sábado, 16 de novembro de 2024

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"O que posso dizer é que novidades e mudanças estão a chegar, e o meu total apoio vai para o meu filho por todas as decisões e escolhas que ele fez durante este período". 

Isto foi o que Mário Andretti afirmou nesta semana, numa entrevista à "Gazzetta dello Sport". Ele não quis falar muito sobre o assunto, porque saberia de algo mais.

E esse algo mais poderá raiar o escândalo. Do género... FBI a querer ter uma conversinha com os donos das equipas, como Christian Horner ou Toto Wolff. Segundo contou na sexta-feira a publicação germânica F1-Insider, o FBI teve acesso a um grupo de Whatsapp onde Wolff, Horner e Lawrence Stroll, entre outros, pressionaram Stefano Domenicali a não aceitar a Andretti, o que pode ser considerado como para lá da legalidade. E no próximo final de semana, o FBI irá interrogar diversas personalidades em nome do Congresso e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América.

Aliás, as coisas começaram nesta semana com a demissão de Greg Maffei, com efeito imediato. Todos consideraram a noticia "inesperada", mas foi logo depois de Andretti ter feito estas declarações. E a publicação fala ainda que existem pressões no mesmo sentido para Stefano Domenicalli, por ter aceite as ordens da Liberty Media. Mas quem conhece a história, sabe que foi em Miami que Maffei foi ter com Mário Andretti e disse que enquanto tivesse aquela posição na Liberty Media, a equipa não entraria na Formula 1.

Como o Congresso e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América estão a investigar uma empresa americana, a Liberty, que fez cartel para impedir a entrada de outra empresa americana, a Andretti, muito provavelmente haverá pano para mangas, com consequências ainda não imaginadas. O desmantelamento da Liberty Media ou eles a serem obrigados a vender a FOM, são duas possibilidades - embora da segunda já veja quem a poderá comprar... 

E mesmo que haja gente com esperança que a nova administração mude tudo, quero afirmar que o líder da comissão de inquérito é um congressista do Ohio, Jim Jordan, que é republicano e trumpista. Logo, não creio que haja grande salvação no próximo presidente. 

Portanto, semana que vêm, poderemos ver gente com algemas no "paddock" a querer ter uma conversinha com algumas pessoas, do qual farão perguntas difíceis. E claro, os Andrettis estarão radiantes por ver certas coisas a acontecer. E isto, um ano depois do pessoal reclamar de coisas como o asfalto e das baixas temperaturas, porque a Liberty Media acha graça ver carros a correr na Strip, a meio da noite. "Never a dull moment, Vegas!"

Youtube Formula 1 Vídeo: Os problemas com a narração pró-inglesa da Sky Sports

Sábado. Fim de semana, e comi não há nada relevante em termos de automobilismo - é só na semana que vem - pode-se colocar, por exemplo, a leitura em dia ou ir ao cinema ver coisas interessantes. Ou então, se ficar em casa, pode ir ao Youtube e assistir a algum vídeo que seja relevante. 

E até calha bem o assunto desta semana no canal do Josh Revell: as transmissões televisivas da Sky Sports e a sua forte tendência britânica, que raia o patriotismo bacoco, especialmente neste tempo de duelo entre Lando Norris e Max Verstappen. E claro, o resto do mundo não acha muita piada... 

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

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A Andretti Global tem uma enorme ambição: estar na Formula 1. Sempre foi bem sucedida quer na IndyCar Series, quer na IMSA, e desde há mais de ano e meio que está a ambicionar este salto construindo instalações quer nos Estados Unidos, quer no Reino Unido, e a convencer engenheiros para trabalhar na empresa. O mais famoso deles é Pat Symmonds, que era o antigo diretor técnico da FOM, e renunciou para ir trabalhar para a equipa americana.

Contudo, se a FIA disse sim à Andretti, a FOM negou a sua entrada. E no passado mês de maio, Mário Andretti disse no Twitter que Greg Maffei lhe abordou no paddock e disse-lhe algo deste género: enquanto fosse diretor da Liberty Media, faria tudo ao seu alcance para não o ter por ali. 

Pois bem, esta semana, foi anunciado que Maffei iria abandonar o seu cargo na Liberty Media no final do ano, ficando como conselheiro, sem grande poder de decisão. Isso, aliado com a saída de Michael Andretti, que aconteceu em setembro, sem aviso prévio, poderá querer indicar que a FOM e a Andretti estarão a elaborar um acordo para a entrada da equipa na Formula 1, provavelmente em 2026. 

