sábado, 12 de julho de 2025

Formula E: Felix da Costa culpa-se pelo resultado


António Félix da Costa pediu desculpa à Porsche pela penalização que sofreu, que acabou por prejudicar a equipa, dado que chegaram em segundo e terceiro, reforçando a sua luta pelo título nos Construtores. Numa corrida decorrida debaixo de chuva, o piloto de Cascais mostrou grande capacidade de gestão de corrida e colaborou estrategicamente com o seu companheiro de equipa, Pascal Wehrlein, entrando nas boxes para o Pit Boost um a seguir ao outro, mantendo inalteradas as posições que tinham na altura no topo da classificação.

Contudo, na parte final da corrida, Felix da Costa tocou na traseira do carro de Jake Hughes que resultou num pião. O piloto de Cascais acabou em terceiro, mas ele foi penalizado pela manobra, que o fez cair para o décimo posto, perdendo um pódio garantido. 

No final, assumiu a culpa do incidente e lamentou por isso ter prejudicado o desempenho geral da equipa.  

"Foi um dia sólido. Qualificámo-nos em sexto e terminámos em terceiro, mas infelizmente cometi um pequeno erro enquanto lutava para chegar à frente. Toquei no Jake Hughes. Foi um toque muito leve, mas suficiente para o fazer rodar. A culpa foi minha; recebemos uma penalização de apenas cinco segundos, mas como o pelotão estava muito compacto, isso fez com que terminássemos em décimo e perdêssemos o pódio. Peço desculpa à equipa por esse resultado e pelo meu erro. Tirando isso, foi mais um dia positivo e amanhã voltamos à carga", disse o piloto português.

O segundo confronto desta jornada dupla na capital alemã terá lugar neste domingo, a partir das 16:05 horas em Berlim, menos uma hora em Portugal Continental.

Formula E: Evans foi o melhor à chuva em Berlim


Mitch Evans foi o grande vencedor da primeira corrida da Formula E em Berlim, conseguindo a sua segunda vitória na temporada. O piloto da Jaguar foi o melhor perante o Porsche de Pascal Wehrlein, numa corrida marcada pelas condições atmosféricas, cheio de chuva ao longo de sábado, anulando a qualificação e baseando a grelha nos melhores tempos dos treinos livres.  

Quanto a António Félix da Costa, apesar de na meta ter acabado em terceiro, foi penalizado em cinco segundos por causa de um toque no Maserati de Jake Hughes, suficiente para ele fazer um pião e o piloto português cair na classificação geral para o décimo lugar, perdendo o pódio para o Mahindra de Edoardo Mortara.

Com a pista húmida na hora da corrida - tinha deixado de chover, mas a superfície ainda não tinha secado - Evans largou bem e conseguiu manter o comando da corrida, seguido por Frijns, no seu Envision, Max Gunther em terceiro e António Félix da Costa em quarto, segurando o Nissan de Oliver Rowland. Ao mesmo tempo, Jake Hughes ficava parado na grelha, sem poder arrancar, acabando ali a sua corrida.

Os pilotos não perderam tempo em ir para o Attack Mode, e na terceira volta, os pilotos da Porsche foram os primeiros, seguido por Evans, no seu Jaguar. Frijns ficou com o comando, mas foi temporário, pois foi passado pelo piloto da Jaguar. Felix da Costa tentou ir atrás, subindo de sexto para quarto, e duas voltas depois, já era segundo, perseguindo o piloto neozelandês, com Wehrlein a subir para quinto, mas a ter Frijns e Gunther a bloqueá-lo, com ele a tentar chegar aos lugares do pódio. Pouco depois, o piloto alemão passou-os e ficou com o terceiro posto.

Na volta 11, o alemão atacou o piloto português para ficar com o segundo posto, enquanto Frijns os atacava, com a energia extra do Attack Mode a acabar. Pouco depois, na volta 24, começaram a acontecer os Pit Boost, as paragens nas boxes para recarregamento. Evans foi o primeiro, seguido pelos Porsche de Wehrlein e Felix da Costa.

Na volta 29, David Beckmann bate no muro, depois de ter sido empurrado por Sergio Sette Câmara, e o Safety Car acabou por entrar na pista, juntando todos num pelotão compacto para as voltas finais. A corridas recomeçou na volta 32, com alguns pilotos - Evans foi o único da frente - a ir para o Attack Mode, mantendo o comando. Ao mesmo tempo, Rowland, que era nono, fez um pião, depois de ter sido tocado pelo Maserati de Stoffel Vandoorne e caiu para o fundo do pelotão. Rowland tinha danos na sua suspensão e foi obrigado a abandonar.

Com mais duas voltas adicionais às 39 iniciais, Evans tentava controlar os seus adversários. Wehrlein era segundo, com Gunther e Felix da Costa atrás, usando a energia extra da segunda passagem deles pelo Attack Mode. O alemão aproximou-se para atacar o neozelandês da Jaguar, mas ele conseguiu resistir no final e conseguir a segunda vitória do ano. No lugar mais baixo do pódio, estava inicialmente Felix da Costa, noutro Porsche, mas ele foi penalizado em cinco segundos e caiu para décimo, dando o pódio para Mortara, que ficou na frente do McLaren de Taylor Barnard e o outro Jaguar de Nick Cassidy.   

No campeonato, Rowland e Wehrlein tem uma diferença de 58 pontos, ainda suficiente para o britânico poder ganhar o título em Berlim. O que poderá acontecer neste domingo, na segunda corrida.  

