sábado, 15 de março de 2008

ALMS: 12 Horas de Sebring (Corrida)

A pouco mais de meio da corrida, é hora de dizer o que se passou até agora, nesta mítica prova de 12 Horas neste circuito americano. Os Audi dominam a prova, mas no inicio da corrida foi dominado pelo Peugeot 908 HDi de Stephan Sarrazin/Nicolas Minassian/Pedro Lamy. Contudo, após a quarta hora de corrida, o unico carro da marca de leão teve que ir à boxes e perder mais de 10 minutos devido a problemas hidraulicos, atrasando-se irremediavelmente na classificação geral. Agora, eles são quartos na sua classe, a quase 27 voltas do primeiro.


Os Audis dominam, ficando com as duas primeiras posições. O carro numero 2, de Mike Rockenfeller/Lucas Luhr/Marco Werner foi para a frente, enquanto aproveitava as paragens na box do carro numero 1, de Alan McNish/Rinaldo Capello/Tom Kristensen.


Entretanto, na categoria LPM2, o Acura da Andretti-Green pilotado por Marco Andretti/Christian Fittipaldi/Bryan Herta, lidera na sua classe, com uma volta de avanço sobre o outro Acura da Loewe's, conduzido pelos mexicanos Adrian Fernandez/Luis Diaz.

Noticias: Timo Glock penalizado... duas vezes!

Se o alemão Timo Glock foi o melhor estreante nos treinos desta madrugada, com o seu Toyota, tudo isso foi por água abaixo quando foi penalizado por duas vezes! Uma, por ter trocado a caixa de velocidades, que o relecou cinco posições, para o 14º lugar na grelha. A segunda penalização foi por ter alegadamente atrapalhado o passo a Mark Webber, antes da Qualificação 3, quando este fazia a sua volta de qualificação, e por causa disso, foi relegado para a 19ª posição da grelha.




Contudo, Glock não foi o único piloto a ser chamado à presença dos comissários desportivos. Nico Rosberg, Jarno Trulli, Giancarlo Fisichella e Jenson Button tiveram de dar explicações à organização, devido a alegadas irregularidades, mas acabaram por não ser penalizados.

Resultados da Sondagem CC

Então, meninos e meninas, para vocês, quem ganha o GP da Austrália?


Vocês andam divididos: ou é Lewis Hamilton, ou é Kimi Raikonnen. 38 por cento de vocês acredita no finlandês da Ferrari, enquanto que 26 por cento torcem pelo inglês da McLaren. E bom sinal, quer dizer que o campeonato será renhido, e é disso que gostamos!


Claro, depois deeles, fica Felipe Massa: redolheu 19 por cento das intenções de voto. Fernando Alonso leva 9 por cento, e Heiki Kovalainen é o perferido para 4 por cento dos votantes.


Os resultados não alinharam muito com a realidade (por enquanto), pois Lewis Hamilton já tomou a dianteira! Mas amanhã, a corrida é outra história...

Formula 1 - Ronda 1, Australia (Qualificação)

Finalmente, aconteceu a primeira qualificação do ano. E aqui esclareceram-se muitas coisas que fomos vendo nos treinos livres: quem marcava tempos para dar espectáculo, e quem escondia o jogo para "o momento da verdade".

E os resultados foram estes: Lewis Hamilton na "pole-position", e o surpreendente Robert Kubica na segunda posição, que mesmo exagerando numa curva, a meio da sua volta mais rápida, conseguiu marcar o seu melhor tempo, e colocar pela primeira vez na carreira, um BMW na primeira fila... Heiki Kovalainen foi terceiro, enquanto que Nick Heidfeld foi quinto, e Nico Rosberg sexto. Os Toyota portaram-se bem: Jarno Trulli foi sétimo, Timo Glock foi nono. Entre eles está o veterano David Coulthard, no seu Red Bull. Efeito das novas cuecas que comprou?

O grande caso desta qualificação foram os Ferrari: Felipe Massa não conseguiu mais do que o quarto posto, e os problemas que Kimi Raikonnen sofreu no seu Ferrari numero 1 durante a primeira parte da qualificação. Logo aí, as suas hipóteses de fazer uma "pole-position" ficaram comprometidas, e amanhã vai ter que fazer uma estratégia brilhante para conseguir alcançar um bom resultado. Afinal, parte do 16º posto...

