terça-feira, 25 de março de 2025

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Há 35 anos, a Formula 1 regressava a Interlagos. A altura poderia ser de festejo, mas na realidade, a situação financeira estava apertada. O governo do novo presidente da República, Fernando Collor, decidiu sequestrar as poupanças que a população tinha nos bancos, obrigando-os a tirar apenas um determinado valor, para tentar conter a inflação - sem grande resultado - ao ponto de haver manifestações.

Claro, Jean-Marie Balestre, o então presidente da FISA, e novo "inimigo público número 1" no Brasil, sorria com a situação. E numa conferência de imprensa, tirou uma "bicada" monumental sobre toda esta situação:

É que tenho o perverso prazer de enfrentar um público em delírio. Gostaria de informar o público brasileiro que este é o nosso campeonato mundial, da FIA. Já tivemos problemas na Córsega com o Campeonato Mundial de Ralis e tivemos de lhes lembrar que se não tomassem as medidas necessárias, ficariam sem o campeonato. E, olhem que eles são mais bravos do que os brasileiros. Não nos atiram com tomates, mas bombas. E de qualquer forma, os brasileiros agora nem dinheiro têm para comprar tomates…

Senna competia pela primeira vez na sua cidade natal. E tirando o "karting", nunca tinha corrido competivamente em qualquer outra categoria que não a Formula 1, era esta a sua estreia na catedral do automobilismo brasileiro, que recebia novamente a Formula 1, depois de uma década de ausência. Poucos eram os sobreviventes dessa última vez, em 1980, um deles era Alain Prost. Nesse ano era um estreante na Formula 1, pela McLaren. Agora, era tricampeão do mundo, e a fazer a sua segunda corrida pela Ferrari. 

Todos pensavam que seria um passeio no parque para Senna. Ele até tinha colaborado na renovação da pista - fora ele que idealizou o S de Senna - e como teria o melhor carro do pelotão, era fazer a pole-position e acelerar até à meta, no primeiro posto, e dar uma moral num povo que sofria. Sim, ele já era o ídolo que o povo torcia, porque o Brasil desejava heróis e o futebol não era suficiente. Só que existia um problema. Até 1990, Senna nunca tinha ganho no Brasil. O seu melhor resultado tinha sido um segundo em 1986, nos tempos da Lotus, batido por Nelson Piquet.

E a sua fama de apressado quando dobrava pilotos muitas vezes o traía.

Até foi uma corrida competitiva. Escapou da carambola na primeira curva, quando Jean Alesi, Riccardo Patrese e Andrea de Cesaris se envolveram, com o piloto da Dallara a ficar em pior estado, e aproveitava dos problemas dos outros, fossem por causa do carro ou por causa dos outros - Nigel Mansell teve problemas com um rollbar quebrado, Thierry Boutsen teve uma paragem na boxe desastrosa na sua Williams, Patrese tinha problemas com a pressão do óleo - mas o único que se safava era Prost. Adaptado à caixa de velocidades semi-automática, era segundo e tentava apanhar Senna, que por alturas da 40ª volta, tinha um atraso de 10 segundos sobre o brasileiro.

E depois aparece Satoru Nakajima. O japonês da Tyrrell iria perder uma volta, mas o brasileiro o apanhou na parte lenta do circuito, entre o Pinheirinho e o Bico de Pato. Não se entenderam, e a asa da frente ficou partida. Da surpresa, passou para a decepção, e depois, alguém tinha de ser o culpado. Afinal, alguém interferiu na caminhada vitoriosa. E logo ele, o mais inocente deles todos... 

Senna foi às boxes, trocou de asa, mas o downfornce não era o mesmo e não conseguiu apanhar Prost, que naquele dia... fez tudo bem.

E foi mesmo. Sexta vitória no Brasil, um recorde que já era seu, o primeiro vencedor no Interlagos novo, e mais um número redondo para as estatísticas: 40 vitórias na Formula 1. Balestre deve ter saído de São Paulo com um enorme sorriso na cara... 

Mas independentemente do resultado, todos sabiam que iria ser uma temporada competitiva. E um duelo Ferrari-McLaren, como muitos gostam.         

CPR (II): Meeke está confiante para o Algarve


Triunfante em Fafe, prova inicial do Campeonato de Portugal de ralis (CPR) Kris Meeke e o seu navegador, Stuart Loundon, encaram o Rali Casinos do Algarve, segunda prova do campeonato, como um dos candidatos à vitória. Ele e o seu carro, o Toyota GR Yaris Rally2 da Toyota Caetano Portugal, estão em estreia nas estradas algarvias, e apesar do seu favoritismo e a sua vasta experiência, Meeke alerta que cada rali tem a sua história e que a concorrência está forte, bem preparada e pronta para aproveitar qualquer oportunidade. 

Assim, apesar do otimismo, Meeke e a equipa mantém uma abordagem cautelosa:

Não podia estar mais animado para esta segunda prova do ano. O Rali Casinos do Algarve é uma prova que já conhecemos e onde tivemos sucesso no ano passado. A estreia com o GR Yaris Rally2 não podia ter corrido melhor, mesmo com troços muito difíceis. Adorei cada metro com o carro e estou ansioso por voltar a pilotá-lo. No entanto, não podemos facilitar. Sabemos que a concorrência é forte e nos ralis tudo pode acontecer. Assim, vamos motivados, com uma boa dose de otimismo, mas com a noção de que será certamente uma prova renhida” disse Kris Meeke.

Ainda falando sobre Fafe, onde triunfou, e o seu novo carro, as suas impressões são positivas, apesar de alguns problemas pontuais.