Youtube Formula 1 Video: Quando Brad Pitt guiou um McLaren em Austin

Em final de semana sem Formula 1, o destaque ainda é o filme, realizado por Joseph Kosinski e com Brad Pitt no principal papel. Na semana de estreia do filme, há duas semanas, foi revelado que a McLaren deu um teste a Pitt no Circuito das Américas, em Austin, com Lando Norris e Zak Brown a assistirem a tudo. 

A Sky Sports decidiu colocar em toda a sua extensão este dia de teste, e pelos vistos, o pessoal passou um dia agradável. E nem parece que tem 61 anos!  

sexta-feira, 11 de julho de 2025

A imagem do dia


Esta semana, o grande assunto é Christian Horner. Era inevitável, depois do seu despedimento na terça-feira. Em parte era esperado, apesar do inesperado do anuncio. Estranho? Confuso? Explico a coisa da seguinte forma: desde o escândalo do assédio dele a uma funcionária da equipa, no inicio do ano passado, que o seu destino estava marcado. Quem quer que mandasse na Red Bull esperava pelo momento certo para indicar a porta de saída. E como ele disse que foi avisado de véspera - do género "ontem, às 18:30" - o fato de só ter tido tempo para arrumar o escritório e avisar os trabalhadores demonstra até que ponto isto foi.

O mais interessante foi que ele marcou uma época. Estava no lugar desde 2005, ano em que eles compraram a Jaguar - depois de terem tentado adquirir a Sauber - e entraram na Formula 1. Associou-se com Helmut Marko, e o resto apareceu calmamente para montar o "puzzle" que lhes deu quatro campeonatos, entre 2010 e 2013, nas mão de Sebastian Vettel, e depois, de 2021 a 2024, com Max Verstappen.

Mas como todas as boas histórias, um dia irá acabar. E quando acaba, a decadência torna-se numa inevitabilidade. Não tanto no piloto - Max continua por ali e tem um contrato até 2028 - mas os outros que compuseram o tal "puzzle" de sucesso já foram embora. Primeiro, Adrian Newey, depois Jonathan Wheatley e pelo meio, os funcionários menores ou de segunda linha que ajudaram a erguer a equipa de Milton Keynes ao nível que conhecemos. E com a longa história de Newey na Formula 1 - March, Williams, McLaren - sabia que depois dos sucessos, seria o deserto. E não precisei de ver sair ninguém para saber disso. E agora, quem segura as cordas ali é Max e o seu "one man show". Aliás, a foto escolhida para ilustrar é de 2023, em Singapura, quando estavam a meio de mais uma temporada dominante.

E há ainda outra coisa que não se fala muito: o (muito) discreto Dietrich Mateschitz, a face europeia da "Krateng Daeng", que é como se diz "Touro Vermelho" em tailandês. Mateschitz Sr. morreu em 2022, depois de uma longa batalha contra a doença, e o seu filho é o sucessor na empresa. Ele é mais exuberante que o pai (mas não muito) e se ele gosta de Formula 1, sabe que agora, terá de ter muito tempo e paciência para reconstruir a equipa. 

Porque agora será o tempo da reconstrução. Helmut Marko, por exemplo, tem 82 anos e é o último dos resistentes, e ele já planeia a sua sucessão, com a possibilidade do regresso de Sebastian Vettel no seu lugar. Resta saber se será competente, sem ser rude, como Marko. E nessa reconstrução, também quererão saber se haverá alguma mudança de politica, se manterão ligados aos jovens ou irão buscar gente mais madura, não querendo dar qualquer chance aos que estão a subir pelas competições de formação. 

E o pior disto tudo é que a Red Bull ficou demasiado dependente de Max para os resultados imediatos. Com ele, a equipa faz lembrar a Brabham do inicio dos anos 80 do século XX, um "one man show" guiado por Nelson Piquet, desenhado por Gordon Murray e gerido - em part-time" por Bernie Ecclestone. Se conhecem o final da história, sabem como acabou. No dia em que Max sair dali e rumar para outra equipa, a Red Bull, como conhecemos, deixará de ser uma equipa de primeira linha. 

Mas, se tiverem paciência e tempo, não será problema. Afinal de contas, não é nada que equipas como McLaren, Ferrari e Williams já passaram. E no final, regressaram aos pódios e aos títulos. Se Mateschitz Jr tiver paciência, se encontrar bons talentos, se a operação continuar a ser positiva, creio que encontrarão o próximo Horner, o próximo Newey, o próximo Vettel ou Verstappen. Mas precisarão de contar 20 ou 20 mil, para ultrapassarem os momentos difíceis. 

Agora resta saber onde irá Christian Horner no seu primeiro capitulo depois da Red Bull. Aparentemente, pode existir uma proposta da Cadillac, lá para 2028...

Formula E: Felix da Costa acha que Berlim será decisivo


A Formula E chega a Berlim a quatro corridas do final, e duas delas acontecerão neste final de semana na pista alemã de Tempelhof. E na casa da Porsche, os seus pilotos, Pascal Wehrlein e António Félix da Costa, irão querer conseguir um bom resultado para poder resolver o campeonato de Construtores, porque em termos de campeonato de pilotos, tudo indica que já tem dono, nas mão de Oliver Rowland

Terceiro classificado no Mundial de pilotos, Félix da Costa quer fazer um bom de semana num lugar onde foi muito feliz - foi ali que se tornou campeão em 2020 - e isso passa por tentar conseguir a sua primeira vitória da temporada, apesar de já ter conseguido quatro pódios. 

"Encaro este fim de semana com motivação máxima. Estamos fortes e sabemos que temos um carro competitivo, por isso o foco principal é garantir um bom lugar na qualificação, onde tudo se decide ao milésimo. Não escondo que quero superar o meu colega de equipa, alcançar o 2.º lugar do campeonato e também ajudar a Porsche a vencer o título de marcas. Para isso, precisamos de ser muito eficientes nas duas corridas deste fim de semana. Estou motivado e confiante de que podemos ser bem-sucedidos!", afirmou.