E Mário Andretti, o pai de Michael, afirmou esta semana, numa entrevista ao jornal italiano "Gazzetta dello Sport", onde sem se abrir muito, afirmou: "o que posso dizer é que novidades e mudanças estão a chegar, e o meu total apoio vai para o meu filho por todas as decisões e escolhas que ele fez durante este período".  

A Andretti parece ser sólida, nas suas intenções. Com o apoio da GM por trás, para construir os motores, a ideia parece ser a de uma equipa americana, mais até que a Haas - a equipa encomenda os seus chassis à Dallara e tem motores Ferrari - e a quantidade de dinheiro já injetada no projeto, até dá jeito ter um nome desta envergadura, dado o palmarés de ambos. O bloqueio inicial da Liberty Media tem mais a ver com a sua ideia da Formula 1, um clube fechado a, pelo menos, 10 equipas, porque é isso que existe em termos de dinheiro dado às equipas. 

Mas com o teto de gastos existente na Formula 1, e boa parte das equipas com contas positivas, colocar uma 11ª equipa, com bases sólidas, poderá fazer com que as equipas sofram um bocado, com menos dinheiro vindo da Liberty, mas com a crescente popularidade da Formula 1 e a chegada de mais dinheiro, quer vindo de patrocínios, quer vindo dos pagamentos que os países estão a fazer para acolher a competição, é só saber quando é que eles entram e que impacto isto terá. 

E claro, o sonho de Michael Andretti poderá, por fim, ser real.     

Youtube Automotive Video: James May, o homem deles na Califórnia (final, com Cybertruck)

E a viagem de James May à California está a chegar ao fim. E para chegar a esta parte, nada melhor como experimentar um Tesla Cybertruck, para saber como é - porque ainda não chegou à Europa, excepto algumas encomendas pessoais.  

Já coloquei aqui um vídeo sobre o dia em que foi experimentar o carro e ele alar do que achou, mas como faz parte deste conjunto de vídeos, e como tem algumas coisas diferentes... porque não?

WRC: Abiteboul dá liberdade aos seus pilotos no Japão


Cyril Abiteboul, o diretor desportivo da Hyundai no WRC, irá dar liberdade aos seus pilotos no rali do Japão. Com os campeonatos decididos a favor da marca coreana, e com Thierry Neuville a poucos pontos de celebrar um inédito campeonato - tem 25 pontos de vantagem sobre Ott Tanak - Abiteboul espera que o piloto belga adote uma estratégia de avessidade ao risco, e que os seus pilotos não se envolvam em lutas inúteis pela vitória, onde o risco de acabar mal é bem maior.  

Falando ao site Dirtfish.com., Abiteboul falou que entre os pilotos, há absoluta liberdade.

Em última análise, é com eles”, começou por afirmar. “Mas, tendo dito isso, acho que seria tolice pensar que Thierry vai colocar tudo em risco. É muito claro – a prioridade do ano era muito clara. Era um campeonato de pilotos, porque é isso que está a faltar na história da Hyundai Motorsport. E é importante não mudar a prioridade no decorrer do jogo, da época. Essa prioridade, sabemos, vai ser cumprida. E isso é importante.", continuou.

"E, mais uma vez, penso que o que devemos fazer é construir o nosso plano, sabendo exatamente o que os pilotos vão querer, o que devemos esperar. E não devemos esperar deles… por outras palavras, sabemos que o Thierry será extremamente avesso ao risco. É por isso que precisamos de elaborar os nossos planos em função disso.”, finalizou.

O rali do Japão será entre os dias 20 e 22 de novembro, será em asfalto e terá 19 especiais de classificação. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

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Há 40 anos, quem assistia ao campeonato nacional de ralis tinha de responder a esta pergunta: apoiavas o Joaquim Santos ou o Joaquim Moutinho? E a coisa era tal que, no rali final do campeonato de 1984, alguém decidiu colocar um tronco de árvore para resolver as coisas à sua maneira. Se quisermos, é a história de um fanático que queria que o seu piloto ganhasse. E claro, eles foram inocentes neste caso... se ouvirmos uma parte da história. 

