sábado, 1 de fevereiro de 2014

Noticias: Ross Brawn insiste que a retirada é "definitiva"

Ross Brawn disse hoje à Autosport britânica que a sua retirada da Formula 1 é permanente, apesar dos rumores que circulam por estes dias no sentido de um convite para integrar a McLatren. Num evento em Aberdeenshire dedicado... à pesca, Brawn afirmou que está reformado.

"O que as pessoas não percebem é que quando fui convidado para aqui foi que eles tinham um "furo" porque a imprensa mundial anda a tentar descobrir se eu estava a reformar-me ou não", afirmou Brawn, numa declaração citada pelo Daily Telegraph. 

"Este é o período mais movimentado do ano para a Fórmula 1 e eu decidi aceitar este convite. Se eles tivessem colocado dois mais dois, teriam percebido que eu estava a anunciar a minha retirada. Eu estou a reformar-me - e não não estou a brincar.", continuou. 

"Eu vou desfrutar da pesca durante um ano e depois ver o que a vida traz. Eu estou ansioso para isso, mas não tenho quaisquer planos.", concluiu.

Aos 59 anos de idade - fará 60 no próximo dia 23 de novembro - Brawn têm uma carreira de mais de 30 anos na Formula 1. Começou a sua carreira em 1976 na March, passando depois para a Williams, primeiro como operador de máquinas, depois como engenheiro aerodinâmico. Em 1985, passa para a Lola-Haas, ajudando a desenhar o chassis - com Adrian Newey como... seu colega! - para depois ir para a Arrows, onde fica até 1988, e a seguir, tenta a sua sorte na Jaguar, onde desenhou o modelo XJR-14 de Sport-Protótipos.

Em 1991, regressa à Formula 1, mais concretamente à Benetton, onde conheceu um jovem alemão, de seu nome Michael Schumacher. Nos anos seguintes, torna-se no diretor técnico da equipa, onde ajuda a desenhar os carros e a elaborar as estratégias nas corridas, com bons resultados: Schumacher é campeão do mundo em 1994 e 1995, antes de se mudar para a Ferrari em 1997, onde irá permanecer durante nove anos e ajudar a escrever uma página dourada na Scuderia.
Entre 1997 e 2006, Brawn ajudou Michael Schumacher e a Ferrari a vencer cinco títulos mundiais, marcando uma era de dominio na Formula 1. No final desse ano, decidiu fazer uma licença sabática, dedicando-se à pesca - o seu "hobby" - para depois regressar ao ativo em 2008, ao serviço da Honda. Contudo, no final desse ano, a marca japonesa abandona repentinamente a competição e Brawn, com o bebé nas mãos, decide tomar a equipa nas suas mãos, batizando-a de Brawn GP. Os resultados são surpreendentes, com a vitória no campeonato de Pilotos e Construtores, um feito inédito.

Em 2010, Ross Brawn vendeu a equipa para a Mercedes - que tinha fornecido os motores na sua temporada vencedora - e esta ficou com o nome da marca alemã, chamando Michael Schumacher da reforma. O regresso não foi auspicioso - apenas conseguiu um pódio, em 2012 - e a Mercedes lutou pelos melhores lugares em 2013, com Lewis Hamilton ao volante, terminando como vice-campeão no Mundial de Construtores. 

As obras do Red Bull Ring

Esta descobri ontem à noite na página da Red Bull Ring no Facebook. Sabia disto, mas não me aprofundei sobre o assunto. Mas conta-se em linhas simples: a Red Bull e as autoridades locais acordaram no final do ano passado a autorização do alargamento dos lugares para o dobro da capacidade atual, que é de cerca de 40 mil lugares, no sentido de receber condignamente a Formula 1 em Zeltweg.

Pelos vistos, as obras estão a todo o gás e pode-se ver onde é que vão acontecer as alterações: as boxes vão ser alargadas, quer em comprimento, quer em altura, as tribunas na zona da meta terão o dobro da capacidade, fazendo com que eles possam receber o fluxo de adeptos que irão, seguramente, encher o circuito.

Zeltweg sempre foi um circuito veloz, mesmo depois das grandes reformas de 1997, que o encurtaram. E sempre foi um circuito popular, pois nos primeiros tempos, era usual ver dezenas de milhares de pessoas - muito provavelmente, mais de cem mil - nas colinas adjacentes à pista, em qualquer curva. A localização central da Austria, com turistas vindos da Alemanha, Suiça, e provavelmente do outro lado da Cortina de Ferro - Hungria, a então Jugoslávia, a então Checoslováquia... - também favorecia na popularidade de Zeltweg.

Veremos como vai ser a 22 de junho, quando a Formula 1 voltar à Austria, onze anos depois da última vez.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Youtube Onboard: Nordschleife em menos de dez minutos... num AX


Esta vi no site Flatout. É certo que todos têm o sonho de guiar no Nurburgring Nordschleife mnos seus carros, de preferências sem ter de destruir as suas máquinas. E se o grande objetivo dos supercarros é de fazer aquele circuito em menos de sete minutos, para este francês, o objetivo era bem mais modesto: dez minutos. Mas bem vistas as coisas, esses dez minutos são complicados de alcançar... quando se trata de guiar um Citroen AX, 1.5 Diesel... e com 50 cavalos.

Este francês, de seu nome "Nic" - ele escondeu-se durante a realização deste video - andou durante sete anos a tentar alcançar algo que à partida, era impossivel: fazer o Nordschleife em menos de dez minutos. Tentou tudo: meteu um roll-bar, colocou uma melhor caixa de velocidades, tirou o banco do passageiro e os bancos de trás e melhorou o seu estilo de condução. E o resultado foi este.

Com um carro de tão pouca potência, se você perder o momento de maior aceleração, já era”, começa por contar Nic. “Em muitas curvas eu costumo forçar demais o carro para maximizar este momento, ou seja: meu vídeo não é nenhuma lição de pilotagem!”, concluiu.

Tem de se tirar o chapéu a ele, porque isto é o melhor exemplo de esforço e persistência. E triunfo. Em dois dias, o video foi visto por mais de 164 mil vezes.

As primeiras impressões da nova era Turbo

Uma sessão de testes não significa tudo. Mas mostra algumas coisas. Hoje foi o último dia em Jerez, e de uma certa maneira, posso afirmar que numa nova era como esta, dos motores turbo, estas dificuldades eram esperadas. E de modo interessante, algumas "profecias" foram cumpridas. Por agora, porque em Melbourne, daqui a pouco mais de um mês, as coisas poderão ser diferentes.

