça por causa do braço da suspensão que se espetou no seu capacete e o feriu no crânio.             

Massimo mudou-se em 2008 para uma unidade de cuidados continuados, e continuou a aparecer em encontros no circuito de Imola até à sua morte, em 2015, aos 43 anos. Ele contou que ouvia as gravações vezes sem conta, especialmente aquelas onde lhe dizia para acordar, durante meses a fio. "Ele me afirmava para acordar, levantar-me e ver os testes com ele.

Que posso dizer sobre isso? Creio que foi o Dr. Syd Watkins, o médico da FIA, que afirmou algo que ele tinha de ser assim como ser humano porque sabia perfeitamente que, como piloto, poderia ser cruel e impiedoso. E sabendo que ele, com a sua espiritualidade, poderia estar a entrar em contradição, tinha de ter estes gestos como pessoa. Mas porquê a anonimidade, a falta de publicidade? Pela mais simples das razões: era famoso. E fazia isso porque era um ser humano, queria ajudar os outros por simples empatia. 

E é isso.   

WRC: Ogier apto para correr na Letónia


Duas semanas depois do acidente nos reconhecimentos do rali da Polónia o impediu de disputar esta prova a contar para o WRC, Sebastien Ogier já está recuperado o suficiente para poder participar no rali da Letónia, que acontecerá no próximo fim de semana, caso passe na avaliação médica da FIA.

"Depois de algum descanso e a ajuda da minha equipa médica pude recuperar e estou ansioso por voltar ao volante de um carro de rali na Letónia.", disse Ogier em declarações ao autosport.com.

O programa parcial do multi-campeão mundial tem sido mais ativo este ano - nas nove provas do campeonato até agora, participou em sete - e a presença no rali da Letónia, segundo ele, deve-se ao facto de "o desafio de um novo rali ser algo que eu gosto e foi uma das razões pela qual adicionamos esta prova ao nosso programa."

Numa temporada onde Kalle Rovanpera está a correr em part-time - e Ogier ocupa o seu carro nas provas em que não corre, exceto Portugal e provavelmente, a Finlândia - o piloto francês ganhou duas provas - Croácia e Portugal - e é atualmente o quarto classificado, com 92 pontos. No rali polaco, Rovanpera substituiu Ogier no seu Toyota e acabou por triunfar.  

sexta-feira, 12 de julho de 2024

A imagem do dia


Este é o fim de semana do Goodwood Festival, e entre as centenas de modelos que são apresentados, passados, presentes e futuros, alguns deram nas vistas. Uma delas foi o novo Ford Capri, que será elétrico - e não é mais que um Polestar2 mais pequeno... - e o Red Bull RB17, o hypercar desenhado por Adrian Newey, e basicamente o último projeto do mítico projetista ao serviço da marca de bebidas energéticas. 

E é sobre Newey que falo hoje. Por curiosidade, a apresentação do carro acontece no dia do meu aniversário natalício, e o carro faz lembrar um pouco o Valkyrie, o Hypercar da Aston Martin que será estreado no Mundial de Endurance de 2025, com dois carros. Mas ele, que tem 65 anos e uma carreira com mais de 40 anos, não se sabe bem onde irá trabalhar, depois de ter anunciado a saída da Red Bull no fim de semana do GP de Miami, em maio.

De inicio, tudo indicava que ele ia a caminho da Ferrari, indo trabalhar ao lado de Lewis Hamilton, que irá a Maranello a partir de 2025, depois de 12 temporadas na Mercedes. Contudo, nas últimas semanas, surgiram noticias de que... poderá não ir para Itália. Quem falou disso é uma fonte aparentemente improvável, mas tem um pouco de fundamento: Jeremy Clarkson.