Poderemos contar esta história a partir de 1980, quando Miguel Oliveira, um médico do Porto, decide criar uma equipa, a Diabolique. E para espalhar o nome, decidiu criar... um perfume. Sim, um perfume. O que interessa é que a coisa resultou, de uma certa maneira, e ele contratou um piloto promissor, de Penafiel, chamado Joaquim Santos. Com um Ford Escort 1800 de Grupo 4, eles se tornaram na melhor equipa de ralis em Portugal, ganhado títulos em 1982 e 1983, e sendo o melhor piloto local no rali de Portugal. 

Nessa altura, a Renault Portuguesa decidiu apostar nos ralis, e adquiriu um Renault 5 Turbo2, um híbrido entre o Grupo 4 e o Grupo B, porque tinha duas rodas motrizes. Para o lugar de piloto, contratou Joaquim Moutinho, e conseguiu colocar Joaquim Santos em sentido, fazendo com que o campeonato de 1984 fosse um bem forte, a "batalha dos Joaquins", contra um terceiro piloto, António Rodrigues, que tinha conseguido alinha com um Lancia 037, outro duas rodas motrizes, ao ponto de, quando chegaram ao último rali da temporada, no Algarve, Moutinho tinha conseguido o ceptro sobre Santos.

Mas no rali em si... a história é outra. Existente desde 1972, sempre em terra e com fama de ser duro para os carros, tinha entrado na história por, em 1980, ter sido o rali de estreia no Audi Quattro, e por estar no calendário do campeonato europeu de ralis, este ter sido ganho por estrangeiros. E não era excepção em 1984, mas com menos estrangeiros. Mas no campeonato nacional... estava ao rubro. 

No final daquele rali, um Joaquim seria campeão.

Em 1984, os ralis não eram o que são hoje: três dias, 30 especiais, com o total de 224,58 quilómetros em troços cronometrados! Duro, bem duro.

Moutinho foi logo para a frente, e começou a abrir uma vantagem para Joaquim Santos, e parecia que as coisas estavam controladas. Mas na segunda passagem pela Perna da Negra, Moutinho sofre dois furos e cai na geral, deixando Joaquim Santos na liderança.

Anos depois, em maio de 2016, Moutinho contou numa entrevista à revista do ACP (Automóvel Clube de Portugal) que tinha sido sabotado... por duas vezes! 

"A primeira [sabotagem] durante a primeira etapa, a umas três classificativas do seu final. Uma geringonça obrigou-nos a passar por um determinado sitio, quase por fora da estreita classificativa, onde terão sido colocados pregos. Resultado: de comandante da prova, passamos para sétimo ou oitavo lugar. Assim ficou determinado o nosso lugar na ordem de partida para o dia seguinte, para a segunda etapa. As condições que enfrentamos foram do pior. Ainda assim, chegamos ao final da segunda etapa em terceiro da geral. Precisávamos de ficar na frente do Carlos Bica [que participava num Ford Escort RS], o que seria uma formalidade durante a terceira etapa."

A terceira etapa tinha passagens duplas por Senhora do Verde, Monchique, Bordeira, Castelejo e Aljezur - Romeiras. Na 27ª especial, a três do final, Moutinho tinha o segundo lugar na mão - e o campeonato - quando uma barra de erro com espigões apareceu na saída de uma curva, sem que ele tivesse chance de o evitar, furando os quatro pneus, tirando todas as chances de terminar a prova. E quem o tenha feito, provavelmente levou o segredo para a cova. 

Moutinho ainda afirmava, amargurado, anos depois, que tinha sido a concorrência a fazer isso: "uma diabólica mente ordenou uma diabólica sabotagem, com sucesso". 

Para quem assiste aos ralis em Portugal, hoje em dia, fica espantado em saber que estas coisas aconteceram num passado distante, mas falamos de um tempo onde a cada rali de Portugal, centenas de milhares de pessoas iam assistir a carros muito rápidos a passar a menos de meio metro deles. E no tempo dos Grupo B! 

Hoje em dia, ambos os pilotos já morreram - Joaquim Moutinho, em novembro de 2019, Joaquim Santos em março de 2024 - e um dos carros que deu espetáculo nas estradas nacionais e ganhou um rali de Portugal - a infame edição de 1986 - também não existe mais, pois ardeu nos Açores, em agosto de 1986. Contudo, sempre é de bom tom recordar um episódio que marca os ralis nacionais pela infâmia.   