 "É um carro fantástico em todos os detalhes, a Toyota Gazoo Racing fez um excelente trabalho. Por exemplo, nesse fim de semana [de Fafe] tivemos muita água a cair e muita água nos troços, os limpa vidros foram perfeitos, a sofagem esteve perfeita, não tivemos embaciamento e não tivemos uma gota de água que tenha entrado no carro. Num fim de semana tão difícil todos estes pequenos detalhes contam.

"[Estou] 70 por cento adaptado em relação ao que consigo fazer com o carro. Este carro é um enorme passo em frente no que respeita a suspensão e chassis. O tamanho dos amortecedores neste carro é incrível.", concluiu.

O rali Casinos do Algarwe acontecerá entre os dias 27 e 29 de março e terá 69 pilotos inscritos, que percorrerão nove troços cronometrados.

CPR: Sordo espera ser mais competitivo no Algarve


Depois da sua estreia em Fafe, onde teve de se adaptar ao carro ao longo da prova, agora Dani Sordo, acompanhado pelo seu navegador, Cândido Carrera, irá encarar o rali Casinos do Algarve, segunda prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), em modo de ataque, determinado a discutir a vitória no seu Hyundai i20 N Rally2, ao serviço da equipa oficial da marca coreana.

Estou na expetativa do que iremos encontrar nesta segunda prova do ano. De qualquer modo, claro que o objetivo é andar mais rápido do que em Fafe, de modo que possamos ter opções de levar o Hyundai i20 N Rally2 à vitória. Temos vindo a trabalhar nesse sentido e estou confiante de que vamos ser mais competitivos”, declarou.

O rali do Algarve acontecerá entre os dias 27 e 29 de março, com 69 pilotos inscritos, e contará não só para o CPR, como também para o Campeonato Sul de Ralis e também para a Peugeot Rally Cup Portugal.

Endurance: Wehrlein e Felix da Costa competirão em Le Mans


Depois de uma temporada onde os pilotos da Porsche na Formula E não puderam competir em Le Mans porque a direção da marca lhes pediu para se concentrarem na competição elétrica, este ano, eles regressarão a La Sarthe para a maior competição de Endurance. Se Pascal Wehrlein, o atual Campeão do Mundo de Fórmula E, completa a formação de pilotos da Porsche Penske Motorsport, ao lado do brasileiro Felipe Nasr e do britânico Nick Tandy, já António Félix da Costa, que já tem seis participações nesta competição, correrá num Oerca-Gibson na classe LMP2, numa equipa ainda por definir.

"A formação de pilotos da Porsche é absolutamente de topo e extremamente talentosa. Faz todo o sentido aproveitar os nossos elementos mais fortes da equipa oficial de Fórmula E para a terceira entrada da Porsche Penske Motorsport em Le Mans", começou por explicar Thomas Laudenbach, Vice-Presidente da Porsche Motorsport. 

"O desempenho de Pascal Wehrlein nos testes e na sua participação nas 24 Horas de Daytona convenceu-nos plenamente. Sendo o atual Campeão do Mundo de Fórmula E, conquistou com mérito a sua estreia em Le Mans ao volante do Porsche 963. António Félix da Costa, que fará a sua sétima participação em França, estará certamente entre os pilotos mais rápidos da classe LMP2 novamente.", concluiu.

Competir pela Porsche Penske Motorsport em Le Mans é um sonho tornado realidade para mim”, insiste Wehrlein. “Estou ansioso por este grande desafio porque, ao contrário da Fórmula E, tenho de partilhar tudo no Porsche 963 que normalmente adaptaria especificamente a mim: posição de assento, afinação, estratégia e muito mais. O meu principal objetivo é fazer um bom trabalho para a equipa e aprender o máximo possível.”, concluiu.

Quando a Félix da Costa, está contente pelo regresso, depois de um ano de ausência, e espera repetir o resultado de 2022:

Na minha última participação em LMP2, ganhei a classe. É esse o meu objetivo este ano. Mal posso esperar para atacar ao lado dos meus colegas de equipa em junho", afirmou.

segunda-feira, 24 de março de 2025

CPR (II): José Pedro Fontes quer alcançar o pódio no Algarve


Na semana do Rali do Algarve, José Pedro Fontes, e a sua navegadora, Inês Ponte, olham para este rali como uma excelente oportunidade para regressar ao pódio. A bordo do seu Citroen C3 Rally2, Fontes, que não teve um grande resultado em Fafe, espera que as coisas corram melhor neste rali, e nesta temporada do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR).

O resultado da primeira prova do ano não foi o que queríamos, mas os mais atentos perceberam que houve uma evolução significativa em termos de andamento, no que foi um início de época no Serras de Fafe. Os contratempos que nos afetaram não permitiram, depois, capitalizar esse bom andamento inicial, mas eu, a Inês e a equipa sentimos que demos alguns passos na direção certa, resultado de um trabalho que já vem sendo feito desde o final da época passada. Isso dá-nos, assim, mais confiança para o Casinos do Algarve, uma prova que nos agrada bastante, designadamente nos troços desenhados a sul do país, pelo que será o palco certo para o nosso regresso aos lugares do pódio.”, começou por comentar.