As corridas neste final de semana acontecerão pelas 15 horas, em Lisboa, com transmissões na DAZN5 e na Eurosport 2. 

Youtube Automotive Video: Acelerar e Desacelerar... em 25,71 segundos

Acelerar e desacelerar em 25,71 segundos? Claro, desde que seja o Rimac Nevera R, na pista de testes na Alemanha, aquela onde todos que querem chegar e passar os... 400 km/hora.

E foi isso que aconteceu no inicio deste mês. E com isso bateu um recorde mundial do carro mais rápido a chegar aos 400 por hora e travar. Não faço ideia quantos metros andou, mas creio que deve ter feito em cerca de três quilómetros, que essa é a média. 

"Quando apresentámos pela primeira vez o Nevera, parecia que o auge do desempenho do hipercarro tinha sido atingido. Numa única geração, tínhamos criado um salto de desempenho que antes demoraria décadas. Mas agora, através de uma inovação incansável, o Nevera R é ainda mais rápido, mantendo muito do conforto e da praticidade que fazem do Nevera um automóvel real e utilizável no dia-a-dia. Bater recordes está no nosso ADN, e não vamos ficar por aqui", afirmou Mate Rimac, fundador e CEO do Rimac Group e da Rimac Technology.

Só uma curiosidade: quem fazia esses recordes antes era a Bugatti, com modelos como o Veyron ou o Chiron. Hoje em dia, a Bugatti pertence à... Rimac. 

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Noticias: Horner reagiu ao seu despedimento


A noticia do despedimento de Christian Horner apanhou todos de surpresa. Incluindo... o próprio Horner. três dias depois do GP da Grã-Bretanha, o mundo ficou a saber da saída dele da Red bull, um cargo que ocupava desde 2005, o ano em que a equipa chegou à Formula 1, depois de comprar a Jaguar. 

Segundo se sabe agora, Horner foi avisado da noticia na terça-feira à tarde, pedindo apenas para que a informação se tornasse pública no dia seguinte, para poder avisar os seus funcionários em Milton Keynes.  

Num discurso que deu aos funcionários da Red Bull Racing que foi registado pela Sky britânica, o inglês afirmou:

"Ontem fui informado pela Red Bull que, operacionalmente, não estarei mais envolvido na empresa e na equipa após essa reuniãoContinuarei a trabalhar para a empresa, mas operacionalmente, o testemunho passará para outros. Isto foi um choque para mim, mas o que tive tempo de fazer foi refletir sobre as últimas doze horas. E queria estar aqui diante de todos vocês para dar esta notícia e expressar a minha gratidão a cada membro da equipa que deu tanto nos últimos vinte anos e meio desde que estou aqui", declarou, no seu discurso de despedida.

Apesar de ter mantido a compostura no seu discurso, a certa altura, não conteve as emoções. "Quando cheguei há vinte anos, com alguns cabelos grisalhos a menos, entrei na equipa, não sabia o que esperar, mas fui acolhido imediatamente. E de dois edifícios degradados, começámos a construir o que se tornou um colosso da Fórmula 1. Fazer parte desta equipa foi o maior privilégio da minha vida", concluiu, perante os aplausos dos empregados.

Com os eventos desta quarta-feira, agora pensa-se no que poderá acontecer a seguir. Nada agora, porque na Formula 1 há aquilo que se chama "um período de jardinagem2, que em média significa que ficará inativo até um ano, há gente que poderá estar interessada. Em Itália, fala-se que Fred Vasseur, o diretor desportivo da Ferrari, poderá não ter o seu contrato renovado - acabará no final do ano - e a ideia de ter Horner na Scuderia seria bem tentador. Contudo, também se fala que isso só poderia acontecer com o acordo de Lewis Hamilton, que já trem algum poder dentro da Ferrari para poderem contratar quem quiserem.

Resta esperar pelos próximos capítulos de uma equipa que, definitivamente, encerrou um capitulo na sua história e caminha, provavelmente, para uma travessia do deserto. 

Youtube Automotive Video: O Jaguar XJ220 no Classicos com História

Em 1992, este era o carro mais veloz do mercado. Sim, os 220 são as milhas por agora que, alegadamente, era capaz de alcançar. E quase aconteceu.

Um carro de tração integral, V12, muito veloz, mas quando chegou ao mercado... aconteceu numa altura de recessão, e como tal, não conseguiu vender as unidades que a Jaguar queria que vendesse, e ajudasse a conseguir mais prestígio à marca britânica.

Assim sendo, Adelino Dinis falar sobre ele no sexto episódio da série "Clássicos com História", que está no canal do Youtube do Jornal dos Clássicos.  

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Noticias: Horner sai da Red Bull, Mekies é o substituto


Fim de linha para Christian Horner na Red Bull. O dirigente, que estava na equipa desde... 2005, saiu da equipa de Milton Keynes com efeito imediato. Laurent Mékies, da Racing Bulls, será o seu substituto, e o que Horner poderá fazer a seguir poderá ser a Ferrari. Como parte dessa mudança, Alan Permane, atualmente diretor de corridas, será promovido a diretor da equipa da Racing Bulls.

No comunicado oficial, Oliver Mintzlaff, o CEO de projetos corporativos e investimentos da Red Bull, agradeceu o trabalho de Horner à frente da equipa: "Gostaríamos de agradecer a Christian Horner pelo seu trabalho excecional nos últimos 20 anos", começou por afirmar. “Com o seu incansável empenho, experiência, conhecimento especializado e pensamento inovador, foi fundamental para estabelecer a Red Bull Racing como uma das equipas mais bem-sucedidas e atraentes da Fórmula 1.