Youtube Automotive Video: James May, o homem deles na Califórnia (parte 5)

Na quinta parte desta "road trip" de James May pela Califórnia, para promover o seu "gin", ele foi para Los Angeles, onde acabou a dar mais autógrafos, visitou um "car meet" - com alguns caros interessantes, temos de ser honestos - e pelo meio, tirou umas fotos ao sinal de Hollywood. Nem sabia que se poderia posar para o sinal sem ter de ir para lugares estranhos!

Noticias: GP do Mónaco fica no calendário até 2031


É oficial: a Liberty Media e o Automobile Club de Monaco assinaram um acordo onde o GP do Mónaco fica no calendário até 2031, ou seja, até para além do centenário da primeira edição, que foi em 1929. Esta extensão é de seis anos, pois tem como base um acordo existente, que vai até 2025, e claro, preserva uma das corridas mais emblemáticas do automobilismo.

Estou muito satisfeito por a Fórmula 1 continuar a correr no Mónaco até 2031”, começou por afirmar Stefano Domenicali, CEO da Formula 1. “As ruas de Monte Carlo são únicas e uma parte famosa da Fórmula 1, e o Grande Prémio do Mónaco continua a ser uma corrida que todos os pilotos sonham vencer."

Gostaria de apresentar um agradecimento especial a Sua Excelência o Príncipe Alberto II do Mónaco, a Michel Boeri, Presidente do Automóvel Clube do Mónaco e a todos os envolvidos na extensão desta importante parceria.”. concluiu, no comunicado oficial.

Uma das coisas interessantes deste acordo é que a partir de 2026, o GP monegasco passa a acontecer na primeira semana de junho, deixando de lado o final de maio - em 2025, será a 25 desse mês - e com esta renovação, um dos maiores desafios da temporada mantém-se e uma das pistas com mais história e mais glamour permanece nas contas da Formula 1, apesar de alguns apelos no sentido de ser retirado por causa do seu anacronismo perante o crescimento dos bólidos nas últimas temporadas.

Para além disso, outro fator a ter em conta é que os organizadores poderão ter aberto os cordões à bolsa para ter a corrida no calendário. Se no tempo de Bernie Ecclestone, os valores eram baixos, este novo contrato poerá ter feito com que passem a pagar 30 milhões de dólares por ano, o dobro do que pagavam anteriormente.

Youtube Formula 1 Vídeo: A festa da Alpine aos seus pilotos

A Alpine conseguiu algo fantástico no GP do Brasil, há quase duas semanas, quando colocou os seus pilotos no pódio. E em Enstone, quando os seus pilotos regressaram com os troféus na mão, foi uma grande festa. E adivinhem quem foi lá para oferecer as bebidas? Pois é, Jeremy Clarkson, cuja quinta não é longe do lugar onde a Alpine trabalha.   

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

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Creio que aquele final da temporada de 1994... foi aquela que mereciam. Com acidentes, mortes, desclassificações, a única coisa que muitos acham injusto foi ver Michael Schumacher ser campeão, num carro que era ilegal. Mas se não fosse isso, todos diriam que o piloto alemão foi o melhor do pelotão naquele ano, e Damon Hill foi aquele que se esforçou em chegar até lá, mais ou menos como acontecera como o pai, 26 anos antes, quando carregou a Lotus nos seus ombros após a morte do seu melhor piloto. Se Graham Hill tentava honrar Jim Clark quando ganhou o campeonato de 1968, Damon queria honrar Ayrton Senna naquele ano. 

Contudo, não conseguiu. E se tivesse esperado mais um pouco, provavelmente poderia ter conseguido. Mas ele não tinha - nem tem - o dom da adivinhação. É que Michael Schumacher tinha tocado no muro uns metros antes e se calhar, tinha danos no seu carro que não permitiriam continuar por mais uma ou duas voltas. Agora... foi de propósito?

Que ele tentou defender-se, tentou, isso é um facto.