Quanto à competitividade do CPR em 2025, Fontes vê isso com bons olhos. O espetáculo melhora, o público adere mais e os pilotos são levados ao limite: 

Qualquer piloto gosta de se ver desafiado. O CPR 2025 promete ser muito renhido e competitivo, mas depois do que sentimos em Fafe, acredito que temos tudo para lutar pelos lugares da frente. Tenho de enaltecer o apoio do público português, que torna este campeonato num dos melhores da Europa. Temos visto sempre muitos fãs nos troços, um apoio que serve de ‘combustível’ e que é muito sentido dentro do carro. É também para eles que queremos dar o nosso melhor, dando um excelente espetáculo e proporcionando lutas emocionantes, como o CPR nos tem habituado.”, concluiu.

O rali do Algarve acontecerá a 27 e 28 de março, com nove especiais de classificação.

CPR: Teodósio conta com o terreno para conseguir um bom resultado


Com o Rali do Algarve a acontecer no próximo fim de semana, Ricardo Teodósio confia no seu conhecimento do terreno para conseguir um bom resultado. O piloto, mais o seu navegador, José Teixeira, que nesta temporada correm no Toyota Yaris Rally2, depois a estreia em evolução aos comandos da viatura nipónica Serras de Fafe, espera um melhor resultado na próxima etapa para o Campeonato de Portugal de ralis.

Queremos fazer melhor do que na estreia e sabemos que somos capazes disso. Com o feedback e experiência de Fafe conseguimos trabalhar durantes estes dias em 'backoffice' para, já esta semana, nos testes pré-rali, metermos em prática todas as otimizações e adaptações necessárias no GR Yaris. O carro tem muito potencial e o nosso conhecimento do terreno pode ser fundamental para um bom resultado. Estamos motivados e contamos com o apoio de toda a família 24”, explicou.

A segunda ronda do CPR 2025 arranca a 28 de Março, e terá nove especiais de classificação.

domingo, 23 de março de 2025

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O "shitshow" que está a acontecer por estes dias na América com os Teslas, que estão a ser boicotadas - as vendas estão a cair a pique, carros e "suprchargers" a pegarem fogo, sem querer ou de propósito, policia a proteger concessionários, a administração e prometer fazer dos ataques a esses concessionários crimes federais ao ponto de os "vândalos" poderem ser condenados a 20 anos de prisão, e nem se fala do "meltdown" que o Elon Musk está a ter por estes dias - está a colocar muita gente com um sorriso na cara. E um deles, insuspeitadamente, é Jeremy Clarkson, que na sua coluna de opinião publicada esta semana no "The Times" de Londres, disse de sua opinião sobre Musk, afirmando que se sente vingado, porque foi dos primeiros a sentir a ira do bilionário sul-africano.   

Eis um excerto da sua mais recente coluna de opinião:

"O chefe da Tesla é tão sensível que interpôs um processo quando lhe fiz uma má avaliação. Então, como é que ele vai lidar agora que os hippies ecológicos que costumavam idolatrá-lo se viraram contra os seus carros?

Gostaria de lembrar a todos os condutores da Tesla que avisei há 17 anos que nada de bom viria da sua escolha de compra. Mas não ouviu. Você escolheu acreditar no Sr. Musk.

E agora, por causa da multidão, irá estacionar o seu carro numa garagem trancada, usar os transportes públicos e habituar-se ao facto de que, enquanto faz fila neste mundo cada vez mais histérico e desagradável, algumas pessoas vão passar por si nos seus carros reais”, concluiu. 

Explica-se: quando o Roadster, o primeiro modelo da marca, foi ao Top Gear para fazer um teste, no final de 2008, o carro ficou sem energia muito antes dos quilómetros anunciados (89 km, depois de muito uso). O teste foi filmado e mostrado para o mundo. Musk, claro, não gostou e processou a ele e ao programa... três anos depois, em 2011. O caso seguiu para tribunal, que deu razão ao Clarkson e à BBC, pagando 100 mil libras pelos custos judiciais.   

Clarkson pode andar a cantar vitória, e tem alguma razão em fazê-lo. Ele mostrou, cedo na vida -  volto a recordar, tudo isto aconteceu em 2008 - alguma da má face do Musk perante as criticas, mas este é só uma razão num mar de razões erradas. A primeira razão errada tem a ver com... essa gente está a queimar carros, "superchargers" e concessionários por causa das suas convicções politicas, não por causa dos carros em si, cuja qualidade tem declinado consideravelmente. Os Cybertrucks não podem circular na Europa porque não passam nos "crash-tests" daqui.

A segunda razão errada é que, quando as pessoas se livram dos Teslas, irão comprar outros elétricos. Os Polestar, a divisão elétrica da Volvo, estão a ter vendas "record", os carros chineses (BYD à cabeça) vendem-se como pães quentes, acabados de sair do forno, e os construtores ditos de "legado", estão a ver os seus elétricos a serem vendidos à mesma velocidade dos seus carros a combustão.

Se a ideia do "orangotango" é pensar que isto significa o ressuscitar dos carros a combustão interna... lamento, não estamos mais em 1986. A tecnologia está muito adiantada, investiu-se imenso dinheiro e neste momento, o país que mais investiu neste campo se prepara para ser o número um nas vendas mundiais. O tempo não volta para trás, Jeremy. 

Em suma, apesar desta vitória, é como os relógios parados: acertam duas vezes ao dia. E ele continua a ser um velho amargurado de 64 anos que não se quer adaptar aos novos tempos. É a vida. 

Noticias: Lawson afirma não ter tempo para se adaptar ao carro


O inicio da temporada de Liam Lawson está a ser um inferno para o piloto neozelandês. Más qualificações - na China fez o pior tempo! - que levaram a partir das boxes em ambas as ocasiões e claro, no final, a ficar sempre fora dos pontos. Os críticos já afirmam que ele tem na mão o bilhete da porta de saída - há quem fale que Yuki Tsunoda estará no carro na próxima corrida, no Japão! - mas o neozelandês afirma que  não tem tido o tempo necessário para se adaptar corretamente ao chassis Red Bull RB21.