A grande surpresa nestes treinos chama-se Sebastien Vettel. Conseguiu levar a sua Toro Rosso para a Q3 e parecia que poderia conseguir um bom lugar, caso não tivesse tido problemas que o impediram de marcar uma volta rápida. Assim, o 10º posto final deixa-nos com água na boca para saber o que fará amanhã.

Fernando Alonso também ficou de fora, sendo apenas o 12º a partir amanhã. De facto, os Renault têm muito com que capinar esta época! E já agora, diga-se que ele ficou "entalado" entre os Honda de Rubens Barrichello e de Jenson Button. Apesar de ter sido ultrapassados pelos Toyota naquela guerra pessoal, não foram a desgraça que se falava na pré-época. A Honda tem salvação, meus amigos!

Se Mark Webber esperava por dar nas vistas na sua terra natal, conseguiu: a unica bandeira vermelha na sessão foi obra e graça dele.

Quanto aos estreantes: Sebastien Bourdais ficou de fora da segunda fase da qualificação, sendo claramente batido pelo "outro" Sebastião. Nelson Piquet Jr, na sua primeira qualificação "a sério", não passou da primeira parte. Pior: foi 1,6 segundos mais lento que Alonso, e foi batido pelos Force India e pelo Super Aguri de Takuma Sato. Para a corrida não se deve esperar muito dele. Vai ser uma aprendizagem difícil...

Amanhã, que seja uma grande corrida!

sexta-feira, 14 de março de 2008

A Tati faz anos!

Fazendo hoje a minha "ronda pelas capelinhas" habitual, descubro que a Tatiana Coimbra (a Tati para as amigas), do blog Octeto Racing Team, faz hoje anos.


Eu sei quantos ela faz, mas ela pediu-me para guardar segredo, portanto, não conto! Em homenagem á aniversariante, coloco aqui esta foto que ela tem por lá, com o Galvão Bueno. Creio que esse gesto deve ser o sonho de milhões de brasileiros! Feliz Aniversário e muitos beijos, Tati!

Ron Dennis, um homem feliz!

Incrivel, não? Ron Dennis feliz da vida, na Austrália! Contado ninguém acredita, tanto que o Nuvolari colocou aqui uma hipótese pelo qual ele anda tão feliz assim...

ALMS: 12 Horas de Sebring (Qualificação)

Este fim de semana tem mais do que a Formula 1: temos duas provas interessantes para seguir, que são as 12 Horas de Sebring, e a ronda mexicana do A1GP, a decorrer no Circuito Hermanos Rodriguez.

Hoje falo da prova que conta para a American Le Mans Series. É uma prova onde temos dois favoritos: a Audi e a Peugeot oficiais. A marca das quatro argolas tem dois modelos R10, pilotados respectivamente por Rinaldo Capello, Alan McNish e Tom Kristensen (Carro 1), e Lucas Luhr, Mike Rockenfeller e Marco Werner (Carro 2). A Peugeot traz um carro, pilotado por Stephane Sarrazin, Nicolas Minassian e o "nosso" Pedro Lamy.

Quarta e quinta-feira foram os treinos oficiais, onde a Audi e a Peugeot batalharam pela "pole-position". Ontem, dia de qualificação, o Peugeot de Lamy era o lider, mas os tempos não contaram devido a um acidente logo aos 10 minutos causado pelo Lola da categoria LMP2 do americano Ben Devlin. A direcção de prova colocou a bandeira vermelha e deu o treino por terminado, o que gerou protestos das outras marcas, que não tiveram tempo para marcar uma volta rápida. Resultado? Qualificação anulada.

A organização decidiu que os tempos dos treinos livres serviriam para a grelha, e assim, o Audi de Capello/McNish/Kristensen eram os primeiros, com o 908 HDi de Lamy/Sarrazin/Minassian logo ao seu lado na grelha. A seguir ficaram O segundo Audi, de Luhr/Rockenfeller/Werner, com o Penske-Porsche de Bernhard/Collard/Dumas na quarta posição (1º LMP2).



Amanhã começa a corrida, onde se espera que seja um espelho do campeonato: competitiva. E já agora, que seja favorável às nossas cores...

As reacções à Eco-Honda

As meninas da Octeto meteram esta "charge" relacionada com a nova fatiota da Honda, que usa muito o verde florescente. E como o fotógrafo apanhou os pilotos da Williams em amena cavaqueira a passar pela boxe da "Eco-Honda", a imaginação fez o resto...

