sábado, 5 de julho de 2008

GP2 - Silverstone (Corrida 1)

Giorgio Pantano venceu esta tarde a primeira corrida do fim de semana inglês da GP2, no circuito de Silverstone, numa corrida onde Alvaro Parente foi mais uma vez, infeliz: um pião logo na segunda volta, quando rolava na 13ª posição, fez com que acabasse a corrida no 16º lugar final.

Mas na frente, a corrida foi mais emocionante: Bruno Senna, que partia na "pole-position" teve uma má corrida, com pelo menos um pião, terminando no sexto posto. Já Giorgio Pantano, depois de ficar na terceira posição aós a sua paragem nas boxes, fez uma corrida de recuperação para ir buscar o francês Romain Grosjean e o brasileiro Lucas di Grassi, que conseguiu, vencendo por quatro segundos de vantagem.

Grosjean, que esteve toda a corrida com problemas de aderência, perdeu o terceiro lugar a favor do indiano Karun Chandook e do suiço Sebastien Buemi, mas ficou à frente de Bruno Senna. A fechar os pontos ficaram o austro-arabe Andreas Zuber e o italiano Luca Fillipi.

Formula Renault - O Formiga já ganha!

Para além da Formula 1, GP2 (Silverstone) e IRL (Watkins Glen), temos este fim de semana a Formula Renault NEC 2.0, no circuito alemão de Oberschleben. E na primeira jornada dupla do fim de semana alemão, António "Formiga" Felix da Costa já vence!

O piloto português da 16 anos, na sua primeira época nos monolugares, conseguiu ontem a sua primeira "pole-position" da sua carreira, e na corrida, esteve sempre ao ataque, efectuando ainda a volta mais rápida da corrida. Um verdadeiro "barba, cabelo e unhas"! Esta primeira vitória na competição conseguiu-a com uma vantagem de cinco segundos sobre o segundo classificado, o finlandês Daniel Aho.


Grande Formiga, grande! Amanhã é a segunda corrida do fim de semana alemão.

Formula 1 - Ronda 9, Silverstone (Qualificação)

E em Silverstone... fez-se história. Uma prinmeira fila completamente unica, com Heiki Kovalainen a fazer a sua primeira pole-position da sua carreira, e Mark Webber a levar a Red Bull à sua melhor posição de sempre.

O piloto finlandês conseguiu o seu "tempo-canhão" de 1.21,049 nos instantes finais da qualificação, batendo Kimi Raikonnen, que ainda se viu relegado pra a terceira posição, quando viu o Red Bull de Mark Webber a fazer melhor do que ele. Ao seu lado, na segunda fila, partirá o inglês Lewis Hamilton, no outro McLaren-Mercedes.



A terceira secção de qualificação viu algumas surpresas agradáveis na grelha, como os sexto e sétimo postos dos pilotos da Renault, com Fernando Alonso a superar Nelson Piquet Jr., mostrando que a marca do losangulo continua a sua boa forma. No oitavo posto ficou o Toro Rosso de Sebastien Vettel, fazendo algo que não acontecia desde o inicio da época.



Quem teve uma má qualificação foi Felipe Massa, que não foi além do nono tempo, uma das piores qualificações de sempre desde que está na Ferrari. Mas quem não marcou tempo, devido a problemas mecânicos, foi Robert Kubica, no seu BMW Sauber, e não foi além do décimo posto. O seu companheiro Nick Heidfeld foi melhor, largando amanhã do quinto lugar da grelha.



Quem também teve más qualificações foram os Honda. Jenson Button não passou da Q1, e Rubens Barrichello ficou apenas um lugar mais à frente, conseguindo um prestação deveras negativa. Os Toyota desiludiram (apesar de terem recorrido à ajuda do Batman...), com Timo Glock, que depois de rumores o terem apontado a sua substituição por Kazuki Nakajima, a ser 12º, melhor do que o seu companheiro Jarno Trulli, que ficou pela 14ª posição da grelha...



A corrida tem lugar amanhã, às 13 horas.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Formula 1 - Ronda 9, Silverstone (Treinos Livres)

Felipe Massa e Heiki Kovalainen lideraram as tabelas nos dois treinos livres de hoje no circuito de Silverstone. O piloto da Ferrari mostrou-se nos primeiros treinos livres, ao marcar um tempo de 1.19,575 segundos, apesar de ter feito menos voltas que os seus adversários, pois despistou-se na Curva Abbey após passar uma mancha de óleo. Os McLaren de Lewis Hamilton e Heiki Kovalainen fosram segundo e terceiro classificados, respectivamente, com tempos muito próximos de Massa. Kimi Raikonnen, no segundo Ferrari, foi quarto.