Sabíamos que ia ser difícil e começámos a partir das boxes para tentar algo com o carro e, infelizmente, não funcionou como queríamos”, começa por afirmar Lawson. “O que era realmente um fim de semana difícil, hoje foi um pouco mais difícil. Infelizmente, não tenho tempo para me habituar ao carro, mas tenho de o resolver rapidamente. Não tenho tempo para testar o carro e habituar-me a ele, mas já estamos na época, por isso a cada corrida estamos a perder pontos. É mais ou menos isso que quero dizer quando digo que não tenho tempo. Mas também não sou estúpido e sei que, obviamente, estou aqui para ter um bom desempenho – e se não o fizer, não vou estar por cá. Estou apenas concentrado em habituar-me ao carro o mais rapidamente possível.”, concluiu.

Sobre as especulações entre ele e Yuki Tsunoda, que afirmou estar pronto para correr quando quiser, o neozelandês não está intimidado: "Corri com ele durante anos, corri com ele nas categorias juniores e venci-o – e também o fiz na Formula 1, por isso ele pode dizer o que quiser”, afirmou.

Do outro lado das boxes, e comentando sobre o assunto, Christian Horner afirmou: 

Tomámos a decisão de o tirar da grelha para tentar algumas mudanças radicais na afinação, porque estamos muito limitados nos testes com estes carros, por isso fazia sentido dizer ‘vamos começar lá atrás, vamos tentar aprender alguma coisa’. Temos 56 voltas de informação com uma afinação radicalmente diferente no carro. Isso dá-nos uma enorme informação para a fábrica e para o sistema, à medida que procuramos melhorar o nosso desempenho”.

O Liam é um ótimo piloto. Ele dá o máximo, mas neste momento está a com dificuldades para encontrar o limite deste carro e tirar o máximo partido dele. Como equipa, estamos a tentar apoiá-lo da melhor forma possível. Procuramos sempre o máximo desempenho. Os carros rápidos nunca são fáceis de conduzir, mas sabemos que há um desempenho que temos de encontrar. Precisamos de ambos os pilotos lá em cima se quisermos ter alguma hipótese de lutar pelo Campeonato de Construtores e, no mínimo, pelo Campeonato de Pilotos, é preciso ter um segundo carro em jogo. Não se pode fazer isso com uma perna só”.

A Formula 1 regressa dentro de duas semanas, em Suzuka, e ele terá mais um desafio para se adaptar com o novo carro.

Noticias: Ferrari desclassificada do GP da China


De formula surpreendentemente, os Ferrari de Lewis Hamilton e Charles Leclerc foram desclassificados do GP da China, após terem passado pela meta. Ambos os carros tiveram os seus pontos retirados por motivos diferentes: o monegasco por ter o carro abaixo do peso mínimo, e no caso do britânico, a razão tem a ver com excesso desgaste  da prancha do fundo do carro. 

Para além disso, Pierre Gasly, da Alpine, também foi desclassificado, e também pelo mesmo motivo do monegasco: abaixo do limite do peso. 

No comunicado oficial, a FIA falou das razões da desclassificação de Charles Leclerc.

Os Comissários Desportivos ouviram o representante da equipa do Carro 16 (Charles Leclerc).

O carro 16 foi pesado pelo Delegado Técnico da FIA dentro e fora da balança, com ambas as balanças a mostrarem o mesmo resultado de 799 quilos, após o habitual esvaziamento de combustível e a substituição de uma asa dianteira partida. A calibragem de ambas as balanças foi confirmada e testemunhada pelo concorrente.

Durante a audiência, não houve qualquer contestação às medições da FIA, que são consideradas corretas e que todos os procedimentos exigidos foram corretamente executados.

Não existem circunstâncias atenuantes e a equipa confirmou que se tratou de um erro genuíno da sua parte.

Os Comissários Desportivos determinam que o artigo 4.1 do Regulamento Técnico da FIA para a Fórmula 1 foi violado e que, por conseguinte, a sanção normal de desclassificação deve ser aplicada a esta infração”, concluiu.


Já no caso de Hamilton, aos comissários, a razão foi diferente da de Leclerc: 

O conjunto da prancha do fundo do carro 44 foi medido e constatou-se que tinha 8,6 milímetros [lado esquerdo], 8,6 milímetros [linha central] e 8,5 milímetros [lado direito]. Este valor é inferior à espessura mínima de 9mm especificada no Artigo 3.5.9 dos Regulamentos Técnicos.

Durante a audiência, o representante da equipa confirmou que a medição está correta e que todos os procedimentos necessários foram executados corretamente. A equipa também reconheceu que não existiam circunstâncias atenuantes e que se tratava de um erro genuíno da equipa.

Os Comissários Desportivos determinam que o artigo 3.5.9 do Regulamento Técnico de Fórmula 1 da FIA foi violado e, por conseguinte, a sanção normal de desclassificação deve ser aplicada a esta infração." concluiu.

Sem pontos, houve gente que foi muito beneficiada com esta dupla desclassificação. Esteban Ocon subiu ao quinto posto, Alex Albon agora acabou na sétima posição, Oliver Bearman ficou com os pontos do oitavo lugar e Carlos Sainz Jr. conseguiu o seu primeiro ponto do ano, ao subir para décimo.


A Ferrari reagiu a esta dupla desclassificação, não só acatando com os resultados, mas também afirmando que não tinha, qualquer intenção de conseguir alguma vantagem nesta situação. 