Formula 1 - Ronda 1, Australia (treinos)

Confesso que escrevo isto, faço-o com um sorriso nos lábios: finalmente, vou falar de Formula 1 pura e dura, sem ser de testes, apresentações e fofocas... agora sim, competição a sério!

Bom... vamos ao que interessa! Nos primeiros treinos livres, Kimi Raikonnen foi o primeiro, tendo a seu lado o McLaren de Lewis Hamilton. A diferença não foi muita... 487 centésimos de segundo. Mas Felipe Massa, o terceiro, só ficou 10 centésimos mais abaixo, enquanto que Heiki Kovalainen ficou a 653 centésimos.

Depois destes quatro... o deserto. a quase dois segundos do primeiro ficou Mark Webber, no seu Red Bull-Renault. A seguir ficou Fernando Alonso, também a 1,8 segundos de Raikonnen. Este buraco entre a dupla McLaren/Ferrari e o resto demonstra quem serão os grandes dominadores da temporada. Pelo menos de inicio...

Quanto aos outros... A Williams teve problemas no primeiro treino, e pouco rodou. Nelson Piquet Jr. foi 18º, claramente em fase de adaptação, e os Toyota andaram bem, com Glock a ser oitavo, e Trulli o décimo na tabela de tempos. Jenson Button foi 11º com o seu Honda, à frente de... Giancarlo Fisichella, no seu Force India. Adrian Sutil fez o 17º tempo, mesmo à frente de Piquet Jr. Rubens Barrichello foi 15º.

Pouco tempo depois, tiveram lugar os segundos treinos livres. Houve muitas alterações ao guião: Lewis Hamilton foi o primeiro, Mark Webber foi o segundo, a 0,9 segundos do inglês. Feilpe Massa e Heiki Kovalainen ficaram com o terceiro e o quarto tempo, enquanto que Kimi Raikonnen foi apenas sexto, batido pelo outro Red - Bull de David Coulthard.


Fernando Alonso afundou-se no meio da tabela, com o 13ª tempo, bem atrás de pilotos como... Giancarlo Fisichella, que levou o seu Force india ao "Top Ten", fazendo o nono tempo. Bem pior ficou Nelsinho Piquet,com o 19º tempo. Está a dar uma de Kovalainen em 2007...

Honda e BMW não se estão a portar bem: Button foi 11º, Heidfeld 12º, Barrichello 14º, Kubica 15º. Será que se estão a guardar para a qualificação de amanhã? Quanto aos Williams, depois dos problemas de manhã, Nico Rosberg marcou o oitavo tempo, mas Kazuki Nakajima foi 16º.

Na madrugada de Sábado temos a qualificação. Será mais do mesmo ou teremos surpresas? Veremos...

quinta-feira, 13 de março de 2008

O regresso: Timo Glock

Se este ano, a Formula 1 conta com duas estreias absolutas, também conta com um regresso, de um piloto que já teve uma primeira passagem pela categoria máxima, mas tembém tem uma carreira eclética noutras categorias, como a ChampCar e a GP2, onde é o actual campeão da categoria. Hoje falo de Timo Glock.

Nascido a 15 de Março de 1982 (está quase a fazer 26 anos), em Lindenfels, no estado do Hesse (sudoeste da Alemanha) Glock começou a sua carreira aos 15 anos, no karting. Em 2000, passa para a Formula Junior ADAC, onde se torna campeão na sua primeira temporada. No ano seguinte vai para a Formula BMW alemã, onde ganha o campeonato à primeira, e em 2002 passa para a Formula 3 alemã, onde termina na terceira posição no campeonato. Em 2003, passa para a Formula 3 Euroseries, onde termina na quinta posição do campeonato, e faz-se notar pelos responsáveis da Formula 1.

No inicio de 2004, a Jordan contrata-o como terceiro piloto, e participa nas sextas-feiras. Contudo, quando o piloto titular, Giorgio Pantano, se lesiona e não pode participar no GP do Canadá, ele tem a sua oportunidade. Faz uma corrida calma e termina na 11ª posição, à frente do seu compatriota Nick Heidfeld. Mas os directores da corrida desclassificam os Williams e os Toyota, devido a irregularidades nos travões, e Glock sobe à sétima posição, conseguindo dois pontos na sua estreia. No final da época, Glock corre as três últimas corridas do campeonato, mas não consegue resultados de relevo. Os dois pontos conquistados então deram-lhe o 19ª lugar na classificação geral.