Muitos sentiram injustiça pelo que aconteceu, e a reputação de Schumacher como sendo alguém que defenderia o resultado, custe o que custar, apareceu por aqui - e mais forte seria em 1997, em Jerez, mas ali, o tiro saiu pela culatra por muitas vezes, - mas depois de tudo o que aconteceu naquela temporada de 1994, o que todos queriam era que acabasse. Não daquela maneira, mas quando afirmo que "foi aquela que merecia", tem mais a ver daquilo ter sido o espelho de toda uma temporada, com acidentes, mortes, trapaças e outras coisas, uma forte mudança de mentalidades em relação à segurança. Ao contrário de antes, os espectadores não toleram a morte de um piloto na televisão, num domingo à tarde. Se querem ficar com uma ideia de quantos assistiram ao GP de San Marino, a 1 de maio, a estimativa é de entre 220 e 270 milhões de pessoas, um pouco por todo o mundo.

Mas isso são águas passadas. O final do GP de Austrália, e dos eventos em Adelaide, naquele dia de há 30 anos, ainda hoje é considerado dos finais mais controversos da história do automobilismo. E paradoxalmente, não consigo ver outro tipo de final para uma temporada como aquela.     

Youtube Motorsport Vídeo: O Oldsmobile Aerotech

Há 40 anos, uma marca de carros aliada à General Motors, a Oldsmobile, construiu um motor potente de 4 cilindros e para provar a sua potência, decidiu construir um chassis aerodinâmico o suficiente para bater alguns recordes de velocidade. Convidou uma lenda do automobilismo, A.J. Foyt, e começou a marcar alguns recordes - andando acima dos 400 km/hora.

Este filme conta o que foi o carro, para quê serviu e o que era o motor que colocaram dentro do protótipo.

Noticias: Montoya duvida de Antonelli


A Formula 1 terá em 2025 mais quatro novos pilotos, um deles o jovem Kimi Antonelli, que tem 18 anos. Contudo, se o novo piloto da Mercedes e aplaudido por uns, outros tem dúvidas sobre a sua capacidade, um deles o colombiano Juan Pablo Montoya. Ex-piloto da Williams e McLaren, Montoya acha que ele precisa de encontrar o ritmo certo para poder correr num pelotão agressivo como o da Formula 1 na próxima temporada.  

Ele entrou na pista e deu a impressão de que queria quebrar o recorde de volta imediatamente”, disse ele à W Radio Colombia. “Então ele destruiu o carro. México, na minha opinião, ele pilotou com muita cautela para não danificar nada. Em Monza, ele foi criticado porque colocou o carro fora da pista, agora no México ele foi muito lento, e é claro que isso também não é bom. É preciso encontrar o equilíbrio certo, e vejo isso como um problema”, acrescentou o piloto de 49 anos, que também correu na CART e Indycar.

Kimi tem a capacidade e a velocidade para competir na Fórmula 1, não há dúvida sobre isso. Ele fez muito mais voltas do que outros novos pilotos, como (Oliver) Bearman, (Jack) Doohan ou (Gabriel) Bortoleto, graças a todos os testes realizados em várias pistas diferentes. Mas pergunto-me se ele está realmente pronto para este passo”, concluiu.

Antonelli será o primeiro piloto italiano na Formula 1 desde Antonio Giovinazzi, que correu pela Alfa Romeo-Sauber de 2019 a 2021.

Youtube Automotive Vídeo: James May, o homem deles na Califórnia (parte 4)

Na parte 4 - ou dia 4 - da estadia de James May em terras californianas, ele passará o dia a promover o seu gin e a passear pelo estado, enquanto pelo meio, andará a falar umas coisas sobre... um pouco de tudo.  

terça-feira, 12 de novembro de 2024

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A sua carreira deveria ter acabado cinco anos antes, em 1989, depois de ter saído da Tyrrell. Mas o seu gosto pelo automobilismo foi o que o manteve a correr desde então. Larrousse, Arrows, Lola e Minardi, e nesse período de tempo, tinha apenas conseguido... sete pontos. 

Então, o que fez continuar na Formula 1 durante esse tempo? Especialmente na Arrows, que em 1991 ficou com o horrível motor de 12 cilindros da Porsche? Acho que boa parte dos pilotos estão aqui por uma coisa, e é o seu vício em adrenalina, e Michele Alboreto, então com 37 anos, era um deles. E 1994 foi uma temporada complicada para ele. Até chegou a ser uma das vítimas do malfadado fim de semana de Imola, quando depois de uma paragem para reabastecimento, um dos pneus, que não foi apertado, soltou-se e atingiu mecânicos da Larrousse, Lotus e Ferrari. 