Na sequência das inspeções pós-corrida da FIA, verificou-se que ambos os nossos carros não estavam em conformidade com os regulamentos por diferentes razões. O carro 16 estava com menos 1 kg de peso e o desgaste da traseira da prancha do fundo do carro 44 estava 0,5 mm abaixo do limite.

Charles estava a usar uma estratégia de uma paragem hoje e isso significou que o seu desgaste de pneus foi muito elevado, fazendo com que o carro estivesse abaixo do peso. No que diz respeito ao desgaste de do conjunto da prancha do fundo do carro e dos ´skid blocks’ do Lewis, avaliámos mal o desgaste por uma pequena margem. Não havia qualquer intenção de ganhar qualquer vantagem.

Vamos aprender com o que aconteceu hoje e certificarmo-nos de que não voltamos a cometer os mesmos erros. Claramente, não era assim que queríamos terminar o fim de semana do GP da China, nem para nós, nem para os nossos fãs, cujo apoio é inabalável.

A Formula 1 regressa dentro de duas semanas, com o GP do Japão.  

WRC 2025 - Rali do Quénia (Final)


Elfyn Evans é o vencedor do Rali do Quénia, tendo conseguido alargar a sua liderança nesta temporada do WRC. O piloto galês levou a melhor sobre Ott Tanak (a 1.38,3) e Thierry Neuville (a 4.09,3), ambos em Hyundai, num rali onde os que chegaram ao fim foram os verdadeiros vencedores. 

No final do rali, e quebrado o boicote,  o piloto galês da Toyota disse de sua justiça perante o resultado:

É fantástico ter ganho este rali. Ainda não me apercebi completamente, mas o Rali Safari é um evento especial para ganhar.", começou por afirmar. "Um enorme bem-haja à equipa, que trabalhou arduamente para nos dar um carro fantástico, e estou orgulhoso por fazer parte da grande história da Toyota neste rali.", continuou. 

"Foi um fim de semana extremamente exigente, provavelmente o Safari mais extremo que já vimos desde que aqui viemos, e as condições climatéricas deram um toque extra no sábado. Não foi fácil gerir o último dia, com uma grande vantagem e a necessidade de a trazer para casa. Havia a tentação dos pontos extra para disputar no domingo, mas, dadas as circunstâncias, era importante levar o carro até ao fim e estou muito feliz no final”, concluiu Evans.


Com cinco especiais para acabar o rali - segunda passagem por Mzabibu, passagem dupla por Oserengoni e Hell's Gate - e a enorme vantagem que o galês tinha conseguido nas especiais do dia anterior, Evans decidiu adotar uma estratégia mais conservadora para levar o carro até ao fim. E foi por isso que Ott Tanak foi o melhor na primeira especial do dia, 1,8 segundos na frente de Thierry Neuville, enquanto Kalle Rovanpera acabava em terceiro, a 3,8 mesmo com um furo e a roda frente-esquerda sem pneu.

Takamoto triunfava na especial seguinte, 3,5 segundos na frente e Adrien Formaux e 4,7 sobre Neuville, ao mesmo tempo que Rowanpera sofria um avaria e era definitiva. Takamoto saiu de estrada, mas conseguiu continuar. A seguir, na primeira passagem por Hell's Gate, Adrien Formaux foi o melhor, 2,8 sobre Thierry Neuville e 4,5 sobre Takamoto Katsuta. Jan Solans acabou a especial sem vidros na janela do seu carro. 

Takamoto acabou a ser o melhor na segunda passagem por Oserengoni, 0,6 segundos na frente de Formaux e 4,5 sobre Neuville, numa especial marcada po diversos engarrafamentos que causaram o atraso do começo da especial. 

Por fim, a Power Stage, que foi a segunda passagem por Hell's Gate, acabou com o triunfo de Formaux, 1,3 segundos na frente de Neuville, 4,9 de Tanak e 9,3 sobre Munster, numa especial onde Takamoto capotou, e apesar de regressar à estrada e ter cortado a meta, teve problemas de motor e acabou por abandonar na ligação ao parque fechado.   

Nos lugares restantes, Sami Pajari conseguiu o quarto posto, a mais de sete minutos do vencedor (7.18,7), muito na frente de Gregoire Munster, no seu Ford, a 11.35,3 segundos. Gus Greensmith foi o melhor dos Rally2, e sexto na geral, a 14.11,6. No sétimo lugar ficou Jan Solans, a 17.26,6, na frente do Ford de Jourdan Sereridis, a 28.45,5. A fechar o "top ten" ficou o paraguaio Fabrizio Zaldivar, a 25.38,8, e o carro de Joh Erlean, a 37.15,8. 


No campeonato, Elfyn Evans tem agora 88 pontos, contra os 52 de Thierry Neuville e os 49 de Ott Tanak e os 35 da Takamoto Katsuta.

O WRC regressa dentro de um mês, à Europa, mais concretamente às ilhas Canárias, segundo rali do campeonato em asfalto, que acontecerá ente os dias 24 e 27 de abril.

Formula 1 2025 - Ronda 2, Xangai (Corrida)


Daquilo que o fim de semana nos mostrou até agora é que temos de esperar... o inesperado. Um exemplo? Ver um Red Bull na última posição, sem que tenha acontecido por causa de um acidente, é tão inesperado que mal isso aconteceu, as câmaras foram à procura de Helmut Marko para ver a sua expressão. As especulações abundam e o piloto, Liam Lawson, tem a cabeça em perigo - alguma vez não esteve? 