Sim: o mítico apresentador do Top Gear disse a um apresentador neerlandês que ele anda à procura de casa na região de Silverstone, sede da Aston Martin e algumas instalações da McLaren. Até esta fonte pode não ser levado muito a sério, mas ele é amigo e foi colega de escola de Newey. E há algumas semanas, surgiu a noticia de que Newey poderá ter ido à sede da Aston Martin, em Silverstone, para visitar a fábrica que esatá a ser construida para receber os motores Honda, que terão a partir de 2026. Claro, ele andará este sábado em Goodwood no Ferrari que Niki Lauda triunfou no campeonato de 1975. Claro, será que com esse passeio, poderemos afirmar que ele está a caminho de Maranello, como se fala desde que saiu de Milton Keynes, há mais de dois meses?

Uma coisa é certa: estamos a meio do ano e muitas das peças sobre o que acontecerá a partir da próxima temporada ainda não estão colocadas. E sem as coisas definidas, existe imensa especulação, e até poderão acontecer destinos surpreendentes. Por exemplo, Newey pode acabar na Williams! 

Mas hoje, está a apreciar a sua mais recente criação. O futuro, se calhar, ele já sabe.

Youtube Automotive Vídeo: The Beast, o carro presidencial

Jay Leno é conhecido por ser um homem engraçado e pela sua paixão por automóveis. Tem uma enorme garagem, onde coloca muitos carros raros adquiridos por ele, mas muitas vezes, também aparecem carros interessantes, de outros lados, para serem divulgados. 

E hoje não é exceção: Jay Leno trouxe "The Beast". que não é mais que o carro mais protegido do mundo, o veículo presidencial americano. E claro, devidamente acompanhado por membros dos Serviços Secretos.  

Apresentado o Hipercarro da Red Bull


Foi hoje revelado no Goodwood Festival of Speed o Red Bull RB17 Hypercar, a última criação de Adrian Newey antes de sair da equipa dos energéticos, rumo a... qual? Ferrari, McLaren, Aston Martin? Isso ainda não se sabe. Mas o desenhador e engenheiro de 65 anos decidiu revelar hoje a sua mais recente criação automobilística: um hipercarro para espantar os céticos. 

Eis os dados: um motor de 10 cilindros, de 4,5 litros, da Cosworth, com 1200 cavalos, a 15 mil rotações por minuto, uma velocidade máxima restrita a 230 milhas por hora (370 km/hora), e tudo isto a pesar... 900 quilos! Isto porque o chassis e a caixa de velocidades são integralmente feitos de fibra da carbono.

Para além disso, o RB17 terá cerca de cinco metros de comprimento e dois metros de largura, disporá de três opções de pneus desenvolvidos pela Michelin, incluindo um slick para um desempenho máximo. Embora não seja legal para a estrada, pode ser potencialmente convertido para utilização em estrada. A Red Bull organizará dias de pista exclusivos para os proprietários, com os pilotos de Formula 1 a ajudarem no desenvolvimento.


O preço para adquirir um? Seis milhões de libras! Apenas 50 exemplares serão construídos.

Francamente, com todos estes desenvolvimentos, não ficaria surpreso se a turma energética deixasse alguns engenheiros de lado para montar uma equipa no WEC. Veremos...  

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Noticias: Produtor e realizador refutam orçamento de "F1"


O filme "F1", cujo trailer foi mostrado no final de semana passado no dia do GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, poderá ser um filme muito caro, na ordem dos 300 milhões de dólares, algo do qual está a ser referido como "exagerado" e com a chance de ser um "box-office bomb". Contudo, quer Jeffery Bruckheimer, o produtor, quer Joseph Kosinski, o realizador, já vieram a público afirmar que o valor real está bem abaixo do que se fala, na ordem de "algumas" dezenas de milhões de dólares.   

"O valor real está dezenas de milhões de dólares abaixo do que foi divulgado, o que para nós é uma boa notícia”, começou por afirmar Bruckheimer ao site Deadline.