Na segunda sessão de treinos livres, foi Kovalainen que levou a melhor, mas o seu tempo, de 1.19,989 segundos, foi quatro centésimos mais lento do que no primeiro treino livre. Em segundo ficou o Red Bull de Mark Webber, seguido por Lewis Hamilton, no outro McLaren, e do veterano David Coulthard, no segundo Red Bull. Felipe Massa não conseguiu mais do que o oitavo tempo (1.20,943 segundos) e Kimi Raikonnen foi 12º (1.21,275 segundos)

Nesta segunda sessão, os pilotos efectuaram séries de voltas maiores e com mais gasolina nos depósitos, exprimentando já as especificações de corrida, com os Red Bull a deixarem boas indicações, contrariamente á BMW, que continua algo apagada. Mas as qualificações contam sempre outra história...

GP2 - Silverstone (Qualificação)

A ronda inglesa começou mal para Alvaro Parente, pelo menos nos treinos. Numa qualificação em que Bruno Senna foi o "poleman", tendo a seu lado o francês Romain Grosjean, o piloto português não foi além do 17º posto na grelha, a mais um segundo e meio de Senna.

Parente esteve durante muito tempo com o 13º lugar da grelha, após o primeiro conjunto de pneus, mas quando fez a sua segunda e derradeira tentativa, viu a sua volta rápida interrompida devido ao pião do austro-árabe Andreas Zuber, que obrigou à amostragem de bandeiras amarelas. O seu companheiro na Supernova, o espanhol Andy Soucek, vai partir da sétima posição da grelha.

A primeira corrida é amanhã, a partir das duas da tarde, hora de Lisboa.

Donnington vai receber a Formula 1 em 2010

A FIA anunciou esta manhã que o circuito de Donnington Park vai ser a sede do GP de Inglaterra a partir de 2010.


Depois de meses de especulação, e de vários avisos por parte de Bernie Ecclestone e Max Mosley para que se fizessem obras de construção e outras modificações no circuito inglês, a FIA conseguiu um acordo com Tom Wheatcroft, o proprietário do circuito de Donnington, para que albergasse o GP de Inglaterra a partir de 2010, e nas próximas dez temporadas. Os proprietários prometerem investir mais de 100 milhões de libras em modificações, para cumprirem os critérios da FIA.

Acerca deste negócio, o presidente da FIA, Max Mosley, afirmou: "O desenvolvimento previsto para o Circuito de Donington irá ficar em consonância com os mais altos "standards" actuais, que se podem esperar, pelo que os adeptos britânicos irão ter o circuito que merecem."

Bernie Ecclestone lamenta que os responsáveis de Silverstone não tenham conseguido encontrar apoios que lhes permitissem realizar os melhoramentos que se impunham: "Bastava uma ínfima percentagem do que o governo inglês vai gastar com os Jogos Olímpicos para se conseguir isso mesmo. Pelo menos acabou-se a incerteza! O contrato está assinado, pelo que o futuro do GP da Grã-Bretanha está seguro."

O Circuito de Donnington já albergou uma vez uma corrida de Formula 1, em 1993, sob o nome de Grande Prémio da Europa. Essa corrida, disputada à chuva, foi ganha por Ayrton Senna, num McLaren - Corsworth, depois de uma primeira volta espectacular, ultrapassando seis carros para alcançar a liderança.

GP Memória - França 1993

Três semanas depois de Montreal, a Formula 1 voltava à Europa, mais concretamente ao circuito de Magny-Cours, palco do Grande Prémio de França, a oitava prova do Mundial daquele ano. Nessa altura, a FIA anunciou que iria banir no final daquele ano todas as ajudas electrónicas ao carro, como a suspensão activa, que dava tanta vantagem aos Williams.

Entretanto, Ayrton Senna e Ron Dennis finalmente tinham decidido um acordo em que o piloto brasileiro continuaria a correr na equipa até ao final daquela temporada, mas que na temporada seguinte, poderia correr onde quisesse. Isso implicaria que estava livre de procurar outra equipa, e Senna, obcecado em ser o melhor, queria a Williams, sabendo que Prost não continuaria para além de 1993...

