sábado, 31 de maio de 2008

WTCC - Pau (Qualificação)

O WTCC volta este fim de semana a acção, desta vez no sinuoso circuito francês de Pau, no sopé dos Pirinéus. Com os BMW muito mauis leves do que a concorrência, eles arrasaram nos treinos de qualificação, que se disputaram esta tarde.

O brasileiro Augusto Farfus foi o melhor, fazendo a "pole-position", apesar de ter dado um toque na sua penultima volta de qualificação. De seguida vieram os Seat Leon TDi de Yvan Muller e de Jordi Gené, não muito longe de Farfus. Rob Huff foi o melhor dos Chevrolet, e vai partir do sexto lugar da grelha de partida para a primeira corrida de amanhã.

Tiago Monteiro será o nono a partir, conseguindo um tempo 0,866 segundos mais lento do que Farfus. Contudo, este até dá boas hipóteses não só para pontuar nesta corrida, como também de alcançar uma boa posição para a segunda corrida, pois a grelha é invertida.

WRC - Rali da Acrópole (Dia 2)

Depois de ontem ter assumido o comando, após um erro de Jari-Mari Latvala, Sebastien Loeb partiu hoje na liderança do Rali da Acrópole, com alguma vantagem sobre o seu companheiro de equipa, o espanhol Daniel Sordo. Contudo, um furo na segunda especial do dia fez com que o francês perdesse 30 segundos e a liderança para o piloto espanhol.


"Realizámos 10 quilómetros com o pneu sem ar, pelo que tentámos ser cautelosos. Mas pronto, ainda estamos na luta pelo que tudo está bem. Acontece! Penso que na parte da tarde será mais fácil para nós.",referiu Loeb na altura.


Contudo, o piloto francês partiu para o ataque, e nas especiais da tarde, conseguiu alcançar, e ultrapassar, o seu companheiro de equipa. Entretanto, na Ford, sabendo do furo do piloto francês, Jari-Mari Latvala partiu para o ataque, tentando alcançar os Citroen. Mas num rali exigwente como o da Grécia, onde chegam ao fim os mais cuidadosos, o finlandês não teve muita sorte nas classificativas da tarde, depois de ter ficado com uma diferença de 30 segundos sobre os lideres. O motor do Focus teve problemas, ficando com menos potência devido à válvula "waste-gate" do turbo, e isso fez com que caisse para o nono posto, muito longe do oitavo, o Ford-Stobart de Matthew Wilson.


O terceiro é agora o norueguês Petter Solberg, no novo Subaru Impreza WRC 08, com uma vantagem segura sobre o quarto classificado, o seu irmão Henning Solberg, num Ford Focus WRC. O quinto classificado é agora Mirko Hirvonnen. Chris Atkinson, no outro Subaru Impreza, já desistiu do rali devido problemas electricos. Contudo, voltará amanhã graças ao sistema de Super Rally.


Quanto à categoria de Produção, com Andreas Aigner na frente, Bernardo Sousa está a aproveitar os problemas dos pilotos que estão na sua frente, e é agora o terceiro classificado, a 13 segundos de Mirko Baldacci, o segundo. Já Armindo Araújo, depois de ter tido problemas com o sistema de alimentação do carro, que o fizeram perder dois minutos, é agora o sexto classificado na sua categoria, depois de rolar muito tempo no quarto lugar, antes da quebra de um braço da suspensão, que o obrigou a uma reparação de monta.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A foto do dia

Esta vi ontem no Blog do Ico. Provavelmente num GP do Mónaco qualquer, algures nos anos 60. Graham Hill foi sempre um homem descontraído, espirituoso até. O mais nostalgico nesta foto é que provavelmente, coisas destas não vais voltar a ver na atmosfera asséptica da formula 1 actual. Daí que se calhar, muitos adorem o Kimi Raikonnen. Fora dos fins de semana, está positivamente a marimbar-se para o "paddock" e para aquilo que se diz ou que se faz...

WRC - Rali da Acrópole (Dia 1)

Máquinas e pilotos começaram esta manhã a percorrer as classificativas gregas, no Rali da Acrópole, sétima prova do Mundial WRC de Ralies. E como tem vindo a ser habitual, após as primeiras classificativas... o Ford Focus WRC de Jari-Mari Latvala é o lider. Em segundo, a quatro segundos de Latvala, está o Citroen C4 de Sebastien Löeb, que normalmente não é muito bom nas classificativas iniciais, mas recupera imenso na segunda parte do rali.


Nos dois lugares seguintes, Daniel Sordo está a levar a melhor sobre Mirko Hirvonnen, a 26,2 segundos de Latvala. Chris Atkinson, no novo Subaru Impreza WRC 08, é o quinto classificado, estando-se a adaptar ao novo modelo, que se estreou neste rali.


Quanto à categoria de Produção, o lider da categoria é o finlandês Juho Hanninen, com uma vantagem de quatro segundos sobre o árabe Nasser Al-Attiyah. Armindo Araujo é o quarto classificado, e nove segundos do terceiro classificado, o finlandês Jari Ketomaa.


ULTIMA HORA: Latvala acaba de furar, perdendo quase 30 segundos e caindo para o terceiro posto da geral. Contudo, na última classificativa, subiu para o segundo lugar, a 6,6 segundos de Loeb, o novo lider do rali. Entretanto, na Produção, Armindo Araujo teve problemas e perdeu dois minutos, caindo para o 15º posto da classificação na sua classe.

Parente levou a passear Cristiano Ronaldo

Eis uma maneira de se ser apresentado aos "comuns mortais", pelo menos em Portugal: Alvaro Parente levou a passear Cristiano Ronaldo a alta velocidade num circuito inglês. A coisa aconteceu há umas semanas, e ocorreu na sede da academia do ex-piloto de Formula 1 Johnatan Palmer.