Obrigado por tudo, Christian, serás sempre uma parte importante da história da nossa equipa.”, concluiu.

No comunicado oficial, Mekies afirmou: “O último ano e meio foi um privilégio absoluto liderar a equipa com Peter. Foi uma aventura incrível contribuir para o nascimento da Racing Bulls junto com todas as nossas pessoas talentosas. O espírito de toda a equipa é incrível e acredito firmemente que isto é apenas o começo. Alan é a pessoa perfeita para assumir agora e continuar o nosso caminho. Ele conhece a equipa de dentro para fora e sempre foi um pilar importante dos nossos primeiros sucessos."

O substituído de Mekiés, Alan Permane, afirmou acerca do seu novo cargo: “Sinto-me muito honrado por assumir o cargo de diretor da equipa e gostaria de agradecer a Oliver e Helmut pela confiança que depositaram em mim. Estou ansioso por trabalhar com Peter para continuar o bom trabalho que ele e Laurent têm feito para levar esta equipa adiante. Este é um novo desafio para mim, mas sei que posso contar com o apoio de todos dentro da equipa.

Apesar das polémicas de assédio a uma das funcionárias da Red Bull que aconteceram com ele, no inicio de 2024, e do qual levou a muitos apelos à sua demissão, para além da demissão de elementos importantes como Adrian Newey, para a Aston Martin, e de Jonathan Wheatley, para a Sauber-Audi, e mais recentemente, a perda de desempenho com a Red Bull, com esta a ser superada pela McLaren em 2024 e 2025 - atualmente, é quarta classificada no campeonato de Construtores, atrás de McLaren, Ferrari e Mercedes - os eventos desta manhã foram inesperados. 

Resta saber se isto é o inicio de um dominó, no sentido de todos irem embora da equipa - as indicações de motores para 2026, com os propulsores da Ford no lugar dos da Honda, não são boas - porque também se fala da saída de Max Verstappen para a Mercedes, e da equipa ser praticamente centrada em Max, que deu cerca de 90 por cento dos pontos desta temporada. 

A Formula 1 regressa dentro de uma semana e meia, no GP da Bélgica, agora a primeira corrida pós-Horner desde a chegada da ed Bull.  

terça-feira, 8 de julho de 2025

As imagens do dia






Paul Ricard era uma pista veloz, com excelentes instalações, que foram consideradas futuristas quando foi inaugurado, em 1971. Contudo, em 1990, quase duas décadas depois, o contrato estava a acabar, e existiam já alguns defeitos. O maior deles todos eram os acessos, do qual eram poucos para a quantidade de gente que lá aparecia ao longo do final de semana. E para piorar as coisas, parte do seu encanto tinha ido quando, por motivos de segurança, cortaram cerca de 700 metros da reta Mistral para que a Formula 1 pudesse correr por ali. ainda era veloz, mas em média, os pilotos precisavam de 65 segundos para completar uma volta. 

E a 8 de julho de 1990, já se falava em surdina na ideia de irem para outro lado, num lugar com melhores acessos. Mas essas preocupações não estavam presentes na mente do fã médio, que queria saber se chegaria a casa a tempo para ver na televisão a final do campeonato do mundo de futebol entre a Argentina e a Alemanha Ocidental, e se Alain Prost, depois de ter feito uma excelente corrida no México, onde recuperou de 13º na grelha para triunfar, à custa de um furo da parte de Ayrton Senna, agora seu "inimigo mortal", iria repetir o feito na sua corrida caseira.

Mas se para o fã médio, o futebol ainda diria algo, para outros, a Formula 1 era uma franca consolação de outras frustrações. Para os italianos, foi por não ter chegado à final, no seu mundial organizado em casa, e para os franceses, foi por sequer não se terem qualificado!

Contudo, por muito pouco, teria aparecido um outro piloto vindo de nenhures, para ser um dos heróis mais improváveis da história da Formula 1. E a pilotar numa máquina que, na corrida anterior, tinha ficado no fundo da grelha, a assistir à corrida nas bancadas!

Ivan Capelli e o seu Leyton House-Judd CG901 é a história de um carro desenhado por um génio no seu inicio. E de como uma aparente vantagem sobre a concorrência só funcionava... se o asfalto colaborasse.

Desenhado por Adrian Newey, o Leyton House CG901 era uma evolução do 891, melhorado em termos de aerodinamismo. Contudo, quando ele se estreou tinha um grande problema: o desenho do seu chão não funcionava quando lidavam com asfalto mais ondulado. O difusor não ajudava, e os pilotos lutavam quando as condições eram adversas. Newey passou a primavera a redesenhar o chão, bem como difusor, e uma versão B iria aparecer no GP de França, em julho. Mas antes disso, a equipa bateu bem baixo quando não se qualificaram no GP mexicano. Aliás, o brasileiro Mauricio Gugelmin tinha ali alcançado a sua terceira não-qualificação consecutiva. 

A Leyton House, liderada pelo japonês Akira Akagi, decidiu que seria melhor dispensar os serviços de Newey - que nesta altura, já tinha o convite da Williams na mão -  mas teve tempo para entregar o projeto da versão B e... o carro melhorou de forma quase miraculosa. 

Para começar, os treinos. Como Paul Ricard, o asfalto era liso - na altura, era o melhor do calendário - Capelli conseguiu um espantoso sétimo lugar, a menos de um segundo do tempo da pole, conseguido pelo Ferrari de Nigel Mansell. Gugelmin completou o "top ten", a 1,4 segundos, e logo atrás do Benetton de Nelson Piquet.