No inicio de 2005, sem hipóteses na Formula 1, Glock foi correr na ChampCar, ao volante de um carro da Rocketsports. Conseguiu bons resultados, sendo o melhor um segundo lugar em Montreal, sendo batido pelo catalão Oriol Serviá. no final, classifica-se na oitava posição do campeonato e é eleito "Rookie do Ano".

Em 2006 volta à Europa, para correr na GP2. Primeiro corrrendo pela BCN Competicion, conseguiu resultados modestos. Mas a meio da época, vai para a iSport International, onde começa a ganhar corridas, terminando o ano no quarto posto, com 58 pontos. No ano seguinte, mantêm-se na iSport, onde é um dos naturais favoritos ao título. Ganha cinco provas, sobe ao pódio em mais cinco ocasiões, e no final vence o título, com 92 pontos.

Entretanto, tinha sido contratado para ser piloto de testes na BMW, mas no final do ano, a Toyota contrata-o para ser piloto titular, correndo ao lado do já veterano Jarno Trulli, na tentativa de melhorar os resultados de uma equipa de fábrica que tem muito dinheiro, mas que o desperdiça fazendo carros pouco competitivos...

A História da Formula 1, contada por Antti Kalhola

Eu sei, eu sei... estou demasiado obcecado pelos videos dele. Mas o que querem? Eles são excelentes! Hoje, meteu o seu mais recente video, que é basicamente um resumo sobre os quase 58 anos de história que a Formula 1 leva. Desde o GP de Inglaterra de 1950, até ao GP do Brasil de 2007, são 785 Grandes Prémios, e dos milhares de pilotos que lá passaram, 29 tiveram a honra de serem campeões do Mundo. E lá aconteceu de tudo, e estão lá todos aqueles que admiramos. Vejam, que vale a pena!

quarta-feira, 12 de março de 2008

GP Memoria - Australia 1998

Desde 1996 (com a notável excepção de 2006) que Melbourne acolhe a jornada inaugural do Mundial de Formula 1, e tal como agora, as expectativas que todos têm em relação à temporada que surge à nossa frente, são todas e mais algumas. No inicio de 1998, muita coisa tinha mudado na Formula 1, e a ideia de mudança pairava no ar.


No final de 1997, Jacques Villeneuve tinha dado à Williams o seu quarto título em seis temporadas. Todos esses títulos tinham sido apoiados pelo motor Renault, que estava na equipa desde 1989. No final dessa temporada, visto que tinha alcançado os seus objectivos, decide abandonar a competição. Sendo assim, a Williams usava motores Mechachrome (que não eram mais do que Renaults não-oficiais), e tinha Villeneuve e o alemão Heinz-Harald Frentzen.

Entretanto, Adrian Newey, o homem que tinha projectado Carros vitoriosos na Williams, como o FW14, tinha-se mudado para a McLaren, projectando o MP4/13. O carro dominou todas as sessões de testes, e havia boas prespectivas para o regresso às vitórias da equipa de Ron Dennis, para os dois pilotos que os guiavam: o escocês David Coulthard e o finlandês Mika Hakkinen.

A Ferrari tinha quase alcançado o título em 1997, com Michael Schumacher ao volante, mas a polémica manobra sobre Jacques Villeneuve, no circuito espanhol de Jerez, fez com que fosse desclassificado do Mundial de pilotos. Esperava-se que este ano, as coisas pudessem ser mais fácveis para ele e para o seu companheiro, o irlandês Eddie Irvine. Mas ainda faltava muito para que a Ferrari fosse uma equipa imbatível nas pistas, apesar de terem um piloto fora de série.

Outras mudanças tinham acontecido na pré-temporada: Damon Hill saira da Arrows para a Jordan, ficando ao lado de Ralf Schumacher, Giancarlo Fisichella ia para a Benetton, ao lado de Alexander Wurz, que tinha substituido o seu compatriota Gerhard Berger, que tinha se reformado, enquanto que Jean Alesi ia para a Sauber-Petronas, ao lado do inglês Johnny Herbert.