Contudo, na corrida seguinte, Alboreto mostrou toda a sua habilidade ao largar de 12ª na grelha, três lugares mais abaixo do seu companheiro de equipa, Pierluigi Martini, e evitando as armadilhas de uma pista como a do Mónaco, e chegando ao final como o último dos pilotos a pontuar, na sexta posição. E tudo com um chassis com um ano de idade, com o novo a entrar dali a algumas corridas. 

Na Austrália, Alboreto já tinha 194 Grandes Prémios na sua carreira e já tinha até cabelos brancos, algo precoce para quem ainda tinha 37 anos. Mas ele era alguém que estava a terminar a sua 14ª temporada na Formula 1, com passagens por Tyrrell, Ferrari, Larrousse, Arrows, Lola e Minardi, cujo primeiro pódio tinha sido no boicotado GP de San Marino de 1982, que tinha dado as duas últimas vitórias para a equipa de Ken Tyrrell, e ter sido o último italiano a ganhar pela Ferrari. 

E nem se fala de antes, campeão europeu de Formula 3, em 1980, participante nas 24 Horas de Le Mans a bordo de um Lancia. Triunfador nos 1000 km de Nurbugring, ao lado dos seus compatriotas Teo Fabi e Riccardo Patrese, todos com passagens ilustres pela Formula 1. 

No final, em Adelaide, que acontecia há precisamente 30 anos, parecia que ele estava a ir embora da Formula 1 pela porta pequena. Mas em termos de automobilismo, na realidade, a "il Marrochino", ainda iria ter mais algumas gloriosas páginas pela frente. Até ao seu triste e abrupto final, em 2001.

Noticias: Formula 1 fará uma apresentação coletiva


A Formula 1 anunciou hoje que fará uma apresentação coletiva a 18 de fevereiro de 2025, em Londres, na O2 Arena. As dez equipas mostrarão as novas cores dos seus monolugares, bem como os seus pilotos, ao longo dessa terça-feira, num lançamento que assinalará os 75 anos da competição, cuja primeira temporada aconteceu em 1950. 

Os bilhetes começarão a ser vendidos a 15 de novembro, e custam entre os 70 e os 153 euros, é bem provável que se esgotem no próprio dia.

O diretor-executivo da Formula 1, Stefano Domenicali, mostrou-se entusiasmado com este arranque de temporada inédito, prometendo aos fãs uma experiência inesquecível. “Pela primeira vez, vamos reunir os nossos fãs, as 20 estrelas do nosso desporto e alguns convidados muito especiais para dar oficialmente início à nossa nova temporada e assinalar o nosso 75º ano de corridas. Esta é uma oportunidade fantástica para os fãs de todas as idades experimentarem de perto o incrível espetáculo de entretenimento que é a Fórmula 1.

Brian Burke, o Diretor Criativo da BrianBurkeCreative – que trabalhará em conjunto com a Stufish Entertainment Architechs, a DX7 Design e a 1826 para realizar o espetáculo – está ansioso por voltar a proporcionar o entretenimento da Formula 1.

É uma honra incrível continuar a fazer parceria com a Fórmula 1, criando novas experiências de entretenimento, especialmente este novíssimo evento de lançamento da temporada de 2025, que celebra o 75.º aniversário do desporto”, começou por afirmar. “Através da nossa colaboração com todas as dez equipas, os fãs podem ter a certeza de que iremos proporcionar uma experiência ao vivo verdadeiramente emocionante, combinando a revelação das novas pinturas, entrevistas com os maiores nomes da Formula 1 e entretenimento de ponta. Será um evento nunca antes visto, a não perder!

A temporada de 2025 começará a meio de março em Melbourne, na Austrália. 

Noticias: Formula 1 muda seu diretor de corrida


A Formula 1 e a FIA decidiram mudar o seu diretor de corrida. O alemão Niels Wittich irá ser substituído pelo português Rui Marques, que até agora tinha assumido essas funções na Formula 2 e Formula 3. A substituição terá efeito imediato e ele começará as suas novas funções no GP de Las Vegas, no final do mês. 

Segundo um porta-voz da FIA, agradeceu a colaboração de Wittich durante este tempo: “Niels cumpriu as suas inúmeras responsabilidades como diretor de prova com profissionalismo e dedicação. O Rui traz uma vasta experiência, tendo anteriormente desempenhado funções de marechal de pista, escrutinador, comissário nacional e internacional, vice-diretor de prova e diretor de prova em vários campeonatos”.