As pessoas não levam em conta que estamos filmando em locações com incentivos fiscais. O Reino Unido, assim como vários países europeus e Abu Dhabi, oferecem subsídios que reduzem o orçamento final. Além disso, conseguimos angariar mais patrocínio para os nossos carros do que algumas equipas reais da Fórmula 1. Some isso a todos os incentivos e o valor final fica bem mais baixo do que se imagina”, continuou.

Kosinski, que realizou "Top Gun: Maverick", também comentou sobre a discrepância dos valores referidos.

Já estou acostumado que os orçamentos dos meus filmes sejam exagerados nos media, mas nunca vi nada tão distante da realidade quanto esse número de 300 milhões de dólares. Sinceramente, não sei de onde surgiu isso.”, começou por referir.


Ele depois falou da atmosfera do Grande Prémio, quando andou a fazer algumas filmagens durante o GP da Grã-Bretanha.

No ano passado, em Silverstone, tivemos uma cena para filmar na grelha. Tínhamos apenas nove minutos para gravar um diálogo de uma ou uma página e meia com três atores. É como um pit stop. Essa pressão traz uma intensidade que não se tem em um estúdio, onde você tem dez horas para acertar a cena. Com apenas nove minutos, você sente a adrenalina dos atores e isso se reflete na performance.”, comentou.

O filme terá a sua estreia internacional a 25 de junho de 2025, e será distribuído internacionalmente pela Warner Bros. Terá Brad Pitt como ator principal e Damson Idris, Kerry Condon, Javier Bardem, Tobias Menzies, Sarah Niles como secundários. 

Youtube Automotive Vídeo: Dois gajos a atravessar África num Citoen AX

Aventura é sempre aventura, então, se as pessoas em questão são portuguesas, então... ficas com as "antenas ligadas". Eles são o "Andamente", tem cinco anos, e no canal do Youtube deles, apresentam-se da seguinte forma: 

"Um projeto que ambiciona viver a vida de uma forma espontânea, sem medos e sem arrependimentos. 

À medida que temos uma nova história para contar, iremos apontar na nossa lista para que daqui a uns anos possamos olhar para ela e sentir orgulho no que fizemos. 

E tu? Que história vais viver hoje?"

E o que andaram a fazer neste momento para manter-se nesse espírito? Compraram um Citroen AX de 1995 por 500 euros e... foram atravessar África! Bom, tentaram atravessá-la. Levaram o carro ao limite, cruzaram desertos, passaram por fronteiras perigosas e tentaram passar o máximo de países possível, rumo ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. 

quarta-feira, 10 de julho de 2024

A imagem do dia


Quando falamos de circuitos, pistas feitas para que carros e motos acelerem, o nome que wem à memória é o de Hermann Tilke, que está por trás de muitas das pistas do calendário da Formula 1. Se for um pouco atrás, mais antigo, lembraria de gente como Ayrton Cornelsen, que desenhou Estoril e Jacarépaguá, ou de John Hugenholtz, que desenhou circuitos como Suzuka, Jarama ou Zolder - mas não Zandvoort, ao contrário de que muitos pensam.

Contudo, gente como Paulo Pinheiro, confesso não conhecer. A ideia de alguém ter sonhado, desenhado, construído e gerido uma pista do principio até ao fim, como é Portimão. E quem conhece a história, sabe disso.

O projeto tem quase um quarto de século. De inicio, Paulo Pinheiro, um engenheiro de formação, parecia ter um sonho com poucas pernas para andar, apesar de Portimão estar no Algarve, a área turística por excelência, acabou por arrancar, graças a um projeto bem montado, bem feito. Porque não foi só o circuito e o kartódromo: na área de Mexilhoeira Grande, havia terreno para construir hotéis, complexos residenciais, e um parque industrial. Ao todo, custou cerca de 160 milhões de euros, e o financiamento era fundamentalmente irlandês, numa altura em que era fácil emprestar aos bancos, por causa do crédito fácil, digamos assim.