E se alguém pensar que "pode ser o pior dia da Red Bull", lembro sempre do sketch d"Os Simpsons" em que o Bart diz essa frase para que o seu pai, Homer, lhe responder " é o pior dia da Red Bull... hoje". Porque irá piorar. Eu sei que 2026 poderá ser uma catástrofe para eles. Mas isso é a médio prazo. 

Porque no curto, Lewis Hamilton ganhou a corrida "sprint", Oscar Piastri conseguiu a sua primeira pole-position, ao lado terá George Russell e os Racing Bulls entraram na Q3. E há quem ache que não está suficientemente equilibrado...


Tempo cinzento em Xangai, com possibilidades de duas paragens entre os pilotos. Todos largavam com pneus médios, pensando em parar cedo na corrida, e também tentando ficar até ao final da prova, se a temperatura do asfalto ajudasse. A hipótese era tentadora...

A partida foi normal: Piastri na frente de Russell, apesar de este o ter tentado passar nos metros iniciais, com Hamilton a chegar a quarto. Depois das suas primeiras curvas, Norris ganhou um lugar ao piloto da Mercedes, e os três já tinha, alguma vantagem sobre o britânico da Ferrari. Max perdia posições para os Ferrari, acabando em sexto no final da primeira volta. Por essa altura, tinha-se descoberto que o monegasco tinha a asa danificada por um toque do seu companheiro de equipa, mas aparentemente, o seu ritmo continuava normal em relação ao resto do pelotão.

Na quarta volta, Fernando Alonso tinha problemas de travões e andava lento na pista, acabando por abandonar. Iria ser a primeira desistência - e a única desta corrida. Por esta altura, os McLaren aguentavam Russell, numa corrida que lentamente se tornava numa procissão. 

A partir da décima volta começaram as paragens nas boxes, mas Piastri e Russel apenas lá foram na volta 15, para colocarem os seus duros. Norris e Leclerc, que eram os dois primeiros naquela altura, foram às boxes na passagem seguinte pela meta, dando a liderança provisória... ao Williams de Alex Albon! há quanto tempo é que já não viam isso? 

Entretanto, na saída das boxes, Russell saiu melhor e conseguiu passar Norris quando ambos se viram atrás do carro de Lance Stroll. O piloto da Mercedes saiu melhor, e ficou com o segundo posto. Mas o da McLaren não desistiu e duas voltas depois, partiu para o ataque e numa manobra bem ousada, ficou com o segundo lugar a Russell. Tudo isto no final da reta da meta.  

Pela metade da corrida, os McLaren estavam na frente, não muito longe um do outro, e por esta altura quem ia para as boxes, trocava para médios. Russell, o terceiro, aguentava as investidas de Leclerc, e Hamilton não estava muito longe. Todos na frente de Max, o sexto. E tirando as paragens nas boxes, onde estavam a ver se levavam os duros até ao final - alguns sim, outros nem por isso - o resto era uma... procissão. Piastri era o melhor, mantendo a sua corrida de forma adulta, mantendo a distância para Lando Norris.


Contudo, por essa altura, enquanto houve aos pilotos avisos de chuva para a parte final, Max aproximava-se de Hamilton, mas quando se esperava que o apanhasse, o britânico foi às boxes, para trocar, mantendo duros. Isto na volta 38. 

Entretanto, quem passava piloto atrás de piloto, e com médios calçados, era o Haas de Oliver Bearman. Sempre que fazia isso, dizia "ciao". Contudo, quando quer passar Pierre Gasly, este vendeu cara a derrota, porque era por um lugar nos pontos. Independentemente das estratégias, a Haas estava a dar-se bem em Xangai. Afinal, nessa altura, Ocon é sétimo, apostando na conservação dos pneus - tinha duros - o mais longe possível.  

Na volta 46, as imagens televisivas mostravam uma asa danificada no carro de Tsunoda, e ele atrasava-se na luta por um lugar pontuável. De uma certa forma, a sua corrida estava acabada. 

Perto do final, enquanto os McLaren ficaram congelados nas suas posições, Max estava colado na traseira de Leclerc, para o passar na volta 53, umas voltas antes, Jack Doohan, que quando se tentava defender de Isack Hadjar, o colocou fora da pista, acabaria com uma penalização de 10 segundos. O francês ainda tentou passar o piloto da Alpine, mas...nada, mesmo com penalização.


Na última volta, Norris teve de aguentar as investidas de Russell - o piloto da McLaren tinha problemas de travões - mas ele tinha um problema com os travões. Aguentou-se bem e o segundo lugar até foi uma vitória. Atrás, Hamilton tentou apanhar Leclerc, que tinha os pneus no limite, mas o resultado foi o mesmo: o monegasco foi quinto, na frente do britânico. Os Haas saíram de Xangai felixes, com o sétimo posto de Ocon, numa estratégia excelente, e Oliwer Bearman conseguiu o ponto do décimo posto, atrás do Williams de Alex Albon, depois dos médios do seu carro terem dado o que tinham a dar. 

Ah... e Liam Lawson foi quarto... a contar do fim. Sem incidentes. Marko o deixa a pé antes de chegaram à Europa?

E assim foi a corrida chinesa. Sem estórias para contar, em contraste com a corrida australiana da semana anterior. A não ser que os McLaren tem tudo controlado. Agora são duas semanas até Suzuka. 

sábado, 22 de março de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 2, China (Qualificação)


A Formula 1 mal começou e... não há tempo. Mal acabou a corrida em Melbourne, as coisas oram rapidamente arrumadas e rumaram a Xangai. E o espaço de manobra é tão curto que, quando um dos aviões da DHL se atrasou, a terça-feira, havia o receio dos carros não chegassem a tempo de serem colocados na pista na quinta-feira. É que, para piorar as coisas, este final de semana era de "corrida Sprint".