Entretanto, havia alterações no regulamento: os pneus deixavam de ser "slicks", passando a ter rasgos, e ficaram mais estreitos cerca de 20 centímetros. Tudo isto no sentido de lhes retirar velocidade em curva.

Todas estas mudanças iriam ser mostradas para o público em geral na primeira relação de forças, no Circuito Albert Park, em Melbourne, no fim de semana de 6 a 8 de Março de 1998. Nos treinos, os McLaren dominaram, com Mika Hakkinen na frente de David Coluthard. Ambos deram quase sete décimos de segundo sobre o Ferrari de Schumacher, terceiro na grelha. Ao seu lado, tinha o Williams de Jacques Villeneuve. Na terceira fila, o Sauber de Johnny Herbert e o outro Williams de Heinz-Herald Frentzen.

Na largada, os dois carros prateados foram-se embora do resto do pelotão, e tudo indicava que as coisas iriam ficar assim. Para melhorar as coisas, Schumacher abandonava cedo, à sétima volta, enquanto que Jacques Villeneuve estava com dificuldades em segurar a terceira posição devido aos ataques de Fisichella e Herbert. Entretanto, ambos os McLaren faziam os seus reabastecimentos, tal como um relógio suiço, mas a meio da corrida, Mika Hakkinen faz uma paragem inesperada, ficando os mecânicos espantados com o que se passava. Tinha sido uma má comunicação, que tinha levado o finlandês para a box, deixando Coulthard sozinho na frente.

Voltando à pista, Hakkinen tentou galgar o tempo perdido, chegando à traseira de Coulthard a pouco mais de três voltas do fim. Então, à entrada da penúltima volta, surge a polémica: Coulthard levanta o pé e deixa escapar uma vitória certa a favor do finlandês. Parecia que não, mas naquele momento se sabia quem seria o campeão do mundo daquele ano... No final, Hakkinen e Coulthard eram acompanhados no pódio pelo alemão Frentzen. Eddie Irvine, Jacques Villeneuve e Johnny Herbert ficavam nos restantes lugares pontuáveis.

Contudo, a manobra polémica nunca foi muito bem digerida. Coulthard se justificou afirmando que isso tinha sido combinado entre os dois, afirmando que o primeiro a fazer a primeira curva seria o vencedor, mas muitos disseram que Coulthard tinha sido obrigado a levantar o pé devido a ordens de Ron Dennis. A FIA decidiu mais tarde avisar a McLaren que tais manobras iriam ser punidas no futuro. Contudo, manobras desse tipo continuariam até à mais famosa de todas, no GP da Austria de 2002...

Fontes:

Noticias: Tempo limpo e calor em Melbourne

Os metereologistas australianos prevêm para o fim de semana da corrida inaugural do Campeonato do Mundo de Formula 1 que haja céu pouco nublado, sem hipóteses de chuva, e altas temperaturas, da ordem dos 35 graus Celsius.




Caso as previsões se confirmem, isso significa que as máquinas e pilotos sofrerão um pouco mais do que o normal, já que muitos deles virão da Europa, onde o Inverno ainda se faz sentir... a estratégia de corrida vai ser fundamental!

Estreantes 2008: 2 - Nelson Piquet Jr.

Falando hoje de mais um estreante, que começará a sua carreira este ano na categoria máxima, é a vez de Nelson Piquet Jr., filho do tri-campeão do Mundo, Nelson Piquet. 17 anos depois, esse nome volta à grelha de partida de um Grande Prémio.

Filho de Nelson Piquet e de Silvia Tamsna, uma ex-modelo holandesa, Nelson Angelo Piquet nasceu a 25 de Julho de 1985 na cidade alemã de Heidelberg. Cedo os pais separaram-se, e Nelsinho somente foi para o Brasil aos oito anos, para ir viver com o pai. Em 1993, começa a sua carreira no karting, onde compete até 2001, altura em que faz a sua estreia nos monolugares, na Formula 3 Sul-Americana. Para que ele não tivesse as mesmas dificuladades que o seu pai passou quase 25 anos antes, Montou a sua própria equipa, algo que fez até à GP2, concentrando toda a sua equipa em si.

Em 2002, ganha a Formula 3 Sul-Americana, e no ano seguinte, embarca para Inglaterra, correndo na Formula 3 britânica, novamente numa equipa montada para si. Depois de ser terceiro na sua temporada de estreia, ganhando seis corridas, conquista o título no ano seguinte, ganhando seis provas. Para além disso corre no GP de Macau, terminando no décimo posto.