Na partida, Berger foi para a frente, e a primeira parte foi ocupada pelo duelo entre os Ferrari e os McLaren. O austríaco aguentou a pressão dos carros de Maranello, bem como o seu companheiro de equipa, mas quando foi para as boxes, na volta 27, foi Senna que ficou com o comando. Mas na volta 33, quem comandava era Ivan Capelli. E a estratégia era simples: não parar. 

De inicio, pensava-se que isso seria algo de curta duração. Mas o asfalto quente, o novo chão no March, e a dureza dos pneus Goodyear naquele dia, ajudou imenso o italiano, que resistiu aos ataques de Alain Prost, especialmente a partir da volta 54, quando o francês passou Mauricio Gugelmin, seu companheiro na Leyton House e que era... segundo. Três voltas depois, a corrida do brasileiro tinha acabado quando o seu motor rebentou. 

Prost passou ao ataque, indo buscar Capelli, mas começavam a faltar voltas. A cinco voltas do fim, pressionava por todos os lados para ultrapassar o italiano, e já se começava a acreditar na chance de um conto de fadas na Formula 1. Mas na volta 77, Prost conseguiu o que queria e acelerou para a vitória, a segunda consecutiva, que o colocava a três pontos de Ayrton Senna. Capelli foi segundo e Senna, terceiro, completavam o pódio.

E até calhava bem: tinha acabado de dar a centésima vitória da Ferrari na Formula 1. Nesse dia, França e Itália celebravam, uma pequena consolação automobilística nas frustrações futebolísticas. A próxima vez que a Formula 1 correria novamente na pista iria acontecer 28 anos depois, noutro ano de campeonato do mundo, com os franceses campeões e os italianos a ver pela televisão. 

Os dias de Colapinto estão contados?


Os dias de Franco Colapinto na Alpine estão contados? Segundo conta hoje o RacingNews365, sim.

Há fortes rumores nesse sentido. O mau fim de semana do piloto argentino em Silverstone poderá ter colaborado imenso para a degradação do seu estado na Alpine. Primeiro, o acidente que sofreu durante a Q1 no sábado, obrigando-o a largar da última posição. Depois, devido a alterações pós-qualificação no seu Alpine, incluindo a instalação de uma nova unidade motriz, foi obrigado a largar do pit lane na corrida de domingo.

Mas, como é sabido, o argentino nunca chegou ao início da corrida. A Alpine inicialmente não ofereceu nenhuma explicação, revelando apenas mais de 90 minutos após a bandeira quadriculada que um “problema na transmissão” havia forçado Colapinto a abandonar. Agora, fala-se que ele poderá ter queimado a embraiagem. E se for verdade, terá acontecido pela segunda vez na temporada.

Isto é considerado como um erro grave, imperdoável a este nível, especialmente se repetido, as fontes dizem agora que Colapinto não permanecerá no lugar para o próximo Grande Prémio da Bélgica, que acontecerá dentro de semana e meia, em Spa-Francochamps. Com a equipa a enfrentar pressão e a concorrência por lugares a aumentar, o seu lugar na equipa parece altamente instável. Resta saber quem o substituirá, se acontecer. A Alpine tem quatro pilotos, e Jack Doohan é um deles. 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

A imagem do dia




Há 40 anos, debaixo do sol escaldante de julho no sul de França, a Brabham triunfava pela última vez na Formula 1. Nelson Piquet conseguiu levar a melhor sobre Keke Rosberg e Alain Prost, em contraste com Michele Alboreto, cuja corrida acabou na quinta volta, com problemas no Turbo, e Ayrton Senna, que por causa do seu motor Renault, na volta 26, as coisas terminaram prematuramente. 

E nem falo de Nigel Mansell, que sofrera um despiste nos treinos de sábado, bate com a cabeça num dos postes das redes de proteção, e por causa disso, está impedido de correr esse Grande Prémio. 

Mas o que quero falar hoje não é sobre a corrida ou o piloto. É o carro. E como uma escolha de pneus determinou toda uma época. 

Em 1984, havia três marcas: Goodyear, Pirelli e Michelin. A meio do ano, a fabricante francesa decidiu que iria abandonar a competição no final do ano. E eles abasteciam equipas como a McLaren, Ferrari, Brabham, Toleman e outros. Com escolhas para 1985, quase todos decidiram ir para a Goodyear. Com duas excepções: Toleman - que por causa disso, falhou as três primeiras corridas do ano - e a Brabham. A escolha desses pneumáticos não foi boa para o carro que tinha sido construído para essa temporada, o BT54, porque, enquanto as equipas Goodyear se adaptou ao frio, a Brabham decidiu testar apenas em superficies quentes, como por exemplo, Jacarépaguá, no Brasil, e Kyalami, na África do Sul.

Resultado final? O potencial do motor BMW ficou muito aquém porque os pneus os deixavam em baixo. Até ao GP francês, Nelson Piquet só conseguira um ponto, em Detroit, a corrida anterior, que tinha acontecido em tempo quente.

Paul Ricard era também uma pista de alta velocidade. Ajudado com a reta Mistral, com cerca de 1550 metros, quando os carros chegavam à curva Signes, alcançavam médias de 320 km/hora. E nesse fim de semana, estava muito quente, e o asfalto também colaborava. Tudo ótimo para a Brabham, onde a certa altura, o companheiro de equipa de Piquet, o suíço Marc Surer, chegou a um topo de 335 km/hora.

Na qualificação, Piquet conseguiu o quarto melhor tempo, e na corrida, ele largou bem, pulando para terceiro, colado na traseira do Lotus de Senna. E rapidamente passou-o, para chegar na traseira de Rosberg, para chegar ao comando da corrida na décima volta. E o motor, que já o mais potente do pelotão - no ano seguinte, teria cerca de 1500 cavalos em qualificação, contra os 800 em corrida - ajudou Piquet a apanhar rapidamente os carros que tinha na sua frente. Na 10ªa volta, já liderava, e não olhou para trás até à bandeira de xadrez, ganhando o que viria a ser a única vitória da temporada. Até ao final do ano, a Brabham teria mais resultados de relvo, mas apenas nas pistas de alta velocidade, como Silverstone, Osterreichring ou Monza. 

No final, foi simbólico. Não foi só a 35ª a última vitória da Brabham, como também foi a primeira vitória da Pirelli desde 1957. E era a última corrida em Paul Ricard naquele desenho. Alguns meses depois, em maio de 1986, outro piloto Brabham, o italiano Elio de Angelis, sofreu um acidente fatal na curva Verriére, fez com que, até 1990, um outro desenho de Paul Ricard, mais curto, fosse usado no Grande Prémio. Com a ida para Magny Cours, e uma década de ausência no calendário, a partir de 2008, em 2018, a Formula 1 voltou a Le Castelet - outro nome para a pista - mas com a Mistral cortada a meio, com a implementação de uma chicane, porque agora, há limites para a velocidade. Outras prioridades se levantam.

WRC: Rali do Chile em risco?


A dois meses do rali do Chile, previsto para acontecer entre os dias 11 e 14 de setembro, há sinais de alerta que colocam em dúvida a sua realização. A Contraloría General de la Republica de Chile o principal órgão de fiscalização e controle da administração do Estado no país, exige a revisão de contrato entre a Sernatur, o Serviço Nacional de Turismo e a promotora do evento, a Horta Producciones.

A Contraloría determinou que o contrato para a organização das etapas chilenas do WRC em 2025 e 2026 não cumpre os requisitos legais, o que poderá obrigar à devolução dos 8500 milhões de pesos já transferidos (cerca de 7,78 milhões de euros).

Já o Governo Regional da provincial de Bio-Bio, local onde é realizado o rali e cuja capital é Concepcion, tenta minimizar impacto e promete respostas rápidas, alegando que as falhas identificadas são “emendáveis”, desde que as correções sejam feitas com rapidez.

O Rally Chile faz parte do campeonato desde 2019, com uma interrupção entre 2020 e 2022, primeiro por causa de agitações internas, e depois pela pandemia. Só regressou em 2023, e em 2024 foi ganho por Kalle Rovanpera, no seu Toyota Yaris Rally1.

domingo, 6 de julho de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 12, Silverstone (Corrida)


Chegados ao Equador do campeonato, apesar do aparente equilíbrio na classificação, parece que a competição estar a ter uma maioria de triunfos da parte da McLaren. Afinal de contas, antes deste Grande Prémio, a equipa de Woking ganhou oito das 11 corridas realizadas até então, e Max Verstappen ganhou duas delas, contra uma de George Russell. Tudo apesar das quatro pole-positions de Max até então, incluindo a do dia anterior.

Parecia que iria ser uma corrida com alguma luta entre Red Bull e McLaren, mas logo na manhã deste domingo surgiu um factor do qual, de inicio, não se contava muito: a chuva. As corridas de apoio, como a Formula 3 e a Formula 2, ficaram altamente prejudicadas com ela, e uma hora antes da corrida, a chuva caia com alguma intensidade na pista. Contudo, bem antes disso, esta parou e o sol começou a brilhar, o suficiente para que começasse a secar. Mas querendo ser pragmáticos, os pilotos decidiram arrancar com intermédios porque, por exemplo, o DRS nem sequer iria ser ativado nos primeiros minutos. 

Mas nos instantes iniciais, houve quem apostasse: George Russell e Charles Leclerc foram às boxes na volta de formação para colocar slicks no sentido de ficar na pista quando os outros forem trocar, dali a umas voltas, e tentarem tirar algum beneficio.  


Instantes depois, foi a partida. E esta começou com os pilotos a arrancarem em intermédios, mas claro, não durou muito. Se Verstappen manteve-se na liderança, atrás, Ocon e Lawson tocaram-se, com o piloto da Racing Bulls a ter a traseira destruída. Safety Car Virtual, e foi nessa altura em que alguns começaram a ir às boxes, trocar para pneus slicks. Nestya altura, as duas primeiras curvas estavam molhadas, mas o resto estava a seco. 

O Safety Car virtual acabou na volta 4, mas havia avisos de mais chuva adiante. Do 13º para baixo, lugar ocupado por Kimi Antonelli, estavam a seco. Mas havia perigos. Gabriel Bortoleto foi uma das vitimas, batendo com a traseira nas barreiras, e acabou ali a sua corrida. Na frente, Max já tinha Piastri na sua traseira, seguido por Norris. Eles aceleravam perante uma pista que estava parcialmente molhada, mas no inicio da volta seis, o VSC tinha sido novamente acionada, com carros a andarem a passo de caracol. Nessa altura, já tinham desistido três pilotos - Lawson, Bortoleto e Colapinto, que tinha tido a caixa de velocidades a não funcionar, emperrado em segunda. 

A corrida retomou na oitava volta, com as nuvens a escurecerem na zona, e Piastri pressionou Max para o passar, o que conseguiu a meio da oitava volta, na travagem para Stowe, e na volta seguinte, alargou a sua vantagem para quase três segundos. Entretanto, começara a chover. No meio disto tudo, algo curioso: Stroll fora às boxes durante o VSC e meteu slicks: mas o melhor eram moles! Nas voltas seguintes, ele tinha cerca de três a seis segundos mais rápido, e em pouco tempo, já era oitavo.