Para além disso, as facilidades do governo português de então, que o colocaram com projeto prioritário, fizeram com que, aquilo que era uma utopia se tornasse possível. E claro, a ideia de um segundo autódromo de Grau 1 da FIA em solo português começava a ser realidade. A ideia era construir uma pista para acolher a Superbike, mas as outras competições poderiam ser possíveis. Formula 1, MotoGP, etc... aliás, a ideia inicial era ser o centro dos testes de pré-temporada da Formula 1, no lugar de Barcelona.

A pista ficou pronta no outono de 2008, com a Superbike e uma demonstração de Formula 1 com o Toro Rosso de Sebastien Buemi. Mas a inauguração acontecia na pior altura possível. A bolha imobiliária explodiu, o mundo mergulhou numa enorme crise, e parecia que todo aquele projeto imobiliário se tornaria num "elefante branco". O projeto entrou em insolvência, para restruturação da dívida aos credores. 

Mas o homem que sonhou e construiu a pista decidiu não desistir. Fez bem. Afinal, era o projeto da sua vida. com o passar dos anos, construiu o seu plano: conseguiu atrair as diversas marcas para fazer os seus testes, as revistas como o "Top Gear" para testar os seus supercarros - quer o Top Gear, quer o The Grand Tour fizeram muitos episódios em Portimão, e aos poucos, a máquina engrenava. O elefante branco se tornava na história de sucesso. Discreto, mas era.

E um dia, apareceu uma pandemia, que decidiu colocar tudo de pernas para o ar. Já havia a chance da MotoGP regressar ali, mas em 2020, parecia que o mundo automobilístico começou a olhar para este lugar no sul da Europa, que tinha o Grau 1 da FIA. E em julho, a noticia: a Formula 1 vinha a Portugal, 24 anos depois da última vez. Em outubro, cerca de 40 mil pessoas - não veio mais porque não deixaram - forma ver Lewis Hamilton ganhar a corrida. E alguns meses depois, regressava para mais um Grande Prémio. A moral da história é esta: com uma pandemia, e se as condições lá estão, o dinheiro é secundário. 

E nessa altura, a MotoGP também corria ali, para alguns meses depois, o mesmo acontecer com o Mundial de Endurance, a entrar numa era de ouro, no inicio dos Hypercar. E nos últimos tempos, Paulo Pinheiro, ao lado de Pedro Marreiros, ajudou a montar aquilo que é o atual campeonato de Portugal de velocidade, o CPV, depois do colapso do regulamento dos TCR, no final da década passada.   

Em suma, o Autódromo do Algarve é um projeto de sucesso. Discreto, mas sim: um sucesso. Como muitos em Portugal, mas este é dos maiores. 

Paulo Pinheiro morreu hoje, aos 52 anos. Estava doente há algum tempo, e em coma no último mês, tempos depois de ter sofrido um colapso quando assistia à corrida da ELMS em Paul Ricard. Ficamos órfãos de alguém que teve uma visão como esta, mas fica o legado: um dos maiores complexos do seu género na Europa, e acolheu todas as grandes competições possíveis, até aqueles que julgamos impossível.   

Rumor do Dia: O regresso da Toyota?


A Toyota está fora da Formula 1 desde o final de 2009, mas parece que existem algumas conversas bem discretas no sentido do seu regresso. e esta semana surgiram noticias em alguns canais, como o Auto Motor und Sport, o RacingNews365 e o formula.hu - normalmente, sítios bem informados -  que referem a maneira como a marca japonesa poderia regressar à categoria máxima do automobilismo, 15 anos depois.

A ideia inicial seria um acordo de patrocínio, semelhante a que a Alfa Romeo teve com a Sauber até 2023, mas agora, a ideia será a de construção de peças, substituindo a Dallara nesse sentido, para depois construir um chassis a partir de 2026. O túnel de vento de Colónia, construída na primeira interação da marca na Formula 1, seria usado nesse sentido

Contudo, a pela fundamental para a substituição da Haas em Toyota, o motor, não está nos planos, por agora. Não se sabe se já houve conversas nesse sentido, ou se, por agora, isso não está nos planos, mas com a mudança de regulamento nos motores em 2026, a marca poderia pensar em desenvolver um motor. Mas com o envolvimento da marca no WEC e WRC,  não se sabe se haveria dinheiro e interesse em montar um programa com um propulsor autónomo. O que, aparentemente, a marca japonesa quer é uma parceria, não algo parecido com o que a Audi está a fazer, depois de ter adquirido este ano a Sauber e desenvolver um programa de motores para 2026.