Começo primeiro por recuar um mês e meio, até 16 de dezembro, para recordar uma frase de Jenson Button. E é esta: “Os testes de inverno vão ser 'hilariantes' em Jerez. Vai estar frio, os pneus não vão funcionar, os carros provavelmente também não e quando você conseguir completar uma volta, provavelmente vai parecer estranho, porque você está usando marchas mais altas – agora você chega na oitava marcha antes da sétima. É uma maneira muito diferente de pilotar e você tem de esquecer muito do que aprendeu em termos de como guiar um carro de corrida, o motor, a potência de um carro de corrida e a maneira como você controla a potência. É tão, tão diferente”, afirmou.

As catorze temporadas de experiência de Button na categoria máxima do automobilismo valem o que valem, e ele já assistiu a muito. Apesar de ter completado recentemente 34 anos, é um veterano com créditos firmados, e o que vimos nos últimos quatro dias reflete isso. As quebras mecânicas foram muitas e mesmo os carros mais resistentes tinham "ordens" para não forçar o andamento, pois ainda não havia dados suficientes sobre o comportamento destes carros em pista, já que tudo isto esteve envolvido em simulações.

O resultado dos testes de Jerez confirmou também um rumor que circulava há meses, desde meados da temporada passada. Falava-se na altura de que os motores Mercedes teriam uma vantagem sobre os Ferrari e os Renault, não só em termos de resistência, como em termos de potência. Falava-se até que poderiam ter entre 40 a 80 cavalos a mais do que os Ferrari e os Renault. Pois bem: a Mercedes liderou as tabelas de tempos, quer com a equipa da casa, quer com os McLaren de Jenson Button e Kevin Magnussen, quer com o Williams de Felipe Massa e Valtteri Bottas. E já começaram a fazer simulações de corrida, com resultados satisfatórios.

Em claro contraste, os Renault apresentaram quebras constantes, e ontem, circularam insistentemente relatos de uma discussão acalorada entre Adrian Newey e Rob White, da Renault. Newey - e a Red Bull - foram embora mais cedo de Jerez. Hoje mesmo, viram-se buracos nos Red Bull RB10, no sentido de arrefecer os seus motores, já que essa é a grande causa dos constantes problemas mecânicos que a equipa de Milton Keynes está a passar. Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel, combinados, não deverão ter tido voltas suficientes para uma corrida... (e não tiveram: só deram 21 voltas)

No meio disto tudo, lembro de uma frase no Twitter dita pelo jornalista britânico Adam Cooper, que afirmou que "provavelmente em Melbourne, poderá não haver carros para os oitavo, nono e décimo posto". Em cada nova era da Formula 1, as quebras mecânicas serão invetitavelmente altas em comparação à era anterior, e para quem viveu a primeira era dos motores Turbo, como eu, lembra-se perfeitamente da quantidade de abandonos causados nessa altura, especialmente os motores Renault, e os seus turbocompressores. Alain Prost poderia ter conquistado perfeitamente o seu primeiro título mundial em 1982, se não tivesse tido nove quebras consecutivas ao longo dessa temporada...

Para finalizar, quero dizer uma coisa: por muito que Bernie Ecclestone grite e tenha razão nas suas criticas sobre os testes da nova era Turbo, ele neste momento têm processos em tribunal em três paises diferentes: Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha. E os crimes são graves, como fraude, suborno e corrupção, do qual envolvem em penas de prisão. E neste momento, qualquer pena de prisão significa o final da carreira para ele, pois está a caminho dos 84 anos de idade. O que vos quero dizer é que, sempre que ele abre a boca, pensem no "caso Gerhard Gribowsky" em particular e até que ponto ele está atolado até ao pescoço.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Eddie Irvine... e o tubarão

Que Eddie Irvine está a divertir-se na sua reforma, isso é um facto. Mas esta noticia, divulgada hoje na BBC, confesso que é mais invulgar. O ex-piloto de 48 anos relatou recentemente que durante as suas férias nas Bahamas, ele andou à luta contra... um tubarão com cerca de 2,1 metros de comprimento, numa expedição de caça submarina.

Eis o que aconteceu, nas suas próprias palavras:

"Eu tinha acabado de caçar um grande pargo, mas a lança atravessou-o. Ao mesmo tempo, uma grande raia passou por mim e por trás dela apareceu um tubarão - limão com sete pés de comprimento", começou por dizer. "Ele estava nadando mais agressivamente do que o normal. A minha ilha está cercada por eles, mas normalmente eles têm apenas três ou quatro pés de comprido (0,9 a 1,2 metros)."

"Vi-o e começou a fazer para a praia e ele começou a me seguir - Nadei para trás mantendo meu olho nele e ele circulou novamente - então ele veio direto para mim. Não podia fazer nada até que ele tivesse perto de mim, cerca de três pés, quando consegui espetar-lhe com a minha lança", concluiu.

Irvine, que foi piloto da Jordan, Ferrari e Jaguar entre 1993 e 2002, conseguiu três vitórias e uma volta mais rápida ao longo da sua carreira, tendo sido vice-campeão do mundo em 1999 ao serviço da marca de Maranello. Há poucas semanas, tinha sido condenado a seis meses de prisão por um tribunal de Milão devido a um incidente em 2008 quando agrediu Gabriele Moriatti, filho da ex-presidente da câmara Letizia Moriatti. Contudo, a imprensa italiana falou na altura que é provável que o irlandês não iria passar qualquer dia atrás das grades, devido ao risco de prescrição do crime.

Noticias: McLaren confirma Eric Boullier na equipa

A McLaren confirmou ontem em comunicado oficial de que Eric Boullier vai trabalhar na McLaren, como diretor desportivo, no lugar de Martin Withmarsh. O antigo diretor desportivo da Lotus-Renault começará a trabalhar na equipa de Woking a partir do próximo dia 3 de fevereiro, e irá responder a um CEO da equipa de Formula 1, do qual ainda não se conhece o seu nome. Essa pessoa, por sua vez, irá responder a Ron Dennis.

"Primeiro de tudo, considero este convite como uma honra, um privilégio e uma oportunidade maravilhosa", começou por dizer Boullier no comunicado oficial da marca. "A força de trabalho da McLaren Racing e as instalações do Centro de Tecnologia da McLaren são de classe mundial, e estou extremamente animado com a perspectiva de me unir a uma equipa tão excepcional. Estou ansioso e determinado a desempenhar um papel activo, trabalhando ao lado dos outros gerentes e diretores seniores da McLaren Racing, dentro de uma nova estrutura operacional, para trazer as mudanças que nos tornarão bem sucedidos." continuou. 