Wittich chegou à FIA em 2022, vindo da DTM, e substituiu Michael Masi, que se viu envolvido na controversa decisão no GP de Abu Dhabi de 2021, onde Max Werstappen acabou por ser campeão do mundo, depois de uma entrada do Safety Car a poucas voltas do final, acabando por prejudicar o Mercedes de Lewis Hamilton

Esta substituição foi algo inesperada, porque não só aconteceu com pouco tempo de aviso, como acontece antes do final da temporada. Para além disso, esta é a mais recente substituição dentro da estrutura da FIA, depois de gente como Steve Nielsen, diretor técnico na FIA, que deixou a organização em dezembro, após menos de um ano no seu cargo. Em janeiro, o engenheiro principal Tim Goss deixou o cargo de diretor técnico de monolugares, rumando para a Red Bull. E em maio, Natalie Robyn abandonou o cargo de CEO externo, após 18 meses no lugar.

Tudo isto acontece numa altura onde a gestão de Mohamed ben Sulayem está a ser contestada por várias entidades, a última das quais a GPDA, Grand Prix Drivers Association, na qual pedia para serem tratados como adultos, na sequência de penalizações a Max Verstappen e Charles Leclerc, da Ferrari, por dizerem asneiras.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Youtube Automotive Vídeo: James May, o homem deles na Califórnia (parte 3)

No terceiro dia da presença do Capitão Lento em terras californianas, ele decidiu ir à praia, a apreciar o mar... e o fim da estrada, digamos assim. E claro, andou a provar os gins dos outros e os dele. Não há muitos carros, mas certamente que haverá mais nos próximos episódios, tenho a certeza!  

O futuro da Lola


A Lola está numa trajetória de regresso, reaparecendo em 2023, depois e 12 anos de inatividade, e se por agora, o regresso se traduz na sua equipa na Formula E, em parceria com a Yamaha, a marca tem uma estratégia mais ampla que promete colocar a marca na vanguarda das tecnologias alternativas, nomeadamente o hidrogénio.

Queremos ser líderes no desporto motorizado sustentável. Por que desporto motorizado sustentável? Na minha opinião, o desporto motorizado desempenha dois papéis: por um lado, é um desporto de entretenimento, e por outro, é uma plataforma de inovação para o setor automóvel e de mobilidade em geral”, começou por afirmar Till Bechtolsheimer, o presidente da Lola, durante os testes de pré-temporada da Formula E em Jarama, numa entrevista à revista Racer.

Afirmando que o automobilismo está a apostar na descarbonização, para além da eletrificação, a Lola está agora a explorar outras frentes, nomeadamente a Endurance, onde está a falar com a ACO sobre os planos futuros da introdução do hidrogénio, que se espera que aconteçam no final da década. 

Adoraríamos estar envolvidos no paddock de Le Mans e no paddock dos sportscars em geral. Tenho uma paixão pessoal pelas corridas de carros desportivos. Vamos dar mais novidades no próximo ano.”, começou por afirmar. “Temos um projeto interessante em andamento no campo dos combustíveis e materiais sustentáveis, que vamos anunciar em 2025. O hidrogénio é um alvo móvel neste momento. Estamos a aguardar atualizações da FIA sobre os planos em conjunto com o ACO em Le Mans – algo que seguimos com grande interesse.”, revelou.

Nesse campo, apesar de a ACO não querer mais construtores nas classes LMP2 e LMP3, a ideia de, no futuro, se aplicar nas novas classes que a ACO quer fazer, ele possa ter um projeto pronto para tal, ou então, para que possa fazer a outras marcas, como aconteceu na classe LMDh. 

Agora, a Lola fará a sua estreia na Formula E, com o seu Gen3 Evo, no ePrix de São Paulo, no próximo dia 7 de dezembro. 

domingo, 10 de novembro de 2024

Youtube Automotive Vídeo: James May, o homem deles na Califórnia (parte 2)

O Capitão Lento - também conhecido como James May - esteve na Califórnia, onde andou a mostrar e falar o seu "gin", mas também aproveitou para fexer aquilo que mais gosta, que é falar de carros e experimentá-los. E também passou por algumas peripécias...