A Toyota esteve na Formula 1 de 2002 a 2009, com pilotos como Jarno Trulli, Ralf Schumacher, Oliwier Panis, Cristiano da Matta, Timo Glock e Kamui Kobayashi. Não ganhou qualquer corrida, em 140 Grandes Prémios, mas conseguiu três pole-positions, 13 pódios e três voltas mais rápidas. O seu melhor resultado aconteceu em 2005, com 88 pontos e o quarto posto no campeonato de Construtores. 

terça-feira, 9 de julho de 2024

Youtube Formula 1 Documentary: Graham Hill, construtor

No final de 1972, Graham Hill tomou o importante passo de deixar de ser piloto da Brabham para passar a ser construtor. Com um patrocinador importante nas suas costas, a marca de cigarros Embassy, Hill encomendou um chassis à Shadow e passou a ter ambas as funções, algo que poucos se atreveriam e muitos poucos conseguiram ser vencedores. 

A meio de 1973, a BBC resolveu registar em documentário os esforços de Hill em construir, financiar e afinar toda uma equipa, esperando pelos primeiros sucessos num caminho trilhado por gente como Bruce McLaren, Jack Brabham, Dan Gurney, entre outros. O resultado é (trágicamente) conhecido, mas naquela primavera de há meio século, os sonhos de sucesso eram possíveis, e os desafios, grandes. 

WRC: Calendário de 2025 terá 14 ralis


O WRC Promoter anunciou que o calendário de 2025 será apresentado no final do mês. E terá 14 provas, mais um que em 2024. Com a Arábia Saudita no calendário para a próxima década, ele poderá ser disputado no final do ano, três semanas depois do rali do Chile por razões logísticas. Para além do rali saudita, entrará também o rali do Paraguai, sendo o segundo em paisagens sul-americanas, e poderá acontecer antes do rali chileno. 

Estes ralis entrarão no lugar de outros dois. Um deles foi a Polónia, que tinha contratado por apenas uma temporada - mas os problemas dos espectadores ajudaram para o final precoce do rali polaco - e o segundo rali poderá ser o da Europa Central, que partilha classificativas na Áustria, Chéquia e Alemanha, em asfalto e que aconteceu no inicio do outono. 

Outro candidato à saída é o rali da Croácia, que também é em asfalto, mas é disputado em abril. No seu lugar, poderá entrar o rali das ilhas Canárias. Contudo, o contrato será de uma temporada, logo, em 2026, terão de encontrar um substituto para o rali espanhol.

Apesar de existir, aparentemente, uma falta de visibilidade de um campeonato como o Mundial de ralis, Simon Larkin, em nome do promotor, refere que interessados não faltam. Pelo menos uma dezena, afirma ele, quer da Europa, quer fora dela. Dois deles são os Estados Unidos e a China, com o promotor ainda a querer a sua participação, depois de uma tentativa abortada, em 2019.  

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Horner: "Falta de pontos do Pérez é insustentável"


Parece que o mau momento de Sérgio Pérez já incomoda Christian Horner. Semanas depois da sua renovação, e depois de duas corridas sem pontuar, o diretor da Red Bull acha que esse mau momento do piloto mexicano pode prejudicar as chances da equipa no Mundial de Construtores.

É claro que é frustrante quando os dois carros não têm um desempenho semelhante”, comentou Horner após a corrida britânica. “Foi frustrante perder o Checo na Q1. Ele falhou [o primeiro treino] devido à condução de Isack Hadjar. Provavelmente deveria estar entre os seis primeiros e depois perder o carro na Q1 foi muito frustrante. Este fim de semana nada lhe correu bem." continuou. 