"Por último, gostaria de aproveitar esta oportunidade para garantir à equipa da McLaren Racing que estou totalmente determinado a igualar a sua paixão famoso e empenho para vencer.", concluiu. 

Já Ron Dennis deu as boas-vindas e Boullier e afirmou: "A nomeação de Eric é uma parte integrante de uma reestruturação das chefias dentro McLaren Racing. Eu já tinha transmitido pessoalmente a toda a força de trabalho do Grupo McLaren, que inclui McLaren Racing, os nossos valores, princípios e a mentalidade que eu e todos nós temos a intenção de adoptar daqui em diante. Minha intenção é que a partir de agora todos na McLaren Racing entendam quais são as suas responsabilidades e obrigações, focalizando-se nas suas áreas de especialização, de acordo com esses valores, princípios e mentalidade. No seu devido tempo, iremos anunciar a identidade do novo CEO da McLaren Racing, que vai reportar a mim, e para quem Eric irá responder.", continuou. 

"Estou firmemente crente de que, uma vez que esteja concluída a reestruturação nas posições cimeiras da McLaren Racing tem sido montado, iremos juntos começar o caminho de volta à plena competitividade, de forma rápida e profissional, aproveitando a fantástica quantidade de talento que existe dentro de nossa organização.", concluiu.

Boullier, de 40 anos (nasceu a 9 de novembro de 1973, em Laval), é licenciado em Engenharia Aeroespacial no Institut Polythecnique des Sciences Apliqués e começou a trabalhar no automobilismo em 2002, quando se tornou no chefe da equipa Racing Engeneering, na World Series by Renault. No ano seguinte, passou para a DAMS, onde, entre outros, tomou conta da equipa francesa da A1GP.


Em 2008, passou para a Gravity Sport Management, onde se tornou no seu CEO, tomando conta das carreiras de vários pilotos, entre eles, Jerôme D'Ambrosio e Adrien Tambay, filho de Patrick Tambay. Dois anos depois, em 2010, a Renault decidiu escolhê-lo para ser o seu representante na sua equipa de Formula 1, em conjunto com Gerard Lopez, o sócio de proprietário da Gravity e da Genii Capital. Apesar de não ter experiência de Formula 1, os resultados foram bons. Primeiro, com um quinto lugar no campeonato de construtores, em 2010, e depois, já com a equipa a chamar-se de Lotus, a equipa de Enstone alcançou melhores resultados, com duas vitórias em pista, através de Kimi Raikkonen.

Para além disso, Boullier é o vice-presidente da FOTA, a associação de construtores da Formula 1.  

Apresentações 2014 (VIII): O Marussia MR03

Dois dias depois do esperado, devido a uma avaria, a Marussia revelou esta manhã em Jerez o seu novo carro, o MR03. Apesar de ter o apêndice frontal do qual os adeptos contestam fortemente, o novo chassis é bem mais elegante e conservador do que a maior parte dos chassis existentes no pelotão. Guiado por Max Chilton e Jules Bianchi, o novo bólide é o resultado de quase dois anos de construção, desde que em meados de 2012 um pequeno grupo de engenheiros começou a desenhar o carro segundo os novos regulamentos. Para além disso, a marca vai ter motores Ferrari, em substituição dos Cosworth V8.

Temos um grupo técnico de engenheiros jovens, mas experientes, e extremamente talentosos dentro da Marussia, que contribuiu enormemente com a nossa taxa de progresso nos últimos dois anos”, começou por falar John Booth, chefe da equipa. “Ter projetado um carro que é fiel ao conceito concebido no início de 2012, apesar da integração de um sistema de transmissão completamente novo e, enquanto isso, pressionando para atingir o nosso objetivo no Mundial de Construtores de 2013, é uma prova do nosso amadurecimento como equipa técnica”, continuou.

Para John McQuilliam, o chefe de design da equipa, o novo chassis é um orgulho para a marca e espera que o chassis seja tão fiável como em 2013, quando um dos seus pilotos, Max Chilton, conseguiu acabar todas as corridas dessa temporada.

O carro foi fabricado e finalizado em padrões muito elevados, obtendo simultaneamente as nossas metas de economia de peso mais significativa até o momento e, mais importante, com um olho crucial na manutenção do nosso excelente histórico de fiabilidade”, começou por dizer McQuilliam. “Sem dúvida, o maior desafio do projeto foi em termos de arrefecimento, mas esta é uma das áreas do qual não só estamos muito satisfeitos com a resposta do design, mas também com o grau de inovação que atingimos com a nossa solução.", continuou.

O layout é completamente novo em termos das suspensões dianteira e traseira, e é produto da nova regulamentação aerodinâmica, que dá maior ênfase à performance mecânica, com os sistemas mecânicos agora tendo muito mais relevância”, concluiu.

Noticias: Médicos despertam Schumacher do coma

Menos de 24 horas depois de ter desmentido noticias nesse sentido, a assessora de Michael Schumacher, Sabine Kehm, admitiu hoje que os médicos do Hospital Universitário de Grenoble, que estão a tratar do ex-piloto alemão, estão a acordá-lo do coma. Contudo, Kehm avisou que poderá levar muito tempo até que ele acorde e poder avaliar a extensão das suas lesões cerebrais, sofridas no passado dia 29 de dezembro, na estância francesa de Meribel.

A sedação do Michael está sendo reduzida para poder permitir o início do processo de despertar, que pode demorar muito tempo. Para a proteção da família, foi originalmente acordado pelas partes interessadas que essa informação só seria divulgada uma vez que o processo fosse consolidado. Por favor, entendam que nenhuma outra atualização será divulgada”, informou.

A família de Michael Schumacher mais uma vez pede que sua privacidade e o segredo médico sejam respeitados e que os médicos tratando Michael não sejam perturbados no seu trabalho. Ao mesmo tempo, a família quer expressar sua sincera apreciação pela simpatia demonstrada ao redor do mundo.", completou.

Como foi dito, o processo de despertar do coma levará algum tempo, dias, senão semanas. Só depois é que os médicos chegarão a conclusões sobre a extensão das lesões que o piloto sofreu, e sobretudo se o piloto alemão despertar do coma, para saber até que ponto é que ele foi afetado. É que são legítimos os receios de que ele tenha tido lesões cerebrais graves, ao ponto de o transformar num "vegetal". Agora são tempos decisivos.