Na Ferrari, a equipa estava a bater no fundo. Gerhard Berger e Jean Alesi estavam a pagar o preço por ter um mau carro nessa temporada, e pouco podiam aspirar a uns lugares no pódio. Para mudar o estado de coisas, contrataram como director desportivo um ex-navegador de ralies francês, e que tinha feito um excelente trabalho na Peugeot, quer nos ralies, quer nos Sport-Protótipos. Chamava-se Jean Todt, e nos 15 anos seguites, iria ajudar a revolucionar da marca do Cavalino Rampante...

Nos treinos, os Williams dominaram, mas quem fez a "pole-position" não foi Prost, mas sim... Damon Hill! O inglês cometeu o "pecado" de ser o melhor na terra do seu companheiro Alain Prost, na primeira "pole-position" da sua carreira, que teve de se contentar com o segundo lugar.

Na segunda fila, uma surpresa: os Ligier-Renault de Marin Brundle e Mark Blundell ficaram com o terceiro e quartos postos, mostrando a boa forma dos Ligier-Renault, já que corriam em sua casa (o circuito de Magny-Cours era a sede da Ligier...)

Na terceira fila, Ayrton Senna partilhava-o com o Ferrari de Jean Alesi, enquanto que na quarta fila, o alemão Michael Schumacher tinha a seu lado o brasileiro Rubens Barrichello, no Jordan-Hart. A fechar o "top-ten" ficaram outras duas surpresas: os Larousse-Lamborghini de Eric Bernard e Phillipe Alliot.

Na corrida, Hill e Prost partiram na frente, seguidos pelos dois Ligiers, Senna, Schumacher e Alesi. Na volta quatro, Barrichello sobre para sétimo, ao ultrapassar Alesi. Na volta 14, quando Blundell estava a tentar ganhar uma volta ao Tyrrell de Andrea de Cesaris, o carro virou e colocou o inglês fora de prova. A meio da corrida, foi a vez dos pilotos fazerem a sua troca de pneus, e Hill perde tempo com uma troca mal sucedida, deixando Prost na frente, posição essa que não perdeu até final.

Com os Williams a garantir a dobradinha, a luta era para o lugar mais baixo do pódio. Senna e Schumacher lutaram por ela, mas neste dia, o melhor foi o alemão da Benetton. Brundle ficou com o quinto posto, enquanto que a luta pelo último lugar pontuável aconteceu entre Barrichello e o segundo McLaren de Michael Andretti, no qual saiu vencedor o americano da McLaren.

Noticias: Red Bull renova contrato com Mark Webber

No mesmo dia em que David Coulthard anunciou a sua retirada, a Red Bull aproveitou para anunciar que o seu outro piloto, o australiano Mark Webber, iria continuar na equipa por mais uma época.



"Estamos felizes por anunciar que estendemos a nossa relação para 2009", disse o director da Red Bull, Christian Horner, à http://www.autosport.com/. Com esta extensão do contrato, o piloto australiano de 31 anos vai ficar na equipa pela terceira temporada consecutiva.


"Foi um acordo muito fácil." disse o piloto. "Estando num bom ambiente, onde se respira ambição e onde as partes estão satisfeitas com a temporada que estamos a fazer até agora", concluiu.


Ainda não se sabe quem será o seu companheiro, mas desde há semanas que a imprensa fala no alemão Sebastian Vettel, que corre neste momento na equipa-satélite, a Toro Rosso.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Noticias: David Coulthard anuncia o seu abandono

O piloto escocês David Coulthard anunciou esta tarde em Silverstone que abandonará a Formula 1 no final desta época.


"Gostava de anunciar a decisão de me retirar da Formula 1 no final desta época. Permanecerei envolvido no desporto com consultor da Red Bull Racing, focando-me nos testes e no desenvolvimento dos monolugares da equipa. Manterei a mente aberta no que a possíveis alternativas para correr no futuro diz respeito, noutra forma qualquer de desporto automóvel, portando nada de pendurar o capacete." declarou.


Actualmente com 37 anos, é um dos veteranos da Formula 1, estando em competição desde 1994, quando foi escolhido na Williams para substituir Ayron Senna, morto após o GP de San Marino. Ao longo de 237 Grandes Prémios, em 15 épocas (1994-2008), passou pela Williams (1994-95), McLaren (1996-2004) e Red Bull (2005-08), conseguindo treze vitórias, a primeira das quais no GP de Portugal de 1995, 12 "pole-positions", 62 pódios (o último dos quais no Canadá) e 533 pontos até agora. A sua melhor classificação de sempre foi o título de vice-campeão do Mundo em 2000, a bordo de um McLaren.