"Fizemos uma aposta na corrida. Ele começou com o pneu duro, estava a fazer um bom progresso no início da corrida. A chuva começou a chegar, ele estava em P15 ou 16 na altura. Nessa altura, é preciso lançar os dados, como aconteceu com o Leclerc. Passámos para os intermédios. Se a chuva tivesse aumentado, ele teria sido um herói. Não foi o caso, por isso tivemos uma paragem extra e a perda de tempo. É óbvio que há muito para analisar no fim de semana. Ele sabe que é insustentável não estar a marcar pontos. Temos de marcar pontos e ele sabe disso. Ele conhece o seu papel e o seu objetivo e, por isso, ninguém está mais ansioso do que o Checo para regressar.”, concluiu.

Pérez é atualmente sexto classificado no Mundial de pilotos, com 118 pontos, e o seu último pódio foi em Xangai, quando conseguiu o terceiro lugar, atrás de Max Verstappen e Lando Norris, os dois primeiros classificados do campeonato. 

domingo, 7 de julho de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 12, Silverstone (Corrida)


Em muitos aspetos, Silverstone é um centro do mundo na Formula 1. Afinal de contas, a Grã-Bretanha é a sede de sete das 10 equipas do atual pelotão, e com uma data de pilotos no pelotão, muitos julgam até que a Formula 1 é uma coutada britânica. 

Com 13 pilotos a partirem com médios (outros, como Sérgio Pérez, colocaram duros), a grande incógnita será saber até que ponto é que poderemos ter chuva na pista. Há quem fale que poderá acontecer na segunda metade da corrida, caso aconteça, mas um coisa é certa: com este tempo britânico, as quatro estações estarão sempre presentes. 

Antes disso, a primeira desistência: Pierre Gasly tornou-se num "non-starter" porque na sua volta de aquecimento, desenvolveu problemas na sua caixa de velocidades e não o poderiam resolver em tão pouco tempo. Assim sendo, entrou nas boxes e não saiu mais dali.


Na hora da partida, George Russell aguentou os ataques de Lewis Hamilton, com Max Verstappen a passar um dos McLaren para ser o terceiro. Tentou ficar colado a Hamilton para tentar chegar ao segundo posto, mas no final da primeira volta, as posições mantiveram-se. Entretanto, os primeiros avisos de chuva começaram a aparecer: em 25 minutos, a pista poderá estar molhada. Atrás, Alex Albon tinha sofrido um toque de Fernando Alonso e caía algumas posições, com algumas peças a saírem do seu carro. 

No horizonte, as nuvens eram ainda mais ameaçadoras, com avisos constantes. Até lá, existia uma espera para saber se isso aconteceria antes ou depois da janela de troca de pneus, e se choverá bastante para que os pilotos trocassem para intermédios. E essa espera parecia beneficiar os Mercedes e as lutas por posições pareciam estar congeladas, esperando pelo momento em que a pista comece a molhar.

A primeira passagem de interesse foi na 14ª volta quando Charles Leclerc passou Lance Stroll para ser... sétimo. Tudo numa altura em que Lando Norris parecia aproximar-se de Max Verstappen para ser terceiro, porque ambos estavam em alcance do DRS, mas sem tentativas sérias. Até chegarem a Stowe, onde Norris o passou para ser terceiro.


Na volta 16, agitação nas bancadas com as pessoas a colocarem os ponchos para se protegerem das gotas de chuva que começavam a cair. Por essa altura, Oscar Piastri estava a passar Max para ser quarto, numa altura em que, entre os Mercedes, Hamilton apanhava Russell e poderia ameaçar a liderança do seu compatriota. E tudo no momento em que a chuva começava a cair perto de Stowe. 