Em 2005, muda-se para a GP2, onde ganha uma corrida e termina no oitavo lugar do campeonato. No final do ano, participa no A1 Team Brazil, onde se torna no primeiro vencedor de uma corrida de A1GP, ganhando na jornada dupla de Brands Hatch. Até agora, são as unicas vitórias que a equipa alcançou na categoria.

Em 2006, corre uma segunda época na GP2, onde comeptiu pelo título com o britânico Lewis Hamilton, acabando a temporada como vice-campeão. No final do ano, a Renault escolhe-o para ser o seu terceiro piloto, e de testes, para a temporada de 2007. No final do ano, com a partida de Heiki Kovalainen para a McLaren, ele foi escolhido para correr na Renault, ao lado do bi-campeão do Mundo, o espanhol Fernando Alonso.


Espera-se que tenha uma boa temporada, mas com Alonso s seu lado, as hipóteses de repetir o feito de Lewis Hamilton não vão ser muitas... mas boa sorte ao Nelsinho!



Fontes:

terça-feira, 11 de março de 2008

GP Memória - Australia 1988

Nesta antecâmara do GP da Austrália, que se recebe a Formula 1 desde 1985, hoje falo da corrida de há vinte anos atrás, numa altura em que tudo estava decidido, mas isso não impediu de ser uma corrida interessante...

A 13 de Novembro de 1988, o circuito de Adelaide iria assistir a algo inesquecível: a última corrida dos Formula 1 com motor Turbo. A FIA tinha decidido em 1986 tirar de cena os motores Turbo, que dominavam o panorama, com os seus motores pequenos, mas extremamente potentes. Primeiro restringiu a sua admissão de ar, e depois, aboliu-os, medida essa que surtiria efeito no final da temporada de 1988. Entretanto, nessa temporada, tinha-se assistido ao dominio dos McLaren, ganhando 15 dos 16 Grandes Prémios disputados. O duelo pelo título tinha sido restrito a Ayrton Senna e Alain Prost, e o brasileiro tinha resolvido essa questão na corrida anterior, em Suzuka. Sendo assim, a atmosfera em Adelaide era muito mais festiva, e todos estavam ali para "cumprir calendário"...

Nos treinos, a McLaren conseguiu monopolizar a primeira fila, com Senna a fazer a sua 29ª "pole-position" da sua carreira. Depois dele e Alain Prost, vinham na segunda fila o Williams-Judd de Nigel Mansell e o Ferrari de Gerhard Berger. Na terceira fila, estavam o Lotus-Honda de Nelson Piquet e o Williams-Judd de Riccardo Patrese. O italiano nesse dia alcançava uma marca histórica: igualava os 176 Grandes Prémios obtidos dois anos e meio antes pelo francês Jacques Laffite.

No dia da corrida, os McLaren partem na frente, com Prost a superar Senna, mas logo atrás vem o Ferrari de Gerhard Berger, disparado como uma bala, pressionando os McLaren. Na segunda volta, Berger consegue ultrapassar Senna e vai para cima de Alain Prost, no sentido de o ultrapassar. Se Berger dá nas vistas, o seu companheiro Michele Alboreto, na sua última corrida pela Ferrari, é abalrroado pelo seu compatriota Alex Caffi, num Dallara.

Após 14 voltas, Berger ataca Prost para a liderança, e consegue passar. Nas nove voltas seguintes, o austríaco cava um fosso sobre os dominantes McLaren que surpreende todos os que vêm. Entretanto, na luta pelo quarto posto, O Lotus de Nelson Piquet aguenta os ataques do Williams de Riccardo Patrese. Atrás deles, o outro Williams, de Nigel Mansell, esperava por um erro para conseguir subir na classificação.

Na volta 25, Berger estava bem na frente, quando no final da Recta Brabham, encontrou o Ligier de René Arnoux, no qual lhe iria tirar uma volta. Posicionou-se para tal, mas fez uma travagem demasiado optimista e abalroou o carro do piloto francês, abandonando na hora.