A sexta-feira foi interessante - Hamilton foi o "poleman" da sprint, o primeiro em 30 anos que conseguiu como piloto "quarentão" -, e depois, na corrida, ele controlou as coisas ao ponto de ter acabado como vencedor, na frente de Oscar Piastri e Max Verstappen, numa corrida onde ele confessou ter dificuldades em gerir os pneus.

Mas não havia mais tempo: logo depois das 19 voltas a Xangai, a Formula 1 preparava-se para a segunda qualificação da temporada - neste caso, em "feature", ou "a corrida grande" - e com o bom tempo deste sábado, as possibilidades de algo competitivo eram grandes. 

Aa coisas começaram logo depois do sinal verde, numa disputa entre Hamilton e os carros da McLaren. Primeiro, Norris assumiu o topo da tabela de tempos com 1.32,036, mas logo oi superado por Hamilton, com uma diferença de 346 centésimos. Piastri, depois, conseguiu 1.31,591 e ficou com o primeiro posto, 445 centésimos melhor que Norris. Mas quase a seguir, a volta foi apagada, por ter passado dos limites. Pouco depois, Max conseguiu o melhor tempo, conseguindo 1.31,424. Depois, foi Kimi Antonelli a conseguir o terceiro melhor tempo, 252 centésimos pior que o piloto da Red Bull. 

No meio deste duelo entre os primeiros, atrás, já havia um grupo de pilotos em perigo: Esteban Ocon (Haas), Pierre Gasly e Jack Doohan (Alpine), Carlos Sainz Jr (Williams) e Liam Lawson (Red Bull)

Na parte final, alguns surpresas. Charles Leclerc, que andava algo aflito para conseguir um tempo, ficou com o segundo posto na grelha provisória, para logo depois, Yuki Tsunoda conseguiu... o melhor tempo! Uau. Em contraste, Gabriel Bortoleto, no seu Sauber, Oliver Bearman, no seu Haas, ficaram com a má sorte de ficarem pelo caminho. Pior: Lawson era o último!   


Pouco depois, o neozelandês lamentava-se: “É muito difícil, sinceramente. A janela é muito pequena, não é uma desculpa. Tenho de me controlar. Foi uma sessão confusa, se não tivéssemos lidado com o tráfego poderia ter corrido bem, mas ainda não é suficientemente bom. Devíamos ser suficientemente rápidos na nossa primeira volta. Só preciso de me concentrar”. 

E agora, todos começaram a ver o que fez Yuki Tsunoda e começaram a pensar quem deveria merecer esse lugar... 

Chegados à Q2, as movimentações regressaram logo à pista, especialmente os Mercedes. Primeiro, Russell (1.31,307), depois Antonelli, a ficarem com a primeira fila provisória. Depois, Tsunoda (outra vez!) consegue o segundo melhor tempo, para depois, os McLaren a fazer melhor, ficando com os dois melhores tempos. 


Na parte final, com Verstappen com o terceiro melhor tempo, Hamilton tentou a sua sorte, ficando entre os qualificados, mas poderia ter feito melhor. Leclerc fez um tempo melhor, mas ambos foram para a parte final da qualificação, a par dos Mercedes, McLaren, Recing Bulls (!), o Williams de Alex Albon e o Red Bull de Max Verstappen. Os que ficaram com a "fava" foram os Aston Martin de Fernando Alonso e Lance Stroll, o Haas de Esteban Ocon, o Williams de Carlos Sainz Jr e o Sauber de Nico Hulkenberg.

E chegamos à última parte da qualificação. 

Esta começou com Verstappen a ser o primeiro a marcar tempo: 1.30,925. Antonelli tentou desalojá-lo, mas ficou a sete décimos. A seguir, veio Hadjar e consegue o segundo melhor tempo, antes dos McLaren entrarem em pista. Primeiro Norris, depois Piastri, que marcou 1.30,641, e conseguiu a sua primeira pole da sua carreira. E a diferença entre os dois: 152 centésimos de segundo porque entretanto, George Russell conseguia um tempo onde se enfia entre os carros de Woking, e assim a diferença entre o primeiro e o segundo é de 82 centésimos de segundo.

Max foi quarto, na frente dos Ferrari de Hamilton e Leclerc.


Assim sendo, a corrida parece ser interessante. E para domingo, ao contrário da Austrália, é acordar lá pelas sete da manhã... torçamos para que seja uma corrida excelente.      

sexta-feira, 21 de março de 2025

A imagem do dia




Há 65 anos nascia em São Paulo um menino chamado Ayrton Senna da Silva. Um rapaz que, há 40 anos - ou seja, quando fez 25 - se estreava na Lotus e começou a mostrar as qualidades que lhe deram depois três títulos mundiais e passagens posteriores por McLaren e Ferrari.

Em 2025 passará 40 anos sobre a mítica vitória no autódromo do Estoril, e no dia 21 de abril, uma segunda-feira, esse momento será recriado com... o Lotus 97T na mesma pista, a dar algumas voltas em homenagem a esse resultado, e esse regresso será uma oportunidade imperdível para os fãs reviverem a emoção daquele dia e celebrarem a carreira de um dos maiores pilotos de todos os tempos.

Curiosamente, o proprietário deste Lotus 97T em particular... não é amplamente conhecido. Ou seja, não pertence a Clive Chapman, da Classic Team Lotus e filho do fundador, Colin Chapman

Agora que se sabe disso tudo, espero que chova nesse dia. 