Ao longo do dia, Parente levou Ronaldo a conduzir vários carros, desde Jaguares até um Bugatti que participou nas 24 Horas de Nurburgring, passando por um Porsche 911 GT2, entre outros.


Depois desse dia bem passado, Parente afirmou: "Foi um grande prazer poder estar com o Cristiano e poder-lhe demonstrar a preparação e exigência que também temos na nossa actividade. Aproveitei para lhe desejar a melhor toda a sorte para o Europeu e dar-lhe os parabéns por nos continuar a dar tantas alegrias."


Já agora, este teste aconteceu porque Ronaldo e Parente são geridos pelo mesmo "manager", Jorge Mendes. E a reportagem passa hoje na SIC, num progama chamado "Os Incríveis", que está a fazer um conjunto de reportagens das vidas intimas dos jogadores portugueses que fazem parte da Selecção Nacional que vai ao Euro-2008.

Afficionado Professional já tem vencedor!

Há cerca de dois meses, Fernando Alonso lançou o seu concurso "Afficcionado Professional", onde daria ao vencedor a oportunidade de o acompanhar durante as suas viagens no campeonato do mundo, pagando cerca de 3 mil euros/mês, e escrevendo num blog sobre essas experiências.

O concurso terminou na semana passada, e já foi escolhido um vencedor: Alvaro Ademá, de 22 anos e estudante de jornalismo, que escreve para o site Motor 21. Para ele, isto deve ser uma excelente oportunidade de conhecer os meandros da Formula 1, e de Fernando Alonso em particular.

O mais engraçado nisto tudo, é que dos 35 mil participantes neste concurso, estava um brasileira (mas radicada há muito nas Ilhas Canárias): Priscilla Bar, a menina do Blog Guard Rail, que decidiu tentar a sua sorte... e ficou nas 100 primeiras! A coisa virou até matéria no Globo Esporte. Quem diria! Será que já temos sucessora do Galvão Bueno?

Enfim, vejam o video dela. Só espero que não façam uma coisa dessas por aqui... Já viram a vergonha que tinha que fazer?

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A charge do Capelli e do que é que o Sutil escapou...

O Capelli trouxe hoje duas coisas interessantes: primeiro, a parte divertida: uma charge sobre o incidente Raikonnen/Sutil, na saída do túnel. Já agora, a charge dele teve uma colaboração, do desenhista Bruno Mantovani, já que ele anda muito preguiçoso para fazer os seus próprio quadros...



O segundo capítulo é bem mais interessante: caso Adrian Sutil chegasse ao fim, ele seria desclassificado. E porquê? Pois o Sutil andou a fazer ultrapassagens sob bandeira amarela. E a melhor prova disso e a foto que coloco aqui. Na volta 14, no gancho de Loews, O Fernando Alonso enganchou-se no carro do Nick Heidfeld, fazendo asneira da grossa. Sutil aproveitou a oportunidade e passou os carros de Rubens Barrichello, Nelson Piquet Jr. e Kazuki Nakajima de uma só vez, passando de 11º para oitavo, ganhando mais um lugar com a ida de Fernando Alonso às boxes.


Mas depois, o Capelli pergunta: "Se tudo aconteceu na 14ª volta, por que o piloto não recebeu um drive-trough até abandonar, na 67ª volta? Os comissários tiveram mais de 50 voltas, quase uma hora e meia, para resolver o caso e nada fizeram." Ele diz que era porque eles queriam ser crueis e desclassificá-lo no final da corrida. Se calhar sim...

A alfinetada de Rosberg

Está explicada a má prestação do Kimi Raikonnen no Mónaco. Pelo menos, a acreditar nas palavas de Keke Rosberg.

O ex-campeão do mundo e pai de Nico Rosberg, e agora comentador na TV alemã RTL, afirmou ao jornal alemão Sport Bild que os dois "managers" de Kimi Raikonnen, David e Steve Robertson, tinham alugado um barco que ficou ancorado à frente do Hotel Colombus, onde convidavam pessoas a 5 mil euros por pessoa, e Raikonnen, que estava instalado nesse hotel durante o fim de semana, era visto em constante vai-vem entre o barco e o hotel.

"Este constante vaivém entre o barco e o quarto de hotel parece ter tido consequências", referiu Rosberg. Será que foi isso tudo? E as prestações do seu filho? Não digam que também tem a ver com constantes viagens no fim de semana entre certo ponto A e certo ponto B...

GP Memória - México 1988

Depois de uma passagem fugaz pela Europa, para cumprir duas provas em Imola e Montecarlo, com vitórias para cada um dos pilotos da McLaren, Ayrton Senna e Alain Prost, a Formula 1 atravessava de novo o Atlântico para correr em altitude, no meio da Cidade do México, no Autodromo Hermanos Rodriguez, um traçado com muitas ondulações, devido ao solo argiloso e propenso a sofrer terramotos.


Por estas alturas, Alain Prost era o líder, com 24 pontos, dez a mais do que Gerhard Berger, o segundo. Ayrton Senna era terceiro, apenas com nove pontos, e Nelson Piquet estava no quarto lugar, com oito. Contudo, o resto do pelotão sabia que não podia ter muitas ilusões: os McLaren eram os melhores, e eles só poderiam aspirar a migalhas...