Youtube Formula 1 Testing: um dia de testes em Jerez


Este filme é interessante, trata-se de um resumo dos testes de ontem no circuito de Jerez. Mais do que ver os novos carros e os seus "narizes à Gonzo", é interessante ouvir os ruidos dos novos motores V6 Turbo. São interessantes, e claro, fazem lembrar os carros da IndyCar, que usam o mesmo tipo de potência. Os ruidos são diferentes, é certo, mas creio que não são a catástrofe que muitos "antecipavam"...

Este vi no Facebook do Wellington Costa.

Youtube Top Gear Teaser: Contando os minutos...

Contando os minutos até começar a nova temporada. Até o The Stig está ansioso, quem diria!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Michael Schumacher, um mês depois

Precisamente um mês depois do seu acidente, na estância de esqui a Meribel, nos Alpes Franceses, a situação sobre o estado de saúde de Michael Schumacher é algo contraditória. Se a rádio francesa RMC fala que um dos médicos, Stephan Chabardes, afirmou que a medicação está a ser retirada aos poucos no organismo do ex-piloto alemão de 45 anos, que está em coma induzido desde o dia do seu acidente, a asessora de imprensa, Sabine Kehm, mantêm o mesmo tipo de comunicado de imprensa os jornalistas, continuando a afirmar que “qualquer informação que não venha dos médicos que estão tratando dele ou de sua equipa médica deve ser considerada especulação”. 

Contudo, desta vez, o comunicado não dá qualquer palavra sobre o estado de saúde do piloto alemão, que sofreu duas cirurgias para reduzir a pressão intracraniana que sofreu com as lesões, o que é estranho, dado que um dos médicos da equipa falou em recuperação...

Também hoje, o jornal português "A Bola" publicou um artigo de duas páginas sobre Michael Schumacher, para assinalar um mês sobre o seu acidente. A coisa interessante deste artigo foi que a jornalista Elsa Bicho decidiu falar com um neirocirurgião, Carlos Vara Luiz, chefe do serviço de neurologia do Hospital de São José, em Lisboa, onde tentou falar o melhor possivel sobre casos como o dele, sem entrar em grandes pormenores, devido ao sigilo médico e ao facto de que, em medicina, "casa caso é um caso". Mas mesmo ficando-se nas generalizações, entende-se que o quadro e grave e as hipóteses de uma recuperação total são minimas. Mas acho que vale a pena colocar aqui o artigo na íntegra.

HÁ UM MÊS QUE O MUNDO ANSEIA ACORDAR SCHUMACHER

Acidente de esqui foi a 29 de dezembro
Neurocirurgião diz ser mau augurio

por Elsa Bicho

Foi há precisamente um mês que o mundo acordou com a noticia que Michael Schumacher havia sofrido um grave acidente de esqui nos Alpres Franceses, na estância de Meribel. Transferido para o Hospital Universitário de Grenoble, foi submetido a duas cirurgias, permanecendo em coma induzido. As atualizações do seu estado clinico foram sempre curtas e pouco esclarecedoras. Inclusivé para respeitar a vontade da familia, zelosa da sua privacidade perante situação tão delicada quanto a de "Schumi".

Passado um mês, como estará o cérebro de um homem que passou a vida a correr a 300 km/hora? Como estará o alemão que sempre andou a cavalo e fez esqui? Como estará o piloto apaixonado por motociclismo e por toda a atividade desportiva que, vá lá saber-se, sempre teimou em fazer perigar a sua vida? Ainda que analisando o caso de Schumacher de forma genérica, dada a falta de pormenores sobre o seu estado, e cada caso é um caso, Carlos Vara Luiz, neurocirurgião e chefe de serviço de neurologia do Hospital de São José, faz a leitura da situação de "Schumi", acontecimento que têm acompanhado, até por ser fã do germânico. Certo é que, um mês em coma induzido não é bom augurio.

'Só poderei falar de forma genérica, visto não ter acesso ao processo de Schumacher. Contudo, é factual que o piloto sofreu um traumatismo craniano, que pode ser considerado como ligeiro, moderado ou grave, conforme a escala de comas de Glasgow, que vai de 3 a 15. Três é um coma profundo, 15, somos nós dois a conversar. Abaixo de oito é considerado grave, que deverá ser o caso de Schumacher, ventilado e com todos os cuidados de proteção cerebral'

'Vejamos: foi submetido a uma primeira cirurgia, uma vez que deveria apresentar hematomas cerebrais. esses hematomas são de vários níveis. Podem ser de dentro do cérebro, por cima ou por baixo da membrana cerebral, a chamada dura-mater, ou podem ainda ser entre o osso e essa dura-mater. Hematomas dentro da cabeça fazem pressão, dái que, presumo - e atenção, digo presumo porque não estou na posse de mais dados - Schumacher terá sido submetido a uma segunda cirurgia, a chamada craniotomia descompressiva, para travar a hipertensão intracraniana. Ou seja, num edema cerebral, o cérebro não cabe dentro da cabeça, daí mexer-se no osso para arranjar espaço para que o cérebro não sofra tanto', explica o clinicom pormenorizando procedimentos neste tipo de casos.

'Falou-se em estar em hipotermia. A temperatura interior do nosso corpo é de 37 graus. Ao baixarem-lhe a temperatura entre os 32 e os 35 graus, estão a reduzir-lhe o metabolismo. O cérebro é o orgão que mais consome oxigénio e glicose. É altamente energético. A redução da temperatura e o coma induzido com barbituricos indica que está com a atividade cerebral reduzida, que está a receber toda a possivel proteção cerebral. Ou seja, está a receber todas as condições para que o seu cérebro sobreviva. Mas como estará o seu cérebro, a pergunta mantêm-se', assevera Carlos Vara Luiz, negando poder avançar se Schumacher conseguirá recuperar, se conseguirá andar ou ver, uma vez que não são conhecidas as partes do cérebro mais afetadas com a queda e embate na cabeça na rochas.

'Todo este quadro significa que o seu estado é muito grave. O estar monitorizado, ventilado, é disso sinónimo', atesta.
PASSA O TEMPO...

Que leitura fazer, então, do facto de Michael Schumacher ainda permanecer em coma induzido?

'Schumacher deverá estar a ser visto diariamente, acompanhado constantemente com acesso às melhores tecnologias. Quando pode um médico subverter o coma induzido? A PIC - pressão intracraniana - é normal com valores de 10/12. Acima de 20 é considerada hipertensão. Há casos de 40 ou 50 que sabemos não mais poderem ter grande vida. Os neurocirurgiões têm tudo catalogado. Há monitores que alertam para a diálise cerebral, para os valores de oxigenação do cérebro... apenas mediante determinados valores podemos proceder à remoção dos barbituricos. Um mês é já muito tempo com proteção cerebral. Não augura cenário positivo', assenta o chefe de serviço de São José, concordando, contudo, que o facto de Schumacher ser um saudável desportista poder ser factor relevante em caso de desejada recuperação.

'É um aspecto muito positivo, tal como a sua idade, 45 anos. O fato de estar em boa forma fisica deverá indicar que não tinha colesterol alto, que nao deveria ter diabetes, nem outras doenças associadas. Mas será que chega? Um mês nestas condições, sem ninguém dizer mais nada ao mundo, sem que nada de positivo transpire cá para fora, não me parece animador', volta a frisar Carlos Vara Luiz, confessando não conhecer caso catalogado de grave com total recuperação. 

'Schumacher era um Super Homem. Mas não conheço ninguém que renha voltado a ser tal qual como era após sofrer um traumatismo grande e grave', garante."

Formula 1 em Cartoons: A apresentação da Ferrari (Riko Cartoon)

As apresentações já não são o que eram. Pelo menos é que o Frederico Ricciardi, mais conhecido por "Riko" decidiu cartoonizar a apresentação da Ferrari para a temporada de 2014...

Formula 1 em Cartoons: Mercedes em Jerez (Cirebox)

O primeiro dia dos testes de Jerez não correu bem para Lewis Hamilton e para a Mercedes, com o britânico a dar cabo do carro logo na primeira curva. Assim sendo, aquele que é conhecido como "Cirebox" decidiu tirar uma das fotos do dia e colocar a seguinte legenda...

Apresentações 2014 (VII): o Caterham CT05

Esta terça-feira, a Formula 1 deve ter visto aquela que provavelmente poderá ser o carro com o bico mais excêntrico do pelotão. O Caterham CT05, máquina desenvolvida pela equipa de Leafield, e que terá motor Renault pela terceira temporada consecutiva, têm um bico bem mais excêntrico do que a maioria, ao elevar o seu bico de forma a deixar um apêndice bem grande, a fazer lembrar um aspitador... mas ao contrário. Mas também poderá ter sido inspirado no Ferrari 312T4 de 1979, que deu... titulos.

Mas para Chris Abiteboul, o novo carro poderá ser inspirador de pesadelos: “A Formula 1 ainda é um espectáculo e deveria ser atraente para as pessoas”, começou por justificar Abiteboul numa entrevista dada à revista britânica ‘Autosport’. “As crianças sonham com Formula 1 e eu não sei se teriam sonhos ou pesadelos vendo carros assim. Isto fez lembrar do filme ‘Alien’”, prosseguiu.

Nós acreditamos que o CT05 é um bom ponto de partida para nós lidarmos com as novas regulamentos e os desafios associados, particularmente em termos de fiabilidade. Nós temos muitas pessoas talentosas em Leafield que trabalharam sem descanso para dar vida a este carro e todos tiveram um papel para nos ajudar a superar as expectativas que traçamos”, continuou. 

Obviamente, não saberemos onde realmente estamos em relação aos outras equipas antes da primeira corrida, mas nós acreditamos que respondemos aos desafios apresentados pelo novo regulamento da melhor forma que podíamos”, concluiu.

O carro têm uma parceria com a Red Bull e a Renault no sentido de ajudar no desenvolvimento do carro, no sentido de sair do fundo do pelotão e começar a marcar os seus primeiros pontos já em 2014. “Na Renault Sport e na Red Bull Technology, nós temos parceiros técnicos que equiparam a marca vencedora do Mundial nas últimas quatro temporadas e, enquanto somos realistas o bastante para saber que é muito improvável que nós estejamos competindo na frente do pelotão, não há razão para que não possamos lutar mais à frente do que fizemos desde que entramos em 2010”, começou por referir.

Fiabilidade e gestão de energia irão ter um papel chave em 2014, especialmente no início da temporada, então a nossa experiência em trabalhar bem de perto com essas duas organizações desde 2011 vai, definitivamente, ajudar ao longo do ano”, concluiu. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Youtube Motorsport Crash: os acidentes do fim de semana que passou

Para acabar o dia, mostro-vos uma compilação de acidentes que aconteceram no fim de semana que passou, quer em Daytona, quer nos ralis no norte europeu, todos cheios de neve. Alguns, como o do Memo Gidley, foram  autênticos sustos, outros foram mais cómicos. E pelos vistos, aquela curva na Finlândia continua a fazer vitimas...

A compilação foi feita pelo Alex Ventura. Acho que vale a pena.

Apresentações 2014 (VI): O Mercedes W05

Ao mesmo tempo que foi mostrado com a Red Bull, Caterham e Force India, a Mercedes mostrou em Jerez o seu modelo W05 para os primeiros testes da nova temporada. Ao contrário da tendência, a marca alemã decidiu seguir mais a tendência da Ferrari do que ser como todos os outros, dispensando um "nariz Gonzo", esperando que dessa maneira consiga ser superior à concorrência.

Com a manutenção da dupla do ano anterior, o alemão Nico Rosberg e o britânico Lewis Hamilton, espera-se que este novo carro dê o salto de qualidade que a marca espera paraq bater a Red Bull e poder aspirar aos títulos de pilotos e construtores, que desde 2010 pertencem à Red Bull.

Paddy Lowe, o novo homem forte da Mercedes no lugar de Ross Brawn, mostrou-se satisfeito com o trabalho feito. "Toda a equipa fez um excelente trabalho. Nós conseguimos alcançar as nossas metas, mas, como sempre, só vamos entender o nosso desempenho quando o campeonato começar", começou por dizer. "O novo carro é elegante e bonito, mas agressivo. A engenharia é extremamente inovadora e inteligente. A nossa equipa pode considerar-se orgulhosa do trabalho feito até agora, mas todos sabemos que vamos ter de percorrer um longo caminho antes da primeira corrida", concluiu.

Christian "Toto" Wolff, o diretor comercial da empresa, afirma-se confiante de que o carro será uma evolução positiva rumo às primeiras posições, mas têm plena consciência de que esta temporada, com as novas regras, os desafios serão enormes e espera que o carro seja bem fiável.

"Temos uma pré-temporada agitada pela frente e um longo ano em que a fiabilidade será de grande importância. Lewis e Nico começam com fome de sucesso e estou realmente confiante. Acho que demos um passo importante na temporada passada, quando conquistamos o vice-campeonato", explicou Wolff.

O carro já rodou hoje em Jerez, com Lewis Hamilton a bordo... e já acabou mais cedo, quando o piloto britânico perdeu o controlo do seu carro no final da reta da meta, depois de ter cumprido apenas 18 voltas.
"Para mim, é um começo incrivelmente positivo ser o primeiro carro a ir para a pista e completar um bom número de voltas. Claro, é uma pena encerrar o dia mais cedo, depois de todo o pessoal ter trabalhando tão duro. Parecia que completaríamos facilmente mais quilometragem do que qualquer outro carro", comentou.

Apresentações 2014 (V): O Red Bull RB10

Novos carros, novos regulamentos, narizes diferentes. E Adrian Newey foi diferente dos outros, e é aí que reside provavelmente a sua genialidade. Um bico baixo e estreito, com uma "quilha" onde instalou o sistema de arrefecimento do piloto, e evitando seguir a "tendência Gonzo" dos outros carros da Formula 1 nesta temporada de 2014.

Em termos de equipa, há um novo piloto na área: o australiano Daniel Ricciardo, que substitui o seu compatriota Mark Webber, que mudou de competição, indo para a Endurance, ao serviço da Porsche. E ele vai correr ao lado de Sebastian Vettel, que parte este ano à busca de um quinto título consecutivo, algo que apenas Michael Schumacher alcançou, entre 2000 e 2004.

Para Christian Horner, esta temporada é um grande desafio, mas o maior de todos será o do novo motor V6 Turbo da Renault: “É uma folha em branco. É uma oportunidade para as equipas de design colocarem as mãos em um novo desafio, mas, é claro, o maior desafio está no motor e é por isso que confiamos fortemente no nosso parceiro, a Renault, para ter certeza de que teremos um motor competitivo com os nossos rivais, pois temos confiança de que eles terão”, afirmou o dirigente.

Adrian Newey, o legendário projetista da marca, também alinha no mesmo diapasão: "O novo motor é um grande desafio. É extremamente complicado instalar esse novo pacote. É a maior mudança de motor na Formula 1 desde o desaparecimento dos turbos no final nos anos 80. Obviamente, a Renault é a responsável por tudo isso, o nosso trabalho é apenas tentar instalar o motor da forma mais pura possível", começou por explicar, antes de falar sobre os novos bicos.

"Acho que nenhum dono de equipa realmente gosta desses novos modelos", começou por lamentar. "É um regulamento engraçado, onde você tem a impressão que o carro tem quase dois bicos. Em graus variados, todos terão esses bicos feios e desajeitados, o que eu acho uma pena. Para mim, a estética de um carro de Formula 1 é importante", continuou.

"Nós temos agora um bico mais baixo para evitar que um carro levante voo num eventual toque, como o que o incidente de há alguns anos entre Mark Webber e Heikki Kovalainen [Valencia 2011]. Se realmente faz diferença ou não, é um ponto discutível, mas foi considerado seguro, por isso tivemos de seguir esse caminho", concluiu.

Em relação aos pilotos, Sebastian Vettel vai ter um novo companheiro de equipa, do qual espera que o seu talento e a sua juventude o faça com a competitividade dentro da Red Bull seja mais equilibrada em relação a anos anteriores. Elogiando-o, comentou: “Nós temos um passado semelhante, viemos da família Red Bull desde o início da nossa carreira. Acho que é ótimo ele ter esta hipótese e tenho certeza que ele vai dar o melhor dele para dificultar a minha vida”.

Acho que um novo companheiro, em geral, não muda muito. Ao fim e ao cabo, é um nome diferente, uma pessoa diferente, mas acho que a equipa está acostumada a trabalhar com pilotos diferentes. Claro que o primeiro ano pode ser um pouco difícil para ele e para a marca, só por não se conhecerem. Posso ter um pouco de vantagem por isso, mas, por outro lado, ele é muito talentoso, muito inteligente, então tenho certeza de que ele vai se adaptar rapidamente. Pelo que conheço da equipa, eles vão ajudá-lo o máximo possível, então, no fim, somos a equipa mais forte que podemos ser”, concluiu.

Já Ricciardo, o novo recruta da marca, afirma estar pronto para o desafio, que considera ser complicado, mas estimulante: “Acho que a temporada será muito empolgante, mas muito desafiadora. É algo pelo qual estou ansioso já há alguns meses”, começou por comentar.

Para mim, é outro grande passo na minha carreira, mas, com todas as mudanças nas regras, também é para a equipa, que está explorando terrenos novos. Será muito desafiador para todos, mas nós estamos prontos e animados”, concluiu. 

Youtube Testing Crash: O acidente de Lewis Hamilton em Jerez

O primeiro dia de testes em Jerez não começou muito bem para Lewis Hamilton. Depois de apresentado o novo W05 à imprensa, o piloto britânico foi à pista para recolher as primeiras impressões do carro, mas as coisas não correram muito bem para o piloto britânico, que vai correr com o numero 44. É que ele embateu com o carro na barreira de proteção, depois de falhar a travagem, como podem ver neste video, onde a jornalista da Antena 3 espanhola apanha o momento do despiste.

Curiosamente, não é a primeira vez que isso acontece nos lados da Mercedes. O mesmo aconteceu no ano passado, também no primeiro dia, e também com... Lewis Hamilton ao volante.

Noticias: Problemas técnicos atrasam lançamento do novo Marussia

A poucas horas do começo dos testes de Jerez, a Marussia poderá ficar, pelo menos, algum tempo de fora. É que ao MR03, o carro que a marca iria apresentar esta terça-feira no circuito espanhol, foi-lhe detectada uma avaria e acabou por não fazer a viagem da Grã-Bretanha para o sul de Espanha, segundo conta o seu diretor, John Booth.

É melhor fazer os devidos ajustamentos enquanto temos todos os materiais e toda a nossa equipa a  trabalhar. Nossa meta é resolver essa pequena falha o mais cedo possível e, imediatamente, mandar o MR03 pronto para Jerez”, explicou.

Tivemos uma ótima construção do carro, com tudo dentro do cronograma. Então, encontramos um pequeno e muito frustrante problema perto de ver o projeto funcionando”, concluiu, não sem deixar expressa a sua frustração.