Mas durou um instante. Na volta 11, chovia a cântaros na Wellington Straight, e quando Lando Norris pressionava Max para o passar, o neerlandês perdia o controlo do carro na curva Chapel, dando o segundo lugar para o piloto da McLaren. Mas quase a seguir, todos foram às boxes, para meter novo jogo de pneus. E no meio disso tudo, Albon era segundo!

O anglo-tailandês aguentou o que pode, antes de ser passado por Max e Norris, e no final, acabou por ir às boxes. Por alturas da volta 12, era a confusão total: Lance Stroll, por exemplo, era quarto, seguido por Nico Hulkenberg! E as previsões eram de chuva nos próximos dez minutos. 

Na volta 14, o Safety Car entrou na pista, porque as condições eram muito más. Piastri já tinha 14 segundos de vantagem, e Max era assediado por Norris, mas até então, estava a ser um milagre não ter desistido mais ninguém. O Mercedes laranja alinhava-se na frente dos carros, com previsões de que a chuva iria parar nos minutos seguintes. E o céu ajudava nesse sentido: as nuvens estavam a dispersar-se, o céu azul aparecia. 

O Safety Car acabou na volta 18, com Piastri na frente de Max, e mantendo-se dos ataques do piloto da Red Bull... mas durou por pouco tempo. Novo Safety Car por causa de Isack Hadjar, que se despistou em Copse, depois de ter batido na traseira de Andrea Kimi Antonelli. O francês bateu forte no muro, o italiano continuou, sem difusor traseiro.

O Safety Car regressou ao seu lugar na volta 23, com Piastri a acelerar, e Max... a perder o controlo do seu carro, caindo para décimo, graças às táticas do australiano. Com os McLaren na frente, Antonelli acabou por abandonar, porque não tinha condições. Os McLaren foram rapidamente embora, com Stroll (!) em terceiro, a sete segundos, e atrás, a meio do pelotão, Ferrari e Mercedes lutavam por posição. Mas era algo frágil, porque um excesso é o suficiente para ficar fora da pista. Hamilton foi vitima disso, perdendo um lugar para Russell, e queixava-se disso aos seus engenheiros. 

No meio disto tudo, os comissários deram 10 segundos de penalização a Piastri, por causa das suas manobras a Max, dando a liderança virtual a Norris. Não estava satisfeito, mas nem tudo era mau: Max era décimo, entalado entre Williams, e a sua corrida era um inferno. Atrás, Hamilton andou cerca de seis voltas atrás de Gasly até o conseguir passar, para ser quinto e ir atrás de Hulkenberg e Stroll, para tentar um lugar no pódio, a sua chance quando estávamos a meio da corrida.


Agora, as atenções passavam para Lance Stroll e Nico Hulkenberg, que lutavam por... um lugar no pódio! Com Hamilton a aproximar-se lentamente, o piloto da Aston Martin fazia o seu melhor para se defender do da Sauber-Audi, que procurava o seu primeiro pódio na carreira. O alemão aproximava-se, mas o canadiano defendia-se, ao mesmo tempo que arrefecia os pneus, porque o asfalto começava a secar. Na volta 35, o DRS ativava-se, e Hulk era terceiro. Pouco depois, Hamilton era quarto, passando Stroll e perseguindo Hulk para tentar o seu primeiro pódio pela Scuderia.

Na volta 38, Alonso foi às boxes, o primeiro a meter pneus médios, e pouco depois, Russell fez a mesma coisa, mas para colocar duros. Se o espanhol lutava para ter temperatura, o inglês fazia pior, despistando-se na Chapel, mas regressando à pista, perdendo segundos preciosos para saber se a aposta era a correta ou não. 

A nove voltas do final, os McLaren continuam juntos, com Lando a apanhar Piastri, ficando perto da distância do DRS, e com avisos das boxes para o australiano não resistir muito. Entretanto, Hamilton e Stroll começaram uma reação em cadeia de pilotos a colocar slicks, com Hamilton e Stroll a meterem moles, mas era perigoso ficar na pista. Ou seja o risco ainda não compensava. Na volta 44, Piastri tinha trocado e perdera meio minuto, para cumprir a penalização. A oito voltas do final, parecia que ainda compensaria andar em intermédios. Parecia. 

Norris entrou na volta seguinte, mantendo a liderança por pouco menos de quatro segundos, e Piastri, no seu esforço, despistou-se entre Maggots e Beckets, voltando à pista. no meio disto tudo, Hulkenberg foi também às boxes... e era o piloto mais rápido na pista, a sete segundos de Hamilton! 


No final da corrida, com a bandeira de xadrez a ser dado por "Joshua Pearce", os McLaren foram calmamente a caminho de mais uma dobradinha, mas no terceiro posto, o vencedor moral da corrida: Nico Hulkenberg, no seu Sauber, conseguiu chegar ao pódio, o primeiro da sua carreira, conseguindo resistor a Lewis Hamilton e a ter um resultado bem popular para os fãs da Formula 1. Max acabou em quinto, na frente de Stroll, Gasly, Alonso, Albon e Russell.

Foi uma excelente corrida, do qual o tempo britânico nos proporcionou. É pena que não haja isso mais vezes noutros lados...     

Formula 3: vence à chuva, Domingues à beira dos pontos


Uma carga de água foi aquilo que marcou a segunda corrida do fim de semana britânico do campeonato do mundo de Formula 3, que aconteceu na manhã deste domingo em Silverstone. O espanhol Mari Boya foi o vencedor, seguido pelo francês Teophile Nael e o mexicano Noel Leon, enquanto Ivan Domingues tentou superar os constantes problemas de motor com uma boa recuperação que o colocou à beira dos pontos.

A chuva tinha começado a cair um pouco antes do aseu arranque quando Boya decidiu colocar pneus para piso molhado, ao contrário de Nikola Tsolov e Rafael Câmara, que insistiram com slicks, numa altura em havia risco da chuva se agravar.

Com a prova a arrancar e a chuva a agravar-se, Boya aproveitou bem para ficar com a liderança e a alargá-la, acabando por triunfar quando a meio da corrida, caiu uma carga de água, obrigando a amostragem da bandeira vermelha e pouco depois, a sua finalização.


Quanto a Ivan Domingues, o piloto da Van Amersfoort concluiu a sétima etapa do Campeonato do Mundo de Fórmula 3 com um misto de sensações. Com um andamento muito positivo ao longo do fim de semana, os problemas técnicos no seu monolugar, em qualificação e em corrida, juntamente com a interrupção da Feature Race este domingo, devido à intensa chuva que se abateu na pista de Silverstone, impediram um melhor desempenho, acabando por ficar à porta dos pontos, depois de largar na 21º posição na grelha e ter ganho oito posições logo na primeira volta.

"Tenho a certeza que terminaria nos pontos se a corrida não fosse interrompida, mesmo sentindo que o carro continua a não estar perfeito. Gosto muito de correr com piso molhado e, na verdade, estava a torcer para que a previsão de chuva se confirmasse, porque sabia que podia dar-me a possibilidade de recuperar mais posições. Fizemos a melhor escolha de pneus e, depois da primeira volta, percebi que podia entrar nos pontos.", começou por falar.

"Fiquei à porta. Não foi o que pretendia, mas foi o possível. Agora, é continuar a trabalhar e esperar que, juntamente com equipa, possamos resolver os problemas que afetaram o carro desde a qualificação, de modo a que possa entrar de outra forma na discussão das corridas. Sigo confiante e motivado para Spa e com muita vontade de voltar ao pódio", afirmou o piloto da Van Amersfoort Racing.

A Formula 3 regressa à ação em Spa-Francorchamps, na Bélgica, no fim de semana de 25 a 27 de julho.

A sequela vem a caminho?


O sucesso de "F1 - o Filme", que conseguiu mais de 200 milhões de dólares em receitas, fez com que as pessoas olhassem para isto como um "blockbuster" inesperado para a temporada de verão dos cinemas. Muito bem acolhido pelo público, com criticas favoráveis, já se fala num potencial nomeado para a categoria de Melhor Filme nos prémio da Academia de Hollywood - vulgo Óscares - no inicio de 2026, daqui a seis meses. 

E se calhar, é algo que os produtores estavam a contar. Se sim, então já falam da segunda parte do plano: um "remake" de "Dias de Tempestade", o filme de 1990 que teve Tom Cruise no principal papel. Neste fim de semana, a GQ americana publicou um artigo onde fala nessa hipótese. Ou isso, ou uma sequela de "F1". 

Questionado a Joseph Kosinski sobre a possibilidade de uma sequela, ele mostrou-se favorável, bem como Jerry Bruckheimer, um dos produtores. Acho que deixámos isso em aberto para o Sonny, para a Kate e para o Joshua”, disse. “Mas essa não é uma decisão minha.”, disse Kosinski à Entertainment Weekly". "Adorei trabalhar com este grupo de pessoas. Adorei criar a nossa própria equipa de Fórmula 1. Adorava ver o que vem aí para APXGP e Sonny Hayes.”. 

E para ele, onde entraria Tom Cruise? “Bem, agora, seria Cole Trickle, que foi a personagem de Cruise em Dias de Tempestade, descobrimos que ele e Sonny Hayes têm um passado”, disse. “Foram rivais em algum momento, talvez se tenham cruzado…”, concluiu. 

Pitt vs. Cruise num filme de corrida? Apostamos que poucos estão a recusar isso — e isso quase aconteceu uma vez, também com a realização de Kosinski. 

Em 2013, quando foi comprados os direitos de passar para filme o livro "Go Like Hell", de A.J. Baime, contactou-se Kosinski para ver se era possível realizar o filme. E a ideia era de juntar Tom Cruise e Brad Pitt juntos, um no papel de Carrol Shelby e outro no de Ken Miles

Em julho de 2020, alguns meses depois de Joseph Mangold ter realizado "Ford vs Ferrari", com Matt Damon como Shelby e Christopher Bale no papel de Miles, Kosinski afirmou à IndieWire

Não diria que chegámos perto da produção, mas cheguei ao ponto em que coloquei o Tom Cruise e o Brad Pitt numa mesa de leitura, a ler o guião juntos. Mas não conseguimos o orçamento necessário, e ele estava no valor certo. Por isso, para mim, foi esse que escapou. Mas fiquei emocionado por ver que acabaram por fazer uma versão incrível”, disse Kosinski na altura.

"O guião era o mesmo, e penso que a abordagem [de Mangold] era, de um modo geral, como eu faria, que era com carros a sério, corridas a sério — obviamente, fazê-lo com o Tom era a única forma de o fazer. De certa forma, o que fizemos com o 'Top Gun', queríamos fazer para corridas de automóveis com câmaras montadas e tudo mais.", concluiu.

Pode-se afirmar que o desejo do realizador de fazer um filme de automobilismo já vinha de trás, e meia década depois, conseguiu o que queria. O mais curioso é que Cruise e Pitt não fazem juntos um filme desde 1993, com "Entrevista Com o Vampiro"


Contudo, para deitar água na fervura, Damson Idris, que faz o papel de Joshua Pearce, demonstrou mais cautela quando questionado sobre a possibilidade de uma sequência. Numa entrevista ao site "The Athletic" na semana passada, disse para não terem pressa. “Acho que a pior coisa que poderíamos fazer é precipitarmo-nos em fazer uma sequela. A maioria delas é muito pior. Por isso, não nos devemos apressar.", disse.