quinta-feira, 29 de maio de 2008

GP Memória - México 1988

Depois de uma passagem fugaz pela Europa, para cumprir duas provas em Imola e Montecarlo, com vitórias para cada um dos pilotos da McLaren, Ayrton Senna e Alain Prost, a Formula 1 atravessava de novo o Atlântico para correr em altitude, no meio da Cidade do México, no Autodromo Hermanos Rodriguez, um traçado com muitas ondulações, devido ao solo argiloso e propenso a sofrer terramotos.


Por estas alturas, Alain Prost era o líder, com 24 pontos, dez a mais do que Gerhard Berger, o segundo. Ayrton Senna era terceiro, apenas com nove pontos, e Nelson Piquet estava no quarto lugar, com oito. Contudo, o resto do pelotão sabia que não podia ter muitas ilusões: os McLaren eram os melhores, e eles só poderiam aspirar a migalhas...

Os treinos foram dominados pela McLaren, com Senna e Prost a esgrimirem-se quem ficaria com o melhor tempo. Acabou por ser Senna, com um tempo um segundo superior à pole-position que Nigel Mansell tinha conseguido um ano antes. Logo atrás, ficou o austriaco Gerhard Berger, no seu Ferrari, e o Lotus de Nelson Piquet. Na terceira fila, ficou o Ferrari de Michele Alboreto e o segundo Lotus, de Satoru Nakajima.

Os treinos tinham sido marcados por um acidente pavoroso: na saída da Curva Peraltada, o Lola de Philippe Alliot perdeu o controle e embateu com força no muro das boxes e desintegrou-se completamente, à excepção da célula de sobrevivência, o que salvou o piloto francês. Apesar de combalido, o piloto recuperou rapidamente, e o carro foi reconstruido, e fez parte da corrida! Contudo, um problema de suspensão fez com desistisse logo na primeira volta.

No Domingo, dia da corrida, a partida fora abortada quando o Benetton de Alessandro Nannini ficou parado momentos antes da partida. Teve que ser feita nova largada, e aí, os McLaren foram para a frente, com Prost no primeiro lugar, e Senna um pouco para trás, ultrapassado por Nelson Piquet. Mas poucas voltas depois, conseguiu ultrapassá-lo, e partiu em perseguição a Prost. Mas nesse dia, o francês estava implacável.




Entretanto, no terceiro posto, depois de passar Nelson Piquet, Gerhard Berger estava a apanhar Senna quando o indicador de combustivel começou a acender-se, avisando que tinha pouco combustivel, e teve que ir às boxes. Afinal, a avaria era... do indicador, pois tinha ainda muito combustivel. Voltando à pista no quarto posto, pouco tempo depois ascendeu ao terceiro lugar, quando Nelson Piquet encostou ao muro na volta 58 devido a um motor rebentado.



No final, a McLaren comemorava mais uma dobradinha, com Prost no primeiro lugar, seguido de Senna, e com Berger em terceiro. Nos restantes lugares pontuaveis, ficaram o Ferrari de Michele Alboreto, e os Arrows de Derek Warwick e o seu companheiro de equipa, Eddie Cheever, todos com uma volta de atraso sobre o comandante.


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