Antes da Formula 1, fora vice-campeão inglês de Formula 3 em 1991, tendo ganho a Formula 3 Masters em Zandvoort, e o GP de Macau, todos no mesmo ano. Em 1993, foi terceiro classificado no Europeu de Formula 3000, atrás do vencedor, o francês Olivier Panis, e do vice-campeão, o português Pedro Lamy.


Na minha modesta opinião, saindo cedo ou tarde (mais tarde do que devia, diga-se...) marcou uma era na Formula 1. Ganhou muitas corridas, mas nunca teve aquele estofo de campeão, como tinha o seu companheiro da McLaren, Mika Hakkinen. Fico sempre com a sensação que foi um optimo segundo piloto, e nada mais. Que seja feliz noutras categorias, sempre pode tentar as 24 Horas de Le Mans...

Perguntei ao Luis Vasconcelos o seguinte:

P - Até que ponto o projecto American Honda é diferente da Super Aguri, que foi abandonado há cerca de dois meses?

R - Os dois projectos não tem nada a ver um com o outro. A Super Aguri nasceu permatura, pela necessidade de encontrar um volante para Takuma Sato, cujo afastamento da equipa honda tinha cuasado grande consternação no Japão. Foi a Honda que pagou tudo em 2006 e 2007. E foi por não qurer continuar a pagar que a Honda cortou o crédito à equipa de Silverstone.


Já no caso da equipa de Ken Anderson, a honda só vai ter a lucrar, pois vai receber pelos motores, e - caso os americanos os queiram comprar - pelas caixas de velocidades e os KERS. Teremos aqui uma relação fornecedor- cliente, com a unica diferença em relação ao mercado normal ser a Honda America a pagar estas contas, como parceira da equipa de Anderson. De resto, o americano tem investidores para arrancar e competir em 2009, estando em negociações com diversas empresas de base americana para o patrocinarem no ano que vêm.


Se Aguri Suzuki teve três meses para colocar de pé a sua equipa, já Ken Anderson está a trabalhar neste projecto há mais de um ano, tem à sua disposição o mais completo túnel de vento que existe - projectado por ele e no qual muitas marcas e equipas testam diariamente - e parece ter os meios necessários para um arranque tranquilo na formula 1, mesmo que se admite ter ambições limitadas nos primeiros anos.

GP Memória - França 1988

Depois de Detroit, a Formula 1 estava de volta à Europa, com a realização do Grande Prémio de França, que se realizava no circuito de Paul Ricard. Todos sabiam que isto era um "affaire" entre Alain Prost e Ayrton Senna, logo, nesta corrida queria saber se Prost ganharia em casa, ou então seria o brasileiro a continuar a sua sequência de vitórias vindas das duas últimas corridas, no Canadá e no circuito urbano de Detroit.

E de facto, quaisquer esperanças de uma surpresa foram logo desvanecidas nos treinos: os McLaren ocupavam a primeira fila, mas surpreendente, foi Alain Prost a levar a melhor sobre Ayrton Senna. Na segunda fila ficaram os Ferrari de Gerhard Berger e Michele Alboreto, e na terceira ficaram os Benetton de Thierry Boutsen e de Alessandro Nannini. Na quarta fila estavam os Lotus de Nelson Piquet e Satoru Nakajima, e a fechar o "top ten", ficaram o Williams-Judd de Nigel Mansell e o March de Ivan Capelli.

Entre os quatro não-qualificados, para além do Tyrrell-Judd de Julian Bailey e o Coloni-Ford de Gabriele Tarquini, a surpresa maior foi a não qualificação dos Ligier de René Arnoux e de Stefan Johansson, que corriam em casa... Piercarlo Ghinzani tinha sido excluído por falhar um controle de peso, algo obrigatório nessa altura.

No dia da corrida, Domingo, 3 de Julho de 1988, estava sol e calor, e muitos espectadores na pista para ver a corrida. Prost parte na frente, com Senna em segundo, tendo logo a seguir os dois Ferrari e o Lotus de Piquet, que consegue ultrapassar os Benetton. Enquanto que os McLaren seguiam na frente sem serem incomodados, mais atrás, nos lugares secundários, é que havia emoção: na volta 17, Thierry Boutsen para nas boxes para não mais sair, devido a problemas electricos, e na volta 23, Gerhard Berger perde o seu terceiro lugar para Michele Alboreto, devido a despiste.

