Como este fim de semana é muito magrinho em termos de provas, é altura de andares a pesqusar outras coisas. E quase por acaso, tropecei nisto: passeando no Youtube, dei de caras com este video de tributo a Jackie Stewart e a Francois Cevért, que para muitos, é considerada como a dupla perfeita da Formula 1, correndo juntos de 1971 a 1973.No video, Jackie Stewart tem uma frase sobre a relação: "Tinhamos a relação mais perfeita entre companheiros de equipa da Formula 1. Eu era o mestre e ele era o aluno. Uma das coisas que mais queria era que ele passasse o testemunho e ser Campeão do Mundo. Seria o final perfeito de uma história perfeita. Mas o destino não quis assim, e se calhar foi a maneira de Deus dizer que não tomes nada como garantido."
No ano em que se comemoram os 35 anos da sua morte, seria bom lembrar-nos que o automobilismo é o grande desporto que admiramos agora, sem perigos e dramas, é graças a estes e outros pilotos, que deram muito para melhorar as condições dos carros e dos circuitos, e alguns deles pagaram o supremo preço.
2 comentários:
Podemos exaltar a segurança dos tempos atuais, mas...
Em primeiro lugar, talvez o companheirismo entre caras como Cévert e Stewart existisse mais naqueles tempos justamente porque eles eram mais inseguros. Além disso, era uma época em que (vou roubar uma frase do Ico) "para vencer na Fórmula 1, era preciso, antes de mais nada, experiência". Hoje em dia, vide Lewis Hamilton, experiência não é mais tão necessário quanto talento, apadrinhamento e um PS4.
Daniel:
O Emerson Fittipaldi disse certa vez que as hipóteses que eles tinham de estar vivos ao fim de cinco épocas era de um terço. Nessa altura, eles comparavam-se aos pilotos da II Guerra Mundial, devido às suas chances de sobrevivência.
Porque é que havia tanto companheirismo? Talvez porque viviam a vida como se não existisse o amanhã. Corriam todos os fins de semana em vários carros, em várias categorias, sem sabendo se aquele seria a última corrida da sua vida. Quantos e quantos pilotos de Formula 1 não morreram em corridas menores ou em outras categorias?
E também nessa altura, nem os pilotos, nem as suas estruturas, eram profissionais, tirando as marcas de fábrica. Aliás, o Jackie Stewart marca uma fronteira: é o primeiro piloto de projecção mundial, que dá a cara para anuncios publicitários.
E quanto aos dias de hoje, acrescento mais uma coisa: os circuitos já não são desafiadores. A obcessão pela segurança teve as suas consequências...
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