Os treinos foram dominados pela McLaren, com Senna e Prost a esgrimirem-se quem ficaria com o melhor tempo. Acabou por ser Senna, com um tempo um segundo superior à pole-position que Nigel Mansell tinha conseguido um ano antes. Logo atrás, ficou o austriaco Gerhard Berger, no seu Ferrari, e o Lotus de Nelson Piquet. Na terceira fila, ficou o Ferrari de Michele Alboreto e o segundo Lotus, de Satoru Nakajima.

Os treinos tinham sido marcados por um acidente pavoroso: na saída da Curva Peraltada, o Lola de Philippe Alliot perdeu o controle e embateu com força no muro das boxes e desintegrou-se completamente, à excepção da célula de sobrevivência, o que salvou o piloto francês. Apesar de combalido, o piloto recuperou rapidamente, e o carro foi reconstruido, e fez parte da corrida! Contudo, um problema de suspensão fez com desistisse logo na primeira volta.

No Domingo, dia da corrida, a partida fora abortada quando o Benetton de Alessandro Nannini ficou parado momentos antes da partida. Teve que ser feita nova largada, e aí, os McLaren foram para a frente, com Prost no primeiro lugar, e Senna um pouco para trás, ultrapassado por Nelson Piquet. Mas poucas voltas depois, conseguiu ultrapassá-lo, e partiu em perseguição a Prost. Mas nesse dia, o francês estava implacável.




Entretanto, no terceiro posto, depois de passar Nelson Piquet, Gerhard Berger estava a apanhar Senna quando o indicador de combustivel começou a acender-se, avisando que tinha pouco combustivel, e teve que ir às boxes. Afinal, a avaria era... do indicador, pois tinha ainda muito combustivel. Voltando à pista no quarto posto, pouco tempo depois ascendeu ao terceiro lugar, quando Nelson Piquet encostou ao muro na volta 58 devido a um motor rebentado.



No final, a McLaren comemorava mais uma dobradinha, com Prost no primeiro lugar, seguido de Senna, e com Berger em terceiro. Nos restantes lugares pontuaveis, ficaram o Ferrari de Michele Alboreto, e os Arrows de Derek Warwick e o seu companheiro de equipa, Eddie Cheever, todos com uma volta de atraso sobre o comandante.


Fontes:



Berger e Prost candidatos a presidente?

Com Max Mosley na corda bamba como presidente da FIA, começam a surgir candidatos ao seu lugar. E dois deles são antigos pilotos de Formula 1: Gerhard Berger e Alain Prost.

Dois jornalistas ingleses afirmaram hoje ao site inglês http://www.f1-live.com/ que o ex-piloto austriaco da Benetton, Ferrari e McLaren, agora com 49 anos e co-dono da Toro Rosso, é considerado como uma alternativa credível a Jean Todt, o ex-director desportivo da Ferrari. Amigo pessoal de Max Mosley, Berger seria um candidato mais credível do que Todt, que para muitos seria visto como alguém que serviria os interesses da Ferrari. O austríaco ainda não reagiu, mas provavelmente não demorará muito para responder.

Entretanto, Alain Prost decidiu hoje "oferecer-se" à presidência da FIA. O tetra-campeão do mundo francês, de 53 anos, que pilotou pela McLaren, Ferrari, Renault e Williams, disse que avançaria para o lugar, caso Max Mosley renunciasse ao cargo no próximo dia 3. "Tenho conhecimento do que a FIA é e sei tudo sobre o Conselho Mundial de Automobilismo e a Comissão da F1", afirmou o piloto francês.

Contudo, já afirmou que caso tal aconteça, quererá fazer algumas mudanças na estrutura da FIA: a separação entre o desporto e os demais âmbitos do automobilismo. "Se eles fizessem isso, eu poderia considerar sustentar a FIA no [aspecto] desportivo", garantiu o ex-piloto francês.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Bolides Memoráveis - ATS D6 (1983)

Muitos convencem-se de que o McLaren MP4/1 é o primeiro carro feito com um chassis de carbono. Até eu estava convencido nisto. Mas hoje, vendo o Daniel Medici, ele afirmou que o primeiro chassis de carbono, tal como conhecemos hoje, foi construido dois anos mais tarde, por intermédio de uma pequena equipa alemã, gerida por um homem susceptível, Gunther Schmidt: a ATS Wheels.

O ATS D6 é obra de um projectista que se tormou conhecido anos depois, noutros projectos famosos, especialmente na Ferrari: Gustav Brunner. No inicio de 1983, Schmidt convenceu a BMW a fornecer motores à sua equipa, baseando-se na ideia de que um carro alemão deve ter motores alemães. Com o seu piloto Manfred Winkelhock, a marca decidiu inscrever um carro para essa temporada.

Brunner decidiu revolucionar a maneira como os carros eram construidos: em vez de usar a fibra de carbono como apenas uma camada externa, como se fosse uma carapaça de tartaruga, decidiu usá-la para todos os componentes do carro. Componentes importantes, como os braços da suspensão, o nariz ou a asa traseira, foram construidos apenas usando esse mesmo material. Era uma aposta complicada, mas esperava que pudesse render dividendos, pois tinha um motor potente para acompanhar.

A aposta compensou, pelo menos nos treinos. Winkelhock levou o ATS ao setimo lugar da grelha por três ocasiões: Imola, Spa-Francochamps e Montreal. Contudo, o carro era muito pouco fiável, e nunca terminou nos pontos. O melhor que Winkelhock conseguiu foi um oitavo lugar, em Brands Hatch. Os resultados só vieram agravar o mau ambiente da equipa, e a cólera de Herr Schmidt, que no final do ano, despediu Brunner, após ele ter desenhado o D7. Quanto à equipa, só sobreviveu mais um ano, quando no final de 1984 a BMW decidiu que não iria mais suportar à equipa, devido à má publicidade. Mas ainda teve tempo para albergar um jovem austriaco, de seu nome... Gerhard Berger.