A Marussia vai manter a sua dupla de 2013, com Jules Bianchi e Max Chilton, enquanto que vai ter este ano motores Ferrari, em substituição dos Cosworth.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Apresentações 2014 (IV): o Toro Rosso STR9

Em Jerez, na véspera dos primeiros testes da nova temporada, a Toro Rosso mostrou o seu novo carro, que promete ser um "divisor de águas" para a marca de Faenza, que este ano começa a ter uma maior intimidade com a "casa mãe", a Red Bull, com o mesmo motor Renault e muito do desenvolvimento partilhado, apesar do carro ser desenhado por James Key.

Apresentado pelos seus pilotos, o estreante russo Daniil Kvyat e pelo francês Jean-Eric Vergne, o seu novo bico segue a tendência da Williams, McLaren e Sauber - ou seja, um nariz "à Gonzo" - contudo, a sua frente é bem mais alta do que os exemplos anteriores, o que poderá ser uma antecipação ao que vêm ai amanhã, quando a Red Bull apresentar o seu RB10, também em Jerez.

Quando comentado sobre o novo carro, o russo de 19 anos afirma esperar não existir grandes diferenças no estilo de pilotagem do STR9 dos outros carros que experimentou num passado recente: "Algumas coisas irão mudar na pilotagem. Acho que vai ser diferente, mas não muito, para ser honesto. Eu não acredito que vai ser algo do género 'uau, isso é uma grande mudança'", começou por afirmar.

"No final do dia, você tem que pilotar rápido para entender onde há mais aderência nas curvas e assim por diante. O foco será tentar descobrir qual é a melhor linha para otimizar as diferentes fases de uma curva. Isso não vai mudar, mas ainda não sei exatamente o que esperar, porque ainda não pilotei este carro. Vai ser um desafio muito grande para toda a gente", prosseguiu.

Franz Tost, o manager da Toro Rosso, afirmou que a temporada que aí vêm será interessante, e que o trabalho foi duro, com o intuito de ter o carro pronto a tempo de ser mostrado e estreado na pista espanhola: "A temporada de 2014 vai ser bem interessante em vários pontos de vista. Vai ser um ano de novas estratégias", começou por afirmar. "Nunca trabalhei tão duro como foi neste ano, com o STR9. A equipa trabalhou até às duas da manhã na fábrica para que tudo ficasse pronto a tempo", concluiu.

O carro vai começar a rolar amanhã em Jerez, para os primeiros testes da temporada.

Noticias: Formula E nomeia mais pilotos para a competição

A organização da Formula E anunciou esta segunda-feira que mais oito pilotos irão fazer parte do pelotão na temporada inicial da competição, marcada para setembro deste ano. Entre os anunciados estão ex-pilotos de Formula 1 como Bruno Senna, Sebastien Bourdais e pilotos com experiência na IndyCar, como J.R. Hildebrand e Oriol Serviá.

Estou muito animado em fazer parte do clube de pilotos da Formula E. Os carros elétricos são o caminho para as corridas e para um futuro melhor”, comentou Bruno Senna, que entre 2010 e 2012 passou por Hispania, Lotus e Williams.

Para além destes três pilotos, a organização confirmou o holandês Christian Albers (que passou pela Spyker entre 2006 e 2007) o alemão Daniel Abt, o indiano Narain Kathikeyan (que passou por Jordan e Hispania), o francês Franck Montagny (que passou pela Super Agruri em 2006) e o americano J.R. Hildebrand

Todos eles se juntam a outros oito pilotos anunciados inicialmente: o brasileiro Lucas di Grassi, o japonês Takuma Sato, o suiço Sebastien Buemi, o indiano Karun Chandhok, o italiano Vitantonio Liuzzi, o chinês Ma Qinghua e o francês Adrian Tambay, filho do ex-piloto de Formula 1, Patrick Tambay

Youtube Top Gear Teaser: o que podemos esperar da temporada 21...


À medida que se contam os dias até que comece a nova temporada do Top Gear, a BBC colocou um pequeno "teaser" de 30 segundos, onde se pode ver de tudo: tanques, o McLaren P1 em Spa-Framcochamps, Alfa Romeos contra "jet-skis", numa corrida de camiões... na Birmânia e o Zenvo STI. Belo carro!

Parece que vai valer a pena.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Apresentações 2014 (III): o Sauber C33

Calmamente, a Sauber apresentou hoje o seu novo carro, o C33 na sua sede em Hinwill, na Suiça. O novo bólido têm um bico mais conservador, na linha da McLaren e da Williams, que desce como todos os outros, mas de forma mais suave. Também de forma interessante, no modelo 33, existe uma dupla abertura lateral, destinado a filtrar o ar destinado ao motor e à asa traseira.

Este ano, a marca manterá o motor e a caixa de velocidades da Ferrari, bem como terá uma dupla de pilotos diferente: o mexicano Esteban Gutierrez fica uma segunda temporada, enquanto que Adrian Sutil chega à Sauber vindo da Force India. O holandês Giedo Van der Garde, vindo da Caterham, será o terceiro piloto da marca.

Comentando sobre o novo carro, a chefe de equipa, Monisha Kalternborn, afirmou: “Nós deixamos para trás um ano muito desafiador. Especialmente a primeira metade de 2013 foi difícil para nós, mas nós fizemos progressos significativos na segunda metade. Nós aprendemos bastante nesse período e vamos aplicar essas lições nesta nova temporada”.

Em Jerez teremos o nosso primeiro teste, que é sempre um momento emocionante, pois, antes de mais nada, veremos se tudo encaixa e se o carro está a funcionar bem. Ele também nos diz se trabalhamos na direção certa nos últimos nove meses. Tudo isso reunido faz deste um momento muito especial”, continuou.

Quando aos pilotos, Sutil e Gutierrez falam dos desafios que têm na frente nesta nova temporada, especialmente o piloto alemão com o numero 99, pois para além disso tudo, ainda têm de lidar... com o peso. “Você precisa se adaptar à sua nova equipa, mas acho que esse ano tudo é novo para todos os pilotos. Portanto, mudar de equipa agora não é mau, porque não tenho qualquer desvantagem. Todos estão no mesmo lugar, neste momento”, começou por afirmar Sutil.

O treino é normal, mas agora está voltado para o peso. Eu sou um piloto alto e sempre tive de lutar para perder peso. Agora, contudo, preciso ser ainda mais magro. E hoje já estou nesta meta, não comi muito no Natal e no Ano Novo”, continuou.

"Este é o meu segundo ano como titular na Formula 1 e, com a minha experiência, acho que o meu envolvimento com a equipa será muito importante para que possamos atender às nossas expectativas, principalmente por causa das novas regras. Como piloto, quero esse próximo passo. Acho que a minha abordagem será bem diferente neste ano e estou realmente pronto para este novo desafio na minha carreira", afirmou o jovem piloto mexicano.

Falando também sobre a nova dupla de pilotos, Kalternborn refere que têm altas expectativas em relação ao seu novo recruta, o alemão Adrian Sutil, e espera que Esteban Gutierrez cresca como piloto naquela que vai ser a sua segunda temporada completa.

Adrian é alguém que observamos já por algum tempo e com quem estamos em contato desde setembro. É por isso que estou especialmente feliz por termos conseguido trazê-lo. Ele demonstrou repetidamente a sua velocidade e, agora que entra na sua sétima temporada, também não lhe falta experiência. Com a quantidade de mudanças no regulamento, isso é uma vantagem que não deve ser subestimada”, alertou. 

Em relação aa Esteban Gutiérrez, já faz tempo que o consideramos um piloto talentoso. Nós o conhecemos extremamente bem, já que tem bastante tempo que ele é ligado à equipa. Na temporada passada, ele teve um início difícil, mas conseguiu progredir de forma constante. Ele também se ajustou muito bem à equipa, e nós estamos confiantes de que ele agora pode transformar sua experiência em bons resultados”, concluiu.

O carro vai começar a rodar amanhã, em Jerez.

A situação de Michael Schumacher, um mês depois

Cinco semanas após o seu acidente na estância de ski de Meribel, nos Alpes franceses, e no dia em que mais de duas mil fãs do piloto alemão estão em Spa-Francochamps para apoiar Michael Schumacher na sua recuperação, posso - infelizmente - afirmar que existem indícios fundamentados de que o piloto alemão está em estado vegetativo permanente. Apesar dos esforços dos médicos do Hospital Universitário de Grenoble, e apesar de ter sido colocado desde o primeiro momento em coma artificial, para evitar que o cérebro ficasse ainda mais lesionado, a equipa que segue Schumacher já chegou à conclusão de que as lesões foram bem mais extensas do que se esperava e causaram danos irreparáveis ao heptacampão do mundo de Formula 1, que fez 45 anos no passado dia 3 de janeiro.

Indo para além dos poucos comunicados oficiais, dos quais existe um muro de silêncio, pode-se ler que o mesmo padrão de noticias, em que se fala que o seu estado continua "sem alterações" e que "quaisquer noticias para além dos comunicados oficiais não poderão ser considerados", isto significa que, mesmo não dizendo nada, estão a dizer tudo. E este é um tipo de situação de que se pode entender que "no news is bad news". Nos bastidores, sabe-se que os médicos em Grenoble já chegaram à conclusão de que não vão tentar acordar do seu coma, devido à extensão e gravidade das suas lesões cerebrais sofridas no passado dia 29 de dezembro, que são muito piores do que se têm vindo a falar.

Poderia dizer que ouvi isto de uma fonte bem colocada, que conhece e falou com um dos médicos que acompanhou o caso, mas prefiro citar outra pessoa que têm acompanhado o caso de perto: Dr. Gary Hartstein. Há quatro dias, ao reagir no seu blog a uma noticia sobre o estado de saúde de Schumacher no Daily Mail - normalmente sou critico dos tablóides, mas parece que aqui eles podem ter razão - e no meio de uma longa explicação sobre o que poderá estar a acontecer em Grenoble, houve um parágrafo que fixou a minha atenção e corrobora tudo aquilo que ouvi depois. E veio de um dos médicos da equipa que segue Schumacher:

"O medico afirmou: 'não creio que evacuamos dois hematomas e está feito. Michael têm hematomas por toda parte, à esquerda, à direita, no centro'. Diabos. Sabem, o 'meio' é onde acontecem todas as coisas importantes: consciência, excitação, controle da pressão arterial, respiração, deglutição, etc. E a esquerda - bom, isso é geralmente a linguagem, etc. O neurocirurgião, intencionalmente ou não, pintou um quadro neurológico bastante catastrófico. 

Primeiro, deixe-me dizer que é ALTAMENTE improvável (honestamente, até  digo impossível) que o Michael que conhecemos voltará. E acho que, caso aconteça o impossivel, ele teria de ser considerado um triunfo da resistência física humana, e dos cuidados neurointensivos modernos, se Michael for capaz de voltar a andar, a alimentar-se, a vestir-se, e mantér elementos significativos da sua personalidade anterior."

E é com estes fundamentos que falo sobre o que vêm a seguir. Neste momento há uma conversação entre os advogados da família Schumacher e as seguradoras. E o assunto têm a ver com o facto de Schumacher estar a esquiar fora da pista de Meribel. Em qualquer ocasião, isso seria um facto a ter em conta para que as seguradoras não accionassem os seguros de vida que Schumacher fez ao longo da sua existência, mas neste caso em particular, ambas as partes estão a conversar e a tentar chegar a um acordo neste campo.

Quando chegarem a um acordo, provavelmente nos próximos dias, existe uma de duas hipóteses: ou a família pede aos médicos para que desliguem as máquinas que suportam o ex-piloto alemão, ou o transferem para uma clínica de reabilitação algures na Alemanha, onde Schumacher passaria, provavelmente, o resto dos seus dias. A segunda hipótese é a mais provável, e pode ser isso que ambas as partes podem estar a falar.

Uma coisa é certa: apesar de ninguém dizer ou comentar ou até pronunciar tal palavra, tudo aponta para a triste conclusão de que o Schumacher que nós conhecemos, pode estar morto. Porque mesmo que acorde, as hipóteses de voltar a ser uma pessoa normal são diminutas, senão nulas. 

Daytona: Gidley têm fraturas nas pernas, Malucelli OK

As mais recentes noticias sobre o acidente que o piloto mexicano-americano Memo Gidley sofreu em Daytona, esta tarde, falam que ele está no Halifax Memorial Hospital, ao lado da pista de Daytona, consciente, mas que sofreu multiplas fraturas nas suas pernas devido ao acidente com o Ferrari numero 62 de Matteo Malucelli.

Em relação ao outro piloto, ele está em forma, mas vai ficar em observação nas próximas horas devido ao embate que sofreu por trás do seu carro.

De facto, foi um acidente grave, mas dada a força do embate, poderia ter sido pior...