Aqui, as coisas precipitaram-se. Os Mercedes saíram da pista depois da meta, a Norris aproveitou para passar ao segundo posto, passado Russell. Hamilton começava a distanciar-se, mas logo depois, começou a ter dificuldades, suficiente para Norris o apanhar e passar para a liderança. Hamilton perdia tempo e aderência para ter Russell na sua traseira, lutando por posição. Mas para piorar as coisas, Piastri passou os Mercedes e no final da volta 20, o australiano era segundo. 

As boxes estavam movimentadas, com Leclerc a colocar intermédios, seguido por Pérez e Zhou. Mas estavam no fundo do pelotão, sem ameaça, e para piorar as coisas, a chuva iria ser curtinha. Iria chover mais, mas haveria um intervalo, e os que calçaram os intermédios tinham de torcer para que esses pneus aguentassem até lá. Na volta 24, o DRS foi reaberto, mas sabiam que iria ser temporário. Afinal de contas, as nuvens estavam no horizonte.  

Max vai às boxes na volta 27, seguido por Hulk, Stroll e Ricciardo. Na frente, os McLarens corriam juntos, antes de Norris ir às boxes, com os Mercedes logo a seguir, um atrás do outro, com Piastri a ser deixado na pista por mais uma volta. A pista está molhada suficiente para fazer funcionar os intermédios, e na volta 29, Piastri regressa à pista em sexto, atrás de Sainz Jr. Nas boxes, os avisos aos pilotos é que a chuva iria continuar até à volta da 40ª passagem pela meta.

E inesperadamente, na volta 34, Russell vai às boxes para se retirar! Que golpe de teatro! Mas a Mercedes foi rápida  em diagnosticar o problema: a pressão no sistema hideaulico desapareceu e a Mercedes disse a ele para encostar o carro nas boxes e abandonar a corrida. A segunda retirada da corrida, depois de Gasly. E com isso, o sexto classificado era... o Haas de Nico Hulkenberg!

Na frente, Hamilton tentava apanhar Norris para chegar ao comando. Cerca de dois segundos separavam ambos os carros, e todos esperavam que a partir da wolta 40, 41, com a pista a secar, pudessem trocar de pneus. Mas ainda antes, os pilotos foram para as boxes para trocar de pneus. Quase todos colocaram moles, com a excepção de Max, que colocou... duros! 


Norris foi às boxes na volta 40, cedendo o comando para Hamilton, porque foi dois segundos mais lento que o veterano piloto da Mercedes. Max era mais rápido, com os duros, e tinha Piastri atrás dele. Com o passar das primeiras voltas, parece que os carros com pneus duros eram mais eficazes que os carros com pneus moles.

A cinco voltas do fim, Max estava na traseira de Norris, e ambos não estavam longe de Hamilton. O piloto da Red Bull apanhou logo Norris e ele foi atrás de Hamilton, esperando que tivesse tempo para o apanhar também. Afinal, acabou por não acontecer: depois de 52 voltas, Lewis Hamilton aguentou Max Verstappen e conseguiu a sua primeira vitória do ano. A primeira desde... 2021, e a alargar o recorde e vitórias para 104. E o nono triunfo na pista britânica.


Não direi que com duas vitórias seguidas da Mercedes isso signifique o regresso dos carros de Brackley à contenda, porque as circunstâncias não foram normais em ambas as corridas. Mas que isto está a tornar a temporada mais competitiva, isso sim.       

Youtube Cinema Trailer: "F1", o filme da Formula 1

A menos de uma hora do começo do GP da Grã-Bretanha, foi lançado o filme sobre a Formula 1, com Brad Pitt no papel principal. Os ângulos de câmara são bons, pode-se vê-lo a guiar o carro, e os cenários são muitos, como Silverstone, Monxa, Abu Dhabi e Spa-Francochamps.

E há Gunther Steiner. Espero também que a banda sonora seja melhor.

O filme é realizado por Joseph Kosinski, produzido por Jerry Bruckheimer e estará nas salas de cinema no próximo verão.