Na volta 34, é a vez de Senna ir para as boxes, e quando três voltas depois foi a vez de Prost fazer a sua troca de pneus, o brasileiro conseguiu ficar na frente dele. Nas dez voltas seguintes, parecia que a ordem estava establecida, mas a partir da volta 45, Senna tem dificulades com os retardatários, e permite a aproximação de Prost. Para piorar as coisas, Senna tinha perdido uma velocidade na sua caixa, e estava e ter uma passada mais lenta. Essa aproximação foi tal que na volta 61, o francês estava em cima dele e conseguiu ultrapassá-lo, voltando ao comando da corrida, para não mais a largar.

No final da corrida, Prost celebrava a sua quarta vitória do ano, contra as três de Senna. Os Ferrari ficaram com o terceiro e quarto lugares, com Alboreto a levar a melhor sobre Gerhard Berger. Para fechar os pontos, ficaram o Lotus-Honda de Nelson Piquet e o Benetton-Ford de Alessandro Nannini.

Fontes:

Amiguinhos, votem em mim!

Se ainda não repararam, vão reparar agora: neste belo blog tenho um banner na vossa direita a dizer "Super Blog Awards". Para os meus amigos brasileiros, a Super Bock é uma marca de cerveja em Portugal, cuja popularidade é equivalente a, digamos, a Brahma.

Desde ontem que começou, depois de um processo de inscrição que durou nove meses, a votação do Super Blog Awards, um prémio que elege os melhores blogs escritos em Portugal. Nesta primeira edição, existem nove categorias, entre elas a de Desporto, que é onde estou. No regulamento do concurso, o sistema é misto, ou seja: votamos para que o nosso blog fique entre os cinco nomeados, que em consequência, serão avaliados por um juri, que vai escolher qual é o melhor da categoria (nove categorias x cinco blogs cada = 45 nomeados), e daí sairá, em consequência, o melhor blog de Portugal em 2008. O anuncio será feito daqui a três meses, a 1 de Outubro.

E porque quero que vocês votem em mim? Pois, o prémio é aliciante: três mil euros para o vencedor em geral, 500 euros para o vencedor da categoria. E qualquer valor, por estes dias, dá um emorme jeito. Pelo menos para mim...

E há outro aliciante: tirando a mim e ao 16 Valvulas, não há outros blogs de automobilismo, pelo menos que eu tenha visto. A esmagadora maioria deles são de futebol, aqui e ali com blogs de outras modalidades. Sem menosprezar o "desporto-rei", vocês não gostariam de ajudar um amigo vosso, que até escreve umas coisas com algum jeito, para que esteja entre os eleitos?

Vá pessoal, inscrevam-se e votem em mim! Afinal, votei em alguns de vocês quando me pedriam, certo? Desde já, agradeço-vos.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Uma pequena história minha

Descobri por estes dias que estava a fazer nove anos uma coisa que achei piada em fazer, e que no final deu um prémio. Pequeno, mas um prémio. E a minha pequena página de imortalidade...


Em 1999, estavamos todos a comemorar o Milénio. Como sabem, era algo unico e irrepetível, e muita gente decidiu fazer o balanço desse milénio que se ia embora. Um desses exemplos, pelo menos aqui em Portugal, foi feito pelo jornal "Diário de Noticias" que decidiu fazer um livro, chamado "Noticias do Milénio".


Quem tem o livro, há de notar que aquilo é meio enciclopédia, meio ensaio cientifico. Pediram-se a dezenas de filósofos, ensaistas, cientistas, escritores, para fazer um balanço do que passou e as aspirações para os anos vindouros. Tudo muito bonito, tudo muito engraçado, para guardar e mostrar às gerações seguintes.



A segunda parte, a parte da enciclopédia, era a mais interessante. E para tornar ainda mais interessante, pediu-se aos leitores para que colaborassem, mandando pequenas noticias de acontecimentos do passado que parecendo despercebidas, tiveram uma importância capital na história da Humanidade, do género, o primeiro vôo de balão (a passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão) ou um atentado contra Napoleão Bonaparte, na Véspera de Natal de 1800.


Na altura com 22 anos, e estudante na Universidade, decidi tentar a minha sorte, até porque sabia que qualquer texto publicado valia um prémiozito de 100 euros. Mandei alguns sobre eventos históricos, como a Guerra Civil Americana ou as Guerras Napoleónicas, etc, e quase a acabar, só por gozo, escrevi isto:


" PARIS - 23 de Julho de 1894 - Realizou-se ontem a primeira grande corrida desta nova invenção, o automóvel. A competição, uma corrida entre Paris e Rouen, organizada pelo "Le Petit Journal", teve a inscrição inicial de 102 veículos propulsionados de diversas maneiras, desde o vapor ao ar comprimido, passando pelo combustível. Mas após um controlo apertado, só foram admitidos 21 carros à partida.


Esta corrida foi organizada com o intuito de encontrar um automóvel que percorresse sem perigo o trajecto entre Paris e Rouen - 135 quilómetros - e de uma forma mais fácil e barata.


A corrida foi seguida com entusiasmo por milhares de pessoas, não só em Paris como ao longo do percurso, e o vencedor, que demorou 6 horas de 48 minutos, foi o Conde De Dion, no seu veículo a vapor, a uma espantosa média de 20 quilometros por hora."


Ora, escrevi isto em Março. Enviei e não liguei mais. Chega o dia 1 de Julho, dia do lançamento do livro, e fui comprá-lo. Em altura de exames, até era um excelente "anti-stress". Quando chego à página 870, na secção da cronologia, e a relatar o inicio do século XX, descubro com espanto que o texto que mandara, quase por brincadeira... era o que tinha sido publicado!


Quase por coincidência, um responsável pelo jornal ligou-me, a noticiar do prémio. Fiquei espantado, mas depois do choque inicial, lembrei-me que fiquei feliz por ver o meu trabalho reconhecido. E o chequezinho, claro... acho que fiz umas férias com ele, já não me recordo bem.


Passados nove anos, e olhando para trás, pergunto a mim mesmo se este pequeno episódio não era um sinal do futuro que vinha aí. É certo que é uma coisa que tu gostas de fazer, e do qual hoje me sinto à vontade, mas numa altura em que a Internet estava na primeira geração e a versão 2.0 era ainda algo que estava na cabeça dos mais visionários (o Google ainda gatinhava), pergunto a mim mesmo se era coisa do Destino...


Mas que deu um gozo tremendo, ai isso deu!

GP Memória - França 1978

Depois da polémica na Suécia, com o Brabham BT46B "Ventoínha", as coisas pareciam voltar à normalidade em França, no circuito de Paul Ricard. Os carros tinham sido proíbidos, e Gordon Murray voltaria aos BT46, enquanto que os Lotus com o seu modelo 79, preparavam para continuar o seu domínio...


Quando a formula 1 chega a Paul Ricard, algumas mudanças tinham acontecido no pelotão. Jacky Ickx sai da Ensign, e é substituido pelo irlandês Derek Daly, que vinha da já falecida Hesketh.


Quem regressava era o jovem René Arnoux, a bordo do seu Martini, que fazia aparições regulares na sua experiência da Formula 1. A McLaren, para além dos dois pilotos habituais, James Hunt e Patrick Tambay, inscrevia um terceiro carro para o jovem italiano Bruno Giacomelli, que fazia aparições esporádicas na Formula 1, enquanto tentava alcançar o título da Formula 2.


Nos treinos, o melhor da grelha foi o Brabham Alfa-Romeo de John Watson, que bateu por pouco o Lotus de Mario Andretti. Na segunda fila, o outro Brabham, de Niki Lauda, era melhor do que o McLaren de James Hunt. Na terceira fila ficavam o Lotus de Ronnie Peterson e o segundo McLaren de Patrick Tambay. Emerson Fittipaldi fica em 15º, e trés pilotos não se qualificaram: Arturo Merzário, no seu carro, o Ensign de Derek Daly e o Lotus privado do mexicano Hector Rebaque.


Na partida, e apesar de Watson ter conseguido segurar Andretti nos primeiros metros, no final da primeira volta era o americano da Lotus a liderar a corrida, seguido por Watson, Tambay, Lauda, Peterson e Hunt. O austriaco ganhou posições, e na volta nove, era segundo. Contudo, na volta seguinte, o motor explodiu e a sua corrida ficou-se por ali. Entretanto, Peterson aumenta o ritmo e passa Tambay e Watson para garantir uma dobradinha Lotus, algo que não mudará até ao final da corrida.


O alvo de interesse passa a ser o terceiro lugar, com Watson a garanti-lo, antes que Tambay o assaltasse. O francês conseguiu, mas pouco tempo depois, um furo o fez atrasar na classificação (acabaria em oitavo). Watson herdou a posição, mas desta vez era assaltado por Hunt, que o consegue a 16 voltas do fim. A fechar os pontos ficaram o Williams de Alan Jones e o Wolf de Jody Scheckter.


Quando os Lotus cruzaram a meta, tinham conseguido a sua terceira dobradinha em quatro corridas. Definitivamente, o Lotus 79 era a melhor máquina do pelotão, e Mario Andretti, o lider, estava bem lançado para o título de campeão do Mundo...


Fontes:

terça-feira, 1 de julho de 2008

Hoje é dia de São Gilles e São René...

Pois é... um dos melhores momentos da história da Formula 1 faz hoje 29 anos. Acho que toda a gente sabe ou já viu este video, desta fabulosa luta, onde certo dia Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do Top Gear, descreveu Gilles Villeneuve como "o maior piloto que jamais sentou o rabo num Formula 1".

A piada no meio disto tudo é que Villeneuve e Arnoux lutavam por um segundo lugar, ironicamente descrito, anos mais tarde por Ayrton Senna como o "primeiro dos últimos". Mas Villeneuve era assim: lutava por qualquer lugar como se fosse pelo primeiro. E se calhar deve ser or isso que hoje em dia ainda continua a ser idolatrado, 26 anos depois de morto...


Para finalizar, deixo-vos uma história que o Ico conta hoje no seu blog: "Na corrida seguinte, em Silverstone, Gilles Villeneuve e René Arnoux foram chamados a uma reunião com a cúpula da GPDA na época, formada por Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Clay Regazzoni e Jody Scheckter. Lauda acusou: “Vocês pilotaram em Dijon de maneira perigosa e danificaram a imagem do esporte”. Arnoux respondeu de imediato: “Com você, isto jamais teria acontecido... porque você levantaria o pé logo de cara!”. Gilles virou as costas aos pilotos e deixou a sala. Rindo."

Chuva para Silverstone?

Li isto ontem à noite no Blog F1 Grand Prix: o MSN Weather prevê um fim de semana chuvoso e friorento no circuito de Silverstone, e as possibilidades de chuva no dia da corrida rondam... os 90 por cento!




Eu sei que as previsões são um pouco distantes, mas a ideia de uma prova chuvosa, algo que não acontece desde 2002 para aquelas bandas, significa uma adição de emoção para os amantes do automobilismo, não acham? Mas no fim de semana tiram-se todas as dúvidas...

Bruno Senna desejado

Três equipas de Formula 1 estão de olho no sobrinho de Ayrton Senna: Toro Rosso, Honda e BMW-Sauber. As duas últimas equipas querem-no para 2009, como piloto de testes, no sentido de o preparar para a sua primeira temporada a tempo inteiro em 2010, enquanto que a STR, de Gerhard Berger (ex-companheiro e amigo pessoal do tio), quer-o já em 2009, eventualmente para substituir Sebastien Vettel.

Actualmente no segundo lugar do campeonato da GP2, mas com uma vitória no Mónaco este ano (sitio onde Ayrton ganhou por seis vezes), Bruno quer antes do mais, alcançar o título na categoria de acesso à Formula 1: "Não me importo que seja uma equipa mais pequena. Espero dar os meus primeiros passos na Fórmula 1 a curto prazo mas para isso precisarei de sorte para ter hipótese de correr numa boa equipa. Não tenho uma equipa favorita, pois primeiro quero o título da GP2. Isso já é muito difícil e não é uma garantia de vaga na Fórmula 1.", referiu Senna ao jornal alemão "Express".

Noticias: Albuquerque confirmado na A1GP para 2009

Já se tinha um ideia, mas hoje foi o anuncio oficial: Filipe Albuquerque vai assinar pela A1GP Team Portugal nas duas próximas temporadas. O objectivo é ambicioso: trazer para Portugal o título de Campeão.


"O A1GP é um Campeonato muito competitivo e tenho a certeza que será ainda mais nas próximas épocas. Por isso, só posso estar muito feliz por uma vez mais representar a equipa portuguesa. É uma enorme honra", disse Albuquerque.

Este ano, a A1GP tem algumas novidades, como o chassis, que está a ser desenvolvido pela Ferrari, algo que Albuquerque afirma estar "ansioso por testar o novo carro", algo que terá oportunidade de o fazer no próximo dia 17 de Agosto em Silverstone, nos testes colectivos.

"O facto de ninguém conhecer o carro, vai colocar-nos a todos em circunstâncias de igualdade e por isso tenho a certeza que nas primeiras corridas vão-se destacar aqueles que conseguirem fazer um melhor trabalho na altura dos testes. Como habitualmente me adapto com facilidade a diferentes monolugares, quero acreditar que o vou conseguir bons resultados desde cedo", explicou o piloto de Coimbra.

Quanto à temporada de 2008/09, tem um novo aliciante: o regresso da competição a Portugal, mais concretamente no novo Autódromo do Algarve. "É mais um motivo de orgulho, pois para além de poder correr no frente do meu público, que estou certo me vai apoiar incondicionalmente, vou estar a correr na casa de um dos meus patrocinadores e por isso o orgulho mas também a responsabilidade são ainda maiores", concluiu.

GP Memória - França 1973

Quinze dias depois da Formula 1 se estrear em paragens nórdicas, era a vez da França receber mais uma prova do Mundial. Depois de no ano anterior terem estado no longo e perigoso circuito de Charade, perto de Clermont-Ferrand, a formula rumou para o moderno circuito de Paul Ricard, no sul do país.

Este grande prémio marcava o meio do campeonato desse ano, e a luta pelo comando do Mundial estava ao rubro: Emerson Fittipaldi ainda liderava, com 41 pontos, mas Stewart, o segundo, tinha agora 39 pontos, e entravamos agora num momento decisivo na luta pelo título. Cevért era terceiro, com 25 pontos, mas Hulme, no seu McLaren, não estava muito atrás, com 20.

No pelotão da Formula 1, haviam algumas mudanças: a Ferrari voltava com um esquema de dois carros, para Jacky Ickx e Arturo Merzario. Na McLaren, Peter Revson não podia correr aqui devido a compromissos nos Estados Unidos, e fora substituido pelo jovem prodigio, vindo da Africa do Sul, chamado Jody Scheckter. Outro que regressava à Formula 1 era James Hunt, com o seu March da equipa Hesketh, enquanto que uma nova equipa fazia a sua aparição: a Ensign, do engenheiro americano Morris (Mo) Nunn. Para aqui trazia um jovem milionário, herdeiro da familia Opel, correndo sobre a licença do... Lichtenstein! Era Rikky van Opel.

Quem deveria ter aparecido em Paul Ricard era Chris Amon, a bordo do seu Tecno. Mas nesta altura, a equipa tinha uma disputa legal com o seu patrocinador, a firma de bebidas Martini & Rossi. Sendo assim, a equipa foi impedida de participar na corrida. Quem também deveria aparecer em Paul Ricard era um jovem vindo da Irlanda do Norte, de seu nome John Watson, mas uns dias antes, numa prova de Formula 2 em Inglaterra, tem um acidente e parte uma perna.

Nos treinos de qualificação, Jackie Stewart leva a melhor sobre... o McLaren de Jody Scheckter! Na sua terceira corrida, o jovem sul-africano mostra a sua garra, batendo até Emerson Fittipaldi, o terceiro classificado. Ao lado do piloto brasileiro ficou o segundo Tyrrell, de Francois Cevért. Ronnie Peterson, o segundo piloto da Lotus, era o quinto, tendo a seu lado o veterano Denny Hulme, que quinze dias antes lhe tinha tirado uma vitória quase certa na Suécia.

No dia da corrida, 1 de Julho de 1973, estava sol e calor em Paul Ricard. E na partida, Scheckter ultrapassa Stewart e é um surpreendente líder da corrida. Seguem-se Peterson, Stewart, Hulme e Fittipaldi. Julgava-se que essa liderança seria de curta duração, mas o piloto sul-africano durou mais tempo no comando do que seria de esperar... na volta 16, Hulme atrasa-se devido a um furo, e cinco voltas depois, foi a vez de Stewart a ter o mesmo problema. Assim, ficaram os dois Lotus a atacar o McLaren do sul-africano. Entretanto, Fittipaldi passava para o segundo lugar, no sentido de tentar desalojá-lo.

Na volta 42 acontece o momento da corrida: quando Scheckter tentava dar uma volta ao BRM de Jean-Pierre Beltoise, Fittipaldi tenta aproveitar uma hesitação do sul-africano para chegar à liderança, mas Scheckter defende-se e ambos colidem, desitindo na hora. Quem aproveita esta colisão é Ronnie Peterson, que herda a liderança para não mais a largar.

No final, um Colin Chapman feliz comemora a primeira vitória de um sueco em 14 anos, uma vitória que já era merecida para um piloto que tinha muito tanlento, mas que ainda não tinha alcançado o lugar mais alto do pódio. Em segundo ficava o Tyrrell de Francois Cevért, e no terceiro posto pertencia ao Brabham do argentino Carlos Reutmann, que se estreava num pódio de Formula 1. Jackie Stewart conseguia três preciosos pontos, o que lhe daria, pela primeira vez nesse ano, a liderança do campeonato. Jacky Ickx era quinto, e James Hunt alcançava, pela primeira vez na sua carreira, um lugar pontuável... e logo na sua segunda corrida!

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