sábado, 1 de fevereiro de 2014

Noticias: Ross Brawn insiste que a retirada é "definitiva"

Ross Brawn disse hoje à Autosport britânica que a sua retirada da Formula 1 é permanente, apesar dos rumores que circulam por estes dias no sentido de um convite para integrar a McLatren. Num evento em Aberdeenshire dedicado... à pesca, Brawn afirmou que está reformado.

"O que as pessoas não percebem é que quando fui convidado para aqui foi que eles tinham um "furo" porque a imprensa mundial anda a tentar descobrir se eu estava a reformar-me ou não", afirmou Brawn, numa declaração citada pelo Daily Telegraph. 

"Este é o período mais movimentado do ano para a Fórmula 1 e eu decidi aceitar este convite. Se eles tivessem colocado dois mais dois, teriam percebido que eu estava a anunciar a minha retirada. Eu estou a reformar-me - e não não estou a brincar.", continuou. 

"Eu vou desfrutar da pesca durante um ano e depois ver o que a vida traz. Eu estou ansioso para isso, mas não tenho quaisquer planos.", concluiu.

Aos 59 anos de idade - fará 60 no próximo dia 23 de novembro - Brawn têm uma carreira de mais de 30 anos na Formula 1. Começou a sua carreira em 1976 na March, passando depois para a Williams, primeiro como operador de máquinas, depois como engenheiro aerodinâmico. Em 1985, passa para a Lola-Haas, ajudando a desenhar o chassis - com Adrian Newey como... seu colega! - para depois ir para a Arrows, onde fica até 1988, e a seguir, tenta a sua sorte na Jaguar, onde desenhou o modelo XJR-14 de Sport-Protótipos.

Em 1991, regressa à Formula 1, mais concretamente à Benetton, onde conheceu um jovem alemão, de seu nome Michael Schumacher. Nos anos seguintes, torna-se no diretor técnico da equipa, onde ajuda a desenhar os carros e a elaborar as estratégias nas corridas, com bons resultados: Schumacher é campeão do mundo em 1994 e 1995, antes de se mudar para a Ferrari em 1997, onde irá permanecer durante nove anos e ajudar a escrever uma página dourada na Scuderia.
Entre 1997 e 2006, Brawn ajudou Michael Schumacher e a Ferrari a vencer cinco títulos mundiais, marcando uma era de dominio na Formula 1. No final desse ano, decidiu fazer uma licença sabática, dedicando-se à pesca - o seu "hobby" - para depois regressar ao ativo em 2008, ao serviço da Honda. Contudo, no final desse ano, a marca japonesa abandona repentinamente a competição e Brawn, com o bebé nas mãos, decide tomar a equipa nas suas mãos, batizando-a de Brawn GP. Os resultados são surpreendentes, com a vitória no campeonato de Pilotos e Construtores, um feito inédito.

Em 2010, Ross Brawn vendeu a equipa para a Mercedes - que tinha fornecido os motores na sua temporada vencedora - e esta ficou com o nome da marca alemã, chamando Michael Schumacher da reforma. O regresso não foi auspicioso - apenas conseguiu um pódio, em 2012 - e a Mercedes lutou pelos melhores lugares em 2013, com Lewis Hamilton ao volante, terminando como vice-campeão no Mundial de Construtores. 

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