Sendo assim, a liderança voltou para o piloto francês, já que Senna debatia-se com problemas na caixa de velocidades. Piquet, agora terceiro, aguentava os ataques dos Williams. Atrás deles, o sexto lugar era ocupado por um surpreendente Andrea de Cesaris, num Rial, superando o Benetton de Thierry Boutsen e o March de Ivan Capelli. Na volta 53, Patrese despista-se e perde algum tempo e o quarto lugar a favor de Mansell. Este ataca o brasileiro, mas este defende-se bem, até que na volta 66, uma falha nos travões faz com que o piloto britânico perca o controlo do seu carro e termine a corrida. Patrese herda o lugar, mas não consegue alcançar Piquet.

Nas voltas finais, a falta de gasolina nos carros de Formula 1 torna-se óbvia: o Larrousse de Phillipe Alliot, o Ligier de Stefan Johansson, e o Rial de Andrea de Cesaris encostam na berma, sem combustivel para terminar. No final, Prost ganha a corrida, seguido de Senna e Piquet. Patrese foi quarto, enquanto que Thierry Boutsen, apesar dos vários problemas que sofreu na corrida, acaba em quinto, enquanto que Capelli é sexto com o seu March, na sua melhor época de sempre.

Para terminar: sabem a corrida de loucos de Gerhard Berger e a colisão com René Arnoux? Foi uma artimanha da Ferrari para dar espectáculo! O Blog do Capelli conta essa história:

«(...) O "milagre" dos italianos naquele dia, na verdade, foi operado por um santo de barro. O fato é que a equipe sabia que não tinha muito a fazer naquela corrida em Adelaide. Não encontraram um bom acerto e o motor consumia muito combustível. Como na época os reabastecimentos eram proibidos, o time sabia que, para conseguir terminar aquela prova, precisaria andar num ritmo muito lento. A solução? Correr desenfreadamente, sem qualquer preocupação em chegar ao final, apenas para dar show. E Berger conseguiu.

O mais saboroso de toda a história foi a confissão feita pelo austríaco anos mais tarde, em seu livro "Na Reta de Chegada". Berger admitiu que bateu em Arnoux de propósito, era uma forma "digna" de encerrar aquele show. Nas palavras do piloto:

"Cheguei a dois carros retardatários; o que estava mais à frente era o Ligier azul de René Arnoux. Era perfeito, pois Arnoux era um dos pilotos mais inoportunos, do tipo que nunca olhava nos retrovisores e estava sempre no caminho de alguém. Assim, passei pelo primeiro carro e por Arnoux também, em uma só manobra um tanto ambiciosa em que o pneu traseiro do Ligier entrou em minha frente, uma pequena batida, acabou, finito."»

PTCC: Adiado o primeiro fim de semana da temporada

Entre as provas que teriam o seu começo este fim de semana, o PTCC (Portuguese Touring Car Championship) era um deles. Contudo, a primeira jornada dupla, que teria lugar no Autódromo do Estoril, foi adiada para os dias 30 e 31 de Agosto, devido à indefinição de alguns dos projectos que alguns dos pilotos do pelotão português estão a ter nesta altura. O jornal Autosport desta semana falava em apenas 10 pilotos inscritos para esta jornada dupla...

Para evitar esta situação, a Full Events (entidade que organiza o campeonato) pediu à FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting) que esta primeira prova fosse adiada. Além disso, segundo o site português Sportmotores, a Full Events está em negociações avançadas com uma cadeia televisiva de sinal aberto para que esta difundida um pacote de quatro jornadas de 2008, sendo em cada uma delas a segunda prova seria transmitida em directo. Porém, com um acordo ainda por assinar, a empresa considera que será importante que a temporada se inicie já com este assunto resolvido.

Assim sendo, a jornada inaugural do PTCC será no circuito de Braga, nos dias 26 e 27 de Abril. Já agora, eis o calendário completo do PTCC em 2008:



26/27 Abril - Braga
17/18 Maio - Valencia, Espanha (WTCC)
21/22 Junho - Vila Real
11/13 Julho - Estoril (WTCC)
30/31 Agosto - Estoril
13/14 Setembro - Braga
03/05 Outubro - Estoril
07/09 Novembro - Portimão

Estreantes 2008: 1 - Sebastien Bourdais

A Formula 1 vai ter este ano dois estreantes absolutos, mais um regresso à categoria máxima, depois de uma primeira passagem mais curta. O primeiro dos estreantes que trago aqui trata-se de um homem que é muito experiente noutras categorias, e que se tornou num campeão no outro lado do Atlântico. Agora que chega à categoria máxima, há muitas expectativas sobre o que fará por aqui. Hoje, falo de Sebastien Bourdais.