WRC 2025 - Rali do Quénia (Dia 2)


Elyn Evans é o líder no Rali Safari, no Quénia, realizadas que estão as dez primeira especiais da prova. O piloto galês tem uma vantagem de 7,7 segundos sobe Kalle Rovanpera, ambos em Toyota, e já estão distantes do terceiro classificado, Ott Tanak, que está a 55,4 segundos da liderança. E muito distante, na quarta posição, está Thierry Neuwille, a 1.31,4 da liderança.

Com oito especiais completados nesta sexta-feira, foi um dia complicado para máquinas e pilotos por causa das condições na estrada. Passagens duplas por Camp Moran, Loldia, Kengen Geothermal e Kendong iriam ser desafiantes. E logo no arranque, com Ott Tanak a ser o melhor, 2,1 segundos na frente de Thierry Neuville e 8,6 sobre Elfyn Evans, Neuville era penalizado em um minuto porque esteve muito tempo na área de serviço, para reparar a caixa de velocidades, enquanto na especial, Sami Pajari trocou um pneu devido a um furo, e o vidro da frente foi trocado, por causa de uma pedra, Takamoto também perdia tempo por causa de um furo.


Tanak continuou a triunfar na especial seguinte, 1,5 segundos na frente de Thierry Neuville e 2,3 sobre Elfyn Evans, Rovanpera perdia 17,7 segundos por causa de um pião. Mas o pior aconteceu com Gregoire Munster, quando sofreu uma quebra na suspensão traseira-direita no seu Ford e perdeu mais de 3 minutos. 

Rovanpera foi o melhor na quinta especial, 1,1 segundos na frente de Neuville e 1,3 sobre Ott Tanak, e nio final da manhã, foi Tanak o melhor, três segundos sobre Rovanpera, 5,1 sobre Evans e 6,3 sobre Takamoto. Munster (Ford) e Neuville (Hyundai) perderam tempo por causa de furos. 

Na parte da tarde, Neuville passou ao ataque, conseguindo um tempo... 22,4 segundos melhor que Tanak e 30,4 sobre Rovanpera. Mas houve gente em sarilhos: Josh McErlean ficou parado na estrada por causa do seu sistema de escape, Oliver Solberg ficou preso na areia, Adrien Formaux furou e depois quebrou a suspensão. Munster andou lento na parte final da etapa. 

Tanak ganhou de novo na especial seguinte, na frente de Evans (a 2,6) e Neuville (a 6,4), com Tanak a ter apenas tração traseira. Rovanpera ganhou na nona especial, 5,2 na frente de Evans e 6,7 de Neuville, com Tanak a andar lentamente, com problemas no eixo do seu carro, e Takamoto com um furo. 


E por fim, o finlandês voltou a ganhar na última especial do dia, 0,3 segundos na frente de Takamoto, 3,6 sobre Evans e 4,5 sobre Neuville. Tanak perdeu 42 segundos na especial porque retiraram o eixo de ligação e só andou com a tração traseira, enquanto Evans sofria um furo.

Depois dos quatro primeiros, Takamoto era quinto, a 3.26,4, longe de Sami Pajari, sexto, a 4.19,1. Josh McErlean é o sétimo, no seu Ford, a 5.35,4, a frente de Kajetan Kajetanowicz, oitavo, a 5.53,8. e a fechar o "top ten" está o britânico Gis Greensmith, a 6.04,0 espanhol Jan Solans, a 6.34,1.

O rali do Quénia prossegue este sábado, com a realização de mais seis especiais.

quinta-feira, 20 de março de 2025

WRC 2025 - Rali do Quénia (Dia 1)


Ott Tanak lidera o rali Safari, no Quénia, realizadas que estão as duas primeiras especiais. Ele tem agora uma vantagem de 2,4 segundos sobre o japonês Katsuta Takamoto, 2,6 sobre o Ford de Gregoire Munster e três segundos sobre o Toyota de Kalle Rovanpera.  

Com duas especiais a acontecerem nesta quinta-feira, a grande novidade era a decisão dos pilotos de boicotarem as declarações após as especiais, decidindo que não iriam falar à imprensa, numa espécie de "blackout" aos jornalistas, ou falariam nas suas línguas natais. Chegamos a um ponto onde, por exemplo, Elfyn Evans decidiu falar em galês, porque é dessa parte do Reino Unido. A Associação de Pilotos, a WoRDA, e a FIA decidiram que iriam falar depois do rali, mas os pilotos queixaram-se que só receberam a informação 10 minutos antes de começar o "shakedown".

Na Super-Especial de Kasarani, o melhor foi Evans, com Neuville logo atrás, a 1,5 segundos, igualado por Kalle Rovanpera, também a 1,5. a segunda especial, Tanak andou melhor, 1,1 segundos na frente de Takamoto, 2,3 sobre Munster e e 3,7 sobre Rovanpera. Problemas elétricos obrigaram a desistência de Formaux, enquanto Takamoto saiu de estrada e perdeu algum tempo. Neuville perdeu mais de 20 segundos na especial e caiu para oitavo. 

Depois dos quatro primeiros, Evans é o quinto, a 4,5, seguido por Josh McErlean, a 8,8, no seu Ford. Sétimo é Sami Pajari, a 9,8, na frente de Thierry Neuville, a 19,7. Kajetan Kajetanowicz é o nono, a 22,7, na frente de Oliver Solberg, a 24 segundos.     

Amanhã serão realizadas mais oito especiais no rali queniano.