Chassis: ATS D6
Projectista: Gustav Brunner
Motor: BMW Turbo 1.5 Litros, de 4 cilindros em linha
Pilotos: Manfred Winkelhock
Corridas: 15
Vitórias: 0
Pole-Positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 0

Fontes:


GP Memória - Holanda 1958

Exactamente uma semana depois de Maurice Trintignant ter ganho o GP do Mónaco, máquinas e pilotos rumavam para o arenoso circuito de Zandvoort, na Holanda, para cumprirem a terceira etapa do Mundial de pilotos.

Depois dos dois escândalos consecutivos que a Cooper tinha causado, com o seu pequeno carro de motor traseiro, esperava-se que a "normalidade" voltasse ao "paddock" com os Vanwall, Maserati, Ferrari e BRM, todos de motor frontal, a mostrar-se perante o público e a disputar a vitória.

A Vanwall tinha três caros inscritos para Stirling Moss, Stuart Lewis-Evans e Tony Brooks. A Ferrari também tinha três carros, para Mike Hawthorn, Peter Collins e Luigi Musso. Quanto à BRM, somente inscrevia dois carros, para o francês Jean Behra e o americano Harry Schell, e a Lotus inscrevia Cliff Allison e um novato que se tinha estreado no Mónaco chamado Graham Hill. Para finalizar, a Cooper tinha três carros de motor traseiro para Roy Salvadori, Jack Brabham e Maurice Trintignant, o vencedor do Mónaco.

De resto, havia entradas privadas, uma delas de um Porsche laranja, guiado por um aristocrata local chamado Carel Godin de Beaufort.

Nos treinos, a Vanwall dominou completamente a tabela de tempos, ao colocar os seus carros nas três primeiras posições, com Lewis-Evans à frente, seguido por Moss e Brooks. Tony Vanderwell, o fundador e proprietário da equipa, não poderia ter sonhado melhor... logo atrás vinha o BRM de Jean Behra, o Cooper de Jack Brabham e o primeiro dos Ferrari, Mike Hawthorn.

O dia da corrida, 26 de Maio de 1958, era... uma segunda-feira. Mas na Holanda, esse dia era feriado, logo uma multidão veio a Zandvoort para assistir ao Grande Prémio, e aplaudir os pilotos. Na partida, Mosso foi o mais veloz, passando Lewis-Evans, com Schell no terceiro posto, pois Tony Brooks tinha sido atingido por detrás, numa incidente no inicio da corrida, e teve que ir às boxes para reparos.

Entretanto, mosso fugia, e Schell pressionava Lewis-Evans pelo segundo lugar, até que na volta 12, conseguiu ultrapassá-lo, e partir para a perseguição a Moss. Só que este levava uma grande vantagem, e nunca mais foi apanhado. Mais atrás, Behra fazia uma corrida de recuperação, ultrapassando primeiro Salvadori, e a seguir Hawthorn, e lutava com Lewis-Evans pelo terceiro lugar, antes deste desistir na volta 47, com problemas de motor, ascendento ao lugar mais baixo do pódio.

A partir dali, não houve muito mais história. Com a segunda vitória do ano, Moss passava para a frente do campeonato, com 17 pontos, seguido por Luigi Musso, com 12 pontos. Após Moss e do duo da BRM Schell/Behra, seguiram-se o Cooper de Roy Salvadori e o Ferrari de Mike Hawthorn, no quinto lugar.

Fontes:


Vêm aí os russos!

Na verdade, é mais um russo. Chama-se Vitaly Petrov, e é provavelmente a melhor chance da Russi entrar no mundo da Formula 1. Com 23 anos de idade (nasceu em 1984 na cidade de Vyborg, perto de São Petersburgo), corre desde 2006 na GP2, sempre com resultados modestos. Contudo, em 2007 e na GP2 Asia de 2008, venceu duas corridas, e este ano, já subiu ao pódio por uma vez, ao ser segundo classificado na Turquia.

A razão pelo qual decidi escrever sobre ele é que, aparentemente, está a preparar o assalto à formula 1, com uma carteira bem recheada. De quanto? 50 milhões de euros! Nunca um piloto teve uma bolsa tão grande assim...

Claro, numa altura em que há muito poucas vagas para pilotos pagantes (na realidade, não há nenhuma...), correram alguns rumores no Mónaco, a saber: a sua equipa, a Campos Motorsport, há muito ambiciona "dar o salto" para a Formula 1, pois um dos seus accionistas, Alejandro Agag (genro do ex-primeiro ministro José Maria Aznar) tentou por algumas vezes comprar a Super Aguri, mas não conseguiu. Por outro lado, para algumas equipas, dava jeito essa "bolsa", pois fala-se a Renault pode perder o patrocinio do banco holandês ING em 2009, e a Honda precisa de dinheiro para completar o seu orçamento.

E claro, o "tio" Bernie deseja há muito um GP russo, de perferência nas ruas ou arredores de Moscovo. E com Petrov ou uma equipa hispano-russa no leme, mais um motivo para vermos os carros a rolar no antigo país dos sovietes...

terça-feira, 27 de maio de 2008

The End: Sidney Pollack (1934-2008)

O realizador americano Sidney Pollack, que fez filmes memoráveis como "Os Cavalos Também se Abatem", "Africa Minha", "Tootsie" e "A Tradutora", entre outros, morreu esta madrugada em Los Angeles, vitima de cancro. Tinha 73 anos.


Filho de imigrantes judeus vindos da Rússia, Pollack nasceu a 1 de Julho de 1934 em Lafayette, Indiana. Filho de farmacêutico e de uma mãe alcoólica, que morreu quando Pollack tinha 16 anos, pouco tempo depois dos pais se terem divorciado.


Pollack foi para Nova Iorque em 1952 para estudar no Nighbourhood Playhouse, com o objectivo de se tornar actor, mas pouco tempo depois começou a produzir e realizar, primeiro files para televisão, nomeadamente episódios de séries icónicos como "Alfred Hitchcock Apresenta" e "O Fugitivo". Em 1966 ganhou um Emmy, e dois anos depois destaca-se no cinema com o filme "Os Cavalos Também se Abatem", com Jane Fonda e Gig Young, onde retrata um concurso de dança durante a Era da Depressão, e onde se mostram os poucos escrúpulos que os concorrentes tinham que fazer para conseguirem o prémio. O filme foi um exito, e Pollack conseguiu aqui a sua primeira de três nomeações para melhor realizador.


Na edição de hoje do Jornal Público, um excerto conta como ele se tornou realizador, graças a Burt Lancaster: "Eu passava o tempo a tentar esconder-me e desaparecer da vista dele. Mas o Lancaster não me largava. Gozava comigo, tentava envergonhar-me à frente de toda a gente – ele era uma grande estrela, um homem que metia medo. Mas começámos a falar, ele interessou-se por mim e quando as filmagens terminaram chamou-me ao escritório dele e perguntou: 'Porque é que andas a tentar ser actor? Devias ser realizador’.” Lancaster tinha amigos influentes e apresentou-o Lew Wesserman, na altura um dos maiores operadores da indústria do entretenimento. Pagava 75 dólares por semana para Sydney Pollack ficar calado a ver como se fazia. Depois entregou-lhe a série televisiva Shotgun Slade para ver como é que ele se saía – saiu-se tão bem que deixou de ser actor (mas não para sempre).Eu sabia que nunca ia ser um grande actor. Com a minha cara, ia ser sempre o amigo do amigo”.

Pollack, para muitos, era um realizador do "Star System" de Hollywood. Mas mesmo nos conturbados anos 70, altura dos "movie brats" como Martin Scorcese, Francis Ford Copolla, Peter Bogdanovich ou Steven Spielberg (antes do Tubarão) dominavam a industria, Pollack conseguia fazer filmes que agradassem à industria, mas à sua maneira, como "O Nosso Amor de Ontem" (1973) ou "Os Três Dias do Condor" (1975), ambos com Robert Redford no principal papel.



Em suma, subvertia o sistema a partir de dentro: "Quando se tem uma carreira como a minha, tão identificada com Hollywood, com os grandes estúdios e as grandes estrelas, é inevitável que uma pessoa se pergunte se não devia ir à sua vida e fazer aquilo que o mundo considera filmes pessoais. Mas eu acho que enganei toda a gente. Eu sempre fiz filmes pessoais – só que os fiz noutro formato.” afirmou numa entrevista em 1993 ao jornal inglês The Guardian.
Apesar de realizar filmes, nunca perdeu a oportunidade de ser actor. A sua entrada no filme "Tootsie" (1982) foi sugestão do protagonista, Dustin Hoffman, que tinha desaguisados com o próprio Pollack, e discutiam constantemente. Nesse filme, que lhe deu a sua segunda nomeação como realizador, Pollack era o agente de Hoffman, um actor desempregado de nova Iorque, que se travestiu de mulher para arranjar emprego e consegue ter um sucesso televisivo inimaginável, as duscussões com Pollack iam para além da interpretação...

Três anos depois, e de novo com Redford, filma "Africa Minha", a história da escritora dinamarquesa Karen Blixen nos planaltos do Quénia. O filme deu-lhe, por fim, os ambicionados Oscares de Melhor Filme e Melhor Realizador. Continuou a fazer bons filmes, mas a partir da década de 90, concentrou-se mais na sua carreira de actor. Foi assim que participou em filmes como "De Olhos bem Fechados" (1999), o último filme de Stanley Kubrick, ou em "Michael Clayton - Uma Questão de Consciência" (2007), contracenando com George Clooney.

Nesse ano, quando dirigiu um docimentário sobre o arquitecto Frank Gehry, Pollack comparou-se a ele, diametralmente oposto em termos de personalidade: "Nunca teria tido a coragem de fazer no cinema o que o Gehry faz na arquitectura. Ele quebrou todas as regras, eu sou muito mais cobarde. Não me considero um realizador vanguardista, nem sequer um realizador particularmente original. Nunca pensei que ia reinventar o cinema.”

Não o reinventou, mas deixou a sua marca. Ars lunga, vita brevis.

As notas do Mónaco

Por fim, foram publicadas as notas do GP do Mónaco. Fazendo uma análise critica às notas, houve discrepâncias, como em Barcelona. Não posso falar por eles, mas falo por mim:

1 - Ao contrário do que o Pezzolo julga, não faço parte de nenhuma conspiração para colocar o Alvaro Parente no lugar do Nelsinho. Por mim, já cheguei há muito à conclusão que com Alonso naquela equipa, todo o segundo piloto está tramado. Portanto, ele que fique dois anos na GP2, e depois logo se verá!


2 - Se o Sutil acabasse em quarto, dava nota 10 de bandeja! Como o sr. Raikonnen teve um "severe brain fade", aquela nota é mais justa pelos resultados. Mas o vencedor moral de domingo foi ele...


3 - Dei nota 6 ao Rubinho porque mereceu, pelo fim de semana em conjunto. Se ficasse à frente do Button, por exemplo, obvio que receberia mais. Como não foi assim, teve a nota que merece. Espero que continue assim no Canadá!

Noticias: Novo A1GP já rola

O novo carro da A1GP, produzido pela Ferrari, rolou este fim de semana no circuito privado da Scuderia, em Fiorano. Neste "shakedown", feito pelo piloto italiano Andrea Bertolini, foram verificados todos os componentes do carro, baseado no F2004, que deu ambos os títulos de Formula 1 nesse ano a Michael Schumacher e à Scuderia.


O director técnico da A1GP, John Travis, já afirmou que está "maravilhado com o monolugar".


Os testes irão continuar nas próximas semanas, quer em fiorano, quer em Imola, para que todos os problemas fiquem resolvidos antes de entregar os monolugares às equipas nacionais, para que as usem na corrida de estreia, a ter lugar a 21 de Setembro no circuito de Mugello, a prova inaugural da A1GP 2008/09.

GP Memória - Monaco 1968

Depois do recomeço da temporada na Europa, e ainda a sarar as feridas das recentes mortes na Formula 1, máquinas e pilotos rumaram às ruas de Montecarlo para disputarem a terceira prova da temporada, o Grande Prémio do Mónaco.

A França vivia em pleno um agitado mês onde os estudantes se revoltavam e os operários entravam em greve. Contudo, no final desse mês, a situação tinha começado a voltar à normalidade, com o governo de De Gaulle a ceder nas reinvindicações, e os operários voltaram ao trabalho.

Contudo, na aristocrática Mónaco, os ecos de Paris pouco se ouviam. Estava-se mais preocupado com outra coisa: a segurança. A Ferrari decidira não aparecer nas ruas do Principado, pois ainda estava de luto pela morte de Lorenzo Bandini, um ano antes. E também não gostara muito das medidas que a organização fizera para melhorar a segurança, como o apertar da Chicane do Porto, o local do acidente fatal de Bandini, e também o ter encurtado a duração da corrida, para 80 voltas.

A Lotus e a BRM procuravam sucessores para as perdads de Clark e Spence. Na equipa de Colin Chapman, foram buscar o novato Jackie Oliver para o lugar, enquanto que na BRM, a escolha inicial era o britânico Chris Irwin. Contudo, uma semana antes, sofrera um terrível acidente nos 1000 km de Nurburgring, quando o seu Ford P68 voara, ferindo-se gravemente na cabeça. Demoraria mais de uma ano a recuperar, mas nunca mais voltaria a correr. Para o seu lugar veio Richard Attwood.

Para além destes dois pilotos, outras novas entradas iriam animar o pelotão. Na Cooper, Brian Redman estava a competir nos 1000 km de Spa-Francochamps, e foi substituido pelo belga Lucien Bianchi. Na Matra, com Stewart ainda magoado no pulso, foi substituido por um jovem piloto francês, de seu nome Johnny Servoz-Gavin.

Nos treinos, Hill foi o melhor, com... Servoz-Gavin a seu lado! Logo atrás ficaram o Lotus privado de Jo Siffert e o Honda de John Surtees, e na terceira fila estavam o Brabham-Repco de Jochen Rindt e o BRM de Richard Attwood.

Na partida, Hill é surpreendido por Servoz-Gavin, que lidera as três primeiras voltas, até que sofre uma falha mecânica que provoca um acidente, e desiste na hora. ainda na primeira volta, Bruce McLaren tinha sido alvo de uma colisão com o Lotus de Oliver...

As primeiras voltas iriam ser pródigas em acidentes. Na volta 9, Rindt tenta ultrapassar Surtees para o terceiro lugar, mas bate nos rails e abandona. Três voltas mais tarde, foi a vez de Jean Pierre Beltoise (que estreava o novo motor Matra), a abandonar devido a colisão, e nessa altura, Jo Siffert tinha encostado devido a problemas de transmissão.

No final da 16ª volta, apenas cinco carros estavam a circular nas ruas do Principado, logo a tarefa dos pilotos agora era apenas... chegar ao fim. Hill era o líder incontestado, com Attwood logo atrás, e Hulme na terceira posição.

O resto da corrida não teve muita história. Hulme teve que vir à boxe com problemas mecânicos, perdendo muito tempo e acabando na quinta posição final, a sete voltas do vencedor. Attwood perseguia Hill, mas este controlava a situação, rumando à sua segunda vitória do ano, terceira consecutiva da Lotus, e já agora, a sua quarta vitória pessoal nas ruas do Principado.

Com Hill a ganhar e Attwood a conseguir a melhor classificação de sempre, o terceiro classificado era o belga Lucien Bianchi, no seu primeiro e unico pódio da sua carreira na Formula 1. No quarto posto ficou o seu companheiro, o italiano Ludovico Scarfiotti. Infelizmente para ele, seria a sua última corrida na Formula 1, pois duas semanas mais tarde, enquanto competia com um Porsche oficial no Europeu de montanha, na Baviera, despistou-se e morreu.

Fontes:

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Prazo: Três corridas!

Nelson Piquet Jr. tem a "corda na garganta": sem conseguir resultados de jeito desde que começou a temporada, é considerado um dos "flops", em conjunto com o alemão da Toyota Timo Glock, campeão da GP2 em 2007. Os rumores de que está a prazo começaram a surgir há algumas semanas, mas hoje, é real. Ou melhora seriamente em três corridas, ou então, será substituido por alguém mais capaz.


"Já esperava que me cobrassem pela falta de resultados, pois isso é normal", disse Nelsinho. As alternativas não são muitas, pois os seus pilotos de testes, Romain Grosjean e Lucas di Grassi, não têm muita experiência em monolugares. Então quem? Ora... Takuma Sato!


E porquê? Por vários motivos. É japonês, tem dinheiro e muita experiência. E também é muito popular no seu país, logo tem que correr em Suzuka. Caso venha para a Renault, é um piloto capaz de ajudar Alonso a desenvolver o R28, e também é um piloto que, em certas ocasiões, consegue pressionar o espanhol nas pistas que são mais do seu agrado.


Mas Sato não está sozinho. O seu ex-companheiro de equipa Anthony Davidson também está nesta corrida virtual por um lugar ocupado, mas ameaçado. Davidson mudou recentemente de "manager", que é agora Flavio Briatore, e isso pode ser importante para a carreira do piloto, que ao contrário de Sato, não está tão ligado à Honda.


Em suma: alternativas não faltam para Piquet, e se o brasileiro quiser ficar na Formula 1 por muitos e bons anos, como o seu pai, tem que melhorar, e já!

A capa do Autosport desta semana


Esta semana, a edição do Autosport meteu uma capa onde o destaque principal é, obviamente, a Formula 1. O título "Dança da Chuva" reflecte bem não só o ambiente da pista do Mónaco na corrida de ontem, como a maneira em que Lewis Hamilton conseguiu vencer uma corrida difícil, cheia de incidentes...


Num destaque mais pequeno, temos Alvaro Parente, que conseguiu levar o seu carro de GP2 ao pódio numa das corridas do fim de semana, enquanto que no outro, foi quinto classificado. Enfim, o que não falta é assunto para ler!

Formula 1, Ronda 6, Monaco (Revista da Blogosfera)

Numa corrida disputada no molhado, rodeado por guard-rails por todos os lados e sob o olhar de VIP's e a realeza propriamente dita, vamos a ver como foi comentada na blogosfera a vitória de Lewis Hamilton e a prestação de Felipe Massa e Kimi Raikonnen, entre outros. Aqui vai:


(...) "Já houve tempos em que na F1 havia uma classe de pilotos que rejubilava sempre que caíam umas gotas de água na pista, pilotos que faziam da fraqueza dos outros a sua força. Hoje só houve um piloto dessa estirpe, Adrian Sutil, que voltou a trazer emoção a uma F1 calculista, pragmática e muito previsível. Até as lágrimas lhe caíram bem, num piloto inconsolável após a barbaridade que o "barbeiro" Raikkonen lhe acabava de fazer. Conduzir um F1 "indiano" no quarto lugar da classificação do GP do Mónaco, a cinco voltas do final não é para todos, é só para pilotos com "eles" no bem sítio.

Hamilton ganhou e ganhou bem, mais uma grande corrida do inglês, que mesmo não sendo extraordinário à chuva, foi o mais constante de todos, acabando por ser premiado com erro de estratégia da Ferrari e ficar com o primeiro lugar.

Kubica também em bom nível, foi o único dos da frente que não errou, assim como Webber, no seu bom nível habitual até começa a passar despercebido. Muito bom para Vettel, Barrichello e Nakajima, todos eles com prestações inesperadas, de consistência, velocidade e inteligência, que lhes permitiram pura e simplesmente ridicularizar os companheiros de equipa.

Vergonha para Alonso, Heidfeld, Rosberg, Glock e acima de todos Raikkonen. Inacreditável como um campeão do mundo pode fazer uma prova tão triste, em que desde o arranque até ao final em que "ceifou" o Sutil, mostrou sempre uma incapacidade gritante de andar minimamente depressa. O Iceman hoje derreteu nas ruas do Mónaco."


Positivo - Lewis Hamilton foi o grande vencedor, mas o destaque positivo da prova não poderia ser outro que não Adrian Sutil. O jovem alemão não faz um bom campeonato, mas conseguiu andar a corrida toda entre os ponteiros, no seco e na chuva, com uma frágil Force India. Chegaria num impressionante quarto lugar e não merecia abandonar nas voltas finais, atingido por um Raikkonen desgovernado. Mas a F1 nem sempre é justa.

Negativo - Ferrari. Conseguiu, surpreendentemente, preparar um carro que podia bater a McLaren em Mônaco. Mas, mesmo largando com dobradinha na primeira fila, levou um banho histórico da equipe rival. Erros operacionais acabaram com a corrida de Raikkonen e erros de estratégia relegaram Felipe Massa ao terceiro lugar. Ross Brawn faz muita falta.

Ivan Capelli - Blog do Capelli


Mônaco não perdoa erros.

A Ferrari errou e tirou o segundo lugar de Felipe Massa.

O primeiro quem tirou foi a Mclaren mesmo.

Mônaco força aprender com os erros.

Lewis errou, mas teve sorte e competência para continuar na prova e se aproveitar dos erros da Ferrari para vencer.

Mônaco premia quem não erra.

Kubica não errou e teve como prêmio o segundo lugar.

No principado isto não é pouco!

Mônaco não é para meninos: Sebástien Mané, Nico (ou Nica?) Rosberg e Timo Glup que o digam!

Mônaco não é para velhos: Couthard só fez porcaria – como sempre - e daqui para frente nem vou mais pegar no seu pé. Sem alusão nenhuma a corrida de hoje: é chover no molhado. Vai jogar bingo velho!

Fazer a pole e largar bem não foi o suficiente para Massa inscrever seu nome no rol de ganhadores nas ruas do Principado. Desconte as condições da pista – que no frigir dos ovos eram iguais para todo mundo – o erro na Saint Devote foi um dos pontos cruciais para que ele não vencesse. Some-se a isto a entrada do ‘safety car’ após o acidente imbecil do fóssil, ao erro estranho da equipe e a competência de Hamilton e então terá um terceiro lugar. Pelo campeonato, está de bom tamanho. Para o currículo, vai ficar faltando ao menos até o ano que vem.

Vamos tratar dos erros: Kimi errou? Sim, errou, mas ter tirado Adrian Sutil da corrida foi mero acaso.A apatia desta vez vai ser confundida com cautela, pista molhada e tal... Não penso desta forma.Por mais que Lewis tenha largado bem, o fato de Raikkonen nem ter brigado para manter a segunda posição foi determinante. Duvido que Lewis tivesse culhões suficientes para tenta passar o piloto numero um em condições normais, quanto mais em pista molhada. Há de se lamentar pelo piloto da Force Índia, que chorou dentro dos boxes como Vettel chorou ano passado no Japão quando Lewis Hamilton fazia um brake test atrás do ‘safety car’ o tirou do segundo lugar da prova. (...)

Ron Groo, Blig Groo


"Hamilton é o mais novo vencedor de Mônaco. Venceu com propriedade, taxativamente, mas não foi o melhor piloto da corrida o tempo inteiro. Fora o já mencionado Sutil, Massa estava inalcançável durante a chuva. Mas Kubica, sem dúvida, estava um passo à frente de todos.

Hamilton venceu pela estratégia e pelo clima. Chovesse, Massa venceria. Ou, quem sabe, o polonês. Mas não foi uma vitória sem méritos, afinal, o britânico passou por momentos de aperto no início da corrida. O mais evidente foi quando estabacou (estabacar, vi ou vt: “bater na curva Tabac”) sua roda traseira direita e, por sorte, não quebrou nada. A mesma sorte teve Fernando “Gilles Villeneuve” Alonso, que nos premiou com arroubos de agressividade e percalços – menção honrosa a Glock, que talvez tenha deixado mais partes de seu carro pela pista do que qualquer outro.

Aí está, portanto, a primeira de Hamilton em Mônaco. Ele dirige uma McLaren, tem capacete amarelo, gosta de Monte Carlo e seu nome rima com ‘Ayrton’. Ainda é cedo, muito cedo mesmo, mas uma pergunta está no ar: surgiu aquele que vai quebrar o recorde de Senna?" (...)



(...) Pela enésima vez, brilhou a estrela de dois pilotos que parecem ser “iluminados”: Lewis Hamilton, incrível vencedor de uma corrida em que destruiu uma das rodas na sexta volta, sem conseguir danificar a suspensão (!) e pilotou depois de forma irretocável; e Felipe Massa, que apesar de erros sai de Monte Carlo como vencedor diante do final de semana desastroso (para não dizer excretório) de seu companheiro de equipe.

Brilharam também duas estrelas do futuro: Robert Kubica e Sebastian Vettel, ao lado de Hamilton os dois maiores talentos naturais desta nova geração da categoria.

Não brilhou a estrela de Adrian Sutil, coitado, que fazia uma corrida excepcional e abandonou, inocente, após um enorme erro de cálculo do finlandês da Ferrari. Acho que desde a corrida da Áustria em 2002 eu não terminava uma corrida com tamanha sensação de injustiça.

E já que citei Barrichello sem ter falado seu nome, vale o registro da boa prova do piloto brasileiro, um dos poucos a não cometer erros na tarde de ontem. Foi uma corrida tão louca que até o mais sem estrela de todos conseguiu fazer brilhar a sua."

Luiz Fernando Ramos, Blog do Ico


(...) Felipe Massa foi a grande surpresa deste final de semana por ter andado muito bem em condições em que nunca se deu bem. E a esse fato se soma a corrida ter sido nas ruas de Monte Carlo, onde o próprio Felipe já admitiu que não gosta de correr. A forma como dominou a prova quando mais chovia não deixou de ser surpreendente e o seu erro na St. Devote foi por causa do forte ritmo do ferrarista. Nem assim o brasileiro baixo a guarda e andou perto de Kubica até sua parada e a Ferrari ter feito a segunda besteira do dia. Com a expectativa de chuva para os próximos minutos, os italiano preferiram apostar no arriscado quando o indicado era o conversadorismo e encheu o tanque de Massa. Com o carro muito pesado e a pista secando, Felipe foi perdendo rendimento até ficar longuínquos 40s atrás de Hamilton. A Ferrari ainda errou por ter atrasado a vinda de Massa para os pits e isso provocou a perda da segunda posição para Kubica, mas nem tudo foi horrores para o brasileiro. Com a terceira posição, Massa encostou de vez em Raikkonen, que estava irreconhecível hoje. Mesmo com o erro absurdo da Ferrari em errar a colocação dos pneus de Kimi antes da volta de apresentação, isso não tira a culpa da corrida desastrosa do finlandês. Só uma coisa pode explicar tamanha quantidade de besteira de Kimi: Monte Carlo... festas... Vodka... (...)

João Carlos Viana, jcspeedway

Monaco GP - Realezas e outros VIP's













Monaco, mais do que correr nas ruas de um pequeno Principado, significa glamour e VIP's convidados para assistir ao Grande Prémio, "in loco". Alguns tem a ver com a competição, outros nem por isso...


Na sequência de fotos, estão aqui os que andaram por aquelas bandas neste domingo de chuva. Personagens como o P. Diddy, Boris Becker, e "recauchutada" Brigitte Nielsen (ex-mulher de Silverster Stallone), o realizador Quentin Tarantino, e outras mais representativas da velocidade, como o ex-piloto de ralies Ari Vatanen e o ex-piloto Stirling Moss, que ganhou aqui por três vezes (1956, 60 e 61)


Le glamour, c'est tojours le glamour...