Nascido a 28 de Fevereiro de 1979 em Le Mans, Sebastian Bourdais é filho de Patrick Bourdais, piloto de Turismos e de Montanha, bem como participante por várias vezes das 24 Horas de Le Mans. Aos 10 anos, Bourdais começa a competir no karting, e em 1991, ganha um campeonato local. Dois anos mais tarde, em 1993, é campeão francês de Karting, categoria Cadete.

Em 1995, salta para os monolugares, onde começa a correr na Formula Campus, terminando na nona posição. No ano seguinte, passa para a Formula Renault, onde em 1997, é vice-campeão, com cinco poles e quatro vitórias. Em 1998, passa para a Formula 3 francesa, onde será campeão em 1999, ganhando oito provas e sendo pole-position por três vezes.

Em 2000, muda-se para a Formula 3000, a bordo de um carro da Prost Junior Team, onde nono classificado, com uma pole-position. No ano seguinte, transferiu-se para a DAMS, onde ganhará uma corrida, e será quarto no campeonato. Em 2002, passa para a Super Nova, onde será companheiro de Tiago Monteiro, e ganhará finalmente o título, com três vitórias. Mas esse título foi ganho à custa do checo Thomas Enge, que teve mais pontos, mas falhou um teste "anti-doping", por ter consumido "cannabis"...

Nessa altura, em fins de 2002, Bourdais via as portas da Formula 1 muito fechadas, depois de um contrato celebrado com a Arrows ter ido por água abaixo quando a equipa declarou falência. Testou pela Renault, mas não aceitou assinar como terceiro piloto da equipa. O lugar ficou para Franck Montagny, e por aquilo que ele fez, Bourdais fez bem em não aceitar o lugar... Sendo assim, foi para a Champ Car, a bordo de um carro da Newman-Haas Racing. Logo na primeira prova, mostrou do que era capaz: pole-position! Mas só ganhou a partir da quarta prova do campeonato, no circuito inglês de Brands Hatch. Até ao final do ano, iria ganhar mais duas corridas e seria quarto no campeonato, sendo coroado "Rookie do Ano" de 2003.

No ano seguinte, começava o dominio Bourdais na Champ Car: na temporada de 2004, ganha sete corridas (Monterrey, Portland, Cleveland, Toronto, DEnver, Las Vegas e Cidade do México), e torna-se campeão, com 369 pontos. Em 2005, o bi-campeonato foi ganho através de seis vitórias (Long Beach, Edmonton, San José, Denver, Las Vegas e Surfers Paradise), obtendo no total 348 pontos. Em 2006, chega ao tri-campeonato com sete vitórias, quatro delas consecutivas (Long Beach, Houston, Monterrey, Milwaukee, San José, Montreal e Cidade do México), ganhando com 387 pontos. No ano passado, o tetra-campeonato foi conseguido através de mais oito vitórias (Long Beach, Houston, Portland, Edmonton, Road America, Zolder, Surfers Paradise e Cidade do México). No final do ano, conseguiu 364 pontos.

Entretanto, durante o seu último ano na ChampCar, a equipa Toro Rosso ofereceu-lhe a possibilidade de testar por várias vezes o seu carro. Após um teste mais prolongado em Spa-Francochamps, decidiu ingressar na equipa, ao lado de outro "Sebastião": o jovem alemão Sebastien Vettel. A partir deste ano, o francês terá que provar que os seus anos nos Estados Unidos, onde dominou a categoria, não foi porque não havia concorrência. Em suma: ser bem sucedido onde Michael Andretti e Alex Zanardi falharam tão redondamente...


Enquanto competia na Champ Car, Bourdais aproveitava para correr "em casa", ou seja, as 24 Horas de Le Mans. Entre 1999 e 2007, excepto em 2003, 2005 e 2006, o piloto francês correu em vários carros, desde o Porsche 911 GT2 da Labre Competition, na categoria GTS (1999), passando pelos Pescarolo Sport, quer na LMP 900, quer na LMP1, e no ano passado, conduziu um Peugeot 908 HDi, em conjunto com Pedro Lamy e Stephane Sarrazin, acabando no segundo lugar.


Fontes: